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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS DE PATOS PB ADÃO BATISTA DE ARAÚJO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS EM UMA ÁREA PRESERVADA NA FAZENDA VERDES PASTOS, SÃO MAMEDE PB PATOS PARAÍBA BRASIL 2017

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

    CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE

    ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS DE PATOS – PB

    ADÃO BATISTA DE ARAÚJO

    FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS

    EM UMA ÁREA PRESERVADA NA FAZENDA VERDES PASTOS, SÃO

    MAMEDE – PB

    PATOS – PARAÍBA – BRASIL 2017

  • ADÃO BATISTA DE ARAUJO

    FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE ESPÉCIES ARBÓREAS E

    ARBUSTIVAS EM UMA ÁREA PRESERVADA NA FAZENDA VERDES

    PASTOS, SÃO MAMEDE – PB

    Monografia apresentada à Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos-PB, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Engenheiro Florestal.

    Orientadora: Profa. Dra. Assíria Maria Ferreira da Nobrega

    PATOS – PARAÍBA – BRASIL

    2017

  • FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR

    A658f

    Araújo, Adão Batista de

    Florística e fitossociologia de espécies arbóreas e arbustiva em uma área preservada na Fazenda Verdes Pastos, São Mamede – PB / Adão

    Batista de Araújo. – Patos, 2017.

    41f.: il.; Color. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Florestal) –

    Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2017.

    “Orientação: Profa. Dra. Assíria Maria Ferreira da Nóbrega”.

    Referências.

    1. Caatinga. 2. Composição florística. 3. Diversidade. I. Título.

    CDU 528.4

  • ADÃO BATISTA DE ARAUJO

    FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE ESPÉCIES ARBÓREAS E

    ARBUSTIVAS EM UMA ÁREA PRESERVADA NA FAZENDA VERDES

    PASTOS, SÃO MAMEDE – PB

    Monografia apresentada à Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos-PB, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Engenheiro Florestal.

    APROVADO em: 14/02/2017

    BANCA EXAMINADORA

    Prof.ª Dra. Assíria Maria Ferreira da Nobrega (UAEF/UFCG)

    Orientadora

    Prof.ª Dr. Francisco das Chagas Vieira Sales (UAEF/UFCG)

    1º Examinador

    Prof. Dr. Lucio Valério Coutinho de Araújo (UAEF/UFCG)

    2º Examinador

  • Dedico aos meus pais, por todo amor e incentivo durante toda essa minha jornada acadêmica. Aos meus irmãos, pelo apoio que sempre me deram, mesmo distantes.

  • AGRADECIMENTOS

    Primeiramente, agradeço a Deus, porque ele é o dono de tudo, por me

    proporcionar chegar até aqui, sempre me guiando pelos melhores caminhos durante

    todos os dias da minha vida.

    Aos meus pais, Pedro e Edna, pelo apoio incondicional, incentivo, amor e

    ensinamentos de humildade, respeito, dignidade e principalmente de honestidade,

    ensinamentos esses que foram essenciais para minha formação e que contribuíram

    para ser esta pessoa de hoje.

    Aos meus irmãos João e Pedro, pela amizade, companheirismo. Ter um

    irmão é ter, para sempre, uma infância lembrada com segurança em outro coração.

    Amor de irmão nunca acaba a gente pode brigar, discutir, se bater, mas não tem

    como deixar de amar.

    Aos meus Padrinhos e avós maternos, Luiz e Patrocino que sempre estiveram

    juntos a mim nesta caminhada até aqui, sempre fazendo o papel de segundos pais.

    Aos meus avós paternos João e Nazinha, e minha avó materna, Digna (in

    memoriam), breve ou nenhum foi o contato com esses, mas sempre tive o

    sentimento de presença e às vezes até de lembranças, por histórias ouvidas, e pela

    formação de caráter das pessoas a minha volta.

    Aos meus tios, Corina, Evaldo, Evandro, Eva, Carlos, Rose, Vandinho (in

    memoriam), Terezinha (in memoriam) e primos, Carlinhos, Karol, Daliane, Luiz Neto

    e Ana Luiza e todos que sempre torceram pelo meu sucesso. Em especial, tio Lula

    (in memoriam) um amigo, um conselheiro e um incentivador lá no início da

    caminhada. As pessoas não morrem, elas só vêm morar nos nossos corações.

    À minha orientadora Dra. Assíria Maria Ferreira da Nobrega, por toda

    confiança e oportunidade concedida para realização deste trabalho, por me permitir

    usufruir de sua colaboração, talento, apoio e amizade.

    Aos meus colegas de curso, Arthur, Amanda Lira, Amélia, Anderlon, Andreia, Clícia,

    Fabio Rodrigues, Fagner, Felipe Gomes, Felipe Silva, Francisco, Gutemberg, Helton, Iara,

    Yasmim, Jaqueline Rocha, Jakellyne, Jefferson, Josy, Luan, Matthaus, Rita, Roberta,

    Samara, Valdirene, Vinicius, Walleska Medeiros e Whenderson, que contribuíram de

    maneira significativa para que eu pudesse realizar este meu sonho.

    Em especial, a Adriel, Junior França, Lenildo, Ramon, por toda amizade e

    cumplicidade, sem os quais este trabalho jamais teria sido construído.

    Ao Pastor John Philip Medcraft, proprietário da Fazenda Verdes Pastos, pela

  • concessão da área para o desenvolvimento desta pesquisa.

    A Manoel pela disponibilidade do software para a tabulação dos dados.

    Ao amigo Fabio Junho, uma pessoa simples, mas de grande coração e um

    novo irmão que ganhei aqui no sertão, agradeço por toda amizade, cumplicidade,

    apoio e conversas jogadas fora.

    A Josias, Josueldo e Rennam, pessoas com uma sabedoria e inteligência

    incondicional e acima de tudo, detentores de uma simplicidade incrível, dons dos

    quais contribuirão significativamente para minha formação acadêmica.

    A todos que dentro ou fora da Universidade sempre estiveram comigo, “quem

    foi que disse que pra está junto tem que estar perto?”, agradeço a vocês: Adriele

    Cassimiro, Anderson Leandro, Anderson Douglas, Amanda Firmino, Arthur Vinicius,

    Bella Lima, Crislane Louise, Edna Dias, Edja Suennia, Eliene Araujo, Gal Barbosa,

    Geanne Vitorio, Gerlaine Medeiros, Germano Medeiros, Givianny Ribeiro, Neto

    Vieira, Renata Silveira, Riquele Nascimento, Maria Luana, Mayara Cândido, Michel

    Ramon, Michelle Dionízio, Melissa Costa, Ronny Dhayson, Salete Freire, Sebastian,

    Tatiane Souza, Wesley Rodrigues.

    Aos professores: Antônio Amador, Carlos Lima, Diércules, Éder, Elizabeth,

    Elenildo, Gilvan, Jacob, João Batista, Izaque, Joedla, Josuel, Leandro Calegari,

    Lúcio, Lucineudo, Maria do Carmo, Naelza, Olaf, Paulo, Ricardo, Rivaldo, Rosileudo

    e Valdir, por todo aprendizado concedido, como também por todo incentivo e

    amizade. Em especial às professoras Ivonete, Alana Candeia, Patrícia Carneiro e

    Maria das Graças com quem tive a oportunidade de ter uma convivência maior.

    Agradeço por todo ensinamento e incentivo, pelas oportunidades concebidas e

    confiadas.

    Aos secretários da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, Paulo,

    Ednalva e Ivanice por todo o carinho e atenção.

    Enfim, agradeço a todos que, de maneira direta ou indireta, participaram dessa

    caminhada e que estiveram ao meu lado nos momentos de alegrias e tristezas

  • Aprenda a tirar proveito das plantas da Caatinga como a Maniçoba, a Favela e a

    Jurema, elas podem ajudar você a conviver com a seca. (Padre Cícero - 1844/1934)

  • ARAÚJO, Adão Batista de. Florística e fitossociologia de espécies arbóreas e arbustivas em uma área preservada na Fazenda Verdes Pastos, São Mamede – PB. 2017. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) - Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Patos - PB, 2017. 41 p.

    RESUMO

    O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em biodiversidade, possui biomas com imensa diversidade biológica. Dentre os seus biomas, a Caatinga é o único exclusivamente brasileiro. O potencial econômico dessa vegetação tem como protagonismo, a exploração extrativista dos recursos madeireiros. A utilização desenfreada desses recursos florestais tem provocado grande preocupação, devido ao alto nível de degradação que a Caatinga vem apresentando. Assim, esta pesquisa objetivou estudar a composição florística e fitossociológica em uma área preservada, para conhecer a diversidade e riqueza florística da vegetação para a formação de uma base de informações que permitirá avaliar a dinâmica da comunidade florestal. A pesquisa foi desenvolvida na Fazenda Verdes Pastos, São Mamede, PB. A amostragem dos indivíduos arbóreo e arbustivo foi realizada em 7 ha, sendo demarcadas 20 parcelas de 20 m x 20 m (400 m²) distribuídas sistematicamente, alocadas através de GPS. Os indivíduos vivos ou mortos ainda em pé, foram mensurados o CAP (1,30 m de altura) ≥ 6 cm e altura total da árvore, além de determinado o nome regional. Foram amostrados 1.802 indivíduos, distribuídos em 11 famílias botânicas, 14 gêneros e 15 espécies. Euforbiacea e Fabaceae foram as mais representativas em riqueza florística, com seis espécies e três espécies. As espécies mais importantes na fitocenose foram Mimosa tenuiflora e Aspidosperma pyrifolium. O índice de diversidade de Shannon- Weaver (H’) foi de1,41 nats.ind-1, isso demostra que a área apresenta baixa diversidade florística.

    Palavras-chave: Caatinga. Composição florística. Diversidade.

  • ARAÚJO, Adão Batista de. Florística e fitossociologia de espécies arbóreas e arbustivas em uma área preservada na Fazenda Verdes Pastos, São Mamede – PB. 2017. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) - Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Patos - PB, 2017. 41 p.

    ABSTRACT

    Brazil is one of the richest countries in the world in biodiversity, it has biomes with great biological diversity. Among its biomes, Caatinga is the only one exclusively Brazilian. The economic potential of this vegetation is the exploitation of extractive timber resources. The unrestrained use of these forest resources has caused great concern, due to the high level of degradation that the Caatinga has been presenting. So, this research aimed to study the floristic and phytosociological composition in a preserved area, to know the diversity and floristic richness of the vegetation to the formation of an information base that will allow us to evaluate the dynamics of the forest community. The research was developed at Fazenda Verdes Pastos, São Mamede, PB. Sampling of trees and shrubs was carried out in 7 ha, with 20 parcels of 20m x 20m (400 m²) distributed systematically allocated through GPS. The individuals living or dead were still standing, the CAP (1.30 m height) ≥ 6 cm and total height of the tree were measured, in addition to the regional name. There were 1,802 individuals sampled, distributed in 11 botanical families, 14 genera and 15 species. Euforbiacea and Fabaceae were the most representative in floristic richness, with six species and three species. The most important species in phytochenosis were Mimosa tenuiflora and Aspidosperma pyrifolium. The diversity index of Shannon-Weaver (H ') was 1.41 nats.ind-1, this shows that the area presents low floristic diversity.

    Keywords: Caatinga. Floristic composition. Diversity.

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

    2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12

    2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 12

    2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 12

    3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 13

    3.1 Bioma Caatinga ................................................................................................ 13

    3.2 Degradação do Bioma Caatinga ...................................................................... 14

    3.3 Florística e Fitossociologia ............................................................................... 15

    4 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 17

    4.1 Caracterização da Área de Estudo .................................................................. 17

    4.2 Amostragem e Coleta de Dados ...................................................................... 19

    4.2.1 Inventário Florestal ........................................................................................ 19

    4.3 Análise dos Dados ........................................................................................... 19

    4.3.1 Diversidade Florística .................................................................................... 21

    5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 23

    5.1 Suficiência amostral ......................................................................................... 23

    5.2 Composição Florística ...................................................................................... 23

    5.3 Índice de Diversidade de Espécie .................................................................... 27

    5.3.1 Índice de Shannon-Wiener (H’) ..................................................................... 27

    5.3.2 Equabilidade de Pielou (J) ............................................................................ 27

    5.4 Estrutura Horizontal ......................................................................................... 28

    5.5 Estrutura Vertical .............................................................................................. 31

    5.5.1 Classe de Altura ............................................................................................ 31

    5.5.2 Classes de Diâmetro ..................................................................................... 32

    6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 33

    REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34

  • 10

    1 INTRODUÇÃO

    O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em biodiversidade, possui

    biomas com imensa diversidade biológica, com fauna e flora às vezes raras e

    exclusivas. Dentre os seus biomas, a Caatinga é o único exclusivamente brasileiro,

    e é o principal da região Nordeste. Essa região apresenta os menores índices

    pluviométricos do país e temperatura média anual elevada, mesmo nessas

    condições, a Caatinga consegue sobreviver, por possuir características adaptativas

    às condições de secas prolongadas.

    A vegetação desse bioma é caracterizada como xerófila, onde algumas

    espécies apresentam espinhos e acúleos, os fustes, em parte, são bifurcados. No

    estrato, são encontrados herbáceas sazonais, arbustos, cactos e árvores de

    pequeno porte. O potencial econômico dessa vegetação tem como protagonismo, a

    exploração extrativista dos recursos madeireiros, a exemplo do suprimento de lenha

    para produção de energia, madeira para construções, serrarias e cercas, como

    também a abertura de pastos para criação de animais.

    A exploração inadequada desses recursos florestais tem gerado um alerta

    preocupante, devido ao alto nível de degradação que a Caatinga vem apresentando.

    Nessa região, em decorrência das condições climáticas apresentadas, esses sinais

    são facilmente encontrados, nas áreas mais críticas, em que já é possível verificar

    indícios do processo de desertificação. Nesse contexto, devido à exploração de

    espécies arbóreas, principalmente para fins energéticos (carvão e lenha), a

    recuperação e preservação desde ecossistema se faz necessário.

    Como alternativa econômica, e para reduzir a exploração das espécies

    nativas, na década de 1970 foram introduzidas espécies exóticas Prosopis juliflora

    (Algaroba) e Leucaena leucocephala (Leucena), para atender à demanda de

    madeira e forragem na região de Caatinga. Essas espécies encontraram condições

    especiais, rápido crescimento e alta produção de sementes. A falta de manejo

    florestal das espécies contribui para alteração da estrutura da comunidade, inibição

    da regeneração de espécies nativas e redução da composição florística, devido

    processos alopáticos.

    Essa situação vem sendo demonstrada nos diversos levantamentos

    fitossociológicos realizados na Caatinga, como o de Guedes et al., (2012), Bulhões

    et al., (2015) e Medeiros et al., (2016), onde demonstraram que a composição

  • 11

    florística é dominada por poucas espécies da vegetação nativa: como Mimosa

    tenuiflora, Cnidoscolus quercifolius e Poincianella pyramidalis.

    Para minimizar essa situação, estudos são necessários para se conhecer a

    composição florística, a diversidade, presença ou ausência de espécies que

    ocorrem na sua área natural, são informações relevantes e cruciais para serem

    utilizadas em áreas degradadas, bem como manejar fragmentos ainda existentes

    de forma sustentável.

    Segundo o MMA, 2012, diante da problemática da degradação ambiental na

    caatinga, a criação e manutenção de áreas de preservação existentes, se fazem

    necessárias, objetivando a proteção do solo, corpos d'água, a função ecológica de

    refúgio para a fauna e de corredores ecológicos que facilitam o fluxo gênico de

    fauna e flora.

    Dentro desse contexto, a Fazenda Verdes Pastos, por possuir uma área

    preservada de relevância para a região, por abrigar uma variedade de espécies

    vegetais e animais importantes, e também por ser utilizada para soltura de animais

    apreendidos pelo IBAMA, estudos dessa natureza se fazem necessários.

  • 12

    2 OBJETIVOS

    2.1 Objetivo Geral

    Realizar um levantamento da composição florística e fitossociológica em uma área

    preservada na fazenda Verdes Pastos, São Mamede – PB, a fim de contribuir para a

    construção de um conhecimento sobre a vegetação existente e subsidiar com

    informações para o manejo e recuperação da área de estudo.

    2.2 Objetivos Específicos

    - Conhecer e identificar as espécies arbóreas-arbustivas na área em pesquisa;

    - Determinar os índices de diversidade florística da Reserva;

    - Criar uma base de dados de informações para futuras pesquisas.

  • 13

    3 REVISÃO DE LITERATURA

    3.1 Bioma Caatinga

    A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupa uma área de

    cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11 % do território nacional.

    Está presente nos estados de: Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte,

    Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Rico em

    biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de

    répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas. Cerca de 27

    milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos

    do bioma para sobreviver (MMA, 2013).

    O Nordeste brasileiro possui uma cobertura vegetal de caatinga de

    aproximadamente 800.000 km2, o que corresponde a 70 % da região. No que diz

    respeito aos recursos hídricos, aproximadamente 50 % das terras recobertas com a

    caatinga são de origem sedimentar, ricas em águas subterrâneas. Os rios, em sua

    maioria, são intermitentes e os volume de água, em geral, é limitado, sendo

    insuficiente para a irrigação. A altitude da região varia de 0- 600 m. A temperatura

    varia de 24 a 28 °C (DRUMOND et al., 2000). As precipitações pluviométricas são

    inferiores a 800 mm ao ano e concentram-se durante três a cincos meses, sendo

    irregularmente distribuídas no tempo e no espaço (LIMA et al., 2011).

    A vegetação predominante dessa região é caracterizada de Caatinga,

    formada de árvores e arbustos baixos com algumas características xerofíticas

    (PRADO, 2003). Apresenta alta temperatura e evapotranspiração, porém, baixa

    umidade relativa, e as precipitações são irregulares. As espécies são na maioria

    caducifólia, tortuosa, espinhenta e com folhas pequenas ou modificadas em

    espinhos, para reduzir a evapotranspiração.

    A exploração inadequada da Caatinga contribui para o desaparecimento de

    espécies valiosas, como as espécies Amburana cearenses, Myracodruon urundeuva

    e Schinopsis brasiliensis, que são citadas na lista do Ministério do meio Ambiente

    como ameaçadas de extinção. Essa ação contribui para a perda da biodiversidade.

    A vegetação desempenha uma função relevante no ecossistema, como proteção do

    solo, ciclagem dos nutrientes, na manutenção e/ou melhoria dos atributos físicos,

    químicos e biológicos do solo, manutenção dos mananciais, além de oferecer

  • 14

    alimento para a fauna. A sua ausência provoca o processo de erosão, reduzindo a

    fertilidade do solo e armazenamento de água. Como consequência, o clima da

    região se torna cada vez mais seco e, ao longo dos anos, a região da Caatinga

    poderá se transformar em um deserto (EMBRAPA, 2007).

    Esse bioma é um dos mais explorados e degradados do mundo, em virtude

    do uso intensivo pela atividade agrícola, extração de madeira e pecuária extensiva.

    A ação antrópica nessa vegetação com fins econômicos varia conforme a

    disponibilidade dos recursos naturais presentes. Esse uso desordenado contribui

    para processos de degradação e desertificação (EMBRAPA, 2007).

    Nesse contexto, estudos sobre essa biodiversidade se torna relevante a fim

    de conhecer as potencialidades das espécies para garantir a sua sobrevivência e

    uso sustentável desses recursos.

    3.2 Degradação do Bioma Caatinga

    O homem sempre interferiu no meio ambiente onde vive para extrair os

    recursos naturais necessários à sua sobrevivência, mas com o passar do tempo

    essa necessidade cresceu muito, principalmente com o surgimento da atividade

    econômica, onde ele deixou de retirar o necessário para extrair em larga escala,

    muitas vezes danificado o meio. Na caatinga não foi diferente, pois nas últimas

    décadas ocorreu um grande crescimento populacional, o que acarretou constantes

    modificações na área de domínio desse bioma. As principais alterações ambientais

    presentes nesse local são decorrentes das atividades realizadas pelo homem

    (ALVES, 2009).

    No Bioma Caatinga, o sertanejo tem a sua disposição uma variedade muito

    grande de plantas e de animais, os quais são utilizados por ele, como por exemplo,

    alimentos, remédios, forrageiras e fontes de madeira e de energia. Porém, esses

    recursos estão sendo explorados de forma inadequada, o que tem provocado o

    desaparecimento de muitas espécies. Por isso, é necessária a preocupação em

    preservar a Caatinga. Utilizar os recursos que ela oferece, sem destruí-la.

    Como todo o meio ambiente no planeta, a Caatinga tem sido bastante

    modificada pelo homem ao longo de sua ocupação. Os longos períodos de seca que

    frequentemente atingem o Sertão têm agravado os problemas ambientais da região.

    As características climáticas, associadas à ação humana, tornam ainda mais frágil o

  • 15

    equilíbrio ecológico, com implicações negativas para os recursos ambientais e,

    consequentemente, para a qualidade de vida dos habitantes. Desmatamento,

    extrativismo, agricultura, pecuária, mineração e construção de barragens estão entre

    as principais atividades que causam danos à Caatinga (EMBRAPA, 2007).

    A área de Caatinga desmatada entre os anos 2002 e 2009 corresponde a

    18.497 km2. Área equivalente a aproximadamente 84 % de todo o território do

    Estado de Sergipe. O mesmo relatório evidencia que, no mesmo período, a Paraíba

    perdeu o equivalente a 1.104,89 km2 de Caatinga (MMA/IBAMA, 2011).

    Nessa região, a degradação ambiental ocorre devido à exploração de lenha

    para fins energéticos, atividades agrícolas, e pastejo. Segundo Silva (2016),

    anualmente cerca de 20 mil hectares de lenhas são retirados das matas paraibanas

    por meio de exploração a cada ano.

    Na Paraíba, principalmente na sua região semiárida, é visível a vasta

    degradação dos recursos florestais, fato esse que, aliado à vulnerabilidade de

    algumas áreas, vem transformando a região em um aglomerado de áreas

    degradadas, expandindo, dessa forma, os chamados núcleos de desertificação, que

    geram impactos diretos no desenvolvimento econômico e social da região (DUARTE;

    BARBOSA, 2009).

    O bioma está no estado de sucessão secundaria e já apresenta fragmentos

    com algum nível de desertificação, mas acredita-se que boa parte ainda é passível

    de recuperação e pode ser explorada de forma sustentável. Através do manejo

    florestal, a utilização sustentável dos recursos florestais da Caatinga permite sua

    exploração, gerando renda, aumentando a oferta de produtos florestais e, ao mesmo

    tempo, contribuindo para a conservação das florestas (MMA, 2008).

    3.3 Florística e Fitossociologia

    Análise estrutural da vegetação auxilia no conhecimento do estado em que a

    floresta se encontra e das alterações que ela sofre, bem como permite analisar os

    aspectos que envolvem as espécies, tanto isoladamente quanto as interações da

    comunidade florestal (SCOLFORO; MELLO 2006).

    Na realização de uma análise estrutural de florestas inequiâneas, a

    estratificação vertical é muito importante. Dependendo da região fitoecológica,

    fitogeográfica, do estádio de sucessão e do estado de conservação, a estrutura

  • 16

    florestal pode apresentar, por exemplo, sub-bosque, estrato inferior, estrato médio e

    estrato superior, ou pode, na maioria das vezes, não se apresentar estratificada

    dessa forma (SOUZA et al., 2003).

    Os estudos florísticos e fitossociológicos geram informações sobre a estrutura

    e funcionamento dos ecossistemas, por isso são essenciais na elaboração de planos

    de exploração ou conservação de florestas, servindo como base de dados para

    tomada de decisões (TABARELLI; VICENTE 2002).

    Os levantamentos florísticos têm grande relevância, pois facilitam a

    compreensão da distribuição das espécies vegetais de cada região (FREITAS;

    MAGALHÃES, 2012). Uma das principais ferramentas para caracterização das

    formações vegetais de uma floresta é a análise da composição florística, permitindo

    analisar distribuição de espécies e famílias (DIAS, 2005). Esses estudos contribuem

    para o conhecimento das espécies arbóreas inventariadas na área, realizada através

    de métodos de coleta (RODAL et al., 2013).

    Segundo Carvalho (1997), o estudo da estrutura de uma floresta é realizado

    com base nas dimensões das plantas e suas distribuições. A análise quantitativa de

    uma comunidade de plantas permite predições sobre a sua dinâmica e evolução. O

    conhecimento da estrutura e sua relação com a diversidade e produtividade são

    essenciais para o planejamento de sistemas silviculturais e ecológicos. A análise das

    características silviculturais, condições biológicas, composição florística e estrutura

    das florestas proporcionam uma base firme para a tomada de decisões sobre os

    métodos e técnicas apropriados para serem usados em futuras ações de manejo

    (ARAÚJO, 2007).

    A fitossociologia é o principal ramo da Ecologia Vegetal utilizado para realizar

    o diagnóstico quali-quantitativo das formações vegetacionais. Vários pesquisadores

    defendem a aplicação de seus resultados no planejamento das ações de gestão

    ambiental, como no manejo florestal e na recuperação de áreas degradadas

    (ISERNHAGEN, 2001). A fitossociologia objetiva entender as comunidades vegetais,

    bem como os seus padrões de estrutura (GIEHL; BUBKE, 2011).

    Os parâmetros fitossociológicos, que melhor permitem distinguir entre

    formações vegetais e entre diferentes tipos fisionômicos são os relacionados ao

    porte dos indivíduos (alturas das plantas e diâmetros de caule, áreas basais e

    biomassas) e a densidade, além da composição florística, principalmente espécies

    mais importantes (PESSOA et al., 2008).

  • 17

    4 MATERIAL E MÉTODOS

    4.1 Caracterização da Área de Estudo

    O A pesquisa foi desenvolvida em uma área preservada na Fazenda Verdes

    Pastos, localizada no município de São Mamede-PB, situado na mesorregião do

    Sertão Paraibano e microrregião do Seridó Ocidental, no centro do Estado, com

    altitude aproximada de 253 metros com latitude: 6.92662, e longitude: 37.0962. A

    área total é de 122 hectares (Figura1). A precipitação média anual é de 431,8 mm.

    Figura 1 Localização do município de São Mamede, Paraíba, Brasil.

    Fonte AESA adaptado, (2010)

    No século XX, o cultivo do algodão se estendeu na Paraíba, chegando a ser a

    maior produtora de algodão do país. Com isso, grande área da vegetação da

    Caatinga foi substituída por essa cultura, causando o desequilíbrio ambiental e

    consequentemente influenciando na diversidade florística. Com o declínio dessa

    cultura, as áreas paulatinamente foram se recuperando e a regeneração surgindo,

    propiciando uma vegetação em estágio secundário. A Fazenda Verdes Pastos foi

  • 18

    adquirida pelo proprietário Pastor Jonh Mecfraft, que sempre teve a preocupação de

    preservá-la, introduzindo espécies nativas, a fim de recuperar as áreas antropizadas.

    Nessa área, é proibido o desmatamento, caça ou qualquer outra ação que

    venha a danificar o ecossistema ali existente. A fazenda criou uma parceria com

    Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),

    para soltura da fauna resgatada, oriunda do tráfico e maus tratos de animais

    silvestres (Figura 2).

    Figura 2 – Área de estudo na Fazenda Verdes Pastos, São Mamede, PB.

    Fonte CCT Florestal (2015)

  • 19

    De acordo com o sistema de Köppen (2013), o clima é enquadrado no tipo

    Bsh (semiárido quente) com chuvas de verão, O período chuvoso se inicia em

    novembro com término em abril, a temperatura média anual de 28 ºC.

    Os solos são classificados como pedregosos. Luvissolo Hipocrômico Órtico

    típico textura média/argilosa, a moderado, relevo plano (EMBRAPA, 1999) e a

    vegetação é arbórea e arbustiva aberta.

    4.2 Amostragem e Coleta de Dados

    4.2.1 Inventário Florestal

    Para o estudo da comunidade arbórea e arbustiva, a área dividida em 20

    parcelas distribuída de forma sistemática em 20 parcelas de 20 m x 20 m (400 m²) e

    locadas através de GPS (Global Position System) totalizando um área de 7 ha.

    Todos os indivíduos arbóreos-arbustivos vivos ou mortos ainda em pé, com

    circunferência a altura do peito (CAP ≥ 6 cm), foram amostrados, seguindo o

    Protocolo de Medições de Parcelas Permanentes da Rede de Manejo Florestal da

    Caatinga (2005). Cada indivíduo amostrado foi identificado no campo e determinada

    sua altura total por meio de comparação com uma vara de coleta com altura até 4,0

    metros, e seu valor de CAP registrado através de fita métrica graduada em

    centímetros (precisão de 0,5 cm).

    A identificação das espécies foi realizada por meio de consulta a literatura

    especializada. A organização das famílias seguiu o Sistema APG III (2011) e a

    nomenclatura botânica foi confirmada pela lista da flora do Brasil.

    4.3 Análise dos Dados

    A estrutura horizontal foi realizada através dos parâmetros fitossociológicos

    de densidade, dominância e frequência das espécies, bem como o valor de

    importância, quantificando assim a participação de cada espécie em relação às

    outras e, a forma de distribuição das mesmas na comunidade florestal, tendo sido

    caracterizada também pelas distribuições do número de árvores e área basal

    (LAMPRECHT, 1964; FINOL, 1971; MUELLER-DUMBOIS; ELLENBERG, 1974;

    MOREIRA, 2011).

  • 20

    O cálculo dos parâmetros fitossociológicos e área basal foram feitos

    utilizando-se as seguintes expressões:

    Densidade Absoluta

    Densidade Relativa

    Frequência Absoluta

    Frequência Relativa

    Dominância Absoluta

    (1) Onde, n = número de indivíduos de uma determinada espécie; N = número total de indivíduos.

    (2)

    (3)

    (4)

    Onde, DRi = Densidade relativa (%); DA = Densidade absoluta.

    Onde, pi = número de parcelas com ocorrência da espécie i; P = número total de parcelas na amostra.

    Onde, FR = Frequência relativa (%); FA = Frequência absoluta.

    (5) (6)

  • 21

    (9)

    (8)

    (10)

    Dominância Relativa

    Valor de Cobertura

    Valor de Importância

    Onde, DR = Densidade relativa (%);

    DoR = Dominância relativa (%);

    FR = Frequência relativa (%).

    Os dados foram tabulados no Microsoft® Excel® e posteriormente foram

    analisados utilizando o software Mata Nativa Versão 4 (CIENTEC, 2006).

    4.3.1 Diversidade Florística

    Para analisar a heterogeneidade florística da área de estudo foi utilizado o

    índice de diversidade de Shannon-Weaver (H´) e a equabilidade, de Pielou (J)

    (MUELLER-DOMBOIS; ELLEMBERG, 1974).

    em que: H’ = Índice de Shannon-Weaver ni=Número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie. N=número total de indivíduos amostrados. S=número total de espécies amostradas. ln=logaritmo de base neperiana.

    Onde, DR = Densidade relativa (%);

    DoR = Dominância relativa (%)

    Onde, DoR = Dominância relativa (%); AB = Área basal da família ou espécie.

    (7)

  • 22

    (11)

    Hmáx= ln(S). J = Equabilidade de Pielou S = número total de espécies amostradas. H’ = índice de diversidade de Shannon-Weaver.

  • 23

    5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

    5.1 Suficiência amostral

    Verifica-se na Figura 3, que a amostragem realizada na área de estudo,

    houve um incremento inicial de espécies até os 6.800 m2, ou seja, na 17ª parcela. A

    partir desse ponto, houve uma estabilização no número de espécies acumuladas, ou

    seja, não houve mais ingresso de novas espécies. Nesse caso, pode se considerar

    que as amostragens realizadas na área foram consideradas suficientes para

    caracterizar a estrutura da vegetação.

    Figura 3 Representação gráfica da suficiência amostral das espécies inventariadas

    em uma área preservada na fazenda Verdes Pastos, São Mamede – PB.

    Fonte Araújo (2017).

    5.2 Composição Florística

    No levantamento da área de estudo, foram amostrados 1.802 indivíduos,

    distribuídos em 8 famílias, 14 gêneros e 15 espécies (Tabela 1). Do total de

    indivíduos amostrados 64,2 % foram vivos e 35,8 % mortos. O número de indivíduos

    ha-1 foi de 2.252,5. Das espécies identificadas 78 % possuem hábito de vida arbóreo

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    400 1600 2800 4000 5200 6400 7600

    Esp

    écie

    s

    Área amostrada (m2)

    Curva do Coletor

  • 24

    e 22 % como arbustivas.

    Tabela 1 Famílias botânicas e espécies amostradas em área de Caatinga na Fazenda Verdes Pastos, São Mamede-PB, com nomes populares e hábitos de vida.

    Fonte Araújo (2017).

    Resultado semelhante foi obtido por Trovão et. al, (2010), na mata ciliar de

    Bodogongó, Campina Grande, PB., onde registrou 17 espécies, 16 gêneros e 7

    famílias.

    O número de espécies encontradas nessa pesquisa é relativamente inferior a

    outras pesquisas desenvolvidas na Caatinga (RODAL et al., 1998; LEMOS e

    RODAL, 2002; ALCOFORADO-FILHO et al., 2003; PEREIRA JÚNIOR et al., 2013),

    onde os números encontrados variam de 35 a 96 espécies.

    Souza et al., (2016) encontraram 22 espécies pertencentes a 11 famílias

    botânicas e 20 gêneros, e na RPPN Fazenda Almas 293 espécies pertencentes a

    203 gêneros e 68 famílias (LIMA e BARBOSA, 2014).

    Para Rodal (1992), a quantidade de espécies encontradas nos

    levantamentos, não pode ser relacionada apenas a quantidade de chuvas, embora

    seja um dos fatores mais importantes, mas devem-se levar em consideração os

    fatores topográficos, profundidade e permeabilidade do solo, histórico da área e etc.

    Outro fator que também contribui para a elevação da quantidade de espécies

    amostradas é o critério de inclusão do DAP.

    Família Espécie Nome Popular Hábito

    Apocynaceae

    Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro Árvore

    Burseraceae

    Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett Imburana Árvore

    Capparaceae

    Capparis flexuosa (L.) L. Feijão Bravo Árvore

    Combretaceae Combretum leprosum Mart.

    Mofumbo Arbusto

    Euphorbiaceae

    Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão Arbusto Cnidoscolus quercifolius Faveleira Árvore Croton blanchetianus Baill.

    Marmeleiro Arbusto

    Erythroxylaceae

    Erythroxylum pungens O.E.Schuz Rompe-gibão Árvore

    Fabaceae

    Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Jurema Preta Árvore Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Leucena Árvore Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz Jucá Árvore Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P.Queiroz Catingueira Árvore Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke Jurema branca Árvore Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth

    Jurema vermelha Árvore

    Rhamnaceae

    Zizyphus joazeiro Mart.

    Juazeiro Árvore

  • 25

    As famílias Fabaceae e Euphorbiaceae apresentaram maior riqueza florística,

    sendo representadas por seis espécies arbóreas e duas arbustivas. Juntas, essas

    famílias contribuíram com aproximadamente 60% de espécies registradas nesta

    pesquisa. As demais famílias apresentam apenas uma espécie cada (Figura 4).

    Figura 4 Distribuição das famílias botânicas com número de espécies amostradas

    na Fazenda Verdes Pastos, São Mamede, PB.

    Fonte Ara jo (201 ).

    Essas duas famílias também se destacaram em riqueza florística nos

    trabalhos de MAMEDE et al., (2016), na fazenda Aba, Município de Passagem;

    Pereira Júnior (2012), na fazenda Mocó de Baixa em Monteiro, PB; de Trovão et al,

    (2010) no riacho de Bodocongó, Campina Grande; e ARAÚJO (2007) na Fazenda

    Tamanduá, Santa Terezinha, PB.

    Esses resultados reforçam as afirmações de Rodal et al., (2008), destacando

    essas famílias como as principais do ecossistema Caatinga em termos em gêneros,

    espécies e abundância de plantas. As leguminosas são relevantes para a Caatinga,

    por apresentarem potencialidade econômica, social e econômica.

    A maioria dos gêneros (92,75 %) amostrados foi representada por apenas

    uma espécie, exceto Mimosa por duas espécies: Mimosa tenuiflora (Jurema preta) e

    Mimosa ophthalmocentra (Jurema vermelha).

    0 1 2 3 4 5 6 7

    Fabaceae

    Euphorbiaceae

    Rhamnaceae

    Erythroxylaceae

    Combretaceae

    Capparaceae

    Burseraceae

    Apocynaceae

    Número de Espécies

  • 26

    Das famílias amostradas, apenas três espécies apresentaram maior número

    de indivíduos, ou seja, deteve 88,60 %. Mimosa tenuiflora (59 %); Croton

    blanchetianus (21,14 %) e Aspidosperma pyrifolium (11,7 %) (Figura 5).

    Figura 5 Número total de indivíduos amostrados por espécie na área.

    Fonte Ara jo (201 ).

    A jurema preta (Mimosa tenuiflora) é uma espécie pioneira, colonizadora de

    áreas em estado de degradação e de grande potencial como regeneradora de solos

    erodidos (MAIA, 2004). É uma espécie indicadora de sucessão secundária

    progressiva ou de recuperação, quando é praticamente a única espécie lenhosa

    presente (ARAÚJO FILHO e CARVALHO, 1996). A presença de um número elevado

    de Mimosa Tenuiflora, se atribui a ocupação de áreas degradadas, por ser pioneira,

    grande produção de sementes, forma do banco de sementes, que com as chuvas a

    regeneração na área demonstra ser ocasionado pela exploração extrativista de

    outras espécies, e como esta espécie é pioneira, o ambiente propicia a regeneração,

    outros fatores que podem explicar essa abundância em relação as demais espécies,

    devem-se provavelmente a fácil adaptação do indivíduo a área em questão e a

    grande facilidade de rebrota dessas espécies.

    0 200 400 600 800 1000 1200

    Mimosa tenuiflora

    Croton blanchetianus

    Aspidosperma pyrifolium

    Erythroxylum pungens

    Mimosa ophthalmocentra

    Morta

    Capparis flexuosa

    Combretum leprosum

    Poincianella pyramidalis

    Jatropha mollissima

    Libidibia ferrea

    Cnidoscolus quercifolius

    Zizyphus joazeiro

    Piptadenia stipulacea

    Leucaena leucocephala

    Commiphora leptophloeos

    Número de indivíduos

  • 27

    5.3 Índice de Diversidade de Espécie

    Esse índice avalia a variedade de espécies vegetais ou animais de uma

    determinada comunidade, habitat ou região. A diversidade é determinada através da

    riqueza florística e uniformidade das espécies na área. A riqueza utiliza o número de

    espécies presentes na flora e/ou na fauna em uma área e a Uniformidade diz

    respeito à distribuição de indivíduos entre as espécies na área.

    5.3.1 Índice de Shannon-Wiener (H’)

    O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), é um indicador da

    diversidade florística em uma área amostrada. Valores inferiores a 2,0 são

    considerados como áreas de baixa diversidade florística e valores superiores a 5,0

    são indicadores de grande biodiversidade. A maioria dos trabalhos realizados na

    Caatinga, os valores encontrados estão na faixa de 2 a 3 nats.ind-1.

    Nesta pesquisa, o valor obtido foi 1,41 nats.ind-1, inferior ao encontrado por

    Pessoa Júnior et al., (2013) em pesquisa realizada em Monteiro, PB e Guedes et al.,

    (2012) na estação Ecológica do Seridó, RGN, porém superior ao encontrado por

    Trovão et. al, (2010) na mata ciliar de Bodocongó, PB.

    O baixo valor encontrado para a diversidade nesta pesquisa, se atribui ao fato

    de um menor número de espécies, responderem a uma maior densidade das

    espécies Mimosa tenuiflora, Aspidosperma pyrifolium e Croton blanchetianus.

    Segundo Alcoforado Filho (2003), esse índice é influenciado pela densidade das

    espécies dominantes. Dois componentes afetam diretamente a diversidade de

    espécies: a riqueza, que representa o número de espécies da comunidade, e a

    equabilidade ou uniformidade, que é expressa pela distribuição dos indivíduos entre

    as espécies.

    Santana e Souto (2006), recomendam cautela ao comparar os índices de

    diversidade de áreas diferentes, em virtude destes sofrerem influência dos fatores

    bióticos e abióticos, critérios de inclusão e antropismo.

    5.3.2 Equabilidade de Pielou (J)

    A equabilidade de Pielou (J) é representada pelo intervalo de 0 a 1. O valor 1,

  • 28

    representa a máxima diversidade. Na área de estudo, o valor encontrado foi 0,5,

    essa baixa equabilidade foi fortemente influenciada pela alta densidade de Mimosa

    tenuiflora, que se fez presente em 100% das parcelas, apontando a baixa

    heterogeneidade florística desse componente arbóreo-arbustivo.

    Os valores obtidos foram inferiores aos encontrados por Araújo (2007), que,

    analisou uma área preservada de Caatinga, por Fabricante; Andrade (2007); Guedes

    et al., (2012); Souza (2012); e Pereira Júnior et al., (2013).

    5.4 Estrutura Horizontal

    Na Tabela 2 encontram-se os resultados, seguindo a ordem do valor de

    importância, pois os parâmetros usados para seu cálculo retratam, de certa forma, a

    importância ecológica de uma certa espécie na comunidade, quando comparado às

    outras espécies nela existentes, uma vez que são utilizados valores relativos.

    Dentre os indivíduos amostrados foram encontrados um total de 30 mortos

    não identificados ainda em pé, o que representou 1,66 % da densidade relativa.

    Estas ocuparam o sexto maior valor de importância (VI), abrangendo 1,99 % da

    dominância total da comunidade amostrada. As árvores mortas em pé constituem

    abrigo para a fauna silvestre, bem como contribuem para a ciclagem de nutrientes,

    melhorando o solo para as espécies existentes na área.

    A densidade encontrada foi de 2.252,5 ind.ha-1, valor superior ao obtido por

    Beranger et al., (2012), em um remanescente degradado no Seridó Paraibano. Essa

    densidade elevada pode ser consequência da preservação dos últimos 30 anos,

    refletindo em uma maior conservação do remanescente florestal (Tabela 2).

    A área basal da área de estudo foi de 5.768 m2ha-1, sendo que Mimosa

    tenuiflora (3,884 m2 ha-1), Aspidosperma pyrifolium (0,97 m2ha-1) e Croton

    blanchetianus (0,344 m2ha-1) foram as mais expressivas.

    As espécies com maior densidade relativa foram Mimosa tenuiflora, (55,83

    %), Croton blanchetianus (20,09 %) e Aspidosperma pyrifolium (11,71 %). Juntas,

    essas espécies representam 87,63 % dos indivíduos arbóreos levantados no estudo.

    Ambas respondem também por 90,06 % da Dominância Relativa.

    Na pesquisa realizada por Beranger et al., (2012), a Mimosa hostilis (Mimosa

    tenuiflora) apresentou resultado semelhante. Para Lopes et al., (2002), elevados

    valores de densidade mostram que as espécies são mais competitivas e encontram-

  • 29

    se bem adaptadas às condições ambientais do momento.

    Aspidosperma pyrifolium foi a terceira mais abundante, porém apresentou a

    segunda maior frequência (9,05%) e a segunda maior dominância, representando

    assim 14,24% da cobertura e, consequentemente, valor de importância de 14,51

    (Tabela 2).

    Croton blanchetianus, apesar de apresentar a segunda maior densidade,

    apresentou a terceira maior frequência e a terceira maior dominância dentre as

    espécies estudadas, refletindo com isso em um valor de cobertura de 13,03% e

    consequentemente, surgindo como a terceira maior espécie em valor de importância

    (12,81%).

    Essa espécie também ocupou o 2º, lugar na pesquisa de Souza (2012). O

    autor atribui à superioridade da densidade dessa espécie a exploração de nativas,

    contribuindo para o surgimento do Croton sonderianum, já que é uma espécie

    pioneira, aproveita bem a luminosidade deixada na área para surgir.

    As espécies, Mimosa tenuiflora, Aspidosperma pyrifolium e Croton

    blanchetianus apresentaram os maiores VI, com destaque para a primeira, demais

    espécies em número de indivíduos (1.006), densidade relativa (55,8%), dominância

    relativa (67,33%) e índice de valor de importância (46,95%).

    Essas mesmas espécies também foram representadas com destaque nos

    parâmetros fitossociológicos no trabalho realizado por Ferreira (2013) no município

    de Malta, PB.

  • 30

    Tabela 2 Parâmetros fitossociológicos caracterizando a distribuição das espécies amostradas na Reserva Ecológica da Fazenda Verdes Pastos, São Mamede, PB. Nome Científico N AB DA DR FA FR DoA DoR VC VC VI VI

    Mimosa tenuiflora 1006 3,884 1257,5 55,83 100 17,7 4,854 67,33 123,157 61,58 140,856 46,95

    Aspidosperma pyrifolium 211 0,968 263,75 11,71 85 15,04 1,209 16,77 28,484 14,24 43,528 14,51

    Croton blanchetianus 362 0,344 452,5 20,09 70 12,39 0,43 5,96 26,054 13,03 38,443 12,81

    Erythroxylum pungens 70 0,084 87,5 3,88 65 11,5 0,105 1,46 5,344 2,67 16,848 5,62

    Capparis flexuosa 24 0,055 30 1,33 45 7,96 0,069 0,96 2,289 1,14 10,254 3,42

    Morta 30 0,115 37,5 1,66 35 6,19 0,144 1,99 3,656 1,83 9,85 3,28

    Mimosa ophthalmocentra 32 0,093 40 1,78 25 4,42 0,117 1,62 3,392 1,7 7,817 2,61

    Combretum leprosum 20 0,028 25 1,11 35 6,19 0,035 0,48 1,595 0,8 7,789 2,6

    Jatropha mollissima 14 0,031 17,5 0,78 30 5,31 0,039 0,54 1,313 0,66 6,623 2,21

    Cnidoscolus quercifolius 5 0,078 6,25 0,28 25 4,42 0,097 1,35 1,629 0,81 6,054 2,02

    Poincianella pyramidalis 17 0,048 21,25 0,94 10 1,77 0,06 0,84 1,781 0,89 3,551 1,18

    Libidibia ferrea 5 0,012 6,25 0,28 15 2,65 0,015 0,21 0,49 0,25 3,145 1,05

    Zizyphus joazeiro 2 0,009 2,5 0,11 10 1,77 0,011 0,15 0,26 0,13 2,03 0,68

    Piptadenia stipulacea 2 0,011 2,5 0,11 5 0,88 0,014 0,19 0,303 0,15 1,188 0,4

    Commiphora leptophloeos 1 0,007 1,25 0,06 5 0,88 0,008 0,12 0,171 0,09 1,056 0,35

    Leucaena leucocephala 1 0,002 1,25 0,06 5 0,88 0,002 0,03 0,083 0,04 0,968 0,32

    Total 1802 5,768 2252,5 100 565 100 7,21 100 200 100 300 100

    IVI. Número de indivíduos amostrados (Ni); Área basal absoluta (AB); Densidade relativa (DR %); Frequência relativa (FR %); Dominância relativa (DoR %) e Índice de Valor de Cobertura (IVC %); IVI-Índice de Valor de Importância (VC %). Fonte Araújo (2017).

  • 31

    5.5 Estrutura Vertical

    5.5.1 Classe de Altura

    Analisando a distribuição vertical dos indivíduos dentro da área de estudo, foi

    observado que 77% de seus indivíduos (1.389) estão agrupados na classe de altura,

    variando de 2,5 a 7 m (Figura 6).

    A altura máxima dos indivíduos estimada na área foi de 10 m, e a média de

    3,6 m. Apenas quatro indivíduos atingiram a altura máxima, distribuídas em três

    indivíduos de Aspidosperma pyrifolium e um de Mimosa tenuiflora. O valor médio

    obtido, foi similar ao de Medeiros et al., (2016) e Alves et al. (2013), porém inferior

    aos observados por Lima e Coelho (2015).

    A menor classe de altura encontrada foi 1,5 m, distribuídos em quatro

    indivíduos de Aspidosperma pyrifolium e um de Mimosa tenuiflora.

    Esses valores foram superiores aos encontrados por Amorim et al., (2005),

    porém, inferiores aos do trabalho de Pereira Júnior et al., (2013), cuja maior altura

    estimada foi de 17m.

    Figura 6 Distribuição das classes de altura.

    Fonte Ara jo (201 ).

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1 |- 3 3 |- 5 5 |- 7 7 |- 9 >= 9

    Número de indivíduos

  • 32

    5.5.2 Classes de Diâmetro

    Na Figura 7, verificou-se que os maiores números de indivíduos ocorreram

    nas duas primeiras classes: a classes classe I, com (20,08%) e a classe II com

    70,14%, totalizando 90,23%, enquanto que nas demais classes foram observados

    176 indivíduos (9,76%), corroborando com estudos de Guedes et al., (2012), em que

    verificou que 90% dos indivíduos ocorreu nas primeiras classes e de Calixto Junior

    et. al., (2011).

    Observa-se que a partir da segunda classe, o padrão de distribuição dos

    diâmetros aproxima-se do modelo de distribuição exponencial na forma de “J

    invertido”, padrão característico de uma floresta nativa. Padrão semelhante dos

    demais trabalhos realizados nesse bioma.

    Para Pereira Júnior et al., (2013), a presença de muitos indivíduos nas

    classes de diâmetro iniciais demonstra uma característica de estágio secundário

    inicial por parte da vegetação estudada.

    Figura 7 Distribuição das classes de altura.

    Fonte Ara jo (201 ).

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    0 |- 3 3 |- 6 6 |- 9 9 |- 12 12 |- 15 15 |- 18 18 |- 21 21 |- 24 >= 24

    Número de indivíduos

  • 33

    6 CONCLUSÕES

    As famílias com maior diversidade florística na área foram Fabaceae e

    Euphorbiaceae,

    Mimosa tenuiflora, Aspidosperma pyrifolium e Croton sonderianus foram as

    mais representativas na área, apresentando maiores parâmetros fitossociológicos,

    Maior número de indivíduos ocorreu nas menores classes de diâmetro,

    indicando que a área se encontra em estágio inicial de crescimento.

    A baixa diversidade florística encontrada na área demonstra a necessidade

    de ampliar o plantio de espécies nativas, a fim de contribuir para a preservação do

    ambiente.

  • 34

    REFERÊNCIAS

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