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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE FISIOTERAPIA CURSO DE FISIOTERAPIA Elaine Andrade Moura AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA EM INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE UNILATERAL E BILATERAL NA ARTICULAÇÃO DO JOELHO JUIZ DE FORA/MG 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE FISIOTERAPIA

CURSO DE FISIOTERAPIA

Elaine Andrade Moura

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA EM INDIVÍDUOS COM

OSTEOARTRITE UNILATERAL E BILATERAL NA ARTICULAÇÃO

DO JOELHO

JUIZ DE FORA/MG 2011

Elaine Andrade Moura

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA EM INDIVÍDUOS COM

OSTEOARTRITE UNILATERAL E BILATERAL NA ARTICULAÇÃO

DO JOELHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade de Fisioterapia, da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, como pré-requisito á obtenção do título de graduação em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Danza Vicente Co-orientadora: Profa. Ms. Jennifer Granja Peixoto

Juiz de Fora/MG 2011

Moura, Elaine Andrade.

Avaliação da estabilidade estática em indivíduos com osteoartrite unilateral e bilateral na articulação do joelho / Elaine Andrade Moura. – 2011.

65 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)—Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011.

1. Osteoartrite. 2. Articulação do joelho. I. Título.

CDU 616.72-002

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ser meu maior confidente, por me guiar, encher

de luz meu caminho, me dar força para superar todos os obstáculos.

Ao Prof. Dr. Eduardo José Danza Vicente pela dedicação á orientação desta

pesquisa, por me oferecer a oportunidade de um convívio tão enriquecedor, o qual

permitiu a ampliação do meu conhecimento científico. Agradeço pela paciência,

conselhos e ensinamentos que serão guardados pelo resto da vida.

A Profa. Mst. Jennifer Granja Peixoto pela co-orientação deste trabalho.

Ao Anderson Daibert Amaral, por ter aceitado participar da banca e ter elucidado

algumas dúvidas ao longo desse período.

Ao Diogo Simões Fonseca, pela disponibilidade em me ajudar, por todas as horas

de dedicação e por ter dividido seus conhecimentos comigo de forma tão

desmedida.

Aos voluntários da pesquisa por permitirem a utilização dos seus dados para a

realização deste trabalho, por colaborarem com o meu aprendizado e crescimento

profissional.

A Coordenação, aos Docentes e todos da Faculdade de Fisioterapia da

Universidade Federal de Juiz de Fora, que de alguma forma fizeram parte dessa

conquista.

Aos meus pais Ana Lucia e Luiz, que dedicaram muito a mim durante a graduação,

pela confiança depositada, pelas orações, pelas realizações que sempre me

proporcionaram e por terem me apoiado ao longo dessa jornada. Ao meu namorado

Bruno, obrigada por me ensinar a amar de uma forma diferente que nunca tinha

sentido antes, onde nasceu laços de amor muito forte. Foi uma das pessoas que

mais me ajudou ao longo dessa graduação, mesmo estando distante a maior parte

do tempo. Nunca me deixou sentir que estava sozinha, ficando sempre ao meu lado,

cuidando de mim.

Aos familiares, obrigada a todos.

A todos os amigos da faculdade pelos momentos pelos quais passamos e pelo

caminho que trilhamos juntos durante esses cinco anos, que me proporcionaram

momentos felizes indescritíveis.

RESUMO

A manutenção do equilíbrio durante a postura em pé é uma tarefa complexa

realizada pelo sistema de controle postural. Uma pessoa com osteoartrite (OA) de

joelho pode apresentar algum prejuízo no controle postural, pois essa patologia afeta

a estabilidade intra-articular e causa fraqueza muscular. Como há carência na

literatura sobre as alterações que a OA pode vir a causar na estabilidade desses

indivíduos, este trabalho tem o objetivo de analisar esta estabilidade estática pela

area de oscilação do centro de pressão corporal, e correlacioná-la com a idade e o

IMC. Foram recrutados 45 indivíduos de ambos os sexos, divididos em grupos com

OA unilateral de joelho (OAU), OA bilateral de joelho (OAB) e grupo controle (C),

sendo que cada grupo é formado por 15 indivíduos. Foi utilizado o Baropodometro

para avaliar a area de oscilação, os indivíduos permaneceram em posição

ortostática, na forma bipodálica e mantidos á uma distância de 2 metros da parede,

durante um período de 30 segundos. Foram realizadas estatísticas descritivas e

inferenciais através dos testes de Kruskall-Wallis, Spearman’s rho e Dunn para

análise estatística dos dados, utilizando o valor de significância de α ≤ 0,05. De

acordo com os resultados, os grupos OAU e OAB não apresentaram diferença

significativa de estabilidade estática entre eles (p = 0,597), somente quando

comparados com o grupo C, OAU e controle (p = 0,002), OAB e controle (p = 0,000).

Houve correlação entre idade e area de oscilação do grupo OAB (r = 0,523, p =

0,046). Os outros testes de correlação não revelaram resultados significativos. Pode-

se concluir que, indivíduos com OA de joelhos tanto unilateral e bilateral apresentam

maior area de oscilação do centro de pressão corporal quando comparados com

indivíduos normais. E que o processo de envelhecimento irá afetar a estabilidade

estática somente dos indivíduos que possuírem OA bilateral.

Palavras-chave: osteoartrite, estabilidade estática, idade, índice de massa corpórea.

ABSTRACT

Maintaining balance while standing posture is a complex task performed by the

postural control system. A person with knee osteoarthritis (OA) may have some

impairment in postural control, because this disease affects the intra-articular stability

and causes muscular weakness. As there is a lack in the literature about the changes

that OA could cause in the stability of these individuals, this study aims to analise the

static stability by the oscillation area of the body pressure center, and correlate it with

age and BMI. Were recruited 45 individuals of both sexes, divided into groups with

unilateral knee OA (OAU), bilateral knee OA (OAB) and control group (C), each of

these groups composed by 15 individuals. Baropodometry was used to assess the

area of oscillation, the individuals were standing erect, bipedal form and kept at a

distance of 2 meters from the wall, over a period of 30 seconds. Were performed

descriptive and inferential statistics through Kruskal-Wallis, Spearman's rho and

Dunn tests for statistical analysis of data, using the significant value of α ≤ 0.05.

According to the results, the OAU and OAB groups showed no significant difference

of static stability between them (p = 0.597), only when compared with group C, OAU

and control (p = 0.002), OAB and control (p = 0.000). There was a correlation

between age and oscilation area at group OAB (r = 0.523, p = 0.046). The other

correlation tests revealed no significant results. It can be concluded therefore that

individuals with knee osteoarthritis have both unilateral and bilateral greater area of

oscillation of the body pressure center when compared with normal subjects. And the

aging process will affect only the static stability of the individuals who have bilateral

OA.

Keywords: osteoarthritis, static stability, age, body mass index

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Sistema de Baropodometria Eletrônica, marca IST Informatique

modelo FootWork............................................................................

20

Figura 2 - Sala onde foi realizada as coletas.................................................. 23

Figura 3 - Boxplot dos valores das idades dos indivíduos dos três grupos

estudados .......................................................................................

28

Figura 4 - Boxplot do IMC dos indivíduos dos três grupos estudados............

28

Figura 5 - Boxplot dos valores das áreas de oscilação do centro de pressão

corporal dos indivíduos dos três grupos estudados........................

31

Figura 6 - Menor e maior valor da área de oscilação do centro de pressão

corporal (cm2), em indivíduos do grupo osteoartrite unilateral........

32

Figura 7 - Menor e maior valor da área de oscilação do centro de pressão

corporal em indivíduos do grupo de osteoartrite bilateral...............

33

Figura 8 - Menor e maior valor da área de Oscilação do centro de pressão

corporal em indivíduos do grupo controle.......................................

34

Figura 9 - Gráfico da diferença de oscilação entre os três grupos estudados

35

Figura 10 - Diagrama de Dispersão dos valores de correlação entre idade e

área de oscilação do centro de pressão corporal...........................

37

Figura 11 - Diagrama de dispersão dos valores de correlação entre IMC e

área de oscilação do centro de pressão corporal...........................

39

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Média, mediana, desvio padrão, valores máximo e mínimo da

idade (anos) e do índice de massa corpórea (IMC) (Kg/m²) nos

indivíduos dos três grupos estudados ..............................................

27

Tabela 2 - Média, mediana, desvio padrão, valores máximo e mínimo das

areas oscilação do centro de pressão corporal nos indivíduos dos

três grupos estudado........................................................................

30

Tabela 3 - Correlação da idade e da área de oscilação do centro de pressão

corporal dos três grupos estudados…..…………………………………

36

Tabela 4 - Correlação do IMC e da área de oscilação do centro de pressão

corporal dos três grupos estudados...................................................

38

LISTA DE ABREVIATURAS

AO Osteoartrite

C Controle

CA Cartilagem articular

CAS Centro de Atenção á Saúde

HU Hospital Universitário

IMC Índice de massa corpórea

OAB Osteoartrite Bilateral

OAU Osteoartrite unilateral

UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 10

2. OBJETIVO…........................................................................................... 17

3. MATERIAL E MÉTODOS....................................................................... 19

3.1 Materiais Permanentes……………………………………………........ 20

3.2 Aspectos éticos................................................................................. 21

3.3 Indivíduos………………………………………………………………… 21

3.4 Procedimento……………………………………………………………. 22

3.5 Análise Estatística………………………………………………………. 24

4. RESULTADOS………………………………………………………………. 25

4.1 Descrição da Amostra…………………………………………………... 26

4.1.1 Grupo OAU…………………………………………………………. 26

4.1.2 Grupo OAB………………………………………………………….. 26

4.1.3 Grupo C……………………………………………………………... 26

4.2 Análise da área de oscilação do centro de pressão corporal………. 29

4.3 Resultados inferenciais……………………………………………........ 35

4.4 Correlação entre Idade e área de oscilação do centro de

pressão………………………………………………………………………..

36

4.5 Correlação entre IMC e Oscilação do centro de pressão…………... 38

5. DISCUSSÃO……………………………………………………………........ 40

6. CONCLUSÃO………………………………………………………………... 46

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………. 48

8. APÊNDICE E ANEXOS…………………………………………………….. 59

8.1 Apêndice…………………………………………………………………. 60

8.2 Anexos……………………………………………………………………. 63

10

1. INTRODUÇÃO

11

1. INTRODUÇÃO

Desde que a postura ereta foi adotada pelos humanos, a força da gravidade

tem desafiado a capacidade do indivíduo manter-se equilibrado (GAGEY e WEBER,

2000). A postura é vista, geralmente, como um processo estático, mas a gravidade e

os mecanismos de controle neural provocam constantemente um deslocamento sutil

do alinhamento do corpo (BONDER e WAGNER, 2001). Esse deslocamento sutil é

observado mesmo quando nenhuma força externa parece perturbar o equilíbrio

estático (SFORZA, 2003; DUARTE, 2001), ou seja, um indivíduo sempre estará em

movimento, estará oscilando, pois o corpo sempre busca estabilidade postural

devido à ativação do sistema postural fino (GAGEY e WEBER, 2000).

Uma das tarefas mais importantes do sistema de controle postural humano é

a do equilíbrio do corpo sobre a base de apoio fornecida pelos pés (MAZZUCATO e

BORGES, 2009). Por possuir muitos receptores cutâneos, exterioceptores e

proprioceptores, a planta dos pés torna-se um captor ou adaptador podal que

permite os pés se ajustarem aos desequilíbrios de estruturas suprajacentes a eles

(CANTALINO e MATTOS, 2008).

Schmidt et al., (2003) afirmam que a estabilidade corporal é maior quando se

utilizam os dois pés ao solo e apesar da grande importância da visão na

manutenção da estabilidade corporal, as informações periféricas vindas dos pés

intervêm a fim de informar ao sistema nervoso as posições e os movimentos

relativos do corpo em relação ao meio ambiente, garantindo assim maior

estabilidade à postura em pé.

A manutenção do equilíbrio durante a postura ortostática integra informações

do sistema vestibular, de receptores visuais (informações sobre o ambiente e a

localização, direção e a velocidade do movimento do indivíduo) e do sistema

somatossensorial (informações relacionadas ao contato e posição do corpo,

incluindo os receptores cutâneos, receptores musculares, tendões, ligamentos,

articulações que informam sobre a posição dos membros e do corpo) (RAMOS e

DEMYER, 1986; BRACCIALLI et al., 1995; HAGEMAN, LEIBOWITZ e BLANKE,

2006; PRESUMIDO et al., 1995; ARUIN, NICHOLAS e LATASH, 1997; MELZER,

BENJUYA e KAPLANSKI, 2001; BARAÚNA et al., 2003; TEIXEIRA, KÖRBES e

ROSSI, 2010).

12

O sistema vestibular é uma das ferramentas mais importantes do sistema

nervoso no controle da postura, é um dos responsáveis pela orientação espacial do

corpo em situações estáticas e dinâmicas, tornando-se um dos componentes

determinantes no equilíbrio corporal (MAZZUCATO e BORGES, 2009). O sistema

proprioceptivo permite que o corpo tenha informações sobre o ambiente, orientação

necessária à medida que se movimenta ou fica estático em relação às próprias

partes do corpo, do seu apoio e da superfície do solo (CALAIS-GERMAIN, 1992).

Outro sistema importante no auxílio da manutenção do equilíbrio postural é o visual

(OHASHI, NAKAGAWA e ASAI, 1993; NAKAGAWA et al., 1993), pois ajuda a visão

periférica, a sensibilidade ao contraste, a acuidade dinâmica e estática e a

percepção de profundidade (PAIXÃO e HECHAMNN, 2002). A ação

musculoesquelética desempenha papel importante na manutenção da estabilidade

postural, condição essencial para que um indivíduo se mantenha em condições

suficientes para minimizar as eventuais perturbações do equilíbrio e evitar as quedas

(PINHO et al., 2005; DOUGLAS, 2002; GARDINER, 1986).

A postura correta do indivíduo será determinada pela interação harmoniosa

desses sistemas, juntamente com as memórias de experiências prévias e o

relacionamento espacial do organismo com o ambiente (TEIXEIRA, KÖRBES e

ROSSI, 2010).

Para compreender os mecanismos do controle postural é preciso ter

conhecimento da variável centro de pressão, que é definido pelo ponto de aplicação

da resultante das forças verticais que agem sobre a superfície de suporte

(MASSION, 1998).

Quando uma pessoa procura manter-se em pé o mais estável possível, ocorre

uma distribuição da pressão nas plantas dos pés e um deslocamento do centro de

pressão que causa oscilações laterolateral e anteroposterior (BARELA, 2000;

GUYTON, 1986). O deslocamento anormal do centro de pressão pode ocorrer

devido a mudanças na base de suporte por meio de um deslocamento inesperado,

como instabilidade articular e fraqueza muscular (PERRACINI, 2000).

Essas oscilações também ocorrem pela dificuldade em manter os muitos

segmentos corporais alinhados entre si sobre uma base de suporte restrita,

utilizando o sistema muscular que produz forças que variam ao longo do tempo (DE

LUCCA et al., 1982).

13

As respostas posturais automáticas ou reações compensatórias são

caracterizadas pela ativação de um conjunto de músculos em resposta a

perturbações. Estes padrões de atividade muscular correspondente as

características cinemática têm sido denominados de "estratégia postural" (GATEV et

al., 1999).

Quando uma perturbação externa é aplicada a superfície de suporte de forma

lenta, a manutenção do equilíbrio em adultos é garantida pela ativação sequencial

de músculos distais a proximais. Quando uma oscilação para trás e induzida por

uma perturbação a frente, a sequencia é caracterizada pela ativação dos músculos

da região anterior do corpo. Quando a oscilação para frente e induzida por uma

perturbação para trás, os músculos posteriores do corpo são ativados em uma

sequencia do tornozelo ao tronco. Tais padrões de atividade muscular e

correspondentes características cinemáticas caracterizam a estratégia do tornozelo

(GATEV et al., 1999; CARRIE et al., 2003). Muitos grupamentos musculares são

ativados nesse controle postural, porém os mais importantes são; o músculo

quadríceps femoral, responsável pela extensão da perna e auxiliador da

manutenção da postura ortostática; os músculos tóraco-lombares, os músculos

cervicais posteriores, cuja contração permite o estiramento da coluna vertebral e

determina o levantamento da cabeça e projeção da face para frente (DOUGLAS,

2002). Os músculos do tríceps sural (gastrocnêmio e sóleo) atuam como controlador

preditivo de um elemento mola na articulação do tornozelo que é responsável pela

manutenção da postura ortostática (LORAN e LAKIE, 2002).

Quando o corpo oscila em resposta a uma perturbação, o indivíduo produz

um torque sobre a articulação do tornozelo que deslocará o seu centro de pressão.

Esta força reverte à direção do movimento e dirige o centro de pressão à posição

inicial, reduzindo dessa forma a oscilação. Esta estratégia do tornozelo de

reposicionamento do centro de pressão por meio do movimento do corpo através do

torque produzido ao redor da articulação do tornozelo é conhecida como teoria do

pêndulo invertido de seguimento único (HORAK, NASHNER e DIENER, 1990), isso

também ocorre devido aos fatores fisiológicos como a respiração, os batimentos

cardíacos e o retorno venoso que influem constantemente na oscilação corporal, e

sendo reorganizado pelo sistema de pendulo invertido (OLIVEIRA, IMBIRIBA e

GARCIA, 2000).

14

Doenças no sistema nervoso, ou alterações musculoesqueléticas podem

alterar o equilíbrio (AL-ZAHRANI e BAKHEIT, 2002), indivíduos que possuem

osteoartrite (OA) na articulação dos joelhos, apresentam alterações

musculoesqueléticas que podem causar uma postura deficiente e uma alteração

proprioceptiva, gerando compensações e desequilíbrios (BLOUIN, CORBEIL e

TEASDALE, 2003).

A elevada solicitação mecânica em que a articulação do joelho é submetida

em sua função de suporte, pode levar a degeneração da cartilagem articular (CA)

(PEAT, MCCARNEY e CROFT, 2001; NEUMANN, 2005) levando o indivíduo a

desenvolver a OA (CROFT et al., 1992; NORVELL et al., 2005). Trata-se de uma

doença crônica (COIMBRA et al., 2002) caracterizada por um processo inflamatório

degenerativo (ROYER e KOENIG, 2005), que leva a um desvio de eixo no membro

afetado (MOLINA et al., 2002).

Essa patologia apresenta como principais sintomas dor (VASCONCELOS,

DIAS e DIAS, 2006; KAUFMAN et al., 2001; SYMMONS, 2001), diminuição da

mobilidade articular (YELIN et al., 1987; KAUFMAN et al., 2001), crepitações e

edema, que resultam em uma perda da independência funcional do indivíduo

(DAVIS et al., 1991; KAUFMAN et al., 2001; PEAT, MCCARNEY e CROFT, 2001),

como se levantar de uma cadeira, ficar em pé, andar confortavelmente ou subir

escadas (KAUFMAN et al., 2001), causando fraqueza e atrofia muscular (ZACARON

et al., 2006).

Apresenta como fatores de risco a obesidade (VASCONCELOS, DIAS e

DIAS, 2006; ZACARON et al., 2006), o envelhecimento, as lesões ou cirurgias

prévias, o esforço ocupacional ou recreacional cumulativo, o mau alinhamento

articular (ZACARON et al., 2006), a influência da presença de componentes

genéticos (JORDAN et al., 2003; MARX et al., 2006) e a descarga de peso sobre as

articulações afetadas (VASCONCELOS, DIAS e DIAS, 2006).

A OA é uma doença de evolução lenta e suas alterações radiográficas

demoram três anos para serem observadas e mensuradas (REZENDE e GOBBI,

2009). Os aspectos radiológicos visualizados são a diminuição do espaço articular

(ZACARON et al., 2006), o aumento da densidade óssea subcondral, alterações

proliferativas marginais das articulações, formações osteofíticas (SILVA e

MARCZUK, 2001) e esclerose do osso subcondral (ALTMAN et al., 1986;

ZACARON et al., 2006).

15

O’ Reilly et al., (1998) realizaram um trabalho onde avaliaram 300 indivíduos

entre homens e mulheres com idade entre 40 e 79 anos, e concluíram que a

fraqueza do músculo quadríceps, o deficit dos sistemas proprioceptivo, neuro-

muscular e articular (SHIH-HUNG et al., 2007) estão diretamente associada à dor

articular no joelho e desabilidade da articulação (GUCCIONE, 1994). Outro estudo

demonstrou que pacientes com OA quando comparados com indivíduos saudáveis

da mesma idade, apresentaram redução da propriocepção de joelho e diminuição do

equilíbrio e senso de posição (BISCHOFF e ROOS, 2003; HASSAN, MOCKETT e

DOHERTY, 2001).

O decréscimo da função dos músculos quadríceps e isquiotibiais apresentam-

se potencializada na população idosa portadora de OA de joelhos (SLEMENDA et

al., 1997; SCHILKE et al., 1996), podendo ser atribuída ao fator comportamental

caracterizado por menor nível de atividade física adotada por esta população

(SCHILKE et al., 1996), ou aos sinais e sintomas clínicos inerentes à doença

(SLEMENDA et al., 1997; ETTINGER et al., 1994).

Em indivíduos entre 35 a 54 anos a incidência é ligeiramente maior do que em

adultos jovens. Já em indivíduos com idade entre 55 a 74 anos a porcentagem

aumenta para 150%, 360% e 800%, para as articulações do joelho, sacroilíaca e

quadril, respectivamente (ROBBINS, WAKED e KROUGLICOF, 2001). Alguns

autores afirmam que nas mulheres a OA de joelho é mais prevalente que em

homens (ALBUQUERQUE et al., 2008; MARX et al., 2006). Isso é explicado devido

ao volume da CA dos joelhos serem maiores nos homens do que nas mulheres

(DING, et al., 2003).

Com o aumento do comprometimento da enfermidade, ocorre perda

progressiva da capacidade funcional, devido a um deficit dos sistemas

proprioceptivo, neuro-muscular e articular, submetendo os indivíduos a episódios de

dor, limitação do movimento, fraqueza muscular, diminuição da sua coordenação e

equilíbrio (SHIH-HUNG et al., 2007, GUCCIONE, 1994). Isso indica uma

dependência crescente do indivíduo ao realizar suas atividades de vida diária, tais

como, caminhar, subir e descer escadas, agachar, entre outras (SOARES, COHEN e

ABDALLA, 2003).

Para avaliar a estabilidade estática na postura ereta são utilizadas várias

técnicas: a estabilometria que verifica as oscilações ânteroposteriores e

laterolaterais com o indivíduo sobre uma plataforma de força (BARCELLOS E

16

IMBIRIBA, 2002). A biofotogrametria computadorizada que avalia a estabilidade

estática por meio das oscilações anteroposterior e laterolateral calculadas em graus,

por meio da aplicação de imagens fotográficas obtidas em movimentos corporais

que foram observados por meio da filmagem dos indivíduos (BARAÚNA et al., 2006;

AIKAWA, BRACCIALLI e PADULA, 2006). O baropodometro que fornece o

mapeamento das pressões plantares em situações estática e dinâmica, e análise

estabilométrica (BANKOFF et al., 2006), que mensura os desequilíbrios do corpo no

espaço por meio da posição do centro de pressão (MOCHIZUKI, 2003)

Alguns estudos utilizam o baropodometro para quantificar a descarga de peso

e o desequilíbrio estático nos membros inferiores de indivíduos com amputações

transfemoral ou transtibial em condições estática ou dinâmica, relacionando esses

dados com o grau de degeneração articular, tempo de protetização e idade

(BERNARDES e BARBOSA, 2009; COIMBRA e DAMASCENO, 2009; ROSSI,

2008). Baraúna et al., (2006) acreditam que a avaliação da estabilidade estática

pode ser um suporte para auxiliar no desenvolvimento de esquemas preventivos e

propostas terapêuticas, evitando assim, complicações decorrentes do desequilíbrio.

A maioria dos trabalhos que avaliam a estabilidade estática nas diversas patologias

utilizam um tempo de 30 segundos (PRESUMIDO et al., 1995; BARAÚNA, 1997),

pois nesse intervalo é que se observam as maiores oscilações, e manteve os

indivíduos á uma distância de 2 metros da parede (VIEIRA e OLIVEIRA, 2006).

A utilização da baropodometria eletrônica na análise da estabilidade corporal

é uma tecnologia recente, existindo poucas pesquisas relatando seu uso, pois é

normalmente utilizada para fins clínicos, explicando assim a inexistência de artigos

acadêmicos sobre o assunto. No entanto, se mostra uma excelente metodologia

para avaliar a estabilidade estática por meio do deslocamento do centro de pressão

(SCHMIDT et al., 2003). Apesar das diversas análises fornecidas pelo aparelho este

trabalho tem seu enfoque voltado para os dados obtidos pela análise

estabilométrica, que apresenta informações da oscilação do centro de pressão do

corpo no sentido anteroposterior e laterolateral e da área de oscilação do centro de

pressão do corpo (BANKOFF et al., 2006). Como existe uma carência em estudos

avaliando a oscilação do centro de pressão em indivíduos portadores de OA de

joelho, essa pesquisa fornecerá dados importantes para complementar os

procedimentos de reabilitação executados na Faculdade de Fisioterapia, além de

descrever uma nova metodologia de análise na postura estática

17

2. OBJETIVO

18

2. OBJETIVO

O objetivo deste estudo é analisar a estabilidade estática em indivíduos com

osteoartrite unilateral e bilateral na articulação do joelho, e comparar essa

estabilidade com a de indivíduos normais, por meio da área de oscilação do centro

de pressão corporal, e correlacionar essa estabilidade com a idade e o índice de

massa corpórea.

19

3. MATERIAL E MÉTODOS

20

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Materiais Permanentes

Foi utilizado um sistema de baropodometria eletrônica, que possui 2704

captadores (capacitivos calibrados) que trabalham a uma freqüência fixa de 150 Hz,

com conversão digital de 16 bits, de marca IST Informatique, modelo FootWork, com

superfície ativa de 400 mm x 400 mm, revestido de policarbonato, adquirido graças

ao edital Universal FAPEMIG (CDS – APQ - 01730-09). Um notebook ACER aspire

2920-6840 e uma impressora HP Officejet J4660 All-in-One também adquiridos

graças ao edital Universal FAPEMIG (processo no CDS - APQ - 00563-08),

pertencentes ao Laboratório de Pesquisa em Reabilitação Musculoesquelética

(LPRME) da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora

(FACFISIO-UFJF) (Figura 1).

Figura 1 – Sistema de Baropodometria Eletrônica, marca IST Informatique modelo

FootWork.

21

3.2. Aspectos éticos O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal de Juiz de Fora (Parecer nº 207/2010) nos termos da portaria 196/96 do

Conselho Nacional de Saúde (Anexo).

No primeiro contato com os participantes desta pesquisa realizou-se uma

conscientização, esclarecimento da natureza e propósito desta pesquisa e, uma vez

que foram sanadas todas as dúvidas que por ventura surgissem, estes assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice).

3.3. Indivíduos

Para a realização deste estudo transversal, foram selecionados 45 indivíduos

adultos, de ambos os sexos, com faixa etária variando entre 45 a 82 anos, que

estavam em tratamento ou na lista de espera do Setor de Fisioterapia do Centro de

Atenção a Saúde do Hospital Universitário (CAS-HU), desta maneira, a amostra foi

selecionada por conveniência.

Esses voluntários foram divididos em três grupos:

- Grupo OAU foi constituído por 15 indivíduos com OA unilateral de joelho;

- Grupo OAB por 15 indivíduos com OA bilateral de joelho e;

- Grupo C composto por 15 indivíduos com nenhuma patologia no joelho,

grupo controle.

Os fatores de exclusão utilizados nesta pesquisa foram indivíduos que

sofreram intervenções cirúrgicas no membro inferior (BURKE, ROMAN e WRIGHT,

1978), fazem uso de medicamentos depressores labirínticos (BASTOS, LIMA e

OLIVEIRA, 2005) e de qualquer medicamento que alterem o equilíbrio (TEIXEIRA,

KORBES e ROSSI, 2010)., doença neurológica e hipotensão postural (TEIXEIRA,

KORBES e ROSSI, 2010).

22

3.4. Procedimento

Antes de realizar a avaliação da estabilidade estática os indivíduos

forneceram os dados para preencher um cadastro no programa Footwork, onde

especificaram sua idade, tamanho do calçado, se possuíam alguma alteração

labiríntica, auditiva, visual e informações sobre sua patologia (OA). Foi medida a

altura e o peso de todos os participantes.

A análise da oscilação do centro de pressão foi realizada na forma bipodálica,

onde os participantes da pesquisa adotaram a postura ortostática e permaneciam

sobre a plataforma em uma posição confortável, com os braços no prolongamento

do corpo. Foram mantidos á uma distância de 2 metros da parede (VIEIRA e

OLIVEIRA, 2006), sendo esta uma parede branca sem nenhum atrativo para os

participantes que mantiveram uma estabilização no olhar (Figura 2).

23

Figura 2 – Sala onde foram realizadas as coletas.

Foi solicitado que permanecessem olhando para um ponto fixo na parede á

altura dos seus olhos, durante um período de 30 segundos para execução dos

procedimentos (BARAÚNA et al., 2006), e todos os sujeitos apresentaram-se

descalços. Durante esse tempo foram analisadas as oscilações do centro de

pressão do corpo por meio da superfície de contato expressadas em centímetros

quadrados (cm2).

24

3.5. Análise Estatística

Foi utilizado o software Statistical Packagefor Social Sciences (SPSS ®),

versão 19.0 no qual foram realizados vários testes. Por meio do teste de Shapiro-

Wilk descobriu que a distribuição da amostra não é normal, fazendo com que, fosse

utilizado o método de estudo não-paramêtrico.

Como a pesquisa possui três grupos de estudos o teste escolhido para

análise de variância foi o de Kruskal-Wallis. O programa MATLAB ® 7.7.0

MathWorks ®, foi utilizado para o teste de comparação múltipla, o qual foi escolhido

o teste de Dunn. O teste de correlação não-paramétrico de Spearman’s rho, foi

utilizado para correlacionar a idade com a área de oscilação e o índice de massa

corpórea com a área de oscilação. Todos os testes estatísticos foram realizados ao

nível de significância de 0,05.

25

4. RESULTADOS

26

4. RESULTADOS

4.1. Descrição da Amostra.

4.1.1. Grupo OAU. Esse grupo foi composto por 66,66% (10 /15) de indivíduos do sexo feminino

e 33,33% (5/15) do sexo masculino. A idade média foi de 58,86 anos (±8,96), tendo

o voluntário mais jovem 48 anos e o mais velho 82 anos. Esses indivíduos

apresentaram índice de massa corpórea com média de 31,89 Kg/m² (±5,96),

variando de 25,21 a 41,98 Kg/m² (Tabela 1, Figuras 3 e 4).

4.1.2 Grupo OAB. Esse grupo foi composto por 73,33 % (11/15) de indivíduos do sexo feminino

e 26,67% (4/15) do sexo masculino. A idade média foi de 62,53 anos (±7,52), tendo

o voluntário mais jovem 51 anos e o mais velho 79 anos. Esses indivíduos

apresentaram índice de massa corpórea com média de 31,96 Kg/m² (±6,14),

variando de 24,44 a 42,84 Kg/m² (Tabela 1, Figuras 3 e 4).

4.1.3. Grupo C. Esse grupo apresentou 66,66% (10/15) de indivíduos do sexo feminino e

33,33% (5/15) do sexo masculino. A idade média foi de 60,13 anos (±10,59), tendo o

voluntário mais jovem 45 anos e o mais velho 75 anos. Esses indivíduos

apresentaram índice de massa corpórea com média de 24,46 (±4,55), variando de

16,44 a 34,08 Kg/m² (Tabela 1, Figuras 3 e 4).

27

Tabela 1 - Média, mediana, desvio padrão, valores máximo e mínimo da idade

(anos) e do índice de massa corpórea (IMC) (Kg/m²) nos indivíduos dos

três grupos estudados.

Idade (anos) Índice de Massa Corpórea

(Kg/m²)

Voluntários Grupo

OAU

Grupo

OAB

Grupo C Grupo

OAU

Grupo

OAB

Grupo C

1 54 58 71 34,1 34,92 20,7

2 56 57 57 31,21 25,46 24,24

3 68 70 49 28,39 26,17 21,23

4 49 51 73 33,73 42,84 21,67

5 58 66 69 29,74 36,68 29,37

6 60 56 53 41,98 26,76 34,08

7 61 62 70 45,1 41,34 25,88

8 55 70 53 38,45 37,55 26,39

9 52 68 45 25,64 29 19,94

10 48 58 59 28,3 24,44 16,44

11 62 53 75 26,31 29,33 23,4

12 49 66 72 25,21 37,63 24,05

13 82 65 53 32,79 25,63 26,44

14 62 59 58 27,23 33,07 22,34

15 67 79 45 30,26 28,62 30,86

Média 58,86 62,53 60,13 31,89 31,96 24,46

Mediana 58 62 58 30,26 29,33 24,05

Desvio

padrão

8,93 7,52 10,59 5,96 6,14 4,55

Máximo 82 79 75 45,1 42,84 34,08

Mínimo 48 51 45 25,21 24,44 16,44

28

Figura 3 - Boxplot dos valores das idades dos indivíduos dos três

grupos estudados.

Figura 4 - Boxplot do IMC dos indivíduos dos três grupos estudados.

29

4.2 Análise da área de oscilação do centro de pressão corporal.

No grupo OAU a média da oscilação do centro de pressão corporal foi de 6,69

cm2 (±5,13), variando de 2,31 a 17,15 cm2 (Figura 6). A média da oscilação do centro

de pressão corporal no grupo OAB foi de 7,34 cm2 (±4,58), variando de 2,17 a 17,61

cm2 (Figura 7). E no grupo C a média foi de 2,93 cm2 (±1,05), variando de 1,17 a

4,72 cm2 (Figura 8). (Tabela 2 e Figura 5).

30

Tabela 2 - Média, mediana, desvio padrão, valores máximo e mínimo das áreas de

oscilação do centro de pressão corporal nos indivíduos dos três grupos

estudados.

Área de oscilação do centro de pressão corporal (cm2) Voluntários

Grupo OAU Grupo OAB Grupo C

1 4.118 6.678 2.483

2 3.659 2.174 2.661

3 4.295 5.781 2.566

4 4.819 3.271 2.587

5 12.033 9.759 4.154

6 5.133 3.366 2.831

7 7.249 4.742 1.862

8 15.211 17.614 3.852

9 5.259 5.153 1.170

10 2.586 16.376 2.946

11 3.634 6.543 4.462

12 17.158 6.409 3.763

13 6.346 7.172 1.496

14 6.631 3.907 2.461

15 2.318 11.202 4.725

Média 6.697 7.343 2.935

Mediana 5.133 6.409 2.661

Desvio Padrão 4.520 4.588 1.058

Máximo 17.158 17.614 4.725

Mínimo 2.318 2.174 1.170

31

Figura 5 - Boxplot dos valores das áreas de oscilação do centro de pressão

corporal dos indivíduos dos três grupos estudados.

32

Figura 6 - Menor e maior valor da área de oscilação do centro de pressão corporal,

cm2, em indivíduos do grupo osteoartrite unilateral.

33

Figura 7 - Menor e maior valor da área de oscilação do centro de pressão corporal

em indivíduos do grupo de osteoartrite bilateral.

34

Figura 8 - Menor e maior valor da área de Oscilação do centro de pressão corporal

em indivíduos do grupo controle.

35

4.3. Resultados inferenciais

Ao utilizar o teste de Kruskall-Wallis realizado entre as áreas de oscilação dos

três grupos, foi observado que existe diferença estatisticamente significativa na

amostra em estudo, p=0,004, ou seja, rejeita a hipótese nula que as oscilações são

estatisticamente semelhantes.

Foi realizado o teste de comparação múltipla de Dunn para descobrir entre

quais grupos ocorre à diferença de oscilação de pressão. Foi possível observar que

o grupo OAU quando comparado com o grupo C apresentou diferença

estatisticamente significativa na oscilação p=0,002*, e que o grupo OAB comparado

com o grupo C também apresentou diferença estatisticamente significativa na

oscilação p=0,000*, porém ao comparar o grupo OAU com o grupo OAB não obteve

diferença estatisticamente significativa p=0,597 (Figura 9). Nível de significância p <

0,05

Figura 9 - Gráfico da diferença de oscilação entre os três grupos estudados.

36

4.4. Correlação entre Idade e área de oscilação do centro de pressão.

O teste de Spearman’s rho foi feito com o objetivo de verificar a relação entre

a idade e a área de oscilação do centro de pressão corporal nos três grupos

estudados. Como resultado, o grupo de OAU e o grupo C não apresentaram

correlação significativa, já o grupo de OAB, apresentou uma correlação positiva

moderada, com o valor p=0,046 (Tabela 3).

Tabela 3 - Correlação da idade e da área de oscilação do centro de pressão

corporal dos três grupos estudados.

TESTE DE SPEARMAN`S RHO

Coeficiente de correlação

Valor de p

Idade e área de

oscilação do centro de

pressão corporal do

grupo OAU

-0,093 0,742

Idade e área de

oscilação do centro de

pressão corporal do

grupo OAB

0,523 0,046*

Idade e área de

oscilação do centro de

pressão corporal do

grupo C

0,176 0,531

* Nível de significância p <0,05

37

Figura 10 - Diagrama de Dispersão dos valores de correlação entre idade e área de

oscilação do centro de pressão corporal.

38

4.5. Correlação entre IMC e Oscilação do centro de pressão

O teste de Spearman’s rho foi realizado com o objetivo de verificar a relação

entre as variáveis IMC e a área de oscilação do centro de pressão corporal nos três

grupos estudados. Como resultado, não foi verificada nenhuma correlação entre essas

variáveis nos grupos de OAU, OAB e C (Tabela 4).

Tabela 4 - Correlação do IMC e da área de oscilação do centro de pressão corporal

dos três grupos estudados.

TESTE DE SPEARMAN´S RHO

Coeficiente de correlação

Valor de p

IMC e área de oscilação

do centro de pressão

corporal do grupo OAU

0,064 0,820

IMC e área de oscilação

do centro de pressão

corporal do grupo OAB

-0,086 0,761

IMC e área de oscilação

do centro de pressão

corporal do grupo C

0,386 0,156

39

Figura 11 - Diagrama de dispersão dos valores de correlação entre IMC e área de

oscilação do centro de pressão corporal.

40

5. DISCUSSÃO

41

6. DISCUSSÃO

O processo de senescência pode ser considerado um agravante para o

desenvolvimento da OA (SHARMA et al., 2000). Segundo Senna et al., (2004) e

Felson (1996) esse fator de risco aumenta a partir dos 40 anos, por isso a idade

escolhida para os voluntários desta pesquisa foi acima dos 45 anos.

A idade média, em anos, do grupo OAU foi de 58,86 (± 8,93), variando de 48

a 82 anos, e no grupo OAB a média foi de 62,53 (± 7,52), variando de 51 a 79 anos.

Essa maior prevalência de OA com o avançar da idade, ocorre devido ao

envelhecimento da CA (VELOSA, TEODORO e YOSHINARI, 2003).

No estudo de Oliveria et al., (1995) foi analisado, em uma comunidade do

nordeste dos Estados Unidos a incidência de OA de joelhos pareada por sexo e

idade, foi encontrado 240/100.000 pessoas por ano, onde observaram que a

incidência aumentou com a idade, e as mulheres tiveram taxas mais altas que os

homens, especialmente após os 50 anos.

Foi observado no presente estudo que os grupos OAU e OAB apresentaram

uma maior prevalência do gênero feminino (21/30) 70%, corroborando com os

resultados encontrados na pesquisa de Gelber et al., (1999) que afirmaram, que as

mulheres apresentam maior risco em desenvolver a OA.

No presente estudo, além da idade, outro parâmetro foi utilizado como fator

de risco precedente e crucial para o desenvolvimento da OA de joelho, o IMC

(SHARMA et al., 2000), que foi utilizado para determinar a quantidade e a

distribuição de peso, por possuir baixo custo e ser de fácil aplicabilidade.

No estudo de Souza (2009) comparam indivíduos com OA de joelhos que já

sofreram quedas com indivíduos com OA de joelhos que não sofreram quedas, o

IMC médio observado nestes grupos foram de 32.61Kg/m2 e 31.41Kg/m2,

respectivamente. No presente estudo foi observado um IMC alto nos grupos com

OA, no grupo OAU a média foi de 31,89 Kg/m² (± 5,96), variando de 25,21 a 41,98

Kg/m². No grupo OAB foi de 31,96 Kg/m² (± 6,14) sendo o menor valor de 24,44 e o

maior de 42,84 Kg/m². Quando comparado com o grupo C, observa-se que este

apresentou um baixo IMC médio, de 24,46 Kg/m² (± 4,55).

42

Neste contexto, Felson (1996) relata que os indivíduos com IMC entre 30 e

35Kg/m2 apresentam risco quatro vezes maior para desenvolvimento da OA de

joelhos do que os indivíduos com IMC menor que 25Kg/m2.

Estes resultados vão de encontro aos estudos epidemiológicos que tem

mostrado de maneira consistente que pessoas obesas apresentam risco aumentado

para o desenvolvimento da OA de joelho, em relação as não-obesas (RADOMINSKI,

1998; GELBER et al., 1999; JANSSEN e MARK, 2006).

Conforme o estudo de Felson et al., (1997) a redução de peso diminui o risco

de OA, em seu estudo mulheres com índice de massa corpórea maior que 25 e que

perderam peso, tiveram redução da incidência de OA sintomática de joelho. A

redução de uma média de 5 kg de peso reduziu em mais de 50% a probabilidade de

desenvolver OA.

Além disso, os dados antropométricos do IMC são utilizados para determinar

a relação entre obesidade e doenças crônico-degenerativas decorrentes da

sobrecarga que é gerada na articulação (JANSSEN e MARK, 2006).

Para realizar este estudo, foi utilizado o sistema de Baropodometria Eletrônica

Computadoriza, por se tratar de um método de coleta rápido, fácil, não invasivo e

confortável para os voluntários. A posição adotada pelos indivíduos durante a coleta

foi a posição ortostática bipodálica, com os apoio do pés sem padronização.

Segundo os pesquisadores Fialho et al., (2001) observaram que a posição ao qual o

paciente esta colocado na plataforma de força não interfere na amplitude de

oscilação do centro de pressão. Isso foi o evidenciado ao colocar os indivíduos do

seu estudo em 4 tipos de apoios diferentes, 1) apoio natural dos pés, 2) apoio

padronizado com alinhamento dos calcâneos, 3) apoio padronizado com

alinhamento dos pés em 8º e 4) apoio padronizado com pés paralelos.

Os voluntários desta pesquisa permaneceram por 30 segundos nesta

posição, que foi a mesma postura foi adotada no estudo de Baraúna et al., (2006)

que observaram o equilíbrio estático de indivíduos amputados transfemurais e

transtibiais, comparando-os a indivíduos não amputados.

Como foi observado no grupo C deste estudo, mesmo não apresentando

nenhuma patologia que possa interferir na estabilidade estática, estes indivíduos não

apresentaram oscilação zero, pois o corpo humano não consegue manter uma

pessoa totalmente imóvel. Este grupo apresentou uma média da área de oscilação

do centro de pressão corporal de 2,93 cm2 (± 1,05). Estas oscilações são

43

decorrentes da dificuldade em manter os muitos segmentos corporais alinhados

entre si, sobre uma base de suporte restrita, utilizando um sistema muscular

esquelético que produz forças que variam ao longo do tempo (De LUCA et al.,

1982).

Os resultados deste estudo evidenciaram que os portadores de OAU e OAB,

apresentaram área de oscilação do centro de pressão corporal maiores do que os

indivíduos saudáveis. Isso pode ser explicado pela deficiência do sistema

proprioceptivo que descreve todas as informações neurais originadas nos

proprioceptores das articulações, músculos, tendões, cápsulas e ligamentos, que

são enviadas através de vias aferentes ao sistema nervoso central, de modo

consciente ou inconsciente, sobre as relações biomecânicas dos tecidos articulares,

as quais podem influenciar o tônus muscular, programas de execução motora e

coordenação, cinestesia, reflexos musculares, equilíbrio postural e estabilidade

articular (BACARIN et al., 2004), que em portadores de OA se encontram alterados.

No grupo OAU a média da oscilação do centro de pressão corporal foi de

6,69 cm2 (± 5,13), variando de 2,31 a 17,15 cm2, a média da oscilação do centro de

pressão corporal no grupo OAB foi de 7,34 cm2 (± 4,58), variando de 2,17 a 17,61

cm2, já no grupo C, pode-se observar uma média de 2,93 cm2 (± 1,05), variando de

1,17 a 4,72 cm2. Estes resultados são similares a aqueles obtidos por Oliveira

(2007), que ao analisar a estabilidade estática em portadores de OA em joelhos e

em indivíduos saudáveis, constatou que, os sujeitos com OA apresentaram maior

área de oscilação do que os indivíduos saudáveis. Porém não encontrou na

literatura, estudos comparando as oscilações do centro de pressão entre os

indivíduos com OA unilateral e bilateral de joelho.

No entanto, ao comparar as áreas de oscilação, notou-se um comportamento

muito semelhante entre os indivíduos com OAU e OAB, ou seja, não apresentam

diferença estatisticamente significativa de oscilação do centro de pressão entre

estes dois grupos. Podendo ser explicado que, independente se a OA afeta um

membro ou dois, o sistema proprioceptivo estará afetado, e com isso ocorrerá uma

quebra no circuito do controle postural levando a uma instabilidade postural.

Diversos estudos publicados por diferentes autores evidenciam que o

comportamento da oscilação do centro de pressão em sujeitos com OA de joelhos

são maiores quando comparados a sujeitos sem OA de joelhos (HAIBACH,

SLOBOUNOV e NEWELL, 2008; OSTROWSKA, KUCZYNSKI e DEAN, 2008;

44

OLIVEIRA, 2007; NORRIS et al., 2005; GRAVELLE et al., 2002; HASSAN,

MOCHETT e DOHERTY, 2001). Com isso, verifica-se que a área de oscilação é

maior em condições em que a estabilidade estática está teoricamente diminuída,

indicando que nas condições de diminuição do equilíbrio será maior a área de

oscilação.

Estudos realizados pela plataforma Chattecx Balance System, evidenciaram

maior deslocamento do Centro de pressão nos portadores de OA de joelhos

(OLIVEIRA, 2007). Os pesquisadores Kul-Panza e Berker (2006) utilizaram a

Pedobarografia (PDM-S System) um sistema semelhante ao baropodometo, que

também alcançaram os mesmos resultados. Todos afirmam que os sujeitos com OA

de joelhos possuem maior área de oscilação do centro de pressão do que os

sujeitos saudáveis. Melzer, Benjuya e Kaplanski (2004) colocam que o aumento da

movimentação do centro de pressão indica uma pior condição do equilíbrio postural.

Esse aumento da instabilidade estática em indivíduos tanto no grupo OAU e

OAB decorre principalmente, pelo desempenho muscular que se apresenta em

decréscimo decorrente de quadro patológico (PATTEN e CRAIK, 2000 apud

ZACARON, et al., 2006).

Esta pesquisa encontrou uma correlação positiva baixa entre as variáveis

idade e área de oscilação no grupo C, que indica não haver uma relação significativa

entre essas variáveis, ou seja, a idade não interfere na área de oscilação do centro

de pressão em indivíduos normais. A mesma relação foi observada no estudo de

Raymakers, Samson e Verhaar (2005) que não evidenciaram a influência do

processo de envelhecimento nos parâmetros do deslocamento do centro de pressão

em pessoas sem patologias. Autores relatam que a oscilação não sofre influência do

processo de envelhecimento (LERVIK e LEDIN, 2007; NORRIS et al., 2005;

LAUGHTON et al., 2003; PRIPLATA et al., 2003; RAYMAKERS, SAMSON e

VERHAAR, 2005), portanto não pode-se considerar a idade como preditor de

alteração de equilíbrio em indivíduos normais.

O mesmo resultado foi encontrado ao avaliar os indivíduos do grupo OAU,

que apresentou uma correlação negativa baixa, ou seja, não tem correlação

estatisticamente significativa, pois os valores são muito próximos de zero. Isso pode

ser explicado pela influência da presença de outliers nas variáveis, área de oscilação

do centro de pressão e idade. Os outliers são valores que apresentam um grande

45

afastamento dos outros valores da amostra que podem causar uma tendência no

resultado de uma pesquisa (BARNETT, LEWIS e ABELES, 1979).

Ao relacionar a idade e área de oscilação do centro de pressão no grupo de

OAB encontrou-se relação positiva moderada, corroborando com a premissa de que

quanto maior a idade de indivíduos com OAB maior será a área de oscilação do

centro de pressão, portanto essa correlação explica somente 50% da amostra deste

grupo (r=0,523; p=0,046), isso também pode ser explicado pela presença de dois

valores outliers na variável área de oscilação do centro de pressão.

Ao relacionar o IMC com área de oscilação do centro de pressão, não foi

encontrado valores estatisticamente significativos em nenhum dos grupos

estudados, podendo assim dizer que, o IMC não afeta a estabilidade dos indivíduos

deste estudo. Porém existem estudos que mostraram associação entre um valor

elevado de IMC causando um baixo desempenho em testes de equilíbrio em

pessoas normais (FERRUCCI et al., 2000, BARBOSA et al., 2007). Porém não foi

encontrada na literatura essa correlação com os grupos OAU e OAB para comparar

com os achados deste estudo.

Este possível resultado pode ser explicado pelo número da amostra, pois não

foi grande o suficiente para que a ocorrência deste efeito fosse demonstrada.

46

6. CONCLUSÃO

47

6. CONCLUSÃO

Desta forma pode-se concluir que a OA na articulação do joelho, unilateral ou

bilateral aumenta a instabilidade estática. O processo de senescência afetou a

estabilidade estática somente nos indivíduos com OAB, e o índice de massa

corpórea não apresentou correlação com a estabilidade estática

48

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

49

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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59

8.APÊNDICE E ANEXO

60

8.1 APÊNDICE

S

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa

“AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA EM INDIVÍDUOS COM

OSTEOARTRITE UNILATERAL E BILATERAL NA ARTICULAÇÃO DO JOELHO”.

Neste estudo pretendemos verificar por meio de um aparelho chamado

Baropodometro, a estabilidade estática (equilíbrio na posição parada) do centro de

pressão que o corpo faz sobre o solo em indivíduos com diagnóstico de osteoartrite

no joelho. O motivo que nos leva a estudar esse assunto é avaliar a estabilidade

estática de pessoas com osteoartrite de joelho e os resultados do exame, serão de

suma importância para auxiliar na formulação de novos procedimentos de

reabilitação no setor de Fisioterapia do CAS- HU.

Para este estudo adotaremos o seguinte procedimento:

Subir em uma plataforma de 4 mm de espessura (baropodômetro) e ficar por

30 segundos parado, olhando para frente em um ponto fixo na parede.

Para participar deste estudo você não terá nenhum custo, nem receberá

qualquer vantagem financeira. Você será esclarecido(a) sobre o estudo em qualquer

aspecto que desejar e estará livre para participar ou recusar-se a participar. Poderá

retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua

participação é voluntária e a recusa em participar não acarretará qualquer

penalidade ou modificação na forma em que é atendido(a) pelo pesquisador.

O pesquisador irá tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo.

Você não será identificado em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo.

No entanto, poderá ser utilizada para fins científicos, desde que resguardada a sua

privacidade Este estudo apresenta risco mínimo onde poderei apresentar um leve

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE FISIOTERAPIA

Juiz de Fora/MG – Brasil, CEP: 36016-130 TEL: (32) 3229-3837 TELEFAX: (32) 3229-3843, E-mail: www.ufjf.br

61

desconforto por me manter em pé sem se movimentar por 30 segundos, isto é, o

mesmo risco existente em atividades rotineiras como conversar, tomar banho, lavar

uma louça, etc. Apesar disso, você tem assegurado o direito a ressarcimento ou

indenização no caso de quaisquer danos eventualmente produzidos pela pesquisa.

Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada. Seu

nome ou o material que indique sua participação não será liberado sem a sua

permissão. Os dados e instrumentos utilizados na pesquisa ficarão arquivados com

o pesquisador responsável por um período de 5 anos, e após esse tempo serão

destruídos. Este termo de consentimento encontra-se impresso em duas vias, sendo

que uma cópia será arquivada pelo pesquisador responsável, e a outra será

fornecida a você.

Eu, __________________________________________________, portador(a) do

documento de Identidade ____________________, residente à

_________________________________ n.º ______, bairro __________________,

na cidade de _________________________, estado _______________________,

declaro que fui informado(a) dos objetivos do presente estudo de maneira clara e

detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer momento poderei solicitar

novas informações e modificar minha decisão de participar se assim o desejar.

Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de

consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer

as minhas dúvidas.

Juiz de Fora, ____ de ______________ de 20____

_____________________________________ Assinatura do(a) participante

_____________________________________ Assinatura do(a) pesquisador(a)

62

Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo, você poderá consultar: CEP- COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - UFJF PRÓ-REITORIA DE PESQUISA / CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFJF JUIZ DE FORA (MG) - CEP: 36036-900 FONE: (32) 2102-3788 / E-MAIL: [email protected] PESQUISADOR(A) RESPONSÁVEL: PROF. DR. EDUARDO JOSÉ DANZA VICENTE. ENDEREÇO: LADEIRA ALEXANDRE LEONEL, 1010, APTO 301 JUIZ DE FORA (MG) - CEP: 36033-240 FONE: (32) 3236-2780 / E-MAIL: [email protected]

FONE: (32) 3236-2780 / E-MAIL: [email protected]

63

8.2 ANEXO