UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE … · A ATUAÇÃO DOS RELAÇÕES PÚBLICAS NA...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS
PRISCYLLA JÔSE NASCIMENTO LIMA
A ATUAÇÃO DOS RELAÇÕES PÚBLICAS NA ASSESSORIA, CONCEPÇÃO,
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE EVENTOS.
JOÃO PESSOA
2019
PRISCYLLA JÔSE NASCIMENTO LIMA
A ATUAÇÃO DOS RELAÇÕES PÚBLICAS NA ASSESSORIA, CONCEPÇÃO,
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE EVENTOS.
Artigo científico apresentado ao Centro de
Comunicação, Turismo e Artes, da
Universidade Federal da Paraíba, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel(a) em Relações Públicas
Orientador: Prof. André Luiz Dias de França
JOÃO PESSOA
2019
Inserir os Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – Ficha Catalográfica
PRISCYLLA JÔSE NASCIMENTO LIMA
A ATUAÇÃO DOS RELAÇÕES PÚBLICAS NA ASSESSORIA, CONCEPÇÃO,
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE EVENTOS.
Artigo científico apresentado ao Centro de Comunicação, Turismo e Artes, da Universidade
Federal da Paraíba, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em
Relações Públicas.
RESULTADO: Aprovada NOTA: 9,5
João Pessoa, 25 de setembro de 2019.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Dr. André Luiz (orientador)
UFPB
__________________________________________
Me. Andréa Karine (examinador)
UFPB
__________________________________________
Prof. Carol Colpo (examinador)
UFPB
Dedico esse artigo à Valdemira Rodrigues, minha mãe, por ser minha amiga, professora,
incentivadora e a pessoa mais justa que eu admiro. Ao meu orientador André, por ser um
excelente professor e amigo, possuindo paciência e determinação formidáveis e a Patrícia
Fonseca pela amizade e pelo caminho compartilhado durante o curso em sua conclusão.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos meus amigos e familiares que acreditaram na minha devoção ao curso de
Relações Públicas durante todo período de graduação.
RESUMO
O presente artigo demonstra como o profissional de Relações Públicas pode diante dos
conhecimentos adquiridos na graduação, assessorar um palestrante e conduzir o planejamento,
concepção e execução de eventos organizacionais, que vem ganhando espaço nas corporações
pelo país. Com base nas exposições de diversos autores, realizou- se uma análise com o
intuito de asseverar como as Relações Públicas e as técnicas comunicacionais são manuseadas
em busca do reconhecimento na atividade de eventos para empresas, servindo de norte a
futuros profissionais de comunicação. Nessa certificação, utilizou-se a pesquisa qualitativa. E
através de entrevistas com Relações Públicas palestrantes que atuam na atividade, foram
coletadas informações sobre o processo profissional, sobre a utilização das palestras como
ferramenta de comunicação, comunicação empresarial, como estão os eventos coorporativos
atualmente e como ocorre a aplicação dos saberes e técnicas de Relações Públicas nos
processos. Constatando o aproveitamento dos conhecimentos em todo processo envolto aos
eventos coorporativos, nas construções das palestras como também das assessorias
especializadas, revelou-se a falta de afeição dos profissionais pelo ramo de eventos
corporativos e a necessidade da constatação de uma escassez do Relações Públicas nesse
mercado.
Palavras-chave: Relações Públicas. Comunicação empresarial. Eventos
ABSTRACT
This article demonstrates how the Public Relations professional can face the knowledge
acquired at undergraduate, advise a speaker and conduct the planning, design and execution of
organizational events, which has been gaining space in corporations across the country. Based
on the expositions of several authors, an analysis was carried out in order to assert how Public
Relations and communication techniques are handled in search of recognition in the activity
of events for companies, serving as a guide for future communication professionals. In this
certification, the qualitative research was used. And through interviews with Public Relations
speakers who work in the activity, information was collected about the professional process,
about the use of lectures as a communication tool, business communication, how are the
corporate events currently and how the application of knowledge and techniques. Public
Relations in the processes. Noting the use of knowledge in the entire process involved in
corporate events, in the construction of lectures as well as specialized advisory, revealed the
lack of affection of professionals for the branch of corporate events and the need to find a
shortage of Public Relations in this market.
Keywords: Public relations. Business communication. Events
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 11
2.1 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL..................................................................................11
2.2 MUDANÇAS NA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL...................................................12
2.3 IMAGEM E REPUTAÇÃO................................................................................................13
2.4 EVENTOS COMO FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO APROXIMATIVA............13
2.5 EVENTOS E MARKETING..............................................................................................14
2.6 PALESTRAS......................................................................................................................15
2.7 PERFIL DO PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS...........................................16
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 19
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................................ 22
4.1 PERFIS ............................................................................................................................... 22
4.2 EVENTOS COMO FERRAMENTA DE RELAÇÕES PÚBLICAS................................. 22
4.3 RELAÇÕES PÚBLICAS NA ORGANIZAÇÃO DE PALESTRAS ................................ 22
4.4 ASSESSORIA PARA PELESTRANTES .......................................................................... 22
4.5 O RELAÇÕES PÚBLICAS COMO PALESTRANTE ..................................................... 22
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 29
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 31
9
1 INTRODUÇÃO
Nesse artigo, discutimos o ramo de eventos, priorizando as palestra da sua concepção
à sua execução, se investigou o perfil dos palestrantes refletindo as competências do
profissional de Relações Públicas para a função, analisando a relevância do assessoramento
para palestrantes e examinamos quais posturas adotadas pelos profissionais de Relações
Públicas que auxiliam na formação de palestras organizacionais. Começamos indagando o
tema e relembrando o objetivo geral dessa pesquisa nessa introdução. A fundamentação
teórica aborda os principais autores utilizados no estudo, destacando as habilidades do
profissional de comunicação que são debatidas em várias perspectivas, além de serem
continuamente abordadas ao longo da vida acadêmica do estudante de comunicação.
Evidenciamos em que contexto ocorre a necessidade dos eventos corporativos, a comunicação
estratégica e definiremos a comunicação organizacional e suas propriedades essenciais.
Elucidamos o que é evento e como ele, através das palestras, atuando em razão de aproximar
o público e a importância da imagem e da reputação. Em seguida, descrevemos o perfil do
palestrante e do Relações Públicas e as etapas envolvidas no planejamento e na execução das
palestras.
Além dos citados anteriormente, no artigo, ainda foram detalhados os aspectos
metodológicos. A investigação foi realizada através de uma pesquisa aplicada, com
abordagem qualitativa e objetivo exploratório. Utilizamos a pesquisa bibliográfica e a
obtenção de dados que se deu através de duas entrevistas com duas profissionais de Relações
Públicas que atuam como palestrante. A análise dos resultados se sucedeu a partir da análise
de conteúdo, que se constitui num método específico usado para esclarecer a estruturação
esquemática que o acompanha. Ao seguir seu passo a passo, torna-se mais fácil e menos
ambíguo a compreensão textual, “devido à possível redução do material anteriormente
delineado. As muitas regras formuladas destacam essa impressão de uma maior clareza e
ausência de ambiguidade” (FLICK, 2009, p. 294). Os problemas de pesquisa que se colocam
para este trabalho ensejam em responder a seguinte questão: como as Relações Públicas
podem atuar na assessoria, concepção, planejamento, execução de eventos, especificamente,
em palestras?
Nas considerações finais, detectamos como a área de Relações Públicas se beneficiará
dessa investigação e de como as organizações podem se valer desse ganho. Esse estudo
demonstra-se necessário porque carecemos obter conhecimento de como um profissional de
Relações Públicas pode se preparar para ingressar no mercado de palestras, em virtude do
mesmo possuir as competências necessárias para ingressar como emissor, tanto quanto para
10
realizar o assessoramento do apresentador, visto que o próprio tem necessidade de criar uma
imagem e reputação diante da disputa de uma colocação privilegiada no mercado. Ao fim,
entenderemos como o profissional de Relações Públicas pode se encaixar no mercado de
palestras, que vem ganhando espaço nas comunicações como ferramenta de aproximação e
geração de conhecimento na área empresarial.
11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta seção, aprofundamos as teorias e os conceitos que estruturam essa pesquisa.
Inicialmente, compreendemos a comunicação e sua construção histórica, as mudanças na
comunicação empresarial e a importância da imagem e da reputação na construção da
identidade coorporativa. Em seguida, realizamos um aprofundamento no quesito eventos e de
que modo eles funcionam como ferramenta aproximativa dos públicos utilizando as palestras
como instrumento de comunicação, a fim de entendê-los como estratégia de marketing.
Busca-se também delimitar o perfil do profissional de Relações Públicas e suas competências
com o propósito de relacionar o profissional nas etapas que são delineadas nesse estudo.
2.1 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Desde os primórdios, a comunicação tem o papel de conectar as pessoas. Essa troca de
mensagem se dá porque o ser humano é um eminente social, ou seja, não consegue viver
isolado, sendo fator da comunicação e do fenômeno social. De acordo com o contexto das
análises teóricas, “a comunicação é um fenômeno social, por que se dá através da linguagem e
implica no número maior de elemento do que uma só pessoa” (HOHLFELDT, 2011 p.62).
Em busca de atingir vários receptores, surge a comunicação de massas, que, segundo
Hohlfeldt (2011), é a forma de conectar uma pessoa ao grupo, ou vice-versa, utilizando os
meios de comunicação em massa, ou media, que, dicionarizado como mídia, corresponde à
imprensa (jornais, e-mail e livros), aos meios eletrônicos (rádio e televisão) e a outras
tecnologias (internet). A comunicação vem acompanhando as evoluções sociais durante toda a
história e foi a partir da Segunda Guerra que se solidificou a importância da organização
comunicacional.
Em 1920, os norte-americanos perderam a confiança no mundo empresarial por conta
da má distribuição de renda ocorrida após a Primeira Guerra, que com o avanço de grandes
indústrias gerou más condições de emprego, o que não correspondia aos grandes lucros da
época. Para encobrir esse feito, quase foram aniquilados os meios de comunicação
empresarial. As disparidades entre as classes geraram condições econômicas instáveis, mas,
ao mesmo tempo, o mercado de ações atingia números sem precedentes (ARGENTI, 2014).
Após as confirmações de fraude, as empresas passaram décadas tentando se reerguer. Em
1973, as aprovações dos norte-americanos ao mercado empresarial chegavam a 15%, sendo o
pior índice da história das empresas americanas (ARGENTI, 2014). O impacto na
credibilidade comunicacional foi tão grande que, em 1980, o mercado ainda tentava
12
reestabelecer a confiança dos EUA nas empresas, o que impulsionou a necessidade da
comunicação e transparência em relações aos lucros e aos interesses públicos das mesmas.
Esses movimentos da história do mundo coorporativo começaram a exigir da
comunicação empresarial comprometimento de todas as camadas da organização, do
assistente administrativo ao CEO 1 . Grande parte dos estudos associados à comunicação
empresarial contém influência do filósofo Aristóteles. Podemos encontrar no livro Arte
retórica (2015)2 a definição dos três componentes básicos de discurso que toda empresa deve
tentar adotar, e que são adaptados até hoje para atender às necessidades coorporativas, sendo
eles orador, assunto e ouvinte, ou seja, corporação ou pessoa, mensagem a ser enviada e grupo
a quem a mensagem será transmitida. Só após discursões sobre as mudanças ocorridas no
processo de informação que foram incluídas a essa estrutura elementos que levam à reflexão
sobre a finalidade da mensagem e a avaliação das circunstâncias sob as quais a mensagem
será transmitida.
2.2 MUDANÇAS NA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
O mundo está sempre em mudança e no ambiente de negócios não é diferente. Na
virada do milênio, escândalos financeiros envolvendo o mundo empresarial, incluindo a
WorldCom3 e a Enron4, empresas de prestígio na época, desencadearam na elaboração da Lei
Sarbanes-Oxley 5 (2002), que “aumentou a expectativa do público por transparência,
capacidade de resposta e responsabilidade social para todas as empresas, grandes ou
pequenas” (ARGENTI, 2014 p. 61). Com isso, as organizações começaram a buscar por
adaptação inovando na sua forma de administração e comunicação. Hoje, qualquer instituição
que almeje fixar sua marca no cenário internacional necessita de uma comunicação
estratégica, pois o modo do comportamento de suas comunicações será determinante nos
negócios.
No relatório “The Authentic Enterprise”6, a Arthur W. Pag Society, uma associação de
diretores de comunicação de grandes corporações caracteriza as mudanças nas comunicações
corporativas em três grupos: (1) novos públicos, (2) novos canais e novos tipos de conteúdo, e
(3) novas mediações. As empresas tentam manter vínculos mais profundos e ter um
1 Sigla inglesa de Chief Executive Officer, em português Diretor Executivo, cargo mais alto na hierarquia operacional de uma
empresa. 2 Aristóteles [384-322 a.C ] (in Alexandre Júnior, 2005). 3 “WorldCom foi uma empresa de telecomunicações norte-americana” 4 “Enron foi uma companhia de energia americana” 5 “A Lei Sarbanes-Oxley visa garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança, garantindo a transparência na gestão
das empresas”. 6 “Pesquisa. “The Authentic Enterprise”, realizada pela Arthur W. Pag Society (2007)”.
13
relacionamento mais interativo com os clientes, revisando e reestruturando suas estratégias de
comunicação, aderindo a novas formas de abordagem para atender aos novos desafios do
mercado moderno. Além de definir os objetivos para a comunicação, as organizações também
necessitam voltar suas atenções à reputação perante o público-alvo em questão. A reputação é
um fator crítico no desenvolvimento das estratégias de comunicação, sendo elas relacionadas
diretamente à imagem ou não. Argenti (2014) afirma que a credibilidade da imagem é mais a
percepção do público-alvo sobre a organização, do que da realidade da organização em si.
2.3 IMAGEM E REPUTAÇÃO
A imagem atua como fator determinante na construção de uma identidade de sucesso,
e para isso ela deve refletir com precisão a realidade organizacional. Argenti (2014) apresenta
a imagem com sendo:
A imagem é o reflexo da identidade de uma organização. Em outras palavras, é a
organização sob o ponto de vista de seus diferentes públicos. Dependendo do
público alvo, uma organização pode ter diversas imagens. Assim, compreender a
identidade e a imagem é conhecer profundamente o que a organização realmente é e
para onde ela pretende chegar (ARGENTI, 2014 p.81).
É fundamental a manutenção da boa imagem que é expressa ao público, e de suma
importância se ter uma assessoria de comunicação apropriada nesta construção. A assessoria
tem papel fundamental na gestão do relacionamento da organização ou pessoa com a mídia.
Para Almansa (2010, p. 14), “neste tipo de sociedade, é conveniente que qualquer organismo
ou entidade conte com uma assessoria de comunicação”, evidenciando que o gerenciamento
adequado da comunicação é determinante na sustentação e manutenção da imagem.
Desde os séculos XIX e XX, quando as funções passaram a existir, o Relações
Públicas e o assessor são assemelhados por atuarem na área de comunicação e intensificarem
o fluxo de informações. Com o passar do tempo, conseguimos distinguir suas competências e
habilidades. O assessor ganhou nas organizações um papel estratégico, voltado para a
imprensa, devendo criar oportunidades midiáticas, mas sem esquecer que seu papel principal
é representar o assessorado. Já o Relações Públicas aparece de modo mais abrangente,
estabelecendo canais de comunicação com diversos setores da sociedade, voltado para a
interação com os públicos, sendo a imprensa um público-alvo quando o assunto é
palestrantes. Podemos presumir que o Relações Públicas tem competência de agir no
assessoramento de um palestrante quando Hebe (1986) categoriza esse campo como
assessorias especializadas de Relações Públicas, pois desempenham determinado tipo de
serviço específico, podendo ser dedicado principalmente a eventos, desenvolvendo e
14
executando projetos nas áreas institucionais para o público interno, como também no
marketing através de palestras, feiras e lançamentos. As assessorias de RP também podem
trabalhar com a imagem pessoal do cliente em busca do entrosamento com a mídia, com a
sociedade, na criação de imagem e até no comportamento e modo de se vestir.
2.4 EVENTO COMO FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO APROXIMATIVA
Os eventos podem ser organizados por empresas que buscam a interação com seus
públicos, podendo ser eles internos ou externos. Em sua maioria, os eventos são direcionados
ao público central tendo foco a capacitação e o alinhamento das atividades internas
específicas. “Tais eventos, cuja finalidade principal consiste em promover a integração dos
funcionários, às vezes, destes com parceiros e clientes ficam predominantemente e
circunscritos ao âmbito interno da empresa” (GIACAGLIA, 2003, p.4). A autora ainda classifica
os eventos internos em diferentes tipos: os fundamentalmente sociais; os esportivos; os
culturais; os religiosos; e outros, como cafés da manhã e coquetéis.
Eles são vistos como veículos de comunicação dirigida aproximativa, pois, segundo
Andrade (1994), concedem o estabelecimento das relações pessoais diretas entre a instituição
e um público ou parte dele, estreitando as relações com os públicos já identificados e
integrando os membros da organização ao meio social no qual eles atuam. Pode-se assim
dizer que os eventos ampliam os relacionamentos de convívio no ambiente social, geralmente
sendo com uma finalidade específica determinada pelo tema principal.
Os eventos como estratégia de marketing integram a nova mídia atuante formada pelos
processos de informação com o propósito de mobilizar a opinião pública e gerar polêmica,
criando fatos, envolvendo emoção e estreitando os relacionamentos. Segundo Silva (2005),
uma empresa pode utilizar o evento de diferentes formas, sujeitas a variáveis como: a
importância dos objetivos, o grau de retorno esperado e a disponibilidade de verbas. Esses
eventos precisam ser escolhidos de acordo com o segmento da empresa, por isso é necessária
a participação de profissionais de comunicação com capacidade de realizar um planejamento
que contemple os objetivos, conteúdo, forma, e uma rigorosa análise econômica que atraia o
retorno tangível.
2.5 EVENTOS E MARKETING
O Marketing sempre foi conhecido como o meio de persuadir e lembrar os
consumidores de produtos e marcas que comercializam, podendo ser reconhecido como
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representante da marca e meio pelo qual se estabelece um diálogo e relacionamento com os
consumidores. Segundo Kotler (1994, p. 30), podemos definir marketing como “um processo
social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que
desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”.
Já Pinho (2001) define marketing como a técnica e a ciência que estudam os processos das
descobertas e interpretações das necessidades e desejos do consumidor. Esta estratégia se
modifica ao comportamento do cliente para que os convença não somente a usar o produto e
serviço, mas para criar uma fidelidade com a empresa / marca.
O Marketing que põe o consumidor no centro da dinâmica de consumo foi
considerado o “novo7” Marketing por Di Nallo (1999), responsável por configurar uma nova
forma de abordagem, os Meeting Points, que incentiva e avalia que o objetivo principal da
empresa deveria ser participar ativamente da construção das culturas de consumo, enfatizando
a participação e a interatividade. Segundo Kotler e Keller (2006), cada vez mais as empresas
tendem a se afastar do marketing de massa, priorizando o desenvolvimento de programas de
comunicação mais elaborados, com o objetivo de construir relacionamentos mais próximos
com os clientes. A partir desse momento, o Marketing não tem só interesse nos grupos ou nos
segmentos dos consumidores, nem em cada consumidor, mas também pelas construções
sociais das quais esses se incluem e cada produto oferecido pode fazer parte de um Meeting
Point, assumindo diferentes significados.
Ao explorar as ferramentas do “novo” Marketing, nota-se que os eventos vêm
ganhando foco como estratégias por conta do espaço privilegiado de interação entre as
pessoas e as marcas, possibilitando a comunicação com os consumidores num espaço
programado, com áreas dinâmicas, oferecendo vivência, interação e participação. Kotler e
Keller (2006, p. 569) explicam que “eventos e experiências são oportunidades para fazer parte
de momentos relevantes e mais pessoais na vida dos consumidores”. Ampliando os
relacionamentos, os eventos muitas vezes levam os nomes das marcas que os organizam ou
patrocinam, o que reforça ainda mais a imagem e reputação. Para isso, é necessário o
planejamento, pois nele será escolhido o tipo de evento que deve ser adequado às
características da empresa, tendo coerência com o posicionamento do produto e da empresa, e
conciliando com o perfil que se pretende atingir.
O segmento já está sendo considerado um notório catalisador econômico e de
desenvolvimento social. Para Melo Neto (2000), os eventos, há quase 20 anos, já eram
percebidos como uma forma de “alavancar” qualquer negócio profissional, e, acrescenta Silva
(2005), os eventos devem ser pensados como verdadeira vantagem competitiva, pois criam,
7 “Conhecido como Marketing Direto atua com eficiência na retenção e na fidelização do cliente. Pinho (2001)”
16
recriam, inovam e reinventam, o que desempenha um grande estímulo para a economia, e se
apresenta como uma estratégia de comunicação usufruída pelo Marketing contemporâneo
permitindo a integração e, portanto, são considerados eficazes por profissionais da área.
2.6 PALESTRAS
Os eventos são divididos em categorias de acordo com sua finalidade. Para Giacaglia
(2003), através da tipologia dos eventos empresariais a palestra se classifica como evento
cultural e permite ser realizada como instrumento de comunicação interna. Seu objetivo é a
disseminação de determinada informação e atualização do público sobre um assunto. Deve-se
ter em torno de uma hora, no mínimo, sendo 40 para a apresentação e 20 para as perguntas ao
palestrante. O público alvo tem de ser determinado no processo de planejamento, e possui
como um dos fatores determinantes o tema escolhido. Para atingir o êxito na elaboração de
uma palestra, a Coordenação de Relações Públicas do Senado Federal, através do manual de
organização de eventos do Senado Federal, assegura que, no planejamento, deve-se ter
critérios nas escolhas das estratégias de comunicação, em especial a escolha das ferramentas
de divulgação, dos meios para interagir com os possíveis participantes e das linguagens
utilizadas para conduzir as mensagens (SENADO FEDERAL, 2013), o que demanda tempo
de pesquisa e análise.
Quando se buscam os procedimentos para realização de uma palestra na visão dos
palestrantes, descobre-se o método Shinyashiki, que possui cinco etapas: planejar, preparar,
treinar, executar e aprimorar. Segundo Roberto Shinyashiki, no livro Os segredos das
apresentações poderosas, “pessoas de sucesso sabem vender suas ideias, projetos e produtos
para qualquer plateia.” (SHINYASHIKI, 2012, p.59). No mesmo livro, o autor Shinyashiki
(2012) destaca que o perfil do palestrante é determinado por diversos requisitos: a) capacidade
de seleção para delimitar seus objetivos; b) saber influenciar as pessoas (ser convincente e
impactante); c) ser ético; d) ser capaz de despertar emoções, e) dominar os processos de
planejamento; e f) possuir assessoramento de imagem. Por isso, é imprescindível que o
profissional esteja realmente predisposto a assumir a função.
2.7 PERFIL DO PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS
No intuito de ter êxito no cumprimento de suas atividades, os profissionais devem
compreender os processos das Relações Públicas, em busca sempre de atingir a interação com
os públicos ligados à organização. É fundamental acompanhar a ação das Relações Públicas e
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adequá-las às circunstâncias resultantes do processo, sempre tendo em foco o público aos
quais se destinam, pois é um elemento condicionante (PENTEADO, 1984). É de
responsabilidade das Relações Públicas a atividade de formação de públicos junto às
empresas ou instituições, apontando as contradições, recolhendo todas as informações e
facilitando o debate e a procura da opinião coletiva visando sempre o interesse e o bem estar
social. (ANDRADE, 1994).
Com a finalidade de gerir com eficiência a comunicação organizacional, os Relações
Públicas devem compreender suas competências. Kunsch (2003) afirma que:
As Relações Públicas, enquanto atividade profissional e disciplina acadêmica têm
como objetos as organizações e seus públicos de interesse, instâncias distintas, mas
que se relacionam dialeticamente. A área trabalha administrando relacionamentos e,
muitas vezes, mediando conflitos, valendo-se para tanto de estratégias e de
programas de comunicação de acordo com diferentes situações (KUNSCH, 2003,
p.89-90).
Para uma atuação positiva nas estratégias comunicacionais das empresas, é preciso que
o profissional tenha a percepção do todo, desde o topo da organização até as bases, sendo
necessário o domínio das ferramentas de pesquisa, que permitirá o conhecimento dos públicos
da situação organizacional e dos serviços, além de conhecer as etapas de planejamento, onde
serão delimitadas as ações de acordo com as informações coletadas, e consecutivamente,
executar as ações e analisá-las através do Feedback do que foi realizado (KUNSCH, 2006).
Outra característica do profissional de Relações Públicas é ter uma boa interação com
a ética profissional, pois, basicamente, para qualquer profissão existente são traçados valores
a serem seguidos pelo profissional, estando entre eles o código de ética. Nas Relações
Públicas, esse código pode ser encontrado no site da CONFERP, sistema responsável pela
fiscalização do profissional de Relações Públicas. Neste documento, encontramos, na primeira
seção, capítulo um, os deveres fundamentais do profissional de Relações Públicas:
1) Esforçar-se para obter eficiência máxima em seus serviços, procurando sempre se
atualizar nos estudos da Comunicação Social e de outras áreas de conhecimento; 2)
Assumir responsabilidade somente por tarefas para as quais esteja capacitado,
reconhecendo suas limitações e renunciando a trabalho que possa ser por elas
prejudicado; 3) Colaborar com os cursos de formação de profissionais em Relações
Públicas, notadamente ao aconselhamento e orientação aos futuros profissionais.
(CONFERP, 2001)
Considerando o mercado de palestras organizacionais e suas necessidades
profissionais, perceberemos que ele experimenta um momento de crescimento, segundo a
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento Escola de Negócios, em parceria
com a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e a Carvalho &
Mello Consultoria Organizacional no 12° Panorama de treinamento no Brasil mostraram, no
ano de 2007 os investimentos em treinamento e desenvolvimento empresarial teve
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crescimento de 21% e aumentou em 37% os investimentos em relação ao percentual do
faturamento anual bruto das empresas, sendo utilizado como um dos recursos possíveis na
estratégia de Treinamento e Desenvolvimento (T&D). Consideramos então que pode ser uma
boa alternativa para a falta de tempo dos profissionais de educação empresarial formal e uma
ferramenta de potencialização do investimento, já que é aplicada para um número grande de
participantes. Reconhecendo que não há mais como analisar as Relações Públicas apenas
como executor das ações comunicacionais, é significativo pensá-las estrategicamente como
elemento norteador das ações de comunicação sendo atualmente a perspectiva apropriada.
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nessa etapa, definimos processos metodológicos a fim de investigar o problema da
pesquisa. Quanto à natureza, trata-se de uma pesquisa aplicada, pois nosso objetivo é gerar
conhecimentos para a ciência, a fim de aplicar práticas dirigidas às soluções de um problema
específico. A abordagem dessa pesquisa equivale à qualitativa, pois através dessa
conseguimos focar na observação do objeto e estudar as experiências pessoais e suas
particularidades. Sobre essa abordagem, Godoy certifica que:
A pesquisa qualitativa também parte de questões ou focos de interesses amplos, que
se definem à medida que o estudo se desenvolve. Possibilitando a obtenção de dados
descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do
pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos
segundo a perspectiva dos participantes da situação em estudo. (GODOY, 1995
p.58).
O objetivo sucedeu em uma pesquisa exploratória, uma vez que teve como foco a
aproximação do problema, tornando-o mais explícito e permitindo elaborar hipóteses.
Segundo Gil (2008 p.27), “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”, podendo ser a
primeira etapa de uma investigação mais ampla, de acordo com a necessidade de
detalhamento do tema.
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, fizemos uso da pesquisa bibliográfica.
Gil considera que:
A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que
aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente
importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo
espaço. (GIL, 2008 p.50).
Essa técnica de pesquisa bibliográfica foi aplicada durante todo o processo de
construção deste artigo, sendo utilizadas fontes secundárias, que podem ser documentos
monográficos, periódicos, livros, artigos, textos disponíveis em sites confiáveis, ou outros
locais que apresentam um conteúdo documentado.
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O instrumento de coleta de dados que utilizamos neste estudo de caso foi a entrevista.
Essa técnica é muito eficiente para a obtenção de dados em profundidade a respeito do
comportamento humano. Carlos Gil, ao listar as vantagens das entrevistas, deixa claro que:
Está técnica possibilita o aumento no número de respostas, considerando que é mais
fácil recusar-se a responder a um questionário do que negar-se a ser entrevistado.
Oferece flexibilidade muito maior que outras técnicas, pois o entrevistado pode
retirar suas dúvidas durante o processo, o que permite que o entrevistador aperfeiçoe
as perguntas e faça a captura da expressão corporal, tom de voz e ênfase durante as
respostas. (GIL, 2008, p. 110).
A fonte da coleta de dados formou-se por duas profissionais de Relações Públicas que
exercem a ocupação de palestrante, o que evidenciará como as Relações Públicas contribuem
para o aperfeiçoamento de suas apresentações, através de uma entrevista semiestruturada.
Aplicamos a entrevista com a ajuda do software Skype8 - através dele é possível realizar
chamadas de vídeo possibilitando a aplicação da entrevista com pessoas que estejam em
qualquer lugar do mundo. O manuseamos com a ajuda de um notebook, segue o roteiro:
Essa entrevista terá duração de aproximadamente uma hora. Serão 18 perguntas
relacionadas ao tema “Relações Públicas aplicadas às palestras”. Pretende-se explorar a visão
do profissional de Relações Públicas sobre as palestras e seu processo de planejamento,
baseando-se nos ensinamentos adquiridos em sua formação superior e especializações. Esse
roteiro é simples, de formato interrogativo e utilizaremos as seguintes perguntas como base da
entrevista.
a) Qual a importância das Relações Públicas para as palestras?
b) O que motivou o profissional a palestrar? Quando iniciou? Como se situa no
mercado atualmente?
c) Como ocorre o processo de planejamento das palestras?
d) Qual o público alvo, tema e objetivos das palestras ministradas? Quais métodos
foram utilizados para obter essas informações?
e) Sobre imagem, identidade e reputação, em relação às palestras, os conhecimentos
de Relações Públicas auxiliaram na construção?
f) Na sua percepção profissional, qual a necessidade de um assessoramento para
palestrantes?
A entrevista A teve 38 minutos e foram abordados assuntos sobre o processo
profissional da entrevistada, a comunicação empresarial, a participação da ABRP diante das
8 Software que envia mensagens instantâneas de texto, voz e vídeos pela internet, pode ser instalado no computar ou
smartphone.
21
novas exigências do mercado e as técnicas de Relações Públicas utilizadas durante o
planejamento, execução e avaliação de suas palestras. A entrevista B teve 35 minutos e foram
abordados assuntos sobre o processo profissional da entrevistada, como ela enxerga as
palestras, a comunicação empresarial, os eventos corporativos atualmente e como são
aplicados os conhecimentos e técnicas de Relações Públicas durante o planejamento,
execução e avaliação de suas apresentações. Por serem entrevistas semiestruturadas, permitiu-
se colocar perguntas ao longo da conversação que não estavam previstas, o que ajudou na
compreensão das entrevistadas e no desenvolvimento das entrevistas.
22
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste item, são apresentadas as informações obtidas por meio das entrevistas,
realizadas no período de 1 a 5 de julho de 2019, de forma a relacioná-las com os conceitos
apresentados na fundamentação teórica. Desse modo, foram analisadas as respostas em cinco
categorias: perfil, eventos como ferramentas das Relações Públicas, Relações Públicas na
organização de palestras, assessoria para palestrantes e o profissional de Relações Públicas,
conforme os resultados nos tópicos a seguir.
4.1 PERFIS
Entrevistada 1 (E1) - Formada em Comunicação Social com habilitação em Relações
Públicas pela Universidade Federal de Goiás em dezembro de 2014. Atualmente é instrutora
nos cursos de formação do SENAC na área de gestão, e atua como consultora em marketing,
além de possuir um projeto de extensão sobre desenvolvimento e monitoria para mulheres na
PUC. Tem pós-graduação em Marketing e inteligência competitiva e fez cursos à distância de
como falar em público e oratória. Atualmente, seu público alvo são mulheres que têm
interesse em empreender. Seu primeiro trabalho como Relações Públicas foi como estagiária
no SENAC, que se iniciou no segundo ano de faculdade e, a partir daí, começou a ter contato
com eventos. Como instrutora, após essa fase, teve um curso aprovado pela PUC, que foi o
propulsor dos convites para palestrar.
Entrevistada 2 (E2) - Formada em Comunicação Social com habilitação em Relações
Públicas pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) no ano de 2009. Atualmente, é
presidente da Entidade Nacional da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP),
tanto da executiva Nacional quanto da Regional do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Ingressou como secretária e, quando acabou a gestão, que é de três anos, assumiu a
presidência. Tem pós-graduação na área de gestão de negócios e de marketing de gestão e
liderança, mais em função de negócio pelas empresas. Deu aula em curso técnico de eventos,
e por isso fez algumas extensões na área.
4.2 EVENTOS COMO FERRAMENTA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Ao iniciar a entrevista, a E2 foi questionada sobre sua visão dos eventos como
ferramenta de comunicação. Ao responder, a mesma apontou que é uma boa estratégia de rede
e conexão com o público presente, como um método multissensorial que permite o
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relacionamento e a informação compartilhada. Para ela, é uma “ferramenta de comunicação,
e, principalmente, de marketing institucional”. Os eventos também podem ser utilizados de
modo estratégico como comunicação dirigida, permitindo a segmentação do público e
aumentando o alcance da mensagem específica, ou seja, aproximando pessoas de uma ideia.
Os eventos podem ser considerados estratégicos a partir do momento que conseguem alinhar
as metas de comunicação com as da organização, contribuindo para os objetivos de negócios
das organizações e seus públicos-alvo.
Quando questionada sobre os eventos organizacionais e a participação dos Relações
Públicas, a E1 deixa claro que existem empresas que trabalham com eventos corporativos no
qual a empresária que é Relações Públicas relata sobre a carência do profissional de RP,
deixando uma lacuna que vem sendo ocupada por técnicos de eventos especializados em
cursos de curta duração como gestão de eventos porque os profissionais de Relações Públicas
estão migrando para outras áreas. Esses gestores têm sido contratados constantemente por
conta do crescimento dos eventos corporativos que vêm muito fortemente atuando como
ferramenta do marketing. Os eventos se apresentam como instrumento de comunicação, mas
também agem como ferramenta importante na estratégia empresarial, uma vez que a interação
face a face promove a maior proximidade dos indivíduos, possibilitando ações mais coesas.
Relata Jacobus (2013, p. 112) que “os espetáculos organizacionais, permitem uma maior
interação junto aos públicos, despertando seus interesses e tornando-os receptivos”,
permitindo que eles sejam ouvidos, orientados e esclarecidos facilitando o aparecimento de
novos negócios e amizades.
Em relação às palestras como evento estratégico, a E2 expressou que nas palestras não
se utiliza mais um PPT9 cheio de texto. A apresentação deve ter confiança na fala, deve-se
conhecer o assunto. “É preciso ter domínio e não só conhecimento”, ela afirmou, relatando
também que a frustração é um fator recorrente no meio, uma vez que vendem uma
apresentação marcante, empolgante, mas, na hora, o palestrante não sabe se relacionar,
possuindo o conhecimento, porém não de maneira satisfatória para o público, não se
transformando em uma experiência marcante. “Essa é uma grande preocupação que, no
momento, merece atenção dos palestrantes”. As palestras podem ser utilizadas como
ferramenta estratégica de Relações Públicas auxiliando nas ações de comunicação integrada
das organizações. A E1 ainda cita alguns treinamentos que utilizam as palestras como
ferramenta de comunicação com seus públicos como o In company, treinamento de
capacitação, e o Coach, treinamento motivacional. Eles são aplicados em empresas que
buscam melhorar o desempenho e relacionamento do público interno.
9 Software de apresentação de slides.
24
4.3 RELAÇÕES PÚBLICAS NA ORGANIZAÇÃO DE PALESTRAS
Sobre a importância das Relações Públicas para construção das palestras, a E1
argumentou que as partes mais importantes são planejamento, pesquisa e feedback,
considerando que o palestrante só vai alcançar seu público-alvo se souber fazer uma boa
pesquisa, saber planejar e concluir o seu trabalho com uma análise de opinião. “Se o
palestrante não tem interesse de pesquisar antes de executar a palestra em si, eu já sei que ele
não vai alcançar o que o público espera ali.” O planejamento permite o encontro do seu ponto
de partida e de chegada e a pesquisa é a etapa de coleta de dados necessários para atingir o
público desejado; já o feedback é ouvir a opinião do público, conduzindo os ajustes do
próximo planejamento. A E2 também relatou a importância das Relações Públicas
reconhecendo que é a base da gestão da comunicação e que o profissional de gestão é quem
realmente junta todas as informações necessárias para atingir um objetivo final de qualidade.
A E1 tem uma visão que a importância das Relações Públicas na construção da palestra está
voltada para o uso de seus instrumentos; já para a E2, a importância é associada ao
profissional de Relações Públicas e a sua visão comunicacional.
De acordo com Kunsch (2003, p. 204), “o planejamento constitui um processo
complexo e abrangente. Possui dimensões e características próprias, implica [...] filosofia e
políticas definidas e é direcionado por princípios gerais e específicos”. Planejar está
diretamente ligado a atender aos objetivos, e, para isso, é necessário esclarecer quais os
objetivos que devem ser alcançados. A E1 detalhou seu modelo de planejamento que é
realizado de acordo com seus conhecimentos de Relações Públicas, começando com um
formulário contendo algumas perguntas para localizar qual é o perfil do público,
correspondendo a um briefing com uma pesquisa. Nele a preocupação é com o contratante e
os objetivos que ele quer alcançar; depois, ele responde também uma pesquisa para afunilar os
objetivos e, com esses dados, a E1 constrói o planejamento da apresentação.
Oliveira (2002, p.35) reforça que “o processo de planejar envolve [...] um modo de
pensar; salutar modo de pensar envolve indagações; indagações envolvem questionamento
sobre o que fazer, como, quando, quanto, para quem, por quê, por quem e onde”. Geralmente,
se inicia por um conjunto de perguntas que apresentará o cenário em que se encontra a
organização, fundamental para o processo ter uma base sólida. O levantamento de dados, o
briefing e os estudos exploratórios contribuirão para a construção de um planejamento bem
estruturado.
25
A E2 diz que em geral usa todas as técnicas de Relações Públicas: “faço planejamento
estratégico, faço plano de ação escrito, projeto, assim me organizo melhor e antes de começar
cada palestra eu sempre me apresento e apresento o assunto que vai ser abordado durante a
apresentação”. Podemos analisar a condução das ferramentas de planejamento de Relações
Públicas que permitem que as entrevistadas tenham a visualização do ambiente onde virão a
palestrar. Para Kunsch (2006), o planejamento é o ponto de partida para as Relações Públicas
que visam eficácia e excelência. Através do diagnóstico do ambiente e contexto social, é
possível traçar planos e objetivos coerentes, prevendo ameaças e oportunidades, possíveis
riscos e disponibilidade de recursos. Os eventos quando planejados estrategicamente podem
promover bons relacionamentos das empresas com seus públicos e, em momentos de crise de
reputação e imagem, podem conseguir obter a compreensão necessária, exercendo sempre o
papel de duas mãos, permitindo o intercâmbio de informações através de um mesmo canal.
4.4 ASSESSORIA PARA PALESTRANTES
Perguntamos sobre a importância do assessoramento para as palestrantes entrevistadas
e ambas apontaram a necessidade da assistência. A E1 destaca a importância do assessor
quando há o aumento na demanda para que se evitem confusões entre os eventos; a E2,
conforme a E1, acertadamente propõe que a “assessoria se torna indispensável a partir do
momento que você começa a vender seu trabalho”. O papel do assessor baseia-se na
orientação e na busca de bons resultados no contato com a mídia, na melhora da reputação, na
venda da imagem e até evitando problemas futuros relacionados.
Salientar algumas das competências e habilidades exigidas aos profissionais de
Relações públicas, segundo Kunsch (2013), solidifica a capacidade do mesmo em assumir
funções como assessoria e organização de eventos, são elas:
Estabelecer programas que desenvolva uma comunicação estratégica voltada aos
interesses das instituições e o relacionamento com seus públicos; Elaborar
planejamentos estratégicos de comunicação; Controlar as linguagens verbais e
audiovisuais para seu uso efetivo nos processos; Acompanhar os progressos e
avaliar os resultados obtidos na coordenação dos relacionamentos com os públicos;
Coordenar o desenvolvimento dos materiais de comunicação nos seus diferentes
meios em busca de atingir os objetivos estratégicos traçados; Planejar, coordenar e
executar programas de informação para a opinião pública (KUNSCH, 2013).
Constatamos nessa lista atribuições essenciais na construção de uma assessoria
especializada como no planejamento de eventos. Em momentos relacionados às crises de
reputação, os profissionais de assessoria tem o dever de dar uma direção ao cliente da melhor
forma para que ele possa se posicionar diante das críticas da imprensa e reverter os danos na
26
sua imagem. Ambas as entrevistadas expuseram que as técnicas de Relações Públicas voltadas
para imagem e reputação são responsáveis por maior parte da promoção de suas palestras,
pois o resultado muitas das vezes não é palpável e as técnicas auxiliam no cuidado com a
imagem pessoal e no relacionamento com as pessoas que comparecem às apresentações. “É
imprescindível que você cuide da sua imagem pessoal, que você tenha o cuidado com o
relacionamento com as pessoas que compareceram, por mais que você não continue nesse
mercado”, afirma a E1. Na continuidade, ela lembra que já encontramos no mercado
profissional de Relações Públicas quem trabalhe com a assessoria de palestrantes, como a
Relações Públicas Fernanda Curi, que palestra em Goiás.
Ao mencionarmos a necessidade de um assessor RP para um palestrante, a E1 relatou
que foi uma forma de ampliar seu networking e que é esperado desses profissionais o
conhecimento dessa estratégia, visto que no ambiente da palestra ele poderá se relacionar com
diversas pessoas e atingir resultados positivos e agendar consultorias. “Muitos palestrantes
vivem disso, da palestra, e da oportunidade que nasce por você estar lá”. O networking vem
como ferramenta para tornar as relações públicas mais eficazes diante dos desejos do cliente
permitindo o diálogo e a demonstração do interesse no interlocutor. Esse relacionamento com
o público também pode ser aproveitado como ferramenta de Feedback do assessorado. Essa
etapa faz parte da finalização do planejamento do evento e é utilizado como propulsora no
alcance da satisfação do público.
4.5 O RELAÇÕES PÚBLICAS COMO PALESTRANTE
Como citado anteriormente, nessa pesquisa os profissionais de Relações Públicas,
apesar da sua capacidade de exercer a profissão combinado com conhecimentos de fala,
postura, experiência acadêmica e outros critérios evidenciados nas palestras, demonstram um
desinteresse no ramo em questão. Ao serem questionadas sobre a presença de Relações
Públicas como palestrantes, as entrevistadas pontuaram que, em muitos dos eventos
profissionais de comunicação que puderam participar, os emissores eram professores mestres
e doutores, mas que apenas possuíam o conhecimento teórico, apontando uma necessidade de
profissionais de mercado, de gente ativa, que está todo dia na prática, conhece a teoria e pode
mostrar como o processo é realizado através de suas experiências. Ao explicar o motivo desse
desinteresse, a E1 acredita que o principal fator é a falta de incentivo das universidades e a
grande polarização dos profissionais para o setor público. Os que seguem para o setor privado
27
acabam se envolvendo com marketing e publicidade deixando de lado outros segmentos da
profissão.
As empresas vêm se adaptando à necessidade de relacionamento mais aproximado
com seus públicos, abrindo as portas para novas visões dos profissionais de comunicação
incluindo os Relações Públicas que pretendem palestrar. Na visão da E2, atualmente existe
uma carência por ser visto, ter atenção, e essa tendência induzirá na melhora da qualidade dos
profissionais, que ampliarão o domínio do tema e estarão mais interessados em dividir seus
conhecimentos com o público, constatando que existe um determinado perfil de profissional
que se encaixa como palestrante.
Para as entrevistadas, o perfil do palestrante de eventos profissionais seria a
combinação de várias ferramentas de comunicação e conhecimentos aprofundados aliados a
muita história pra contar, pois as pessoas que buscam palestras estão mais preocupadas com o
que você viveu e tem a falar, do que com sua experiência de estudos segundo E1. Na visão da
E2, cativar a empatia seria a característica principal de um palestrante. As pessoas que estão
assistindo precisam se identificar com o apresentador e com o assunto abordado, apontando a
necessidade da identificação dos públicos e do relacionamento com eles. Muitas são as
qualidades exigidas para ser uma palestrante – apresentação pessoal, desenvoltura, oralidade e
conhecimento do tema podem ser indicados como as principais, sendo essas abordadas
durante todo o curso de Relações Públicas, como também assessoria, produção de eventos,
consultoria entre outros que destacariam o Relações na função de palestrante. Das
competências e habilidades estimuladas no curso de Relações Públicas, coordenadas pelo
Ministério da Educação (2013) e presente na Resolução nº 2 nas alíneas d) e e) encontrar-se as
necessidades exigidas no desenvolvimento de funções específicas, constam elas; a utilização
das técnicas e instrumentos adequados ao desenvolvimento das atividades de assessoria de
imprensa; organização de eventos; cerimonial e protocolo, ouvidoria; comunicação interna;
pesquisa de opinião pública e de mercado e serviços de auditoria, consultoria e assessoria de
comunicação nas empresas.
A E1, ao falar sobre os conhecimentos de Relações Públicas adquiridos na
universidade, frisou a importância de se envolver com os programas oferecidos, participar de
palestras, oficinas, estágios, cerimoniais e de ser proativo ao trabalhar com pessoas que estão
em atividade, sabendo vender o seu trabalho. Ela também cita na entrevista que o profissional
deve se especializar procurando cursos da área de gestão de pessoas e de eventos.
As entrevistadas se formaram em 2009 e 2014, mas as diretrizes curriculares sofreram
algumas alterações desde 1997 para atingir as exigências do mercado, como a forma de
elaboração do currículo pleno, que segundo Kunsch (2009), foi quando as disciplinas
28
passaram a ser distribuídas com maior concentração das matérias do tronco comum na
primeira metade do curso, e na segunda metade, das matérias do campo profissional,
permitindo a flexibilização dos temas pelas instituições ao introduzem as matérias de acordo
com as necessidades encontradas. É assim que, em algumas universidades, já foram incluídas
produção de eventos, assessoria e consultoria nos conteúdos específicos do curso de Relações
Públicas. Essa decisão é uma exigência do MEC com participação da coordenação curso que
através das ponderações propostas pelos professores que compõem a NDE e determinam o
benefício das disciplinas especializadas escolhidas. O que pode ter acontecido com as
universidades das entrevistadas é a não identificação de uma mudança considerável naquele
período. Porém, essas poucas disciplinas da graduação não suprem as necessidades da função
e, para isso, o RP deve fazer especializações voltadas para o crescimento das técnicas de
oratória, consultoria, ciências sociais, gestão, liderança, logística, administração dos recursos,
cerimonial, protocolo, etiqueta, entre outros, que completariam o conhecimento exigido para
uma excelente apresentação.
29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que o objetivo deste artigo, de discutir o ramo de eventos,
especificamente palestras, investigar o perfil dos palestrantes, verificar a relevância da
assessoria para palestrantes e refletir sobre as competências do Relações Públicas para a
função foi atingido. Mediante à análise dos conceitos e teorias, podemos observar que o
profissional de Relações Públicas que é suscetível às apresentações tem as habilidades e
competências necessárias para realização de diversas atividades aqui pontuadas. Através das
entrevistas realizadas com as palestrantes foi possível compreender que as ferramentas de
Relações Públicas facilitam toda a construção desde o planejamento à execução das
apresentações, sendo um diferencial positivo para o profissional. Considerando as múltiplas
possibilidades de atuação do RP foi constatada a necessidade de aprimoramento daquele que
queira ingressar na carreira de palestrante através de especializações na área de gestão de
pessoas e eventos. Ademais, é evidente o aproveitamento dos conhecimentos de Relações
Públicas em todo processo envolto aos eventos coorporativos, especificamente em palestras.
Com os resultados, pôde-se constatar a concordância entre os depoimentos das
profissionais e dos aspectos levantados dentro da fundamentação teórica, deixando evidente
que a escassez de Relações Públicas na função não se dá pela falta de competência, mas por
vários fatores relacionados ao mercado e às estruturas educacionais. Um deles é o desinteresse
do profissional pelo cotidiano dos eventos, uma vez que é necessário ter segurança no tema
escolhido pelo palestrante, o que demanda tempo e dedicação para se especializar e acumular
conhecimentos e experiências, o que não gera retorno em curto prazo. Nota-se que outro fator
são as dificuldades encontradas em torno do reconhecimento dos Relações Públicas perante as
empresas, tanto quanto à função como em relação à flexibilidade do profissional na
comunicação, o que acaba exigindo uma extensa lista de contatos do interessado em palestrar.
Outro ponto que pode ser frisado é a falta de matérias relacionadas a eventos nos conteúdos
específicos de diversas universidades, identificando um retardo no reconhecimento dos
espaços que podem ser ocupados pelos Relações Públicas nos eventos corporativos.
Ao longo deste trabalho, também foi externada a importância da assessoria aos
palestrantes que estimam alcançar a repercussão de suas apresentações e a aptidão do
comunicador para agir no assessoramento desses palestrantes, que é reconhecido nas obras
como assessorias especializadas. A causa da expansão dessas assessorias ocorre porque a
apresentação vem possibilitando uma nova visão de relacionamento entre as empresas e seus
30
públicos. Essa visão está diretamente ligada aos comunicadores, seus canais de atuação e às
vantagens obtidas nos eventos estruturados como ferramenta comunicacional. Em suma, o
profissional de Relações Públicas possui perfil adequado para adentrar neste nicho de
mercado uma vez que desde a criação da grade curricular ele é incentivado a desenvolver
planejamentos, executar projetos, analisar resultados, dialogar com os públicos e possuir o
conhecimento geral do cenário comunicacional das empresas. Recomenda-se um estudo mais
profundo dos motivos ligados a uma possível falta dos Relações Públicas como palestrante
para que futuramente seja capaz de elucidá-los encontrando as soluções responsáveis pelo
engajamento do mesmo no mercado.
31
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