Campina Grande,Campina Grande,tempo presentetempo presente

C AMPIN AGRANDE

ANOS FRENTE

ANOS FRENTE

C AMPIN AGRANDE

ANOS FRENTE

FASCCULO

7SBADO

11 DE OUTUBRO DE 2O14

2Campina Grande 150 Anos Frente, louvvel projeto da Prefeitura de Campina Grande e apoio cultural do Jornal da Paraba, contou com a colaborao do

Instituto Histrico de Campina Grande Casa Elpdio de Almeida, representado por seus associados mestres, doutores e ps doutores bem como de outros notveis doutores historiadores e gegrafos, especialmente convidados.

A srie de sete fascculos tratou da histria de nossa cidade desde os seus primrdios aos dias atuais, resultando num excepcional presente para a cidade no dia do seu aniversrio sesquicentenrio de emancipao poltica.

Arno Wehling, presidente do Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro, lembrou Jorge Luis Borges: somos feitos, em grande parte, de memria. Esta memria constituda, em grande parte, de esquecimento. citado na sua obra De formigas, aranhas e abelhas Reflexes sobre o IHGB.

A nossa rica histria, para no cair no esquecimento e desconhecimento das novas geraes, foi revisitada e atualizada passando-se pelos administradores desta urbe; a cidade e seus primrdios; a poca oitocentista; o ciclo do algodo e linha frrea; cidade da educao, cincia e tecnologia; histria e patrimnio cultural.

O planejamento dos fascculos foi elaborado em

PARCERIA HISTRICA

Maria Ida SteinmllerPresidente do Instituto Histrico de Campina Grande

CONSULTORIA

Este fascculo:Reportagem: Rostand Melo Fotos: Leonardo Silva, Nelsina Vitorino e Nicolau de Castro.Srie de fascculos Campina Grande 150 anos frente:Instituto Histrico de Campina Grande Casa Elpdio de Almeida (IHCG):Maria Ida Steinmuller (presidente), Juciene Ricarte (vice-presidente), Josemir Camilo de Melo (historiador). Colaboradores: Adriano Arajo e Emmanuel Sousa (Blog Retalhos Histricos de Campina Grande), Thomas Bruno de Oliveira (Socie-dade Paraibana de Arqueologia SPA), Vanderley de Brito (Sociedade Paraibana de Arqueologia SPA), Jos Edmilson Rodrigues (Mestre em literatura UEPB), Luciano Mendona (UFCG), Gervcio Batista Aranha (PPGH/UFCG), Paulo Srgio Cunha de Farias (UFCG), Rosilene Dias Montenegro (Projeto Memria da Cincia e Tecnologia em Campina Grande UFCG), Fbio Ronaldo da Silva (Projeto Memria da Cincia e Tecnologia em Campina Grande UFCG), Jos Valmi Oliveira Torres (Projeto Memria da Cincia e Tecno-

logia em Campina Grande UFCG), Janailson Macdo Luiz (UNIFESSPA / IHCG), Jos Emerson Tavares de Macdo (Mestre em Histria UFCG), Francilene Garcia (UFCG/PaqTcPB/Anprotec), Giovanna Aquino (Prefeitura de Campina Grande), Keila Queiroz (UFCG), Jos Octvio de Arruda Mello (historiador), Bruno Gaudncio (Academia de Letras de Campina Grande e IHCG), Paula Ismael (Iphaep), Pedro Rossi (Iphaep), Marcus Vincius Queiroz (Arquitetura/UFCG). Pesquisa e texto: Rostand MeloImagens: Leonardo Silva, Nelsina Vitorino, acervo do Museu Histrico de Campina Grande, acervo do Instituto Histrico de Campina Grande, acervo do projeto Memria da Cincia e Tecnologia de Campina Grande, acervo do blog Retalhos Histricos de Campina Grande acervo de Edson Vasconcelos, acervo de Edmilson Rodrigues e assessorias de imprensa da prefeitura e PaqTcPB.

REALIZAO

APOIO CULTURAL

conjunto com o Instituto Histrico de Campina Grande e a equipe editorial do Jornal da Paraba, contemplando para esta ltima edio o tema Campina Grande, tempo presente nos segmentos da administrao pblica, educao, tecnologia, economia e rea social.

Campina Grande com o slogan Cidade da Inovao chancela a administrao do prefeito Romero Rodrigues com positivas aes da Secretaria de Planejamento do municpio, frente o secretrio Mrcio Caniello, atraindo novos investimentos para nossa cidade, beneficiando todos os setores da economia, com reflexos no leque de sustentao para a educao, tecnologia e rea social.

So abalizadas opinies dos lderes desses segmentos, apontadas neste fascculo, do prefeito Romero Rodrigues, secretrio de Planejamento Mrcio Caniello, presidente da Federao das Indstrias do Estado da Paraba, Francisco de Assis Benevides Gadelha, presidente da Associao Comercial e Empresarial de Campina Grande, lvaro Barros, presidente da Cmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande, Hilton Carneiro Motta Filho, que se juntam a dos reitores, professor Edilson Amorim, da Universidade Federal de Campina Grande e professor Antonio Rangel Jnior, da Universidade Estadual da Paraba, destacando aes do binmio educao

+ tecnologia, bases e ferramentas indispensveis na associao do veio do desenvolvimento socioeconmico local.

Todas essas manifestaes so importantes contribuies para o registro dos 150 anos hoje comemorados, mas que seja, por sugesto, uma produo atualizada anualmente e catalogao disposta por dcadas, vislumbrando o bicentenrio da cidade que ocorrer em 11 de outubro de 2064.

Eis, finalizada, a tarefa e posta disposio dos pesquisadores, jornalistas, memorialistas, professores e estudantes do ensino superior a educao bsica, notadamente os da Rede Municipal de Ensino da nossa cidade, oportunidade em que o Instituto Histrico de Campina Grande agradece aos seus associados Juciene Ricarte Apolinrio, Josemir Camilo da Silva, Emmanuel Sousa, Thomas Bruno Oliveira, Gervcio Batista Aranha, Edson Vasconcelos, Bruno Gaudncio, Janalson Macedo Luiz e Rosilene Dias Montenegro, pela participao no projeto de forma magnnima.

Por seus legados historiogrficos, in memoriam de Elpdio de Almeida, Fbio Gutemberg Bezerra de Souza, Jos Elias Barbosa Borges, Boulanger Ucha, Ronaldo Dino, William Tjo e Amaury Vasconcelos.

Campina Grande hoje est em festa; sua histria

Maria Ida SteinmllerPresidente do Instituto Histrico de Campina Grande

3rea, uma ferrovia, ento numa deciso acertada da prefeitura conseguimos encontrar uma rea desse tipo dentro da parte urbana da cidade. Teremos moinho de trigo, central de distribuio atacadista e outras empresas de Campina Grande e de fora e vamos definir principalmente observando aqueles que pretendam se instalar mais rapidamente e o tipo de atividade econmica.

Quais investimentos o senhor destaca na rea de in-fraestrutura?

Atualmente estamos trabalhando na duplicao da avenida Argemiro de Figueiredo, uma obra muito importante com a construo de dois viadutos que est em curso. Podemos citar a implantao da Ala Leste, que objetiva na rea de mobilidade urbana interligar a BR-230 avenida Santo Antnio no sentido de Massaranduba, tambm uma obra j iniciada com valor de aproximadamente R$ 16 milhes em convnio com o governo federal. Temos em curso a implantao do Canal de Santa Rosa, antigo canal da lama. uma obra estruturante do ponto de vista de drenagem, como tambm o canal da regio sudoeste que interliga o distrito

Como est a situao atual da gesto municipal?A situao atual de equilbrio. Que pese

Campina ser um municpio grande com receita de cidade pequena, mas houve todo um esforo de nossa parte para tentar reconquistar o equilbrio fiscal e financeiro, essencial para as outras demandas que surgem. Qualquer que for a ao que a prefeitura empreenda em termos de implantao de projetos novos e que para isso requeira necessidade de um eventual emprstimo, tem de estar com equilbrio financeiro e fiscal para permitir se habilitar em programas estruturantes, como o PAC (Programa de Acelerao do Crescimento), porque so por emprstimo. Tem de ter capacidade de pagamento e de endividamento, que depois de muito esforo ns j conseguimos no final de 2013.

Historicamente, Campina Grande conquistou uma posio de destaque no interior do Nordeste como polo econmico, principalmente pela fora de sua indstria e comrcio. Quais aes esto em anda-mento atualmente para fomentar o crescimento econmico e a gerao de empregos na cidade?

Esse um foco que estamos dando com bastante nfase, na questo do desenvolvimento econmico. Para isso ns compramos uma rea de mais de 800 hectares, j paga e escriturada em nome da prefeitura. L ns estamos destinando essa rea tanto para equipamentos habitacionais, onde ser construdo um mega conjunto habitacional com 4,1 mil casas, trs creches, duas escolas, dois postos de sade, duas praas com academias e toda a infraestrutura de pavimentao, gua, energia e esgotamento sanitrio. Todas as casas tero acessibilidade e tambm energia

Prefeito traa panorama da cidade no sesquicentenrio

ENTREVISTA

Romero Rodrigues

solar para aquecimento no chuveiro eltrico. uma obra com previso de oramento de aproximadamente R$ 300 milhes, do programa Minha Casa, Minha Vida e tem, alm da rea que foi destinada, uma contrapartida de R$ 23 milhes por parte da prefeitura municipal a serem investidos na infraestrutura complementar e parte infraestrutura interna. Esse projeto j est contratado e estamos to somente aguardando alguns detalhes para o incio da obra, cuja previso para agora em outubro. o incio de uma nova cidade, se estamos falando em 4,1 casas, estamos falando numa populao de aproximadamente 16 mil pessoas que havero de residir nesse espao. Para esta mesma rea j temos na atualidade mais de 150 empresas cadastradas, na parte comercial e industrial, inclusive uma montadora de nibus que vai ser a primeira de muitas empresas que vo se instalar na rea, fazendo uma revoluo do ponto de vista do desenvolvimento econmico. Temos muita empresa grande cadastrada para se instalar nesse local. Eu acho que vamos ter um divisor de guas no desenvolvimento de Campina Grande, que teve alguns ciclos como o ciclo do algodo, do sisal, tecnologia, servios e agora vamos voltar a dar toda essa conotao ao desenvolvimento da cidade com o Complexo Empresarial Alusio Campos, que ser nessa rea que adquirimos recentemente. A vocao da cidade desde a origem com os tropeiros da Borborema essa vocao comercial e industrial. Campina nunca perdeu essa caracterstica. O que ns vamos fazer dar mais um reforo nessa vocao da cidade, porque ela bem localizada em termos de nordeste e isso ajuda muito. Na rea do Complexo Alusio Campos temos um entroncamento rodovirio, fica prximo ao aeroporto Joo Suassuna, tem um gasoduto dentro da

Ns chegamos a investir neste ano de 2014 mais de 25%

de todo o nosso oramento em sade, quando a previso

constitucional de 15%

Romero Rodrigues o atual prefeito de Campina Grande

No momento em que Campina Grande comemora seus 150 anos, o prefeito Romero Rodrigues faz nesta entrevista um diagnstico da situao atual do municpio e apresenta projetos e obras que esto em andamento para preparar a cidade em direo ao futuro. Administrando os destinos do municpio desde janeiro de 2013, Romero destaca as aes

desenvolvidas para melhorar a qualidade dos servios pblicos nas reas de sade e educao, apontadas como prioritrias. O prefeito revela ainda a preocupao com a questo da mobilidade urbana, um dos principais desafios das cidades de mdio e grande porte na atualidade, e anuncia investimentos no setor, a exemplo da construo da Ala Leste.

Na habitao, a meta apresentada pela gesto municipal entregar 7 mil unidades habitacionais at o final de 2016. A municipalizao dos hospitais Pedro I e Dr. Edgley, as polticas de valorizao dos professores da Rede Municipal de Ensino, a construo de um Parque no Bairro da Liberdade e um Jardim Botnico no Louzeiro tambm so temas da entrevista. Mas o destaque a instalao do Complexo Alusio Campos, projeto que vai articular numa mesma rea a construo de um conjunto habitacional, um complexo industrial e logstico e um ncleo de inovao tecnolgica denominado de Tecnpolis.

4a emoo de conduzir os destinos da cidade nesse momento histrico?

O dia 11 de outubro o primeiro dia do sesquicentenrio, estamos abrindo o sesquicentenrio, iniciando o ano dos 150 anos. Estamos iniciando uma srie de atividades, com a inaugurao de muitas obras, de praas, pavimentao de ruas, de escolas, de postos de sade, e ser tudo includo nesse contexto. Mas o monumento que estamos fazendo vai ficar marcado na histria como uma obra de arquitetura moderna, que traz a tecnologia e os avanos da atualidade, mas tambm retrata um pouco do que foi nossa origem com os tropeiros da Borborema, que vo estar representados numa obra de arte, com a tecnologia de iluminao, com a fonte e aquela estrutura de engenharia complexa e de um modelo talvez nico no Brasil. Aquele monumento ser uma referncia que ns teremos para as prximas geraes para a passagem dos 150 anos. Alm de uma srie de obras que faremos a partir do ms de outubro at outubro de 2015 e outras aes culturais, com o lanamento de livros, de concursos artsticos, de fotografia e de poesia que vo marcar na memria do nosso povo as comemoraes dos 150 anos de Campina Grande.

Como o senhor gostaria que sua gesto fosse lem-brada daqui a 150 anos? Qual legado pretende dei-xar para a cidade?

O nosso principal legado trabalhar pela seriedade e determinao, caractersticas que ns no vamos abrir mo de forma nenhuma. Trabalhar com respeito ao errio, conduzindo com transparncia, com esforo, com dedicao. Vamos deixar na cidade legados que sero eternizados na rea de sade, com a municipalizao dos hospitais. Estamos quebrando paradigmas, pois ao invs de terceirizar ns estamos municipalizando servios. Tambm queremos ser lembrados pela implantao de um novo complexo empresarial na cidade, com essa nova contribuio na rea de desenvolvimento econmico. Na rea habitacional tambm, porque s nesse perodo, ao concluir o mandato de quatro anos, ns teremos a em torno de 7 mil novas unidades habitacionais entregues na nossa gesto. Significa dizer que ns vamos estar resolvendo o problema de aproximadamente 28 mil pessoas, incluindo todos os conjuntos habitacionais e as unidades que ns vamos estar entregando nesse perodo, incluindo essas 4,1 mil casas cuja construo se iniciar no ms de outubro. Nossa gesto tambm poder ser lembrada pelo Parque Botnico d o Louzeiro que vamos implementar. Queremos ser lembrados no apenas por obras que tenham pedra, cimento e cal, mas tambm que sejam solidrias, que

contnuo, como hipertensos e diabticos, que aquela demanda sistemtica do posto de sade. Poderemos fazer um acompanhamento melhor, permitindo que no falte esses medicamentos e humanizando mais o atendimento.

Na avaliao feita em 2013, a rede municipal de edu-cao de Campina Grande atingiu as metas do Ideb em todas as sries do ensino fundamental. Mas ainda preciso avanar muito na qualidade do ensino. Qual sua avaliao sobre o estgio atual da educao em Campina Grande e quais aes esto sendo desenvol-vidas para melhorar a qualidade do ensino?

Educao mais um desafio para todo gestor. Ns temos de investir no ser humano, no cidado. Voc no vai fazer nunca educao se no investir no profissional, no professor. Para isso, buscamos resolver a demanda do pagamento do piso salarial nacional para motivar esses profissionais. O professor bem remunerado fica mais

estimulado e a remunerao ajuda para que ele possa se qualificar melhor. Foi o que fizemos na implantao do piso nacional com base na carga horria de 30 horas. Implantamos no ano passado duas horas e em novembro deste ano estamos implantando mais trs horas. Implantamos tambm como forma de estimular os profissionais de educao o 14 salrio para as escolas com melhor desempenho, estimulando o profissional a se esforar mais para conseguir avanos. Alm do trabalho que est sendo realizado pela gesto municipal de capacitao dos professores e a implantao do novo currculo na rede municipal que atenda exatamente as caractersticas e as necessidades da regio, alm das aes melhoria da estrutura das escolas, a instalao de brinquedos em vrias delas, porque a gente tem de estar focado para o aluno e o espao educacional tem de ser atrativo para as crianas. No perodo de frias deste ano, a gente fez a distribuio de merenda em casa, que outra ao tambm importante do ponto de vista social para alimentar melhor essas crianas. Alm da construo de creches e escolas novas, j em curso, para ampliar a rede municipal de ensino. Implantamos tambm o ensino em tempo integral em todas as creches do municpio. Quando assumimos, o horrio integral s funcionava em duas creches.

O que est sendo realizado pela prefeitura para comemorar os 150 anos de Campina Grande? Qual

Vamos ter um divisor de guas no desenvolvimentode Campina Grande como Complexo EmpresarialAlusio Campos

Vamos deixar na cidade legados que sero eternizados

na rea de sade, com a municipalizao dos hospitais

dos mecnicos ao centro de madeiras na Catingueira, com as laterais em pavimentao e construo de 208 apartamentos para atender demanda daquelas ocupaes que esto em rea de risco. Temos ainda mais uma etapa do Canal de Bodocong que j est licitado, so R$ 8 milhes j destinados a essa finalidade. Estamos em fase de licitao tambm a requalificao da Feira Central, com a implantao de mais um mdulo. Estamos fazendo o prolongamento da rua Joo Suassuna, uma obra muito importante que vai interligar o centro da cidade com aquela regio da universidade, permitindo um acesso melhor para o Hospital da Fap, para a Escola Tcnica Redentorista, para a UEPB e a Faculdade de Medicina da UFCG. um novo acesso, alm de estruturar o bairro do Monte Santo, inclusive com uma ponte sobre o canal. O Centro de Iniciao ao Esporte tambm est indo para a fase de licitao que ser implantado na rea do antigo Hospital Joo Ribeiro, que foi comprada e l ser criado um novo parque para a cidade, o segundo nestes 150 anos. Temos ainda obras de pavimentao em bairros inteiros, a exemplo de Novo Horizonte, Jardim Vitria, Jardim Paulistano e Rosa Cruz, com toda infraestrutura de drenagem e esgotamento sanitrio, alm de 18 ruas no distrito de Galante. Estamos implantando ainda o Terminal de Integrao das Malvinas com previso de entrega em outubro.

A sade um dos servios pblicos considerados como prioritrios pela populao. Quais avanos Campina Grande obteve nessa rea e quais os novos investimentos esto previstos pela gesto municipal?

Sade o servio pblico mais complexo, at porque a regra de repasse injusta. Temos priorizado a sade, mas usado para isso recursos da prpria administrao direta do municpio. Ns chegamos a investir nesse ano de 2014 mais de 25% de todo o nosso oramento em sade, quando a previso constitucional de 15%. claro que em funo disso a gente cita com alegria alguns avanos, como a compra do Hospital Pedro I e a municipalizao que, alm de evitar o fechamento daquela casa hospitalar, tambm estruturamos algo que no tinha na cidade. Campina Grande no possua um espao pblico para a realizao de cirurgias eletivas, h dcadas que no se resolvia uma s cirurgia eletiva na cidade. Dotamos o espao com a implantao de uma grande central de imagens, compramos um tomgrafo novo, um raio-x novo e uma srie de equipamentos de exames colocados disposio da populao. O Pedro I est funcionando bem, atendendo demanda da populao e acho que foi uma grande conquista. Tambm municipalizamos os servios do Hospital Dr. Edgley e j estamos ampliando os servios na rea de hemodilise com as 10 novas mquinas adquiridas e ampliamos tambm para internao em clnica mdica e 21 leitos de sade mental. Ainda implantamos a Policlnica das Malvinas, a Casa da Gestante do Isea, que a primeira da Paraba, e ampliamos os leitos no Isea, onde tivemos tambm a implantao de uma UTI materna. Desde a origem do Isea havia uma reclamao e cobrana da populao e dos profissionais de sade pela implantao de uma UTI para as mes. Alm da requalificao de postos de sade que temos feito sistematicamente, da implantao de centros de especialidades odontolgicas, intensificando as aes para melhorar a qualidade da sade. Campina atende atualmente demanda da cidade e de mais 173 municpios referenciados. O que queremos tambm fazer implementar o programa Remdio em Casa, atendendo pessoas que tem dificuldade de locomoo e precisam de medicamentos de uso

perodo, incluindo essas 4,1 mil casas cuja construo se iniciar no ms de outubro. Nossa gesto tambm poder ser lembrada pelo Parque Botnico d o Louzeiro que vamos implementar. Queremos ser lembrados no apenas por obras que tenham pedra, cimento e cal, mas tambm que sejam solidrias, que

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5CDL destaca fora do comrcio edefende instalao de porto seco

ENTREVISTA

Tito Motta

Tito Motta presidente do CDL-CG

O comrcio , historicamente, um dos pilares da eco-nomia de Campina Grande. Qual o cenrio atual para o setor na cidade?

Desde a poca em que Campina Grande detinha o status de vila, o comrcio j se destacava como o principal propulsor da economia local. Ao longo dos anos a atividade sempre se manteve como uma das principais atividades geradoras de emprego e renda no municpio. E hoje, ao completar 150 anos, Campina Grande continua sendo considerada uma cidade com um comrcio em constante desenvolvimento. A cidade tem um excelente servio de comrcio, com modernos centros de compras no varejo e no atacado, que contribuem para formar o segundo maior PIB entre os municpios paraibanos, representando 15% do total das riquezas produzidas na Paraba.

A fora do comrcio local foi um dos principais fatores para o desenvolvimento de Campina Grande ao longo de sua histria. Ainda podemos considerar Campina Grande como um plo comercial do nordeste? O que preciso fazer para mantermos essa posio?

A fora do comrcio de Campina Grande continua evidente. O varejo, ao lado do setor de servios, a atividade que mais emprega na cidade, conforme dados divulgados recentemente pelo IBGE. Nos ltimos anos a cidade tem se destacado ainda mais por conseguir atrair o interesse de empreendedores de grandes redes do varejo e do atacado, como tambm a instalao de shopping centers, o que contribui significativamente para que a cidade mantenha o status de plo comercial. Outro ponto que merece destaque tambm que Campina Grande, na dcada de 1950, passou a atrair estudantes de outras regies que vinham estudar nas universidades e consequentemente fortaleceram o comrcio local.

Alm de atuar juntamente com os lojistas, a CDL Cam-pina Grande instalou uma fundao fi lantrpica no

Com mais de 700 lojas associadas atualmente em Campina Grande, a Cmara de Dirigentes Lojistas (CDL) atua desde 1966 representando os interesses

do setor e promovendo a integrao entre as entidades e empresas que fomentam o desenvolvimento econmico da cidade. O empresrio Hilton Motta Filho, mais conhecido como Tito Motta, o presidente da CDL desde 2009, perodo marcado pela construo da nova sede da entidade e da Fundao CDL. Com formao em economia e direito, o dirigente lojista enfatiza a chegada de grandes empreendimentos nos setores do varejo e atacado e defende a instalao de um porto seco em Campina Grande para diversificar a economia e gerar novas oportunidades de negcio, emprego e renda.

de reunio e sanitrios e um amplo estacionamento.Qual o papel desempenhado pela CDL, ao longo de sua histria, para o crescimento de Campina Grande e do comrcio na cidade?

A funo da CDL, ao longo dos seus 48 anos de existncia, representar os comerciantes da regio junto ao poder pblico, bem como perante outras entidades quando se faz necessrio. Tambm funo da entidade organizar os empresrios, fomentando o comrcio da regio e a preocupao com os investimentos realizados no municpio. Alm disso, a CDL tem como uma das principais funes estimular a relao entre os empresrios, criando um ambiente de troca de informaes, e atravs deste ambiente que conseguimos atingir solues assertivas, posto que quando nos conhecemos melhor conseguimos atingir objetivos mais consistentes em relao necessidade real de nossa regio. Para atingir as metas acima mencionadas, a CDL Campina Grande tem um cronograma de atividades a serem realizadas, como palestras e encontros empresariais, atravs da parceria com o Grupo Friedman, com quem realizamos, por exemplo, o Programa de Treinamento de Gerentes e o Treinamento de Vendas no Varejo, ferramentas estas utilizadas para a discusso das reais necessidades do varejo local.

O que os lojistas projetam para o futuro da cidade? Quais as expectativas do setor para Campina Grande?

Como lojista campinense, sou um entusiasta, um otimista. Sempre projeto os melhores momentos possveis para Campina Grande. Acredito que a instalao do porto seco, antiga reivindicao dos empresrios e uma das bandeiras defendidas por nossa gesto, contribuir significativamente para o desenvolvimento da cidade, melhorando a vida dos industriais, produtores,

municpio. Quais os objetivos da entidade e quais ser-vios sero ofertados populao?

A Fundao CDL j existe oficialmente desde o ano de 2008, foi fundada ainda na gesto do empresrio Artur Almeida frente da CDL. De l pra c realizamos vrias aes, a exemplo do curso de formao para jovens com idade de ingressar no mercado de trabalho. A entidade foi criada com a finalidade de formar novos talentos para serem inseridos no mercado de trabalho, pois sabemos que a maior dificuldade dos jovens que buscam emprego a falta de experincia. Alm disso, a Fundao tambm tem o objetivo de prestar servios gratuitos e permanentes s crianas, adolescentes, jovens, adultos e idosos carentes, nas reas de assistncia social, educacional, cultural e esportiva, colaborando com os poderes pblicos, filantrpicos e congneres na realizao de programas assistenciais. Ano passado iniciamos a construo da nova sede da entidade, em um terreno doado em 2011 pela Prefeitura Municipal de Campina Grande. Em breve estaremos inaugurando este empreendimento.

Como est o processo de instalao da Fundao--CDL e quando a entidade comea a funcionar?

A Fundao CDL j est funcionando na nova sede, assim como o setor administrativo da prpria CDL. O empreendimento foi erguido para atender tanto a classe empresarial, como tambm a comunidade carente da cidade, promovendo assim a incluso atravs da realizao de cursos, treinamentos, palestras e capacitaes. O novo prdio est construdo em um terreno de mais de 5 mil m, doado pela Prefeitura Municipal de Campina Grande em agosto de 2011. A obra, com precisos 320 m de rea construda, ficou pronta em 12 meses. O espao possui sala de cursos/salo social, salas para as atividades administrativas, recepo, sala

A cidade tem um excelente servio de comrcio que contribui para formar o

segundo maior PIB entre os municpios paraibanos

6Qual sua avaliao sobre o estgio atual da econo-mia de Campina Grande? O cenrio promissor para os empreendedores?

Apesar de estarmos em ano que no foi bom para o comrcio, principalmente varejista, em virtude de vrios fatores do cenrio econmico nacional, mas Campina Grande uma cidade que se destaca por ter um comrcio forte. Nos ltimos quatro anos, a cidade teve uma quantidade muito grande de novos empreendimentos, tanto no ramo do varejo, quanto atacadista, e a gente tem a um cenrio muito positivo. O mercado imobilirio est muito aquecido e vrios empreendimentos esto em construo, onde, por exemplo, s um grupo de construtores tem 11empreendimentos de grande porte em Campina Grande, sem contar os outros construtores. Ento, Campina Grande tem hoje entre 25 e 30 empreendimentos imobilirios de grande porte, o que nos d um movimento bastante interessante na rea da construo civil, com 70% dessas obras j vendidas. Se formos analisar tambm na rea do comrcio varejista e atacadista nos ltimos trs anos tambm tivemos vrios empreendimentos, como Extra e Carajs, alm de uma srie de novos empreendimentos na rea da micro e pequena empresa. O principal shopping da cidade est em expanso e temos a, mais a longo prazo, pelo menos mais um shopping popular, em Bodocong, e outro shopping que nos prximos quatro ou cinco anos deve abrir na avenida Manuel Tavares. E temos na rea de centro de distribuio e de prestao de servios e atacadistas teremos essa rea do Parque Alusio Campos, que so 800 hectares que foram desapropriados pela prefeitura, onde 100

Associao Comercial prevsalto econmico

para Campinalvaro Barros presidente da Associao Comercial de Campina Grande (AACG)

ENTREVISTA

lvaro Barros

hectares sero ocupados por quatro mil casas, e tem j certo a fbrica de nibus, alm de aproximadamente 140 cartas de intenes de empresas que querem se instalar ali. No horizonte de Campina Grande at 2018, teremos todos esses empreendimentos funcionando ou em fase de lanamento. A perspectiva, apesar do cenrio nacional a maioria dos economistas acha que 2015 vai ser um ano difcil, mas a gente em Campina Grande est com um cenrio bastante positivo, tanto na rea imobiliria, no comrcio varejista e atacadista, nessa rea industrial com o projeto Alusio Campos, e na rea de tecnologia que tambm se destaca temos o Citta, Centro Tecnolgico Telmo Arajo, que temos a Sony investindo l. Acredito que, nos prximos quatro ou cinco anos, Campina Grande vai dar um salto em termos de crescimento.

Qual o papel desempenhado pelas micro e pequenas empresas para o crescimento econmico da cidade?

Em Campina Grande hoje, 90% das empresas so micro ou pequenas empresas. interessante porque o nmero delas bem maior do que o das empresas de maior porte e as micro e pequenas empresas geram o

maior nmero de empregos, praticamente 70% dos empregos gerados na cidade so em cima da micro e pequena empresa, ento um segmento muito interessante. Eu queria ressaltar o trabalho que o Sebrae est fazendo e que est conseguindo xito, tanto que a Paraba se destaca como o Estado onde as micro empresas tm maior longevidade, maior sobrevivncia.

Quais medidas precisam ser tomadas para estimu-lar o microempreendedor em Campina Grande?

preciso apoio municipal, estadual e federal. Recentemente, conseguimos com o governo do Estado elevar o teto do Simples Nacional que era de R$ 2 milhes para R$ 3,6 milhes e isso j deu uma ajuda, mas acredito que o Estado poderia fazer mais para atrair tanto empresas grandes, dando benefcios fiscais, e poderia tambm ajudar a micro e pequena empresa nesse sentido. O Estado poderia dar esse incentivo, como a prefeitura e o governo federal tambm. J existe um projeto que foi aprovado recentemente a nvel federal, que a simplificao do Simples. Ele j traz alguns benefcios em termos de abertura e fechamento de empresas, mas acredito que a partir do ano que vem isso tem condies de avanar mais.

A oferta de crdito um dos principais estmulos ao empreendedorismo. Quais as iniciativas da ACCG neste sentido?

A Sociedade de Garantia de Crdito Garanti Paraba, que foi uma iniciativa da Associao Comercial, uma ferramenta de ajuda micro e pequena empresa muito valiosa, muito interessante. Isso s existia no Sul e Sudeste do Brasil e a da Paraba foi a primeira

A cidade tem umaquantidade muito grande de novos empreendimentos, um cenrio muito positivo

Duplicar o Produto Interno Bruto (PIB) de Campina Grande at 2020. Esta a perspectiva sobre os efeitos dos novos empreendimentos que esto sendo instalados atualmente na cidade, de acordo com avaliao de lvaro

Barros, presidente da Associao Comercial de Campina Grande (ACCG). O empresrio de 51 anos conduz os rumos da entidade desde 2013, mas atua na associao h mais de 20 anos. Ele destaca o papel da micro e pequena empresa para a diversificao da economia local e demonstra como iniciativas de facilitao de acesso ao crdito propostas pela ACCG esto estimulando o empreendedorismo e abrindo novas perspectivas de investimento.

7que foi esquecido. Um ambiente bonito, com art dco interessante. Mas tem outras ideias que podem ainda ser feitas com esse projeto, como a prpria revitalizao do ambiente, que muito bonito, e que os prdios antigos podem ser restaurados numa parceria da prefeitura com a iniciativa privada, ficaria muito bonito. Quem sabe isso no uma semente para que a cidade ganhe um outro evento que ganhe propores e se torne to popular quanto o Maior So Joo do Mundo.

A Associao Comercial tem 88 anos de histria em Cam-pina Grande. De que forma a entidade contribuiu para o incremento da economia local no decorrer dos anos?

A Associao Comercial de Campina Grande a entidade mais velha da cidade. L, foi a primeira associao da cidade na rea empresarial. Foi na associao que nasceu a Fiep, o Sebrae que foi um projeto que nasceu em Campina Grande na dcada de 1960 e o sucesso foi to grande que se tornou nacional. E mais recentemente nasceu a cooperativa de crdito e o Garanti Paraba, fora outros rgos de utilidade pblica, como o Observatrio Econmico e Social e o Instituto Cresce Campina. A ACCG no se limita aos interesses do empresrio, ela tem um olhar da cidade como um todo. Se a cidade est crescendo, o comrcio cresce junto. Quanto mais a cidade se desenvolver, mais esse mundo empresarial vai junto. A Associao tem sido nestes 88 anos um canal entre o setor pblico e o setor privado e a populao,

do Norte e Nordeste. A grande dificuldade do micro e pequeno empresrio na hora de adquirir o crdito que ele no tem garantias, a onde a Sociedade de Garantia de Crdito entra. uma iniciativa apoiada pelo Sebrae, que o grande aportador de recursos com R$ 2 milhes e temos a promessa do governo do Estado de R$ 1 milho e as prefeituras de Campina Grande e Joo Pessoa com R$ 500 mil cada uma. Atingindo esse teto de R$ 4 milhes, esse dinheiro fica depositado no Banco Central e a Sociedade tem condies de emitir certificados de garantia at R$ 40 milhes. Como funciona: o empresrio vai l com seu projeto, se filia Sociedade de Garantia de Crdito, leva o projeto para anlise e, em sendo aprovado, a Sociedade d uma carta de garantia do financiamento. Com essa carta na mo, o empresrio vai na CGCred, que nossa coopetativa de crdito, e l ele consegue fazer seu financiamento sem precisar de uma garantia adicional e com uma taxa de juros 50% menor do que o praticado no mercado. J est funcionando com o Sicoob, mas j existem convnios a partir do ano que vem com Caixa e Banco do Brasil e a tendncia todos os bancos aceitarem essa garantia.

Qual a estimativa do volume de recursos movimen-tado pela Cooperativa de Crdito de Campina Gran-de atualmente? H perspectivas de crescimento?

A Cooperativa de Crdito de Campina Grande um sucesso. Fundada h quatro anos, hoje j a maior do Norte e Nordeste. Foram 60 empresrios que aportaram R$ 1,2 milho para iniciar e hoje essa cooperativa movimenta em Campina Grande por ms R$ 200 milhes. Desde o primeiro ano, a cooperativa tem apresentado um desempenho bom, tem apresentado lucro, e a grande vantagem para o cooperado que alm dele usar todos os servios que um banco tem, quando chega no final do ano o lucro que apresenta no exerccio rateado com os cooperados. No banco comum, o lucro do banqueiro. Ento temos diversas empresas em Campina Grande que h trs anos consecutivos recebem participao no lucro da cooperativa. um modelo bastante interessante, o dinheiro fica na cidade.

A ACCG parceira da Secretaria Municipal de Cul-tura na realizao do Projeto Campina de Outrora, alusivo s comemoraes dos 150 anos de Campina Grande. Como funciona essa parceria e qual a im-portncia dessa iniciativa cultura e preservao do patrimnio histrico da cidade?

O Projeto Boninas surgiu de uma conversa informal com o Secretrio de Cultura Lula Cabral. Eu disse que Campina conhecida hoje no Brasil pelo forr, mas a gente tem na cidade no s forr, tem uma diversidade musical muito grande e a gente tem mais de 20 bandas de rock e uma quantidade enorme de grupos de chorinho, jazz e outros estilos e essas pessoas no tinham um local para mostrarem seus talentos. O secretrio Lula incorporou essa ideia e teve a felicidade de se lembrar das Boninas, que era antigamente um ambiente noturno de Campina Grande dcadas atrs e

A Cooperativa de Crditode CG j a maior do Nortee Nordeste, movimentandopor ms R$ 200 milhes

promovendo um intercmbio de ideias e iniciativas. Quais as expectativas da ACCG para o futuro de Campina Grande?

Campina Grande vai ter um salto e nos prximos quatro ou cinco anos tem condies de ter salto em termos de economia muito grande. Eu diria que Campina tem a chance de nesse perodo duplicar o PIB local, vai depender tanto da iniciativa privada como, principalmente, na iniciativa pblica que tem de acompanhar nessa mesma velocidade dos investimentos na iniciativa privada. Os investimentos tm de ser paralelos, se no a gente no consegue desenvolver a cidade no ritmo que ela precisa.

Campina Grande vaiter um salto nos prximos quatro ou cinco anos e tema chance de duplicar o PIB

local nesse perodo

8Se ns abstrairmos os empregos da gesto pblica do municpio e do Estado, no tenha dvida que a indstria o maior empregador privado da cidade e tambm o maior da Paraba. Ento, o setor industrial tem um papel preponderante na vida e no desenvolvimento durante todos esses 150 anos de nossa cidade. Em princpio, at na dcada de 1940 e 1950, quando vivenciamos o apogeu do algodo, a indstria foi o grande indutor do desenvolvimento, porque ela fez criar aquela logstica que ns conhecemos, porque entravam dois mil caminhes de algodo por dia em Campina Grande e esses caminhes voltavam vazios e os seus condutores com o dinheiro no bolso. Ento, se ns planejssemos uma logstica, no faramos to grande quando a indstria induziu com a gerao dessa logstica

Qual o diferencial da indstria de Campina Grande no momento em que a cidade completa 150 anos?

Ns poderamos dizer que Campina Grande atravessou vrios ciclos, todos eles muito palpitantes. Foi sempre uma cidade inovadora, empreendedora, e vive hoje um estgio de modernidade na indstria, preparada para a competitividade mundial. Campina tem essa capacidade, essa competncia de vislumbrar longe o que ir acontecer nas prximas dcadas. E, assim, ns podemos dizer que cada indstria de Campina um case, uma histria de inovao e de modernidade que serve de exemplo para todas as outras cidades aqui do Estado e tambm certamente para muitas cidades do pas. Campina tem indstrias de porte muito grande como o caso das Havaianas com a Alpargatas, que tem oito mil operrios e que est em 65 pases do mundo, ou como a TESS, tambm do setor caladista, tem empresas como a Cadersil, Bendonite, todas empresas de porte grande e que fazem sucesso em todo o Brasil. Ento eu digo que uma indstria moderna, capaz de competir nos mercados mais acirrados do mundo.

Durante dcadas, Campina Grande se tornou conhe-cida como a Capital de Trabalho, atraindo pessoas de vrias cidades em busca de emprego em suas fbricas. Atualmente, o setor ainda est entre os principais empregadores da cidade, mesmo com o avano da mecanizao?

Sem dvida, a indstria de Campina Grande responde hoje por 30% do emprego da indstria no nosso Estado e o maior empregador de Campina Grande.

Campina foi sempre uma cidade inovadora e vive hoje um estgio de modernidade

na indstria, preparada para a competitividade mundial

Indstria cresce e projeta novos investimentos

na cidade

ENTREVISTA

Francisco Buega Gadelha

Com uma atuao ligada diretamente ao processo de desenvolvimento de Campina Grande, a indstria projeta mais crescimento nas comemoraes do sesquicentenrio da cidade. O presidente da Federao das Indstrias da Paraba

(Fiep), Francisco Buega Gadelha, analisa o cenrio atual da economia campinense e destaca a inovao e pioneirismo como caractersticas que atraem mais investimentos para a Rainha da Borborema. Recentemente eleito para assumir o quinto mandato consecutivo frente da Federao, Buega revela estatsticas de crescimento industrial, destaca os investimentos na qualificao de mo de obra e rebate avaliaes pessimistas, afastando a tese de crise. Os dados da Fiep apontam que o setor possui atualmente 1,6 mil unidades industriais instaladas no municpio, desde pequenas empresas a grandes multinacionais focadas na exportao, movimentando ao todo mais de R$ 1,5 bilho ao

espontnea, porque a indstrias de diversos setores da nossa economia, como o caso do cimento ou da indstria aucareira, instalaram-se com seus armazns de distribuio em Campina Grande e passaram a entregar para o restante do Nordeste. Assim, Campina se credenciou como uma cidade onde era o emprio do Nordeste, era o grande mercado onde todos faziam as suas compras em mquinas, em motores, em secos e molhados, em livros, enfim, tudo o que fosse necessrio, at armas, munies, explosivos, tudo era Campina que vendia para o restante do Nordeste. E chegoum a arrecadar 60% de tudo o que a Paraba arrecadava e algumas vezes at mais do que a prpria capital pernambucana. A indstria foi o grande indutor desse desenvolvimento, com as prensas de alta densidade que ns tnhamos fizeram a grandeza de Campina Grande.

O ciclo de urbanizao vivido por Campina Grande no decorrer do sculo XX est diretamente ligado ao crescimento da indstria na cidade, principalmente a partir do benefi ciamento de algodo. Em sua opi-

Francisco Buega Gadelha presidente da Federao das Indstrias da Paraba (Fiep)

9nio, como a indstria contribuiu ao longo dos anos para o desenvolvimento da cidade?

A indstria de Campina sempre se organizou de tal forma para que a cidade pudesse cumprir o seu plano diretor e por iniciativa prpria fez seus distritos industriais. Havia um distrito industrial em Bodocong que naquela poca usava as guas do aude para poder sobreviver e existia uma srie de curtumes e todos eles foram se juntando em locais adequados a uma situao de uma cidade que pretendia, j naquala poca, ser organizada. E, por fim, a indstria de Campina Grande fez seus vrios distritos industriais afastados do centro da cidade e com isso colaborou enormemente para que a cidade no fosse prejudicada por poluio, quer de rudo, quer de fuligem, e a indstria sempre teve um comportamento de quem prima pela responsabilidade social.

Campina foi a primeira e nica cidade do interior do Brasil a sediar uma Federao das Indstrias, enti-dade geralmente instalada nas capitais. Que fatores atraam a instalao da Fiep para Campina Grande?

Naquela poca, em 1949, Campina Grande arrecadava mais que todas as cidades do Estado, atingindo cerca de 60% da arrecadao, chegando a arrecadar mais do que Recife em alguns meses. Era a 13 cidade do Brasil, incluindo todas as capitais. Outra razo que contribuiu para a vinda da Fiep para Campina Grande foi a existncia de oito sindicatos do setor industrial, enquanto que na capital s havia dois. O maior nmero de sindicatos forma uma Federao e foi assim que a Federao das Indstrias se estabeleceu e se instalou na cidade. Campina Grande extremamente importante para o setor industrial da Paraba, primeiramente porque exporta mais do que outras cidades do Estado, tem grandes empresas e pode se orgulhar de ser um mosaico de desenvolvimento, no s industrial, mas

tambm comercial e do setor de servios. Qual o perfi l da mo de obra de Campina Grande? O que ainda preciso avanar no que se refere ca-pacitao?

Todos sabem que Campina Grande reconhecida no pas inteiro como uma cidade de alto nvel de desenvolvimento tecnolgico, por todos os seus institutos, pela suas universidades que formam e preparam mo de obra especializada e engenheiros para todo o pas. Falo em engenharia porque uma atividade que tem uma aderncia muito mais forte com a indstria do que qualquer outro setor da educao. Isso nos possibilitou que tivssemos grandes institutos de tecnologia e o Senai vai ter trs institutos: o de couro e calados, ns temos um amplo e geral como o Instituto Stnio Lopes e temos o Centro de Inovao e Tecnologia Industrial. Ento s aqui em Campina Grande, por ano, a gente est preparando e formando mais de 30 mil alunos, todos voltados para essa rea industrial, fazendo com que qualquer indstria que procure se instalar em Campina Grande tenha a sua mo de obra capacitada altura das suas necessidades.

De forma que, quando uma indstria mais diferenciada vem, os institutos e os centros de formao daqui esto preparados para formar de maneira customizada aqueles funcionrios que a indstria est a necessitar e isso ns temos feito com inmeras delas que se instalam em Campina Grande e tm todos os profissionais formados pelo Senai. E agora ns estamos equipando, para prestar servios tcnicos e tecnolgicos, com unidades que fazem a gerao do produto com impressoras 3D para j fazer uma prototipagem rpida de todas aquelas solues que a indstria est precisando. Ento, assim a gente est complementando a formao de mo de obra, com esses servios tcnicos e tecnolgicos. O Sesi e o Senai esto trabalhando num novo formato que o Ebep, Ensino Bsico e Ensino Profissionalizante, onde o Sesi prepara o aluno no nvel mdio e entrega para o Senai a sua formao profissional. E estamos subindo mais um estgio com a criao das faculdades Senai, onde ns vamos formar os tecnlogos de nvel superior em reas industriais. Em vrias vezes, as indstrias locais tm recebido prmio a nvel nacional da rea de inovao industrial.

Quais novos investimentos e empreendimentos es-to previstos para Campina Grande nos prximos anos? Quais as perspectivas de futuro para a inds-tria em Campina Grande?

Campina, que j tem uma indstria de construo civil desenvolvida, uma indstria de metal mecnica desenvolvida, vai receber grandes empreendimentos tambm na rea de alimentos. Campina Grande j tambm uma grande produtora de alimentos, mas vai receber mais investimentos ainda nesse setor. Haver de receber mais investimentos na rea de metal mecnica e da produo de veculos, de carrocerias e toda rea de metal mecnica voltada para a linha automotiva vai ter um grande desempenho aqui em Campina Grande. Mas eu tenho a convico de que o setor de minerao haver de ser um dos grandes condutores da economia de nossa cidade, um dos grandes esteios, como foi no passado na poca da guerra, haver de ser agora nesse momento em que as commodities passam a ter uma valorizao muito grande dadas as necessidades de consumo de toda a populao mundial.

Apesar das previses pessimistas dos economistas para o cenrio global, as perspectivas de desempe-nho do setor industrial de Campina Grande apontam para crise ou para um novo ciclo de crescimento?

Eu digo que nosso Estado, e em particular Campina Grande, est crescendo 12% ao ano no nmero de indstrias, 12% ao ano no nmero de empregos e 18% ao ano na sua massa salarial. Portanto, uma grande invencionice falar em crise de Campina Grande. Como que uma cidade est em crise se aumenta o seu nmero de empregos e se aumenta a sua renda? S para citar alguns exemplos do censo industrial feito aqui em Campina Grande no Sesi e no Senai, atravs da arrecadao da indstria obtida mensalmente em nossa cidade. Mas para citar exemplos externos, a gente pode ver como esto se instalando aqui, numa velocidade incrvel, empreendimentos como o Makro, Extra, Atacado, Magazine Luiza, Carajs, Aa e tantos outros empreendimentos que esto vindo aqui para nossa cidade. Ningum faz isso sem uma pesquisa por trs, o que demonstra a capacidade do consumo de Campina Grande, que se tornou uma grande cidade no setor de educao, de prestao de servios educacionais, de sade, financeiros. Ento ns no podemos ver esta cidade e dizer que ela est em crise quando vemos os seus edifcios a cada momento apontando para o alto, para essa sua grande vontade de crescer que sempre foi

S em Campina Grande, estamos formando mais de 30 mil alunos para a rea

industrial, fazendo com que qualquer indstria que se

instale na cidade tenha a sua mo de obra capacitada

Campina est crescendo 12% ao

ano no nmero de indstrias, portanto

uma invencionicefalar em crise

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A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) referncia no Norte e Nordeste, principalmente na rea de cincia e tecnologia, atraindo estudantes

e pesquisadores de vrias estados. Aps o perodo de expanso iniciado em 2002 com o desmembramento da UFPB, a meta atual da instituio que leva Campina Grande no nome priorizar a consolidao da qualidade de ensino e pesquisa. o que aponta o reitor Edilson Amorim, que assumiu o cargo em fevereiro de 2013, administrando um oramento anual estimado em cerca de R$ 400 milhes. Presente em Campina e mais seis municpios da Paraba, a UFCG oferece atualmente 95 cursos de graduao, atendendo a 21 mil estudantes, alm de possuir mais de 1,2 mil professores efetivos e 1,5 mil servidores. Nessa entrevista, o reitor apresenta projetos que esto sendo desenvolvidos na instituio e destaca o papel da UFCG para o desenvolvimento da

UFCG prioriza consolidao daqualidade de ensino e pesquisa

ENTREVISTA

Edilson Amorim

cidade.Se hoje Campina Grande considerada um plo tec-nolgico, muito se deve s pesquisas desenvolvidas na UFCG. Quais os principais projetos inovadores es-to sendo desenvolvidos na instituio atualmente?

Em cincia e tecnologia, destaco projetos nas reas de energias renovveis, dessalinizao, membranas cermicas para tratamento de gua em processos de extrao de petrleo, reuso de guas e materiais biomdicos para uso cirrgico; todos desenvolvidos. Em cincias humanas e sociais, tm relevncia os projetos de ateno terceira idade, de economia solidria e de extenso cultural.

Qual o papel desempenhado pela UFCG, ao longo de sua histria, no desenvolvimento da cidade?

Ao longo de sua histria, a UFCG responsvel pela formao de profissionais qualificados com decisiva insero local, regional e universal. Tanto para as atividades de formao quanto para a pesquisa avanada, a UFCG promove a circulao, em nossa cidade, de uma massa de recursos de inegvel valor para o desenvolvimento local.

Recentemente, a UFCG encaminhou prefeitura uma proposta para o Projeto Tecnpolis que inte-grar o Complexo Alusio Campos. Como ser a par-ticipao da UFCG no projeto?

O Espao Tecnpolis est includo no Projeto Alusio Campos da Prefeitura Municipal de Campina Grande. Esse espao dever promover uma interao constante e dinmica com as atividades industriais, buscando sintonizar a pesquisa acadmica e a inovao

Edilson Amorim reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

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industrial. Nesse espao, instalaremos os principais laboratrios da UFCG que atuam em pesquisa e inovao, de forma compartilhada com as demais instituies de ensino e de pesquisa da cidade, como Universidade Estadual da Paraba (UEPB), Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da Paraba (IFPB), Embrapa, entre outras.

Qual o balano que o senhor faz do processo de ex-panso da UFCG realizado a partir do desmembra-mento em 2002? H novas metas para expanso?

O balano extremamente positivo. No fosse a expanso, teramos uma quantidade ainda maior de jovens, entre 18 e 24 anos, fora do ensino superior. Alm da ampliao de vagas, cumpre destacar que a universidade est mais prxima das regies de origem dos estudantes. O foco principal, neste momento, a consolidao da nossa universidade; no entanto, existem demandas de expanso em implementao e em planejamento, a exemplo do curso de Engenharia em Pombal, da ampliao das vagas de Medicina em Cajazeiras e do curso de Engenharia em Energias Renovveis em Sousa.

Cursos de graduao e ps-graduao da UFCG apa-recem todos os anos em posies de destaque em

Temos um foco central para o desenvolvimento da UFCG: a consolidao das atuais estruturas fsicas e

da qualidade acadmica de nossa universidade

rankings de qualidade de ensino superior no Brasil. Qual o diferencial da instituio para atingir esses resultados e quais aes esto sendo desenvolvidas para melhorar a qualidade dos servios prestados pela instituio?

Em primeiro lugar, a pujana e a experincia das unidades de Cincia e Tecnologia que completam sua maturidade acadmica em formao e em pesquisa; depois, o investimento constante da instituio para manter, melhorar e ampliar o patrimnio laboratorial e a expertise do pessoal tcnico e docente responsvel

pelo bom desempenho da instituio.

Os hospitais universitrios administrados pela UFCG se tornaram tema de discusso e polmica a partir da adeso ao novo modelo de gesto pro-posta pelo governo federal. Como est a situao atual do Hospital Universitrio de Campina Grande e quais as perspectivas de futuro para o servio?

Fizemos a adeso Ebserh (Empresa Brasileira de Servios Hospitalares) como primeira etapa para implantar uma gesto compartilhada dos nossos hospitais universitrios. At este ms de outubro, deveremos concluir o dimensionamento dos servios e do pessoal necessrios para os hospitais. Feito isso, assinaremos contrato de gesto com a Ebserh e realizaremos concurso pblico para servidores efetivos do HUAC em Campina Grande e do HUJB em Cajazeiras.

A UFCG est desenvolvendo alguma programao alusiva aos 150 anos de Campina Grande? Quais aes esto previstas?

Nossa Pr-Reitoria de Pesquisa e Extenso integra a Comisso Organizadora do Sesquicentenrio. Eu mesmo participei, em setembro, das atividades desta comemorao, ministrando uma palestra sobre o romance A vtima geral, de Virgnius da Gama e Melo, obra ficcional que dramatiza os acontecimentos polticos que, na dcada de 1950, culminaram com o assassinato do vereador Flix Arajo.

Quais as metas e projetos da UFCG para os prximos anos?

Neste momento, nossas unidades esto discutindo a PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional da UFCG. Essa discusso continuar com o envolvimento de toda a comunidade e dos rgos colegiados da universidade. Alm das aes de crescimento que j indicamos, temos um foco central para o desenvolvimento da UFCG a consolidao das atuais estruturas fsicas, melhoramento dos

Ao longo de sua histria, a UFCG responsvel pela formao de profissionais qualificados com decisiva insero local, regional e universal

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As ideias que vo gerar as obras e aes responsveis por construir a Campina Grande do futuro passam pela Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan).

onde o mapa da cidade repensado com a elaborao de novos projetos que vo mudar o traado urbano, criar novas vias de acesso e trnsito ou simplesmente dotar a cidade da infraestrutura necessria para o conforto da populao. Nessa entrevista, o secretrio de planejamento Mrcio Caniello defende a participao da populao no planejamento urbano da cidade e apresenta projetos ousados, como a Ala Leste, o 2 Anel Virio, a construo de parques lineares, do Centro Administrativo e de edifcios-garagem. O socilogo e professor universitrio, que assumiu a pasta em 2013, apresenta ainda os projetos de habitao e as propostas para revitalizao de espaos urbanos considerados como patrimnio histrico da cidade.

Quais as principais diretrizes e metas para o pla-nejamento urbano da cidade, adotadas atualmente pela gesto municipal?

A primeira diretriz que ns adotamos a questo da participao da sociedade na deciso sobre o processo de planejamento urbano e do futuro da cidade. Nesse sentido, criamos no ano passado o Conselho da Cidade, voltado para esta pauta. Em segundo lugar, uma diretriz importante a atualizao da legislao urbanstica da cidade, tal como estava previsto no Plano Diretor de 2006. O plano estabeleceu a produo de pelo menos nove instrumentos legais que deveriam ter sido promulgados seis meses depois da edio

Projetos ousados vo mudar

cenrio urbano da cidade

ENTREVISTA

Mrcio Caniello

do plano, o que no foi feito. Por exemplo, a poltica municipal de habitao foi feita e estamos revisando e estamos elaborando o Plano Diretor de Mobilidade Urbana. Mas o mais importante disso tudo a questo do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, que uma pauta para 2015. O Plano Diretor tambm prev a constituio desse fundo, especfico para o desenvolvimento urbano, mas temos de discutir com a sociedade, dentro da prpria gesto, de onde viro os recursos para esse fundo. E, claro, a prpria reviso do Plano Diretor que est prevista para 2016, que precisa ser revisado pelo menos de dez em dez anos.

Esto previstas mudanas na organizao da cidade e de seu permetro urbano, como por exemplo, nos distritos e bairros?

Uma diretriz importante a organizao do espao urbano de Campina Grande. Estamos atualizando a base cartogrfica do municpio, que no estava atualizada desde 2010, para criar o sistema de informaes georeferenciadas e em breve, a meta

2015, ns poderemos disponibilizar para a populao acesso ao sistema. Estamos revendo ainda a diviso distrital da cidade. Hoje o distrito sede praticamente coincide com o permetro urbano e em alguns lugares j est na divisa do municpio. A gente tem de repensar essa diviso distrital e os permetros urbanos, tanto do distrito sede, quanto dos distritos de Catol de Boa Vista, Galante e So Jos da Mata, porque ali j houve processo de expanso urbana. E a nova diviso de bairros de Campina Grande, dada a expanso da cidade, ns estamos concluindo uma proposta de mexer o mnimo possvel, mas resolver alguns problemas de bairros que esto grandes demais. H bairros em que no se sabe onde comea e onde termina e ns vamos apresentar as propostas da nova diviso distrital, do permetro urbano e dos bairros no dia 21 de outubro, no mbito do sesquicentenrio de Campina Grande, na reunio do Conselho da Cidade. Atualmente temos 50 bairros e esse nmero vai aumentar. Quais os principais projetos estruturantes que esto sendo planejados ou j em andamento em Campina Grande?

A Ala Leste, primeira grande avenida criada desde o prolongamento da Av. Floriano Peixoto, uma obra de R$ 14 milhes e j em andamento. Ns temos um programa de pavimentao e requalificao de vias urbanas, que talvez seja o problema mais grave e mais aflitivo para a populao, em termos de infraestrutura urbana. Ns temos uma estimativa com cerca de 420 km de ruas no pavimentadas. Definimos a meta de pavimentar cerca de 60 km de vias por ano, o que daria

preciso aumentar os espaos pblicos de

qualidade para a populao em Campina Grande

Mrcio Caniello secretrio de Planejamento deCampina Grande

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em quatro anos 240 km de vias. No ano passado foram pavimentadas 70 ruas. Tambm temos outras aes de macrodrenagem, fundamentais porque Campina tem uma configurao de relevo muito complicada. Estamos executando o Canal da Ramadinha e o Canal de Santa Rosa e j estamos com recursos para executar a 2 etapa do Canal de Bodocong. Temos ainda investimentos em parques, praas e reas verdes, rea importante de um planejamento urbano pensado para as pessoas. preciso aumentar os espaos pblicos de qualidade para a populao em Campina Grande. Temos o Parque da Liberdade, novo projeto em terreno desapropriado pela atual gesto e j com recursos para instalao do Centro de Iniciao ao Esporte. Um grande projeto vai ser lanado no dia 21 de outubro e vai ser fruto de um concurso nacional de projetos para a revitalizao da Bacia do Riacho Piabas, envolvendo a urbanizao do Jardim Continental, da Rosa Mstica e do Jardim Meneses. Alm disso, teremos um parque linear s margens do riacho, com rea verde e equipamentos pblicos, e o Parque Botnico do Louzeiro, em rea desapropriada e definida como rea de proteo ambiental. Ainda temos o programa de Parceria Pblico-Privadas, onde definimos trs projetos, que so a iluminao em LED, o novo Centro Administrativo e os edifcios-garagem.

A mobilidade urbana um dos temas mais desafi a-dores para os gestores pblicos na atualidade. Quais intervenes Campina Grande precisa fazer para garantir que o crescimento da cidade no gere no-vos problemas de mobilidade no futuro?

A mobilidade uma questo central hoje na discusso sobre urbanismo e a mobilidade pensar a cidade para as pessoas e no para os carros. A prioridade do transporte pblico um valor central nesse processo. Uma caracterstica de Campina Grande a polarizao centro-periferia e tudo passa pelo centro, por isso um dos nossos principais projetos para a cidade o 2 Anel Virio, que ter 21 km e vai passar por 26 bairros em uma obra de R$ 140 milhes. Esta a maior obra de mobilidade urbana j projetada em Campina Grande. So duas pistas de trs faixas de rolamento cada uma,

circundando Campina Grande para fazer a ligao bairro a bairro sem precisar passar pelo centro. um projeto ambicioso, nossa grande estratgia no planejamento de desafogar o centro. Teremos acessibilidade integral com ciclovias, corredores exclusivos para nibus, abrigos e terminais de integrao para o trfego intermunicipal, j que Campina tem essa caracterstica de ser uma cidade plo, que recebe muitas vans e nibus de outras cidades. O Centro Administrativo tambm faz parte dessa nova estratgia, onde todos os rgos, inclusive a Cmara de Vereadores, que esto dispersos no centro da cidade, estaro unidos noutro ponto de expanso urbana de Campina. E finalmente, temos o que estamos chamando de corredores verdes de Campina Grande, com os parques lineares nos canais que estamos revitalizando.

A requalifi cao da feira central uma ao muito aguardada em Campina Grande. O que a populao pode esperar deste projeto?

Pode esperar muito. Em 2005, a prefeitura fez um convnio com o Ministrio do Turismo, em valores totais de R$ 40 milhes. A gesto anterior elaborou um projeto que foi embargado pelo Iphaep e quando assumimos a prefeitura o projeto estava parado e metade dos recursos j tinham sido retomados pelo Tesouro Nacional, R$ 18,5 milhes, e estamos em face de perder o restante. A opo foi partir para um processo de parceria com as universidades e de dilogo com a populao da feira. Criamos uma equipe tcnica especfica dentro da Seplan, que desenvolveu um projeto em dilogo com os feirantes. O projeto foi concebido dessa forma e ser desenvolvido em fases, para no conturbar e interromper a comercializao e a primeira fase do projeto que cria 450 novos pontos comerciais na feira, sem mexer com ningum, est sendo licitado, passando pelo crivo do Iphaep, do Corpo de Bombeiros, da Vigilncia Sanitria e dos rgos ambientais. Esse projeto ficou em R$ 7,5 milhes. Enquanto isso, estamos concluindo os outros projetos, com a completa requalificao e reforma do Mercado Central, a requalificao do largo da feira e as ruas. So

projetos que esto prontos e esto sendo orados para definirmos o que ser feito primeiro e depois captar recursos para fazer o projeto como um todo.

Quanto preservao do patrimnio histrico da cidade, como est o andamento dos projetos de re-vitalizao do antigo Cine Capitlio e do Cassino El-dorado? O que a gesto municipal pretende realizar nestes espaos e quanto ser investido?

No projeto inicial (de 2008) para a revitalizao da feira, no estava prevista a restaurao dos dois principais edifcios histricos da Feira Central, que o edifcio do Pau do Meio, tambm art dco, e o Cassino Eldorado. Mas j est pronto o projeto arquitetnico da restaurao do Pau do Meio e do largo do Pau do Meio, que vai ser concludo numa mesma fase. J prevamos tambm o Eldorado e infelizmente ns fomos tomados pelo lamentvel desabamento daquela estrutura. Fizemos o escoramento e o edifcio foi desapropriado e vamos no dia 21 de outubro assinar um convnio com uma fundao cultural e estamos projetando criar ali uma escola de artes e ofcios, para preservar o artesanato de cestaria, de flandres e a cermica. Seria uma concesso a essa Fundao Cultural que ficaria responsvel pelo custeio dessa estrutura. Quanto ao Capitlio, ainda estamos em estudo. um prdio tombado pelo patrimnio histrico e quem cuida dessa parte a Secretaria de Cultura, que dever sinalizar o que se deseja fazer ali e a pensar alternativas. J existem trs projetos antigos sobre o Capitlio, mas desatualizados porque a realidade hoje ali outra.

Quais os projetos habitacionais que esto sendo de-senvolvidos pelo municpio atualmente?

O dficit habitacional de Campina Grande foi calculado ano passado, com base nos dados do Censo do IBGE, em torno de 13 mil unidades habitacionais. Temos feito parcerias com o governo federal, atravs do Programa Minha Casa, Minha Vida. Alm do Residencial Major Veneziano com 1900 unidades, temos o conjunto Vila Nova da Rainha, onde estaremos entregando quase 600 unidades e estamos fazendo um termo de comparao com o Movimento Nacional pela Moradia para construir 500 novas habitaes. Mas o grande projeto o bairro planejado Alusio Campos, com 4,1 mil unidades habitacionais dentro de um novo plo de desenvolvimento urbano de Campina, onde vamos ter um distrito industrial, o hub logstico e a Tecnpolis, tambm com escolas, creches, unidades bsicas de sade, academias populares e um centro de assistncia social. A pedra fundamental ser lanada em 15 de outubro, neste que ser o maior conjunto habitacional em construo no Nordeste e um dos maiores do Brasil e que deve ser entregue populao j no fim de 2015.

Quais os principais desafi os do municpio hoje para preparar a cidade para o futuro?

A mobilidade um desafio muito importante, assim como a requalificao dos espaos pblicos. Mas talvez o grande desafio de Campina Grande seja dotar a cidade de uma infraestrutura altura da cidade, principalmente na pavimentao e drenagem de vias. A habitao tambm, j que no podemos pensar numa cidade sustentvel se as pessoas no tm onde morar. E o desafio da urbanidade, do momento livre de lazer, da rea verde e dos espaos pblicos onde as pessoas possam ir e fruir dele de maneira positiva, integrando na sua vida cotidiana o esporte, o lazer e o descanso.

A mobilidade uma questo central hoje na discusso sobre urbanismo. Temos de pensar a cidade para as pessoas e no para os carros

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H mais de 40 anos a universidade se destaca no fomento, preservao e difuso das artes e da cultura, atravs do Museu de Arte Assis Chateaubriand, inicialmente, e nas duas ltimas dcadas com uma forte insero no apoio s atividades artsticas, difuso da cultura popular pelo Grupo Acau da Serra e com o Museu de Arte Popular da Paraba. Tambm no apoio produo audiovisual, arte popular nordestina com os cursos livres de sanfona de 8 baixos, percusso regional e ainda a sanfonada, escola popular de acordeon. Do mesmo modo, o ballet, o teatro, a dana popular, as artes visuais, os festivais estudantis e os congressos de violeiros, bem como o apoio em parceria ao Festival de Inverno de Campina Grande.

A UEPB anunciou um projeto pioneiro no pas para construir uma fbrica de equipamentos hospitala-res em Campina Grande, destinados rede de sade pblica. Como est o andamento da instalao da fbrica? Quais os benefcios que o novo empreendi-mento trar para a economia local?

Este um projeto inovador em se tratando da parceria pblico-privado, envolvendo Ministrio da Sade, UEPB e empresa do Rio Grande do Sul. Produziremos desfibriladores, monitores paramtricos e outros equipamentos, todos j

Qual o balano que o senhor faz da trajetria de quase 50 anos da UEPB, desde a criao da URNe em 1966? Qual o principal legado construdo pela insti-tuio nesse perodo?

Um saldo extremamente positivo. A formao de quadro profissionais em reas fundamentais para o desenvolvimento da Paraba, em larga escala, passa pela contribuio da UEPB. Nas Cincias Humanas, na Sade, nas reas de Cincias Sociais Aplicadas, Exatas, enfim, em todos os recantos deste Estado se encontram marcas deixadas pela universidade do povo da Paraba. A contribuio essencial tem sido esta: desenvolver o Estado por meio da educao superior, da cultura, da cincia.

Qual o papel desempenhado pela UEPB para o de-senvolvimento da educao em Campina Grande?

Um exemplo interessante. Dos anos 60 at os dias atuais, quase todos os gestores mais destacados da educao no municpio foram formados pela UEPB ou foram gestores da UEPB antes de se destacarem na conduo da educao junto PMCG. Mais da metade dos educadores da rede pblica municipal e tambm do setor privado foi formada pela UEPB. Isso por si, j revela enorme contribuio ao municpio.

A histria da UEPB tambm est relacionada ao fo-mento arte e cultura na cidade. Quais os investi-mentos atuais da instituio nesse setor e as pers-pectivas de novos projetos para o futuro?

A formao de quadro profissionais em reas fundamentais para o desenvolvimento da

Paraba, em larga escala, passa pela contribuio

da UEPB

UEPB amplia ps-graduaoe instala fbrica

em Campina

ENTREVISTA

Antnio Rangel Junior

Criada a partir de Campina Grande, a Universidade Estadual da Paraba (UEPB) est presente atualmente em outros sete municpios do Estado e exerce um papel fundamental no acesso ao ensino superior. O crescimento da instituio revelado

pelo nmeros: 18,5 mil alunos matriculados, 49 cursos de graduao, mais de 1,3 mil professores e 1,2 mil servidores. O professor Antnio Guedes Rangel Jnior, atual reitor da UEPB, destaca os avanos da instituio com a ampliao da ps-graduao e dos projetos de expanso e revela a realizao de projetos inovadores, como a instalao da fbrica de equipamentos hospitalares em Campina Grande. Ao longo de sua trajetria, Rangel Jnior atuou no sindicato docente e, posteriormente, exerceu vrios cargos na administrao universitria, at ser eleito reitor em 2012 e assumir a gesto de um oramento estimado em R$ 246 milhes para 2014.

previstos para aquisio direta pelo MS/SUS. Alm da gerao de empregos em uma rea importante em que a cidade forma muitos profissionais de boa qualidade, o benefcio tambm est na oportunidade de Campina Grande se fortalecer como centro produtor de tecnologia, uma das mais destacadas

Rangel Junior reitor da UEPB

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fontes geradoras de divisas e riqueza no mundo contemporneo.

Outros projetos e parcerias, como a da fbrica, es-to previstos para 2014? Quais as novidades que a comunidade acadmica pode esperar da UEPB nos prximos meses?

Este ano tem sido muito difcil para a universidade. Temos enormes restries em termos de investimentos. Praticamente 100% do investimento hoje na UEPB acontece com recursos federais. Tais recursos foram captados graas competncia tcnica e cientfica instalada na instituio e tambm pelas gestes da equipe da Reitoria junto a ministrios e parlamentares federais. Da fonte originria e principal de financiamento, nosso mantenedor, que o Estado da Paraba, em termos de investimentos, chegamos ao nvel mais baixo dos ltimos 10 anos.

Como se deu o processo de expanso da UEPB para outros municpios do Estado e quais as prximas etapas deste processo?

Desde sua fundao, nos anos 60, a Universidade permaneceu quase do mesmo tamanho at a Estadualizao, em 1987. Um campus em Campina Grande e a Escola Agrcola Assis Chateaubriand, em Lagoa Seca. Com a criao da UEPB foram incorporados mais dois campus, em Guarabira e Catol do Rocha. Quase 20 anos depois, em 2006, houve novo ciclo de expanso, com a criao dos campus de Joo Pessoa, Monteiro e Patos. Mais recentemente, o ltimo campus criado foi na cidade de Araruna. H uma conscincia muito forte na comunidade universitria de que o prximo passo, que est relativamente travado e interrompido nos ltimos anos, a consolidao da expanso feita nesta dcada. Nossa preocupao com a expanso proporcional ao compromisso com a qualidade. Portanto, esta deve ser a meta principal para os prximos anos: a consolidao institucional, com corpo docente e tcnico estvel e qualificado, bem como a soluo dos grandes gargalos em infraestrutura fsica e de equipamentos.

Alm das aes de ensino e pesquisa, a UEPB tam-bm presta servios comunidade atravs dos pro-jetos de extenso. Quais os principais servios ofer-tados pela UEPB e quais os resultados obtidos junto populao?

Por ser a sede e o maior campus, Campina Grande recebe tambm os maiores benefcios nesta rea. Temos projetos destacados de extenso em todas as reas de atuao da universidade. Da Comunicao Sade, do Direito Qumica, do Servio Social Psicologia, esportes, terceira idade, enfim, onde tem sociedade hoje tem a UEPB presente de algum modo e com alguma ao. Nestes projetos h um envolvimento muito importante das comunidades, principalmente as mais necessitadas, que no recebem a devida e completa ateno por parte do aparelho do Estado de modo geral. As pessoas envolvidas nestes projetos criam um vnculo afetivo e social muito forte com a

instituio. um dos pontos fortes da universidade e que fazem com que o povo a perceba como sua propriedade, bem mais que a outras assemelhadas.

Quais as metas da UEPB para a ps-graduao?Esta rea passou recentemente pela maior

expanso de toda a histria da UEPB. Em 10 anos samos do zero para 22 programas de ps-graduao stricto sensu, sendo 17 mestrados e cinco doutorados. Mantemos ainda dezenas de cursos sazonais de especializao, assegurando a qualidade e a credibilidade da marca UEPB. Nossa expanso futura passa pela expanso vertical. Com a consolidao dos quadros de doutores por departamentos, a tendncia natural irmos criando programas de mestrado e doutorado, at que eles existam em todas as reas onde tenhamos graduao e at mesmo mais de um, conforme a capacidade instalada e a necessidade de verticalizao do conhecimento.

A UEPB est desenvolvendo alguma programao alusiva aos 150 anos de Campina Grande? Quais aes esto previstas?

A nossa Editora Universitria, EDUEPB, tem dado uma contribuio importantssima ao desenvolvimento da cincia e da cultura em nossa regio. Prova disso pode ser aferida pelos dois prmios Jabuti, conquistados nos ltimos quatro anos. A criao de selos especficos para publicaes de obras de fico e de temas variados, alm de estimular o mercado editorial, d vazo a uma demanda fundamental da produo editorial da universidade e da produo intelectual de poetas, teatrlogos, cronistas, ficcionistas de modo geral e mesmo a literatura popular e o cordel e a literatura dirigida ao pblico infanto-juvenil. Alm de muitas parcerias gerais integradas s comemoraes dos 150 anos de Campina Grande, vrias obras esto sendo publicadas, inditas e reedies, em aluso ao sesquicentenrio do municpio.

Neste momento em que a cidade comemora seus 150 anos, quais os principais desafi os da UEPB para o futuro? Quais as metas da instituio para os pr-ximos anos?

A UEPB uma inveno campinense. Nasceu URNe, pensada como instrumento desenvolvimentista nos idos anos 60 do sculo XXI, j como evoluo da Fundao para o Desenvolvimento da Cincia e da Tcnica (Fundact), criada nos anos 50. parte dessa vocao e capacidade de viso de futuro do povo desta terra. Ao se transferir a URNe para o Estado,

apenas se ratificou aquilo que j era sua vocao original: ser uma instituio de amplitude regional e, agora, nacional. Sempre recebendo jovens estudantes de todos os estados brasileiros, notadamente do Nordeste. Na ltima dcada, a UEPB tem recebido pesquisadores renomados do pas e do exterior, que veem na instituio uma possibilidade de edificao de uma carreira profissional slida como pesquisadores e docentes de nvel superior. Como instituio social, a UEPB estar sempre sujeita a crises, mas estas tambm a fortalecem e fortalecem seu carter pblico e de instituio fortemente vinculada ao seu povo e sua regio. Isso nos anima e motiva para continuarmos construindo, cuidando, preservando e buscando fortalecer esta que , indubitavelmente, um dos maiores patrimnios do povo paraibano. Para os

A UEPB uma inveno campinense. parte dessa

vocao e capacidade de viso de futuro do povo desta terra

A contribuio essencial da UEPB tem sido desenvolver o Estado por meio da educao

superior, da cultura, da cincia

Nossa preocupao com a expanso proporcional ao compromisso com a qualidade. Esta deve ser a meta principal para os prximos anos

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594,18 km2rea territorial

648,31hab/km2

Densidade demogrfica

R$ 931,5 milhesOramento Pblico Municipal (dados de 2O11)

8.3O1empresas atuantes

(dados de 2012)

1,6 milIndstrias instaladas 73 anos

Expectativa de vida

O.720ndice de Desenvolvimento Humano (IDH)

nvel alto, terceiro maior da Paraba4O2.912

Populao estimada (2O14)

63,8%ndice de populao

economicamente ativa 263.489eleitores

2 maior colgio eleitoral da PB

R$ 5,3 bilhesProduto Interno Bruto - PIB (dados de 2O11)

R$ 13,7 milPIB per capita (dados de 2O11)

R$ 63O,O3Renda per capita (dados de 2O11)

146.925 veculos

Frota em 2014

12O escolas25 creches

Unidades de ensino da rede municipal:

3 pblicas14 particulares

instituies de ensino superior

Campina Grande em nmeros

Fontes: Prefeitura de Campina Grande, IBGE, Denatran, Fiep e Atlas do Desenvolvimento Humano

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