UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E … · 2014. 4. 23. · universidade...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL
CAMPUS DE PATOS - PB
MARCELO SILVA DE LUCENA
AVALIAÇÃO DA REGENERAÇÃO NATURAL DA VEGETAÇÃO DE CAATINGA NA
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO SERIDÓ, SERRA NEGRA DO NORTE, RN
Patos – Paraíba – Brasil
2014
1
Marcelo Silva de Lucena
AVALIAÇÃO DA REGENERAÇÃO NATURAL DA VEGETAÇÃO DE CAATINGA
NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO SERIDÓ, SERRA NEGRA DO NORTE, RN
Monografia apresentada à Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, para obtenção do Grau de Engenheiro Florestal.
Orientador: Prof. Dr.: Josuel Arcanjo da Silva
Patos – Paraíba – Brasil
2014
2
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR
L934a
Lucena, Marcelo Silva de
Avaliação da regeneração natural da vegetação de Caatinga na Estação Ecológica do Seridó, Serra do Norte, RN / Marcelo Silva de Lucena. – Patos, 2014. 80f.: il. color.
Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Florestal) –
Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural.
“Orientação: Prof. Dr. Josuel Arcanjo da Silva”.
Referências.
1. Composição florística. 2. Resiliência de espécies.
3. Intervenções silv icuturais I. Título.
CDU 630*2
3
Marcelo Silva de Lucena
AVALIAÇÃO DA REGENERAÇÃO NATURAL DA VEGETAÇÃO DE CAATINGA
NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO SERIDÓ, SERRA NEGRA DO NORTE, RN
Monografia apresentada à Universidade Federal de
Campina Grande, Unidade Acadêmica de Engenharia
Florestal, para obtenção do Grau de Engenheiro Florestal.
__________________________________________________ Prof. Dr. Josuel Arcanjo da Silva (UAEF/UFCG)
Orientador
__________________________________________________ Prof. Dr. Lúcio Valério Coutinho de Araújo (UAEF/UFCG)
1º Examinador
__________________________________________________
Profª. Ivonete Alves Bakke - UAEF/UFCG
2º Examinador
4
À minha esposa
Rayane Karinny
Aos meus amigos de Universidade
Fellipe Ragner, Yuri Lucas, Raony Galvão, Rodrigo Nascimento, Alexandre
José e Jordância Xavier.
DEDICO
Aos Meus pais
Geraldo Garcia de Lucena
Francisca Salete Santos Silva
Aos meus avós maternos
José Herculano da Silva (in memorian)
Amélia dos Santos Silva
Ao meu irmão
Rodrigo Silva de Lucena
OFEREÇO
5
AGRADECIMENTOS
Ao Deus Eterno, Excelso Criador, que trouxe à existência todas as coisas por
meio da sua Palavra, tanto as visíveis como as invisíveis, rico em misericórdia e
pleno em graça e amor, que se fez carne e habitou entre nós, o qual é Digno de
receber honra, glória e poder pelos séculos dos séculos.
À minha família, por ter me apoiado e incentivado incondicionalmente, por
meio da dedicação de tempo e amor, os quais foram essenciais para que tivesse
força para concluir esta tão árdua tarefa. Especialmente aos meus pais Geraldo e
Francisca, que durante minha caminhada acadêmica não mediram esforços para me
proporcionar as condições necessárias ao estudo.
À Rayane Karinny, por sua paciência, compreensão e carinho e por estar todo
o tempo ao meu lado, sendo o meu sustento em horas difíceis e por me auxiliar com
amor inefável.
Ao professor Josuel Arcanjo por sua inestimável colaboração para a
realização deste trabalho, além da valiosa amizade construída ao longo de toda
graduação.
Aos meus amigos de turma Ane Cristine, Aretha Martins, Fellipe Ragner,
Jordânia Xavier, Leonardo Palhares, Yuri Lucas, Raony Galvão, Alexandre José e
Rodrigo Nascimento, pela amizade valiosíssima e pelos sensacionais momentos de
convivência.
Aos companheiros de residência Daércio Adam, Pedro Elias, Leonardo
Araújo, Jaily Kerller e Artur Gomes.
Aos companheiros do campus, Talyta, Rubens, Marllus, Edjane, Ewerton,
William, Jessily, Laedy, Oscar, Pablo, Douglas, Ítallo, Tibério, que enriqueceram a
minha vida com sua amizade.
Aos professores Ivonete, Olaf, Izaque, Joedla, Amador, Josuel Arcanjo, Lúcio
Coutinho, Rozileudo, Carminha, Gilvan, Maria de Fátima, Graça Marinho, Carlos de
Lima, Leandro Calegari, Antônio Lucineudo, Éder, Elisabeth, Alana, Patrícia e Jacob
Souto, Elenildo, Diércules, Ricardo Viegas, Valdir e Naelza por todo o ensino
compartilhado.
Ao amigo Irineu Figueiredo pela perseverante amizade e ao professor Luis
Figueiredo, por influenciar na mudança de paradigma através da educação.
Aos amados irmãos na Fé da Igreja Presbiteriana de Ouro Branco.
6
À Rede de Manejo Florestal da Caatinga pela disponibilização das fichas de
campo, referentes às medições.
7
LUCENA, Marcelo Silva de. Avaliação da regeneração natural da vegetação de Caatinga na Estação Ecológica do Seridó. 2014. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Patos – PB, 2014. 80 p.
RESUMO
O estudo foi realizado simultaneamente na Estação Ecológica do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, ambas localizadas no Município de Serra Negra do Norte-RN e teve como objetivo avaliar a regeneração natural, estudar a composição florística e estrutura horizontal, bem como investigar a influência de diferentes sistemas silviculturais sobre a regeneração da vegetação em ambiente de Caatinga, nos anos de 2009 e 2011. O trabalho foi realizado em 32 subparcelas de 5 m x 5 m, sendo o nível de inclusão CAP ≤ 6 cm e altura > 0,5 m; os indivíduos amostrados foram agrupados com a finalidade de se observar se eram provenientes de regeneração por sementes ou por brotação de cepas, reunidos em 2 duas classes de tamanho; classe I: indivíduos 0,5 a 1,0m e classe II: indivíduos acima de 1,0m e com CAP até 6,0cm; foram calculados a frequência, densidade, Índices de diversidade de Shannon (H') e Equabilidade de Pielou (J), Agregação de Payandeh (Pi) e similaridade Jaccard (J'). Aos dados de densidade e diversidade foram aplicadas comparações múltiplas das médias a 5% de significância pelo teste de Tukey. No levantamento fitossociológico das duas áreas em ambos os anos, foram amostrados 2112 indivíduos, pertencentes a 13 espécies 11 gêneros e sete famílias, onde as famílias Euphorbiaceae, Fabaceae Mimosoideae e Combretaceae foram as mais representativas. A densidade de indivíduos, valor de Índice Shannon e Equabilidade de Pielou, nos dois anos, na ESEC do Seridó foram respectivamente: 10600 (N.ha-1) e 9375(N.ha-1); 1,63 nats.ind-1 e 1,71 nats.ind-1; 0,66 e 0,71. Já na Fazenda Pedro Cândido os referidos parâmetros apresentaram os seguintes resultados: 17575 (N.ha-1) e 15250 (N.ha-1); 0,99 nats.ind-1 e 1,12 nats.ind-1; 0,48 e 0,54. A regeneração por sementes foi predominante em ambas as áreas, exceto para a área da Fazenda Pedro Cândido, no ano de 2011. Em ambas as áreas, nos anos de 2009 e 2011, a maior densidade de indivíduos encontrava-se na classe II de altura de regeneração. Depois de 22 e 24 anos, respectivamente, das intervenções silviculturais verificou-se que não houve influência dos tratamentos sobre a densidade e a diversidade florística da regeneração. No ano de 2011 houve efeito de bloco, onde se observou na Fazenda Pedro Cândido a maior densidade de plantas, enquanto H' e J foram estatisticamente semelhantes à ESEC do Seridó. Palavras-chave: Composição Florísitica. Resiliência de espécies. Intervenções silviculturais.
8
LUCENA, Marcelo Silva de. Assessment of the natural regeneration of the Caatinga vegetation in the Seridó Ecological Station. 2014 Monograph (Graduation in Forestry Engineering ) – Federal University of Campina Grande, Health and Rural Technology Center, Patos – PB, 2014. 80pg.
ABSTRACT
The study was carried out simultaneously in the Seridó Ecological Station and Pedro Cândido Farm, both located in the municipality of Serra Negra do Norte – RN. It aimed to assess the natural regeneration, study the floristic composition and horizontal structure, as well as to investigate the influence of different silvicultural systems, on the regeneration of the vegetation in the Caating environment, during the years 2009 and 2011. The work was carried out in 32 sub-plots of 5m x 5m , and being the CAP inclusion level ≤ 6cm and height ≥ 0,5m. The sampled individuals were grouped as being originated from regeneration by seeds or by the budding of shoots. They were gathered in two size classes ; class I: 0,5 to 1,0 m individuals and class II : individuals above 1,0m and with CAP of up to 6,0cm; the frequency, density, Shannon Diversity (H’) and Pielou evenness indexes , Aggregation of Payandeh (Pi) and the Jaccard similarity coefficient (J’) were calculated. To the density and diversity data was applied multiple comparison of the means at 5% of significance using the Tukey test. In the phytosociological survey of the two areas in both years, 2112 individuals were sampled, belonging to 13 species 11 genus and seven families, where the Euphorbiaceae, Fabaceae Mimosoideae and Combretaceae families were the most representative. The density of individuals, the Shannon Diversity (H’) and Pielou evenness values, in the two years, in the Seridó Ecological Station (SES) were respectively : 10600 (N.ha-1) and 9375 (N.ha-1) ; 1,63 nats.ind-1 and 1,71 nats.ind-1; 0,66 and 0,71. And in the Pedro Cândido Farm the referred parameters presented the following results: 17575 (N.ha-1) and 15250 (N.ha-1); 0,99 nats.ind-1 and 1,12 nats.ind-1 ; 0,48 and 0,54. The regeneration by seeds was predominant in both areas, in the two years, except for the area of the Pedro Cândido Farm in the year of 2011. In both areas, in the years 2009 and 2011, the greatest density of individuals was found in the class II of regeneration height. After 22 and 24 years of silvicultural interventions, respectively, it was verified that there was no influence of the treatments on the density and floristic diversity of the regeneration. In the year 2011 there was block effect, where the Pedro Cândido Farm provided the greatest density of plants, while H’ and J were statistically similar to Seridó Ecological Station (SES). Keywords: Floristic Composition. Resilience of species. Silvicultural interventions.
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Relação florística das espécies em regeneração, número e participação
relativa de indivíduos, listados por ordem alfabética de famílias na ESEC do Seridó e
Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN......................... 30
Tabela 2 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN ................................................................. 32
Tabela 3 – Densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), Frequência absoluta
(FA), Frequência Relativa (FR) e valor de importância (VI) das espécies amostradas
na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte –
RN ........................................................................................................................... 34
Tabela 4 – Distribuição das espécies quanto às Classes de regeneração natural dos
indivíduos amostrados na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de
Serra Negra do Norte – RN ...................................................................................... 35
Tabela 5 – Distribuição da regeneração por meio da densidade (N.ha-1), na Classe
Absoluta (CAT) e Classe Relativa de tamanho (CRT) e Regeneração Natural
Relativa (RNR) das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN .................................................. 37
Tabela 6 – Distribuição quanto à origem da regeneração, por meio da densidade
(N.ha-1), das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN. ................................................................ 40
Tabela 7 – Médias da densidade absoluta, Índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou referentes aos tratamentos e aos blocos na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN. ...................................... 42
Tabela 8 – Relação florística das espécies em regeneração, Número e participação
relativa de indivíduos listados por ordem alfabética de famílias na ESEC do Seridó e
Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN......................... 43
Tabela 9 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN ................................................................. 46
Tabela 10 – Densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), Frequência absoluta
(FA), Frequência Relativa (FR) e valor de importância (VI) das espécies amostradas
10
na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte –
RN ........................................................................................................................... 48
Tabela 11 – Distribuição das espécies quanto às Classes de regeneração natural
dos indivíduos amostrados na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município
de Serra Negra do Norte – RN ................................................................................. 50
Tabela 12 – Distribuição da regeneração por meio da densidade (N.ha-1), na Classe
absoluta (CAT) e Classe Relativa de tamanho (CRT) e Regeneração Natural
Relativa (RNR) das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN .................................................. 52
Tabela 13 – Distribuição quanto à origem da regeneração, por meio da densidade
(N.ha-1), das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN ................................................................. 54
Tabela 14 – Médias da densidade absoluta, Índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou referentes aos tratamentos e aos blocos na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN ....................................... 56
Tabela 15 – Relação florística das espécies em regeneração, nos anos de 2009 e
2011, listadas por ordem alfabética de famílias na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN .................................................. 58
Tabela 16 – Valores dos Índices de diversidade de Shannon (H') e Equabilidade de
Pielou (J), para os anos de 2009 e 2011, ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN .................................................. 59
Tabela 17 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural, nos anos de 2009 e 2011, na ESEC do Seridó e
Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN......................... 60
Tabela 18 – Densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), Frequência absoluta
(FA), Frequência Relativa (FR) e valor de importância (VI) das espécies amostradas
na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte –
RN, nos anos de 2009 e 2011 .................................................................................. 62
Tabela 19 – Distribuição das espécies quanto às classes de regeneração natural
dos indivíduos amostrados nos anos de 2009 e 2011 na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN ....................................... 64
Tabela 20 – Distribuição da regeneração por meio da densidade (N.ha-1), na Classe
absoluta (CAT) e Classe Relativa de tamanho (CRT) e Regeneração Natural
11
Relativa (RNR) das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN, para os anos 2009 e 2011 ....... 65
Tabela 21 – Distribuição quanto à origem da regeneração, por meio da densidade
(N.ha-1), das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN, para os anos 2009 e 2011 ...................... 67
Tabela 22 – Médias da densidade absoluta, Índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou referentes aos tratamentos e aos blocos na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN, para os anos 2009 e 2011
................................................................................................................................. 68
12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Área Experimental da Estação Ecológica do Seridó (ESEC Seridó), Serra
Negra do Norte, RN ................................................................................................. 22
Figura 2 – Disposição das parcelas do Experimento na Estação Ecológica do Seridó
e Fazenda Pedro Cândido, Serra Negra do Norte, RN ............................................. 23
Figura 3 – Precipitação acumulada (mm) de 1992 a 2011 e a média obtida para o
período, no município de Serra Negra do Norte, RN ................................................ 24
Figura 4 – Esquema da delimitação da parcela provisória com subparcelas em uma
da em uma das extremidades das parcelas permanentes ....................................... 25
Figura 5 – Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na ESEC do Seridó, Município de Serra Negra do Norte
– RN ........................................................................................................................ 39
Figura 6 - Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra
do Norte – RN .......................................................................................................... 39
Figura 7 – Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na ESEC do Seridó, Município de Serra Negra do Norte
– RN ........................................................................................................................ 53
Figura 8 – Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra
do Norte – RN .......................................................................................................... 53
Figura 9 – Distribuição da densidade de plantas (N.ha-1) nas classes de
regeneração na Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
................................................................................................................................. 55
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 17
2.1 Bioma Caatinga.................................................................................................. 17
2.2 Regeneração Natural ......................................................................................... 19
2.3 Regeneração da Caatinga ................................................................................. 20
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 22
3.1 Área de Estudo: ................................................................................................. 22
3.2 Coleta de dados ................................................................................................. 24
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 29
4.1 Regeneração Natural no ano de 2009 ................................................................ 29
4.1.1 Florísitica ......................................................................................................... 29
4.1.1.1 Composição Florística .................................................................................. 29
4.1.1.2 Índice de Similaridade de Jaccard.............................................................. 31
4.1.1.3 Índices de Diversidade ................................................................................. 31
4.1.1.4 Agregação de Espécies ............................................................................... 32
4.1.2 Estimativa da Estrutura Horizontal .................................................................. 33
4.1.3 Classe de altura de Regeneração ................................................................... 35
4.1.4 Classe de origem da Regeneração ................................................................. 40
4.1.5 Intervenções Silviculturais ............................................................................... 41
4.2 Regeneração Natural no ano de 2011 ................................................................ 43
4.2.1 Florística ......................................................................................................... 43
4.2.1.1 Composição Florística .................................................................................. 43
4.2.1.2 Índice de Similaridade de Jaccard ................................................................ 45
4.2.1.3 Índices de Diversidade ................................................................................. 45
4.2.1.4 Agregação de Espécies ............................................................................... 46
4.2.2 Estimativa da Estrutura Horizontal .................................................................. 47
4.2.3 Classe de Altura de Regeneração ................................................................... 49
4.2.4 Classe de Origem de Regeneração ................................................................ 53
4.2.5 Intervenções Silviculturais ............................................................................... 55
4.3 Dinâmica da Regeneração ................................................................................. 57
14
4.3.1 Florísitica ......................................................................................................... 57
4.3.1.1 Composição Florística .................................................................................. 57
4.3.1.2 Similiridade de Jacard .................................................................................. 58
4.3.1.3 Índices de Diversidade ................................................................................. 59
4.3.1.4 Agregação de Espécies ............................................................................... 60
4.3.2 Estimativa da Estrutura Horizontal .................................................................. 61
4.3.3 Classe de Altura de Regeneração ................................................................... 63
4.3.4 Classe de origem de regeneração................................................................... 66
4.3.5 Intervenções Silviculturais ............................................................................... 67
5 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 71
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 72
1 INTRODUÇÃO
A Caatinga está presente na maior parte do território Nordestino, cobrindo
quase que totalmente esta Região do território nacional. Além disso, seu domínio se
estende a porções territoriais de estados de outras regiões, a exemplo do norte de
Minas Gerais.
A Caatinga é considerada como o principal Bioma existente na região
Nordeste, apesar outros, a exemplo da Mata Atlântica. A razão para tal afirmação
não leva apenas em consideração aspectos de extensão territorial, baseia-se muito
mais na imensa heterogeneidade que está contida nos ecossistemas ali presentes.
A heterogeneidade anteriormente mencionada refere-se às diferentes feições
ecogeográficas, a exemplo de sua vegetação xerófila, a aspectos climáticos,
edáficos, topográficos e antrópicos. A soma de todos estes fatores resulta nas
diversas fisionomias que formam o bioma em questão.
A Caatinga apresenta grande variação fisionômica, principalmente quanto à
densidade e ao porte das plantas. Mudanças em escala local, a poucas dezenas de
metros, são facilmente reconhecíveis e geralmente ligadas a uma alteração
ambiental claramente identificável. É o caso do maior porte das plantas nos vales e
do menor sobre lajedos e solos rasos, em consequência da maior e menor
disponibilidade hídrica (AMORIM; SAMPAIO; ARAÚJO 2005).
Prioritariamente, a Caatinga se desenvolve na região semiárida brasileira, a
qual é caracterizada por temperaturas médias anuais em torno de 27 ºC, com
precipitações médias de 800 mm ao ano, concentradas em três a cinco meses e
irregularmente distribuídas no tempo e no espaço. Em contrapartida a evaporação é
de cerca de 2000 mm por ano. Decorre da combinação desses elementos um
balanço hídrico negativo em grande parte do ano, presença de rios e riachos
intermitentes e ocorrência de secas periódicas e avassaladoras (LIMA;
CAVALCANTE; PEREZ-MARIN, 2011).
A Caatinga, ao longo do seu processo de ocupação, tem sido devastada para
ceder lugar a atividades agropecuárias que ocupam grandes extensões territoriais. A
ocupação do território da região se deu, principalmente, baseada na criação de gado
nas margens do Rio São Francisco e seus afluentes. O gado era criado nos moldes
15
da pecuária extensiva, avançando Caatinga adentro, conforme se esgotavam os
recursos locais. Nas proximidades dos currais e das fontes de água, desenvolveram-
se comunidades que praticavam agricultura de subsistência, realizada de forma
rudimentar. Além disso, podiam pescar, caçar e coletar, o que contribuiu para a
formação de uma comunidade extrativista (DRUMOND et al., 2000; ANDRADE et al.,
2007).
Atualmente, a utilização dos recursos naturais da Caatinga ainda está
fundamentada principalmente na pecuária, por meio do pastoreio do gado bovino,
caprino e ovino; na exploração agrícola baseada da agricultura itinerante, que é
fomentada pelos desmatamentos e queimadas desordenadas e na exploração
madeireira, principalmente para servir como fonte energética. Este modelo
extrativista tem provocado grandes prejuízos aos recursos renováveis,
comprometendo, por meio de danos muitas vezes irreversíveis, a fauna, flora e o
solo. Diante desta realidade, tornam-se imprescindíveis o conhecimento e a
conservação deste bioma, principalmente naquelas áreas menos estudadas
(DRUMOND et al., 2000; LEAL; TABARELLI; SILVA, 2003).
Constata-se, porém, uma grande escassez de informações ao que se refere à
dinâmica biológica dos ecossistemas inseridos na Caatinga, em detrimento do grau
de degradação que este bioma apresenta atualmente.
Sampaio et al., (1998) afirmam que, diante dos diversos tipos de
aproveitamento que se tem dado aos recursos florestais da Caatinga, é importante
conhecer a capacidade de regeneração da vegetação nativa, com vistas ao
estabelecimento de um manejo sustentável a longo prazo.
O estudo da composição e da estrutura da regeneração natural das florestas
tropicais é imprescindível para elaboração e aplicação correta dos planos de
manejo, pois além de permitir o aproveitamento racional de tais florestas, fornece a
relação e quantidade de espécies que constituirão o estoque, distribuição e
dimensões das plantas na área, além da previsão sobre o comportamento futuro da
floresta (CARVALHO, 1982).
A exploração racional de qualquer ecossistema só pode ser efetivamente
planejada a partir do conhecimento de suas dinâmicas biológicas. Dessa maneira,
os estudos de composição e regeneração natural são o ponto de partida para as
propostas de manejo que se pode dar à Caatinga, levando em consideração que é
necessário o aproveitamento conciliado com a sustentação do ecossistema.
16
Tendo em vista a necessidade de conservação e preservação da
biodiversidade brasileira, a Lei Federal 9.985/00 instituiu o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, formado pelo conjunto das
unidades de conservação federais, estaduais e municipais (BRASIL, 2000).
O Art 8º da Lei Federal 9.985/00 definiu as Estações Ecológicas como sendo
Unidades de Conservação Integral. O Art 9º §3º da referida Lei, estabelece que
nestas áreas a pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão
responsável pela Administração da Unidade e está sujeito às condições e restrições
por este estabelecidas. Já o §2º do Art. 9º da Lei em questão, preconiza que a
visitação pública se dará, excepcionalmente, para atender objetivos educacionais,
de com acordo com o que dispuser Plano de Manejo da unidade ou regulamento
específico (BRASIL, 2000).
A Estação Ecológica do Seridó (ESEC Seridó) é uma Unidade de
Conservação Federal, subordinada à Gerência Executiva do IBAMA/RN
(GEREX/RN). Ela é uma das dezenove Unidades de Conservação em toda a
Caatinga, sendo uma das quatro Estações Ecológicas no Bioma Caatinga, e a única
em todo Rio Grande do Norte. Ela está localizada no Município de Serra Negra do
Norte. A paisagem dominante na região da ESEC do Seridó caracteriza-se pela
presença da caatinga em seus diferentes estágios sucessionais e, em grande parte
das propriedades rurais, a vegetação apresenta-se bastante degradada, quer seja
em decorrência do pastoreio pelo gado, quer seja pelo uso pretérito do cultivo do
algodão (MMA, 2004).
A Caatinga ainda é, nos dias de hoje, uma das regiões menos estudadas no
Brasil, porém é uma das mais ameaçadas pelas atividades humanas. Assim, há a
necessidade da realização do maior número possível de pesquisas, procurando
abranger especificamente suas diversas sub-regiões, haja vista que elas são
distintas entre si, contribuindo para a formação de um banco de informações a
respeito dos seus processos e dinâmicas com vistas até mesmo como contribuição
para a elaboração de políticas de conservação.
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar a regeneração
natural, estudar a composição florística e estrutura horizontal, bem como investigar a
influência de diferentes sistemas silviculturais sobre a regeneração da vegetação em
ambiente de Caatinga.
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Bioma Caatinga
O Bioma Caatinga é formado por um mosaico de vegetações composto por
plantas arbóreas, herbáceas e arbustivas, estas, por sua vez, são ramificadas e
espinhosas. É uma floresta sazonalmente seca que cobre a maior parte da região
Nordeste, englobando os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e a parte nordeste de Minas Gerais, no vale
do Jequitinhonha. Está limitada a leste e a oeste pelas florestas Atlântica e
Amazônica, respectivamente, e ao sul pelo Cerrado (LEAL et al., 2005).
Duque (2004) caracteriza a Caatinga como um conjunto de árvores e arbustos
espontâneos, densos, baixos, retorcidos, de aspecto seco, de pequenas relhas e
caducas no verão seco, com proteção contra a desidratação pelo calor e pelo vento.
Suas raízes se destacam por serem muito desenvolvidas, grossas e penetrantes.
Esse bioma é considerado o principal ecossistema existente na Região
Nordeste, onde predomina um clima quente e semiárido, fortemente sazonal, com
menos de 1.000 mm de chuvas, as quais se distribuem em duas estações definidas:
a estação chuvosa (inverno) que dura de três a cinco meses e a estação seca
(verão) que dura de sete a nove meses. As chuvas são intensas e irregulares no
tempo e no espaço, provocando periodicamente a ocorrência de secas prolongadas.
Em contraste com as baixas precipitações, a evapotranspiração potencial é sempre
alta, entre 1.500 e 2.000 mm por ano, submetendo a vegetação à deficiência hídrica
sazonal, que se agrava nos anos de seca (VELLOSO; SAMPAIO; PAREYN, 2002;
ANDRADE et al., 2008).
Ocorrem em grande parte da região Nordeste, onde prioritariamente se
desenvolve a Caatinga, solos de média a alta fertilidade natural, geralmente de
pouca profundidade em decorrência do seu baixo grau de intemperismo.
Predominam na região os Argissolos, Latossolos, Neossolos Quartzarênicos e
Litólicos, Planossolos e os Vertissolos. Na região semiárida os solos apresentam
uma distribuição espacial muito complexa, formando um mosaico retalhado de tipos
diferentes. Eles vão de solos rasos e pedregosos, aos solos arenosos e profundos
(VELLOSO SAMPAIO; PAREYN, 2002; SILVA et al., 2005).
18
Observa-se a grande dificuldade que existe no que diz respeito à classificação
e definição da Caatinga, em virtude de ela se apresentar de forma heterogênea, não
só do ponto de vista fisionômico, mas também de sua composição florística e
estacionais, resultantes de razões climáticas, edáficas, topográficas e antrópicas
(ALVES 2007; ALVES, ARAÚJO, NASCIMENTO, 2009).
Numa tentativa de enquadrar a vegetação da Caatinga em uma classificação
global, o IBGE (2012) denominou como Caatinga a vegetação característica do
sertão árido do Nordeste brasileiro, representada por uma formação florestal do tipo
"Savana Estépica". O tipo de vegetação ali presente é "savânico", pois há o
predomínio de plantas espinhosas deciduais. A expressão "estépica" é empregada
aqui para denominar tipologias vegetais campestres, em geral, com estrato lenhoso
decidual e espinhoso, ausência de gramíneas no período seco (desfavorável) e com
presença de cactáceas.
Diversos estudos apontam que a Caatinga é muito diversificada por razões
climáticas, edáficas, topográficas e antrópicas, além de ser rica em biodiversidade, é
bastante heterogênea e apresenta espécies endêmicas. Paralelamente à existência
de formações vegetais dominantes, ocorrem também as florestas dos relevos
(florestas perenifólias e subperenifólias dos brejos de altitude e encostas expostas
aos fluxos úmidos de ar e de florestas semidecíduas), as florestas ripárias e os
cerrados. (ALVES, 2007).
Dentro do seu processo histórico de ocupação, a Caatinga tem sido
habitualmente devastada para dar lugar a atividades agropecuárias e extrativistas
que ocupam vastas extensões do semiárido. Geralmente quando os processos de
sucessão se iniciam, em virtude do abandono da exploração nessas áreas, são
quase sempre interrompidos por novas intervenções. Por este motivo, a vegetação
da Caatinga tem se apresentado como um mosaico formado por variados estágios
serais (ANDRADE et al., 2007).
Mesmo apesar do estado de devastação, constata-se, porém, uma grande
escassez de informações ao que se refere à dinâmica biológica dos ecossistemas
inseridos na Caatinga. Apesar do déficit de informações e conhecimento sobre o
bioma, a Caatinga vem sistematicamente sendo devastada, já que costumeiramente
o homem vem usando área recoberta por este bioma com pecuária intensiva,
agricultura nas partes mais úmidas, retirada de lenha e madeira e para outros fins de
menor interesse econômico. Este tipo de exploração em um ambiente tão pouco
19
conhecido poderá levá-lo a um processo irreversível de degradação (PEREIRA et
al., 2001; SANTANA; SOUTO, 2006).
2.2 Regeneração Natural
A germinação é antecedida por um conjunto de fases essenciais, dentre os
quais destacam-se a produção, maturação e dispersão de sementes. Fatores
ambientais como luminosidade, conteúdo de água no solo, disponibilidade de
nutrientes, temperatura e CO2 são responsáveis pelo desenvolvimento do processo
de germinação. Na maioria dos casos, uma alta intensidade de regeneração natural
depende, a princípio, do contato das sementes com o solo (banco de sementes), da
germinação das sementes (banco de plântulas), e da presença de calor,
luminosidade e umidade do solo (BAKKE et al., 2006).
A regeneração natural é um processo de sucessão secundária em nível de
comunidade e de ecossistema, sobre uma área desmatada que anteriormente
continha floresta. O processo de sucessão segue uma progressão de estágios
durante os quais as florestas apresentam um enriquecimento gradual de espécies e
um aumento em complexidade estrutural e funcional (CHAZDON, 2012).
O referido processo diz respeito às fases iniciais de estabelecimento e
desenvolvimento das plantas, de forma que, sua boa condição quantitativa e
qualitativa possibilita a preservação, a conservação e formação de florestas, de
maneira que, o entendimento dos processos de regeneração natural de florestas
passa pelo conhecimento de informações básicas de caracterização da vegetação,
podendo possibilitar a execução de práticas silviculturais direcionadas ao
aproveitamento contínuo ou preservação integral da floresta (GAMA et al., 2003).
A regeneração natural é o mecanismo de restauração predominante em áreas
de florestas secundárias, as quais são resultantes de processos naturais de
sucessão vegetal, que ocorrem após a supressão, total ou parcial, da vegetação
primária por causas naturais ou atividades humanas (SANTOS; LIMA; MELLO
FILHO, 1999). Ela decorre da interação de processos naturais de restabelecimento
do ecossistema florestal, é, portanto, parte do ciclo de crescimento da floresta e
refere-se às fases iniciais de seu estabelecimento e desenvolvimento. Este processo
20
é parte do complexo biológico ativo das florestas tropicais que formam, desenvolvem
e mantém as fitofisionomias (MARANGON et al., 2007).
Mesmo quando se utiliza, para exploração florestal, de um conjunto de
tratamentos silviculturais, com base na produção sustentada, alterações locais são
inevitáveis. Assim, áreas alteradas serão recolonizadas e terão, muito
provavelmente, diversidade e composição florística diferentes da floresta original.
Nestes casos, a alteração das características florestais é dependente da intensidade
de intervenção (SCOLFORO, 1997, citado por BARREIRA et al., 2000). Desse
modo, as características qualitativas e quantitativas (diversidade e composição
florística) da floresta dependem da qualidade e quantidade da regeneração natural
(BARREIRA, et al., 2000).
A forma como a floresta se regenera depende de mecanismos que viabilizem
o ingresso e o estabelecimento de novos indivíduos e espécies. Desta maneira, a
chuva de sementes, banco de sementes do solo, o banco de plântulas e os meios de
dispersão de sementes são primordiais (HÜLLER et al., 2011).
Estudos que abordem a regeneração natural são de fundamental importância
para a adoção de planos de restauração, conservação e manejo dos fragmentos
florestais, que quando conjuntamente associados a avaliações periódicas, podem
fornecer informações para poder estimar o nível de estabilidade ecológica e a
velocidade de recuperação da floresta, os quais são diretamente influenciados pela
intensidade de perturbação, além de diagnosticar o estado de conservação e a
resposta ao manejo, uma vez que representa o conjunto de indivíduos capazes de
serem recrutados para estágios posteriores (SILVA et al., 2010).
2.3 Regeneração da Caatinga
Em termos gerais, ainda há grandes lacunas no que se refere ao
conhecimento da estrutura da vegetação da Caatinga. Apenas aspectos
considerados como básicos de algumas fisionomias são bem conhecidos.
Entretanto, há um déficit de informações pertinentes a trabalhos que enfoquem os
mecanismos de regeneração natural (ALVES, et al., 2010).
Apesar de serem pouco conhecidos os mecanismos de sobrevivência de
espécies da Caatinga, é observado que, geralmente, no início das chuvas, as
21
árvores e arbustos da Caatinga apresentam alta velocidade de rebrotamento, assim
como também, grandes quantidades de sementes germinam em decorrência das
chuvas (SILVA, 2010).
Por outro lado, Pareyn; Riegelhaupt (2007) afirmam que a resiliência da
Caatinga sob o manejo é alta, porque a regeneração predominante é por meio de
tocos e raízes.
Onde a Caatinga apresenta indícios de regeneração é possível observar uma
vegetação caracterizada por uma sinúsia de pequeno porte, arbustiva, quase
monoespecífica e com ramificações desde o nível do solo. Em áreas onde houve
interrupção da ação antrópica, é possível observar indivíduos que rebrotam a partir
dos troncos que foram cortados (ALVES; ARAÚJO; NASCIMENTO, 2009).
Sampaio et al., (1998) afirmam que a regeneração em áreas de Caatinga
pode se processar lentamente, principalmente em áreas abandonadas após
agricultura, porque nestes casos os tocos são retirados ou as rebrotas são parcial ou
totalmente eliminadas.
A regeneração natural em áreas semiáridas pode ser condicionada pela
superveniência de diversos fatores. Por um lado pode haver limitação da
disponibilidade e dispersão de sementes, existência de um banco de sementes,
limitação das condições de precipitação e das condições de solo (MIRANDA;
PADILLA; PUGNAIRE, 2004).
Em relação à Caatinga, as principais causas da devastação são a pecuária
extensiva, a agricultura itinerante e a exploração da lenha, as quais por reiteradas
repetições acabam por promover a redução da biodiversidade da vegetação
(ANDRADE; FABRICANTE; OLIVEIRA, 2009). Nos locais onde ocorrem tais
práticas, geralmente após a retirada da vegetação, o material vegetal restante é
queimado e o local abandonado ao crescimento da vegetação nativa, no caso da
retirada de lenha, ou cultivado por alguns anos antes do abandono, no caso da
agricultura itinerante. Tais práticas agravam a destruição dos bancos de semente,
diminuindo a capacidade de regeneração da vegetação (SAMPAIO et al.,1998; LIMA
CAVALCANTE; PEREZ-MARIN, 2011).
22
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Área de Estudo:
O estudo foi realizado simultaneamente em duas áreas contíguas, situadas na
parte sudoeste do Rio Grande do Norte, na mesorregião Central Potiguar e
microrregião do Seridó Ocidental, com uma altitude média de 249 m, ambas
localizadas no Município de Serra Negra do Norte-RN. Uma das áreas encontra-se
na Estação Ecológica do Seridó (06º 35’ e 06º 40’ S, e 37º 20’ e 37º 39’ W), a qual é
atualmente administrada pelo Instituto Chico Mendes da Conservação da
Biodiversidade, contando com uma área aproximada de 1.166 ha (Figura 1). A outra
área está situada em propriedade particular, denominada Fazenda Pedro Cândido,
vizinho à ESEC Seridó. A região da Estação Ecológica do Seridó (ESEC SERIDÓ),
de acordo com a classificação de Köeppen (1996), é caracterizada pelo clima
semiárido do tipo BsW’h'.
RIEGELHAUPT; PAREYN; BACALINI (2010) citam que ambas as áreas
foram escolhidas para a realização do experimento por serem representativas da
região do Seridó.
A área do experimento na ESEC do Seridó é de quatro hectares, enquanto
que na Fazenda Pedro Cândido a área é 2,56 ha (Figura 2).
(Fonte – Gariglio et al., 2010) (Fonte – Google Earth, 2014)
Figura 1 - Área Experimental da Estação Ecológica do Seridó (ESEC Seridó), Serra
Negra do Norte, RN
23
Figura 2 – Disposição das parcelas do Experimento na Estação Ecológica do Seridó
e Fazenda Pedro Cândido, Serra Negra do Norte, RN
A área da ESEC Seridó, incrustada no complexo cristalino, é caracterizada
pela ocorrência de luvissolos crômicos constituídos de material mineral, pouco
profundo, com presença de horizonte B textural ou B nítico, elevado teor de
nutrientes e saturação por base em torno de 80% (EMBRAPA, 2009). Também é
possível observar a presença de Neossolos Litólicos e Vertissolos (MMA, 2004).
Segundo dados da estação de observação meteorológica da ESEC Seridó, a
temperatura média anual é de 30,7 ºC, com máxima média ocorrendo em outubro
(31,0ºC) e a mínima em fevereiro (29,3 ºC). A umidade relativa do ar está situada em
torno de 50%, onde os meses de fevereiro (62 %) e novembro (43 %) apresentam a
maior e menor umidade relativa do ar em termos percentuais. A precipitação está
concentrada basicamente entre os meses de janeiro a abril. A pluviosidade é muito
variável entre os anos (350 a 800 mm anuais), com média histórica em torno 600
mm (AMORIM; SAMPAIO; ARAÚJO, 2005). Aliada a estes fatores, observa-se
também a ocorrência de forte e prolongada exposição solar, alcançando 2.800 horas
(Fonte – Meunier e Carvalho, 2000)
24
anuais de insolação, de acordo com dados obtidos da estação meteorológica situada
na ESEC Seridó.
Na figura 3 são apresentados os dados da precipitação acumulada para o
município de Serra Negra do Norte, de 1992 a 2011 e a média, obtidos da Empresa
de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte.
Figura 3 – Precipitação acumulada (mm) de 1992 a 2011 e a média obtida para o
período, no município de Serra Negra do Norte, RN
A vegetação da Caatinga do Seridó é uma vegetação hiperxerófila, com
aspecto arbóreo-arbustivo esparso, fixada em solos rasos, pedregosos e erodíveis,
se caracteriza pela vegetação baixa, de cactos espinhentos e agressivos, agarrados
ao solo, de arbustos espaçados, com capins de permeio e manchas desnudas
(DUQUE, 2004; COSTA et al., 2009).
3.2 Coleta de dados
Os dados utilizados para o presente estudo referem-se às medições
realizadas nos anos de 2009 e 2011 e que foram coletados por equipes formadas
por professores e alunos do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal
de Campina Grande, com apoio da Rede de Manejo Florestal da Caatinga e do
Serviço Florestal Brasileiro, em experimento instalado em ambas as áreas no ano de
1987. Na ESEC Seridó, há algum tempo não havia perturbação antrópica, pois o
0100200300400500600700800900
1000110012001300
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
Méd
ia
Pre
cip
itaç
ão
ac
um
ula
da (
mm
)
Precipitação
(Fonte – Emparn, 2013)
25
pastoreio havia sido suspenso alguns anos antes da instalação do experimento. Na
Fazenda Pedro Cândido, por outro lado, o pastoreio continuou sendo praticado
antes e durante a realização do experimento.
No referido experimento, o delineamento foi em blocos casualizados e
consistiu na aplicação de quatro tratamentos com quatro repetições em dois blocos,
sendo um bloco em cada uma das áreas estudadas (Figura 2). Os tratamentos
aplicados foram: corte seletivo (CS+8), no qual foram retiradas as árvores que
apresentaram diâmetro na base maior que 8,0 cm (DNB > 8,0 cm); corte raso (CR),
corte de toda a vegetação sem a realização de destoca e sem queima dos galhos
restantes; corte raso com queima (CRQ), corte de toda a vegetação com queima da
galhada, porém sem destoca e corte raso de toda vegetação com destoca e queima
da galhada (CRDQ).
As subparcelas para análise de regeneração foram delimitadas no canto de
cada parcela permanente de 400 m2 (20 m x 20 m) usadas para o inventário dos
indivíduos adultos. As referidas subparcelas contam com uma área de 25m2 (5,0 m x
5,0 m), de acordo com a metodologia sugerida pelo Protocolo de Medições de
Parcelas Permanentes (RMFC, 2005), conforme Figura 3.
(Fonte – RMFC, 2005)
Para o estudo da regeneração, foram avaliados os indivíduos com CAP ≤ 6
cm e com altura mínima de 0,5 m. A utilização do critério de inclusão CAP≤ 6 cm e
altura mínima 0,5 serviu como parâmetro de contagem, de maneira que foram
contadas as plântulas que atenderam às exigências propostas.
Para estes indivíduos foram registrados as espécies e as classes de altura do
fuste. A Classe I possui indivíduos de 0,5 a 1,0 m. A classe II inclui indivíduos com
Figura 4 – Esquema da delimitação da parcela provisória com subparcelas em uma
da em uma das extremidades das parcelas permanentes
20 m
m 20 m
5 m 5 m
26
altura acima de 1,0 m e com CAP até 6,0 cm. A partir desta classificação foram
calculados valores das classes absoluta e relativa de tamanho da regeneração
natural de acordo com as expressões (FINOL, 1971 citado por SOUZA, 2012):
CATi ∑ nijJj .
j
; C Ti
CATi
∑ CATi S
. 0
Em que:
CATi - classe absoluta de tamanho da regeneração da i-ésima espécie;
CRTi - classe relativa de tamanho da regeneração da i-ésima espécie;
nij - número de indivíduos da i-ésima espécie na j-ésima classe de tamanho
Nj - número total de indivíduos na j-ésima classe de tamanho
N - número total de indivíduos da regeneração natural em todas as classes de
tamanho.
i F i D i C Ti
3
Em que:
RNRi - regeneração natural relativo da i-ésima espécie;
FRi - frequência relativa da regeneração natural da i-ésima espécie;
Ri - densidade relativa da regeneração natural da i-ésima espécie.
Em relação à origem da regeneração, os indivíduos foram agrupados para se
averiguar se eram provenientes de germinação de sementes ou de rebrota de
cepas.
A diversidade florística e Equabilidade de espécies foram avaliadas utilizando
o Índice de Shannon-Weaver (H'), Equabilidade de Pielou (J), ambas calculadas de
acordo com as fórmulas abaixo (MATA NATIVA 3, 2011).
H' [ . n( ) ∑ ni n(ni)
si ]
Em que:
H’ Índice de diversidade de Shannon-Weaver;
27
ni = número de indivíduos amostrados na i-ésima espécie;
N = Número total de indivíduos amostrados;
S = número total de espécies amostradas;
Ln = logaritmo de base neperiana.
J' (H'
Hmax)
Em que:
J = Equabilidade de Pielou;
H’ Índice de diversidade de Shannon-Weaver;
Hmáx = Ln (S).
A agregação de espécies foi obtida mediante o emprego do Índice de
Agregação de Payandeh (Pi), conforme a seguinte expressão (MATA NATIVA 3,
2011) .
Pi S2
i , i (
∑ nijJj
ut ), ∑ n2j- (
∑ ni2 j
Jj
ut)J
j
Em que:
Pi = Índice de Payandeh;
Si2 = variância do número de árvores da i-ésima espécie
Mi = média do número de árvores da i-ésima espécie
ni = número de indivíduos da i-ésima espécie
ut = número total de unidades amostrais;
J = número da parcela.
A similaridade de espécies foi obtida mediante utilização do Índice de
Similaridade de Jaccard, conforma a seguinte expressão (SCOLFORO et al., 2008).
Em que:
a = número de espécies ocorrentes na área 1;
28
b = número de espécies ocorrentes na área 2
c = número de espécies comuns a ambas.
No que diz respeito à fitossociologia, foram estudadas a frequência e a
densidade.
Os dados da densidade e índice de diversidade foram submetidos a análises
de comparações múltiplas das médias a 5% de probabilidade de erro pelo teste de
Tukey (P<0,05). Para tal tarefa foi utilizado Assistat 7.7 Beta.
A mensuração do CAP foi realizada com uso de fita métrica e a altura total
com vara graduada. As análises fitossociológicas foram realizadas no software Mata
Nativa 3.
29
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Regeneração Natural no ano de 2009
4.1.1 Florística
4.1.1.1 Composição Florística
Na área da ESEC Seridó foram observadas 12 espécies, 10 gêneros e sete
famílias. As duas espécies com maior número de indivíduos foram respectivamente:
Croton blanchetianus (163 indivíduos) e Erythroxylum pungens (112 indivíduos), as
quais responderam juntas por 64,86% das plantas inventariadas. As famílias mais
representativas da área foram respectivamente: Euphorbiaceae (três espécies),
Fabaceae Mimosoideae (três espécies) e Combretaceae (duas espécies). Estas três
famílias responderam por 50,71% dos indivíduos amostrados. As demais famílias
foram representadas unicamente por uma espécie (Tabela 1).
Na área da Fazenda Pedro Cândido foram amostradas oito espécies, oito
gêneros e seis famílias. Em relação à ESEC do Seridó não foram inventariadas as
espécies Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillet e Combretum laxum Jacq,
respectivamente da família Burseraceae e Combretaceae, da mesma forma que
Anadenanthera colubrina e Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth., ambas da
família Fabaceae Mimosoideae. Neste local, as duas espécies com maior número de
indivíduos foram, respectivamente Croton blanchetianus (439 indivíduos) e
Aspidosperma pyrifolium (195 indivíduos), as quais responderam juntas por 90,18%
do total de plantas amostradas.
Na localidade antes mencionada, a família com maior número de espécie foi
Euphorbiaceae com três espécies, respondendo por 63,01% dos indivíduos
amostrados. As demais famílias apresentaram apenas uma espécie cada.
Apocynaceae respondeu por 27,74% das plantas inventariadas.
Em ambas as áreas a maior representatividade da família Euphorbiaceae
deveu-se ao elevado número de indivíduos de Croton blanchetianus.
30
Tabela 1 – Relação florística das espécies em regeneração, número e participação
relativa de indivíduos, listados por ordem alfabética de famílias na ESEC do Seridó e
Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Família/subfamília Nome científico Nome
comum N %
ESEC
Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro 28 6,60 Burseraceae Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillet Imburana 3 0,71 Combretaceae Combretum leprosum Mart. Mofumbo 33 7,78 Combretum laxum Jacq. Bugi 5 1,18 Erythroxylaceae
Erythroxylum pungens O.E.Schulz Rompe Gibão
112 26,42
Euphorbiaceae Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro 163 38,44
Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão-bravo
1 0,24
Cnidoscolus quercifolius Pohl Faveleira 1 0,24 Fabaceae Caesalpinioideae
Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz Catingueira 66 15,57
Fabaceae Mimosoideae
Anadenanthera colubrina Angico 5 1,18
Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth.
Jurema branca
5 1,18
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir
Jurema Preta
2 0,53
TOTAL 424 100,00
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro 195 27,74 Combretaceae Combretum leprosum Mart. Mofumbo 39 5,55 Erythroxylaceae Erythroxylum pungens O.E.Schulz Rompe Gibão 1 0,14 Euphorbiaceae Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão-bravo 3 0,43
Cnidoscolus quercifolius Pohl Faveleira 1 0,14 Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro 439 62,45
Fabaceae Caesalpinioideae
Poincianella pyramidalis (Tul.) L. zP. Queiroz
Catingueira 18 2,56
Fabaceae Mimosoideae
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir Jurema preta 7 1,00
TOTAL 703 100,00
(Fonte – Lucena, 2014)
Alves et al., (2010), avaliando a regeneração de um fragmento de Caatinga
submetido a desmatamento em 1976, para cultivo de algodão, dando lugar,
posteriormente, ao pastejo bovino, o qual na época do trabalho ainda era praticado,
amostraram na área 267 indivíduos pertencentes a 13 espécies botânicas, sete
famílias e 11 gêneros. Por sua vez, Fabricante e Andrade (2007) estudando uma
região de Caatinga hiperxerófila, no Seridó Paraibano, em área submetida a corte
raso em 1964 e posteriormente utilizada para pastoreio bovino e caprino, além de
corte seletivo para fabricação de ferramentas, observaram 1129 indivíduos
regenerantes, pertencentes a sete famílias, 12 gêneros e 15 espécies.
31
Percebeu-se que a composição florística da regeneração de Caatinga na
região do Seridó, onde estão presentes as áreas de estudo, mostrou-se
caracterizada pela presença de uma grande quantidade de indivíduos distribuídos
em algumas espécies que dominam a área, enquanto que as demais espécies
apresentam menor quantidade de indivíduos.
4.1.1.2 Índice de Similaridade de Jaccard
A similaridade florística entre as áreas, medida pelo Índice de Jaccard foi de
0,67.
A similaridade entre as duas áreas foi considerada alta, mesmo apesar das
diferentes formas de uso. Este comportamento pode ser explicado em função,
principalmente, do fato de existirem entre as áreas um total de oito espécies
comuns. Do total de espécies observado na ESEC do Seridó, quatro não foram
inventariadas na Fazenda Pedro Cândido.
Camacho (2001), em estudo Fitofisiográfico da Caatinga do Seridó, na
Estação Ecológica do Seridó, encontrou elevada similaridade, pelo índice de
Jaccard, entre quatro áreas amostrais na ESEC do Seridó. As similaridades
poderiam por uma combinação de fatores: 1) grau de deficiência hídrica; 2)
proximidade geográfica; 3) geomorfologia; 4) número total de táxons amostrados e
5) proporção do material botânico até o nível específico.
4.1.1.3 Índices de Diversidade
Na ESEC do Seridó a diversidade medida pelo de Índice de Shannon-Weaver
(H') foi de 1,63 nats.ind-1 e a Equabilidade de Pielou foi de 0,66. Já na Fazenda
Pedro Cândido, a diversidade medida pelo Índice de Shannon-Weaver (H') foi de
0,99 nats.ind-1 e 0,48 para a Equabilidade de Pielou.
O motivo para tal variação refere-se ao fato de a ESEC do Seridó ter
apresentado maior número de espécies e pela distribuição mais equitativa do
número de indivíduos nas espécies amostradas.
O resultado encontrado para a área da Fazenda é semelhante ao valor
encontrado por Alves et al., (2010), que observaram um valor de 0,84 nats.ind-1 para
32
o Índice de Shannon-Weaver. Por sua vez, Alves Júnior et al., (2013), estudando a
regeneração em área de Caatinga arbustivo-arbórea, com presença de cactáceas e
estrato herbáceo em Pernambuco, obtiveram um valor de 1,91 nats.ind-1, quase o
dobro encontrado para a referida localidade.
Florentino (2012) avaliando a regeneração em área de manejo florestal em
Caatinga hipoxerófila na Estação Experimental de Pendência, administrada pela
EMEPA-PB, observou um valor de 1,59 nats.ind-1 e sete anos após aplicação do
corte raso obteve 2,02 nats.ind-1, com diferença significativa pelo teste de Tukey
(P<0,05), respectivamente, para os dois períodos observados, indicando ter havido
aumento na diversidade após aplicação do corte raso. Por outro lado, o referido
autor não encontrou diferença significativa entre os anos de 2005 e 2012 (1,89 e
1,73 nats.ind-1, respectivamente) na área de mata nativa.
4.1.1.4 Agregação de Espécies
Na ESEC do Seridó, a agregação de espécies obtida pelo Índice de
Agregação de Payandeh (Pi), vê-se que sete espécies (58,33 %) ocorreram
agrupadas, uma espécie apresentou tendência ao agrupamento, enquanto que
quatro apresentaram-se não agrupadas. Quanto à fazenda Pedro Cândido, foi
observado que cinco espécies (62,5 %) apresentaram-se como agrupadas,
enquanto que três espécies (37,5 %) ocorrem não agrupadas (Tabela 2).
Tabela 2 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico Pi CLASSIFICAÇÃO
ESEC
Aspidosperma pyrifolium 28 Agrupamento Commiphora leptophloeos 29,12 Agrupamento
Combretum laxum 9,69 Agrupamento Combretum leprosum 3,46 Agrupamento Erythroxylum pungens 2,63 Agrupamento
Cnidoscolus quercifolius 0,73 Não Agrupamento Croton blanchetianus 1,16 Tendência ao Agrupamento Jatropha mollissima 2,44 Agrupamento
Poincianella pyramidalis 1,58 Agrupamento Anadenanthera colubrina 0,93 Não Agrupamento
Continua
33 Continuação
Tabela 2 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico Pi CLASSIFICAÇÃO
Mimosa ophthalmocentra 1 Não Agrupamento Mimosa tenuiflora 1 Não Agrupamento
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Croton blanchetianus 18,1 Agrupamento Aspidosperma pyrifolium 32,08 Agrupamento
Combretum leprosum 7,93 Agrupamento Poincianella pyramidalis 2,59 Agrupamento
Jatropha molíssima 0,87 Não Agrupamento Mimosa tenuiflora 5,17 Agrupamento
Cnidoscolus quercifolius 1 Não Agrupamento Erythroxylum pungens 1 Não Agrupamento
Em ambas as áreas foi observado que o padrão de distribuição agrupamento
é predominante. Porém, foi visto que os diferentes usos das áreas interferiram
quanto à distribuição espacial das espécies. Aspidosperma pyrifolium, Combretum
leprosum, Cnidoscolus quercifolius e Poincianella pyramidalis, apresentaram-se
agrupadas em ambas as áreas, enquanto que Erythroxylum pungens, Croton
blanchetianus, Jatropha mollissima e Mimosa tenuiflora diferiram em relação à
distribuição espacial.
Mendes Junior et al., (2009) relatam que aparentemente demonstra ser uma
estratégia das espécies da Caatinga, se estabelecerem agrupadas com grande
quantidade de indivíduos em áreas que sofreram alguma perturbação.
4.1.2 Estimativa da Estrutura Horizontal
Na ESEC do Seridó, a densidade total foi de 10600 (N.ha-1), com dominância
das espécies Croton blanchetianus (4075 N.ha-1) e Erythroxylum pungens (2800
N.ha-1). Estas duas espécies também apresentaram os maiores valores de
importância, 26,48 % e 19,66 %, respectivamente. Entretanto, apesar de terem sido
dominantes, apresentaram baixa frequência relativa (14,52 e 12,9 %,
respectivamente). Quatro espécies (33,33 %) apresentaram menos de 100
indivíduos por hectare. Já na Fazenda Pedro Cândido, a densidade total foi de
(Fonte – Lucena, 2014)
34
17575 (N.ha-1), com dominância das espécies Croton blanchetianus (10975 N.ha-1) e
Aspidosperma pyrifolium (4875 N.ha-1). Estas duas espécies também apresentaram
os maiores valores de importância, 44,95 e 28,57 %, respectivamente. Do mesmo
modo como na área da ESEC Seridó, as espécies dominantes apresentaram baixa
frequência relativa na área (27,45 e 29,41 %). Três espécies (37,5 %) apresentaram
menos de 100 indivíduos por hectare (Tabela 3).
Tabela 3 – Densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), Frequência absoluta
(FA), Frequência Relativa (FR) e valor de importância (VI) das espécies amostradas
na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte –
RN
Nome científico DA DR FA FR VI VI (%)
ESEC
Croton blanchetianus 4075 38,44 56,25 14,52 52,96 26,48 Erythroxylum pungens 2800 26,42 50 12,9 39,32 19,66
Poincianella pyramidalis 1650 15,57 62,5 16,13 31,70 15,85 Combretum leprosum 825 7,78 56,25 14,52 22,29 11,15
Aspidosperma pyrifolium 700 6,6 56,25 14,52 21,12 10,56 Anadenanthera colubrina 125 1,18 31,25 8,06 9,24 4,62 Mimosa ophthalmocentra 125 1,18 25 6,45 7,63 3,815
Combretum laxum 125 1,18 12,5 3,23 4,41 2,205 Commiphora leptophloeos 75 0,71 12,5 3,23 3,93 1,97
Mimosa tenuiflora 50 0,47 12,5 3,23 50 1,85 Jatropha mollissima 25 0,24 6,25 1,61 1,85 0,925
Cnidoscolus quercifolius 25 0,24 6,25 1,61 1,85 0,925
TOTAL 10600 100 387,5 100 300 100
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Croton blanchetianus 10975 62,45 87,5 27,45 89,898 44,95 Aspidosperma pyrifolium 4875 27,74 93,75 29,41 57,15 28,57
Combretum leprosum 975 5,55 43,75 13,73 19,27 9,64 Poincianella pyramidalis 450 2,56 50 15,69 18,247 9,12
Jatropha mollissima 0,43 0,43 18,75 5,88 6,309 3,15 Mimosa tenuiflora 175 1 12,5 3,92 4,917 2,46
Erythroxylum pungens 25 0,14 6,25 1,96 2,10 1,05 Cnidoscolus quercifolius 25 0,14 6,25 1,96 2,103 1,05
TOTAL 17575 100 318,75 100 300 100
(Fonte – Lucena, 2014)
Barbosa (2012) afirma que o grande domínio por Croton blanchetianus,
provavelmente se deve ao fato desta espécie ter grande capacidade de ocupar
espaços abertos, em virtude da alta produção de sementes e da capacidade de
dispersão destas, além de sua grande eficiência da utilização de nutrientes. Soma-
se a isto, o fato desta espécie não ser forrageada pelo gado bovino, nem atacada
por cupins, o que contribui para que ela se mostre superior em relação às demais
35
tanto na densidade quanto nas classes de regeneração, nas áreas de Caatinga em
estado de sucessão secundária.
4.1.3 Classe de altura de Regeneração
Na ESEC do Seridó, onze espécies apresentaram maior densidade de
indivíduos na Classe II, as quais responderam por 87,74 % da densidade total de
indivíduos regenerantes, destacando-se Croton blanchetianus e Erythroxylum
pungens com as maiores densidades, com 3725 e 2500 (N.ha-1), respectivamente.
Jatropha mollissima apresentou indivíduos somente na primeira classe, enquanto
que Commiphora leptophloeos, Combretum laxum, Cnidoscolus quercifolius,
Anadenanthera colubrina, Mimosa ophthalmocentra e Mimosa tenuiflora foram
exclusivas da segunda classe de regeneração.
Na Fazenda Pedro Cândido, seis espécies, as quais corresponderam a 78,80
% da densidade total dos indivíduos regenerantes, mostraram maior densidade de
indivíduos na Classe II, com destaque para as espécies Croton blanchetianus e
Aspidosperma pyrifolium, com as maiores densidades, especificamente, 9025 e
3800 (N.ha-1). Combretum leprosum e Jatropha mollissima foram as únicas espécies
a apresentarem maior densidade de indivíduos na Classe I, sendo esta última
exclusiva da primeira classe, indicando que provavelmente está em estágio inicial de
sucessão secundária nesta área. Este mesmo comportamento foi observado na área
da ESEC do Seridó para a referida espécie. Erythroxylum pungens e Cnidoscolus
quercifolius foram exclusivas da segunda classe (Tabela 4).
Tabela 4 – Distribuição das espécies quanto às Classes de regeneração natural dos
indivíduos amostrados na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de
Serra Negra do Norte – RN
Nome científico CR1 CR2
ESEC
Aspidosperma pyrifolium 200 500 Commiphora leptophloeos 0 75
Combretum laxum 0 125 Combretum leprosum 325 500 Erythroxylum pungens 300 2500
Cnidoscolus quercifolius 0 25 Croton blanchetianus 350 3725
Continua
36 Continuação
Tabela 4 – Distribuição das espécies quanto às Classes de regeneração natural dos
indivíduos amostrados na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de
Serra Negra do Norte – RN
Andrade et al., (2007) estudando campo abandonado de sisal em área de
caatinga no agreste paraibano, que se regenera naturalmente há 30 anos, sem corte
neste período, mas com pastoreio bovino, observaram que a maioria dos indivíduos
amostrados fazia parte da primeira classe de tamanho, fato que o levou a afirmar,
que a área ainda não se encontrava em seu estágio final de desenvolvimento e,
possivelmente, com o avanço do processo sucessional, a disparidade seja reduzida.
Souza (2012), em estudo realizado em área de Caatinga, no município de
São José de Espinharas – PB, com histórico de uso caracterizado pelo pastoreio de
gado bovino, equino e caprino, observou que em relação às densidades totais, 30,92
% faziam parte da primeira classe de regeneração e que a segunda classe
compreendia 69,08 %. Ele atribui essa diferença ao estabelecimento das plantas
provenientes de sementes e de fuste, uma vez que as mesmas já estão adaptadas
ao ambiente, e a possibilidade de morte é menor em relação aos indivíduos da
classe I em relação aos da classe II.
O motivo pelo qual a maioria de indivíduos foi amostrada na segunda classe
pode ser explicado pelo fato de estes terem superado a fase plântula e ganhado
condições de sobrevivência e, posteriormente, ingressado para classes superiores,
Jatropha mollissima 25 0 Poincianella pyramidalis 100 1550 Anadenanthera colubrina 0 125 Mimosa ophthalmocentra 0 125
Mimosa tenuiflora 0 50
TOTAL 1300 9300
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Aspidosperma pyrifolium 1075 3800 Combretum leprosum 550 425 Erythroxylum pungens 0 25
Cnidoscolus quercifolius 0 25 Croton blanchetianus 1950 9025 Jatropha mollissima 75 0
Poincianella pyramidalis 50 400 Mimosa tenuiflora 25 150
TOTAL 3725 13850
CR1 – indivíduos de 0,5 a 1,0m com CAP ≤ 6,0 cm; CR2 – indivíduos com altura acima de 1,0m e com CAP até 6,0 cm.
(Fonte – Lucena, 2014)
37
Continua
não atendendo, assim os critérios de inclusão adotados. É importante frisar
também que os levantamentos foram realizados após o mês de setembro dos anos
de 2009 e 2011, período em que as condições de umidade caem bastante, o que faz
com que aquelas plantas que não superaram a fase de plântula morram.
Alves e Metzger (2006), afirmam que o insucesso no estabelecimento pós-
dispersão ocorre basicamente devido à mudanças nas taxas de germinação,
competição, herbivoria e estresse hídrico e microclimático, que alteram a
sobrevivência e o crescimento de plântulas.
Na ESEC do Seridó, Croton blanchetianus, Erythroxylum pungens e
Poincianella pyramidalis foram as espécies que mais contribuíram com a classe
absoluta de tamanho, respondendo juntas por 83,11 % do total obtido. Não obstante,
as espécies Jatropha mollissima, Commiphora leptophloeos, Cnidoscolus
quercifolius e Mimosa tenuiflora tiveram participação incipiente na regeneração
natural, respondendo juntas por 1,62 % do valor total da classe relativa de tamanho.
Já na área da Fazenda Pedro Cândido, as espécies Aspidosperma pyrifolium
e Croton blanchetianus contribuíram com 91,83 % do total encontrado para a classe
absoluta de tamanho. Contrariamente as espécies Erythroxylum pungens, Jatropha
mollissima e Cnidoscolus quercifolius, apresentaram uma contribuição incipiente
(0,48%) do valor total da classe relativa de tamanho (Tabela 5).
Tabela 5 – Distribuição da regeneração por meio da densidade (N.ha-1), na Classe
absoluta (CAT) e Classe Relativa de tamanho (CRT) e Regeneração Natural
Relativa (RNR) das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico CAT CRT RNR
ESEC
Croton blanchetianus 3311,08 39,80 30,92 Erythroxylum pungens 2230,19 26,81 22,04
Poincianella pyramidalis 1372,17 16,49 16,06 Combretum leprosum 478,54 5,75 9,35
Aspidosperma pyrifolium 463,21 5,57 8,90 Anadenanthera colubrina 109,67 1,32 3,52 Mimosa ophthalmocentra 109,67 1,32 2,98
Combretum laxum 109,67 1,32 1,91 Commiphora leptophloeos 65,80 0,79 1,58
Mimosa tenuiflora 43,87 0,53 1,41 Cnidoscolus quercifolius 21,93 0,26 0,70
Jatropha mollissima 3,07 0,04 0,63
TOTAL 8318,87 100,00 100,00
38 Continuação
Tabela 5 – Distribuição da regeneração por meio da densidade (N.ha-1), na Classe
absoluta (CAT) e Classe Relativa de tamanho (CRT) e Regeneração Natural
Relativa (RNR) das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico CAT CRT RNR
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Croton blanchetianus 7525,46 64,30 51,40 Aspidosperma pyrifolium 3222,44 27,53 28,23
Combretum leprosum 451,49 3,86 7,71 Poincianella pyramidalis 325,82 2,78 7,01
Jatropha mollissima 15,90 0,14 2,15 Mimosa tenuiflora 123,51 1,06 1,99
Erythroxylum pungens 19,70 0,17 0,76 Cnidoscolus quercifolius 19,70 0,17 0,76
TOTAL 11704,02 100,00 100,00
(Fonte – Lucena, 2014)
Nappo et al., (2004) afirmam que a avaliação da regeneração por meio de
classe de tamanho de plantas permite adquirir informações do comportamento das
espécies da regeneração, evitando que as classes de menor tamanho de plantas
possuam maior peso na estrutura da comunidade, em razão de apresentarem maior
densidade, podendo, dessa forma, mascarar aspectos importantes quanto à
dinâmica da sucessão vegetal.
Na ESEC do Seridó, para o parâmetro regeneração natural relativa, observou-
se que Croton blanchetianus, Erythroxylum pungens e Poincianella pyramidalis
mostraram-se como as mais importantes para a comunidade florestal. Estas
espécies também foram as que apresentaram os maiores valores para os
parâmetros densidade e frequência relativa e classe relativa de tamanho (Figura 5).
De acordo com resultados obtidos, foi evidenciado que as espécies que se
apresentaram mais representativas em termos de valor de importância (%) também
foram as mais importantes para a regeneração natural relativa.
39
Figura 5 – Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na ESEC do Seridó, Município de Serra Negra do Norte
– RN
Já na Fazenda Pedro Cândido, a espécie Croton blanchetianus obteve 51,40
% do total observado para a regeneração natural relativa, indicando que esta é a
espécie mais representativa na regeneração natural da área (Figura 6).
Figura 6 - Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra
do Norte – RN
O motivo para tal comportamento deve-se ao fato de Croton blanchetianus ter
apresentado os maiores valores para densidade relativa e classe relativa de
tamanho e o segundo maior valor para frequência relativa.
05
1015202530354045
%
Espécies
Classe Relativa deTamanho
Regeneração NaturalRelativa
010203040506070
%
Espécies
Classe Relativa deTamanho
Regeneração NaturalRelativa
(Fonte – Lucena, 2014)
(Fonte – Lucena, 2014)
40
4.1.4 Classe de origem da Regeneração
Na ESEC do Seridó foi observado que 91,51 % do total da densidade dos
indivíduos se originaram de sementes. As espécies Commiphora leptophloeos,
Combretum laxum, Jatropha mollissima, Anadenanthera colubrina, Mimosa
ophthalmocentra e Mimosa tenuiflora regeneraram-se exclusivamente a partir de
sementes, o que reforça a importância do banco de sementes para a regeneração
de áreas da Caatinga. Por outro lado, Cnidoscolus quercifolius originou-se
exclusivamente a partir de cepas, indicando a resiliência e o potencial de brotação a
partir de gemas apicais, o que reflete a capacidade de resistência aos sistemas
silviculturais que são aplicados à Caatinga.
Por sua vez, na área da Fazenda Pedro Cândido, a regeneração por
sementes foi responsável por 84,49 % do total da densidade de indivíduos. As
espécies Combretum leprosum, Erythroxylum pungens, Cnidoscolus quercifolius,
Jatropha mollissima e Mimosa tenuiflora foram oriundas exclusivamente de
regeneração por sementes. Em relação à espécie Croton blanchetianus, apesar de
ter havido regeneração a partir de cepas, ela foi cerca de 12 vezes menor que
regeneração por sementes (Tabela 6).
Tabela 6 – Distribuição quanto à origem da regeneração, por meio da densidade
(N.ha-1), das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico RS RT
ESEC
Aspidosperma pyrifolium 500 200 Commiphora leptophloeos 75 0
Combretum laxum 125 0 Combretum leprosum 675 150 Erythroxylum pungens 2750 50
Cnidoscolus quercifolius 0 25 Croton blanchetianus 3675 400 Jatropha mollissima 25 0
Poincianella pyramidalis 1575 75 Anadenanthera colubrina 125 0 Mimosa ophthalmocentra 125 0
Mimosa tenuiflora 50 0
TOTAL 9700 900
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Aspidosperma pyrifolium 3050 1825 Combretum leprosum 975 0
Continua
41 Continuação
Tabela 6 – Distribuição quanto à origem da regeneração, por meio da densidade
(N.ha-1), das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico RS RT
Erythroxylum pungens 25 0 Cnidoscolus quercifolius 25 0
Croton blanchetianus 10125 850 Jatropha mollissima 75 0
Poincianella pyramidalis 400 50 Mimosa tenuiflora 175 0
TOTAL 14850 2725
Alves et al., (2010) ao estudarem uma área que sofreu desmatamento em
1976 e 1977 para cultivo de algodão e, quando posteriormente abandonada, deu
lugar ao pastejo bovino, e uso atual com retirada de madeira para a fabricação de
ferramentas, afirmam que mesmo mediante ação antrópica e presença de gado
bovino na área de estudo, observaram que o fragmento está se conservando. O
fator primordial e indispensável para explicar esta situação é o modo como tem
ocorrido a regeneração vegetal, já que, 80 % do total de indivíduos são oriundos de
sementes, enquanto que o restante provém de regeneração por rebrota de cepas.
4.1.5 Intervenções Silviculturais
As análises para a densidade absoluta, índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou, pelo teste de Tukey (P<0,05), mostram que não ocorreu diferença estatística
entre os tratamentos avaliados. Por outro lado, as análises evidenciaram o efeito de
bloco para os três parâmetros avaliados.
Quanto ao efeito de bloco sobre a densidade absoluta, foi observado que a
Fazenda Pedro Cândido propiciou o maior valor, o que mostra que as condições de
pastejo bovino propiciaram a maior densidade na regeneração. Já em relação ao
Índice de Shannon e Equabilidade de Pielou, os maiores valores foram encontrados
na área da ESEC do Seridó (Tabela 7).
RS: Regeneração por sementes; RT: regeneração a partir de cepas.
(Fonte – Lucena, 2014)
42
Tabela 7 – Médias da densidade absoluta, Índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou referentes aos tratamentos e aos blocos na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN.
Tratamentos
Parâmetros Avaliados
Densidade Absoluta
Índice de Shannon Equabilidade de
Pielou
CR* 15400,00 a 0,79375 a 0.58000 a CS* 9900,00 a 0,89125 a 0.68125 a
CRQ* 11650,00 a 0,72250 a 0.63375 a CRDQ* 19400,00 a 0,68250 a 0.59875 a
Blocos
ESEC** 10600,00 b 0,96438 a 0,73438 a FAZENDA PEDRO CÂNDIDO** 17575,00 a 0,58063 b 0,51250 b
No que diz respeito à densidade absoluta, foi visto que o efeito significativo de
blocos se deu, principalmente, sobre as espécies Aspidosperma pyrifolium e Croton
blanchetianus, uma vez que houve aumento do número de indivíduos por hectare,
quando se comparam a Fazenda Pedro Cândido e ESEC do Seridó.
Apesar de ter-se encontrado a maior densidade absoluta na área da Fazenda
Pedro Cândido, a diversidade foi menor, pois foi evidenciado que o menor número
de espécies em comparação com a ESEC do Seridó fez com que houvesse
diferença significativa tanto para o Índice de Shannon quanto para a Equabilidade de
Pielou.
Lopes (2011) sugere que a recuperação da comunidade florestal em áreas
antropogenicamente alteradas em ambientes semiáridos é direcionada pela
dinâmica de ocupação por um pequeno número de espécies com alta densidade.
*Médias, nas colunas, seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de
Tukey ao nível de 5 % de significância.
** Significativo ao nível de 5 % de probabilidade (0,01 =< p <0,05) pelo teste de F.
CR = Corte raso de toda vegetação sem a realização de destoca e sem queima dos galhos restantes;
CS = corte seletivo, no qual foram retiradas as árvores que apresentam diâmetro na base maior que
8,0 cm; CRQ = corte de toda vegetação com queima da galhada restante, porém se destoca; CRDQ
= corte raso de toda vegetação com destoca e queima da galhada restante.
(Fonte – Lucena, 2014)
43
4.2 Regeneração Natural no ano de 2011
4.2.1 Florística
4.2.1.1 Composição Florística
Na ESEC do Seridó foram observadas 11 espécies, nove gêneros e sete
famílias. As duas espécies com maior número de indivíduos foram respectivamente:
Croton blanchetianus (142 indivíduos) e Erythroxylum pungens (90 indivíduos),
respondendo juntas por 61,87 % das plantas amostradas. As famílias mais
representativas foram Fabaceae Mimosoideae (três espécies), Euphorbiaceae (duas
espécies) e Combretaceae (duas espécies), correspondendo juntas a 52,53 % dos
indivíduos amostrados. As demais famílias foram representadas por uma única
espécie (Tabela 8).
Na área da Fazenda Pedro Cândido foram amostradas oito espécies, oito
gêneros e cinco famílias. Croton blanchetianus e Aspidosperma pyrifolium, foram,
respectivamente, as duas espécies com maior número de indivíduos. As famílias
com maior número de espécies foram Euphorbiacea (três espécies) e Fabaceae
Caesalpinioideae (duas espécies). Estas famílias responderam juntas por 57,87 %
dos indivíduos. As demais famílias foram representadas por uma única espécie.
Apesar de ter sido inventariada com uma espécie, Apocynaceae (representada por
Aspidosperma pyrifolium) foi a segunda mais representativa em número de
indivíduos (29,34 %).
Tabela 8 – Relação florística das espécies em regeneração, número e participação
relativa de indivíduos listados por ordem alfabética de famílias na ESEC do Seridó e
Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Família/subfamília Nome científico Nome comum N %
ESEC
Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro 31 8,27 Burseraceae Commiphora leptophloeos (Mart.)
J.B.Gillet Imburana 4 1,07 Combretaceae Combretum leprosum Mart. Mofumbo 33 8,80 Combretum laxum Jacq. Bugi 5 1,33 Erythroxylaceae Erythroxylum pungens O.E.Schulz Rompe Gibão 90 24,00 Euphorbiaceae Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro 142 37,87
Continua
44 Continuação
Tabela 8 – Relação florística das espécies em regeneração, número e participação
relativa de indivíduos listados por ordem alfabética de famílias na ESEC do Seridó e
Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Euphorbiaceae Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão-bravo 2 0,53 Fabaceae Caesalpinioideae Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P.
Queiroz Catingueira 53 14,13 Fabaceae Mimosoideae Anadenanthera colubrina Angico 8 2,13 Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth. Jurema branca 5 1,33 Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir Jurema preta 2 0,53
TOTAL 375 100,00
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro 179 29,34 Combretaceae Combretum leprosum Mart. Mofumbo 71 11,64
Euphorbiaceae
Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão-bravo 6 0,98 Cnidoscolus quercifolius Pohl Faveleira 2 0,33
Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro 337 55,25
Fabaceae Caesalpinioideae Poincianella pyramidalis (Tul.) L.
P. Queiroz Catingueira 6 0,98
Senna macranthera (Collad.) Irwin
& Barneby São João 2 0,33
Fabaceae Mimosoideae Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir Jurema preta 7 1,15
TOTAL 610 100,00
Barbosa (2012), estudando a regeneração florestal de um fragmento de
Caatinga hipoxerófila, no município de Arcoverde-PE, que há cerca de 50 anos não
sofre corte raso ou queimada, mas vem sendo utilizada para criação de bovinos em
regime semiextensivo, encontrou 619 indivíduos vivos, distribuídos em 23 espécies
arbóreo-arbustivas lenhosas, 13 famílias e 20 gêneros.
As diferenças percebidas entre os trabalhos são compreensíveis,
principalmente quando se leva em consideração a heterogeneidade entre as
fitofisionomias da Caatinga, além do caráter incipiente dos estudos no referido bioma
(PEREIRA et al., 2001).
Porém, a variação nos resultados possivelmente, pode também ter relação
com as diferentes metodologias utilizadas pelos pesquisadores, referentes
principalmente aos níveis de inclusão. Por outro lado, muitos fatores bióticos e
abióticos específicos de cada área podem ser tomados como referência para tentar
explicar a variação local.
Santana e Souto (2006) afirmam não ser importante apenas o esforço
amostral e os critérios de inclusão, como deve ser levado em questão o histórico de
uso da área.
(Fonte – Lucena, 2014)
45
4.2.1.2 Índice de Similaridade de Jaccard
A similaridade florística entre as áreas, medida pelo Índice de Jaccard foi de
0,46. Do total de espécies observado para as duas áreas, sete espécies não foram
comuns a ambas as localidades.
Calixto Júnior e Drumond (2011) estudando a fitossociologia de um fragmento
de hiperxerófila que sofreu corte raso há 30 anos em Petrolina-PE, e que se
regenera naturalmente, observaram que a vegetação da área avaliada se distingue
floristicamente de outras áreas da Caatinga. Além da variação em atributos físicos
de cada ambiente, a não similaridade entre as áreas deveu-se aos diferentes níveis
de antropismo.
Considerando a proximidade das áreas estudadas, pode-se inferir que, muito
provavelmente, a redução na similaridade pode ser resultado de novas atividades
antrópicas, como aumento na intensidade do pastoreio.
4.2.1.3 Índices de Diversidade
Na ESEC do Seridó a diversidade medida pelo índice de Shannon-Weaver
(H') foi de 1,71 nats.ind-1 e Equabilidade de Pielou (J) foi de 0,71. Já na Fazenda
Pedro Cândido a diversidade medida pelo de Índice de Shannon-Weaver (H') foi de
1,12 nats.ind-1 e Equabilidade de Pielou foi de 0,54.
Fabricante; Andrade; Dias Terceiro (2012), estudando duas áreas de
Caatinga hiperxerófila, em que a primeira delas foi explorada com pecuária
extensiva e com corte seletivo de madeira, e uma segunda área com vegetação
conservada, com baixa interferência antrópica recente, porém com histórico de
perturbação na década de 80 pelos mesmos fatores presentes na primeira área,
estimaram valores de H' de 1,886 e 2,688 nats.ind-1, e J = 0,572 e 0,734,
respectivamente para as duas áreas.
Souza (2012) encontrou um valor de 2,14 nats.ind-1, enquanto que o valor da
Equabilidade de Pielou foi de 0,68. Este autor comenta que o valor de H' é maior
quanto maior for a diversidade da vegetação.
46
Scolforo et al., (2008) comentam que valores reduzidos indicam uma possível
redução da diversidade, e que, outra causa de grande variabilidade da riqueza de
espécies é também a antropização a que parte das áreas está submetida.
Por sua vez, Santana e Souto (2006), afirmam que a comparação de
diferentes áreas por meio de índices de diversidade deve ser efetuada de modo
cauteloso, já que os índices sofrem forte influência dos fatores bióticos e abióticos,
critérios de inclusão, além do tempo de antropismo.
4.2.1.4 Agregação de Espécies
Na ESEC do Seridó, observou-se pelo índice de Agregação de Payandeh (Pi),
que 10 espécies ocorrem agrupadas e somente 1 mostrou-se não agrupada.
Enquanto, na Fazenda Pedro Cândido, foi visto que 75 % das espécies ocorreram
agrupadas, enquanto 12,5 % apresentavam tendência ao agrupamento e outros 12,5
% mostraram-se não agrupadas (Tabela 9).
Nas duas áreas foi visto que o padrão agrupamento é o principal modo de
distribuição espacial das espécies.
Tabela 9 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico Pi CLASSIFICAÇÃO
ESEC
Aspidosperma pyrifolium 2,78 Agrupamento Commiphora leptophloeos 2,4 Agrupamento
Combretum leprosum 3,07 Agrupamento Combretum laxum 1,59 Agrupamento
Erythroxylum pungens 21,54 Agrupamento Croton blanchetianus 30,09 Agrupamento Jatropha mollissima 0,93 Não Agrupamento
Poincianella pyramidalis 6,75 Agrupamento Anadenanthera colubrina 2,4 Agrupamento Mimosa ophthalmocentra 1,59 Agrupamento
Mimosa tenuiflora 2 Agrupamento
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Aspidosperma pyrifolium 33,98 Agrupamento Combretum leprosum 9,22 Agrupamento Jatropha mollissima 1,02 Tendência ao Agrupamento
Cnidoscolus quercifolius 0,93 Não Agrupamento Croton blanchetianus 12,11 Agrupamento
Continua
47 Continuação
Tabela 9 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico Pi CLASSIFICAÇÃO
Poincianella pyramidalis 4,22 Agrupamento Senna macranthera 2 Agrupamento Mimosa tenuiflora 3,95 Agrupamento
Foi possível inferir que o histórico de uso interferiu quanto à distribuição
espacial da espécie Jatropha mollissima, uma vez que nas duas áreas ela
apresentou diferentes classificações de agrupamento.
No cômputo geral das duas áreas, vê-se que a vegetação regenerante
caracteriza-se por apresentar distribuição agrupada, revelando um padrão de
uniformidade espacial das espécies.
Calixto Júnior e Drumond (2011) após estudarem a fitossociologia de um
fragmento de Caatinga hiperxerófila que sofreu corte raso há 30 anos em Petrolina-
PE, afirmam que é comum este fato em áreas de Caatinga, em que espécies mais
abundantes surgem agrupadas ou com tendência ao agrupamento.
Barbosa (2012) afirma que a distribuição espacial agrupamento ou tendência
agrupamento é uma estratégia das plantas da Caatinga, uma vez que se
estabelecem com grande quantidade de indivíduos em áreas que sofreram alguma
perturbação, além de ser uma característica ecológica das espécies em busca de
melhores condições de solo, luminosidade, umidade, ventilação, entre outros fatores
ambientais.
4.2.2 Estimativa da Estrutura Horizontal
No tocante à ESEC do Seridó, a densidade total de indivíduos foi 9375 (N.ha-
1), com dominância das espécies Croton blanchetianus (3550 N.ha-1) e Erythroxylum
pungens (2250 N.ha-1). As referidas espécies também apresentaram os maiores
valores de importância, 24,97 e 18,90 %, respectivamente. Embora tenham sido
dominantes em relação à densidade, as referidas espécies mostraram baixa
(Fonte – Lucena, 2014)
48
frequência relativa (12,07 e 13,79 %, respectivamente). Duas espécies (18,19 %)
apresentaram menos de 100 indivíduos por hectare. Já em relação à Fazenda Pedro
Cândido, a densidade total foi de 15250 (N.ha-1), com dominância de Croton
blanchetianus (8425 N.ha-1) e Aspidosperma pyrifolium (4475 N.ha-1). As referidas
espécies também apresentaram os maiores valores de importância, respectivamente
41,91 e 28,96 %. Cnidoscolus quercifolius e Senna macranthera apresentaram
menos de 100 indivíduos por hectare, o que caracteriza a raridade destas espécies e
evidencia a não recuperação completa da estrutura populacional na área (Tabela
10).
A baixa densidade para S. macranthera pode ser explicada, possivelmente
por esta espécie ser recente na área da Fazenda e ainda se encontrar em estágios
iniciais de sucessão. Já em relação à C. quercifolius, provavelmente, a baixa
densidade pode ser explicada pelo fato de ela ter reiniciado o processo de sucessão
secundária, haja vista, que no ano de 2009, na área de Fazenda, ela apresentava
densidade de indivíduos exclusivamente na segunda classe de regeneração,
enquanto que no ano de 2011, foram amostradas plântulas somente na primeira
classe de regeneração, originando-se exclusivamente por meio de sementes.
Tabela 10 – Densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), Frequência absoluta
(FA), Frequência Relativa (FR) e valor de importância (VI) das espécies amostradas
na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte –
RN
Nome científico DA DR FA FR VI VI (%)
ESEC
Croton blanchetianus 3550 37,87 43,75 12,07 49,93 24,97 Erythroxylum pungens 2250 24 50 13,79 37,79 18,90
Poincianella pyramidalis 1325 14,13 62,5 17,24 31,37 15,69 Combretum leprosum 825 8,8 56,25 15,52 24,32 12,16
Aspidosperma pyrifolium 775 8,27 56,25 15,52 23,78 11,90 Anadenanthera colubrina 200 2,13 25 6,9 9,03 4,52
Combretum laxum 125 1,33 18,75 5,17 6,51 3,25 Mimosa ophthalmocentra 125 1,33 18,75 5,17 6,51 3,25 Commiphora leptophloeos 100 1,07 12,5 3,45 4,51 2,26
Jatropha mollissima 50 0,53 12,5 3,45 3,98 1,99 Mimosa tenuiflora 50 0,53 6,25 1,72 2,26 1,13
TOTAL 9375 100 362,5 100 200 100
Continua
49 Continuação
Tabela 10 – Densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), Frequência absoluta
(FA), Frequência Relativa (FR) e valor de importância (VI) das espécies amostradas
na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte –
RN
Nome científico DA DR FA FR VI VI (%)
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO Croton blanchetianus 8425 55,25 87,5 28,57 83,82 41,91
Aspidosperma pyrifolium 4475 29,34 87,5 28,57 57,92 28,96 Combretum leprosum 1775 11,64 56,25 18,37 30,00 15,01 Jatropha mollissima 150 0,98 31,25 10,21 11,19 5,60 Mimosa tenuiflora 175 1,15 12,5 4,08 5,23 2,62
Poincianella pyramidalis 150 0,98 12,5 4,08 5,06 2,53 Cnidoscolus quercifolius 50 0,33 12,5 4,08 4,41 2,21
Senna macranthera 50 0,33 6,25 2,04 2,37 1,19
TOTAL 15250 100 306,25 100 200 100
Alves et al., (2010) afirmam que o Croton blanchetianus se sobressai em
relação às demais espécies da Caatinga, pelo fato de ela ser uma espécie pioneira,
típica de áreas caracterizadas por intervenções humanas e, quando jovem
apresenta fácil dispersão de sementes, contribuindo bastante para o enriquecimento
do banco de sementes do solo, fazendo com que esta espécie domine os primeiros
estágios serais em áreas sob grandes perturbações.
Santana e Souto (2006) estudando a diversidade e estrutura fitossociológica
da Caatinga na Estação Ecológica do Seridó-RN, asseveram que o fato desta
espécie ser caracterizada como colonizadora de áreas antropizadas, poderia
explicar a elevada densidade na área de estudo, uma vez que, anteriormente à
criação da Estação Ecológica, a ESEC do Seridó era uma fazenda, e ainda
apresenta resquícios de ocupação humana.
4.2.3 Classe de Altura de Regeneração
No que diz respeito à ESEC do Seridó, a maioria das espécies (85,60 % da
densidade total dos indivíduos regenerantes) apresentou maior densidade de
indivíduos na Classe II, com destaque para Croton blanchetianus e Erythroxylum
pungens, as quais apresentaram, respectivamente, as maiores densidades, a saber:
(Fonte – Lucena, 2014)
50
3025 e 2050 (N.ha-1). Commiphora leptophloeos, Combretum laxum e
Anadenanthera colubrina foram exclusivas da segunda classe. Jatropha mollissima
está igualmente distribuída entre as classes de altura, pois apresentou a mesma
quantidade de indivíduos nas duas classes (Tabela 11).
Por sua vez, na Fazenda Pedro Cândido percebeu-se que a maioria das
espécies (80,98 % da densidade total dos indivíduos regenerantes) apresentaram-se
na classe II, com relevância para Croton blanchetianus e Aspidosperma pyrifolium,
como as de maior densidade de indivíduos, com 7275 e 3800 (N.ha-1),
respectivamente. Jatropha mollissima e Cnidoscolus quercifolius mostraram maior
densidade de plantas somente na primeira classe de regeneração, com destaque
para esta última, que foi exclusiva da primeira classe, o que indica, muito
provavelmente que, nesta área, o processo sucessional destas espécies esteja em
fase inicial.
Tabela 11 – Distribuição das espécies quanto às Classes de regeneração natural
dos indivíduos amostrados na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município
de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico ESEC
CR1 CR2
Aspidosperma pyrifolium 300 475 Commiphora leptophloeos 0 100
Combretum leprosum 175 650 Combretum laxum 0 125
Erythroxylum pungens 200 2050 Croton blanchetianus 525 3025 Jatropha mollissima 25 25
Poincianella pyramidalis 75 1250 Anadenanthera colubrina 0 200 Mimosa ophthalmocentra 25 100
Mimosa tenuiflora 25 25
TOTAL 1350 8025
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Aspidosperma pyrifolium 675 3800 Combretum leprosum 850 925 Croton blanchetianus 1150 7275 Jatropha mollissima 100 50
Cnidoscolus quercifolius 50 0 Poincianella pyramidalis 25 125
Senna macranthera 25 25 Mimosa tenuiflora 25 150
TOTAL 2900 12350
(Fonte – Lucena, 2014)
CR1 – indivíduos de 0,5 a 1,0m com CAP ≤ 6,0 cm; CR2 – indivíduos com altura acima de 1,0m e com CAP até 6,0 cm.
51
Alves Júnior et al., (2013) comentam que a menor quantidade de indivíduos
nas menores classes de tamanho pode ser explicada pelo fato de plântulas serem
mais suscetíveis à mortalidade e ao ingresso para classes superiores, enquanto a
variação no número de indivíduos das classes maiores ocorre, possivelmente, pelo
fato de os indivíduos superarem os critérios de ingresso estabelecidos.
Por sua vez, Gama; Botelho; Bentes-Gama, (2002) afirmam que a maior
concentração de indivíduos na primeira classe de tamanho, revela um
comportamento do tipo "J" invertido, característico de florestas que apresentam
regeneração em fase de estabelecimento.
O comportamento observado para as duas áreas aponta para o fato de a
comunidade florestal ter superado as fases iniciais de estabelecimento, influenciada
principalmente pelo ingresso dos indivíduos na classe II.
Na ESEC do Seridó, as espécies Croton blanchetianus, Erythroxylum
pungens e Poincianella pyramidalis corresponderam a 78,28 % do total observado
para a classe absoluta de tamanho. Por outro lado, as espécies Commiphora
leptophloeos, Combretum laxum, Jatropha mollissima, Anadenanthera colubrina,
Mimosa ophthalmocentra e Mimosa tenuiflora contribuíram de forma incipiente,
propiciando 7,1 % do total observado (Tabela 12). Quanto à regeneração natural
relativa, as espécies mais importantes foram, respectivamente, Croton
blanchetianus, Erythroxylum pungens e Poincianella pyramidalis, as quais
responderam por 65,79 % do total percentual observado. Esta informação mostra
que estas espécies são as mais importantes no estrato de regeneração (Figura 7).
Na Fazenda Pedro Cândido, apenas duas espécies (Croton blanchetianus e
Aspidosperma pyrifolium) foram responsáveis 81,28 % do total obtido para a classe
absoluta de regeneração.
52
Tabela 12 – Distribuição da regeneração por meio da densidade (N.ha-1), na Classe
absoluta (CAT) e Classe Relativa de tamanho (CRT) e Regeneração Natural
Relativa (RNR) das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico CAT CRT RNR
ESEC Croton blanchetianus 2665,00 37,73 29,22 Erythroxylum pungens 1783,60 25,25 21,01
Poincianella pyramidalis 1080,80 15,30 15,56 Aspidosperma pyrifolium 449,80 6,37 10,05
Combretum leprosum 107,00 1,51 8,61 Combretum laxum 581,60 8,23 4,91
Anadenanthera colubrina 171,20 2,42 3,82 Mimosa ophthalmocentra 89,20 1,26 2,59 Commiphora leptophloeos 85,60 1,21 1,91
Jatropha mollissima 25,00 0,35 1,44 Mimosa tenuiflora 25,00 0,35 0,87
TOTAL 7063,80 100,00 100,00
FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
Croton blanchetianus 6110,25 57,90 47,24 Aspidosperma pyrifolium 3205,74 30,38 29,43
Combretum leprosum 910,74 8,63 12,88 Jatropha mollissima 59,51 0,56 3,92 Mimosa tenuiflora 126,23 1,20 2,14
Poincianella pyramidalis 25,00 0,24 1,77 Cnidoscolus quercifolius 9,51 0,09 1,50
Senna macranthera 105,98 1,00 1,12
TOTAL 10552,95 100,00 100,00
Na Fazenda Pedro Cândido, no que diz respeito ao parâmetro regeneração
natural relativa, foi observado que as espécies mais importantes para a regeneração
na área foram, respectivamente, Croton blanchetianus e Aspidosperma pyrifolium
(Figura 8).
(Fonte – Lucena, 2014)
53
Figura 7 – Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na ESEC do Seridó, Município de Serra Negra do Norte
– RN
Figura 8 – Participação relativa das espécies quanto à classe relativa de tamanho e
regeneração natural relativa, na Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra
do Norte – RN
4.2.4 Classe de Origem de Regeneração
Na ESEC do Seridó, observou-se que a regeneração por sementes foi
responsável por 7300 (N.ha-1), o que corresponde a 77,87 % do total da densidade
de indivíduos. As espécies Commiphora leptophloeos, Combretum laxum, Jatropha
0,005,00
10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,00
%
Espécies
Classe Reltativa deTamanho
Regeneração NaturalRelativa
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
%
Espécies
Classe Relativa deTamanho
Regeneração NaturalRelativa
(Fonte – Lucena, 2014)
(Fonte – Lucena, 2014)
54
mollissima, Anadenanthera colubrina, Mimosa ophthalmocentra e Mimosa tenuiflora,
(54,54 % das espécies presentes), originaram-se exclusivamente por meio de
sementes.
No tocante à Fazenda Pedro Cândido, foi visto que a regeneração a partir de
cepas foi predominante (66,72 % da densidade total de indivíduos), correspondendo
a 10175 (N.ha-1). Entretanto, as espécies Cnidoscolus quercifolius, Jatropha
mollissima, Senna macranthera, regeneraram-se exclusivamente através de
sementes (Tabela 13).
O maior percentual de regeneração a partir de cepas, na Fazenda Pedro
Cândido, foi influenciado principalmente pelas maiores densidades provenientes das
espécies Aspidosperma pyrifolium, Combretum leprosum e Croton blanchetianus, as
quais foram responsáveis por 98,03 % do total da densidade desta classe de
regeneração (Figura 9).
Tabela 13 – Distribuição quanto à origem da regeneração, por meio da densidade
(N.ha-1), das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico RS RT
ESEC
Aspidosperma pyrifolium 475 300 Commiphora leptophloeos 100 0
Combretum laxum 125 0 Combretum leprosum 550 275 Erythroxylum pungens 1650 600 Croton blanchetianus 2700 850 Jatropha mollissima 50 0
Poincianella pyramidalis 1275 50 Anadenanthera colubrina 200 0 Mimosa ophthalmocentra 125 0
Mimosa tenuiflora 50 0
TOTAL 7300 2075
FAZENDA
Aspidosperma pyrifolium 1175 3300 Combretum leprosum 150 1625
Cnidoscolus quercifolius 50 0 Croton blanchetianus 3375 5050 Jatropha mollissima 150 0
Poincianella pyramidalis 125 25 Senna macranthera 50 0 Mimosa tenuiflora 0 175
TOTAL 5075 10175
RS: Regeneração por sementes; RT: regeneração a partir de cepas.
(Fonte – Lucena, 2014)
55
Pode-se afirmar, então, que algumas espécies podem não ter a capacidade
de regenerar-se a partir de cepas deixadas no solo da floresta, o que reafirma a
importância das condições de permanência e conservação do banco de sementes
no solo da floresta.
Figura 9 – Distribuição da densidade de plantas (N.ha-1) nas classes de
regeneração na Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Souza (2010), investigando a influência que fragmentos preservados exercem
sobre a chegada de diásporos para a regeneração de uma área que foi mantida com
cultivo de Opuntia ficus-indica Mill. (palma) e que se regenera naturalmente há15
anos, encontrou que 22 % das plantas que se regeneraram foram provenientes de
rebrota de cepas. Isto mostra que apesar da rebrota contribuir para a ocupação
rápida dos espaços durante a regeneração de áreas antropizadas, a germinação de
sementes é uma estratégia de elevada importância para a recuperação de áreas de
ambientes secos, e que fatores que afetem a chuva de diásporos ou a sobrevivência
das sementes no banco do solo exercem forte influência na regeneração de áreas
que sofreram intervenção humana.
4.2.5 Intervenções Silviculturais
As análises para a densidade absoluta, índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou, pelo teste de Tukey (P<0,05), mostram que não ocorreu diferença estatística
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
N.h
a-1
Espécies
Regeneração porsementes
Regeneração a partir decepas
(Fonte – Lucena, 2014)
56
entre os tratamentos avaliados. Por outro lado, as análises evidenciaram o efeito de
bloco sobre o parâmetro densidade absoluta, onde foi observado que a Fazenda
Pedro Cândido propiciou o maior valor acumulado.
Por outro lado, quando se trata do Índice de Shannon e da Equabilidade de
Pielou, ficou evidenciado que não houve efeito de tratamento, nem efeito de bloco
sobre a diversidade encontrada em ambas as áreas. (Tabela 14).
Tabela 14 – Médias da densidade absoluta, Índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou referentes aos tratamentos e aos blocos na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Tratamentos Parâmetros Avaliados
Densidade Absoluta Índice de Shannon Equabilidade de Pielou
CR* 12800,00 a 0,81500 a 0,64250 a CS* 10350,00 a 0,88875 a 0,61125 a
CRQ* 12400,00 a 0,69250 a 0,67750 a CRDQ* 13700,00 a 0,69250 a 0,67500 a
Blocos
ESEC** 9375,00 a 0,90750 a 0,73438 a FAZENDA** 15250,00 b 0,63688 a 0,57375 a
Florentino (2012) valiando a regeneração em área de manejo florestal em
Caatinga hipoxerófila na Estação Experimental de Pendência, administrada pela
EMEPA-PB, observou diferença estatística para a densidade absoluta entre os anos
de 2005 e 2012, referentes ao local submetido ao corte raso, mostrando que, após
sete anos, este tipo de corte favoreceu o aumento potencial da regeneração da
Caatinga. Em relação ao Índice de Shannon, observou-se aumento significativo
(P<0,05) para a área de corte raso. Ele afirma que este resultado é um forte
indicador que a vegetação do semiárido nordestino se revela com alto potencial
adaptativo para recomposição do estrato arbóreo, após a retirada da madeira ou
corte raso.
*Médias, nas colunas, seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de
Tukey ao nível de 5% de significância.
** Significativo ao nível de 5% de probabilidade (0,01 =< p <0,05) pelo teste de F.
CR = Corte raso de toda vegetação sem a realização de destoca e sem queima dos galhos restantes;
CS = corte seletivo, no qual foram retiradas as árvores que apresentam diâmetro na base maior que
8,0 cm; CRQ = corte de toda vegetação com queima da galhada restante, porém se destoca; CRDQ
= corte raso de toda vegetação com destoca e queima da galhada restante.
(Fonte – Lucena, 2014)
57
4.3 Dinâmica da Regeneração
4.3.1 Florística
4.3.1.1 Composição Florística
Quando se compara a fazenda Pedro Cândido à ESEC do Seridó,
contrastando-se em 2011 em detrimento de 2009, observou-se que não foram
inventariadas as espécies Commiphora leptophloeos e Combretum laxum,
respectivamente das famílias Burseraceae e Combretaceae. O mesmo fato
aconteceu para as espécies Anadenanthera colubrina e Mimosa ophthalmocentra
Mart. ex Benth., ambas da família Fabaceae Mimosoideae, além de Erythroxylum
pungens da família Erythroxylaceae, fazendo com que esta família não fosse
registrada na Fazenda Pedro Cândido.
Apesar das ausências percebidas, o número de espécies mostrou-se estável
em relação a 2009, pois Cnidoscolus quercifolius foi amostrada na fazenda, e houve
acréscimo de Senna macranthera (Collad.) Irwin & Barneby (Tabela 15).
No que diz respeito às famílias, observou-se que no ano de 2009, nas duas
áreas, a família mais importante havia sido Euphorbiaceae; já no ano de 2011,
Euphorbiaceae continuou sendo a mais representativa na área da Fazenda Pedro
Cândido, enquanto que na ESEC do Seridó a família Fabaceae Mimosoideae foi a
que apresentou maior número de espécies.
A representatividade de Euphorbiaceae na ESEC do Seridó, referente ao
número de espécies mostrou-se menor em relação ao ano de 2009, em função de
Cnidoscolus quercifolius não ter sido inventariada em 2011.
58
Tabela 15 – Relação florística das espécies em regeneração, nos anos de 2009 e
2011, listadas por ordem alfabética de famílias na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Família/subfamília Nome científico ESEC FAZENDA
2009 2011 2009 2011
Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Mart. X X X X Burseraceae Commiphora leptophloeos (Mart.)
J.B.Gillet X X - -
Combretaceae Combretum laxum Jacq. X X - - Combretum leprosum Mart. X X X X
Erythroxylaceae Erythroxylum pungens O.E.Schulz X X X - Euphorbiaceae Cnidoscolus quercifolius Pohl X - X X
Croton blanchetianus Baill. X X X X Jatropha mollissima (Pohl) Baill. X X X X
Fabaceae Caesalpinioideae
Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz
X X X X
Senna macranthera (Collad.) Irwin & Barneby
- - - X
Fabaceae Mimosoideae Anadenanthera colubrina X X - - Mimosa ophthalmocentra Mart. ex
Benth. X X - -
Família/subfamília Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir X X X X
Vários trabalhos tem listadas as famílias Euphorbiaceae e Fabaceae como as
de maior número de espécies em áreas de Caatinga (Alves Junior et al., 2013;
Florentino, 2012; Andrade e Fabricante, 2007; Andrade et al., 2005; Andrade et al.,
2007).
Por sua vez, Alves et al., (2010) encontraram, como as mais representativas,
as famílias Euphorbiaceae e Fabaceae.
Do mesmo modo, Barbosa (2012), encontrou a família Fabaceae como a de
maior número de espécies, e em segundo lugar a família Euphorbiaceae. (adicionar
comentários sobre as famílias mais representativas nas áreas estudadas).
4.3.1.2 Similiridade de Jacard
Entre 2009 e 2011 a similaridade entre as áreas diminui, pois em 2009 a
similaridade medida pelo Índice de Jaccard era 0,67, enquanto que em 2011 ela foi
0,46. O motivo para a diminuição foi o fato de as espécies Commiphora
leptophloeos, Combretum laxum, Anadenanthera colubrina e Mimosa
ophthalmocentra terem sido amostradas somente na área da ESEC do Seridó,
(Fonte – Lucena, 2014)
59
enquanto que as espécies Cnidoscolus quercifolius e Senna macranthera foram
exclusivas da Fazenda Pedro Cândido, resultando na redução do número de
espécies comuns entre as áreas e consequente diminuição da similaridade entre
elas.
A diminuição da similaridade entre as áreas no período de 2009 para 2011
pode ter sido o resultado de novas intervenções ou intensificação do pastoreio,
apesar da proximidade geográfica das áreas e do compartilhamento de
características ambientais comuns, uma vez que os fatores físicos tenderiam a se
diferenciar com o aumento da distância entre as áreas.
Fabricante; Andrade; Dias Terceiro (2012), estudando duas áreas de
Caatinga hiperxerófila, em que a primeira delas foi explorada com pecuária
extensiva e com corte seletivo de madeira, e uma segunda área com vegetação
conservada, com baixa interferência antrópica recente, porém com histórico de
perturbação na década de 80 pelos mesmos fatores presentes na primeira área
observaram que os maiores valores do índice de Similaridade de Jaccard ocorreram
entre parcelas da mesma área, o que evidencia distinção entre comunidas de áreas
diferentes.
4.3.1.3 Índices de Diversidade
Os dois parâmetros considerados aumentaram nas duas áreas no decorrer do
período avaliado. O maior número de espécies encontrado na ESEC do Seridó fez
com que ela apresentasse os maiores valores nos dois anos avaliados (Tabela 16).
Tabela 16 – Valores dos Índices de diversidade de Shannon (H') e Equabilidade de
Pielou (J), para os anos de 2009 e 2011, ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Área 2009 2011
H’ J H’ J
ESEC 1,63 nats.ind-1
0,66 1,71 nats.ind-1
0,71 Fazenda 0,99 nats.ind
-1 0,48 1,12 nats.ind
-1 0,54
(Fonte – Lucena, 2014)
60
Os menores valores para a área da Fazenda Pedro Cândido podem ser
explicados pelo fato de, além de ter apresentado menor número de espécies, houve
um forte dominância de Croton blanchetianus.
Outro fator importante que provavelmente pode explicar a variação entre as
áreas é a diferenciação no grau de antropização de ambas, de modo que na área
onde acontece o pastoreio a diversidade estimada foi menor.
4.3.1.4 Agregação de Espécies
No ano de 2009 para a ESEC do Seridó, foi visto que sete espécies (58,33 %)
ocorreram agrupadas, enquanto que uma apresentou tendência ao agrupamento e
quatro ocorrem não agrupadas. No ano de 2011, dez espécies ocorrem agrupadas e
apenas uma mostrou-se não agrupada.
Já na Fazenda Pedro Cândido, no ano de 2009, constatou-se que cinco
espécies apresentaram-se agrupadas, enquanto que três espécies foram não
agrupadas. Para o ano de 2011, observou-se que seis espécies ocorreram
agrupadas, uma não agrupada e uma com tendência ao agrupamento (Tabela 17).
Tabela 17 – Valores do índice da agregação de Payandeh (Pi) das espécies
amostradas na regeneração natural, nos anos de 2009 e 2011, na ESEC do Seridó e
Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico
ESEC FAZENDA
2009 2011 2009 2011
Pi CA Pi CA Pi CA Pi CA
Aspidosperma pyrifolium 28,00 AG 2,78 AG 32,08 AG 33,98 AG Commiphora leptophloeos 29,12 AG 2,40 AG - - - -
Combretum laxum 9,69 AG 1,59 AG - - - - Combretum leprosum 3,46 AG 3,07 AG 7,93 AG 9,22 AG Erythroxylum pungens 2,63 AG 21,54 AG 1 NA - -
Cnidoscolus quercifolius 0,73 NA - - 1 NA 0,93 NA Croton blanchetianus 1,16 TA 30,09 AG 18,10 AG 12,11 AG Jatropha mollissima 2,44 AG 0,93 NA 0,87 NA 1,02 TA
Poincianella pyramidalis 1,58 AG 6,75 AG 2,59 AG 4,22 AG Senna macranthera - - - - - - 2,00 AG
Anadenanthera colubrina 0,93 NA 2,40 AG - - - - Mimosa ophthalmocentra 1 NA 1,59 AG - - -
Mimosa tenuiflora 1 NA 2,00 AG 1 NA 3,95 AG
Pi: valor para índice de Payandeh; CA: Classe de Agregação; AG: Agrupamento; NA: Não
agrupamento; TA: tendência ao agrupamento.
(Fonte – Lucena, 2014)
61
É possível inferir que o padrão de distribuição espacial agrupamento é
predominante na Caatinga em regeneração da região do Seridó. Neste trabalho, a
referida forma de distribuição espacial não variou com o tipo de uso que ocorre nas
áreas avaliadas.
4.3.2 Estimativa da Estrutura Horizontal
Analisando-se separadamente cada área, foi visto que a densidade absoluta
total da ESEC do Seridó diminui no decorrer dos dois anos considerados. Em ambos
os anos as espécies com maior densidade, foram, respectivamente Croton
blanchetianus e Erythroxylum pungens, as quais também apresentaram os maiores
valores de importância.
A diminuição na densidade observada em 2011 é explicada pelo fato de
algumas espécies não terem sido inventariadas. Outro fator que influenciou a queda
deste parâmetro foi a diminuição na densidade de Croton blanchetianus Baill.
Já em relação à Fazenda Pedro Cândido, também houve diminuição da
densidade absoluta no período de tempo considerado. Nos dois anos, as espécies
com maior densidade foram as mesmas (Croton blanchetianus e Aspidosperma
pyrifolium), de maneira que, elas também foram as mais importantes pelo valor de
importância (%). Entretanto, foi visto que o valor de importância (%) de Croton
blanchetianus diminui após dois anos e houve aumento deste parâmetro, ainda que
incipiente para Aspidosperma pyrifolium. Foi percebido aumento no valor de
importância para Combretum leprosum no decorrer do período (Tabela 18).
Apesar de, na área da Fazenda Pedro Cândido, o número de espécies ter
sido menor nos dois anos, ela conseguiu propiciar as maiores densidades totais
observadas, em função, principalmente, da grande concentração de Croton
blanchetianus.
62
Tabela 18 – Densidade absoluta (DA), densidade relativa (DR), Frequência absoluta
(FA), Frequência Relativa (FR) e valor de importância (VI) das espécies amostradas
na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte –
RN, nos anos de 2009 e 2011
Nome científico DA DR FA FR VI VI
(%) DA DR FA FR VI
VI (%)
ESEC FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
2009
A. pyrifolium 700 6,6 56,25 14,52 21,12 10,56 4875 27,74 93,75 29,41 57,15 28,57 C. leptophloeos 75 0,71 12,5 3,23 3,93 1,97 - - - - - -
C. leprosum 825 7,78 56,25 14,52 22,29 11,15 975 5,55 43,75 13,73 19,27 9,64 C. laxum 125 1,18 12,5 3,23 4,41 2,205 - - - - - -
E. pungens 2800 26,42 50 12,9 39,32 19,66 25 0,14 6,25 1,96 2,10 1,05 C. blanchetianus 4075 38,44 56,25 14,52 52,96 26,48 10975 62,45 87,5 27,45 89,89 44,95
J.mollissima 25 0,24 6,25 1,61 1,85 0,925 0,43 0,43 18,75 5,88 6,31 3,15 C. quercifolius 25 0,24 6,25 1,61 1,85 0,925 25 0,14 6,25 1,96 2,13 1,05 P. pyramidalis 1650 15,57 62,5 16,13 31,70 15,85 450 2,56 50 15,69 18,25 9,12 A. colubrina 125 1,18 31,25 8,06 9,24 4,62 - - - - - -
M.ophthalmocentra 125 1,18 25 6,45 7,63 3,815 - - - - - - M. tenuiflora 50 0,47 12,5 3,23 50 1,85 175 1 12,5 3,92 4,92 2,46
TOTAL 10600 100 387,5 100 300 100 17575 100 318,75 100 300 100
ESEC FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
2011
A.pyrifolium 775 8,27 56,25 15,52 23,78 11,90 4475 29,34 87,5 28,57 57,92 28,96 C. leptophloeos 100 1,07 12,5 3,45 4,51 2,26 - - - - - -
C. leprosum 825 8,8 56,25 15,52 24,32 12,16 1775 11,64 56,25 18,37 30,00 15,01 C. laxum 125 1,33 18,75 5,17 6,51 3,25 - - - - - -
E. pungens 2250 24 50 13,79 37,79 18,90 - - - - - - C.blanchetianus 3550 37,87 43,75 12,07 49,93 24,97 8425 55,25 87,5 28,57 83,82 41,91
J.mollissima 50 0,53 12,5 3,45 3,98 1,99 150 0,98 31,25 10,21 11,19 5,60 C. quercifolius - - - - - - 50 0,33 12,5 4,08 4,41 2,21 P.pyramidalis 1325 14,13 62,5 17,24 31,37 15,69 150 0,98 12,5 4,08 5,06 2,53
S. macranthera - - - - - - 50 0,33 6,25 2,04 2,37 1,19
A. colubrina 200 2,13 25 6,9 9,03 4,52 - - - - - -
M.ophthalmocentra 125 1,33 18,75 5,17 6,51 3,25 - - - - - - M. tenuiflora 50 0,53 6,25 1,72 2,26 1,13 175 1,15 12,5 4,08 5,23 2,62
TOTAL 9375 100 362,5 100 200 100 15250 100 306,25 100 200 100
Pereira et al. (2001) ao estudarem a regeneração natural em um fragmento de
Caatinga com diferentes níveis de perturbação no agreste paraibano, concluíram
que os níveis de perturbação antrópica afetaram diretamente o processo de
regeneração natural da vegetação. Estes autores revelam que a influência se traduz
de forma mais clara sobre a densidade, distribuição das espécies e na composição
florística, sendo possível apontar algumas espécies como indicadoras da
intensidade de perturbação, tendo como melhor exemplo Croton blanchetianus.
Apesar de na área da Fazenda terem sido encontrados os maiores valores
para densidade de plantas, o comportamento das áreas foi semelhante, pois em
ambos os anos houve concentração de uma grande densidade de indivíduos em um
pequeno número de espécies.
(Fonte – Lucena, 2014)
63
4.3.3 Classe de Altura de Regeneração
Na área da ESEC do Seridó, em ambos os anos, a maioria das espécies
apresentou maior densidade de indivíduos na segunda classe de regeneração, o
que equivaleu a 87,74 % em 2009 e 85,60 % em 2011. Em ambos os anos Croton
blanchetianus e Erythroxylum pungens foram as que apresentaram as maiores
densidades na segunda classe de regeneração.
Apesar de ter havido diminuição da densidade na segunda classe de
regeneração em 2011, houve incremento na densidade da primeira classe. Este
acontecimento foi motivado principalmente pelo aumento da densidade das espécies
Aspidosperma pyrifolium e Croton blanchetianus e da presença das espécies
Mimosa ophthalmocentra e Mimosa tenuiflora na primeira classe de regeneração.
No tocante à Fazenda Pedro Cândido, também foi observado que a maior
parte das espécies mostrou maior densidade de espécies para a classe II, as quais
corresponderam 78,80 % em 2009 e 80,98 % em 2011 da densidade total de
indivíduos regenerantes. Nos dois anos, as espécies Croton blanchetianus e
Aspidosperma pyrifolium mostraram maior densidade nas duas classes de altura.
Houve diminuição na densidade nas duas classes em ambos os anos. A
diferença percebida deveu-se ao fato de ter havido diminuição da densidade de
Aspidosperma pyrifolium, na classe I, do ano de 2009 para 2011, embora a
densidade tenha se mantido estável na classe II. Outro evento que contribuiu para a
diminuição foi a redução da densidade da espécie Croton blanchetianus em ambas
as classe nos dois anos considerados (Tabela 19).
A diminuição em ambas as áreas pode ter sido motivada pela baixa
precipitação do ano de 2010, de modo que neste ano não haviam condições
ambientais adequadas para germinação e existência de plântulas, provocando
redução na densidade de plântulas na segunda classe de altura no ano de 2011.
Desse modo é possível asseverar que as condições de umidade são, entre
outros fatores, fundamentais para o estabelecimento da regeneração da Caatinga do
Seridó.
É importante frisar também, que mesmo após o restabelecimento das
condições de umidade, na área da Fazenda Pedro Cândido, a densidade de plantas
na primeira na classe em 2011 foi menor em relação a 2009. As condições de uso
64
da área podem ter contribuído para esta redução, uma vez que na ESEC do Seridó,
houve aumento na densidade de plantas na primeira classe de altura.
Tabela 19 – Distribuição das espécies quanto às classes de regeneração natural
dos indivíduos amostrados nos anos de 2009 e 2011 na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN
Nome científico
ESEC FAZENDA
2009 2011 2009 2011
CR1 CR2 CR1 CR2 CR1 CR2 CR1 CR2
Aspidosperma pyrifolium 200 500 300 475 1075 3800 675 3800 Commiphora leptophloeos - 75 - 100 - - - -
Combretum laxum - 125 - 125 - - - - Combretum leprosum 325 500 175 650 550 425 850 925 Erythroxylum pungens 300 2500 200 2050 - 25 - -
Cnidoscolus quercifolius - 25 - 25 50 - Croton blanchetianus 350 3725 525 3025 1950 9025 1150 7275 Jatropha mollissima 25 - 25 25 75 - 100 50
Poincianella pyramidalis 100 1550 70 1250 50 400 25 125 Anadenanthera colubrina - 125 - 200 - - - - Mimosa ophthalmocentra - 125 25 100 - - - -
Mimosa tenuiflora - 50 25 25 25 150 25 150
TOTAL 1300 9300 1350 8025 3725 13850 2900 12350
No ano de 2009, na ESEC do Seridó, Croton blanchetianus, Erythroxylum
pungens e Poincianella pyramidalis foram as espécies que mais contribuíram para a
classe absoluta de tamanho, com 83,11 % do total obtido para a densidade. No ano
de 2011, estas mesmas espécies foram as mais importantes, as quais responderam
por 78,28 % do valor total observado para a classe absoluta de tamanho. Em
relação ao parâmetro regeneração natural relativa, foi visto que no ano de 2009, as
que forneceram os maiores valores para a regeneração natural na comunidade
foram, respectivamente: Croton blanchetianus, Erythroxylum pungens e Poincianella
pyramidalis. Em 2011, as mais importantes no que diz respeito a este parâmetro
foram, em termos decrescentes, Croton blanchetianus, Erythroxylum pungens e
Poincianella pyramidalis, as quais responderam por 65,79 % do valor obtido.
Já na área de Fazenda Pedro Cândido, no ano de 2009, as espécies mais
importantes para a classe absoluta de tamanho foram, Croton blanchetianus e
Aspidosperma pyrifolium, de maneira que elas propiciaram 91,83 % do valor de
densidade obtida. No ano de 2011, estas duas espécies novamente se mostraram
como as principais para o parâmetro em questão. No que diz respeito à regeneração
CR1: indivíduos de 0,5 a 1,0m e CAP≤ 6,0cm; CR2 com altura acima de 1,0m e com CAP até 6,0cm.
(Fonte – Lucena, 2014)
65
natural relativa, em 2009 e 2011, Croton blanchetianus foi a mais importante para a
regeneração na área da Fazenda Pedro Cândido, respondendo por mais da metade
do valor encontrado no ano de 2011. Em ambos os anos também foi relevante a
participação relativa de Aspidosperma pyrifolium (Tabela 20).
Tabela 20 – Distribuição da regeneração por meio da densidade (N.ha-1), na Classe
absoluta (CAT) e Classe Relativa de tamanho (CRT) e Regeneração Natural
Relativa (RNR) das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro
Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN, para os anos 2009 e 2011
Nome Científico CAT CRT RNR CAT CRT RNR
ESEC FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
2009
A. pyrifolium 463,21 5,57 8,90 3222,44 27,53 28,23 C. leptophloeos 65,80 0,79 1,58 - - -
C. leprosum 109,67 1,32 9,35 451,49 3,86 7,71 C. laxum 478,54 5,75 1,91 - - -
E. pungens 2230,19 26,81 22,04 19,70 0,17 0,76 C. blanchetianus 3311,08 39,80 30,92 7525,46 64,30 51,40
J.mollissima 3,07 0,04 0,63 15,90 0,14 2,15 C. quercifolius 21,93 0,26 0,70 19,70 0,17 0,76 P. pyramidalis 1372,17 16,49 16,06 325,82 2,78 7,01 A. colubrina 109,67 1,32 3,52 - - -
M. ophthalmocentra 109,67 1,32 2,98 - - - M. tenuiflora 43,87 0,53 1,41 123,51 1,06 1,99
TOTAL 8318,87 100,00 100,00 11704,02 100,00 100,00
2011
A.pyrifolium 449,80 6,37 10,05 3205,74 30,38 29,43 C. leptophloeos 85,60 1,21 1,91 - - -
C. leprosum 581,60 8,23 8,61 910,74 8,63 12,88 C. laxum 107,00 1,51 4,91 - - -
E. pungens 1783,60 25,25 21,01 - - - C.blanchetianus 2665,00 37,73 29,22 6110,25 57,90 47,24
J.mollissima 25,00 0,35 1,44 59,51 0,56 3,92 C. quercifolius - - - 9,51 0,09 1,50 P.pyramidalis 1080,80 15,30 15,56 25,00 0,24 1,77
S. macranthera - - - 105,98 1,00 1,12 A. colubrina 171,20 2,42 3,82 - - -
M.ophthalmocentra 89,20 1,26 2,59 - - - M. tenuiflora 25,00 0,35 0,87 126,23 1,20 2,14
TOTAL 7063,80 100,00 100,00 10552,95 100,00 100,00
Apesar de haver participação de outras espécies na regeneração natural
relativa, em ambas as áreas no ano de 2011, destacou-se a espécie Croton
blanchetianus, o que nos permite inferir que o uso empregado nas áreas não
interfere no comportamento da regeneração desta espécie.
(Fonte – Lucena, 2014)
66
Entretanto, as espécies que ocuparam a segunda e terceira posições, em
termos percentuais na participação na regeneração natural relativa, na área da
ESEC do Seridó, nos anos de 2009 e 2011 não foram as mesmas observadas na
Fazenda Pedro Cândido, o que mostra que os diferentes usos promoveram
alteração sobre o comportamento da regeneração de algumas espécies.
Barbosa (2012), estudando a regeneração florestal de um fragmento de
Caatinga hipoxerófila, no município de Arcoverde-PE, que se encontra sem corte
raso ou queimada há 50 anos, mas com pastoreio semiextensivo, observou que a
ação do pastejo sobre a vegetação, pode estar comprometendo o estabelecimento
das outras espécies nas classes de regeneração natural, pelo fato de Croton
blanchetianus dominar a regeneração natural. Ele destaca que a referida espécie é
tolerante a ambientes perturbados e não é palatável ao gado, provavelmente
apresentando números superiores, quando comparada com as demais espécies,
nas classes de tamanho da regeneração natural.
4.3.4 Classe de origem de regeneração
Na área da ESEC do Seridó, no ano de 2009, 91,51 % do total observado
para a densidade foi proveniente de indivíduos que se originaram de sementes. Seis
espécies se regeneraram exclusivamente a partir de sementes, enquanto que
Cnidoscolus quercifolius originou-se unicamente a partir de cepas. No ano de 2011,
a regeneração por sementes foi responsável por 77,87 % do valor total obtido para a
densidade. Seis espécies originaram-se prioritariamente por meio de sementes
(Tabela 21).
Por sua vez, na Fazenda Pedro Cândido, no ano de 2009, a regeneração por
sementes correspondeu a 84,49 % do total observado para a densidade. Cinco
espécies foram oriundas somente a partir de sementes. Nesta mesma área, no ano
de 2011, foi observado que um total 66,72 % da densidade era proveniente da
regeneração a partir de cepas, apesar de três espécies terem brotado a partir de
sementes. Um total de 98,03 % da densidade observada para a regeneração por
cepas foi propiciado por apenas três espécies.
67
Tabela 21 – Distribuição quanto à origem da regeneração, por meio da densidade
(N.ha-1), das espécies amostradas na ESEC do Seridó e Fazenda Pedro Cândido,
Município de Serra Negra do Norte – RN, para os anos 2009 e 2011
Nome científico
ESEC FAZENDA PEDRO CÂNDIDO
2009 2011 2009 2011
RS RT RS RT RS RT RS RT
Aspidosperma pyrifolium 500 200 475 300 3050 1825 1175 3300 Commiphora leptophloeos 75 - 100 - - - - -
Combretum laxum 125 - 125 - - - - - Combretum leprosum 675 150 550 275 975 - 150 1625 Erythroxylum pungens 2750 50 1650 600 25 - - -
Cnidoscolus quercifolius - 25 - - 25 - 50 - Croton blanchetianus 3675 400 2700 850 10125 850 3375 5050 Jatropha mollissima 25 - 50 - 75 - 150 -
Poincianella pyramidalis 1575 75 1275 50 400 50 125 25 Senna macranthera - - - - - - 50 -
Anadenanthera colubrina 125 - 200 - - - - - Mimosa ophthalmocentra 125 - 125 - - - - -
Mimosa tenuiflora 50 - 50 - 175 - - 175
TOTAL 9700 900 7300 2075 14850 2725 5075 10175
Quando se comparam os valores da densidade de regeneração a partir de
cepas, na área da Fazenda, entre os anos de 2009 e 2011, pode-se inferir que
diante de novas intervenções sobre a vegetação da área de estudo, a brotação a
partir de cepas é a estratégia de regeneração predominante. Os motivos para este
fato podem ser alterações no banco de sementes do solo, a eliminação de árvores
matrizes, além de ausência de animais que promovem a dispersão.
4.3.5 Intervenções Silviculturais
Em ambos os anos não foi constatado efeito de tratamentos sobre a
densidade absoluta, Índice de Shannon e Equabilidade de Pielou. Etretanto, no ano
de 2009, houve efeito de blocos sobre os parâmetros considerados, em que a
Fazenda Pedro Cândido propiciou o maior valor para a densidade e a ESEC do
Seridó forneceu os maiores valores para o Índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou. Por outro lado no ano de 2011, foi observado efeito de bloco somente para o
parâmetro densidade de plantas, em que a Fazenda Pedro Cândido promoveu o
maior valor (Tabela 22).
RS: Regeneração por sementes; RT: regeneração a partir de cepas
(Fonte – Lucena, 2014)
68
Tabela 22 – Médias da densidade absoluta, Índice de Shannon e Equabilidade de
Pielou referentes aos tratamentos e aos blocos na ESEC do Seridó e Fazenda
Pedro Cândido, Município de Serra Negra do Norte – RN, para os anos 2009 e 2011
Tratamentos
Parâmetros Avaliados
Densidade Absoluta
Índice de Shannon Equabilidade de
Pielou
2009
CR* 15400,00 a 0,79375 a 0.58000 a CS* 9900,00 a 0,89125 a 0.68125 a
CRQ* 11650,00 a 0,72250 a 0.63375 a CRDQ* 19400,00 a 0,68250 a 0.59875 a
Blocos
ESEC** 10600,00 b 0,96438 a 0,73438 a FAZENDA PEDRO CÂNDIDO** 17575,00 a 0,58063 b 0,51250 b
2011
CR* 12800,00 a 0,81500 a 0,64250 a CS* 10350,00 a 0,88875 a 0,61125 a
CRQ* 12400,00 a 0,69250 a 0,67750 a CRDQ* 13700,00 a 0,69250 a 0,67500 a
Blocos
ESEC** 9375,00 b 0,90750 a 0,73438 a FAZENDA PEDRO CÂNDIDO** 15250,00 a 0,63688 a 0,57375 a
Tendo em vista que as quatro modalidades de intervenção (cortes) foram
aplicadas em ambas as áreas no ano de 1987, pode-se averiguar que 22 e 24 anos
após as intervenções, não há influência dos tratamentos sobre a densidade de
plantas, Índices de diversidade de Shannon e Pielou. Nos anos de 2009 e 2011 foi
visto que houve efeito de bloco sobre a densidade de plantas na regeneração,
porém o mesmo comportamento não foi visto para a diversidade (H’ e J), uma vez
que, no ano de 2011 ambas as áreas propiciaram semelhança estatística quanto aos
índices de diversidade considerados.
Lopes (2011), em estudo realizado na estação Experimental da Empresa
Pernambucana de Pesquisa Agropecuária, em vegetação de caatinga, com
fisionomia arbustivo-arbórea e clima Bsh, especificamente em área de mata nativa,
preservada há pelo menos 50 anos, sem acesso de gado bovino e em uma área que
sofreu corte manual em 1994 para o cultivo de Opuntia ficus-indica Mill (palma
*Médias, nas colunas, seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de
Tukey ao nível de 5% de significância.
** Significativo ao nível de 5% de probabilidade (0,01 =< p <0,05) pelo teste de F.
CR = Corte raso de toda vegetação sem a realização de destoca e sem queima dos galhos restantes;
CS = corte seletivo, no qual foram retiradas as árvores que apresentam diâmetro na base maior que
8,0 cm; CRQ = corte de toda vegetação com queima da galhada restante, porém se destoca; CRDQ
= corte raso de toda vegetação com destoca e queima da galhada restante.
(Fonte – Lucena, 2014)
69
gigante) e que vem se regenerando desde então, encontrou diferença significativa
quanto ao índice Shannon e a densidade total, da mata em relação ao campo em
regeneração. A autora afirma que a densidade de indivíduos mostrou-se
positivamente relacionada à precipitação, com diferença significativa (t = 3,74 p<
0,01).
Araújo e Silva (2010), comparando qualitativa e quantitativamente a
regeneração da vegetação nativa na ESEC do Seridó e na Fazenda Pedro Cândido,
asseveram que o comportamento do crescimento foi semelhante para todas as
variáveis analisadas, o que sugere que a dinâmica do crescimento foi igual para
todos os tratamentos e em ambas as áreas. Quanto à densidade de indivíduos,
quinze anos após a aplicação dos tratamentos, foi constatado que, na ESEC do
Seridó, a recuperação da densidade variou entre 122% e 258% do valor inicial
(comparando médias de tratamentos). No que diz respeito à Fazenda Pedro
Cândido, a recuperação da densidade variou entre 98% e 280% (comparando
médias de tratamentos). É importante frisar que a recuperação do estoque foi mais
eficiente na Fazenda Pedro Cândido. Eles ainda afirmam que apesar de o número
de espécies ter aumentado em ambas as áreas, a grande proporção de indivíduos
das espécies mais abundantes contribuiu para a redução da diversidade avaliada
pelo Índice de Shannon, quinze anos após a aplicação dos tratamentos.
Pareyn et al., (2010) em estudo realizado em área de Caatinga arbustiva
arbórea, caracterizada pelo pastoreio extensivo de gado bovino, na região do
Agreste Potiguar, avaliando a eficiência do corte raso e quatro diferentes
modalidades de corte seletivo, constataram que independentemente do tipo de
corte, da presença de matrizes e do número de árvores residuais, a densidade foi
recuperada 11 anos após a intervenção, a qual chegou a ultrapassar a densidade
inicial, sendo similar para todos os tratamentos. Já em relação à diversidade
florestal, estes autores observaram um aumento no número de espécies 11 anos
após os cortes. Eles concluíram que, 11 anos após a intervenção, o crescimento da
caatinga se mostrou independente da prática ou tipo de corte aplicado.
A partir das informações obtidas por este estudo, pode-se afirmar que 24
anos após as intervenções, na área da Fazenda Pedro Cândido, onde há o
pastoreio, observou-se maior densidade de indivíduos regenerantes quando
comparada com a ESEC do Seridó, sem, contudo, influenciar negativamente de
forma significativa a diversidade florística.
70
É importante lembrar também que não foi estudada a intensidade do
pastoreio bovino na área da Fazenda, sendo necessário, em estudos posteriores,
considerar esta variável, para poder fornecer melhor confiabilidade quanto à
afirmação de que o pastoreio interfere na regeneração em áreas de Caatinga
hiperxerófila.
71
5 CONCLUSÕES
As famílias mais representativas tanto na ESEC do Seridó quanto na Fazenda
Pedro Cândido foram Euphorbiaceae e Fabaceae Mimosoideae.
A similaridade entre as áreas diminuiu no decorrer do período considerado.
O padrão de distribuição espacial agrupamento é predominante na
regeneração natural. Porém, no ano de 2009 foi visto que os diferentes usos das
áreas interferiram quanto à distribuição espacial de algumas espécies.
A área com pastoreio, situada na Fazenda Pedro Cândido, apresentou maior
densidade absoluta de indivíduos, sendo superior a ESEC do Seridó nos anos
estudados.
A germinação de sementes foi a principal fonte de regeneração na ESEC do
Seridó, nos anos de 2009 e 2011, e na Fazenda Pedro Cândido no ano de 2009. No
ano de 2011, nesta área, a brotação por cepas foi predominante.
Na área da ESEC do Seridó, no ano de 2009, a espécie mais importante para
a regeneração foi Erythroxylum pungens. Croton blanchetianus foi a mais importante
na ESEC do Seridó em 2011 e na Fazenda Pedro Cândido nos dois anos avaliados.
Em ambos os anos estudados verificou-se que não houve influência dos
tratamentos (cortes) sobre a densidade e a diversidade florística da regeneração.
No ano de 2009 foi constatado efeito de bloco em relação aos parâmetros
considerados. A maior densidade foi observada para a área da Fazenda Pedro
Cândido e os maiores valores para os índices de diversidade na ESEC do Seridó.
No ano de 2011 foi verificado efeito de bloco sobre a densidade, onde o maior
valor foi observado para a área da Fazenda Pedro Cândido, sendo que para os
índices de diversidade não houve diferença significativa entre as áreas.
É necessário, em estudos posteriores, avaliar qual o regime de pastoreio é
adequado para ser praticado na Caatinga.
72
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