I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo...
Transcript of I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo...
SUMARIO
I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICOINTRODUÇÃO
II. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO2.1. HISTÓRICO DA ESCOLA 2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO 2.3. EQUIPAMENTOS 2.4. BIBLIOTECA
III. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR 3.1. MODALIDADES OFERTADAS E ALUNOS ATENDIDOS3.2. DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR 3.3. EQUIPE PEDAGÓGICA, ADMINISTRATIVA, PROFESSORES E AGENTES
EDUCACIONAISIV. ATO SITUACIONAL V. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5.1. OBJETIVOS VI. ATO CONCEITUAL
6.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE 6.2. CONCEPÇÃO DE HOMEM 6.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRICULO 6.4. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 6.5. CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
VII. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
7.1. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL7.2. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO7.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ARTES 7.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR BIOLOGIA 7.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS 7.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA7.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ÉTICA 7.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FILOSOFIA7.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA 7.10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA 7.11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA7.12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM – INGLÊS 7.13. PROSPOTA PEDAGÓGICA CURRICULAR L PORTUGUESA 7.14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MATEMÁTICA7.15. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR QUIMICA 7.16. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA
VIII. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA 8.1. MATRIZ CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO8.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO
IX. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA9.1. MATRIZ CURRICULAR CURSO TÉCNICO SECRETARIADO
X. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA 10.1. FORMAÇÃO CONTINUADA 10.2. AVALIAÇÃO DE ESTUDOS 10.3. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 10.4. EVASÃO 10.5. 5ªS SÉRIES 10.5.1. SALA DE APOIO
10.6. CONSELHO DE CLASSE 10.7. AVALIAÇÃO EXTERNA/IDEB 10.8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
XI. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS 11.1. ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA 11.2. DIVERSIDADE 11.3. PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS 11.4. RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
XII. PROGRAMAS EDUCACIONAIS 12.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM – ESPANHOL12.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR VIVA A ESCOLA DANÇA12.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR VIVA A ESCOLA TEATRO
XIII. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA XIV. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓ-GICO
I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
INTRODUÇÃO
Toda pessoa tem direito a educação. A educação deve ser gratuita,
pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino
elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve estar aberto a todos
em plena igualdade, em função de seu mérito.
A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana
e ao reforço dos direitos do homem e da liberdade fundamentais e deve
favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos
os grupos raciais e religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das
Nações Unidas para a manutenção da paz.
Estes são respectivamente, os textos dos Incisos 1 e 2 do Artigo 26º
da declaração Universal dos Direitos do Homem que, desde 1948, vem
proclamando os valores democráticos de igualdade de oportunidades, de respeito
à dignidade humana e de garantia de liberdade individual.
Esses valores, apontados como essenciais à organização dos
sistemas educacionais, constam nos textos de documentos nacionais e
internacionais na área de educação, conforme o Artigo 1º da Declaração Mundial
de Educação para todos: “ Todas as pessoas, crianças, adolescentes ou adultos
devem beneficiar-se de formação educacional com condições de responder às
suas necessidades educativas fundamentais” .
Este é o nosso desejo, como educadores, como pais, como
integrantes da sociedade brasileira e como cidadãos universais. Esse é o sonho
que, que ser concretizado, exige revisão de paradigmas, de fundamentação
teórica e filosófica além de ações eficazes, profundas e urgentes, uma vez que,
no nosso entendimento, o significado da universalização da educação coincide
com os direitos dos homens e das mulheres de participarem plenamente dos
benefícios do desenvolvimento.
Entendemos que uma escola de boa qualidade para todos, uma
escola inclusiva, deve estar a serviço da dimensão social e política das relações
humanas, na medida em que o processo educacional ofereça., além da
apropriação do conhecimento, a capacidade crítica indispensável ao exercício da
cidadania plena.
É com este anseio que construímos uma proposta pedagógica
inclusiva, onde todos aprendam juntos, convencionando currículos, apoiando e
valorizando o trabalho dos professores, para que desenvolvam práticas
educativas centradas na aprendizagem e adequadas às necessidades dos alunos.
Concordamos que são desafios muito grandes, mas com garra e incansável
determinação, em busca de um mundo melhor, mais justo para todos.
II. IDENTIFICAÇÃO
Nome do Estabelecimento: COLÉGIO ESTADUAL CONSELHEIRO CARRÃO - EFM
Endereço: Rua Dr. Simão Kossobudski, 151 – Uberaba - Curitiba/PR
CEP: 81.580-250 – Fones: 3286-6126 / 3286-2616
Lei de Funcionamento: Ensino Fundamental : Decreto. 1596/76
Resolução . 2723/82
Ensino Médio: Resolução. 3196/98
Número de turmas: 28
Professores: 50
Horário de funcionamento:
MANHÃ
7:30 às 11:55
TARDE
13:00 às17:25
NOITE
19:00 às 23:10
2.1. HISTÓRICO DA ESCOLA
Esta escola foi criada para atender um conjunto de casas populares
localizado na Vila Sofia, em dezesseis de setembro de um mil novecentos e
cinquenta e nove, pelo Decreto nº 244800 com o nome de Grupo Escolar de “Vila
Sofia”.
Foi designada para responder pela Direção a Professora Dorothéa Pizzato
Vieira.
Em 1960, a Escola, passou a denominar-se Grupo Escolar “Conselheiro
Carrão” da Vila Sofia e em agosto de 1961, Grupo Escolar “Conselheiro Carrão”.
A diretora, Dorothéa P. Vieira, aposentou-se por invalidez, em dezembro de
um mil novecentos e setenta, sendo substituída pela Professora Ubiramar
Berenice Barcellos, através da Portaria nº 10.216/70, de 8712/70.
Funcionou a 1ª fase do 1º grau, na condição de extensão do Colégio
“Professor Victor do Amaral”, sendo extintas a 5ª e 6ª séries no ano seguinte.
Através do Decreto nº 1596, de 11/02/76, o estabelecimento passou a ser
Complexo Escolar do Colégio “Professor Victor do Amaral”, com o nome de Escola
Conselheiro Carrão - Ensino de 1º grau.
A Professora Ubiramar Berenice Barcellos permaneceu na direção até
07/08/79, quando foi designada para Inspetora Auxiliar de Ensino, sendo
substituída pela Professora Nina Maria Mehl Brandalize, através da Resolução nº
1293/79, de 07/08/79.
Somente em um mil novecentos e oitenta e um é que obtivemos a
autorização de funcionamento da 2ª fase do 1º grau em caráter excepcional
através da Resolução nº 219/81.
Reconhecimento do Curso completo de 1º Grau - Regular, Resolução nº
2723/82.
Em um mil novecentos e oitenta e três a Secretária do Estado da
Educação, Gilda Rocha Loures Polli, no governo de José Richa, assinou a
legalização das direções através de eleições.
Em 17/06/83 houve a eleição, votaram professores, funcionários e todos os
pais que tivessem filhos no estabelecimento.
No pleito constatou-se a vitória da professora Nina Maria Brandalize que
continuou na direção pela Resolução nº 2847/83 até 1988. As próximas direções
foram: Eliana F. da Silva Neves – 1989; Alda Bonfim Coelho – 1990-1992; Elaine
Halyzis S. Lopes – 1993-1995; Antoliana P. Tantos – 1996-2000; Elaine Halyzes S.
Lopes – 2001-2005; Maria Divina de Godoi – 2006-2008; Dirceu Fonseca Filho-
2009 até a presente data.
Em um mil novecentos e oitenta e cinco, foi autorizado o funcionamento do
noturno pela Portaria 913/85 de 8/04/85.
Atualmente o Colégio está adequado ao Porte 7 e pertence à área 14 – Setor
Boqueirão - Núcleo Regional de Educação de Curitiba.
2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O espaço onde foi construído dificulta a circulação dos alunos, sendo ele
um tanto quanto restrito, é uma construção antiga, possui uma quadra sem
muita estrutura e outra quadra coberta, um pequeno espaço para recreação dos
alunos, sendo este, apenas com piso bruto, necessitando de algumas reformas
tanto para melhorias gerais quanto para atender alunos com necessidades
especiais. Possui também:
13 Salas de Aulas
01 Sala da Direção;
01 Sala da Equipe Pedagógica;
01 Sala dos Professores
01 Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia
01 Sala Secretaria
01 Biblioteca
01 Sala de Vídeo
01 Banheiros para professores
01 Banheiros para alunos
01 Cantina
01 Cozinha
01 Refeitório
01 Depósito para merenda
01 Laboratório de Informática
01 Sala de Artes
2.3. EQUIPAMENTOS
Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletro-eletrônicos disponíveis:
13 Aparelhos televisor multimídia
02 Aparelhos televisor
03 Retroprojetores
03 Rádios com CD
02 Aparelhos de CD
01 Máquina Fotográfica
01 Antena Parabólica
01 Aparelho de Som com Microfone
2.4. BIBLIOTECA
A biblioteca é um ambiente destinado ao atendimento da comunidade
escolar com mais de 3500 títulos e tem entre os objetivos principais:
. proporcionar programas de incentivo à leitura;
. promover a conscientização quanto aos cuidados com o acervo, criar
espaço de divulgação dos trabalhos produzidos pelos alunos nas diferentes
disciplinas, exposições de trabalhos com o objetivo de divulgar e incentivar os
alunos;
III.ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
O Colégio Estadual Conselheiro Carrão está organizado para atender as seguintes
modalidades de ensino:
Ensino Fundamental
5ª à 8ª séries 5ª série
6ª série
7ª série
8ª série
5 turmas
4 turmas
5 turmas
4 turmas
Total de alunos Ensino Fundamental - 503
Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais
1ª à 3º séries 1º série
2º série
3º série
3 turmas
2 turmas
2 turmas
Total de alunos Ensino Médio - 208
EJA
Fundamental 4 turmas
Médio 4 turmasTotal de alunos EJA Fundamental – 126
Total de alunos EJA Ensino Médio – 95
3.2. DIREÇÃO e DIREÇÃO AUXILIAR
01 – Direção
01 – Direção Auxiliar
3.3. EQUIPE PEDAGÓGICA, ADMINISTRATIVA, PROFESSORES E AGENTES
EDUCACIONAIS
05 – Pedagogos
52 – Professores
06 – Administrativo Secretaria
03 – Administrativo Biblioteca
02 – Administrativo Laboratórios
04 – Serviços Gerais Merenda
05 – Serviços Gerais Limpeza
IV. ATO SITUACIONAL
Aqui vamos explicitar como entendemos o mundo em que vivemos e o
contexto em que se situa o Colégio Estadual Conselheiro Carrão - EFM. A partir de
nossas reflexões acerca do contexto sócio-econômico-educacional, considerando
os fundamentos legais relacionados à educação, pretendemos identificar os
DESAFIOS que se põem para o colégio. Partimos do pressuposto de que uma
Escola que visa realizar ações intencionais precisa levar em conta os problemas
decorrentes das relações que se estabelecem em seu contexto. Conscientes
dessa trama de relações, poderemos superar ações espontaneístas e,
efetivamente, contribuir para a construção de uma sociedade mais humana,
justa, livre, participativa e feliz.
Sendo assim, é indispensável um olhar sobre o paradoxo instalado na
atualidade: enquanto presenciamos as maiores e mais rápidas transformações
tecnológicas, convivemos com o crescimento desenfreado da miséria e da
injustiça social. Por isso, precisamos compreender o mundo e situar os problemas
presentes em nosso entorno para, em seguida, apontarmos em que direção
caminhará nossa Escola. É visível que o mundo tornou-se globalizado, mas as
oportunidades não. A globalização é um processo determinado pelo
funcionamento dos mercados e da economia que repercute diretamente na
cultura e nos costumes dos povos. Há que se considerar também que vivemos
problemas de toda ordem, tais como:
SOCIAIS - empobrecimento da maior parte da população expresso na
miséria e na fome; déficit de saneamento básico; falta de segurança pública;
condições precárias de saúde física e mental; descaso com a educação;
precarização das condições de trabalho expressa em elevadas taxas de
desemprego, baixos níveis salariais e carência de mão de obra qualificada.
Notoriamente, a exclusão social cresce a cada dia, marcada pela má distribuição
de renda, pela desigualdade social que repercute em desemprego, violência, uso
de drogas e prostituição.
POLÍTICOS: concentração de poder político sustentado na força econômica;
perdas de direitos sociais adquiridos; ruptura com preceitos éticos expressa em
corrupção, lavagem de dinheiro, má administração pública e tráfico de influência.
ECONÔMICOS: constituição de blocos de poder que determinam as
relações econômicas baseadas na maximização dos lucros; concentração do
conhecimento (ciência e tecnologia) nas mãos de grandes grupos econômicos,
colocando os países em desenvolvimento na condição de meros reprodutores e
consumidores de tecnologia; imposição de princípios ditados pelas empresas
transnacionais; protecionismo aos países desenvolvidos; queda em investimentos
no setor industrial e rural; expansão no setor de serviços cada vez mais
caracterizado pela informalidade das relações de trabalho; sobreposição de
valores pautados na competitividade e no empreendedorismo a valores de
solidariedade e coletividade.
CULTURAIS: imposição de valores de determinados grupos sociais;
consumismo; banalização do sexo e da violência devido ao uso de novas
tecnologias de informação e de comunicação; hegemonia cultural devido à
globalização e à imposição de determinados modelos da ciência e da tecnologia;
xenofobia; submissão à velocidade das transformações materiais em detrimento
do tempo de contemplação; preconceitos às minorias.
RELIGIOSOS: utilização da religião para fins econômicos e políticos,
gerando conflitos entre os povos.
AMBIENTAIS: vivemos outros problemas de dimensão planetária
relacionados às questões ambientais, tais como a poluição e o consumo
irresponsável de recursos naturais como a água e a energia. Inundações, seca,
processos de desertificação, furacões, terremotos, destruição da camada de
ozônio, extinção de espécies, desastres ecológicos, incêndios nas florestas são,
certamente, respostas às posturas inadequadas do ser humano no que se refere
ao uso de matéria prima proveniente da natureza, ao saneamento e à saúde.
A superação dos problemas sócios econômicos nacionais não é tarefa de
uma única instituição social, mas do País como um todo, através da definição de
um projeto político, econômico e social que vise à melhoria das condições de vida
da população e seu acesso aos bens socialmente produzidos, dentre eles o
conhecimento elaborado.
Formar o cidadão não é tarefa apenas da escola. No entanto, como local
privilegiado de trabalho com o conhecimento, a escola tem grande
responsabilidade nesse processo de formação: recebe crianças e jovens por um
certo número de horas, todos os dias, durante anos de suas vidas, possibilitando-
lhes construir saberes indispensáveis para sua inserção social, uma vez que
entende-se que é impossível separar a educação do mundo da vida, conforme
DEWEY (1971:29):
“ A educação não é preparação nem conformidade.
Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer.”
No entanto, a escola não pode fazer tudo sozinha, pois tem limites claros.
Ela não existe isoladamente, mas faz parte de um sistema público que tem a
responsabilidade de lhe dar sustentação para que possa cumprir sua função. Dar
sustentação à ação, no entanto, não quer dizer comandar a ação. A escola só
pode cumprir seu papel de forma competente se tiver autonomia. Isto é, se os
que nela atuam e os que dela se beneficiam puderem definir e construir seu
próprio caminho pedagógico, condição essencial para que se sintam
comprometidos com ele. Nesse sentido, é fundamental que o poder público
proponha uma política educacional clara, com objetivos definidos, que assegure o
acesso e a permanência dos alunos na escola, tendo como foco principal o ensino
de boa qualidade a toda a população.
Considerando as estruturas da sociedade brasileira e que o sujeito é fruto
de seu tempo histórico, a escola enquanto espaço de socialização do
conhecimento tem como desafio, cumprir sua função precípua num panorama
baseado na diversidade sociocultural, no avanço tecnológico, no acesso à
informação, nos modos de produção, no consumo de bens e serviços e no modelo
econômico vigente.
Assim elencadas, as estruturas da sociedade contemporânea servem de
base para as relações sociais na escola.
Diversidade Sociocultural
Na sociedade, a diversidade sociocultural apresenta-se pela composição
familiar, as relações de trabalho, as questões etnicorraciais e a constituição de
tribos urbanas. Na escola a composição familiar se reflete nos alunos cujas
famílias são de base matriarcal, sendo a mulher (mãe, tia ou avó) a única
responsável pelos cuidados da família e, com frequência, a provedora do lar.
Nestes casos, os alunos oriundos destas famílias ficam boa parte, ou, todo o dia
sem a presença de um adulto para acompanhá-los nas suas atividades, desde as
mais simples (higiene pessoal) até as mais complexas ( estudos e relações
sociais), ficando estes jovens a mercê de orientações nem sempre assertivas ou
éticas.. Quanto às relações de trabalho, conforme pesquisa, tem-se notícia que
grande parte dos adultos provedores das famílias dos alunos da escola não
possui vínculo empregatício, está no mercado de trabalho informal
desenvolvendo trabalho terceirizado para gráficas e confecções, reciclagem de
resíduos sólidos ou trabalhadores autônomos nas áreas de construção civil e
comércio popular. Nesta condição, as famílias destes trabalhadores vivem em
constante desequilíbrio financeiro, exigindo que as crianças da família também
desenvolvam atividade remunerada, auxiliando nos ganhos da família, ou ainda,
que faltem as aulas para cuidar de irmãos mais novos. Sobre as questões
etnicorraciais, a ótica social é a da exclusão, conforme o pensamento de
Florestan Fernandes( 1965), ao afirmar que:
"Os negros são os testemunhos vivos da persistência
de um colonialismo destrutivo, disfarçado com
habilidade e soterrado por uma opressão inacreditável.
O mesmo ocorre com o indígena, com os párias da terra
e com os trabalhadores semilivres das cidades",
Sendo que, na escola as questões etnicorraciais tem conotação da
diversidade e do convívio respeitoso entre os sujeitos pertencentes ao espaço
escolar, Levi-Strauss afirma que se os grupos humanos se distinguem, e para
tanto que precisem ser distinguidos, é unicamente em termos culturais. Portanto,
trata-se de um tema a ser vivido no contexto escolar diariamente, pois o
ambiente escolar é composto por grupos diversos.
A estruturação das tribos urbanas, na sociedade, segundo MAFESSOLI,
2000 são as articulações sociais e psíquicas, dos bastidores dos sujeitos
humanos, atores de uma sociedade pósmoderna dotada de toda uma gama de
complexidade que define novos padrões para um comportamento, uma estética,
e um estar junto ao outro, muito particular e singular. No espaço escolar, a
constituição de tribos urbanas leva em conta o fato de que o sujeito
contemporâneo que se adéqua em uma tribo, quer compartilhar emoções,
fantasias e fetiches, e de certa forma uma fuga dos conflitos ao encontro de um
amparo.Assim, formam-se tribos no interior da escola, sendo vistas: emos,
basofes, , from uk, geeks, góticos, mods, nerds, playboys, plocs, punks, rastas,
vegans, Ainda, discute-se de acordo com alguns autores como GIDDENS, 1997;
MAFFESOLI, 2000, que a instituição familiar tem sofrido profundas
transformações nas últimas décadas, e o lugar nuclear da família deu espaço a
uma redefinição de papéis, materno e paterno, fosse na sua organização ou na
sua constituição de identificação.
Avanço Tecnológico
Não podemos ignorar o avanço tecnológico em nosso meio, tomando conta
de vários setores da nossa sociedade, tampouco podemos negar sua
importância para o crescimento econômico e social. Deparamo-nos diariamente
com novas tecnologias como a clonagem, nanotecnologia e biotecnologia, que
provocam mudança na sociedade, influenciando nas relações sociais e no
consumo, sendo: o telefone, o fax, a televisão, o vídeo, os computadores com
internet, as máquinas fotográficas e as filmadoras para os registros dos eventos,
entre outros. Também é necessário entender que as mudanças nos processos
técnico-produtivos e o avanço das inovações tecnológicas no campo afetaram o
emprego de algumas categorias, especialmente os trabalhadores temporários,
também conhecidos como volantes ou bóias-frias.
O avanço tecnológico, assim reconhecido no espaço escolar se reflete no
consumo exagerado de aparelhos multimídia, nas convivências baseadas nas
redes de relacionamentos (facebook, orkut, myspace, twitter) e ainda, na
migração para os centros urbanos de famílias de trabalhadores rurais. Contudo,
há de se reconhecer que o avanço tecnológico traz consigo também o acesso à
informação, ferramenta essencial para o exercício da cidadania, uma vez que a
busca por garantir um estado democrático, com a participação de cidadãos
ativos e com liberdade de escolha exige que não falte oportunidade de acesso à
informação. Conforme Giddens, "o mundo em que vivemos hoje, não está sujeito
ao rígido controle humano (...). Quase ao contrário, é um mundo de perturbação
e incerteza, um `mundo descontrolado'. E, o que é perturbador, aquilo que
deveria criar uma certeza cada vez maior - o avanço do conhecimento humano e
a `intervenção controlada' na sociedade e na natureza - está na verdade
profundamente envolvido por essa imprevisibilidade" (1995. 286p.).
Relações de Produção
As relações de produção estabelecidas em nossa sociedade são baseadas
no modelo capitalista e assim sendo, na escola reproduzem-se as questões deste
modelo, nas famílias dos alunos, especialmente quanto o trabalho informal, o
subemprego e o desemprego. O Brasil ocupa a 6ª posição no ranking da
economia mundial e concentra a 5ª maior população juvenil (36 milhões de
jovens entre 15 e 24 anos de idade), dentre os quais, oito milhões não estudam
nem trabalham, ou seja, vivem na inatividade. Entre os estudiosos do
desemprego juvenil há consenso em apontar uma maior suscetibilidade dos
jovens no ingresso e manutenção no mercado de trabalho. Pochmann (1998)
aponta que em 1997 a taxa de desemprego no segmento da população com
idade entre 15 e 24 anos era de 13%%. Sustenta que na década de 1990,
paralelamente à escassez de postos de trabalho para os jovens, percebeu-se
uma diminuição de ocupação de assalariados e um aumento nos segmentos
autônomos, o que evidencia a precarização e instabilidade desse grupo de
trabalhadores diante da desregulamentação do trabalho e o processo de
flexibilização das regras de contratação a que estão submetidos. A realidade
limitadora no tocante às oportunidades, às condições de trabalho e a uma
ideologia individualista disseminada em todos os âmbitos sociais, o capital
preconiza a obtenção de novas “competências” como medida exclusiva para
obter espaço no mundo do trabalho e deixa a margem um exército de
trabalhadores “não qualificados” que se servem de bicos para sustentar suas
famílias. Dada à urgência da sobrevivência, o conhecimento proposto pela escola
é tratado como um bem supérfluo, daí os índices de evasão e a pouca
importância dada pelas famílias ao acompanhamento da vida escolar dos filhos.
Se considerarmos o entorno da escola, observamos que as mazelas sociais
se aproximam. Já convivemos com a violência, a delinqüência, as drogas, entre
outros problemas que são reflexos da exclusão social.
A escola obteve, por pesquisas e discussões junto à comunidade escolar
(professores, funcionários, alunos e pais) dados relevantes para alcançar os
objetivos propostos. As questões levantadas apresentam duas linhas principais,
sendo as de bases estruturais e as de bases pedagógicas, a saber:
Estruturais
- Defasagem no quadro funcional: necessidade de contratação dos aprovados em
concurso público;
- Condições de trabalho: reajuste real dos salários; atenção à saúde dos
servidores; redução do número de alunos por turma,
- Formação continuada: acesso a cursos de graduação e pós-graduação aos
servidores
- Manutenção da estrutura física: equipamentos de segurança; aquisição de
mobiliário; adequação do espaço físico.
Pedagógicas
- Equipe Multidisciplinar: necessidade de formação de uma equipe
multidisciplinar por Setor composta de Psicopedagogo, Neurologista, Psiquiatra,
Psicólogo e Assistente Social para identificar e apoiar a intervenção nos casos de
dificuldade de aprendizagem diagnosticados na escola;
- Rotatividade de docentes: importância em ter um quadro fixo de professores
- HAF: ampliar a Hora Atividade e usá-la de forma adequada
- Participação da família na escola: envolvimento nas questões de ensino e
aprendizagem
- Integração: encontros para estudos e integração entre a comunidade escolar.
Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à função
da Escola na sociedade e remetem à educação como condição de libertação do
homem. Ter direito à liberdade, à justiça e à dignidade é condição indispensável
para a construção de uma nova ordem social.
Nessa perspectiva, a educação escolar, embora não seja panaceia para as
mazelas sociais, é um espaço fundamental para a formação do cidadão pleno,
sujeito consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante na sociedade.
Mobilizar-se nessa direção significa condenar toda e qualquer ação que repercuta
em exploração do Ser Humano e atuar para humanizar o globo e não globalizar.
V. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5.1. Objetivos
O quadro sócio-histórico aqui exposto parece expressar uma visão
apocalíptica de sociedade, ressaltando uma gama de problemas de tal amplitude
que sugere ser intangível qualquer possibilidade de transformação para melhor.
Entretanto, é necessário registrar que ao longo das discussões que explicitaram o
referido quadro, os sujeitos envolvidos manifestaram suas visões movidos pelo
desejo de transformações. Suas reflexões sugerem que a escola, imbuída de sua
função social, poderá contribuir com as transformações atuando criticamente
para reconstruir as representações que os sujeitos têm da realidade, de modo a
promover a mudança de postura e de prática diante dessa realidade. Isso é
visível quando professores, alunos, agentes educacionais e pais anunciam
DESAFIOS a serem assumidos pela escola, tais como:
• Assegurar o caráter público e gratuito da Escola visando à inclusão educacional
e social
• Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a
sociedade vive uma crise de valores no que tange ao convívio social, à
manutenção da paz, ao respeito aos direitos humanos.
• Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na sociedade
no sentido de superar as desigualdades sociais.
• Construir a identidade e a autonomia da escola. Criar condições para que os
sujeitos da educação atuem de modo responsável e comprometido com a função
social da escola.
VI. ATO CONCEITUAL
Ao se pensar em educação e de forma particular em educação
pública de qualidade, se vislumbra uma vasta gama de determinantes que
influemciam direta e indiretamente na educação escolar. A escola instituição que
tem como premissa a construção de conhecimento por parte de seus educandos,
a assimilação e ressignificação dos conhecimentos historicamente acumulados e
asistematizados, não o faz de uma forma mecânica e sem interferências, ao
contrário, a escola é um espaço de conflito, de contradição, do que se teve, se
tem e se almeja ter de educação, de escola, de homem, de sociedade, de
mundo...
Com tantas determinantes que influenciam diretamente na ação
escolar, fica evidente que a educação não é uma coisa estanque com começo,
meio e fim, ao contrário, o processo educativo se dá permanentemente em seus
momentos formais e informais, de convício dentro e fora da escola.
6.1.CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
“ A sociedade é um agrupamento tecido por uma
série de relações diferenciadas e diferenciadoras.”
SEVERINO(1998)
Atualmente ao se falar em sociedade já se vem em mente que o que
se tem hoje é um modelo de sociedade injusto e desigual. A sociedade atual
apresenta desigualdades, problemas sócio-econômicos, riqueza e pobreza
exarcebadas, diversidade sócio-cultural, avanços tecnológicos e científicos que
cilminam na formação e na forma de vida do homem nela inserido. Estes
determinantes andam lado a lado, porém não harmoniosamente, mas sim de
forma contraditória e conflitante.
Apesar de haver hoje uma universalização tecnológica e por
conseguinte, dos meios de comunicação (pode-se comunicar com alguém em
praticamente qualquer parte do planeta, há a preponderância, em especial por
parte dos jovens da utilização de sites de relacionamento, de “bate-papo”),
com todas essas ferramentas de comunicação, percebe-se uma sociedade mais
individualista e solitária, que pouco se preocupa com o outro.
Ao se pensar em uma concepção de sociedade, almeja-se uma
sociedade justa, igualit aia, verdadeiramente democrática, com cidadãosŕ
solidários, críticos e autônomos, conscientes e efetivadores de seus direitos e
deveres.
Vislumbra-se um homem que seja sujeito de sua própria história,
como diz Santoro: “ ...é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas
condições existenciais, transcende-as e reorganiza-as superando a condição de
objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história
coletiva.”
Para tanto faz-se necessário que a escola invista na formação de
alunos críticos, autônomos, preparando-os para o exercício da cidadania, que
compreendam que as relações sociais não se dão de foma natural, mas sim, que
são construídas historicamente e que, portanto, pode-se ser sujeito da história.
Uma sociedade que privilegie o ser e não o ter.
6.2.CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser social e histórico inserido em determinada
sociedade e com determinada cultura e está permanentemente em processo de
autoconhecimento e crescimento, transformando concomitantemente.
Ao se pensar no homem atual pensa-se em um ser que trabalha,
produz, sofre, compra, vende. Um ser individualista e consumista, em que apesar
das oportunidades não serem as mesmas, se avalia o outro muito mais pelo ter
do que pelo ser, julga-se facilmente de forma superficial o outro e que poucas
condições de tem de reverter o quadro desigual e injusto que se apresenta na
sociedade.
Porém, o que se espera, é que o homem seja um cidadão autônomo,
consciente, crítico e transformador, sendo sujeito de sua história e da sociedade
que permeia visando o bem comum.
O homem de hoje necessita estar preparado para superar as
desilguladades, para lutar garantindo que os direitos humanos sejam respeitados
e desta forma, a sociedade se torne mais justa, mais solidária, mais humana,
efetivando-se como construtor de sua própria história.
6.3.CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E DE CURRÍCULO
A educação na contemporaneidade necessita ser compreendida a
partir dos impactos e demandas econômicas, políticas sociais, culturais e
tecnológicas uma vez que a educação é um processo possui uma especificidade
humana de formar cidadãos por meio de conteúdos “não materiais” que são as
ideias, teorias, valores, conteúdos estes que vão influir decisivamente na vida de
cada um.
Assim, dizer que a educação é um fenômeno próprio dos seres
humanos significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para
o processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho, pois:
Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza ativa e
intencionalmente os meios de sua subsistência.
Ao fazer isso inicia o processo de transformação da natureza,
criando um mundo humano ( o mundo da cultura). SAVIANI (1991, p. 19).
Sendo assim, o currículo também deve ser entendido , como uma
ferramenta conceitual que
supõe sempre, de forma explicita e tácita, uma resposta às perguntas: o que
ensinar, como e por quê? Uma
vez que as concepções curriculares variam em função dos distintos valores
educativos que lhe dão vida.
Pode-se perceber o currículo como centro da relação educativa, sendo a
expressão das
relações que se dão na escola, sendo entendido como um “plano” no qual se
detalham os conteúdos de ensino, sua organização e suas inter-relações. Para
que se construa um currículo, devem ocorrer simultaneamente as três
dimensões fundamentais de estrutura curricular, que é plano, processo ou ação.
O plano de ação inclui necessariamente um planejamento, programa que
estabelece as prioridades, o que vai ser ensinado, as atividades a serem
desenvolvidas, como e quando. É o planejamento que possibilita que a ação
educativa seja coordenada a partir de objetivos educacionais. Para que se torne
um projeto coerente devemos considerar, no seu planejamento e implementação,
decisões oriundas de determinantes culturais, econômicas e pedagógicas. Uma
vez que baseiam o equilíbrio de interesses e forças que gravitam sobre o
sistema educativo num dado momento, enquanto que por meio deles se realizam
os fins da educação no ensino escolarizado.
Cabe destacar, que serão contempladas no currículo e nos Planos de Ação
dos professores as legislações e os temas que discutem no âmbito escolar os
avanços e desafios contemporâneos, como:
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental
- Educação Fiscal
- Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente
- Gênero e Diversidade Sexual
- Lei 97/06 – História do Paraná
- Agenda 21
- Compromisso do Milênio
6.4.CONCEPÇÃO DE ENSINO- APRENDIZAGEM
A metodologia de ensino deve proporcionar ao aluno situações de
vivência onde, através da reflexão sobre diferentes aspectos da realidade, ele
possa construir compreensões novas, formular hipóteses e explicações,
problematizar, observar, registrar, descrever, documentar, representar e
pesquisar os fenômenos sociais, culturais e naturais - uma metodologia que
contemple o aluno enquanto sujeito do conhecimento e da ação. Para que se
obtenha dos alunos respostas criativas, é necessário que os conteúdos sejam
trabalhados em situações contextualizadas, vinculadas à realidade É preciso
colocar o aluno em contato com as produções culturais e artísticas da
humanidade, com o conhecimento historicamente produzido, já que através da
interação entre o conhecimento acumulado historicamente e a sensibilidade,
percepção e conhecimento do aluno, acontece a reelaboração e a construção do
conhecimento no contexto da realidade hoje.
A contextualização do conteúdo, apresentada como “recurso que a escola
tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo”, supõe a
compreensão de que na relação entre o sujeito do conhecimento e o objeto
estão presentes “áreas, âmbitos ou dimensões da vida pessoal, social e cultural”
do sujeito. Se por um lado esta noção cumpre a finalidade de aproximar do
conhecimento a realidade do aluno e, consequentemente, provocar significado
ao conhecimento, por outro lado devemos estar atentos a não limitar a
abordagem do conteúdo à esfera da superficialidade, dos interesses mais
imediatos ou do senso comum.
6.5.CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
A educação inclusiva é um processo em que se amplia a
participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular.
Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas
nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. È uma
abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas
singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a
inserção social de todos.
A educação inclusiva se importa com a diversidade inerente à
espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais
de todos os sujeiros-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular
de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de
todos e para tanto necessita de uma prática pedagógica coletiva, multifacetada,
dinâmica e flexível que traz consigo mudanças significativas na estrutura e no
funcionamento das escolas. Também na abordagem do professor, que suscita
uma linha ainda mais humana e nas relações família-escola.
VII.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
7.1. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
7.2. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010
TURNO: MANHÃ
1ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03
LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
2ª SÉRIE
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03
LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
3ª SÉRIE
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03
LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010
TURNO: NOITE
1ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03
LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
2ª SÉRIE
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03
LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
3ª SÉRIE
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03
LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
7.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ARTE
DIMENSÃO HISTÓRICA
Quando nos referimos ao Ensino da Arte, alguns momentos importantes
precisam ser resgatados sobre a história da disciplina, permitindo uma reflexão
mas apropriada sobre sua posição atual nas escolas.
A primeira forma registrada de Arte na educação no Estado do Paraná,
ocorreu durante o Século XVI no período colonial nas vilas e reduções
jesuíticas. O ensino possuía caráter religioso sendo realizado um trabalho de
catequização dos indígenas com o ensino das artes e dos ofícios, através da
retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e outras artes
manuais. A Companhia de Jesus promoveu o cultivo das formas do período da
alta Idade Média e renascentista assimilando também as locais. Esse trabalho
perdurou por 250 anos, deixando influência na cultura popular paranaense como
exemplo na música caipira e no folclore, entre outras. O modelo até então
Teocêntrico acabou por ter algumas mudanças com a expulsão dos Jesuítas
pelo Marquês de Pombal ocorrendo posteriormente a Reforma Pombalina.
O ensino da arte se tornou irrelevante permanecendo apenas associado as
ciências naturais e aos estudos literários.
Somente com a vinda da família Real de Portugal ao Brasil é que
propiciou um momento significativo do ensino da arte no Brasil: a
chegada da Missão Artística Francesa. O incentivo de D. João VI ao ensino
da arte no início do Século XIX, acabou resultando na Academia de Belas
Artes do Rio de Janeiro fundada em 1826. Na academia os alunos poderiam
aprender sobre o estilo Neoclássico que se baseava no culto a beleza
clássica, enfatizando exercícios de reprodução de obras consagradas. O
Brasil, apesar de já estar desenvolvendo o estilo Barroco, considerado o
primeiro estilo com características brasileiras, acaba incorporando essa
cultura europeia.
Na época em que o ensino nas escolas ainda era influenciado pelo
Iluminismo priorizando a área científica, resultou na ratificação na
Reforma Educacional de 1890, cujo objetivo ainda era valorizar a
ciência e os estudos literários. A partir dos ideais positivistas de Augusto
Comte, valorizaram o ensino do Desenho Geométrico que procura atender o
modo de produção capitalista caracterizado pelo inicio da industrialização do
Brasil, com ênfase no ensino profissionalizante.
Depois desse direcionamento para as habilidades e técnicas, um marco
importante em nossa história foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que
propiciou o inicio da valorização da produção individual e a cultura nacional.
Nesse contexto o ensino da arte teve um olhar calcado na expressividade,
espontaneidade e criatividade que caracterizaram a Escola Nova.
A partir de 1931, houve a instituição do ensino da música que com o
canto orfeônico, o ensino da arte fez-se presente como primeiro projeto de
educação pública de massa,. O objetivo também da busca de uma identidade
nacional teve como um dos artistas de maior expressão, o compositor Heitor
Villa Lobos. A partir de então, as escolas além dos estudos de teoria musical
incentivavam a execução de hinos e canções cívicas.
Em 1948 Augusto Rodrigues cria no Rio de Janeiro a Primeira Escolinha de
Arte do Brasil, na forma de Atelier livre, com a finalidade de desenvolver a
criatividade, incentivando a expressão individual. Entretanto, foi no ano de 1954
que foi criada a primeira Escola de Artes do Paraná, no Colégio Estadual
do Paraná em Curitiba, com o objetivo de trabalhar a dimensão criativa
através das Artes Plásticas, Teatro e Música.
A obrigatoriedade do ensino de arte nos currículos de Ensino
Fundamental e Médio aconteceu somente a partir de 1971. Nessa
época, o Brasil passava por um momento de repressão política e
cultural, e o ensino apesar do conteúdo ser reduzido, baseava-se na
concepção tecnicista centrada nas habilidades e técnicas.
No contexto dos anos 90 é elaborado no Paraná o currículo Básico do
Ensino Fundamental e Ensino Médio com a pedagogia que intencionava fazer
da escola um instrumento que contribuísse para a transformação social.
Com a lei 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino da arte na Educação
Básica, porém, passa a compor a área de linguagens, códigos e suas
tecnologias, abrangendo: Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.
A partir dos PCNs foram publicados e encaminhados ás escolas, e na
disciplina de Arte teve como principal fundamentação a proposta de Ana Mae
Barbosa denominada “A Metodologia Triangular” que era norteada por três eixos:
o fazer artístico, a apreciação estética e a contextualização da obra através da
História da Arte. Além da metodologia triangular os PCNs passaram a tratar às
quatros áreas do conhecimento artístico: artes visuais, teatro, música e dança.
No período de 2003 a 2006, foram realizadas diversas ações pelo
Governo do Estado do Paraná que valorizaram o ensino da a Arte, dentre
os quais tiveram muito destaque .. o aumento da carga horária, contratação
de profissionais com Licenciatura em Arte, criação e distribuição de
materiais didáticos para alunos e professores e a criação do Fera, que é um
projeto que valoriza talentos.
O ensino de Arte passou a ser visto não apenas como disciplina integrante
no sistema educacional, mas como algo de importância no crescimento e
desenvolvimento do aluno como fruidor e transformados da sua realidade
histórica.
Portanto, muitas ações foram realizadas no decorrer desse processo
histórico recente na busca de efetivar transformações e uma maior valorização
do ensino da arte.
O ser humano é um ser simbólico, inventa e cria símbolos, e a arte é um
patrimônio cultural que nos aproxima dos códigos e interpretações das
comunidades de qualquer época, povo cultura ou país. Como agente
transformador a Arte se concretiza através da expressão artística
individual ou coletiva, utilizando-se de sons, formas visuais,
movimentos do corpo, representação cênica, dentre outras possibilidades
de leituras da realidade, possibilitando portanto, outras leituras de mundo.
A escola nos possibilita o experimento, a relação entre culturas diversas,
questionamentos, cria reflexões contextualizadas, em fim utiliza-se a Arte
como forma de expressão, onde o aluno cria e põem sentido as coisas da vida
com relação à construção de uma sociedade.
A Arte como linguagem pondera o entendimento que não apenas
suscita sentimentos, mas transmite e capta novas concepções. Por isso,
devemos tratar a Arte como forma de linguagem — linguagem artística.
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA
O Ensino da Arte tem como objetivo ampliar as oportunidades de
experiências estéticas, instigar a criatividade, a percepção e as
possíveis associações da arte com a realidade do aluno. Além de promover o
desenvolvimento cultural e estético proporcionando o interesse por novas
possibilidades de aprendizado integrando leitura de imagens, pesquisa,
apreciação, o fazer e o contextualizar a obras de arte.
Propiciar ao educando o acesso aos conhecimentos presentes nos bens
culturais, por meio de um conjunto de saberes em Artes que lhe permitam
utilizar-se desses conhecimentos na compreensão das realidades e ampliar o seu
modo de vê-lo.
“Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural
por um cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas,
produtos informações e principalmente imagens. Se temos que
conviver diariamente com essa produção infinita, melhor será
aprendermos a avaliar esta paisagem, sua função, sua forma, e seu
conteúdo, e o que exige o uso de nossa sensibilidade estética. Só
assim poderemos deixar de ser observadores passivos para nos
tornarmos espectadores críticos, participantes e exigentes.“ (COSTA,
1999).
A partir de tantas reflexões sobre a arte, e a necessidade de sua
compreensão, faz-se necessário o objetivo de fortalecer a experiência sensível e
inventiva do aluno, incitando-o ao questionamento, fazendo com que ele se torne
critico e agente a transformador na sua sociedade.
Portanto, cabe ao ensino da arte a tarefa de proporcionar ao estudante o
conhecimento dos códigos das diferentes linguagens artísticas, no sentido de
instrumentalizá-las para a leitura e a interpretação, e o desenvolvimento da
capacidade criadora ou a criatividade estética para a auto-expressão.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
3.1 OBJETO DE ESTUDO
Conhecimento Estético: Está relacionado à sensibilidade gerada a partir do
conhecimento teorizado sobre a arte, produzido pelas ciências humanas, como
Filosofia, Sociologia, Psicologia, Antropologia e Literatura.
Conhecimento Artístico: Está relacionado ao processo criativo ou
produção artística. São as formas de organização e estruturação do trabalho
artístico.
Conhecimento Contextualizado: Envolve o contexto histórico
comunidade em que está inserido e sua relação com o conhecimento
sistematizado em arte. Outra dimensão do contexto é o estudo da origem
histórica e social do conhecimento específico da arte. Este contexto deve
ser compreendido como resultado de experiência sociais dos sujeitos
históricos produtores do conhecimento.
3.2 CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos da disciplina de Arte devem ser trabalhados de forma
articulada com as quatro áreas do conhecimento artístico; artes visuais, teatro,
música e dança.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de arte são:
I. Elementos básicos das linguagens artísticas: elementos formais;
II. Produções / manifestações artísticas: composição;
III. Elementos contextualizadores: movimentos e períodos.
3.2.1 Elementos Formais
Os elementos formais estão relacionados à forma propriamente dita, ou
seja, aos recursos empregados em uma obra. São os elementos da cultura
presentes nas produções humanas e na natureza. Esses elementos são usados
para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas,
sendo que no processo de ensino, o professor poderá aprofundar os elementos
formais da sua área de habilitação estabelecendo articulação com as outras
áreas.
3.2.2 Composição
Trata-se de um processo de organização e desdobramentos dos elementos
formais que constituem uma produção artística. A composição acontece por meio
dos conhecimentos de cada área de Arte, sejam elas visuais, teatrais, musicais
ou na dança, levando em conta a imensa variedade de técnicas, gêneros e
estilos.
3.2.3 Movimentos e Períodos
Nos movimentos e períodos, acontece a contextualização histórica
relacionado ao conhecimento em Arte. Nele estão contidos aspectos, sociais,
culturais e econômicos presentes numa composição artística e explicita nas
relações internas de um movimento artístico em suas especificidades. Sempre
que possível, o professor deve estabelecer as relações de cada movimento
artístico com o período de uma determinada área da arte com a história e suas
implicações
4.CONTEUDOS POR SERIE
Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área
e de forma seriada. Devido ao fato da disciplina de Arte ser composta por quatro
áreas artísticas (artes visuais, música, teatro e dança), o professor fará o
planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência a sua
formação. A partir de sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação e
experiências artísticas, serão possíveis as abordagens de conteúdos das outras
áreas.
Nesse sentido, o planejamento e a prática pedagógica devem partir da
formação do professor, que dará sustentação para abordar outras áreas da
disciplina de Arte, bem como de outras disciplinas do currículo.
Ressalta-se ainda que o trabalho com os “movimentos e períodos”, não
deve ser tomado a partir de uma leitura linear ou cronológica da História, e que
o importante é destacar às permanências e mudanças dos elementos formais e
de composição, presentes em seus diversos períodos. É fundamental esclarecer
que o presente documento está estruturado com base nas Diretrizes Curriculares
de Arte, porém não deve ser tomado como currículo, tampouco como a diretriz,
mas como uma orientação para o trabalho dos professores da disciplina,
apontando referências mínimas de conteúdos para cada série.
Os conteúdos estão organizados de forma a proporcionar uma unidade,
para isso foram selecionados enfoques a serem aprofundados em cada série
para todas as áreas, ressaltando-se que estes enfoques estão presentes em toda
a educação básica, a proposta é que sejam enfatizados em determinadas séries.
Da mesma forma, é importante relacionar os conteúdos referentes a História e
Cultura Afro-brasileira e Indígena e História do Paraná, assim como Prevenção ao
uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento
contra a criança e o adolescente e Gênero e diversidade sexual, sendo que estes
temas deverão ser especificados pelo professor em seu Plano de Trabalho
Docente, tendo ele a liberdade de escolher o enfoque dado devido a abrangência
de possibilidades dentro disciplina de Arte.
11.3. CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO
ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES FINAIS
5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática maior, menor, ImprovisaçãoGêneros: erudito, popular
Greco-RomanaOrientalOcidentalIdade MédiaArte Popular (folclore)
- Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais.
- Teoria da música.
- Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
-Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
RitmoMelodiaEscalasEstrutura Gêneros:
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
- Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.
- Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas
Intensidade
Densidade
folclórico, popular, étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação
BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimentoNeoclássicaCaipira/Sertanejo Raiz
Pesquisa da paisagem sonora.
- Teorias da música.
- Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
contemporâneas.
- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista
Sonoplastia
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Sertanejo pop
Vanguardas
Clássica
- Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O som e a música no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)
- Teorias sobre música e indústria cultural.
- Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
- Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGIC
A
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEstrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música contemporâneaHip Hop, Rock, Punk Romantismo
- Percepção dos modos de fazer música e sua função social.
- Teorias da Música.
- Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte Engajada.
- Compreensão da música como fator de transformação social. - Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo,
Arte Pré-HistóricaArte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Popular (folclore)Arte BrasileiraModernistas;
- Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia
Picasso, Paul klee, Piet Mondrian, Van Gogh, Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi...
6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativaAbstrataGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista,etc Gêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.
Arte BizantinaArte GóticaArte RenascentistaArte Brasileira e ParanaenseArte Popular FolcloreArte Moderna e Contemporânea
- Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.
- Teoria das Artes Visuais
- Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
- Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas.
- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia
Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.
BarrocoRealismoOp ArtPop ArtIndústria CulturalArte DigitalVanguardasArte ContemporâneaArte Brasileira
- Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.
- Teoria das artes visuais e mídias.
- Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
- Compreensão das artes visuais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia
Técnica:
Revisão: RenascimentoBarroco BrasileiroArte ModernaExpressionismo FauvismoCubismoAbstracionismoFuturismoSurrealismo
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.
- Teorias das Artes Visuais.
- Produção de trabalhos com
-Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social.
- Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Pintura, desenho, etc.
DadaísmoPop-ArtOp-ArtGrafite
os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.
5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo.Adereços
Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro Popular
- Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatral.
6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem:
Representação,
Comédia dell' arte
- Percepção dos modos de
- Compreensão das diferentes formas
expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Leitura dramática,Cenografia.Gêneros: Rua, Comédia, arena,Caracterização
Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...
Teatro PopularTeatro Popular Brasileiro e Paranaense
fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.
- Teorias do teatro.
- Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.
- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.
7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)Texto dramáticoCenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredo
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoVanguardasClassicismo
- Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.
- Teorias da representação no teatro e mídias.
- Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
- Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro ImagemRepresentaçãoRoteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros
Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoRomantismo
- Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
- Teorias do teatro.
- Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.
- Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social.
- Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
EixoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoTécnica: ImprovisaçãoGênero: Circular
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalIdade MédiaArte Popular (folclore)
- Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Gênero: Folclórica, popular, étnicaPonto de ApoioFormaçãoRotaçãoCoreografiaSalto e quedaNiveis (alto, médio e baixo)
Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaRenascimento
- Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.- Teorias da dança.- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
- Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.
- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança Moderna
- Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.- Teorias da dança de palco e em diferentes
- Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e
Cultural, espetáculo
Dança Clássica
mídias.- Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
consumo.- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICO PARA A
SÉRIECOMPOSIÇÃOMOVIMENTO
S E PERIODOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de ApoioNíveis (alto, médio e baixo)RotaçãoDeslocamentoGênero: Salão, espetáculo,
Arte EngajadaVanguardasDança ContemporâneaRomantismo
- Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.- Teorias da dança.- Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com enfoque na Arte Engajada.
- Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. - Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
11.4. CONTEÚDOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO MÉDIO
ÁREA MÚSICA
consumo.
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastes
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...
Gêneros: paisagem, retrato, natureza-morta ...
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-AmericanaIndústria Cultural
- Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias.
- Teoria das artes visuais.
- Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.
- Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
- Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura dramática
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro Engajado
- Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico articulado com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro;
- Percepção dos
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou;
-Compreensão da dimensão do teatro enquanto
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico
DramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução
Teatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
modos de fazer teatro e sua função social;
- Teorias do teatro.
- Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços;
- Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
fator de transformação social;
-Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social;
-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo;
-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatral.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICO
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocament
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricana
- Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança;
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou;
- Compreensão da
oImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...
IndígenaHip-HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea
- Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada;
- Teorias da dança;
- Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos;
- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição;
dimensão da dança enquanto fator de transformação social;
- Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo;
- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança;
- Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
5. METODOLOGIA
As experiências do educando com sua cultura são referências
importantes na seleção de conteúdos, pois os levam a construir sua
identidade e sua cidadania. Portanto, optar por conteúdos significativos,
isto é, trabalhar com conhecimento de forma que o aluno tenha
condições de lhe atribuir significado através de conhecimento de
relações, não só com outras áreas como também com sua experiência de vida.
Ao abordar os conteúdos, procurar-se-á formas dinâmicas de modo
que o aluno possa problematizar e encontrar soluções criativas para as
questões propostas. Incentivar o trabalho em grupo e a troca de experiências e
conhecimentos.
Definir juntamente com os alunos os temas que possam vir a se
transformar em projetos integradores com as várias disciplinas que mobilizem
toda a classe.
O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser
humano tem com a arte, essa relação é do produzir arte, desenvolver um
trabalho artístico ou de sentir ou perceber as obras artísticas.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. A
metodologia do ensino da arte contempla três momentos da organização
pedagógica: o sentir e perceber que são as formas de apreciação e
apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o conhecimento,
que fundamenta e possibilita o aluno um sentir/ perceber e um trabalho
artístico mais sistematizado, de modo a direcioná-lo à formação de
conceitos artísticos.
A função da arte na escola é ensinar a ver, e por isso é preciso
desencadear um processo de formação dos sentidos, pois os objetos, mais do
que vistos, precisam ser compreendidos em seus significados. Para tanto, é
necessário um trabalho contínuo e sistemático com a produção cultural que
inclui, sem se restringir a elas, as obras de arte como familiarização cultural por
meio de domínio dos conhecimentos artísticos sistematizados na forma de
História da Arte.
No ensino da Arte, há necessidade de buscar uma metodologia que
priorize a transformação do sujeito, despertando-o criativo, crítico e
sensibilizando-o para as linguagens artísticas.
Portanto, o encaminhamento metodológico se fará a partir de três
momentos: o sentir e perceber, o conhecimento em arte e o trabalho artístico.
Tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio serão levadas em conta as
peculiaridades de cada aluno sobre os conhecimentos que eles já possuem como
ponto de partida. Entretanto, no Ensino Médio, o entendimento acontecerá de
forma a levá-los a reflexão na busca da superação do senso comum, utilizando-se
da análise das diferentes formas de expressões artísticas e técnicas,
contextualizando-as de forma mais aprofundada de acordo com o tema proposto.
Para contemplar os três momentos do processo metodológico um dos
recursos bastante utilizados será a TV Multimídia pendrive onde serão exibidos
imagens, vídeos, música, filmes, documentários, etc. Também será utilizado o
Livro Didático Publico de Arte, como também demais livros da Historia da Arte de
diferentes autores, coleções de pintores renomados, posteres, CDs, rádio,
quadro-negro, instrumentos musicais, fantoches, e os demais materiais
adquiridos pela escola como tinta, pinceis, etc. Enfatizamos que as atividades
práticas serão realizadas na sala própria de artes, com pia, mesas e armários
adequados.
5.1 SENTIR E PERCEBER
É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de artes visuais,
música, teatro e dança para que os mesmos possam familiarizar-se com as
diversas formas de produção de arte. Esse momento metodológico deve
também, envolver a apreciação e apropriação dos objetos da. natureza e da
cultura em uma dimensão estética.
5.2 CONHECIMENTO EM ARTE
Este é um momento privilegiado da cognição, onde a
racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente
produzido sobre arte a História da Arte.
O conhecimento em arte, na perspectiva das diretrizes materializa-se
no trabalho escolar com os conteúdos estruturantes (elementos formais,
composição, movimentos e períodos. tempo e espaço) da disciplina e como
eles se constituem nas artes visuais, dança, música e teatro.
5.3 TRABALHO ARTÍSTICO
A prática artística como trabalho criador é a expressão privilegiada para
definir o momento do exercício e da imaginação e criação. A arte não pode ser
aprendida somente de forma abstrata, o processo de produção do aluno,
acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e
humaniza os sentidos.
6. AVALIAÇÃO
Produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados na avaliação
da aprendizagem dos nossos educandos, sem complicações desnecessárias,
significa preparar uma avaliação intencional e bem planejada. Esse processo de
avaliação requer instrumentos e estratégias que:
11.Ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidas;
12.Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e
aprendizagem;
13.Possibilitem a identificação de conhecimentos dos alunos e as
estratégias por ele empregadas;
14.Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu
pensamento;
15.Permitam que o aluno aprenda com o próprio erro;
16.Exponham, com clareza, o que se pretende;
17.Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.
A avaliação em Arte deverá levar me conta as relações estabelecidas pelo
aluno entre conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no
processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvida a partir desses
saberes.
Observar os conhecimentos específicos das linguagens artísticas
práticas e teóricas para que os alunos se posicionem em relação aos
trabalhos artísticos estudados e produzidos.
Conhecer a relação entre o criador e a obra redimensionando se
preciso, as práticas pedagógicas em tempo, para que o aluno progrida e se
sinta motivado.
A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de
medição do ato de aprender busca propiciar aprendizagens
socialmente significativas para o aluno, sem estabelecer parâmetros
comparativos entre eles, e sim discutir dificuldades e progressos de cada
um observando como o aluno soluciona as problematizações e como se
relaciona com o colega nas discussões e consensos de grupos. A avaliação será
contínua.
Espera-se que o aluno ao final da educação básica seja capaz de:
- Expressar-se utilizando conhecimentos da história da arte;
- Vivenciar instrumentos e procedimentos variados em artes visuais,
dança; música e teatro;
- Ter a percepção das várias possibilidades de expressão artística;
- Obter conhecimento estético:
- Distinguir e respeitar as diferentes culturas dos diferentes povos,
bem como suas produções;
- Refletir sobre seu próprio trabalho e do outro e sobre os valores e
maneiras de pensar e ver o mundo;
- Apresentar capacidade de interpretação e representação;
- Revelar criatividade na exposição dos temas;
- Analisar os processos ocorridos consigo mesmo e com os colegas.
No processo de ensino e aprendizagem de arte, a avaliação ocorre com
base nos conteúdos, objetivos em três momentos distintos já comentados, a
apreciação, o conhecimento em arte e o trabalho artístico.
Diagnosticando o nível de conhecimentos artístico e estético dos alunos,
costumando ser na prévia de uma atividade. A avaliação realizada durante a
própria situação de aprendizagem, quando identificamos como o aluno interage
com os conteúdos e transforma os conhecimentos.
Para que isso ocorra de maneira satisfatória, a avaliação será realizada
com o uso de diferentes instrumentos, de acordo com o sistema seguido pelo
estabelecimento de ensino, sendo feito dois blocos de avaliações, sendo um
deles a prova escrita sobre o conteúdo teórico da disciplina, e o outro
instrumento fica a critério do professor, como também a recuperação. Dentre os
instrumentos utilizados podemos citar:
- Atividades práticas em sala;
- Apresentações orais;
- Trabalhos visuais individuais ou em grupo (desenho, pintura, gravura,
etc);
- Apresentações teatrais, musicais e ou de danças;
- Participação e produtividade em sala;
- Tarefas de casa;
- Trabalhos de pesquisa nas normas da ABNT;
- Relatórios de vídeos e filmes, etc.
Entretanto, as avaliações acontecerão de forma diagnóstica e processual
de acordo com o desenvolvimento das aulas, dos alunos e a superação de suas
dificuldades, respeitando as potencialidades de cada um.
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Solange. Arte do movimento. São Paulo: PW gráficos e Associados,
1988.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte. São Paulo: Ática, 1991.
BOURO, S. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte. São
Paulo: Educ/Facesp/Cortez, 2002.
COSTA. Cristina. Questões de Arte: a natureza do belo, da percepção e do
prazer estético. São Paulo: Editora Moderna, 1999.
FERRAZ, M; FUSARI, M.R. Metodologia do ensino da Arte. 2a ed. São
Paulo: Cortez, 1993.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9ª ed. - Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2002.
KOSIC, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.LABAN,
Rodolfo. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.
MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2a ed.
São Paulo: Cortez, 2001.
OSTROWER, Fayga P. Universo da arte, 7a ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo. Martins Fontes, 1997.
PARANA, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte
para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008
PARANA, Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio.
LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED, 2006.
7.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR BIOLOGIA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A disciplina de Biologia estuda o fenômeno vida, a qual se relaciona com a
diversidade de manifestações. Esses fenômenos se caracterizam por um conjunto
de processos organizados e integrados, no nível celular ou de organismos no
meio que vivem até sua interação com a biosfera. As diferentes formas de vida
estão sujeitas a transformação que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao
mesmo tempo, propiciadoras de transformações no ambiente. O objeto de estudo
segundo as diretrizes tem a função de formar o sujeito crítico, reflexivo e
analítico, portanto consolida se por meio de um trabalho em que o professor
reconhece a necessidade de superar as concepções pedagógicas anteriores, ao
mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de
saberes científicas a favor da compreensão do fenômeno VIDA. O aprendizado da
Biologia deve permitir a compreensão da natureza vivida e dos limites dos
diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e que a
ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas
características a possibilidade de ser questionada e de se transformar. Deve
permitir, ainda, a compreensão de que os modelos na ciência servem
diretamente, como também aquilo que só podemos inferir; que tais modelos são
produtos da mente humana e não a própria natureza, construções mentais que
procuram sempre manter a realidade observada como critério de legitimação.
Elementos da história da filosofia da biologia tornam possível aos alunos a
compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica
e o contexto social, econômico e político.
É possível verificar que a formulação, o sucesso ou o fracasso das
diferentes teorias científicas estão associados a seu momento histórico.
O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões
polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de
recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção
humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos
ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a
vida se processa.
O desenvolvimento da genética e da biologia molecular, transgênicos, das
tecnologias de manipulação do DNA e da clonagem traz à tona aspectos éticos
envolvidos na produção e aplicação dos conhecimentos científicos e tecnológicos,
chamado á reflexão sobre as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
Conhecer a estrutura molecular da vida, os mecanismos de perpetuação,
diferenciação das espécies e diversificação intraespecífica, a importância da
biodiversidade para a vida no planeta são alguns dos elementos essenciais para
um posicionamento criterioso relativo ao conjunto das construções e
intervenções humanas no mundo contemporâneo.
A física dos átomos e moléculas desenvolveu representações que
permitem compreender a estrutura microscópica da vida. Na Biologia estabelece
modelos para as microscópicas estruturas de construção dos seres, de sua
reprodução e de seu desenvolvimento. Debatem, nessa temática, questões
existenciais de grande repercussão filosófica, sobre a origem da vida ser um
acidente, uma casualidade ou, ao contrário, a realização de uma ordem já
inscrita na própria constituição da matéria infinitesimal. A abordagem á temas
como gênero e diversidade sexual, DST’S(Doenças Sexualmente transmissíveis).
Neste século presencia – se um intenso processo de criação científica,
inigualável à tempos anteriores. A associação entre ciência e tecnologia se
amplia, tornando - se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o
mundo e o próprio ser humano. Questões relativas a valorização da vida em sua
diversidade, a ética nas relações entre seres humanos, e o planeta, ao
desenvolvimento de vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão
os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e
tecnológico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
12.Organização dos seres vivos
13.Mecanismos biológicos
14.Biodiversidade
15.Manipulação genética
CONTEÚDOS BÁSICOS
18.Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
19.Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
20.Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
21.Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
22.Teorias evolutivas
23.Transmissão das características hereditárias.
24.Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente.
25.Organismos geneticamente modificados
26.Bioquímica celular: qualidade de vida através da alimentação
27.Desequilíbrios ambientais.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
IV. Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia.
V. Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em
estudo.
VI. Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico aprendido,
através de textos, desenhos, esquemas gráficos, tabelas, maquetes,
etc.
VII.Conhecer diferentes formas de obter informações (observações),
experimento, leitura de textos e imagem, entrevista, selecionando
aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo.
VIII. Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos
biológicos.
IX. Reconhecer que os seres vivos são formados a partir de células e a
importância de suas funções básicas para a manutenção da vida.
X. Identificar os principais grupos de seres vivos e, quando possível a
ocorrência dos principais tipos de tecidos celulares observados em
microscópio ou olho ruim.
XI. Reconhecer a interdependência dos seres vivos entre si e com relação
ao meio onde vivem.
XII.Representar a história da vida na terra através da evolução genética
anatomofisiológica dos seres vivos.
XIII. Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em biologia,
elaborando conceitos, identificando regularidades em diferenças,
construindo generalizações.
XIV. Utilizar critérios científicos para realizar classificações dos seres
vivos.
XV.Relacionar diversos conteúdos conceituais de Biologia.
XVI. Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou
processo biológico.
XVII. Selecionar e utilizar, metodologias científicas adequadas para
resolução de problemas, fazendo uso, quando o caso, de tratamento
estatístico na análise de dados coletados.
XVIII. Utilizar noções e conceitos da biologia em novas situações de
aprendizado (existencial ou escolar).
XIX. Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o
entendimento dos fatos ou processos biológicos.
XX. Compreender as funções vitais dos seres (nutrição, digestão,
respiração, excreção, reprodução e transformação de substância.
XXI. Analisar a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico,
frente da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais
nos conhecimentos de senso comum relacionados a aspectos
biológicos.
XXII. Julgar ações de intervenção identificando aquelas que visam, a
preservação e implementação da saúde individual, coletiva e do
ambiente.
XXIII. Analisar as relações entre conhecimento científico e o
desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as
considerações de vida e as concepções de desenvolvimento
sustentável.
XXIV. Associar as necessidades básicas de nutrição do homem a sua
situação sócio econômica e os costumes alimentares das diferentes
regiões do Brasil.
XXV. Aplicar os procedimentos adequados para a prestação de socorros
imediatos em casos de emergência e perigo à vida humana.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
No ensino de Biologia o conhecimento científico é fundamental, mas não
suficiente. É essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes,
relacionando as suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e social, e
os diferentes significados e valores que a biologia pode ter para eles.
Por meio de temas de trabalho, o processo de ensino e aprendizagem na
área de Biologia pode ser desenvolvido dentro de contextos sociais e
culturalmente relevante, que potencializam a aprendizagem significativa. Os
temas devem ser flexíveis o suficiente par abrigar a curiosidade dos diferentes
conteúdos e seu desenvolvimento histórico, conforme as características e
necessidades das classes de alunos, nos diferentes ciclos.
O interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza , pela tecnologia
e pela realidade local e universal, conhecidos também pelos meios de
comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação que precisa
haver para o sucesso das atividades, pois neles encontram mais facilmente
significado, incentivando o aluno a ter conhecimento, trabalhando com ele
através de várias abordagens sobre educação ambiental (Lei n.9799/95).
Tratasse, portanto, de organizar atividades interessantes que permitam a
exploração e a sistematização de conhecimentos compatíveis ao nível de
desenvolvimento intelectual dos estudantes em diferentes momentos do
desenvolvimento. Deste modo, é possível enfatizar as relações no âmbito da
vida, do Universo, do ambiente e dos equipamentos tecnológicos que podem
melhor situar o estudante em seu mundo.
Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é
dele o movimento de re significar o mundo, isto é, de construir explicações
mediado pela interação com o professor e outros estudantes, e pelos
instrumentos culturais próprios do conhecimento científico. Mas esse movimento
não é espontâneo:é construído com a intervenção fundamental do professor.
É essencial a atuação do professor, informando, apontando relações,
questionando a classe com perguntas e problemas desafiadores, trazendo
exemplos, organizando o trabalho com várias ilustrações, etc...Nestes momentos
os estudantes expressam seu conhecimento prévio, de origem escolar ou não, e
estão relembrando seu entendimento das coisas. Muitas vezes, as primeiras
explicações são construídas no debate entre os estudantes e o professor.
Assim, estabelece o diálogo, associando aquilo que os estudantes já
conhecem com os desafios e os novos conceitos propostos. Segundo as diretrizes
“ Ainda com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de
Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na lei
n.10.639/03 sendo previsto os conteúdos relacionados à história e cultura afro-
brasileira buscando essa abordagem como exemplo no estudo da genética, do
genótipo e do fenótipo, origem e evolução da espécie humana e suas
populações. Compreender através do contexto histórico da instauração de
espécie e raça, sendo que na compreensão da Biologia não há raças humanas,
mas sim uma única espécie humana ( Conceito de espécie proposto por Mayer
em 1942, aceito até hoje).
Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da história e cultura
dos povos indígenas, em concordância com a lei n.11.645/08, e sempre favorecer
a compreensão da diversidade biológica e cultural que é riquíssima.
É fundamental que o professor tenha claro que o ensino de Biologia não se
resume na apresentação de definições científicas, como em muitos livros
didáticos , em geral fora do alcance da compreensão dos alunos. Definições são o
ponto de chegada do processo de ensino, aquilo que se pretende que o aluno
compreenda e sistematize, durante suas investigações.
Ao planejar as aulas de Biologia, o professor deverá selecionar temas, em
conjunto com as demais áreas de conhecimento ou em sua especialidade, que
vão ganhando complexidade e profundidade.
O planejamento de cada tema, seleciona problemas, que correspondem à
situações interessantes a interpretação. Uma notícia de jornal, um filme, uma
situação de sua realidade cultural ou social, por exemplo, podem se converter em
problemas com interesse didático.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que deve
ser considerado em direta associação com os alunos, pois informa ao professor o
que foi aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são os seus
avanços, dificuldades e possibilidades; encaminha o professor para a reflexão
sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua
intervenção pedagógica para que o estudante aprenda. Possibilita à equipe
escolar, definir prioridades em suas ações educativas.
O que constitui a avaliação ao final de um período de trabalho é o
resultado, tanto de um acompanhando contínuo e sistemático pelo professor,
como de momentos específicos de formalização, ou seja, a demonstração de que
as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.
A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos
estudantes com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de
procedimentos e de atitudes. Dessa forma, é fundamental que se utilizem
diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes aprendizagens.
A avaliação é continuada e diagnóstica, podendo ser individual e coletiva,
oral e escrita. Os instrumentos de avaliação ocorrem de forma sistemática, com
perguntas e respostas dadas pelos alunos, registro de debates, de entrevista, de
pesquisa , de filmes, de experimentos, os desenhos de observação e outros; por
outro lado, as atividades específicas de avaliação, como apresentações de
pesquisas, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e de
avaliação dissertativa ou de múltipla escolha. Segundo as diretrizes para a
disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para
nela intervir e reformular os processos de ensino- aprendizagem.
A Avaliação da disciplina de Biologia em bloco ocorre em duas etapas,
sendo a primeira avaliação um trabalho proposto com assuntos para
complementação dos assuntos abordados em sala de aula, e a segunda
avaliação uma prova escrita ou objetiva, ambas as duas avaliações com valor
dez. A primeira etapa (primeiro bimestre) e a segunda etapa (segundo bimestre)
serão somadas e divididas por dois. O aluno deve tomar conhecimentos dos
resultados e se organizar para as mudanças necessárias.
REFERÊNCIAS
BIZZO,N. Ciências Biológicas. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília,2004. p. 148-149.
DEMARCHI D' AGOSTINI, L.As Leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil.Resumo, 2000. Disponível em < http:// www.virtual.udesc.br/Midiateca/Publicações/tutor_01.htm>acesso em 27/02/2009
PARANÁ.SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) da Biologia, 2008.
MAYR,E. Desenvolvimento do pensamento biológico: diversidade, evolução e herança. Brasília: UnB, 1998
FUTUYMA, D.J.BIOLOGIA EVOLUTIVA. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq, 1993.
PENA S.D. Descobrindo a África no Brasil. Revista Ciência hoje on-line, 10 de Outubro 2008. Disponível em http://ich.unito.combr/48790Acesso em 01/09/2010.
Munanga, K. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia.Inclusão social: Um debate necessário? Universidade federal de Minas Gerais. Disponível em: www.EFMG.br/inclusão/?P= S9.Acesso em: 01/09/2010.
MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Inclusão social: Um debate necessário? Universiade Estadual de Minas Gerais. Disponível em: www.ufmg.br/inclusãosocial/?P=59 Acesso em: 01/09/2010.
BRASIL, MEC/CNE/CES. Diretrizes Curriculares para os cursos de Ciências Biológicas.
CNE. Parecer CNE/CES 1.301/2001, Diário Oficial da União de 7/12/2001,<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1301.pdf >
Acesso em: 01/09/2010.
7.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS
Entende-se ciências como processo de construção humana,provisória, falível e
intencional, considerando a prática social dos alunos, a sua aplicabilidade no
cotidiano, cujos conteúdos estruturantes se flexibilizam em desdobramentos dos
conteúdos específicos de Ciências.
A abordagem deles serão de forma consistente crítica, histórica, e fazendo
relação entre à tecnologia e à sociedade. O currículo de ciências propicia condições
para professores e alunos discutirem, analisarem ,argumentarem, gerando um avanço
na compreensão do seu papel frente às demandas sociais. A disciplina de Ciências
constitui um conjunto de conhecimentos necessários para compreender e explicar os
fenômenos da natureza e suas interferências no mundo, estabelecendo assim
relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
O ensino de Ciências deve contribuir para que os alunos compreendam melhor o
mundo e suas transformações e assim agir de maneira responsável em relação ao
meio que vive e aos seus semelhantes.
Durante muitos séculos, o ser humano se imaginou no centro do Universo, com a
natureza à sua disposição, e apropriou-se de seus processos, alterou seus ciclos,
redefiniu seus espaços, mas acabou deparando-se com uma crise ambiental que
coloca em risco a vida no planeta, inclusive a humana.
Portanto, é fundamental ver e entender a Ciência como elaboração humana para a
compreensão do mundo.
O processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição,
a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e incertezas, e faz
superar o tratamento dos conteúdos por eles mesmos, de modo a priorizar à sua
função social.
A crítica dessa realidade social possibilita um novo encaminhamento pedagógico
porque propõe que ela seja interpretada e vinculada à especificidade teórico-prática
da sala de aula. Definindo sob a corrente teórica do Movimento Ciências, Tecnologia e
Sociedade ( CTS), o currículo de ciências no Ensino Fundamental contribui,
juntamente com os conhecimentos físicos, químicos e biológicos como instrumental
que favorece a reflexão, a noção de contexto e a articulação dos conteúdos
específicos.
A característica da abordagem de ensino na perspectiva CTS é o compromisso
com o ensino dos conteúdos específicos e conceitos científicos os quais são tratados
no currículo em função de questões sociais que devem ser analisados e
sistematizados pelos alunos.
Pelo saber sistematizado e elaborado,cujo objetivo é a transformação da
sociedade e não uma abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos
sociais, econômicos, políticos e éticos.
Lembrando sempre que o currículo de Ciências propicia aos alunos a chance de
estabelecer as relações entre o mundo natural(conteúdos de ciências), o mundo
construído pelo homem(tecnologia) e o seu cotidiano(sociedade).
Objetivos da disciplina
Os objetivos da disciplina de ciências no ensino fundamental, são concebidos para
que o aluno desenvolva competências que lhes permitam compreender o mundo e
atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza
científica e tecnológica.
O ensino de Ciências deverá então se organizar de forma que, ao final do ensino
fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes capacidades:
- Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como
agente de transformação do mundo em que vive, em relação essencial com os
demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em sociedade,
como agente de transformações do mundo em que vive, em seu relacionamento com
os demais seres vivos;
- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana de natureza social, inserida num contexto econômico, político,
cultural e histórico;
- Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da
natureza e ao homem;
- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos
a serem promovidos por ação coletiva;
- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio, tecnologia e vida;
- Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando
informações sobre a interferência do ser humano;
- Reconhecer a importância da biodiversidade, entender o funcionamento dos
ambientes da natureza; como a vida se renova, e as ações humanas que nela
interferem;
- Identificar a composição, a organização e a fisiologia dos organismos vivos;
- Identificar as relações entre conhecimento científico e produção de tecnologia como
meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e
benefícios das práticas bibliotecotecnológicas;
- Utilizar –se de conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.
Fundamentos dos conteúdos estruturantes
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências são divididos em cinco
categorias: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.
A Astronomia, como sendo uma importante ciência, serve de instrumento para
que os educandos conheçam os corpos e os fenômenos celestes e as principais
teorias que envolvem tal ciência. Portanto, a Astronomia objetiva a compreensão da
importância do conhecimento da origem e da evolução do Universo.
A Matéria está presente como um conteúdo estruturante que dá enfoque ao
entendimento da constituição dos corpos, tanto os quais são perceptíveis num
primeiro momento, quanto dos demais que estão além dos nossos sentidos.
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos tem a função de relacionar a
morfologia, a fisiologia, os mecanismos celulares, o mecanismo da herança genética e
os níveis de organização dos seres vivos. E ao fazer esta relação, o aluno
consequentemente compara tais características entre os diversos seres, facilitando a
compreensão do assunto.
Já o conteúdo estruturante Energia busca trabalhar as formas, a conversão e a
transmissão de energia para que o seu conceito seja trabalhado, desde a história da
ciência na Antiguidade até os dias atuais. Vale ressaltar que não existe uma definição
concreta de energia, neste caso o aluno pode ser instigado a explorar novos
conhecimentos para que seja possível a compreensão das diferentes formas que a
energia pode se manifestar.
E a Biodiversidade se encaixa como um complexo conteúdo estruturante, o
qual deve ser entendido além de “diversidade de vida”. Sendo assim, este conteúdo
propicia o entendimento de uma rede complexa de interações, na qual a diversidade
de espécies, as relações ecológicas, os impactos ambientais e os processos evolutivos
estão interagindo continuamente de forma positiva ou negativa.
Os conteúdos estruturantes citados e definidos abordam de forma geral os
conteúdos básicos, sendo possível trabalhar plenamente a disciplina de Ciências no
Ensino Fundamental.
Conteúdos básicos por série e justificativa pelos conteúdos escolhidos
A principal função do ensino de ciências é proporcionar ao educando uma
compreensão racional do mundo que o cerca, levando-o a um posicionamento de vida
isento de preconceitos ou superstições e a uma postura mais adequada em relação a
natureza, como indivíduo, como parte da sociedade em que vive e do ambiente que
ocupa.
Também objetivamos despertar no aluno a consciência de suas
responsabilidades face ao ambiente, como representante da espécie humana, a única
que altera profundamente os ecossistemas.
Desejamos que o educando perceba gradualmente, como a construção do
conhecimento científico permitiu o desenvolvimento de tecnologias, que modificaram
profundamente nossa vida. Utilizamos máquinas que nos ajudam a viver melhor;
mudamos nossas perspectivas quanto à preservação de nossa saúde e à expectativa
de vida. O educando é parte desse processo dinâmico, que continua ocorrendo e que
no futuro modificará ainda mais nossa forma de viver.
Objetivamos também nos conteúdos básicos que o educando durante toda
aprendizagem desenvolva uma consciência de preservação ambiental, enfocando os
conceitos da Lei 9795/99-Educação Ambiental.
È estimulado ao educando refletir sobre os recursos públicos e de que maneira
estão sendo aplicados, promovendo a consciência fiscal.
Será discutindo ainda a questão das drogas, da violência, sem preconceitos e
discriminações, baseando-se na Legislação sobre drogas e violência.
Incluiremos a História e Cultura Afro-Brasileira, resgatando a importante
participação deste grupo étnico na construção da história da sociedade.
Os temas Gênero e Diversidade Sexual serão discutidos com cuidado e sem
preconceitos, procurando respeitar de onde vem o aluno, suas crenças, seus valores e
sua vivencia familiar.
5ª série
Na 5ª série são estudados assuntos do universo imediato do aluno, do seu
ambiente e das coisas que o cercam, temas como água, ar, solo, seres vivos e as
relações ecológicas são abordados de uma forma que o educando possa vivenciá-los
no seu dia a dia.
O tema Astronomia tem um papel fundamental pois é uma das ciências de
referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
São tratados aspectos referentes ao sistema Terra-Sol-Lua tais como: dia e
noite, orientação espacial, movimentos da Lua, estações do ano, além do estudo de
outros astros( planetas, satélites, cometas e estrelas), bem como a construção desse
conhecimento pelo ser humano e a evolução dos equipamentos que possibilitam os
estudos.
Os conteúdos básicos da 5ª série são:
- A Terra: um planeta do Sistema Solar
- A estrutura da Terra
- Conhecendo o solo
- A água na Terra
- O ar na Terra
- Os materiais se transformam
- A vida e o ambiente
- Variedade de ecossistemas
6ª série
Os temas da 6ª série compreendem conteúdos relacionados aos componentes e a
dinâmica dos ambientes, a diversidade de ecossistemas, relação dos seres vivos e
destes com o meio ambiente, biodiversidade nos ambientes, morfologia e fisiologia
dos seres vivos, organização dos seres vivos.
Estes temas ampliam os conhecimentos que os alunos já possuem sobre a
diversidade da vida nos diferentes ambientes naturais e construídos pelo ser humano,
sobre como se desenvolve a vida e as alterações desses ambientes ao longo do
tempo.
A perspectiva esperada é a de sempre se estabelecer uma relação saudável do ser
humano com a natureza.
Os conteúdos básicos da 6ª série são:
- As interações entre os seres vivos
- A energia luminosa e os seres vivos
- A organização e a origem dos seres vivos
- A diversidade da vida
- O reino das Plantas
- O reino dos Animais
- Os invertebrados
- Os vertebrados
7ª série
Na 7ª série, o aluno estudará, com destaque, o homem, que afinal ocupa uma
posição de destaque na natureza.
Para um aluno que esteja entrando na adolescência, conhecer o seu corpo e
entender seu funcionamento podem ser motivos de grande interesse e fascinação.
Assuntos como reprodução e hereditariedade, costumam despertar grande
interesse nos alunos.
Para cada sistema estudado, há uma boa discussão relativa à saúde e às
patologias comuns. Muitas vezes citamos alguns métodos para seu diagnóstico, assim
como para sua prevenção.
Estudar sobre a estrutura e o funcionamento do próprio corpo, ao longo do ano,
poderá levar o aluno a se conhecer e a viver melhor, sob vários aspectos.
Conteúdos básicos para 7ª série são:
- O ser humano: evolução e estrutura
- A nutrição: alimentos, nutrientes e digestão
- A nutrição: transporte e circulação do sangue
- A nutrição: respiração e excreção
- A coordenação nervosa e hormonal
- Os sentidos e a locomoção
- A reprodução humana
O gene: herança e evolução
8ª série
Na 8ª série, o educando estudará os processos físicos e químicos, não só
presentes nos seres vivos, mas em tudo o que existe no Universo.
Neste momento, o aluno terá contato mais direto, mais profundo, com conteúdos
específicos de Física e Química, disciplinas presentes nas séries do Ensino Médio.
Dessa forma, estaremos colaborando para que o educando ingresse a nova fase com
conhecimentos básicos e um preparo maior, fornecendo pré-requisitos que facilitarão
o trabalho futuro.
Conteúdos básicos da 8ª série são:
- Propriedades dos materiais
- As transformações dos materiais
- O ciclo dos materiais
- Energia, calor e temperatura
- Ondas, som e luz
- A eletricidade e o magnetismo
- Movimentos e forças
- Tecnologias de informação e comunicação
Metodologia
O professor deverá selecionar o seu trabalho (conteúdos selecionados) com seu
número de aulas semanais, de acordo com o projeto político pedagógico da escola, a
realidade local e comunidade, análise dos livros didáticos e paradidáticos e
informações atualizadas sobre os avanços científicos e tecnológicos.
O interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza,pela ciência,pela
tecnologia e pela realidade local e universal, conhecidos também pelos meios de
comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação que precisa haver
para o sucesso das atividades, pois neles encontram um significado mais fácil.
Trata-se, portanto, de organizar atividades importantes que permitem a
exploração e a sistematização de conhecimentos compatíveis ao nível de
desenvolvimento intelectual dos estudantes em diferentes momentos do
desenvolvimento. Deste modo, é possível enfatizar as relações no âmbito da vida, do
universo, do ambiente e dos equipamentos tecnológicos que podem melhor situar o
estudante em seu mundo.
O professor que ensina ciências, deve se preocupar que seus alunos discutam e
troquem ideias. Para a interpretação de informações, analisem situações que ilustrem
a importância da ciência, investiguem problemas, elaborem hipóteses através de
aulas práticas, planejem e realizem experimentos, interpretem os dados e tirem
conclusões.
A participação das aulas de ciências, é muito importante, pois o aluno descobre
que o estudo de ciências é mais do que simples memorização de conceitos e termos
científicos, verifica que o seu estudo é principalmente uma atividade mental, um
desafio a imaginação e um trabalho em o raciocínio e a criatividade, são
recompensados, bem como desenvolve a capacidade de interpretar dados a partir de
experimentos, além de incorporar os conhecimentos.
Outro fator importante na metodologia, é o uso dos recursos tecnológicos, os
quais estão presentes direta ou indiretamente em atividades bastante comuns, e que
possuem um enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o
processo de ensino.
O emprego de múltiplas modalidades didáticas é fundamental para dinamizar as
aulas de ciências e sobre tudo motivar e facilitar a aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem será articulado com a utilização de recursos
pedagógicos que permitem enriquecer a prática docente. Tais recursos são:
28.Livros didáticos
29.Textos de jornais
30.Revistas científicas
31.Figuras
32.Música
33.Quadro de giz
34.Mapas ( geográficos, sistemas biológicos, entre outros)
35.Globo terrestre
36.Modelos didáticos ( dorso, esqueleto, célula, desenvolvimento embrionário,
entre outros)
37.Mídias ( televisor, pendrive, computador, DVD)
38.Retroprojetor
39.Microscópio
40.Lupa
41.Jogos
42.Laboratório
Avaliação
Como a avaliação é um processo, não deve ser realizada apenas no final do
bimestre e não deve ser analisada em uma única atividade ou instrumento de
avaliação.
A avaliação não deve ser vista como uma classificação de alunos bons, ruins ou
médios, mas sim uma verificação das dificuldades dos alunos, fazendo com que o
professor possa intervir no progresso dos seus alunos.
A avaliação verifica, ainda, o alcance de trabalho do professor e se necessário,
com isso ele poderá reformulá-lo.
A avaliação não deve consistir na contagem de erros e de acertos, originando
apenas uma nota ou um conceito que caracteriza o desempenho do aluno.
Estratégias centradas apenas nisso podem contribuir para afastar da escola
exatamente quem mais precisa dela. Por isso, a avaliação deve ser vista
principalmente como um instrumento que ajuda o aluno a aprender,isto é, deve ser
usada para promover a aprendizagem.
A avaliação não pode enfocar somente a aquisição de conteúdos
programáticos, é preciso que consista numa reflexão contínua tanto das nossas ações
quanto do caminho trilhado pelo aluno na construção do conhecimento, o que nos
revela que, tão importante quanto avaliar, é tomar decisões diante dos resultados
obtidos.
Dessa forma, a avaliação deve comparar muito mais um aluno com ele mesmo
do que um aluno com outro, de maneira a podermos verificar com mais eficiência o
quanto ele avançou.
Da mesma forma, a avaliação deve observar muito mais o que o aluno sabe do
que o que ele não sabe. Como os alunos possuem ritmos e muitas outras
características diferentes uns dos outros, também devemos diversificar esses
instrumentos de avaliação, tais como: provas escritas,provas orais,trabalhos em
grupo,apresentação de trabalhos,provas praticas em laboratório,relatórios de aulas
praticas e de vídeos. É importante que os alunos tenham oportunidade de participar
de diferentes atividades sempre respeitando o desenvolvimento do educando e o
ritmo de aprendizagem de cada um.
Referências
Barros, C.; Paulino, W.R. Ciências. São Paulo: Ática, 2007.
Gewandsznajder, F. Ciências. São Paulo: Ática, 2005
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ciências. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, 2008.
7.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA
Na Educação Física o compromisso maior é com a formação humana, onde
o grande desafio será efetivar a Educação Física como prática pedagógica capaz
de promover o desenvolvimento da consciência corporal e de competências para
a realização voluntária e consciente de suas práticas, proporcionando a compre-
ensão e explicitação da realidade, bem como a atuação do aluno enquanto sujei-
to crítico, ativo, autônomo e criativo.
Conforme estes aspectos, a Educação Física abordará elementos da cultu-
ra corporal como ginástica, jogo, dança, teatro e esporte entendendo-os como
acervo da conhecimentos construídos nas relações sociais, dos quais o ser huma-
no se apropria de acordo com intencionalidades lúdicas, estéticas, artísticas,
competitivas, formativas e outras.
Sendo Educação Física comprometida com a Educação para a sustentabili-
dade, trabalhará na perspectiva de compreender as relações do indivíduo consi-
go mesmo, com o outro, com o ambiente, com o planeta, a partir da análise das
relações de trabalho/lazer, consumo consciente/consumo alienado,
preservação/poluição, com vistas ao deslocamento da visão antropocêntrica para
o desenvolvimento de uma visão de interdependência.
Compromissada com a Educação,a Educação Física oportunizará a análise
crítica da relação entre sua prática e questões sociais relevantes como: a violên-
cia (física – dopping, deformidades físico-esportivas, cirurgias, obsessão pela tría-
de beleza, saúde e juventude, ambiental – depredação dos espaços de lazer); o
consumismo ( indústrias do esporte, do lazer, da beleza ) ;o sexismo ( questão de
gênero, apelo à sensualidade); a corpolatria ( endeusamento do corpo belo e sau-
dável); a competitividade( não haverá competição sem adversário, portanto o ad-
versário, portanto o adversário é peça fundamental) o conformismo (aceitação
passiva das práticas corporais elitista, excludentes).
Fundamentada no princípio da gestão democrática , encaminhará seu trabalho
otimizando práticas que permitam o estabelecimento de uma relação dialógica
entre aluno-professor, aluno-aluno, escola-família-comunidade, considerando-se
a importância da participação efetiva de todos na construção de uma sociedade
mais humana e justa.
Dessa forma, os conteúdos trabalhados na perspectiva do desenvolvimen-
to da consciência corporal , social, ambiental e planetária serão metodologica-
mente organizados pela escola, para possibilitar a efetivação da práxis pedagógi-
ca-ação-reflexão-nova ação consciente, tendo por intenção promover a formação
de conceitos mais amplos, tais como corporalidade, cultura
corporal,sociedade,trabalho, poder, lazer, transformação, abordados nas di-
mensões culturais, ética, biológica, social, filosófica, política e econômica.
A ação diz respeito a vivência prática de conteúdos significativos da cultu-
ra corporal, considerando-se o conhecimento que o aluno já detém sobre eles.
A reflexão tem por intenção permitir e compreensão da dinâmica
histórica(origem-as necessidade sociais que desencadearam a produção desse
saber, as transformações ocorridas ao longo dos tempos), a significação social
desses conteúdos nos dias de hoje (contextualização), a partir de problematiza-
ção, de questionamentos, utilizando-se de pesquisas bibliográficas, de entrevis-
tas, de vídeos, do uso de novas tecnologias educacionais.
Esses procedimentos são necessários para que o aluno possa adquirir uma
postura mais reflexiva diante da vida, possa estabelecer relações sociais mais so-
lidárias, mais democráticas, mais harmônicas, segundo a visão de interdepen-
dência, e não de dominação.
Contemplar a totalidade das manifestações corporais e sua potencionalida-
de formativa é superar uma visão reducionista do homem, ou seja, superar as
práticas de Educação Física sem que se restrinja somente à experiência motora
ou psicomotora. A instrumentalização do corpo deve dar lugar a pluralidade de
experiências corporais, a um projeto que contemple a cultura em sua multiplici-
dade, não negando sua dimensão motriz, mas buscando transcendê-la, num sen-
tido mais amplo diante dos diferentes elementos que se pautam na corporalida-
de, tais como: violência, exclusão social, as potencialidades e os limites das práti-
cas corporais como possibilidade de formação, ênfase sobre a estética corporal
que se orienta por padrões.
Em Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores, crenças,
normas que refletem a história da vida de cada comunidade. Esta relação entre
sujeitos, sociedade e cultura nos permitem um maior enriquecimento pedagógi-
co, possibilitando um novo olhar sobre as práticas escolares, que tem a corporali-
dade como elemento central no processo formativo.
Sendo assim, a escola deve articular o particular e o universal, o novo e o
velho, o tradicional e o inovador, dando um novo sentido ás práticas e experiên-
cias de todos os envolvidos no processo de formação cultural de forma ampla e
significativa. O corpo não deve ser considerado somente na sua dimensão bioló-
gica, mas partir de seus determinantes sociais, culturais, econômicos e políticos,
entendendo que esses aspectos influenciem-se mutuamente e colaborem para
construção da nossa identidade corporal.
OBJETIVO DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Física deverá desmitificar formas já arraigada de
compreender as práticas de manifestações corporais, no entendimento de que a
cultura, inclusive a corporal, é lugar de produção, de sentidos e experiências,
tendo no horizonte as problemáticas culturais que evidenciem em torno da cor-
poralidade atual.
Neste sentido, é tarefa do professor mediar situações conflitantes que en-
volvem a corporalidade, por meio do diálogo e da reflexão. Entender, refletir,
pensar a cultura que compõe na nossa corporalidade é, não somente reprodu-
zi-la, mas articular o conhecimento ao longo do processo formativo do aluno, atri-
buindo a estes sentidos éticos e estéticos, tomando como referência aquilo que
se apresenta como o que há de mais relevante em termos de conhecimento e
produção cultural.
Isso poderá viabilizar-se na medida em que os alunos possam vivenciar e
explorar sua corporalidade por meio de atividades e experiências orientadas pelo
professor, que , por sua vez, considere como premissa as diversas manifestações
corporais presentes no meio escolar, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,
permitindo aos alunos viver, sentir, se expressar, possibilitando maior inserção e
reflexão crítica no mundo. Assim, a formação humana constitui-se como princípio
fundamental no ato educativo.
Espera-se que ao final do ensino fundamental e médio os alunos sejam capa-
zes de:
• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características fí-
sicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem descriminar por ca-
racterísticas pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
• Adotar atividades de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situa-
ções lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência.
• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos
saudáveis de higiene, alimentação e atividade corporais, relacionando-os
com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e me-
lhoria da saúde coletiva;
• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos,regulan-
do e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades,
considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competên-
cias corporais decorram de perseverança e regularidade e devem ocorrer
de modo saudável e equilibrado;
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal
que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção
dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os pa-
drões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;
• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como
reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,
reconhecendo-as como uma necessidades básica do ser humano.
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ENSINO FUNDAMENTAL:
Esportes; Ginástica; Jogos, brinquedos e brincadeiras.
A expressividade corporal deve ser o foco na abordagem com as manifes-
tações culturais, essenciais para a educação do corpo, como alicerce do projeto
educativo. Em práticas esportivas o professor pode discutir como são tratados o
corpo masculino e feminino, quais expressões esses corpos manifestam e como
indicam diferentes formas de comunicação por meio da corporalidade.
Manifestações esportivas
• Origem dos diferentes esportes e suas mudanças na história;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
• O sentido da competição esportiva;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Manifestações de ginástica
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginástica;
• Práticas de ginástica;
• Cultura da rua, cultura do circo: malabares e acrobacias.
Jogos, brinquedos e brincadeiras
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Por que brincamos?
• Oficina de construção de brinquedos;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e ciran-
das;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferença entre jogo esporte.
ENSINO MÉDIO
Os conteúdos estruturantes foram definidos como os conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos
de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compre-
ender seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitima-
dos nas relações sociais.
Cada um dos conteúdos será tratado sob uma abordagem que contempla os
fundamentos da disciplina de Educação Física:
• Esportes;
• Jogos e brincadeiras;
• Ginástica;
• Dança e teatro.
Esporte – Os professores devem considerar os determinantes histórico-sociais
responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos anos, tendo em vista a
possibilidade de recriação dessa prática corporal. O esporte é entendido como
uma atividade teórica-prática e um fenômeno social que, em suas varias mani-
festações e abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer,
para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações so-
ciais. O ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexi-
dade social, histórica e política. Busca-se um entendimento críticos das manifes-
tações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, ou seja, desde
sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competi-
ção esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural como fenô-
meno de massa.
Jogos e brincadeiras – As aulas de Educação Física podem contemplar varia-
das estratégias de jogo, sem a subordinação de um sujeito a outros. È interessan-
te reconhecer as formas particulares que os jogos e as brincadeiras tomam em
distintos contextos históricos, de modo que cabe à escola valorizar pedagogica-
mente as culturas locais e regionais que identificam determinada sociedade. Po-
de-se trazer como exemplo o jogo de caçador, fortemente presente no cotidiano
escolar, que em sua organização delimita os papéis e os poderes concedidos aos
jogadores, os quais mudam conforme a hierarquia assumida no jogo. Os jogos e
brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção
e a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse
e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.
Ginástica – Deve-se oportunizar a participação de todos, por meio da criação
espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços
para suas práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos,
bosques, entre outros. Não há necessidade de material específico para a realiza-
ção das aulas, pois a prática pedagógica pode acontecer por meio de materiais
alternativos e/ou de acordo com a realidade própria de cada escola. Trata-se de
um processo pedagógico que propicia a interação, o conhecimento, a partilha de
experiências e contribui para ampliar as possibilidades de significação e repre-
sentação do movimento.
Dança e teatro – Manifestação da cultura corporal responsável por tratar o
corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que
se concretizam em diferentes práticas, como nas danças Típicas, danças folclóri-
cas, danças de rua, danças clássicas entre outras. O professor poderá na prática,
aliar aos aspectos culturais e regionais específicos, vivências desses diferentes
estilos de dança, possibilitando a liberdade de recriação coreográfica e a expres-
são livre dos movimentos. Sendo a dança e o teatro elementos significativos na
disciplina de educação física no espaço escolar, contribui para desenvolver criati-
vidade, a sensibilidade, a expressão corporal, a cooperação, entre outras aspec-
tos. É de fundamental importância para refletirmos criticamente sobre a realida-
de que nos cerca, contrapondo-se ao senso comum.
METODOLOGIA
“Não basta aprender as habilidades motoras específicas de qualquer es-
porte, é preciso aprender a organizar-se socialmente para jogar, compreender as
regras como um elemento que torna o jogo possível (e portanto é preciso tam-
bém que os alunos aprendam a interpretar e aplicar as regras por si próprios),
aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo a ser
aniquilado, pois sem ele não há jogo; é preciso, enfim, que o aluno seja prepara-
do para incorporar o esporte em questão e a corrida em sua vida, par deles tirar
o melhor proveito possível.”
Mauro Betti, “Ensino de primeiro e segundo graus: Educação Física para
quê?”V Revista Brasileira de Ciências do esporte, janeiro de 1992, PP.282-287.
Educação Física precisa superar o modelo de ensino baseado no desenvo-
lvimento do gesto motor correto, é preciso introduzir e integrar o aluno nas di-
mensões da cultura corporal. A cultura corporal é um conjunto de valores relati-
vos ao corpo e ao movimento que envolve ética desportiva, ocupações e práticas
de lazer, expressão corporal, conhecimento científico, produção da mídia, equipa-
mentos e outros. Ao longo de sua história os seres humanos buscaram suprir as
insuficiências com criações que tomassem os movimentos mais eficientes e satis-
fatórios, procurando desenvolver diversas possibilidades de uso do corpo com a
intenção de solucionar as mais variadas necessidades, entre elas podem-se in-
cluir motivos militares, relativos ao domínio e ao uso do espaço; motivos de saú-
de, pelas práticas compensatórias e profiláticas. Podem-se incluir, ainda motivos
religiosos, no que se referem aos rituais e festas; motivos artísticos, ligados à
construção e à expressão de ideias e sentimentos; e por motivações lúdicas, rela-
cionadas ao lazer e ao divertimento.
Algumas práticas com motivos de caráter utilitário relacionam-se mais di-
retamente à realidade objetiva com suas exigências de sobrevivência, adaptação
ao meio, produção de bens, resolução de problemas e, nesse sentido, são concei-
tualmente mais próximos do trabalho. Outras, com motivos de caráter eminente-
mente subjetivo e simbólico, são realizadas como fim em si mesmas, por prazer e
divertimento, estão mais próximas do lazer e da fantasia, embora suas origens,
em muito casos, estejam em práticas utilitárias. Por exemplo, a prática do remo,
da caça e da pesca por lazer e não por sobrevivência, o caminhar como passeio e
o correr como competição e não como forma de locomoção. Assim, as atividades
podem-se atribuir o conceito de atividades lúdicas, de certo modo diferenciadas
do trabalho.
Derivam daí conhecimentos e representações que se transformam ao lon-
go do tempo. Ressignificadas, suas intencionalidades, formas de expressão e sis-
tematização constituem o que se pode chamar de cultura corporal do movimen-
to. Dentro desse universo de produções da cultura corporal de movimento, algu-
mas foram incorporadas pela Educação Física como objetos de ação e reflexão:
os jogos e brincadeiras, os esportes, as danças, as ginásticas e as lutas, que tem
em comum representação corporal de diversos aspectos da cultura humana. São
atividades que ressignificam a cultura corporal humana e o fazem utilizando ora
uma intenção mais próxima do caráter lúdico, ora mais próxima da paradigma e
da objetividade.
Esporte...mas qual esporte? A prática do esporte nas escolas é uma reali-
dade que não podemos negar. Muito embora em diversas regiões do Brasil e em
muitas escolas públicas essa prática seja impossível, por falta de materiais e de
espaço apropriado, a verdade é que, mesmo assim, copiamos os modelos espor-
tivos de outros países, e os utilizamos em nossa prática diária. Tendo em vista a
difusão que os meios de comunicação fazem dos esportes, dificilmente isso seria
diferente. Assim sendo, acreditamos que possamos conciliar a difusão de jogos
de origem folclórica, ou criados por nossos alunos em aula, com os esportes ditos
formais ou de rendimento, além é claro, de outros conteúdos que contribuam
para a formação integral dos alunos.
Enfim, não podemos negar o esporte na escola, negar a cultura esportiva,
mas sim atuar sobre o mesmo e desmistificá-lo. Assim, desde que a utilização do
esporte como prática social-pedagógica seja aceita como uma realidade. Um dos
pontos fundamentais é a contribuição para a formação do espírito de equipe. De
que forma isso acontece? De forma bem simples, explicando aos nossos alunos
coisas que ás vezes parecem redundantes, mas que são fundamentais para a for-
mação do espírito de equipe. Uma equipe necessita de todos os integrantes para
jogar. A falta de um ou mais companheiros torna o jogo esportivo, desmotivante,
enfadonho ou descaracterizado; sendo assim, todos são importantes. Dentro ain-
da dessa linha de pensamento, não importa quando um jogador seja bom, sem o
restante da equipe, não pode haver jogo, “uma Hortência só não faz verão”.
Outro fator importante é mostrar para os alunos que jogar contra é jogar
com. Não haverá jogo ou competição sem a equipe adversária, portanto, o adver-
sário é peça fundamental. O coletivo deve estar além do individualismo, isto
equivale a compreender que o adversário é um companheiro tanto quanto com-
panheiro de nossa equipe. Mesmo porque se deve levar em conta que o jogo es-
portivo, como qualquer jogo, possui uma de ter um começo, um meio e um final.
Terminada essa magia, todos voltam a realidade, e isto equivale a dizer que to-
dos os alunos estarão se encontrando em outras aulas, em diversos locais da es-
cola, em outras aulas de Educação Física, e o mesmo colega adversário poderá,
em dado momento, estar em sua equipe. A escola, portanto, funciona em um
contexto diferente do contexto institucional esportivo. Cabe o professor elucidar
isto aos alunos.
Em relação à cooperação, creio que ela ocorre muito mais em nossas vidas
do que a competição, ainda que se pense e se afirme o contrário. O ser humano
é muito mais cooperativo do que competitivo. Apesar de a sociedade em que vi-
vemos estimar mais o valor da competição, entendemos que a cooperação é pre-
dominante. Se o contrário ocorresse fatalmente o ser humano já estaria extinto
da face da Terra. O mesmo pode ser observado no esporte escolar: sobra coope-
ração, mas falta falar sobre ela.
No jogo esportivo, cooperar significa alcançar o mesmo objetivo em con-
junto, para que o jogo possa ocorrer. Se cada jogador de acordo com o que pen-
sa, e da forma como acha correto, sem observar o outro, sem colaborar, não ha-
verá jogo. A própria definição de jogo coletivo já nos demonstra esse princípio.
Uma outra característica do esporte e a competição ; não podemos ne-
gá-la, mas podemos discuti-la. Muitas questões podem ser levantadas junto aos
alunos, como por exemplo: Qual o valor da competição? Quais os exageros liga-
dos a competição?
O doping, a corrupção e a violência são valores a serem aproveitados?
As agressões que assistimos ultimamente entre torcidas são exemplos a
serem copiados?
O que geralmente ocorre quando há competição exagerada pode significar
uma oportunidade de discussão e acordo por parte da turma. O professor não
deve continuar como promotor das resoluções desses conflitos, atuando como
juiz e resolvendo todos os problemas. Um momento de discórdia sempre pode
acontecer, e nessa hora deve ser incentivada a resolução de conflitos pelos pró-
prios alunos. Isto pode significar, às vezes perda de tempo em termos de aula.
Entretanto, deixar que estes decidam pode significar muito em ganho de vivência
e participação social. Muitas vezes, os alunos acabam percebendo que a discus-
são sem resultados faz com que a aula seja perdida, e geralmente chegam a um
entendimento. Quando o professor decide o que está certo ou errado evita dis-
córdia, mas impede também a participação e a tomada de decisões dos alunos.
Quanto as regras, não devem servir de suporte para a alienação e subser-
viência dos alunos. Muito pelo contrário, é necessário compreender por qual mo-
tivo determinadas regras foram criadas e por que podemos questioná-las. A pos-
sibilidade de discussão sobre as regras do jogo esportivo, ou adaptação de novas
regras, não faz com que o jogo perca suas características, mas permite que seja
entendido e não simplesmente copiado. Neste ponto, outros esportes podem sur-
gir, adaptados às condições regionais da escola.
O incentivo a lealdade também é algumas vezes esquecido, e até mesmo a
deslealdade é praticada quando o interesse está em ganhar a qualquer preço.
Ações como ficar na frente da bola para o juiz não enxergar corretamente, ou ele-
var os braços á frente do adversário, são ensinados aos alunos, parecendo sem
muita importância ou consequência, mas camuflam uma deslealdade. Aprender a
dizer quando uma bola foi dentro ou fora e reconhecer uma falta cometida, ao
contrário, são ações que incentivam o fair play, tão fora de moda ultimamente.
Enfim, o papel da Educação Física é desmitificar formas arraigadas e não
refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historica-
mente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagó-
gica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar idéias e
atividades que ampliem a compreensão do estudo sobre os saberes produzidos
pela humanidade e suas implicações para a vida. É preciso reconhecer que a di-
mensão corporal é resultado de experiências objetivas, sejam eles a família, a es-
cola, o trabalho e o lazer.
CONTEÚDOS POR SÉRIES
5ª e 6ª série
Voleibol – toque – manchete - saque por baixo - saque por cima – rodízio - históri-
co e regras básicas
Basquete
Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Noções básicas de ataque e defe-
sa
Histórico e regras básicas
Handebol
Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Noções básicas de ataque e defe-
sa
Histórico e regras básicas
Futebol
Condução de bola - Chutes (peito de pé, trivela, calcanhar) - Passes (diferentes ti-
pos)
Histórico - Regras básicas
Atletismo
Corridas de velocidade - Corridas de resistência - Corrida de revezamento - Salto
em Distância - Arremesso de pelotas
Ginástica Olímpica
Rolamento para frente - rolamento para trás – Elefantinho - Parada de 2 apoios -
Parada de 3 apoios - Estrela
Jogos
Lúdicos – Recreativos – Pré-desportivos - Cooperativos
JUSTIFICATIVA
Os conteúdos escolhidos facilitam a socialização e o desenvolvimento do
indivíduo nos seus diferentes aspectos: físicos, psíquicos, sociais e intelectivos,
contribuindo para a formação de um cidadão consciente, resgatando os valores
que privilegiam o coletivo sobre o individual, defendendo o compromisso da soli-
dariedade e do respeito.
7ª e 8ª série
Voleibol - toque – manchete - saque por baixo - saque por cima – rodízio – cartada
– Bloqueio - Regras combinadas - sistema de jogo - Regras
Basquete
Drible – Passes - Arremessos livres - Arremesso de três pontos – Bandeja – Jump –
Recepção - ataque e defesa - sistema defensivo por zona e individual - Regras
Handebol
Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Ataque e defesa - Sistema defen-
sivo de ataque e defesa – Regras
Futebol
Condução de bola - Chutes (peito de pé, trivela, calcanhar) - Passes (diferentes ti-
pos) - Cabeceio e matada de peito - Sistema de jogo – Histórico - Regras básicas –
Atletismo - Corridas de velocidade - Corridas de resistência - Corrida de reveza-
mento - Salto em Distância - salto em altura - Arremesso de peso - Noções bási-
cas teórica das outras modalidades do atletismo.
Ginástica Olímpica
alongamento – Flexibilidade – Agilidade – Lateralidade – Ação/reação – Jogos – Lú-
dicos –Recreativos - -Pré-desportivos - Cooperativos
JUSTIFICATIVA
Os conteúdos escolhidos facilitam a socialização e o desenvolvimento do
indivíduo nos seus diferentes aspectos: físicos, psíquicos, sociais e intelectivos,
contribuindo para a formação de um cidadão consciente, resgatando os valores
que privilegiam o coletivo sobre o individual, defendendo o compromisso da soli-
dariedade e do respeito.
ENSINO MÉDIO
Voleibol
toque – manchete - saque por baixo - saque por cima – rodízio – cartada – Blo-
queio - Regras combinadas - sistema de jogo - Regras - Jogo propriamente dito
Basquete
Drible – Passes - Arremessos livres - Arremesso de três pontos – Bandeja - Jump
Recepção - ataque e defesa - sistema defensivo por zona e individual - Regras
Jogo propriamente dito
Handebol
Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Ataque e defesa - Sistema defen-
sivo de ataque e defesa - Regras - Jogo Propriamente dito
Futebol
Condução de bola - Chutes (peito de pé, trivela, calcanhar) - Passes (diferentes ti-
pos)
Cabeceio e matada de peito - Sistema de jogo – Histórico - Regras básicas - Jogo
propriamente dito
Atletismo
Corridas de velocidade - Corridas de resistência - Corrida de revezamento - Salto
em Distância - salto em altura - Arremesso de peso - Noções básicas teórica das
outras modalidades do atletismo - Jogo propriamente dito
Ginástica Olímpica
alongamento – Flexibilidade – Agilidade – Lateralidade – Ação/reação – Jogos - Lú-
dicos
Recreativos – Pré-desportivos – Cooperativos – Populares – Competitivos - Partici-
pativos
JUSTIFICATIVA
Os conteúdos escolhidos demonstram autonomia e elaboração de ativida-
des corporais, assim como capacidade para discutir e modificar regras, reunindo
elementos de várias manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor
utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal, assumindo
uma postura ativa na prática de atividades físicas, e consciente da importância
delas na vida do cidadão. Participando de atividades de grandes e pequenos gru-
pos, compreendendo as diferenças individuais e procurando colaborar para que o
grupo possa atingir os objetivos a que se propôs, reconhecendo na convivência e
nas práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, re-
fletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista
postos em debate, compreendendo variadas manifestações da cultura corporal,
reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expres-
são.
AVALIAÇÃO
A avaliação no processo pedagógico ensino-aprendizagem é muito mais do
que simplesmente explicar testes, levantar medidas, selecionar ou classificar alu-
nos.
Toda a prática avaliativa deve favorecer a reflexão da prática docente. Por-
tanto a avaliação não se processa separada do processo ensino-aprendizagem,
não é uma ação inócua e sim articulada com toda a prática pedagógica no âmbi-
to escolar.
As práticas avaliativas devem estar articuladas com a ação metodológica,
estabelecendo uma conexão a teoria pedagógica e metodológica, utilizada e de
forma que se efetiva a avaliação. Na educação física escolar a avaliação é muito
mais que aplicar uma bateria de testes e sim, atender as necessidades dos alu-
nos, realimentando as estratégias frente aos conteúdos, buscando ações que fa-
voreçam o desenvolvimento de suas potencionalidades.
A avaliação deve ser entendida e trabalhada como um processo contínuo e
sistemático de obter informações e de diagnosticar os processos.
O momento avaliativo deve ser permanente, respeitando as individualida-
des e a cultura dos alunos. Todo processo deve possibilitar e articular em sua prá-
tica alguns critério de forma objetiva e constante.
Cada vez mais, compreende-se que a avaliação é um dos aspectos essen-
ciais d processo pedagógico, justamente por ser através dela que se cristalizam
mecanismos estruturais e limitantes no processo ensino-aprendizagem, isto é, le-
var em conta a análise das decisões que competem ao professor ou a equipe pe-
dagógica da escola.
Embora a aptidão possa ser um dos aspectos a serem avaliados, deve es-
tar contextualizada dentro dos conteúdos e objetivos, deve considerar que cada
indivíduo é diferente, que tem motivações e possibilidades pessoais. Não se trata
mais daquela avaliação padronizada que espera o mesmo resultado de todos.
Isto significa dizer que, por exemplo, se um dos objetivos é que o aluno conheça
alguns de seus limites e possibilidades, a avaliação dos aspectos físicos estará
relacionada a isso, de forma que o aluno possa compreender sua função imedia-
ta, o contexto a que ele se refere, de posse dessa informação, traçar metas e me-
lhorar o se desempenho. Além disto a aptidão física é um dos aspectos a serem
considerados para que esse objetivo seja alcançado: o conhecimento de jogos,
brincadeiras e outras atividades corporais, suas respectivas regras, estratégias e
habilidades envolvidas, o grau de independência para cuidar de si mesmo ou
para organizar brincadeiras, a forma de se relacionar com os colegas, entre ou-
tros, são aspectos que permitem uma avaliação abrangente do processo ensino e
aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo;
Cortez, 1992.
DARIDO, Suraya Cristina. Apresentação e análise das principais abordagens da
Educação Física Escolar. In: Revista Brasileira de Ciência do esporte, set./98.
DIRETRIZES CURRICULARESDA EDUCAÇÃO BÁSICA (SEED)
7.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ÉTICA
Entende-se por Ética, a reflexão realizada pelo indivíduo sobre a moral, ou seja,
a ética é uma ciência reflexiva que tem como objeto de estudo e reflexão a moral, a
conduta humana, que é a norma estabelecida por determinada sociedade.
Nas relações humanas, seja ela com a sociedade ou com o meio, surgem
alguns problemas conseqüentes da ação do homem sobre a realidade.
Esses problemas ocorrem devido à incompletude do ser humano, que vê a
necessidade de estar sempre em busca do seu aprimoramento, da sua realização
enquanto homem.
Essa dialética que ocorre entre a necessidade e a sua realização, tem algumas
atividades que tanto podem ser julgadas como adequadas ou inadequadas para
determinada ocasião. Essas normas podem ser tanto estabelecidas por algumas
pessoas selecionadas, no caso de nossa sociedade essas pessoas são escolhidas
através do voto, para formular e estabelecer as formas que o indivíduo deve se portar
perante algum ato.
Cabendo, portanto, a cada indivíduo julgar essa sua ação como boa (adequada)
ou como ruim (inadequada) para si e para o meio em que vive. Estas normas
estabelecidas por estes indivíduos são chamadas leis quando estabelecidas de forma
consciente, tendo um valor punitivo. Como, também outra forma de norma que é
estabelecida pelos costumes de determinada sociedade, esses costumes são
adquiridos com a sua transmissão de geração para geração, ou seja, é estabelecida
de forma inconsciente, estando sempre sujeitas, como o passar dos tempos, a
alterações. E seu valor é estabelecido por moral, tem-se por moral o conjunto de
hábitos, costumes realizados por determinado grupo social, necessário para manter a
ordem desse mesmo grupo social e também da cultura, pois não é possível que cada
indivíduo realize suas necessidades, visando apenas a sua completude. É preciso que
além de buscar essa completude a faça concreta e adequada aos outros indivíduos.
Nesse momento, faz-se necessário o Ensino da Ética, que não pode ser
confundida com moral, apesar de seus termos de origem darem a impressão de um
significado comum, o costume, pois o termo Ética deriva da palavra grega Ethos que
significa caráter, conduta; e o termo moral deriva do latim mores que significa
conduta, costume.
Também, não é possível afirmar que a ética é construtora da moral, nem que a
própria ética a estabeleça em determinado grupo social.
Ao contrário, ética é uma “ciência da moral, isto é, de uma esfera do
comportamento humano." 1
Ou seja, como toda a ciência necessita de certa coerência, rigorosamente
estabelecida à ética é uma ciência reflexiva e tem como objeto de estudo o
comportamento humano, a moral.
Entretanto, apesar da ética e moral serem dependentes uma da outra, de
necessitarem uma da outra e também de possuírem em sua origem um significado
semelhante. Elas (ética e moral) são completamente distintas, não sendo possível
uma confusão, nem conceitual e nem prática.
A inclusão da Ética nos currículos do Ensino Fundamental, no caso 5ª e 6ª
séries, possibilita a realização de uns dos objetivos da LDB que afirma em seu artigo
35 inciso III que o educando deverá ter “o aprimoramento como pessoa humana,
incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.” 2
Com isso o educando terá meios para desenvolver essa autonomia de
pensamento, e definidos, mas sim passar esses valores em momentos do cotidiano,
tornando-os visíveis e compreensíveis em seu significado e na dinâmica social
estabelecida pelo indivíduo com a sociedade.
Portanto, essa transmissão de conhecimento, através dos conteúdos básicos,
deve deixar claro que tais valores podem sofrer modificações e que essas mudanças
só serão realizadas com a interferências desses alunos autônomos e consciente.
Entende-se por autônomos, as pessoas que tem a capacidade de questionar e
elaborar novos valores morais. Ou seja, é a pessoa que, segundo Kant, tem a
capacidade de fazer uso de sua intelectualidade sem que o outro interfira e o
manipule, aí sem o individuo pode ser esclarecido, entretanto, essa caminhada é
lenta e desgastante e exige liberdade para escolher.
Para se chegar a um esclarecimento, é preciso que o uso da Razão seja algo
público, ou seja, que as pessoas possam manifestar o seu conhecimento.
Acontecendo, assim, uma dialética que levará o indivíduo à sua própria autonomia.3
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Orientar e possibilitar aos alunos a escolha de caminhos para a construção de
uma nova visão de mundo;
• Refletir sobre o lugar, a natureza e a tarefa da filosofia dentro do quadro
intelectual contemporâneo e a entender a natureza específica da reflexão
filosófica dentro dessa escola filosófica.
• Incentivar o aluno a estabelecer um paralelo com os conceitos trabalhados com
a realidade por ele vivida;
• Incentivar a elaboração de novos conceitos, por parte dos alunos, dos termos
trabalhados, bem como a capacidade de argumentar e defender suas posições,
percebendo suas limitações;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Ética
CONTEÚDOS BÁSICOS: Divisão por Série/Ano:
5º SÉRIE
Ética
Ética - Conceito;
- Ética e Moral
- Amizade;
- Liberdade;
- Amor.
- A importancia da Educação Básica;
- O Respeito dentro e fora da sala;
- O Respeito a si mesmo.
- A relação entre o sentir e o pensar;
- Caridade, Amor universal, solidariedade;
- Liberdade para sentir ou sentir com
liberdade?
- A comunicação como forma de
expressão
- O preconceito: A questão Afro-
descendente no Brasil
- A questão Afro-descendente
- Poder e violência;
- Regras, normas e leis.
LEGISLAÇÕES
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro –
Brasileira;
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;
- Educação Fiscal;
- Enfrentamento a Violência contra criança e
adolescente;
- Gênero e Diversidade Sexual.
- Violência e Educação;
- Violência na Sociedade;
- Violência contra a mulher;
- Violência contra a criança e o adolescente;
- Violência, Democracia, Direitos Humanos e
Cidadania;
- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- O sistema judiciário e Penitenciário no
Brasil;
- O cotidiano escolar;
- Discriminação Racial e a Cultura Afro;
- A Arte Africana;
- A influência Africana em nossa cultura;
- O Aquecimento global;
- A Amazônia;
- Desenvolvimento da cidade;
- A questão da sustentabilidade;
- Mudanças climáticas;
- A Reciclagem do lixo;
- A função sócio- econômica do tributo;
- Conceituação de Educação Fiscal;
- Democracia Participativa;
- O uso indevido de drogas;
- As drogas lícitas e ilícitas;
- O uso de drogas e a violência na sociedade;
- A diversidade Sexual;
- A discriminação sexual.
Ética:
Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elencados,
pretende-se que o aluno compreenda que Ética é a reflexão realizada pelo indivíduo
sobre a moral, ou seja, a ética é uma ciência reflexiva que tem como objeto de estudo
e reflexão a moral, a conduta humana, que é a norma estabelecida por determinada
sociedade. Se atentando a isso o educando terá meios para desenvolver essa
autonomia de pensamento, e definidos, mas sim passar esses valores em momentos
do cotidiano, tornando-os visíveis e compreensíveis em seu significado e na dinâmica
social estabelecida pelo indivíduo com a sociedade.
Legislações:
Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –
Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambiental,
Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente, Gênero e
Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando em consideração
o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples facilitando a sua
participação no decorrer das aulas.
6º SÉRIE
Ética
Ética - Conceito;
- Ética e Moral
- Amizade;
- Liberdade;
- Amor.
- A importancia da Educação Básica;
- O Respeito dentro e fora da sala;
- O Respeito a si mesmo.
- A relação entre o sentir e o pensar;
- Caridade, Amor universal, solidariedade;
- Liberdade para sentir ou sentir com
liberdade?
- A comunicação como forma de
expressão
- O preconceito: A questão Afro-
descendente no Brasil
- A questão Afro-descendente
- Poder e violência;
- Regras, normas e leis.
LEGISLAÇÕES
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro –
Brasileira;
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;
- Educação Fiscal;
- Enfrentamento a Violência contra criança e
adolescente;
- Gênero e Diversidade Sexual.
- Violência e Educação;
- Violência na Sociedade;
- Violência contra a mulher;
- Violência contra a criança e o adolescente;
- Violência, Democracia, Direitos Humanos e
Cidadania;
- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- O sistema judiciário e Penitenciário no
Brasil;
- O cotidiano escolar;
- Discriminação Racial e a Cultura Afro;
- A Arte Africana;
- A influência Africana em nossa cultura;
- O Aquecimento global;
- A Amazônia;
- Desenvolvimento da cidade;
- A questão da sustentabilidade;
- Mudanças climáticas;
- A Reciclagem do lixo;
- A função sócio- econômica do tributo;
- Conceituação de Educação Fiscal;
- Democracia Participativa;
- O uso indevido de drogas;
- As drogas lícitas e ilícitas;
- O uso de drogas e a violência na sociedade;
- A diversidade Sexual;
- A discriminação sexual.
Legislações:
Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –
Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambiental,
Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente, Gênero e
Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando em consideração
o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples facilitando a sua
participação no decorrer das aulas.
METODOLOGIA
O trabalho com os conteúdos básicos de Ética se dá em quatro momentos: a
sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.
Para tal, os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva dos estudantes,
de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e
analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que possam
pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos, unindo a Filosofia e o
filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao Ensino da Ética.
Poderão ser utilizadas variadas técnicas metodológicas, sendo as seguintes: aulas
expositivas e dialogadas, leituras de textos, exibição de filmes com roteiros
orientados, artigos de revistas e jornais, pesquisas e estudos dirigidos, debates,
seminários, painel integrado, entre outros; aonde os educandos poderão expressão
seus conhecimentos, bem como aquilo que aprendeu nas aulas, trabalhos individuais
ou em grupos e avaliações que possibilitarão a verificação da aprendizagem do
educando.
Ou seja, tais conteúdos serão trabalhados de maneira clara, possibilitando o
aumento da capacidade de argumentação e de conceituação, para que assim o
educando possa se tornar um agente transformador.
Esses conteúdos serão trabalhados procurando estimular e aperfeiçoar a interação e
a reflexão dos sujeitos que pensam e se desenvolvem diante do conflito e do desafio,
para que tenham autonomia de pensamento e consciência da própria forma de
pensar. Partindo, assim dos conhecimentos prévios dos alunos estimulando-os a
conhecimentos mais amplos, organizando-os.
A abordagem Ética deve ocorrer de uma forma mobilizadora, “sem
dogmatismo, doutrinação e niilismo.”4
No conteúdo estruturante Ética, será abordado temas atuais, ou seja, temas
relacionados a realidade vivida pelo educando, fazendo um paralelo com textos
filosóficos clássicos, textos de comentadores, demonstrando assim, que os temas
abordados podem e sofrem alterações com o passar dos tempos, pois seu objeto de
estudo é a reflexão sobre as mudanças ocorridas na sociedade. Possibilitando ao
educando uma autonomia no pensamento.
AVALIAÇÃO
Em todas as formas de avaliação utilizadas – avaliação escrita, interpretação de
textos trabalhados, produção de textos, trabalhos individuais e em grupo, seminários,
debates em sala de aula, participação nas aulas, etc. – será avaliado a capacidade do
estudante de trabalhar e criar conceitos, a capacidade dele argumentar e de
identificar os limites de suas posições, de construir e tomar posições, de detectar os
princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
O aluno deve ser avaliado em diversos momentos do trabalho onde se verifique
a capacidade de interpretar conteúdos intrínsecos aos textos propostos, os
significados dos conceitos trabalhados e as interlocuções entre autores e problemas
de tempos históricos distintos; a habilidade de produzir textos coerentes, críticos e
dotados de uma elaboração conceitual própria; a competência em se construir e
sustentar posições argumentativas de acordo com as exigências próprias dos
argumentos filosóficos.
Enfim, as avaliações serão realizadas de maneira diagnóstica e contínua
levando em consideração a evolução no aprendizado do aluno. Busca-se por meio das
avaliações verificar a compreensão do educando em relação a compreensão e
reformulação conceitual dos termos trabalhados, verificando como esses conceitos
interferem e transformam a sociedade e no modo de vida da atualidade, permitindo
assim uma relação entre o passado e o presente, além de analisar a evolução e
organização dos conhecimentos adquiridos através dos conteúdos trabalhados
partindo da realidade do aluno para conhecimentos mais amplos.
Espera-se, ainda que o aluno entenda a importância dos conceitos filosóficos
trabalhados, o desenvolvimento do pensamento estudado, reconhecendo a
necessidade de mudança e transformação da esfera em que vivem, tal compreensão
da realidade está, diretamente, vinculada à forma de como a aprendizagem está
ocorrendo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
ARANHA, M.L.A. Filosofando: introdução a Filosofia. Moderna.
ARANHA, M.L.A. Temas de Filosofia. 3 ed. Moderna.
CHAUÍ, M.S. Convite a Filosofia. São Paulo: Atica,2002
PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia. Curitiba, 2008.
PARANÁ. SEED. Livro Didático Público: Filosofia. Curitiba, 2008.
1VAZQUEZ. 1980. p. 13.
2LDB 9394, promulgada em 1996.
3 - “Esclarecimento é à saída do homem de sua menoridade da qual ele próprio é
culpado” KANT, 1783.p.516
4Diretrizes Curriculares da Educação,- Filosofia. p. 67
7.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FILOSOFIA
A Filosofia surgiu a partir da inquietação e da curiosidade humana a respei-
to do seu ser e do universo que o cerca. Problemas como a estrutura do universo,
a origem das noções do bem e do mal, os efeitos que a consciência humana pro-
jeta.
A Filosofia trabalha com a problematização. A investigação e a criação de
conceitos acerca dos conteúdos que fazem parte da existência humana como um
todo, possibilitando analises de diversos assuntos de diversas maneiras.
A Filosofia não é uma novidade, e aparece nesse contexto como uma pro-
posta de análise de diversas propostas do pensamento, da retomada de valores
já existentes e seus significados, para que possa-se situá-los em um contexto his-
tórico e social, pois estes são resultados do processo de transformação do pensa-
mento humano no decorrer de sua história. Sendo assim, a Filosofia não é apenas
uma disciplina a mais no currículo escolar, pois assim, corremos o risco de desca-
racterizá-la; ou seja, a principal característica da filosofia é a promoção e a elabo-
ração do pensamento abstrato, crítico, racional e autônomo.
Entende-se por autônomos, as pessoas que tem a capacidade de questio-
nar e elaborar novos valores morais. Ou seja, é a pessoa que, segundo Kant, tem
a capacidade de fazer uso de sua intelectualidade sem que o outro interfira e o
manipule, aí sem o individuo pode ser esclarecido, entretanto, essa caminhada é
lenta e desgastante e exige liberdade para escolher.
Para se chegar a um esclarecimento, é preciso que o uso da Razão seja
algo público, ou seja, que as pessoas possam manifestar o seu conhecimento.
Acontecendo, assim, uma dialética que levará o indivíduo à sua própria autono-
mia.1
O ensino da filosofia, envolve, uma postura elaborada de educação, que
visa uma construção, uma re-elaboração dos conhecimentos, tanto para os pro-
fessores como para os educando nela envolvidos.
A Filosofia se apresenta como um exercício que possibilita ao educando um
maior desenvolvimento em seu próprio estilo de pensamento, pois não se conhe-
ce nenhum momento em que o sujeito não seja convidado a pensar, refletir e
agir sobre as situações que o cercam no mundo, ou seja, todo sujeito entende o
mundo sobre uma determinada ótica, seja ela, uma concepção de mundo, uma li-
nha de conduta moral, social ou política, devendo ser atuante para se manter ou
de mudar a maneira de pensar, refletir ou agir coerentes com seu tempo.
Enfim, o ensino da Filosofia é um espaço (através de diálogos e embates
entre as diferenças, entre a convivência e a construção de sua própria história)
em que o educando tem de pensar, analisar, refletir, conhecer e elaborar concei-
tos.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Orientar e possibilitar aos alunos a escolha de caminhos para a construção
de uma nova visão de mundo;
• Refletir sobre o lugar, a natureza e a tarefa da filosofia dentro do quadro
intelectual contemporâneo e a entender a natureza específica da reflexão
filosófica dentro dessa escola filosófica.
• Incentivar o aluno a estabelecer um paralelo com os conceitos trabalhados
com a realidade por ele vivida;
• Incentivar a elaboração de novos conceitos, por parte dos alunos, dos ter-
mos trabalhados, bem como a capacidade de argumentar e defender suas
posições, percebendo suas limitações;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Mito e Filosofia;
• Teoria do Conhecimento;
• Ética;
• Filosofia Política;
• Filosofia da Ciência;
• Estética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Mito;
- Filosofia;
- Epistemologia;
- Ética
- Filosofia Política;
- Filosofia da Ciência;
- Estética.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Origem do Mito;
- O que é mito;
- Caracterização do Mito;
- Funções do Mito;
- Mito moderno;
- Superação do mito;
- Os filósofos Pré – Socráticos;
- Conceituação de Filosofia;
- Linha do Tempo (História da Filosofia);
- O que é Filosofia;
- O saber filosófico;
- Importância da Filosofia;
- Os Primeiros filósofos
- Sócrates – Maiêutica;
- Platão – Mito da Caverna;
- Aristóteles – Lógica;
- Pré - Socráticos;
- Possibilidade do Conhecimento;
- As formas do Conhecimento;
- Empirismo;
- Racionalismo;
- O problema da Verdade;
- A questão do Método;
- Conhecimento e Lógica;
- Ceticismo e Dogmatismo.
- Conceito;
- Ética e Moral;
- Pluralidade Ética;
- Ética e violência;
- Razão, desejo e vontade;
- Liberdade: A Autonomia do Sujeito;
- Leis;
- Normas;
- Nietzsche;
- Espinosa;
- Sartre;
- Introdução a Filosofia Política;
- Relação: Poder e Comunidade;
- Liberdade e Igualdade Política;
- Política e Ideologia;
- Esfera pública e esfera privada;
- Democracia – J.-J. Rousseau;
- Absolutismo – Thomas Hobbes;
- Liberalismo – John Locke;
- Cidadania formal e/ou participativa.
Introdução a Filosofia da Ciência;
- Senso Comum e Conhecimento Filosófico;
- Concepções de Ciência;
- Método científico;
- Contribuições e limites da Ciência;
- Natureza da Arte;
- Filosofia e Arte;
- Características estéticas:
- Belo;
- Feio;
- Sublime;
- Trágico;
- Cômico;
- Grotesco;
- Gosto;
- Immanuel Kant;
- Walter Benjamim;
- Baumgarten – A Sociedade do Espetáculo.
- Arte: Erudita, Massa e Popular;
CONTEÚDOS BÁSICOS: Divisão por Série/Ano:
1º ANO
Mito e Filosofia
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Mito - Origem;
- O que é mito;
- Caracterização do Mito;
- Funções do Mito;
- Mito moderno;
- Superação do mito;
- Os filósofos Pré - Socráticos.
Filosofia - Conceituação;
- Linha do Tempo (História da Filosofia);
- O que é Filosofia;
- O saber filosófico;
- Importância da Filosofia;
- Os Primeiros filósofos
- Sócrates – Maiêutica;
- Platão – Mito da Caverna;
- Aristóteles – Lógica
LEGISLAÇÕES
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro – Brasileira;
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;
- Educação Fiscal;
- Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente;
- Gênero e Diversidade Sexual.
- Violência e Educação;
- Violência na Sociedade;
- Violência contra a mulher;
- Violência contra a criança e o adolescente;
- Violência, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania;
- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- O sistema judiciário e Penitenciário no Brasil;
- O cotidiano escolar;
- Discriminação Racial e a Cultura Afro;
- A Arte Africana;
- A influência Africana em nossa cultura;
- O Aquecimento global;
- A Amazônia;
- Desenvolvimento da cidade;
- A questão da sustentabilidade;
- Mudanças climáticas;
- A Reciclagem do lixo;
- A função sócio- econômica do tributo;
- Conceituação de Educação Fiscal;
- Democracia Participativa;
- O uso indevido de drogas;
- As drogas lícitas e ilícitas;
- O uso de drogas e a violência na sociedade;
- A diversidade Sexual;
- A discriminação sexual.
Do Mito a filosofia:
Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-
dos, pretende-se que o aluno compreenda que o sujeito pode ser caracterizado
como um ser que pensa, reflete, analisa e cria explicações para coisas não com-
preendidas até o momento. Na criação destes pensamentos estão presentes a
base mitológica, deste modo, é importante que o educando do 1º Ano do Ensino
Médio conheça o contexto histórico e político do surgimento da filosofia e a im-
portância dela para a cultura helênica. Essa passagem é importante para que se
perceba que os mesmo conflitos existente entre o mito e Razão, são os mesmo
problemas presentes e vivenciados por nós na atualidade.
Legislações:
Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –
Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambi-
ental, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente,
Gênero e Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando
em consideração o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples faci-
litando a sua participação no decorrer das aulas.
2° ANO
Teoria do Conhecimento
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Epistemologia - Pré - Socráticos;
- Possibilidade do Conhecimento;
- As formas do Conhecimento;
- Empirismo;
- Racionalismo;
- O problema da Verdade;
- A questão do Método;
- Conhecimento e Lógica;
- Ceticismo e Dogmatismo.
Ética
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Ética - Conceito;
- Ética e Moral;
- Pluralidade Ética;
- Ética e violência;
- Razão, desejo e vontade;
- Liberdade: A Autonomia do Sujeito;
- Leis;
- Normas;
- Nietzsche;
- Espinosa;
- Sartre.
LEGISLAÇÕES
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro – Brasileira;
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;
- Educação Fiscal;
- Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente;
- Gênero e Diversidade Sexual.
- Violência e Educação;
- Violência na Sociedade;
- Violência contra a mulher;
- Violência contra a criança e o adolescente;
- Violência, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania;
- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- O sistema judiciário e Penitenciário no Brasil;
- O cotidiano escolar;
- Discriminação Racial e a Cultura Afro;
- A Arte Africana;
- A influência Africana em nossa cultura;
- O Aquecimento global;
- A Amazônia;
- Desenvolvimento da cidade;
- A questão da sustentabilidade;
- Mudanças climáticas;
- A Reciclagem do lixo;
- A função sócio- econômica do tributo;
- Conceituação de Educação Fiscal;
- Democracia Participativa;
- O uso indevido de drogas;
- As drogas lícitas e ilícitas;
- O uso de drogas e a violência na sociedade;
- A diversidade Sexual;
- A discriminação sexual.
Teoria do Conhecimento:
Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-
dos, pretende-se que o aluno compreenda que a Teoria do conhecimento consti-
tui-se como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma. A teoria do
conhecimento aborda de forma questionadora a verdade, a possibilidade do co-
nhecimento, a origem do conhecimento, o que permite retornar as problemáticas
já pensadas na perspectivas de novas soluções relativas ao no seu tempo.
Ética:
Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-
dos, pretende-se que o aluno compreenda que Ética é a reflexão realizada pelo
indivíduo sobre a moral, ou seja, a ética é uma ciência reflexiva que tem como
objeto de estudo e reflexão a moral, a conduta humana, que é a norma estabele-
cida por determinada sociedade. Se atentando a isso o educando terá meios para
desenvolver essa autonomia de pensamento, e definidos, mas sim passar esses
valores em momentos do cotidiano, tornando-os visíveis e compreensíveis em
seu significado e na dinâmica social estabelecida pelo indivíduo com a sociedade.
Legislações:
Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –
Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambi-
ental, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente,
Gênero e Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando
em consideração o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples faci-
litando a sua participação no decorrer das aulas.
3º ANO
Filosofia Política
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Filosofia Política - Introdução a Filosofia Política;
- Relação: Poder e Comunidade;
- Liberdade e Igualdade Política;
- Política e Ideologia;
- Esfera pública e esfera privada;
- Democracia – J.-J. Rousseau;
- Absolutismo – Thomas Hobbes;
- Liberalismo – John Locke;
- Cidadania formal e/ou participativa.
Filosofia da Ciência
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Filosofia da Ciência - Introdução a Filosofia da Ciência;
- Senso Comum e Conhecimento Filosófico;
- Concepções de Ciência;
- Método científico;
- Contribuições e limites da Ciência;
- Dogmatismo científico X Fundamentos ideológicos da Ciência;
- Bioética;
- René Descartes;
- Karl Popper.
Estética
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Estética - Natureza da Arte;
- Filosofia e Arte;
- Características estéticas:
- Belo;
- Feio;
- Sublime;
- Trágico;
- Cômico;
- Grotesco;
- Gosto;
- Immanuel Kant;
- Walter Benjamim;
- Baumgarten – A Sociedade do Espetáculo.
- Arte: Erudita, Massa e Popular;
LEGISLAÇÕES
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro – Brasileira;
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;
- Educação Fiscal;
- Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente;
- Gênero e Diversidade Sexual.
- Violência e Educação;
- Violência na Sociedade;
- Violência contra a mulher;
- Violência contra a criança e o adolescente;
- Violência, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania;
- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- O sistema judiciário e Penitenciário no Brasil;
- O cotidiano escolar;
- Discriminação Racial e a Cultura Afro;
- A Arte Africana;
- A influência Africana em nossa cultura;
- O Aquecimento global;
- A Amazônia;
- Desenvolvimento da cidade;
- A questão da sustentabilidade;
- Mudanças climáticas;
- A Reciclagem do lixo;
- A função sócio- econômica do tributo;
- Conceituação de Educação Fiscal;
- Democracia Participativa;
- O uso indevido de drogas;
- As drogas lícitas e ilícitas;
- O uso de drogas e a violência na sociedade;
- A diversidade Sexual;
- A discriminação sexual.
Filosofia Política:
Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-
dos, pretende-se que o aluno compreenda que é necessário reconhecer que a
modernidade trouxe conquistas fundamentais como a valorização da subjetivida-
de e da liberdade do indivíduo, com isso surgem os regimes políticos como forma
de representação e viabilização do retorno da democracia nas sociedades, mas é
preciso reconhecer a crise em que tal sociedade se encontra. Vivemos em uma
época em que os direitos, humanos, sociais e políticos, não garantem o exercício
da cidadania para a maioria dos indivíduos. A filosofia política tem por caracterís-
tica a problematização desses conceitos (democracia, cidadania, soberania, justi-
ça entre outros).
Filosofia da Ciência:
Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-
dos, pretende-se que o aluno compreenda que a filosofia da ciência estuda, de
forma crítica, os princípios, partindo das hipóteses ao resultados alcançados pe-
las diversas ciências. Sua função é a reflexão crítica do conhecimento científico,
conhecendo, analisando todo o processo de construção dessa ciência do ponto
de vista lógico, sociológico, político, filosófico, histórico, etc. Enfim, o educando
deve entender que a filosofia da ciência é uma ferramenta a ser usada para que
se torne possível o questionamento desses resultados obtidos pelas ciências, ou
seja, tudo o que a sociedade elabora para a nossa existência.
Estética:
Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-
dos, pretende-se que o aluno compreenda que as atitudes filosóficas também se
voltam para o sensível, ou seja, é a área da filosofia que estuda racionalmente o
belo- aquilo que desperta a emoção estética por meio da contemplação – e o
sentimento que ele suscita nos homens. Compreender a sensibilidade dos ho-
mens esta se compreendendo a pretensão do humano com a realidade, seja ela a
de dominar, moldar, representar, reproduzir, contemplar e alterar. Perceber essa
sensibilidade, essa apreensão da realidade é compreender que o conhecimento
não é apenas racional, ou seja resultado da Razão, mas sim que o conhecimento
também é resultado da imaginação, da contemplação e fruição estética.
Legislações:
Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –
Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambi-
ental, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente,
Gênero e Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando
em consideração o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples faci-
litando a sua participação no decorrer das aulas.
METODOLOGIA
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
básicos se dá em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a inves-
tigação e a criação de conceitos.
Para tal, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva dos
estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estu-
dados e analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que
possam pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos, unindo a
Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao Ensino da Fi-
losofia.
Poderão ser utilizadas variadas técnicas metodológicas, sendo as seguin-
tes: aulas expositivas e dialogadas, leituras de textos, exibição de filmes com ro-
teiros orientados, artigos de revistas e jornais, pesquisas e estudos dirigidos, de-
bates, seminários, painel integrado, entre outros; aonde os educandos poderão
expressão seus conhecimentos, bem como aquilo que aprendeu nas aulas, traba-
lhos individuais ou em grupos e avaliações que possibilitarão a verificação da
aprendizagem do educando.
Ou seja, tais conteúdos serão trabalhados de maneira clara, possibilitando
o aumento da capacidade de argumentação e de conceituação, para que assim o
educando possa se tornar um agente transformador.
Esses conteúdos serão trabalhados procurando estimular e aperfeiçoar a
interação e a reflexão dos sujeitos que pensam e se desenvolvem diante do con-
flito e do desafio, para que tenham autonomia de pensamento e consciência da
própria forma de pensar. Partindo, assim dos conhecimentos prévios dos alunos
estimulando-os a conhecimentos mais amplos, organizando-os.
A abordagem filosófica deve ocorrer de uma forma mobilizadora, “sem do-
gmatismo, doutrinação e niilismo.”2 Nos conteúdos estruturantes Mito e Filosofia,
o ensino deverá problematizar e investigar seus conteúdos básicos com a multi-
plicidade filosófica, tomando, assim, como referencia os textos filosóficos clássi-
cos e seus comentadores, proporcionando ao aluno a relação como o seu univer-
so.
No conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento, o ensino deverá proble-
matizar e investigar o aluno ao estudo dos conteúdos básicos, através de textos
sobre temas abordados e comentadores, bem como artigos de jornais e /ou revis-
tas, filmes, para que o educando possa relacionar os conceitos com a realidade
vivida por ele.
No conteúdo estruturante Ética, será abordado temas atuais, ou seja, te-
mas relacionados a realidade vivida pelo educando, fazendo um paralelo com
textos filosóficos clássicos, textos de comentadores, demonstrando assim, que os
temas abordados podem e sofrem alterações com o passar dos tempos, pois seu
objeto de estudo é a reflexão sobre as mudanças ocorridas na sociedade. Possibi-
litando ao educando uma autonomia no pensamento.
Os conteúdos básicos abordados em Filosofia Política, proporcionará ao
educando uma maior compreensão da sociedade e do pensamento humano, com
o auxílio de texto filosóficos e Pensadores políticos, de uma forma que o aluno
possa argumentar e se tornar um agente transformador da realidade.
O ensino de filosofia ao abordar os conteúdos de Filosofia da ciência e seus
conteúdos básicos, levará ao aluno, através de textos filosóficos e artigos dos te-
mas estudados da atualidade, de debates e elaboração de seus próprios concei-
tos, sejam eles em dupla, grupo ou individual, que a filosofia da ciência consiste
no estudo da própria natureza, ou seja, nos métodos, conceitos, pressuposições e
o seu lugar em um esquema geral.
No conteúdo estruturante de Estética e em seus conteúdos básicos estuda-
dos, pretende-se demonstrar ao educando que o estudo da estética é um estudo
racional do belo, demonstrando o sentimento que este estudo desperta no sujei-
to. Este estudo se dará através de análises de textos filosóficos, interpretação de
artigos da área de Artes e trabalhos de artistas de diferentes técnicas e lingua-
gens.
AVALIAÇÃO
Em todas as formas de avaliação utilizadas – avaliação escrita, interpreta-
ção de textos trabalhados, produção de textos, trabalhos individuais e em grupo,
seminários, debates em sala de aula, participação nas aulas, etc. – será avaliado
a capacidade do estudante de trabalhar e criar conceitos, a capacidade dele ar-
gumentar e de identificar os limites de suas posições, de construir e tomar posi-
ções, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
O aluno deve ser avaliado em diversos momentos do trabalho onde se
verifique a capacidade de interpretar conteúdos intrínsecos aos textos propostos,
os significados dos conceitos trabalhados e as interlocuções entre autores e prob-
lemas de tempos históricos distintos; a habilidade de produzir textos coerentes,
críticos e dotados de uma elaboração conceitual própria; a competência em se
construir e sustentar posições argumentativas de acordo com as exigências pró-
prias dos argumentos filosóficos.
Enfim, as avaliações serão realizadas de maneira diagnóstica e contínua
levando em consideração a evolução no aprendizado do aluno. Busca-se por meio
das avaliações verificar a compreensão do educando em relação a compreensão
e reformulação conceitual dos termos trabalhados, verificando como esses con-
ceitos interferem e transformam a sociedade e no modo de vida da atualidade,
permitindo assim uma relação entre o passado e o presente, além de analisar a
evolução e organização dos conhecimentos adquiridos através dos conteúdos tra-
balhados partindo da realidade do aluno para conhecimentos mais amplos.
Espera-se, ainda que o aluno entenda a importância dos conceitos filosófi-
cos trabalhados, o desenvolvimento do pensamento estudado, reconhecendo a
necessidade de mudança e transformação da esfera em que vivem, tal compre-
ensão da realidade está, diretamente, vinculada à forma de como a aprendiza-
gem está ocorrendo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
ARANHA, M.L.A. Filosofando: introdução a Filosofia. Moderna.
ARANHA, M.L.A. Temas de Filosofia. 3 ed. Moderna.
CHAUÍ, M.S. Convite a Filosofia. São Paulo: Atica,2002
PARANÁ. SEED. Cadernos Temáticos. Curitiba, 2009.
PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia.
Curitiba, 2009.
PARANÁ. SEED. Livro Didático Público: Filosofia. Curitiba, 2008.
7.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio apresentam
entre seus pressupostos para a área de Ciências, Matemática e suas Tecnologias
a recomendação específica de que “se busque a interdisciplinaridade e a
contextualização”.
Sabendo que a interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de
disciplinas evitando a diluição das mesmas em generalidades e a
contextualização deve assumir que todo conhecimento envolve uma relação
entre sujeito e objeto, o tratamento contextualizado é o recurso que a escola tem
para retirar o aluno da condição de espectador passivo.
Assim, espera-se, que o ensino de Física, na escola de nível médio
contribua para a formação de uma cultura científica efetiva que permita ao
indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, situando e
dimensionando a interação do ser humano com parte da natureza que esta em
constante transformação.
Mas porque ensinar Física afinal? A LDB, Lei 9394/96 deixa claros os
princípios que o ensino deve ser ministrado e entre estes estão:
16.Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber, e
43.Buscar a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
A Física é uma ciência que procura sistematizar as propriedades da
matéria, assim fornece instrumentos e linguagens que são utilizados por outras
disciplinas, pois hoje muitas tecnologias estão associadas diretamente ao
conhecimento físico o que transposta a Física como ciência ao meio significativo
onde se encontra o estudante.
É uma ciência básica para o estudo não somente de outras como a
astronomia, astrofísica, biofísica e físico-química, mas de qualquer outra ciência,
porque seu objetivo é a descrição da natureza o que torna seu estudo
interdisciplinar.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, a disciplina de
Física
propõe aos estudantes o estudo da natureza,
que segundo Menezes (2005), seria como realidade material sensível.
Então, a física, como as demais disciplinas, deve educar
para cidadania. Porém, isso é possível se for considerada a dimensão crítica do
conhecimento
científico sobre o Universo de fenômenos que a mesma estuda e seu
comprometimento e envolvimento com aspectos sociais,
políticos, econômicos e culturais.
Estudar Física sem recorrer aos aspectos históricos envolvidos não tem
significado para o estudante, uma vez que o contexto histórico deve transportar
este a um conjunto de condições naturais, sociais, culturais que possibilitam a
compreensão do conceito, suas transformações e paradigmas da época.
O enfoque histórico que podemos abordar nas aulas de Física, não deve
ser mais um elemento do currículo, deve humanizar as realizações científicas,
buscar relações significativas entre episódios históricos e herança cultural dos
sujeitos, pode ser um elemento para problematização.
Faz-se necessário refletir qual Física esta sendo abordada em nossa sala de
aula, devemos possibilitar uma melhor compreensão do mundo e uma formação
mais adequada para a cidadania. Sabemos que não existem soluções simples ou
única que garantam o sucesso na aprendizagem.
A prática pedagógica do professor de Física remete-se a transposição
didática onde a produção científica sofre transformações até se tornar conteúdo
escolar (saber sábio saber a ensinar saber ensinado).
A Física também busca a combinar conhecimentos práticos voltados para
as necessidades da vida contemporânea com conhecimentos mais amplos e
específicos que correspondam a uma cultura geral e a uma visão de mundo,
como aprender novas linguagens e códigos utilizados por milhares de pessoas
que procuram encontrar soluções para muitas situações.
Assim, estudar Física além do conhecimento técnico estará promovendo
para o estudante uma cultura ampla, capaz de articular uma visão do mundo
natural e social. O aprendizado dos alunos e professores e seu contínuo
aperfeiçoamento devem ser construção coletiva, num espaço de diálogo
propiciado pela escola, promovido pelo sistema escolar e coma participação da
comunidade.
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA
O ensino da Física é delimitado de objetivos que promovem uma ação
direta a cada um destes, assim temos a linha utilizada por Alberto Gaspar
norteadora para nosso trabalho. Esta promove a organização dos objetivos
diretamente a ações a serem desenvolvidas.
Utilizamos a organização de Gaspar das competências e habilidades a
serem objetivadas em Física:
Em representação e comunicação
• Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos, e
manuais de instalação e utilização de aparelhos.
• Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas
para a expressão do saber físico e ser capaz de diferenciar e traduzir as
linguagens matemática e discursiva entre si.
• Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e
elementos e sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e
objetiva o conhecimento aprendido, através de tal linguagem.
• Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes,
sabendo interpretar notícias científicas.
• Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.
Em investigação e compreensão
• Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar,
sistematizar. Identificar regularidades. Observar. Estimar ordens de
grandezas. Compreender o conceito de medir. Fazer hipóteses, testar.
• Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar,
identificar parâmetros relevantes. Compreender e utilizar leis e teorias
físicas.
• Compreender a física no mundo vivencial.
• Investigar situações-problema: Identificar a situação física, utilizar modelos
físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar, analisar
previsões.
• Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do
saber científico.
Em contextualização sociocultural e histórica
12.Reconhecer a física como construção humana, aspectos de sus história e
relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
13.Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de
expressões da cultura humana.
14.Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a
evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução
do conhecimento científico.
15.Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela tecnologia
16.Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que
envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MOVIMENTO
Os conceitos envolvidos no conteúdo estruturante – Movimento - são
imprescindíveis para o desenvolvimento do processo de organização,
sistematização e operacionalização da disciplina no ensino Médio.
Força, Conservação de momentum e gravitação universal, norteiam todo o
trabalho do 1º ano do Ensino Médio, com estes conceitos, amplia-se o campo de
estudo do aluno em relacionar e transportar estes conhecimentos para seu
cotidiano.
TERMODINÂMICA
Fenômenos que envolvem calor e temperatura são temas de discussão em
sala de aula, no 2º ano o aluno possui maior argumentação sobre estes
conceitos, pois são utilizados com frequência.
Compreender as propriedades das substâncias e o que podem influenciar,
remete o aluno ao estudo de conceitos necessários às explicações sobre a
natureza.
ELETROMAGNETISMO
Como os fenômenos acontecem é o que intriga o estudante do 3º ano do
Ensino Médio. Entende o conceito de corrente elétrica, as equações de Maxwell e
sua importância, não é tão simples, mas também não é impossível uma vez que
são conceitos que ordem microscópica e ocasionam influências macroscópicas.
O trabalho com o eletro-magnetismo faz com que a tecnologia presente
nos equipamentos com celulares, ipod’s e outros seja descoberta pelo estudante.
Estudo sobre a natureza da luz e suas propriedades e Física Moderna
remetem o estudo da Física em sala de aula à ampliação e compreensão dos
conceitos, visualização do contexto social e cultural em que vive.
4. CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos a serem trabalhados no 1º ano do Ensino Médio
estão voltados ao estudo movimento, uma vez que este faz com que o estudante
tenha uma visão macroscópica do mundo em que vive.
Procurar fazer com que o aluno utilize corretamente o SI de unidades e
suas conversões e interprete gráficos simples apresentados em jornais e revistas
torna-se fundamental para o desenvolvimento da disciplina.
É estudando o movimento que o aluno começa a fazer relações possíveis
entre a Física e outras disciplinas, estudando o momento de inércia e a conserva-
ção de quantidade de movimento (momentum) o estudante percebe que os con-
ceitos de momentum e impulso carregam as ideias fundamentais de espaço,
tempo e matéria (massa).
Ao iniciar o estudo da Dinâmica, o conceito de força e seus efeitos devem
ser apresentados com base na experiência de Galileu introduzindo assim o princí-
pio da Inércia, ou primeira lei de Newton.
A busca pela explicação dos fenômenos da natureza mostra a importância
do estudo sobre Força, a 2ª Lei de Newton leva o estudante a perceber as
interações entre os corpos, 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
transportam o estudante para o “mundo real”, são estes conceitos que
estimulam as discussões em sala, exemplificando os exercícios e
problematizando as questões fundamentais da série.
É com o estudo sobre energia e o Princípio da Conservação da mesma que
se percebe que os conceitos discutidos em sala de aula são utilizados na
construção civil, na mecânica e em outros setores.
Trabalhando os conceitos de Gravitação Universal, explora-se evolução
dos modelos cosmológicos desde a Antiguidade até os dias atuais, dando ênfase
as leis de Kepler dos movimentos planetários e à lei da gravitação universal de
Newton, com isto, o estudante será capaz de compreender a natureza da força
gravitacional e sua relação com as outras grandezas envolvidas.
No 2º ano do Ensino Médio, com os conceitos de Termodinâmica, o
estudante se apropria de um mundo que é microscópico em relação à produção
do fenômeno, mas é macroscópico em relação a sua visualização.
Trabalhar com os conceitos da termodinâmica faz com que o professor re-
tome os conceitos sobre a teoria cinética, que aplica as leis da mecânica newto-
niana a moléculas individuais de um sistema, também é possível fazer uma abor-
dagem qualitativa do teorema da equipartição da energia.
Neste momento são explorados os fenômenos relacionados à energia térmica,
assim os estudantes terão capacidade de distinguir conceitualmente calor e
temperatura serão capazes de prever os efeitos de uma troca de calor
(variação de temperatura, dilatação térmica ou mudança de fase).
Os conceitos de calor e trabalho, hoje, são entendidos como processos.
de transferência/transformação de energia, ou seja, a energia está diretamente
ligada ao trabalho. Com o estudo da Lei Zero da termodinâmica enfoca-se as no-
ções preliminares de calor como energia em trânsito, equilíbrio térmico, proprie-
dades termométricas e até uma breve discussão sobre medidas de temperatura.
O conceito de temperatura deve ser abordado como modelo baseado em
propriedades de um material, não uma mera medida do grau de agitação mole-
cular de um sistema.
Discutindo-se a primeira lei da termodinâmica, que também aponta a ideia de
calor como forma de energia, o estudante identifica sistemas termodinâmicos
postos a realizar trabalho. Assim destacando-se, mais uma vez, a Lei da
Conservação da Energia, vista no primeiro ano do Ensino Médio.
Estudar a segunda lei da termodinâmica é importante para a compreensão
das máquinas térmicas, mas vai além, pois conduz ao conceito de entropia. Po-
rém nem todos os eventos que obedecem à Lei da Conservação da Energia po-
dem, de fato, acontecer, o que se deve à existência de outro princípio natural –
os processos espontâneos são irreversíveis, o que colabora para que cresça a de-
sordem do sistema, medida pela entropia.
Com os conteúdos estudados na série, o estudante poderá perceber que a
física e os fenômenos climáticos que estão ocorrendo atualmente, como o Efeito
Estufa, possuem relação, pois é através dos conceitos de calor e temperatura
que também são realizados estudos sobre o ambiente.
É no terceiro ano que o estudante conhece os conteúdos fundamentais
de Eletrostática e Eletrodinâmica. Este estudo dá ao estudante habilidades para
relacionar a força elétrica com o campo elétrico, assim como o potencial elétrico
com a energia potencial elétrica.
Fazendo a relação entre energia potencial elétrica e potencial elétrico é
apresentado o conceito de carga elétrica que é apresentado a partir de sua
conservação e generalidades e esta carga é criada a partir das vizinhanças do
campo elétrico e de um potencial elétrico.
Circuitos elétricos são estudados neste ano, devem ser apresentados
como elementos reais – lâmpadas (representando os resistores), pilhas e baterias
(geradores) e motores (receptores) – integrados por fios.
A Lei do Coulomb é um assunto importante a ser abordado, deve ser
dado e à variação da intensidade da força elétrica, fazendo uma comparação
entre as ações elétricas e ações gravitacionais.
Com o estudo do Eletromagnetismo damos ao estudante a condição
de conhecer e analisar os principais fenômenos magnéticos e suas aplicações no
cotidiano. Com isso será capaz de caracterizar a força magnética atuante em
uma carga elétrica em movimento no interior de um campo magnético ou em um
condutor percorrido por uma corrente elétrica.
Estudando a evolução de a teoria eletromagnética nos deparamos com
a teoria de Maxwell que relaciona as características das ondas eletromagnéticas,
velocidade de propagação no vácuo, orientação dos campos elétrico e magnético
e sua relação da onda com suas intensidades.
Outro conceito que deve ser abordado é o fato de que as ondas
eletromagnéticas transmitem energia proporcional à sua frequência (lei de
Planck) e que o poder de penetração dessas ondas é diretamente proporcional a
frequência (ou inversamente proporcional ao comprimento de onda)
No estudo da natureza da luz e suas propriedades enfatiza-se algumas
semelhanças com os fenômenos ondulatórios, assim é mais significativo para o
estudante a compreensão do conteúdo abordado e suas relações com o
cotidiano.
5. METODOLOGIA A SER EMPREGADA
Para que o processo pedagógico na disciplina de Física seja efetivo, é im-
portante que a introdução do conteúdo parta do conhecimento prévio dos estu-
dantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâ-
neas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos
físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convi-
vência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.
Buscar analisar a vivência e o conhecimento dos alunos como ponto de partida
para o estudo da disciplina de Física, amplia o objetivo do ensino da ciência,
que vem sendo dividida em matérias curriculares, seguindo a tradição grega e
européia, em que somente as grandes questões merecem reflexão e estudo,
resultando em uma formação intelectual, muitas vezes, em desacordo com a
realidade dos jovens que frequentam o Ensino Médio.
Utilizar instrumentos que auxiliem esta formação com o livro didático promove
a visualização pelo jovem que busca o Ensino Médio às teorias e modelos
científicos.
Aprender e ensinar não compete apenas em utilizar o quadro de giz e o livro
didático, propomos valorizar a participação mais ativa do estudante nas
atividades organizadas por nós professores, onde devemos levar em
consideração como esse estudante compreende e ressignifica os conceitos
estudados aplicando-os em determinadas situações diárias.
A nossa interação (professor-aluno-conhecimento e ensino-aprendizagem) deve
ser uma conexão necessária e primordial para a estruturação e compreensão dos
conceitos.
Dessa forma, os problemas ou questões vindas dos alunos podem ser
articulados durante as aulas.
Observando o estudante como parte essencial do processo, podemos
formar um conceito de problematização que enquanto processo de aprendizagem
propõe para este a capacidade de questionar e estabelecer relações com o
mundo em que vive, permitindo que o conhecimento tenha significação levando
o estudante a utiliza-lo ao estar frente à determinada situação.
Temos como proposta a utilização da História das Ciências na atuação
didática que buscamos fazer a partir de duas principais possibilidades: o ensino
da História da Ciência como disciplina e o ensino sob enfoque teórico da sua
história.
Isso pode ser feito orientando os alunos a fazerem pesquisas sobre os
temas estudados em sala contextualizando os aspectos históricos da época em
que o conceito foi estudando, dando assim um sentido para a importância de
conhecer os modelos que já foram utilizados, a apresentação de seminários sobre
elementos da história que envolveram o tema trabalhado, ou ainda, estudo de
textos históricos em sala de aula são propostas que fazem com que os
estudantes percebam a importância dos fatos que marcaram a evolução do
conhecimento científico.
Para trabalhar neste contexto, procuramos investigar a história dos
conteúdos ensinados, buscando a credibilidade das informações. Percebendo, o
que está na história real do conteúdo e, o que é mito. A contemplação de
genialidades e feitos geniais (coisas impossíveis para “pessoas normais, por isso
feitas por gênios”), não devem superar a forma e o tempo em que se
desenvolvem conceitos científicos. Essa proposta de ensino, pauta-se nas
relações e ideias que auxiliam o processo cognitivo e a visão do complexo
científico que apresenta da ciência, como uma construção humana, através de
muita pesquisa e esforço coletivo.
A experimentação é uma das estratégias que vem sendo proposta para o
ensino de Física e buscamos contempla-la também em nossa escola. sob o
enfoque experimental, procuramos ultrapassar a visão tradicionalista de
experimento concebida sob a influência empirista-indutivista,
Como entendemos a aprendizagem como uma “apropriação de cultura” ou
“apropriação de discurso científico”, em que a argumentação desenvolve um pa-
pel importante justificamos essa estratégia no ensino cognitivista, dentro desse
enfoque, o experimento serve para estimular e ampliar o campo de argumenta-
ções dos alunos.
Buscamos trabalhar o experimento num enfoque qualitativo, usado para
suscitar a reflexões nos alunos, que podem ser sobre a utilização e o
aperfeiçoamento da produção científica nas atividades humanas, o conflito
entre suas concepções e teorias científicas ou, ainda, algo que lhe desperte
curiosidade e exija sua explicação.
Procuramos trabalhar a estratégia experimental combinada com outras
estratégias, pois requer referencial teórico sobre ideias científicas para as
reflexões que deve suscitar nos estudantes.
O nosso trabalho está voltado ao estudante, uma vez que ele é a razão da
escola existir. A pessoas estão em contato diário com aparelho de DVD,
computador entre outros e são estes meios tecnológicos que procuramos
utilizar nas aulas de Física, meios que deve estar a serviço de uma
formação integral dos sujeitos, de modo a permitir o acesso, a interação e,
também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.
A utilização dos recursos tecnológicos deve ser um instrumento em função
do conteúdo que devemos trabalhar em sala de aula a partir da reflexão
de nossa prática docente, pois este deve ser aplicado ao processo
pedagógico.
Buscamos utilizar o laboratório de informática para trabalhos com a
internet onde o estudante visualiza melhor os processos, movimentos e
simulações e como recurso para que o estudante possa fazer a editoração
de textos ou planilhas bem como tabelas e gráficos.
6. AVALIAÇÃO
Todo o questionamento que tem ocorrido sobre a avaliação escolar nos últimos
tempos fez com que algumas mudanças viessem a ocorrer em nossa prática
pedagógica. Uma delas foi a diversificação dos instrumentos usados para a
avaliação do aluno.
O processo avaliativo que, por muitas vezes era feito com uma única verifi-
cação passou a incluir, também, trabalhos de interpretação, cópia, listas de exer-
cícios resolvidos, apresentação oral, atividades realizadas no laboratório e em
sala de aula passando a abranger uma produção escolar do aluno.
Buscamos a avaliação como parte do processo do ensinar e aprender e, assim,
deve ser constituída por diferentes e múltiplas formas, não excludentes entre
si, mas complementares. A seleção dos instrumentos e a criação de atividades
e/ou questões para realizar a avaliação, quaisquer que sejam seus objetivos,
deve ser efetuada conforme o enfoque teórico adotado para o ensino e para a
aprendizagem.
Procuramos perceber as relações que os alunos fazem ao inicio do ano letivo e
é no momento da avaliação diagnóstica ou inicial que buscamos informações
que nos auxiliem no planejamento da situação de ensino.
Ao estudante, a avaliação pode representar uma tomada de consciência sobre
o assunto que está sendo estudado e que logo será estudado.
Procuramos buscar nas atividades propostas habilidades diferenciadas na
produção de cada aluno. Essa forma de conduzir o processo de avaliação torna-se
relevante, pois se trata de um sistema que se utiliza de um único instrumento.
Concordamos que a avaliação deve ter um caráter diversificado e significa-
tivo para o estudante, tanto qualitativo quanto do ponto de vista instrumental.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do estado do Para-
ná, os critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino
e aprendizagem planejada;
• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos,
as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que
envolva os conhecimentos da Física.
Procuramos pensar o processo avaliativo a partir da diversidade de instru-
mentos que devem ser usados de forma democrática, possibilitando ao estudan-
te maneiras de manifestações que muitas vezes são inibidas nas provas objeti-
vas.
Nós professores trabalhamos com o processo de avaliação, como sendo
constituídos de instrumentos variados e com clareza de linguagem para a exata
compreensão do que se está avaliando e pensamos que a avaliação será mais
eficiente se elaborado e desenvolvido intrinsecamente com os enfoques teóricos
adotados no planejamento e no desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.
Para o estudante, a avaliação deve ser vista principalmente pelo estudante
com um processo, não como o término de um conteúdo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,
1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
PARANÁ. DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná) Física,
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de educação Básica,
2008
TYCHANOWICZ, Silmara Denise; VILLATORRE, Aparecida Magalhães; HIGA,
Ivanilda;. Didática e avaliação em Física. Curitiba: IBPEX, 2008. 166 p. --
(Coleção Metodologia do Ensino de Matemática e Física; v.2)
7.10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA
O ensino da geografia se apresenta com a finalidade de colaborar para a
ampliação da capacidade de apreensão da realidade sob o ponto de vista da es-
pacialidade, ou seja, da compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e
do papel destas na configuração do espaço.
Para Lefebvre, o espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela
sociedade é o “resultado da inter-relação entre sistemas de objetos – naturais,
culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e
econômicas (SANTOS, 1996)
“A espacialização dos fatos, dinâmicas e processos geográficos, bem como
a explicação das localizações relacionais dos eventos em estudo são próprias da
análise geográfica da realidade.” (DCE, 2008)
A escola ao instrumentalizar para o pensar geográfico, contribui para que o
aluno tome consciência de si como cidadão do mundo no processo de conhecer o
mundo em que vive, desde a escala local à regional, nacional e global, dando-lhe
os instrumentos necessários para que compreenda os conceitos de lugar, socie-
dade e natureza, paisagem, território e região. Assim, o conhecimento geográfico
é, pois, indispensável à formação de indivíduos atuantes na vida social, ao mes-
mo tempo em que proporciona a compreensão do espaço geográfico e do papel
desse espaço nas práticas sociais.
A contribuição da Geografia está relacionada às abordagens no domínio do
ambiente, das grandes concentrações populacionais e das suas formas de organi-
zação espacial, demonstrando as relações entre os fenômenos.
A abordagem geográfica da realidade na escola tem como meta a forma-
ção de cidadãos capazes de se relacionarem com o espaço, de compreenderem
as suas representações, o seu funcionamento, a sua produção e os seus tipos de
organização, a fim de poderem tomar decisões individuais e coletivas que favore-
çam a construção de espaços mais justos e harmônicos.
É importante apresentar estratégias de sobrevivência dos grupos humanos
com a natureza desde suas primeiras formas de vida. Observar a dinâmica das
estações do ano, ventos, mares, etc., que foi essencial para os primeiros povos
agricultores. Esses conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem
com a natureza e modifica-la para seu próprio benefício.
A partir do séc.XII, quando os mercadores precisavam apresentar o espaço
com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e a distância dos
continentes, fizeram pesquisas e estas ultrapassaram o contexto das navega-
ções. A partir do séc.XVI as expedições terrestres passaram a representar o espa-
ço: que diz respeito as suas riquezas naturais e aspectos humanos.
Até o séc.XIX não havia sistematização da produção geográfica. No séc.XIX
no imperialismo foram criadas várias sociedades geográficas que tinham o apoio
dos estados colonizadores como: Inglaterra, França e Prússia. Estas sociedades
organizavam expedições científicas para a África, Ásia e América do Sul e à medi-
da que conheciam suas condições naturais, inventariavam suas riquezas. A ale-
mã e a francesa. Enquanto na Europa principalmente na Alemanha e França a Ci-
ência Geográfica, já se encontrava presente nas universidades desde o séc.XIX,
no Brasil isso só veio a acontecer mais tarde.
No séc.XIX foram inseridos no curriculum escolar brasileiro essas ideias ge-
ográficas, mas foi na década de 1930 que se consolidou a institucionalização da
geografia no Brasil, pois se fazia necessário um levantamento de dados demo-
gráficos para posteriormente explorar os minerais, desenvolver as indústrias de
base e as políticas sociais.
Após a Segunda Guerra Mundial, os modos de produção trouxeram mudan-
ças políticas, econômicas, sociais e culturais na ordem mundial. Essas transfor-
mações foram mais intensas a partir da segunda metade do séc.XX quando as
multinacionais começaram a se instalar em várias partes do mundo, dando ên-
fase ao processo de globalização e foi aí que começaram o processo de degrada-
ção da natureza, as desigualdades sociais dentre outros problemas.
No Brasil o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas
dos anos 60. O golpe militar de 1964 provocou mudanças em vários setores in-
clusive no educacional, sentiu-se necessidade de adequar a educação aos novos
moldes vigente, e então surgiram leis com a finalidade de adequar a educação
para formação de mão de obra para suprir a demanda da indústria brasileira.
A valorização da formação profissional contribuiu para transformações sig-
nificativas no ensino, regulamentada pela lei 5.692/71 (lei de diretrizes e base da
educação nacional), mais houve várias mudanças no que se refere as disciplinas.
No Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela
AGB- Fortaleza se discutiu a geografia crítica, baseada no livro de Yves Lacoste. A
chamada Geografia crítica como linha teórica metodológica do pensamento geo-
gráfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos, trazendo as ques-
tões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para compreensão do es-
paço geográfico.
No Paraná as discussões sobre a emergente geografia crítica enquanto mé-
todo e conteúdo de ensino, ocorrem no final da década de 80, naqueles docu-
mentos a geografia crítica baseava-se numa geografia que compreendia o espa-
ço geográfico como social produzido e reproduzido pela sociedade humana. Essa
proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia Tradicional que era re-
duzida a observação, dos elementos naturais e humanos, enquanto que a geo-
grafia crítica foi gradativamente incorporada e inicialmente estava vinculada tan-
to a programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos 80
quanto à utilização de livros didáticos. Organizações financeiras internacionais,
como o banco mundial, passaram a condicionar seus empréstimos a países como
Brasil, a implantação de políticas sociais e educacionais que atendessem aos in-
teresses daquelas mudanças. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a
aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação, ( LDB 9394/96).
Entre as mudanças provocadas pelas Diretrizes Curriculares destacam-se
os conteúdos de ensino vinculados a discussões ambientais e multiculturais. A
presença desses conteúdos nas Diretrizes Curriculares se deve ao resgate das
discussões sobre cultura (geografia cultural) e ambiente (geografia sócio-ambien-
tal) ganharam força nos anos 90, tanto com as transformações políticas que de-
sencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial de alguns países.
A partir de 2003 a política educacional desenvolvida nesse estado assumiu
ações que visaram à retomada dos estudos das disciplinas de formação do pro-
fessor estimulando seu papel de pensador e pesquisador.
No ensino relacionado à geografia do Paraná devem ser contemplados nos
conteúdos curriculares da disciplina matriz, neste caso a geografia.
OBJETIVOS
Segundo Helena Callai, os principais motivos para se ensinar Geografia são
“compreender o mundo para obter informações e seu respeito; conhecer o espa-
ço produzido pelo ser humano e a relação da sociedade com a natureza, fornecer
aos alunos condições para sua formação para a cidadania”
A nossa ação enquanto educadores está relacionada com os nossos objeti-
vos pedagógicos e educacionais. Se queremos uma educação que contribua para
o desenvolvimento do educando, devemos atuar no processo de ensino e apren-
dizagem, na perspectiva da construção do conhecimento, refletindo sobre a reali-
dade vivida pelo aluno, respeitando e considerando a sua história de vida e con-
tribuindo para que o aluno entenda o seu papel na sociedade: o cidadão.
A educação geográfica objetiva desenvolver em cada indivíduo uma consciên-
cia que leva à compreensão dos processos e das inter relações dos ambientes
naturais e humanizados, de forma que ele interiorize determinados valores, atitu-
des e motivações possíveis de envolvê-lo nas tarefas de proteção e conservação
do ambiente. A educação geográfica pode ser entendida como educação para a
consciência do espaço, por meio de recursos que possibilitem a compreensão da
realidade, desenvolvendo atitudes que auxiliem os indivíduos e os grupos sociais
a:
• Compreender o ambiente, a presença humana no ambiente e a responsa-
bilidade e papel crítico que lhes cabem;
• Apropriar-se de valores sociais, interesse pelo espaço geográfico e motiva-
ção para participar ativamente na melhoria desse espaço.
• Desenvolver o sentido de responsabilidade formando cidadãos críticos e
conscientes de seus direitos e deveres.
• Não só tomar consciência do ambiente local e global e dos problemas que
lhe são inerentes, mas também criar uma nova sensibilidade para com es-
sas questões.
• Reconhecer e utilizar os referenciais de localização e orientação espacial
para se deslocar nos diferentes espaços;
• Perceber que o espaço geográfico é ocupado por várias sociedades, que se
organizam de formas diferenciadas e compõem o espaço global.
• Compreender que as sociedades são multiculturais, formados por grupos
de diferentes etnias, identificando as diversas construções dos espaços
que materializam a cultura dos povos que os constroem, num processo
continuo.
• Reconhecer como as pessoas se apropriam dos lugares, se identificam e se
integram a eles;
• Saber discernir ações mais adequadas à conservação da natureza, desen-
volvendo atitudes de respeito à vida;
• Posicionar-se diante das questões sociais, culturais e ambientais;
• Reconhecer que as ações humanas no processo de construção do espaço e
as manifestações naturais podem ser registradas e analisadas por dife-
rentes formas de linguagem;
• Reconhecer a si mesmo e a outros como agentes de construção e transfor-
mação do espaço em suas várias escalas ( local, regional, nacional e mun-
dial);
• Valorizar as atitudes e comportamentos que privilegiem o bem comum,
dando ênfase ao coletivo, e não ao individual;
• Assumir uma posição a todas e quaisquer práticas sociais que valorizem
preconceitos e/ou discriminações ( religiosa, étnica, ideológica, de gênero
e outros);
• Posicionar-se em relação à apropriação dos bens sociais, verificando como
isso interfere na cidadania;
• Compreender os fenômenos geográficos em suas diferentes escalas ( local,
regional, nacional e global);
• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos de Geografia;
• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, so-
ciais, econômicas, culturais e políticas no seu “lugar-mundo”, comparando
e sintetizando a densidade das relações e transformações que tornam con-
creta e vivida a realidade;
• Assim, deve-se considerar que a Geografia é uma ciência social, que abor-
da a sociedade objetivada no espaço; logo, a ciência Geografia deve ser
concebida como o estudo da organização do espaço geográfico pela socie-
dade humana, evidenciando sua contribuição na formação dos educandos
e cidadãos mais atuantes na transformação da ralidade na qual estão inse-
ridos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão Política do Espaço Geográfico
A dimensão política do espaço geográfico engloba os interesses relativos
aos territórios e ás relações de poder,econômicas e sociais que os envolvem. É o
conteúdo estruturante que está diretamente ligado ao território. Através da geo-
política podemos entender as fronteiras do espaço geográfico,possibilitando que
o aluno compreenda o espaço onde vive a partir das relações sociais e políticas
do território. Os alunos deverão entender as relações de poder sem que haja ne-
cessariamente uma institucionalização estatal.
Dimensão Socioambiental do espaço
A questão ambiental é um subcampo da geografia. Permite uma aborda-
gem complexa dos temas ,porque não se restringe aos estudos da flora e da fau-
na,mas a interdependência das relações entre sociedade,componentes físicos
,químicos ,bióticos,aspectos econômicos,sociais e culturais.
A concepção de meio ambiente não exclui a sociedade,mas a estuda como
ela sendo componente da transformação desse meio. A abordagem geográfica
desse conteúdo estruturante destaca que o ambiente não se refere somente as
questões naturais. Ao entender ambiente pelos aspectos sociais e econômicos,os
problemas socioambientais passam a determinar,também ,questões da
pobreza ,da fome do preconceito das diferenças culturais ,materializadas no es-
paço geográficos.
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
A abordagem desse conteúdo estruturante enfatiza a apropriação do meio
natural pela sociedade, por meio do trabalho e das relações sociais para a cons-
trução de objetos técnicos que compõe as redes de produção e circulação de
mercadorias ,pessoas informações e capitais,o que tem causado uma intensa
mudança na construção do espaço.
É um conteúdo estruturante importante para entender as mudanças que
ocorrem no espaço geográfico e as relações entre sociedade e natureza. Deve
possibilitar ao aluno a compreensão da sociedade capitalista e sua organização,
além de fazer com que ele perceba que faz parte dessa sociedade e pode usu-
fruir dela sendo um agente de construção do espaço.
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográficos
Esse conteúdo estruturante permite a análise do Espaço Geográfico sob a
ótica das relações sociais e culturais ,bem como da constituição ,distribuição e
mobilidade demográfica.
Os estudos sobre os aspectos culturais e demográficos do espaço geográfi-
co contribuem para a compreensão desse momento de intensa circulação de
mercadorias,informações ,dinheiro pessoas e modo de vida. Esse conteúdo preo-
cupa-se com os estudos da constituição demográfica das diferentes
sociedades,as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem
novas territorialidades,e com as relações políticas econômicas que influenciam
essa dinâmica.
CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE/6º Ano
• Formaçao e transformação das paisagens naturais e culturais;
• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de ex-
ploração e produção;
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)oraganização do
espaço geográfico;
• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista;
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-
tatísticos da população;
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversida-
de cultural;
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª SÉRIE/7º ANO
• A formação, mobilildade das fonteiras e a reconfiguração do território bra-
sileiro;
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-
tatísticos da população;
• Movimentos migratórios e suas motivações;
• O espaço rural e a modernização da agrivultura;
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização;
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espa-
ço geográfico;
• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7ª SÉRIE/ 8º ANO
• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• A formação, mobilidade das fonteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente Americano;
• A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado;
• O comercio e suas implicações socioespaciais;
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informa-
ções;
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espa-
ço geográfico;
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
• O espaço rural e a modernização da agricultura;
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-
tatísticos da população;
• Os movimentos migratórios e suas motivações;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
8ª SÉRIE/ 9º ANO
• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado;
• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
• O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-
tatísticos da população;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
reorganização do espaço geográfico;
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
• O espaço em rede: Produção, transporte e comunicações na atual configu-
ração territorial.
Conteúdos específicos por Série/Ano
5ª SÉRIE/6ºANO
• Paisagem, espaço e lugar
• O trabalho e a transformação do espaço geográfico
• Localização no espaço geográfico
• Os continentes
• Os movimentos da Terra
• Oceanos e mares
• As principais formas do relevo terrestre
• Educação ambiental: Lei 9799/95
• Os processos de formação e transformação do relevo
• As águas continentais e as bacias hidrográficas do Brasil.
• Climas da Terra e do Brasil
• Paisagens da Terra e do Brasil
• Espaço rural ( agricultura, pecuária e extrativismo)
• Espaço urbano ( indústrias, comércio e prestação de serviços)
• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao
uso indevido de drogas
• A população da Terra e seus movimentos
• Gênero e diversidade sexual
Ao iniciar seus estudos na 5ª série do ensino fundamental espera-se que o
aluno amplie suas noções espaciais. Com os conteúdos trabalhados espera-se le-
var o educando a conhecer melhor o espaço onde vive sabendo se orientar e se
localizar nesse espaço, verificando suas diferenças, conhecendo e compreenden-
do como atuam os agentes físicos e de que maneira eles exercem influência na
sociedade e na economia dos lugares.
Conhecer o planeta Terra e a configuração atual dos continentes, a relação en-
tre eles, bem como a formação dos oceanos, mares e águas continentais, além
das atividades econômicas que se desenvolvem no espaço geográfico.
Enfim, esses conteúdos propostos deverão dar uma noção da organização do
espaço geográficos e das relações existentes e estabelecidas nesse espaço.
6ª SÉRIE/7ºANO
• Formação do espaço geográfico brasileiro
• Localização do território brasileiro no espaço geográfico;
• Regionalização do espaço Brasileiro;
• Regiões geoeconômicas;
• Educação Fiscal
• População brasileira
• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03
• Gênero e diversidade sexual
• Os movimentos migratórios no Brasil;
• Geografia Urbana;
• Geografia Rural;
• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao
uso indevido de drogas
• Regiões do Brasil – IBGE;
• Região Norte – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;
• Região Nordeste – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;
• Região Centro-Oeste – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;
• Região Sudeste – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;
• Região Sul – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;
• Geografia do Paraná
Os conteúdos abordados na 6ª série devem considerar para a formação inte-
lectual e social do aluno as seguintes questões:
Compreender a evolução da formação do território brasileiro, relacionando
com a intervenção estrangeira e a exploração econômica do mesmo. Reconhe-
cendo como as pessoas se apropriam dos lugares, se identificam e se integram a
eles;
Compreender a sua localização no mundo partindo da micro para a microsfera
e relacionar a existência dos horários diferenciados do Brasil com a sua extensão;
Compreender como se deu a formação da população brasileira e entender sua
participação dentro desse contexto, através do conhecimento das diversas etnias
que ajudaram a construir a população brasileira;
Entender como os problemas e as mudanças sociais influenciam nos números
da população, seu deslocamento pelo território e na integração do campo com a
cidade.
Reconhecer as diferenças e semelhanças naturais, culturais e sociais existen-
tes entre as regiões brasileiras.
7ª SÉRIE/8ºANO
• Países e conflitos mundiais;
• Mobilidade das fronteiras e reconfiguração dos territórios;
• A economia global;
• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações
• Sistema capitalista;
• Sistema socialista;
• O mundo durante a Guerra Fria;
• Regionalização do continente Americano pelo critério físico;
• Regionalização do continente Americano pelo critério socioeconômico;
• Continente Americano: Aspectos Físicos, econômicos e populacionais;
• O Brasil no continente americano.
• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03
Reconhecer e compreender as alterações e interferências, sejam estas so-
ciais, econômicas, políticas, causadas pelos conflitos mundiais;
Conhecer a regionalização do mundo organizado em sistemas capitalistas e
socialista e suas alterações após a decadência do socialismo;
Compreender como se deu a globalização com integração de países socialis-
tas na economia mundial e na sua interferência nos processos de produção in-
dustrial através das inovações tecnológicas;
Identificar os aspectos físicos, hidrográficos e climáticos das América do sul,
do Norte e Central;
Reconhecer como formas de colonização influenciaram na formação do terri-
tório americano;
Conhecer as características do território,históricas e culturais e econômicas
do continente americano;
Conhecer as medidas utilizadas pelo Brasil para se firmar como potência re-
gional na América do Sul;
Conhecer as medidas utilizadas pelo Brasil para ampliar suas relações políti-
cas e econômicas;
Compreender a importância da criação do Mercosul para o Brasil se firmar
como potência regional na América do Sul.
8ª SÉRIE/9º ANO
• Estado, território e Nação;
• Imperialismo;
• Grandes Guerras e Guerras Mundiais;
• Conflitos atuais e o terrorismo;
• Gênero e diversidade sexual
• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao
uso indevido de drogas
• Globalização e organizações mundiais;
• Educação Fiscal
• Europa: aspectos físicos;
• Europa: aspectos humanos;
• Europa: aspectos econômicos;
• Europa Oriental e a CEI;
• Ásia; aspectos físicos, econômicos e sociais;
• Oriente Médio;
• Japão e Tigres Asiáticos;
• China e Índia;
• África: aspectos físicos, econômicos e sociais;
• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03
• Oceania: aspectos físicos, econômicas e sociais;
• Antártida e regiões polares.
Os conteúdos trabalhados na 8ª série visam levar o aluno a conhecer melhor
o espaço mundial verificando e entendendo a organização desse espaço.
Analisar a relação entre os países e a dependência existente entre eles no
mundo globalizado, estudando as relações comerciais estabelecidas entre os
mesmos. Compreender os conflitos que vem ocorrendo na atualidade, as causas
de tais conflitos, bem como as consequências que eles geram.
Compreender a organização política e econômica dos continentes, conhecen-
do os países que os compõem e a relação entre os países e o Brasil.
Ao concluir o Ensino fundamental, o aluno deverá ter noções geográficas so-
bre os continentes, os países e os elementos físicos e humanos – objetos e ações
– que os compõem. Esses conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio,
em abordagens que considerem o princípio da complexidade crescente, com um
tratamento relacional dos conteúdos, respeitada a maior capacidade de abstra-
ção do aluno e sua possibilidade de formações conceituais mais amplas.
Ensino Médio: Conteúdos básicos
• A formação e transformação das paisagens;
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do es-
paço geográfico;
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
• O espaço rural e a modernização da agricultura;
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configu-
ração territorial;
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informa-
ções;
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização recente;
• A transformação demográfica, distribuição espacial e os indicadores esta-
tísticos da população;
• Os movimentos migratórios e suas motivações;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• O comércio e as implicações socioespaciais;
• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização;
• A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado.
Ensino Médio
Conteúdos Específicos para o Primeiro Ano do Ensino Médio
- Paisagem, Espaço e Lugar.
- Orientação e Localização no Espaço Geográfico.
- Características Gerais e Origem da Terra.
- A Deriva Continental e os Movimentos da Terra.
- Os Fusos Horários e as Zonas Térmicas da Terra.
- Cartografia.
- Estrutura Geológica e as Formas de Relevo.
- Educação ambiental: Lei 9799/95
- O Solo, Clima e Hidrografia.
- Biomas e Formações Vegetais.
- Características e crescimento da População Mundial.
Os Fluxos Migratórios e a Estrutura da População.
- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao uso
indevido de drogas
- Gênero e diversidade sexual
- O Espaço Urbano do Mundo Contemporâneo.
- Educação Fiscal
- As Cidades e a Urbanização.
- Impactos Ambientais Urbanos.
• Atividades Econômicas no Espaço Rural.
Com os conteúdos trabalhados no ensino médio(primeiro ano), espera-se fa-
zer com que o educando conheça melhor o espaço onde mora, aprendendo a se
localizar e se orientar no Espaço Geográfico.
Pretende-se estudar a relação entre os fenômenos que estão presentes na
superfície da Terra, analisando essa relação e de que maneira esses fenômenos
interferem, uns modificando as características dos outros, compreendendo assim
as diferenças existentes entre as diversas porções da superfície terrestre. Levar
os educandos a compreender que tais fatores não interferem apenas nas paisa-
gens dos locais mas, também interferem diretamente na economia e política dos
diferentes lugares. Mostrar ao educando como apresenta e se distribui a popula-
ção sobre a superfície terrestre, analisando a queda nas taxas de natalidade nas
últimas décadas e com isso contribui para o equilíbrio do planeta. Verificar como
as atividades econômicas estão presentes em nosso dia a dia e sua importância
para nós e principalmente para a economia dos países, estudando o consumo e o
consumismo analisando de que maneira podemos contribuir para que os recursos
naturais da Terra não se esgotem.
Conteúdos Básicos para o Segundo Ano do Ensino Médio
• Capitalismo e Socialismo;
• Subdesenvolvimento;
• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao
uso indevido de drogas
• A economia pós guerra e Guerra Fria;
• Migrações e conflitos mundiais;
• Comércio internacional (Blocos Econômicos);
• Educação Fiscal
• Geografia das indústrias;
• Produção de energia;
• Educação ambiental: Lei 9799/95
• O Islamismo;
• Oriente Médio;
• Reino Unido e França;
• Estados Unidos;
• Alemanha e Japão;
• Antiga União Soviética e Rússia;
• China;
• Países Emergentes.
Analisar a relação entre os países e a dependência existente entre eles no
Mundo Globalizado, estudando as relações comerciais estabelecidas nos blocos
em que os mesmo encontram-se associados.
Compreender os conflitos que vem ocorrendo na atualidade, as causas de
tais conflitos e os motivos que levam as pessoas a praticá-los, conhecendo um
pouco mais sobre as regiões onde ocorrem esses conflitos e os povos que os pra-
ticam, bem como isso pode afetar países que não estão diretamente ligados a
tais atos. Compreender melhor o capitalismo e socialismo, analisando os motivos
que levaram o socialismo a sua quase total extinção.
Podemos dizer, com base no que foi exposto, que as dimensões política e
cultural do espaço geográfico, escolhidas como fios condutores do ensino neste
ano constituem um rico material que atende as necessidades dos alunos em co-
nhecer a formação e estruturação do espaço e se perceber parte integrante des-
se mesmo espaço construído e reconstruído a partir das transformações huma-
nas.
Conteúdos Básicos para o Terceiro Ano do Ensino Médio
• Caracterização do espaço brasileiro;
• Educação ambiental: Lei 9799/95
• Brasil: Estrutura geológica e relevo;
• Brasil: Climas;
• Ecossistemas do Brasil;
• A hidrografia brasileira;
• Os complexos regionais do Brasil;
• A industrialização brasileira;
• A economia brasileira contemporânea;
• Educação Fiscal
• Produção de energia do Brasil;
• Agricultura brasileira;
• Recursos minerais;
• Transportes no Brasil;
• Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras;
• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao
uso indevido de drogas
• Gênero e diversidade sexual
• População brasileira e seus movimentos.
• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03
Compreender a organização política e econômica do Brasil analisando a im-
portância de sua rede hidrográfica e do espaço agropecuário, verificando a inter-
dependência e a relação entre esses fatores e o desenvolvimento econômico e
social do país, conhecendo melhor as regiões brasileiras, analisando as diversida-
des existentes entre elas, sua economia e sociedade.
Fazer o educando conhecer melhor o espaço econômico brasileiro e as ativida-
des desenvolvidas nesse espaço verificando como essas atividades estão presen-
tes em nosso cotidiano e são fundamentais para nossa vida.
Analisar como está a economia brasileira e o que pode ser feito para melhorá-
la buscando associar essa melhoria as condições de vida da população. Analisar
a distribuição geográfica da população verificando os fatores responsáveis pela
atração e dispersão populacional bem como as atividades desenvolvidas por essa
população e a transformação que a mesma vem ocasionando no meio ambiente.
Espera-se que ao estar concluindo o Ensino Médio, o aluno consiga perceber o
Brasil como parte do mundo, verificando e analisando as relações entre os países
e ainda, que o mesmo se veja como parte integrante do espaço geográfico, po-
dendo atuar como transformador nesse espaço.
METODOLOGIA
Segundo Paulo Freire:
“O ato de educar compreende, entre outras questões, a consciência e a sensibili-
dade do educador para tornar-se capaz de auxiliar a passagem de uma “curiosi-
dade ingênua” para uma “curiosidade epistemológica” dos educandos diante dos
variados conteúdos abordados no seio de uma determinada disciplina. Isso impli-
ca dizer que um dos desafios determinada disciplina. Isso implica dizer que um
dos desafios fundamentais da prática educativa, pelo menos daquela preocupada
com a formação dos educandos, consiste em fazê-los passar de uma percepção
simplista ou simplificadora dos problemas para a sua rela consciência. Acredita-
mos ser essa a única forma de reverter os ensinamentos em atitudes sociais, ex-
pressas em atos concretos de participação social e política e portanto, transfor-
madores da realidade.”
Não basta desenvolver “juízos de realidade” (informação), mas, sobretudo, fazer
com que evoluam para a formação e busca de “juízos de valor” (criticidade, aná-
lise e reflexão).1
Mediante esse contexto, para despertar o interesse do discente pelo Ensi-
no de Geografia e garantir uma educação de qualidade, é necessário estabelecer
as relações entre os conteúdos da disciplina e sua realidade cotidiana.
Deve ser especialmente valorizado tudo o que se apresenta de forma con-
creta e faz parte do dia-a-dia do aluno. Incluem-se aí tanto o que existe em seu
lugar de moradia, a vizinhança, o bairro, a cidade, como as informações recebi-
das por várias fontes. É evidente que o uso de estratégias e recursos didático-pe-
dagógicos são fundamentais para o Ensino de Geografia, assim como a criação
de situações-problema que, aliadas ao uso de recursos didáticos variados, dina-
mizam, provocam e estimulam a curiosidade dos alunos.
Para contextualizar o assunto, utilizar-se-á notícias de jornais locais ou
acontecimentos próximos da realidade da escola. Textos, pesquisas, mapas, plan-
tas, pessoas, entrevistas, gráficos, tabelas, estudos de campo, filmes, imagens
fotográficas e de satélites, projetos interdisciplinares e outros instrumentos pode-
rão ser utilizados complementação do conteúdo. Para tornar a aula mais dinâmi-
ca, o aluno poderá trazer para a sala de aula assuntos interessantes que as difi-
culdades dos alunos no processo de construção do conhecimento.
Utilizar uma linguagem em que o aluno perceba a geografia no seu cotidia-
no. Para que lhe seja familiar os conteúdos geográficos, utilizamos várias formas
de transposição didática como filmes, músicas, jornais, fotos, jogos etc,. Além de
uma aula dinâmica e com participação do aluno. Essa tradução da ciência geo-
gráfica para o conteúdo básico escolar tem que levar em conta o conhecimento
prévio dos alunos sobre determinado assunto, buscando dessa maneira uma aula
significativa, para que o aluno perceba a importância do conhecimento adquirido.
Serão utilizados os seguintes Encaminhamentos Metodológicos
• Ler, analisar e interpretar os códigos da Geografia (mapas, gráficos, tabe-
las, etc.), considerando-se como elementos de representação de fatos e fe-
nômenos espaciais e / ou espacializados;
• Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográficas;
• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da geografia;
• Analisar e compreender a dinâmica e transformação dos espaços geográfi-
cos;
• Entender a relação entre o homem com a natureza, ou seja o homem
como agente transformante do espaço natural;
• Reconhecer, na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geo-
gráficos, a sua essência, os processos históricos, construídos em diferentes
tempos, que resultam em profundas mudanças na organização e no conte-
údo do espaço;
Para seleção dos conteúdos para o ensino médio é necessário que o professor
leve em conta o conhecimento básico adquirido pelo aluno no ensino fundamen-
tal. No ensino médio é preciso trabalhar para que o aluno perceba as relações en-
tre o local o global, a pobreza e a migração etc. É necessário nesse período que o
aluno aprenda a refletir, a saber o porquê dos fatos. É importante nortear o ensi-
no dos conteúdos de geografia pelas perguntas, Onde? Por que nesse lugar e não
em outro? Etc. As abordagens dos conteúdos devem buscar respostas para arti-
cular a dinâmica natural e social e, contemplar o maior número de variáveis só-
cio-espaciais, num esforço de análise crítica do objeto da geografia, o espaço ge-
ográfico.
Os conteúdos serão trabalhados de maneira clara e objetiva, adotando proce-
dimentos pedagógicos que possibilitem a construção de noções de tempo, de es-
paço, produção de necessidades e transformação das relações sociais, por meio
do desenvolvimento de conteúdos que tratem, da historicizarão dos espaços, da
localização, da orientação, da distribuição,da representação, das atividades pro-
dutivas, da relação homem-natureza e da demografia.
Os conteúdos serão trabalhados procurando estimular e aperfeiçoar a intera-
ção e a reflexão dos sujeitos que pensam e se desenvolvem diante do contraste e
do desafio, para que tenham autonomia de pensamento e consciência da própria
forma de pensar.
Para atingir os objetivos serão trabalhadas aulas expositivas e reflexivas, par-
tindo dos conhecimentos que o aluno possui para dimensões maiores, organizan-
do esses conhecimentos e adquirindo novos. Serão trabalhados além de aulas ex-
positivas, também debates e seminários onde o aluno poderá expressar seus co-
nhecimentos, bem como aquilo que aprendeu nas aulas, trabalhos individuais ou
em grupos e avaliações para verificar a aprendizagem do aluno.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem pôr objetivo analisar a qualidade do aprendizado do aluno,
deve-se buscar sempre perceber o rendimento do aluno e preparar as aulas
usando como critério as dificuldades e qualidades de cada turma. A avaliação
não precisa ser necessariamente uma prova com questões a ser respondida, po-
demos avaliar de várias maneiras como: trabalhos, pesquisas, seminários etc,.
Sempre buscando avaliar o conteúdo adquirido, valorizando cada tipo de inteli-
gência.
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acom-
panhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota
ou um conceito. É imprescindível que seja contínua e priorize a qualidade e o pro-
cesso de aprendizagem,ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada. Permitindo que o pro-
fessor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais
das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e de aprendizagem.
Não se trata, porém, de excluir a avaliação formal somativa, mas de desenvolver
as duas formas de avaliação: formativa e somativa, registradas de maneira orga-
nizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades. Por isso, em lugar de
avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avalia-
ção que contemplem várias formas de expressão dos alunos. Exemplos: leitura,
produção de textos, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários, cons-
trução e análise de maquetes, entre outros.
A partir dessas considerações sobre as formas de avaliação, é preciso re-
fletir sobre os critérios que devem norteá-la. Em Geografia, os principais são: a
formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações so-
cioespaciais. O professor deve observar, então, se os alunos formaram os concei-
tos geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de soci-
dade-natureza, para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
Se dá através de um processo diagnóstico, continuado e sistemático. Atra-
vés deste processo, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o pro-
cesso desenvolvido, até então para identificar lacunas no processo ensino-apren-
dizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a su-
peração das dificuldades constatadas.
Utilizando-se de duas formas de avaliação – a formativa e a somativa. O
professor de maneira organizada se instrumentará de meios para chegar a uma
definição de conceito (nota), podendo ser:
-confecção de mapas e localização;
- leitura e interpretação de textos;
- produção de textos;
- leitura e interpretação de fatos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
- pesquisas bibliográficas;
- relatórios de aulas de campo;
- apresentação de seminários;
- construção e análise de maquetes;
- jogos lúdicos (quebra-cabeça, caça ao tesouro).
Quais os critérios?
- formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações só-
cio-espaciais. Observar os alunos a formarem conceitos geográficos e assimila-
rem as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para com-
preender o espaço nas diversas escalas geográficas.
- utilização pelo professor dos alicerces pedagógicos – estudo e reflexão.
possibilitar ao aluno sua percepção da realidade em que vive e que o cerca sob a
perspectiva de transformá-la.
Enfim, as avaliações serão realizadas de maneira diagnóstica e contínua
levando em consideração a evolução no aprendizado do aluno. Busca-se por meio
das avaliações verificar a compreensão do educando em relação a organização
política e econômica dos continentes e ainda a relação entre os fatores físicos
presentes no espaço geográfico, verificando de que maneira esses fatores inter-
ferem nas paisagens, na economia e política dos países, além de analisar a evo-
lução e organização dos conhecimentos adquiridos através dos conteúdos traba-
lhados partindo da realidade do aluno (local) para dimensões maiores (regional,
nacional e global).
Espera-se ainda que o aluno entenda a importância econômica, política e
cultural do comércio mundial, a organização desse comércio, reconhecendo as
consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.
A compreensão da realidade está vinculada à forma como a aprendizagem está
acontecendo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARAÚJO, Regina. Construindo a geografia: Cenários do Mundo contemporâneo.
São Paulo: Moderna, 2005.
CALLAI, Helena Capetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise.
In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et.al. Geografia em sala de aula: práticas e
reflexões. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 2001.
CORREA, R.L. Região e Organização Espacial. São Paulo Ática. 1986.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
LACOSTE, Y. A. Geografia Isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.
Campinas: Papirus, 2005.
MORAES, A.C.R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1984.
PARANÁ. DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná) Geografia, Secretaria
de Estado da Educação do Paraná, Departamento de educação Básica, 2008
1FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educati-
va. Campinas: Papirus, 1997; Pag. 30.
1 - “Esclarecimento é à saída do homem de sua menoridade da qual ele próprio
é culpado” KANT, 1783.p.516.
2Diretrizes Curriculares da Educação,- Filosofia. p. 67
7.11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA
As abordagens historiográficas apontam para uma multiplicidade de
perspectivas da História, em razão dos diferentes contextos de produção do
conhecimento histórico que procura desvelar as relações que se estabelecem
entre as diferentes coletividades, nos diferentes tempos e espaços. O
conhecimento histórico é aqui entendido como a compreensão dos processos
históricos das formações sociais e a compreensão dos sujeitos históricos.
Novos objetos e abordagens têm sido incorporados pela historiografia
para explicar as uniformidades e as regularidades das formações sociais, bem
como as rupturas e as diferenças que vão se constituindo e se estabelecendo no
embate das ações humanas, conforme BEZERRA (apud KARNAL, 2004).
Privilegiar a compreensão dos processos das formações sociais e dos
sujeitos históricos é superar um ensino de História que enfoca apenas a ação de
personagens históricos; é perceber que a trama histórica não pode ser entendida
a partir de ações individuais, mas concebida como construção com a participação
de todos os agentes sociais: individuais e coletivos. Nessa perspectiva, volta-se o
olhar para sujeitos sociais, tais como homens e mulheres: idosos, jovens, e
crianças.
As diferentes abordagens historiográficas têm sido pautadas em
historiadores como Edward P. Thompson, Eric Hobsbawm, Michel de Certeau,
Roger Chartier, entre outros.
Historiografia pode ser entendida como o estudo e a explicação da
História.
Assim, tomam-se como objeto do ensino de História as formações sociais,
bem como as relações sociais que nelas se estabelecem.
Formações sociais aqui compreendidas como as sociedades que se constroem
historicamente, num processo dinâmico e contraditório.
As relações sociais devem ser entendidas nas diferentes coletividades,
percebidas as diferenças e semelhanças, conflitos e contradições, igualdades e
desigualdades.
A produção do conhecimento histórico na perspectiva positivista nega a
subjetividade do historiador. Subjetividade vista negativamente, que deve ser
controlada, segundo o pressuposto de que os acontecimentos falam por si só.
Nesse contexto, o historiador narra o que acontece, não sendo permitido que
emita juízo de valor nem generalizações.
No entanto, a historiografia recente aponta que as explicações fornecidas
pela História são interpretações construídas a partir de um ponto de vista do
historiador e, por isso, provisórias e sujeitas a controvérsias (BARCA, 1998).
Objetivo da Disciplina
Possibilitar ao educando, localizar-se no espaço e no tempo dos fatos
históricos, bem como, perceber as transformações nas estruturas políticas,
econômicas e sociais, ao longo do tempo. A partir deste entendimento, espera-se
uma sociedade mais participativa e consciente da realidade local, nacional e
mundial.
Propiciar uma reflexão a cerca das sociedades do passado, desenvolvendo,
assim, uma visão questionadora a respeito das transformações e/ou
permanências nas estruturas políticas, culturais e econômicas, nos diversos
momentos históricos.
Valorizar as características peculiares de cada sociedade da antiguidade,
percebendo o legado deixado à posteridade.
Levantar questões problematizadoras, vinculadas aos conteúdos e ao
contexto sócio-econômico, político e cultural das civilizações da antiguidade.
Estimular o espírito investigativo, instigando os alunos a perceberem-se
como sujeitos históricos, podendo reformular seus questionamentos sobre o
passado, para buscar explicações e uma compreensão inteligível sobre o mundo
no qual estão inseridos.
Estabelecer relações entre o presente e o passado, de forma
interdisciplinar contribuindo para a construção da narrativa histórica.
Conteúdos Estruturantes
Para a iniciação histórica no Ensino Fundamental, é necessário que o
professor privilegie, em sua prática pedagógica, conteúdos que possam
contribuir para o processo da construção do conhecimento histórico escolar. Para
tanto, propõem-se eixos articuladores dos conteúdos: trabalho, poder e cultura.
Eixos cujos conceitos são criados e datados, constituem-se historicamente em
meio a mudanças e permanências, em diferentes tempos e em diferentes
espaços, portanto, possuem uma história.
A construção de conceitos faz parte dos procedimentos do ensino de
História, o que possibilita ao estudante a análise, a interpretação e a comparação
entre diferentes acontecimentos históricos, bem como a construção de sua
própria narrativa histórica, nas palavras de SCHMIDT (apud BITTENCOURT, 2001).
Trabalho
Trabalho, mais do que sobrevivência, é uma das mais expressivas
manifestações do ser humano. É algo semelhante à arte, onde o homem
transforma e é transformado. Desde os primeiros anos de vida, aprende que
fazer algo com um objetivo definido conquista espaço, respeito, consideração e
auto-estima.
As relações de trabalho propiciam inúmeras formas de organização do
mundo do trabalho. A sociedade capitalista assumiu uma forma especifica o
emprego assalariado. Sendo assim para a compreensão do mundo capitalista é
fundamental o estudo das relações de trabalho e sua constituição histórica.
Poder
Pode ser definido como “a capacidade ou possibilidade de agir ou de
produzir efeitos” e “pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos” (BOBBIO
in BOBBIO et. al., 2000, p. 993). O poder não apresenta forma de coisa ou de
objeto, mas se manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre
aquele que exerce e aquele que se submete; portanto, o que existe são as
relações de poder.
As relações de poder são exercidas nas diversas instâncias sócio históricas,
como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as diversas instituições. O seu
estudo permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu cotidiano, e
que a sua compreensão é fundamental para uma construção de mundo.
Cultura
O conceito de cultura é definido como um modo determinado de vida, um
modo de pensar, de viver das pessoas. Mas cultura não é só isso, é também
compartilhamento de significados, de sentidos, de valores, de comportamentos
de determinado grupo social. A cultura é uma produção social e deve ser
analisada em seu contexto histórico.
Nos diferentes grupos sociais ocorre um processo de seleção:
determinados elementos da cultura são selecionados, e outros não.
Ao longo desse processo de “tradição seletiva”, vai se constituindo a
memória cultural de um grupo, de um país, da humanidade. Uma parte passa a
compor a cultura universal, a cultura da humanidade, outra parte é conservada
em arquivos, como fonte documental, mas uma boa parte é rejeitada e ou
esquecida, como afirma WILLIAMS (apud FORQUIN, 1993).
A cultura tem especificidades. Cada época, cada geração tem uma forma
de expressá-la. Assim, ao privilegiar a cultura como eixo articulador dos
conteúdos, propõem-se reflexões sobre cultura popular, cultura erudita, cultura
hegemônica, cultura política, cultura dos negros, indígenas, imigrantes, minorias,
indústria cultural, bem como as diversidades culturais, nos diferentes tempos e
espaços.
Conteúdos Básicos
- A compreensão do conhecimento histórico (Esse conteúdo deve ser
trabalhado no inicio de cada serei)
Segundo o historiador Eric Hobsbawm "Ser membro da comunidade
humana é situar-se com relação a seu passado".Este passado reflete uma
permanência de consciência humana, um ingrediente inquestionável das
instituições, valores e padrões da sociedade. História é referência, deve portanto
ser bem ensinada.
A compreensão do conhecimento histórico, portanto torna-se prioritária
em todos os anos do ensino fundamental. Esta “compreensão” deve englobar
questões como: O que estuda a historia, fato histórico, sujeito histórico, tempo
histórico e fontes. Esta problematização histórica traz uma diversidade de
questionamentos e a oportunidade do professor destacar que a compreensão dos
acontecimentos históricos não pode ser explicada de maneira simplista.É
necessária a percepção por parte dos professores de que a teia de numerosas
relações interfere em sua realização.
Seria de fato muito vago e frustrante para um grupo de estudantes
iniciarem o ano letivo ouvindo um professor divagando sobre as teorias
criacionista e evolucionista sem ao menos ter sido alertado sobre o sentido
histórico. Como Eric Hobsbawm brilhantemente argumentou em seu livro “Sobre
História”: “as pessoas das quais você esta lá, não são estudantes brilhantes, são
estudantes comuns com opiniões maçantes, que obtém graus medíocres na faixa
inferior das notas baixas e cujas respostas nos exames são sempre iguais. Os que
obtém as melhores notas cuidarão de si mesmos, ainda que seja para eles que
você gostara de lecionar. Os outros são os únicos que precisam de você”. Isso,
segundo Hobsbawm não vale apenas para a universidade mas para o mundo ,
governos, sistema econômico, escolas, tudo na sociedade, não se destina ao
beneficio das minorias privilegiadas.
Portanto mais que as determinações causais é importante levar o aluno à
compreensão das mudanças e permanências, das continuidades e
descontinuidades, essas são noções primordiais em sua “educação histórica” e
neste sentido cabe ao professor uma atenção aos distintos elementos que
compõe o processo histórico.
Um desses elementos imprescindíveis ao procedimento histórico em sala
de aula é sem duvida o trabalho com as fontes e documentos, o próprio livro
didático traz uma serie de atividades pautadas nas interpretações de tais
documentos. Sendo assim situar os alunos quanto ao “sentido do passado” não é
uma tarefa simples, ninguém atestou o contrario mas é uma tarefa necessária se
desejarmos que nossos alunos exercitem a questão da participação do vivenciar
a historia e não somente se tornarem meros espectadores.
Ensino Fundamental
5ª série
Conteúdo Básico
- A dualidade da origem do homem: Teoria evolucionista e criacionista
- A experiência humana no tempo: Antiguidade Oriental e Ocidental
O processo histórico caminha e o tema da origem e evolução do ser
humano ainda gera muita polêmica. O referido tema traz ainda debates religiosos
e culturais, além de constantes atualizações em função de novas descobertas.
Sendo assim torna-se necessário para os educandos o conhecimento e
esclarecimento em relação a “dualidade da origem humana”.
O estudo da experiência do homem ao longo do tempo possibilita o
conhecimento do desenrolar de sociedades que se desenvolveram no antigo
oriente e ocidente, culturas essas que foram determinantes na criação dos
moldes responsáveis pela formação de nossa sociedade.
Conteúdo Específico
- A memória local e memória da
humanidades
- O tempo (as temporalidades e as
periodizações
- O processo histórico
- O local e o Brasil
- O jovem e suas percepções do
tempo histórico
- O jovem e suas relações com a
sociedade no tempo
- A relação com o mundo
- A formação do pensamento
histórico
- Os vestígios humanos
- O surgimento dos lugares de
memórias
- A memória local e memória da
humanidades
- O tempo (as temporalidades e as
periodizações
- O processo histórico
- O local e o Brasil
- O jovem e suas percepções do
tempo histórico
- O jovem e suas relações com a
sociedade no tempo
- A relação com o mundo
- A formação do pensamento
histórico
- Os vestígios humanos
- O surgimento dos lugares de
memórias
- As diversas temporalidades
- As gerações e as etnias
- O local e o Brasil
- Os povos indígenas e suas culturas
no Brasil e no Paraná
- O surgimento da humanidade na
África .
- Os mitos, lendas dos povos
indígenas paranaenses
- As manifestações populares no
Paraná
- Pensamento científico: a
antiguidade grega e Europa
moderna.
- A formação da arte moderna
- As relações entre a cultura oral e a
cultura escrita.
6ª série
Conteúdo Básico
- Descentralização do poder e as relações de propriedade:
- A relação do campo com a cidade (terra e moeda poder)
- Uma nova visão de mundo e de homem através das relações comercias
Conteúdo Específico
- As relações de propriedade
- A propriedade coletiva
- Os povos indígenas
- Quilombolas
Ribeirinhas no Paraná
- Sociedades pré-colombianas
- A propriedade pública
- Constituição do espaço público da
antiguidade
- Polis grega
- Sociedade romana
- Antiguidade greco-romana
- A propriedade privada
- A sociedade patriarcal brasileira
- Constituição dos latifúndios na
-América Portuguesa e no Brasil
- Primeira cidades brasileiras
- O engenho colonial
- A conquista do sertão
- Missões Jesuítas
- Belle Epoquê tropical
- Cidades africanas e pré-
colombianas
- Cidades na antiguidade oriental
- Ruralização do Império Romano e a
transição para o feudalismo europeu
- Constituição dos feudos e Glebas
servis.
- Cidades mineradoras
- Tropeirismo no Paraná
- Engenhos da erva-mate no litoral e
no primeiro Planalto
- Relações campo-cidade no oriente
- Industrialização na Europa
Relação entre senhores e escravos
- Sincretismo religioso (formas de
resistência afro-brasileira)
- As cidades e as doenças a
aquisição da terra a da casa própria
- Movimentos pela terra
- Movimentos culturais, camponeses
e urbanos no Brasil republicano nos
séculos XIX,XX, e XXI
- Peste negra e as revoltas
camponesas
- Culturas teocêntrica e
antropocêntrica
- Manifestações culturais na América
Latina e continente africano
- História das mulheres orientais,
africanas e outras.
7ª série
Conteúdo Básico
- História da relações humanas com o trabalho
- O trabalho e a vida em sociedade
- O trabalho e as contradições da modernidade
- Os trabalhadores e as conquistas do direito
O sujeito histórico pode ser entendido como sendo agente da ação social,
todos aqueles que localizados em contextos históricos exprimem especificidades
e características, sendo lideres de lutas para transformações ou permanências
mais amplas ou situações mais cotidianas, que atuam em grupo ou isoladamente
e produzem para si e uma coletividade. Sendo assim as relações de trabalho ao
longo do tempo foram responsáveis por contradições e conquistas na
modernidade.
Conteúdo Específico
- História das relações da
humanidade com o trabalho
- Trabalho nas sociedades indígenas
- Sociedade patriarcal e
escravocrata
- Mocambos/quilombos as
resistências na colônia
- Remanescentes de quilombos
- A história do trabalho nas primeiras
sociedades humanas.
- A desvalorização do trabalho no
Brasil Colônia e Império
- Busca pela cidadania no Brasil
Império
- Saberes nas sociedades indígenas
- Trabalho na Antiguidade oriental e
Antiguidade clássica
- As três ordens do imaginário feudal
- A desvalorização do trabalho
- O latifúndio no Paraná e no Brasil
- A sociedade oligárquico-
latifundiária
- Vida cotidiana das contradições da
modernização
- A produção e a organização social
capitalista
- A ética e moral capitalista
- O movimento sufragista feminino
- As congadas como resistência
cultural
- Movimentos sociais e
emancipacionistas
- A Declaração dos Direitos do
homem e do cidadão
- A constituição dos primeiros
sindicatos de trabalhadores
8ª Série
Conteúdo Básico
- A Constituição das Instituições Sociais
- A Formação do Estado
- Sujeito Guerras e Revoluções
As instituições podem ser compreendidas como elementos que legitimam
e estruturam um Estado. Um Estado Nacional é composto por sujeitos que os
legitimam ou não, essa dualidade foi e é responsável por inúmeros conflitos que
ocorreram e podem ocorrer no mundo.
Conteúdo Específico
- A formação das instituições sociais:
- As instituições políticas
- As instituições religiosas
- As instituições econômicas
- As instituições culturais
- As sociedades indígenas do Brasil
- A igreja católica e as reduções
Jesuítas na América portuguesa
- As irmandades católicas e as
religiões afro-brasileiras na América
portuguesa
- A formação dos sindicatos no Brasil
- A instituição da Igreja no Império
Romano
- A formação das associações de
trabalhadores e dos sindicatos no
ocidente
- A monarquia
- A república (aristocracia, ditadura e
democracia)
- Os poderes dos estados
- As relações entre o poder local e o
governo geral América portuguesa
- Os quilombos na América
portuguesa e no Brasil Imperial
- A formação do estado- nação
brasileiro
- Constituição do MERCOSUL
- A monarquia e a nobreza na
Europa medieval
- A formação dos reinos africanos
- Absolutismo europeu
- Constituição da república no
ocidente
- O imperialismo no século XIX
- A formação dos estados nacionais
nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e
as
democracias
- A constituição dos Estados
socialistas e dos Estados de Bem-
Estar social
- A formação dos blocos econômicos
- Os movimentos sociais: políticos,
culturais e religiosos, as revoltas e
revoluções sociais, guerras locais e
guerras mundiais
- As guerras e revoltas indígenas e
quilombos na América portuguesa e
no
Brasil Imperial
- As revoltas republicanas na
América portuguesa
- As guerras cisplatina e a guerra do
Paraguai
- Os movimentos republicanos e
abolicionista no Brasil Imperial
- O movimento anarquista,
comunista e tenentista no Brasil
- O Brasil nas guerras mundiais
- Os movimentos pela
redemocratização do Brasil
- As revoltas democráticas nas polis
gregas
- As revoltas plebeias, escravas e
camponesas na república romana
- As guerras feudais na Europa
Ocidental e as cruzadas
- A conquista e colonização da
América pelos povos europeus
- As guerras de independência das
nações africanas e asiáticas
- Os movimentos camponeses latino-
americanos e asiáticos
- As guerras mundiais.
Ensino Médio
Optou-se por trabalhar os conteúdos por série a seguir, pois, os mesmos
são elementos articuladores com os conteúdos estruturantes da disciplina.
1º ano
Conteúdo Básico
- Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
- Urbanização e Industrialização
Abordando o trabalho em suas diferentes concepções, torna-se possível a
compreensão das diferentes sociedades que se estabeleceram ao longo do
tempo inclusive a que estamos inseridos. Já a urbanização e industrialização
como fruto das relações de trabalho.
Conteúdo Específico
- O conceito de trabalho – livre e
explorado;
- O mundo do trabalho em diferentes
sociedades no tempo: trabalho
explorado
escravo e servil (teocráticas, grego-
romanas, medievais e africanas;
- Transição do trabalho escravo,
servil e artesanal para o trabalho
assalariado;
- O trabalho livre: as sociedades do
consumo produtivo: as primeiras
sociedades
humanas, as sociedades nômades e
semi-nômades, as etnias indígenas e
africanas;
- As experiências do trabalho livre
em sociedades revolucionárias: a
Comuna de
Paris, os sovietes russos, associações
húngaras, os círculos Bolivarianos.
- As cidades na História: cidades
neolíticas, da antiguidade greco-
romanas, da
Europa medieval, pré-colombianas,
africanas e asiáticas;
- Urbanização e industrialização no
Brasil Urbanização e industrialização
nas
sociedades ocidentais, africanas e
orientais;
- Urbanização e industrialização no
Paraná no contexto da expansão do
capitalismo;
- A arquitetura das cidades
brasileiras em diferentes épocas e
espaços
2º ano
Conteúdo Básico
- O Estado e as Relações de Poder
- Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Ao trabalhar o conceito de estado, o surgimento, as teorias e suas
transformações possibilita identificar relações de poder que privilegiam e
oprimem determinados grupos. Essa dinâmica criou e cria sentimentos que
levam a revoluções e conflitos.
Conteúdo Específico
- Os Estados teocráticos;
- Os Estados na Antiguidade
Clássica;
- O Estado e a Igreja medievais
- A formação dos Estados Nacionais;
- As metrópoles europeias, as
relações de poder sobre as colônias e
a
expansão do capitalismo;
- O Paraná no contexto da sua
emancipação.
- O Estado e as doutrinas sociais
(anarquismo, socialismo,
positivismo);
- O nacionalismo nos Estados
ocidentais;
- O populismo e as ditaduras na
América Latina;
- Os sistemas capitalista e socialista;
- Estados da América Latina e o
neoliberalismo.
- Relações de dominação e
resistência nas sociedades grega e
romana na
antiguidade grega e romana:
mulheres, crianças, estrangeiros e
escravos;
- Guerras e Revoltas na Antiguidade
Clássica: Grécia e Roma;
- Relações de dominação e
resistência na sociedade medieval:
camponeses,
artesãos, mulheres, hereges e
doentes;
- Relações de resistência na
sociedade ocidental moderna;
- As revoltas indígenas, africanas na
América portuguesa
- Os quilombos e comunidades
quilombolas no território brasileiro;
- As revoltas sociais na América
portuguesa.
3º ano
Conteúdo Básico
- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
- Cultura e religiosidade
Conteúdo Específico
- As revoluções democrático-liberais
no Ocidente: Inglaterra, França e
EUA;
- Movimentos sociais no mundo do
trabalho nos séculos XVII e XIX o
surgimento
do sindicalismo;
- A América portuguesa e as revoltas
pela independência;
- As revoltas federalistas no Brasil
imperial e republicano;
- As guerras mundiais no século XX e
Guerra Fria;
- As revoluções socialistas na Ásia,
África e América Latina;
- Os movimentos de resistência no
contexto das ditaduras da América
Latina;
- Os Estados africanos e as guerras
étnicas;
- A luta pela terra e a organização de
movimentos pela conquista do direito
a
terra na América Latina;
- A mulher e suas conquistas de
direitos nas sociedades
contemporâneas
- A formação das religiosidades dos
povos africanos, americanos,
asiáticos e europeus
neolíticos:xamanismo, totens,
animismo.
- Os mitos e a arte greco-romanos e
a formação das grandes religiões
hinduísmo, budismo, confucionismo,
judaísmo, cristianismo, islamismo;
- Teocentrismo versus
antropocentrismo na Europa
renascentista;
- Reforma e Contra-Reforma seus os
desdobramentos culturais;
- O modernismo brasileiro;
- Cultura e ideologia no governo
Vargas;
- Representações dos movimentos
sociais, políticos e culturais por meio
da arte brasileira;
- As etnias indígenas e africanas e
suas manifestações artísticas,
culturais e religiosas;
- As manifestações populares:
congadas, cavalhadas, fandango,
folia de reis, boi de mamão, romaria
de São Gonçalo.
Metodologia
Para a “iniciação histórica”, é necessário que o professor propicie situações em
que o estudante comece uma reflexão procurando explicar os comos e os porquês das
mudanças que ocorrem nas diferentes coletividades, percebendo as diversidades e as
similitudes.
Perceber essas diferenças e transformações é inerente ao trabalho do
historiador. No entanto, esse olhar voltado às diferenças e transformações que
ocorrem em diferentes contextos deverá estar presente na ação pedagógica,
possibilitando ao estudante o exercício do raciocínio histórico (CABRINI, 1994).
Para que o ensino de História não seja a “regurgitação do passado”, o professor
deve estimular o pensamento crítico de seus estudantes adotando alguns
procedimentos específicos, como investigar as ideias que eles já possuem,
possibilitando que reflitam sobre diferentes hipóteses em História; exercitar com seus
alunos a seleção das diferentes respostas historiográficas para aquele contexto
histórico; estimulá-los a construírem novas hipóteses investigativas, ou seja, novas
questões de investigação (BARCA, 1998).
Para que o estudante compreenda a História, o professor deve não só falar de
situações do passado, mas promover a interpretação desse passado, a partir de um
trabalho com documentos históricos. O professor deve mostrar que os historiadores,
ao escreverem a história, utilizam-se de questões sobre algum acontecimento que não
conhecem, no entanto, existem “pequenos pormenores que fazem da História algo de
lógico: as fontes diretas e o conhecimento do contexto que as enquadram” (LEE, apud
BARCA, 2001, p. 14).
Assim como as fontes são imprescindíveis ao historiador na sua busca por
evidências para produzir o conhecimento histórico, os documentos são fundamentais
ao trabalho em aulas de História. Essa metodologia ajuda o estudante a conhecer os
conteúdos da História a partir de diferentes fontes; estimula-o na observação, auxilia-
o na reflexão histórica, bem como lhe propicia o entendimento do sentido da História.
A ação pedagógica deve promover no estudante a compreensão sobre a
interlocução entre o acontecido e o narrado, levando-o à percepção de que quem
escreve a história lança diversos olhares sobre um mesmo acontecimento, bem como
de que os diferentes registros são fontes de informação do passado.
Os estudantes devem entender que o que estão estudando já foi estudado por
alguém; também devem compreender que os historiadores não copiam os
testemunhos, mas fazem inferências e interpretações, a partir das evidências
históricas.
No processo de escolarização, é necessário que o professor oportunize
situações para que o estudante comece a pensar historicamente. Isso significa pensar
temporalmente, compreendendo e explicitando os critérios da periodização em
História, estabelecendo relações de acontecimentos no tempo, tendo como referência
a anterioridade, a posterioridade, a simultaneidade, permanências, mudanças,
continuidades, descontinuidades e rupturas; saber buscar informações em diferentes
documentos históricos, textos didáticos, manifestações artísticas e folclóricas,
depoimentos orais, entre outros, para ajudá-lo a refletir sobre o sentido da História;
passar a usar os conceitos próprios dessa ciência; passar a construir narrativas
explicativas.
Ensinar História envolve mudanças, tanto em relação ao objeto em si como em
relação à ação pedagógica.
O objeto em si, ou seja, o “fazer histórico”, é dinâmico, fruto de mudanças
sociais, das descobertas arqueológicas, das novas documentações e dos debates
metodológicos. A ação pedagógica modifica-se, tendo em vista que mudam os
professores, os alunos, as legislações escolares, assim como as expectativas familiares
(KARNAL, 2004).
Além disso, o conhecimento histórico escolar pressupõe uma transposição
didática do saber histórico em saber histórico escolar, ou seja, um processo que
consiste na “transposição da ciência de referência para uma situação de ensino,
permeando-se, em sua elaboração, com o conhecimento proveniente do ‘senso
comum’, de representações sociais de professores e alunos e que são redefinidos de
forma dinâmica e contínua na sala de aula” (BITTENCOURT, 2001, p. 25).
Assim, o conhecimento histórico deve ser ensinado para que o estudante tenha
“condições de participar do processo do fazer, do construir a História”, de acordo com
SCHMIDT (apud BITTENCOURT, 2001, p. 59).
Com isso, não se pretende transformar os estudantes em pequenos
historiadores. Cabe ao professor auxiliá-los a compreender que a história está em
constante transformação e que existem diferentes interpretações e explicações
históricas.
A escola deve iniciar um processo de reflexão para que os estudantes consigam
perceber que as interpretações históricas são construídas a partir das evidências e
que “está na natureza da História haver diversas versões do passado”, mas que,
apesar disso, a História não é “apenas uma questão de opinião” (LEE, 2005, p. 1-2).
Avaliação
O Processo de avaliação, sendo parte do oficio do professor, deve partir de uma
ação investigativa e diagnóstica, para identificar o grau de conhecimento dos
educando. Essa pratica se faz necessária para que o docente tenha subsídios para
refletir sua ação pedagógica e criar elementos avaliativos que contribuam para o
processo educacional de uma determinada realidade.
A avaliação como elemento integrante da metodologia de ensino do professor
de história, deve contemplar naturalmente fatos passados, não isoladamente, mas,
articulado com o presente (realidade social) intencionado resultados por meios de
critério definidos objetivando o interpretar por meio da leitura, do questionamento e
do debate contribuindo assim, para a formação do sujeito.
O processo avaliativo deverá incidir sobre o desempenho dos alunos nas
diferentes situações de aprendizagem, consideradas as competências, habilidades e
atitudes. A avaliação será contínua e cumulativa realizada por meio de instrumentos
diversificados. Já a recuperação será continua e integrada ao processo de
aprendizagem. Critérios e propósitos devem ser bem definidos, para cada conteúdo
precisa-se ter claro o que dentro dele deseja ensinar desenvolver e, portanto avaliar.
Os critérios refletem de que forma se vai avaliar, são as formas previamente
estabelecidas para se avaliar um conteúdo.
Referencias
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
História. Curitiba, 2008.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO/Vários autores Curitiba: SEED, 2006.
www.diaadiaeducação.pr.gov.br
7.12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM – INGLÊS
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.
Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estru-
tural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.
Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvi-
dos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações
significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática
de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa
sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mú-
tuo.
No ensino de Língua Estrangeira a língua, objeto de estudo dessa disciplina con-
templa as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que
os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira,
ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mun-
do e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconhe-
ça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do
grau de proficiência atingido.
O objetivo geral do ensino de Língua Estrangeira é a formação e o desenvolvi-
mento psicológico, social, cultural e afetivo do aluno, dando-lhe conhecimentos gerais
que lhe permitam efetuar estudos posteriores mais complexos ou se encaminhar para
o trabalho. O ensino do inglês compromete-se, portanto com um processo educacional
mais amplo, cooperando para alargar o horizonte do aprendiz, respeitando sua indivi-
dualidade e levando em conta suas necessidades e expectativas. Capaz de utilizar cor-
retamente uma língua dominante, ele tem acesso a novos conhecimentos: informação
científica, tecnológica e cultural,que podem levá-lo a um aprofundamento intelectual
pelo estabelecimento de relações com outras áreas de conhecimento. Consequente-
mente, terá condições de compreender e contribuir de maneira ativa e integrada para
a sociedade em que vive.
Além disso, ao conceber a Língua Inglesa como discurso,conhecer e ser capaz
de usar uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como inte-
grantes da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma Língua Estran-
geira o aluno aprende também como atribuir significados para entender melhor a rea-
lidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um
contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e re-
construirá sua identidade como agente social.
Quanto aos objetivos : fornecer um ensino da Língua Inglesa contextualizado.
Propor práticas,estimulando a criatividade e desenvolvimento no aprendizado da Lín-
gua Inglesa.
Conhecer e usar a Língua Inglesa como instrumento de acesso a informações a
outras culturas e grupos sociais.
Compreender em que medida os enunciados refletem a forma de
ser,pensar,agir e sentir de quem os produz.
Possibilitar aos alunos maior percepção de sua própria cultura por meio do co-
nhecimento da cultura de outros povos.
Colaborar na ampliação da visão de mundo,do aluno, tornando-o mais crítico e
reflexivo.
Considerar o maior desejo dos alunos: saber falar,usar a Língua Inglesa.
Utilizar a possibilidade de ensinar-aprender inglês através de músicas.
Trabalhar dentro de uma abordagem afetiva que aproxima e envolve professor e
alunos.
Propor atividades com e nas quais o professor e os alunos possam desenvolver
seu potencial na Língua Inglesa.
Avaliar, avaliar-se e ser avaliado de maneira coerente e apropriada a aborda-
gem sócio-interacionista utilizada.
Conforme a legislação vigente o currículo do ensino fundamental incluirá obrigatoria-mente os conteúdos:
• História e Cultura Afro-Brasileira – Lei 10.639/03
• Prevenção ao uso indevido de drogas
• Educação ambiental – Lei 9799/95
• Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente
• Gênero e diversidade sexual
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Buscando superar uma visão de ensino de Língua Estrangeira Moderna apenas
como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua
aprendizagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os signi-
ficados como externos aos sujeitos, propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Mo-
derna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade
linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilida-
des de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o
aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, por-
tanto, passíveis de transformação na prática social.
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do
papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à
informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e trans-
formar modos de entender o mundo e de construir significados.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e
não-verbal, como unidade de linguagem em uso, com as práticas do uso da língua: lei -
tura, oralidade e escrita.
Antunes (2007, p. 130) esclarece que [...] o texto não é a forma prioritária de se
usar a língua. É a única forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é
constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que
nos deve interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades dis-
cursivas.
Nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor abordará os vários gêne-
ros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado,
sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a
intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a
gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar
com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.
Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É necessá-
rio provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto
de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um papel tão im-
portante para o trabalho na escola. Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a
textos de várias esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, etc. A
estrutura de uma bula de remédio, por exemplo, difere da estrutura de um poema.
Além disso, é necessário que se identifiquem as diferenças estruturais e funcionais, a
autoria, o público a que se destina, e que aproveite o conhecimento já adquirido de
experiência com a língua materna. O objetivo será interagir com a infinita variedade
discursiva presente nas diversas práticas sociais.
A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira Mo-
derna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. Do
mesmo modo, a produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros
textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.
A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades significa-
tivas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o
que é estudado com o que o cerca. As discussões poderão acontecer em Língua Ma-
terna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se
realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em
Língua Estrangeira.
O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por
sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma práti-
ca analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as
implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso no qual revele o
respeito às diferenças culturais, crenças e valores.
Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a hete-
rogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto apresenta várias pos-
sibilidades de leitura, que não traz em si um sentido pré-estabelecido pelo seu autor.
Traz, sim, uma demarcação para os sentidos possíveis, restringida pelas suas condi-
ções de produção e, por isso, constrói-se a cada leitura: quem faz a leitura do texto é o
sujeito; portanto, o texto não determina a sua interpretação.
Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo rele-
vante, porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes
na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializa-
das no texto. Com isso, as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão
valorizados.
Sendo assim, o professor desempenha um papel importante na leitura, já que,
pela forma como encaminha o trabalho em sala de aula, os significados poderão ser
mais ou menos problematizados, ou as possibilidades de construção de sentidos per-
cebidas como mais ou menos significativas, como espaços para exercício de ação no
mundo social ou submissão aos sentidos do outro. Espera-se que o trabalho com a lei -
tura vá além daquela superficial, linear. Uma questão é linear quando busca respostas
já as visualizando no próprio texto. Será não-linear quando o aspecto sobre o qual inci -
de a questão não se localiza apenas na materialidade do texto. A não linearidade per-
mite o estabelecimento das relações do texto com o conhecimento já adquirido, o re-
conhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a reflexão, o que
possibilita a reconstrução da argumentação.
Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da
realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a
tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o
qual lhes atribui coerência pela construção de significados. Assim, os alunos devem
entender que, ao interagir com/na língua, interagem com pessoas específicas. Para
compreender um enunciado em particular, devem ter em mente quem disse o quê,
para quem, onde, quando e por que.
Destaca-se ainda, que o trabalho com a produção de textos na aula de Língua
Estrangeira Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto,
no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação. Con-
forme Bakhtin, “um discurso nasce de outros discursos e se produz para um outro su-
jeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo sujeito autor” (apud
MUSSALIN, 2004, p. 250).
O conhecimento linguístico é condição necessária para se chegar à compreen-
são do texto, porém não é suficiente, considerando que o leitor precisa executar um
processo ativo de construção de sentidos e também relacionar a informação nova aos
saberes já adquiridos: o conhecimento discursivo da sua língua materna, da sua histó-
ria, de outras leituras utilizadas ao longo de sua vida (Vygotsky, 1989).
A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização
do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elemen-
tos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no
contato com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada pa-
lavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentidos.
O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário,
de procedimentos para construção de significados usados na Língua Estrangeira. Por-
tanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida em que per-
mite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve
estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas de-
vem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expres-
sem ou construam sentidos aos textos.
Estudar uma Língua Estrangeira é conhecer novas culturas, e isso implica cons-
tatar que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim di-
ferente. É reconhecer que as novas palavras não são simplesmente novos rótulos para
os velhos conceitos.
A análise linguística não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as
palavras, e as novas pronúncias não são somente as distintas maneiras de articular
sons, mas representam um universo sócio histórico e ideologicamente marcado.
Destaca-se que nenhuma língua é neutra, e as línguas podem representar diver-
sas culturas e maneiras de viver; inclusive, podem passar a ser um espaço de comuni-
cação intercultural, por serem usadas em diversas comunidades, muitas vezes até por
falantes que não as têm como língua materna.
Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o conhecimento dos valo-
res culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram participar. Ao
mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que favoreçam um
olhar crítico sobre essas mesmas comunidades.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo,
mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás
deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da
comunidade em que está inserido. Da mesma forma, o aluno deve ser instigado a bus-
car respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e anseios relativos
à aprendizagem.
Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas linguísti-
cas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são
flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da
língua ocorre. Para que o aluno compreenda a palavra do outro, é preciso que se re-
construa o contexto sócio histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram
o texto.
O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao
leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em Língua Es-
trangeira se transforme realmente em uma situação de interação, é fundamental que
o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos, sócio pragmáticos, culturais e
discursivos.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem dis-
cursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a ex-
pressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que,
mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem
implica e existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as dife-
rentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é impor-
tante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprenden-
do.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sócio interacional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcio-
ne as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objeti -
vo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que, no
contexto escolar, esse alguém seja definido como um sujeito sócio histórico ideológi-
co, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a cons-
trução do seu texto e de sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre
um objetivo claro.
A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de
orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero,
planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística adequada – for-
mal ou informal. Ao fazer escolhas, o aluno desenvolve sua identidade e se constitui
como sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que se disponibilize
recursos pedagógicos, junto com a intervenção do próprio professor, para oferecer ao
aluno elementos discursivos, linguísticos, sócio pragmáticos e culturais para que ele
melhore sua produção.
Nos textos de literatura, as reflexões sobre a ideologia e a construção da reali-
dade fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e dinâmi-
co, dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar textos lite-
rários aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os
textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado con-
texto sociocultural.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna
é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo
para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter que desenvolver proje-
tos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que alguns conteúdos de
disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. Por exemplo:
as relações interdisciplinares da Literatura com a História e com a Geografia podem
colaborar para o esclarecimento e a compreensão de textos literários.
As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão, simultaneamen-
te, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condi-
ções para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos
apresentados.
Assim, para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal, o professor poderá tra-
balhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada ativida-
de da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
b) Aspecto Cultural Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o
contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras pode-
rão ser feitas a partir do texto apresentado;
c) Variedade Linguística: formal ou informal;
d) Análise Linguística : será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a diferença
entre o ensino de gramática e a prática da análise linguística: enquanto na gramática
temos: concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável; unidade
privilegiada: a palavra, a frase e o período; preferência pelos exercícios estruturais, de
identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção; na práti-
ca de análise linguística temos: concepção de língua como ação interlocutiva situada,
sujeita às interferências dos falantes; unidade privilegiada: o texto; preferência por
questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre
adequação e efeitos de sentidos. (Adaptado de: MENDONÇA, M. Análise Linguística no
Ensino Médio: um novo olhar, um outro objeto, 2006, p. 207)
e) Atividades: 1)Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o
assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma
conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também
serão consideradas pesquisas. 2) Discussão: conversar na sala de aula a respeito do
assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar in-
formações. Essa atividade poderá ser feita em Língua Materna. 3) Produção de texto: o
aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponí-
veis na sala de aula e a orientação do professor.
Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes
graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. A bagagem de co-
nhecimentos que o aluno trará em Língua Estrangeira será diferenciada, pois os esta-
belecimentos de ensino possuem matrizes curriculares diferentes, além disso, nem
sempre o aluno terá estudado o mesmo idioma em séries anteriores.
É importante tecer, também, algumas considerações sobre os livros didáticos
comumente utilizados como apoio didático pelo professor, materiais que têm assumi-
do uma posição central na definição de conteúdos e metodologias nas aulas de Língua
Estrangeira Moderna. As concepções de ensino e língua subjacentes às atividades dos
livros didáticos tendem a se fundamentar, em grande parte, na Abordagem Comunica-
tiva. Corroborando as reflexões concernentes a tal abordagem, presentes nestas Dire-
trizes, Pereira (2004, p. 199) afirma que: Entende-se que muitos professores prefiram
o trabalho com o livro didático em função da previsibilidade, homogeneidade, facilida-
de para planejar aulas, acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são per -
cebidas em relação aos alunos, que podem dispor de material para estudos, consul-
tas, exercícios, enfim, acompanhar melhor as atividades. Além de descortinar os valo-
res subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize outros mate-
riais disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos,
DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, etc.
A elaboração de materiais pedagógicos pautada nestas Diretrizes permite flexi-
bilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como para con-
templar a diversidade regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna,
o professor proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o contato
e a interação com outras línguas e culturas. Desse encontro, espera-se que possa sur-
gir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio linguístico.
Ressalta-se a importância do Livro Didático Público de Língua Estrangeira Mo-
derna, Inglês, elaborado pelos professores da Rede Pública do Estado do Paraná, que
não esgota todas as necessidades, nem abrange todos os conteúdos de Língua Estran-
geira, mas constitui suporte valoroso e ponto de partida para um trabalho bem sucedi-
do em sala de aula.
Enfim, é importante que os alunos sejam subsidiados com conhecimentos dis-
cursivos, sociolinguísticos, gramaticais e estratégicos para que tenham condições de
compreender e se expressar na língua estrangeira.
5
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS - ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
Álbum de Família - Fotos – Bilhetes - Cartão - Cartão Postal – Convites - Músicas
Receitas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia - Histórias em Quadrinhos - Pinturas
ESCOLAR
Cartazes - Mapas
IMPRENSA
Tiras - Cartum - Horóscopo
PUBLICITÁRIA
Anúncio - Cartazes - Fotos - Músicas
MIDIÁTICA
Desenho Animado - E-mail
LEITURA
Tema do texto – Interlocutor – Finalidade - Aceitabilidade do texto - Informatividade
Elementos composicionais do gênero – Léxico - Repetição proposital de palavras
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto – Interlocutor - Finalidade do texto – Informatividade -
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
Acentuação gráfica – Ortografia - Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto – Finalidade - Papel do locutor e interlocutor - Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas, gestos... - Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala - Variações linguísticas - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
*Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Considere os conheci-
mentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências so-
bre o texto; Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; Contex-
tualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Relacione o tema
com o contexto atual; Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir da delimitação do
tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre
o tema e o gênero proposto; Acompanhe a produção do texto;
Encaminhe e acompanhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõe o gênero;
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Conduza a uma refle-
xão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Organize apresenta-
ções de textos produzidos pelos alunos; Oriente sobre o contexto social de uso do gê-
nero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típi-
cas da oralidade em seu uso formal e informal; Selecione discursos de outros para
análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos,etc.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; Proponha reflexões sobre
os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; Oriente sobre o contexto
social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as Mar-
cas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, etc.
ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
Álbum de Família - Receitas – Quadrinhas – Bilhetes – Cartão - Cartão Postal
Convites - Curriculum Vitae – Fotos - Músicas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia – Biografias – Escultura - Histórias em Quadrinhos - Pinturas
ESCOLAR
Cartazes - Mapas
IMPRENSA
Classificados - Entrevista (oral e escrita) – Fotos – Horóscopo – Mapas - Notícia
Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail – Folder - Fotos
Slogan – Músicas - Placas
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas - Placas
MIDIÁTICA
Blog – Chat - Desenho Animado - E-mail – Entrevista – Filmes
LEITURA
Tema do texto – Interlocutor - Finalidade do texto – Informatividade – Situacionalidade -
Informações explícitas - Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero - Repetição proposital de palavras - Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto – Interlocutor - Finalidade do texto - Discurso direto e indireto -
Elementos composicionais do gênero - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, traves-
são, negrito), figuras de linguagem.
Acentuação gráfica – Ortografia - Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto – Finalidade - Papel do locutor e interlocutor - Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas, gestos, etc; - Adequação do discurso ao gênero - Turnos de
fala - Variações linguísticas - Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição,
semântica.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxi -
co Considere os conhecimentos prévios dos alunos - Formule questionamentos que
possibilitem inferências sobre o texto -Encaminhe discussões sobre tema e intenções -
Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época Utilize tex-
tos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens,
mapas, e outros - Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor
Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gêne-
ro, da finalidade - Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos
- Acompanhe a produção do texto - Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revi-
são dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero;
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos - Proponha reflexões sobre
os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos - Oriente sobre o contexto
social de uso do gênero oral selecionado - Prepare apresentações que explorem as
Marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, etc.
ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEUDOS BASICOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
Álbum de Família - Receitas – Quadrinhas – Bilhetes – Cartão - Cartão Postal
Convites - Curriculum Vitae – Fotos - Músicas
EXEMPLOS DE GÊNEROS
LITERÁRIA /ARTÍSTICA
Autobiografia - Biografias - Escultura - Hicai - Histórias em Quadrinhos - Letras de Mú-
sicas - Pinturas - Poemas
CIENTÍFICA
Artigos - Relato Histórico -
ESCOLAR
Cartazes - Mapas
IMPRENSA
Agenda Cultural - Anúncio de Emprego – Classificados – Fotos – Horóscopo Manchete –
Mapas – Notícia – Tiras - Filmes
PUBLICITÁRIA
Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail - Folder
Fotos – Slogan – Músicas - Publicidade Comercial
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas - Manual Técnico - Placas - Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog - Chat - Desenho Animado – E-mail – Entrevista - Filmes - Torpedos - Vídeo Clip
LEITURA
Conteúdo temático – Interlocutor - Finalidade do texto - Aceitabilidade do texto -
Informatividade – Situacionalidade – Intertextualidade - Vozes sociais presentes no tex-
to - Elementos composicionais do gênero - Marcas linguísticas: coesão, coerência, fun-
ção das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, tra-
vessão, negrito, figuras de linguagem.
Semântica:
- operadores argumentativos - ambiguidade - - sentido conotativo e denotativo das pa-
lavras no texto - expressões que denotam ironia e humor no texto.
Léxico.
ESCRITA
Conteúdo temático – Interlocutor -Finalidade do texto – Informatividade – Situacionali-
dade – Intertextualidade - Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, traves-
são, negrito);
Concordância verbal e nominal;
Semântica:
- operadores argumentativos - ambiguidade - significado das palavras - figuras de lin-
guagem - sentido conotativo e denotativo - expressões que denotam ironia e humor
no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático – Finalidade - Aceitabilidade do texto – Informatividade - Papel do
locutor e interlocutor - Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, cor-
poral e gestual, pausas - Adequação do discurso ao gênero - Turnos de fala;
Variações linguísticas - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, re-
petições, etc) - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;Considere os conhecimen-
tos prévios dos alunos;Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o
texto;Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, acei-
tabilidade, informatividade, situacionalidade;Contextualize a produção: suporte/fonte,
interlocutores, finalidade, época;Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem
com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;Relacione o tema
com o contexto atual;Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que deno-
tam ironia e humor.
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,
da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
Acompanhe a produção do texto;
Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, ob-
servar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete
a uma aventura, etc.); Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há con-
tinuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contex-
to; Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor;
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração
a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; Oriente sobre
o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utili-
zando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal
e gestual, pausas e outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da
oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reporta-
gem, entre outros.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
EXEMPLOS DE GÊNEROS
Álbum de Família - Bilhetes - Carta Pessoal - Cartão - Cartão Postal - Convites
Curriculum Vitae – Diário – Piadas – Provérbios – Quadrinhas – Receitas - Fotos
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia – Biografias – Escultura - Haicai - Histórias em Quadrinhos - Letras de
Músicas – Pinturas - Poemas
CIENTÍFICA
Artigos – Pesquisas - Relato Histórico - Relatório
ESCOLAR
Cartazes - Mapas - Pesquisas - Relato Histórico - Relatos de Experiências
IMPRENSA
Anúncio de Emprego – Caricatura - Cartum - Charge - Classificados Entrevista (oral e
escrita) – Fotos – Horóscopo – Manchete - Mapas - Notícia - Sinopses de Filmes - Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail – Folder – Fotos Slogan –
Músicas - Placas
POLÍTICA
Carta de Emprego - Carta de Reclamação - Carta de Solicitação -
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas - Manual Técnico - Placas
MIDIÁTICA
Blog - Chat - Desenho Animado – E-mail – Entrevista - Filmes
Fotoblog - Home Page – Torpedos - Vídeo Clip - Vídeo Conferência
LEITURA
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Aceitabilidade do
texto;Informatividade;Situacionalidade;Intertextualidade;Temporalidade;Discurso dire-
to e indireto;Elementos composicionais do gênero;Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no
texto;Polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramati-
cais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de
linguagem.
Léxico.
ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor;Finalidade do texto;Aceitabilidade do texto;Informativida-
de;Situacionalidade;Intertextualidade;Temporalidade;Discurso direto e indireto;Ele-
mentos composicionais do gênero;Emprego do sentido conotativo e denotativo no tex-
to;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Palavras
e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de lin-
guagem;Processo de formação de palavras;Acentuação gráfica;Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Conteúdo temático; Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Papel do locu-
tor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;
Variações linguísticas;Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Semântica;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;Considere os conhecimen-
tos prévios dos alunos;Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o
texto;Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, acei-
tabilidade, informatividade, situacionalidade;Contextualize a produção: suporte/fonte,
interlocutores, finalidade, época;Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem
com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;Relacione o tema
com o contexto atual;Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o
texto;Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que de-
notam ironia e humor.
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,
da finalidade;Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
Acompanhe a produção do texto;Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão
dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for
uma narrativa de aventura, bservar se há tempo, espaço, se o texto remete a uma
aventura, etc.);Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuida-
de temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;Esti-
mule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor;
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração
a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;Oriente sobre
o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal;Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utili-
zando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal
e gestual, pausas e outros;Selecione discursos de outros para análise dos recursos da
oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reporta-
gem, entre outros.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
Álbum de Família - Bilhetes - Carta Pessoal – Cartão - Cartão Postal - Comunicado –
Convites - Curriculum Vitae – Diário - Exposição Oral
Fotos - Músicas – Piadas – Provérbios – Receitas - Relatos de Experiências Vividas – Tra-
va Línguas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia - Biografias - Contos - Contos de Fadas - Contos de Fadas Contemporâ-
neos - Crônicas de Ficção – Escultura – Fábulas - Fábulas Contemporâneas – Haicai -
Histórias em Quadrinhos – Lendas – Memórias - Letras de Músicas - Narrativas de
Aventura – Paródias - Pinturas - Poemas - Romances
CIENTÍFICA
Artigos – Palestra - Pesquisas - Relato Histórico – Relatório – Resumo - Verbetes
ESCOLAR
Ata – Cartazes - Exposição Oral – Mapas – Pesquisas - Relato Histórico – Relatório Rela-
tos de Experiências Científicas – Resenha – Resumo - Seminário - Texto Argumentativo
- Texto de Opinião - Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural - Anúncio de Emprego - Artigo de Opinião - Caricatura
Carta ao Leitor – Cartum – Charge – Classificados - Crônica Jornalística
Editorial - Entrevista (oral e escrita) – Fotos – Horóscopo – Manchete - Notícia
Reportagens - Sinopses de Filmes - Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail – Folder – Fotos Slogan –
Músicas – Paródia – Placas - Publicidade Comercial - Publicidade Institucional - Publici -
dade Oficial - Texto Político
POLÍTICA
Carta de Emprego - Carta de Reclamação - Carta de Solicitação - Debate
Debate Regrado - Discurso Político “de Palanque” - Fórum - Panfleto
JURÍDICA
Declaração de Direitos - Depoimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas - Manual Técnico – Placas - Relato Histórico - Relatório - Resenha
Resumo - Seminário - Texto Argumentativo - Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog - Chat - Desenho Animado – E-mail – Entrevista – Filmes – Fotoblog - Home Page –
Telejornal - Telenovelas – Torpedos - Vídeo Clip
LEITURA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informativida-
de; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas
conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Léxi-
co.
ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informativida-
de; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas
conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locu-
tor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal
e gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;
Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semân-
tica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Dife-
renças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
Proporcione prática de leitura de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos pré-
vios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabili-
dade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; Pro-
porcione análises para estabelecer a referência textual; Conduza leituras para a com-
preensão das partículas conectivas; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlo-
cutores, finalidade, época; Utilize textos não-verbais diversos:
gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigue o entendimen-
to/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; Esti-
mule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêne-
ros; Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequên-
cia entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, in-
tertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia ; Proporcione o uso adequado de a referência textual; Conduza a utilização
adequada das partículas conectivas; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e
o gênero propostos; Acompanhe a produção do texto; Acompanhe e encaminhe a rees-
crita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero.
Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor; Estimule produções em diferentes
gêneros; Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração
a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresenta-
ções que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e in -
formal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recur-
sos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e
outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
AVALIAÇÃO
Avaliar é dar o aval ao aluno de que ele irá aprender. A avaliação não é uma
medida, ela é uma forma de diagnosticar aquilo que o professor precisa ensinar.
A avaliação de aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna. Deve sempre a
concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto como
processual e como tal objetiva subsidir discussões acerca das dificuldades e avanço
dos alunos a partir de suas produções,procurando equilibrar o entendimento das qua-
tro habilidades.
A avaliação está inserida em um amplo processo de ensino/aprendizagem. A
avalização deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensi-
no-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica,
sempre com uma dimensão formadora, uma vez que,o fim deste processo é a aprendi-
zagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a
ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,
numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta for-
ma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no
presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insufi-
cientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas
práticas educativas.
O processo avaliativo não se limita à sala de aula. A programação do ensino em
sala de aula e os seus resultados, estão envolvidos neste processo. A avaliação deve
estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e en-
caminhamentos metodológicos.
A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e
pelo professor, como um processo de ação-reflexão-ação,que se passa na sala de aula
através da interação professor/aluno,carregado de significativos e de compreensão.
Assim tanto o professor os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até
então, e identificar dificuldades,planejar e propor outros encaminhamentos que bus-
quem superá-las. A utilidade da avaliação é fornecer subsídios imediatos para a corre-
ção do processo em direção ao objetivo, na escola, a avaliação deve significar precisa-
mente o cuidado com a qualidade do ensino.
Isso tem implicações tanto no caráter da avaliação quanto na frequência com
que ela é realizada.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificul-
dades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que
esta aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da
sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos es-
tão inseridos.
A avaliação tem que se integrar o mais possível no próprio trabalho que se reali-
za, de modo a acompanhá-lo em todo seu desenvolvimento.
A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, para que a avalia-
ção cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, permanente e cumulativa.
Referências Bibliográficas:
ARAUJO, I.L. Introdução à filosofia da Ciência. Curitiba: Ed. UFPR,2003
BAKHTIN, M .( Volochinov).Marxismo e filosofia da linguagem,12ª ed. São Paulo: Huci-tec,2006.
Brasil Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: Mec,1996.
BRASIL/MEC. Decreto Nº 2.208,de 17 de abril de 1997. in:BRASIL/MEC. Educação Pro-fissional de nível técnico. Brasília: MEC,2000.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
CHAVATA, M . e FRIGOTTO,G. (Orgs) Ensino médio: ciência, cultura e trabalho, Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.
COSTA, M. V. Estudos culturais e educação: um panorama. In : SILVEIRA, R. M. H.(Org) Cultura poder e educação. Porto Alegre: Hulbra, 2005.
DURKEIM, E. As regras do método sociológico, 14ª ed. São Paulo: Editora Nacional, 1999.
FRIGOTTO, G. Sujeitos e Conhecimento: os sentidos do ensino médio, in FRIGOTTO, G. E CIAVATTA, M. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho, Brasília: MEC, SEMTC, 2004.
GADOTTI, m. História das idéias pedagógicas 8 ª ed. São Pauloi: Ática, 2004.
GOODSON, I. Teoria do currículo, São Paulo: Cortez, 1995.
KOSIK, K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
KUENZER, A . Ensino Médio e profissional. São Paulo: Cortez. 1999.
LEVI STRAUSS, C. An tropologia estrutural I e II . Trad. Sonia Wolosker, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1976.
LIMA, E. S. Avaliação na Escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2000/2002.
LOPES, A.C. Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio: quando a integração perde seu potencial crítico. In LOPES , ª C. E Macedo, E. (orgs.) Disciplina e integração curri-cular.
Rio de Janeiro:DP&A, 2002
LOPES & MACEDO (Orgs.) A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das ciências In: Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: D P & A Editora, 2002.
MARX, K, Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural,1987.
MESZÁRIOS, I. A educação para além do capital,in: O desafio e o fardo do tempo histó-rico: o socialismo no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2007, p. 195-224.
NOSELLA, P. A escola de Gramsci. Porto Alegre: Artes Médicas,1992.
PEIXOTO, M. I. H. Arte e grande público a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003.
RAMOS, M. N. O projeto Unitário do Ensino Médio sob os princípios do trabalho, da ci-ência
e da cultura. In: FRIGOTTO, G e CIAVATTA, M . Ensino Médio ciência, cultura e trabalho.
Brasília: MEC, SEMITEC, 2004.
RAMOS, M. N. A contextualização no currículo de ensino médio: a necessidade da críti-ca na construção do saber científico. Mimeo, Sem data.
SACRISTAN,J.G. A Educação Obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre. Artmed Editora, 2001
Sacristan,J.G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ermani F. Da F. Rosa, Por-to
Alegre: Artmed, 2000.
VAZQUEZ, A . S. Filosofia da práxis. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
REFERÊNCIAS ON LINE
ZOTTI, S.A. Currículo. In: Navegando na história da educação brasileira.
Disponível em : http:/www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_currí-culo.htm. Acesso em25de outubro de 2008.
SEED/PR/2008 - DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
PARANÁ/SEED, Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos. Curitiba 2008.
7.13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LINGUA PORTUGUESA
Dentro de um contexto social e didático faz-se necessário, compreender a importância
do domínio da Língua Portuguesa falada e escrita como meta para o aprendizado es-
colar e para a sobrevivência digna dos cidadãos em uma sociedade letrada e informa-
tizada.
Em decorrência do analfabetismo nos diversos parâmetros nacionais,a língua
tem como objetivo principal o aprimoramento e a realização dos meios necessários à
alfabetização e ao letramento Pois, a partir dele, os educadores terão condições para a
aprendizagem das outras áreas do conhecimento.
A proposta de um redimensionamento das estratégias de ação pedagógica, baseadas
na avaliação criteriosa do aprendizado dos educandos, busca o equilíbrio nas escolhas.
A linguagem em todas as suas formas é o resultado da interação humana e da
sua produção estética. Priorizar a Literatura como fonte emergente e defender da sis-
tematização dos conteúdos relativos à Língua deve ter como meio no elo entre USO-
REFLEXÃO-USO, sendo o objeto de estudo a Língua. Visando estes aspectos, reforça a
necessidade de sistematização da disciplina com as unidades menores da Língua, con-
textualizando e auxiliando os alunos na compreensão dos conteúdos.
Portanto, as práticas de leitura, oralidade e escrita devem ser desenvolvidas no
contexto dos diversos gêneros textuais que permeiam a sociedade, pois neles a Lín-
gua se manifesta na sua totalidade e a linguagem adquire significado.
A disciplina na LDB 5692/71 vinha dicotomizada em Língua e Literatura (com ênfase
na literatura brasileira ). A divisão repercutiu na organização curricular: a separação
gramática, estudos literários e redação. Os livros didáticos, em geral, e mesmo os ves-
tibulares, reproduziram o modelo de divisão. Muitas escolas até hoje mantêm profes-
sores especialistas para cada tema e há até mesmo aulas específicas como se
leitura/literatura, estudos gramaticais e produção de texto não tivessem relações en-
tre si. Presenciamos situações em que o caderno do aluno era assim dividido.
A perspectiva dos estudos gramaticais na escola, até hoje, centra-se, em grande par-
te, no entendimento da nomenclatura gramatical como eixo principal; descrição e nor-
ma se confundem na análise da frase, essa deslocada do uso, da função e do texto.
Os estudos literários seguem o mesmo caminho. A história da literatura costuma
ser o foco da compreensão do texto. Uma história que nem sempre corresponde ao
texto que lhe serve de exemplo. O conceito de texto literário é discutível. Machado de
Assis é literatura, Paulo Coelho não. Por quê? As explicações não fazem sentido para o
aluno nem a linguagem e o estilo.
Sem dúvida que, em vista nesse quadro, fica o questionamento sobre como or-
ganizar o currículo da disciplina no Ensino Médio. Bem sabemos que graves são os
problemas oriundos do domínio básico e instrumental, principalmente da língua escri -
ta, que o aluno deveria ter adquirido no Ensino Fundamental. Como resolvê-los? O dia-
gnóstico sensato daquilo que o aluno sabe e do que não sabe deverá ser o princípio
das ações, entretanto as finalidades devem visar a um saber linguístico amplo, tendo
a comunicação como base das ações.
Comunicação aqui entendida como um processo de construção de significados
em que o sujeito interage socialmente, usando a língua como instrumento que o defi -
ne como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como linguagem que constrói
e desconstrói significados sociais.
A língua situada, no emaranhado das relações humanas, nas quais o aluno está
presente e mergulhado. Não a língua divorciada do contexto social vivido. Sendo ela
dialógica por princípio, não há como separá-la de sua própria natureza, mesmo em si-
tuação escolar.
Base de todos os saberes e dos pensamentos pessoais, seu estudo impõe um
tratamento transdisciplinar no currículo.
Os objetivos da Educação Básica, no art. 22 da LDB, já apontam a finalidade da
disciplina, ou seja, “desenvolver o educando, assegurar-lhe formação indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em es-
tudos superiores.” De que forma o ensino da disciplina pode visar a esse desenvolvi-
mento? Essa é a primeira decisão a ser tomada na sua inclusão curricular.
Integrada à área Linguagens e Códigos, por sua natureza basicamente transdis-
ciplinar de linguagem entre as linguagens que estrutura e é estruturada no social e
que regula o pensamento para certo sentido, o estudo da língua materna deve, pela
interação verbal, permitir o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos.
Apenas, considerando-a como linguagem, ação em interação, podemos atender a co-
municabilidade esperada dos alunos.
Conforme a legislação vigente o currículo do ensino fundamental incluirá obriga-toriamente os conteúdos:
• História e Cultura Afro-brasileira – Lei 10.639/03
• Prevenção ao uso indevido de drogas
• Educação ambiental – Lei 9799/95
• Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente
• Gênero e diversidade sexual
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
• Empregar a Linguagem verbal em diferentes situações de uso, sabendo adequá-
la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas
nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua verbal escrita em situações discursivas realizadas
por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objeti-
vos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produ-
ção/leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo
de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organiza-
ção;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando por meio da Literatura,
a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do traba-
lho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
• Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso a recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como
condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que
está inserido e para afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coleti-
vo.
• Considerar a língua portuguesa como fonte de legitimação de acordos e condu-
tas sociais e como representação simbólica de experiências humanas manifes-
tas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social;
• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/con-
textos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as
condições de produção/recepção ( intenção, época, local, interlocutores partici-
pantes da criação e propagação de ideias e escolhas;
• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da lin-
guagem verbal;
• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de sig-
nificação e integradora da organização do mundo e da própria identidade;
2.1 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como
prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo
Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática
social. Vale esclarecer as implicações que esse termo – discurso – assume nestas
Diretrizes. Na sua origem, o termo significa curso, percurso, correr por, movimento.
Isso indica que a posição frente aos conceitos fixos, imutáveis, deve ser diferenciada.
A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes. Portanto, o discurso não
pode ser definido somente como mensagem ou reduzido a um esquema composto de
papéis fixos: emissor, receptor, código, referente e mensagem. O discurso é muito
mais; é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja, não é um fim
em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros textos
(BAKHTIN, 1999). Brandão (2005) apresenta duas definições para discurso: a primeira
delas diz respeito ao uso comum da palavra. Nessa acepção, discurso é simplesmente
fala. A segunda definição o vê sob o enfoque da ciência da linguagem. O discurso é
toda a atividade comunicativa entre interlocutores. Os agentes são [...] seres situados
num tempo histórico, num espaço geográfico; pertencem a uma comunidade, a um
grupo e por isso carregam crenças, valores culturais, sociais, enfim a ideologia do
grupo, da comunidade de que fazem parte. Essas crenças, ideologias são veiculadas,
isto é, aparecem nos discursos. É por isso que dizemos que não há discurso neutro,
todo discurso produz sentidos que expressam as posições sociais, culturais,
ideológicas dos sujeitos da linguagem.
Às vezes, esses sentidos são produzidos de forma explícita, mas na maioria das
vezes não. (...) Fica por conta do interlocutor o trabalho de construir, buscar os
sentidos implícitos, subentendidos. (BRANDÃO, 2005, pp. 2-3) .
É importante, no contexto destas Diretrizes, o entendimento de que o discurso
pode ser visto como um diferente modo de conceber e estudar a língua, uma vez que
ela é vista como um acontecimento social, envolvida pelos valores ideológicos, está
ligada aos seus falantes, aos seus atos, às esferas sociais (RODRIGUES, 2005). “Forma
e conteúdo (semântico e axiológico) estão unidos no discurso como fenômeno social”
(RODRIGUES,2005, p. 156). Ao contrário de uma concepção de linguagem que
centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com
os enunciados (orais e escritos).
O uso da língua efetua-se em formas de enunciados, uma vez que o discurso
também só existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005). O discurso é
produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ou escreve.
A localização geográfica, temporal, social, etária também são elementos essenciais na
constituição dos discursos.
2.2- CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
No ensino da língua materna, objetiva-se formar cidadãos capazes de compreender e
emitir textos adequados aos diferentes contextos e práticas sociais. Por meio da leitu-
ra de diversos textos, constrói-se a compreensão de diferentes visões de mundo e de
caminhos linguísticos para a expressão de ideias,propósitos, sentimentos e fazeres.
Quanto mais se lê, mais se desenvolve a capacidade interpretativa. Por essa razão, a
prática de leitura na escola precisa ser priorizada diariamente.
• Identificação do tema
• Interpretação textual,observando: - conteúdo temático, interlocutores
• fonte
• intertextualidade
informatividade
• intencionalidade
• marcas linguísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
• Inferências
ORALIDADE
Para as práticas orais, os diferentes gêneros textuais, são indispensáveis à construção
de estruturas cognitivas necessárias à compreensão e composição textual.
A maior parte da comunicação de nossa sociedade se dá pela oralidade,mesmo sendo
uma sociedade letrada. É por meio da linguagem oral que o ser humano se desenvo-
lve como participante de uma determinada cultura.
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
ESCRITA
É necessário que os estudantes percebam que o contexto e o interlocutor são elemen-
tos determinantes da produção e devem compor, primordialmente, o rol de conheci-
mentos necessários para a elaboração de seus textos.
A coesão, a coerência, as concordâncias e a consideração ao interlocutor e à situação
são fundamentais para o processo de produção textual.
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Argumentação
• Paragrafação
• Clareza de ideias
• Refacção textual
ANÁLISE LINGUÍSTICA: perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
Por meio de análise linguística, os usuários da língua se apropriam da organização lin-guística,sem necessariamente decorar regras isoladas da linguagem verbal,pois o pro-cesso prevê uma situação prévia de uso significativo dos elementos linguísticos do texto analisado.
• Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como ele-mentos do texto
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,
• Acentuação gráfica
• Processo de formação de palavras
• Gírias
• Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia ...)
• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
• Particularidades de grafia de algumas palavras
3 . METODOLOGIA
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, deve pressupor antes
uma visão sobre o que é linguagem verbal. Ela se caracteriza como construção huma-
na e histórica de um sistema linguístico e comunicativo em determinados contextos.
Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes o homem, seus sistemas sim-
bólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.
As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didáti-
co, a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua
materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho.
O caráter sócio-interacionista da linguagem verbal aponta para uma opção meto-
dológica de verificação do saber linguístico do aluno, como ponto de partida para a de-
cisão daquilo que será desenvolvido, tendo como referência o valor da linguagem nas
diferentes esferas sociais.
A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e o
discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e
a razão do ato linguístico.
O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser en-
tendido pelos textos que produz e que o constitui como ser humano. O texto só existe
na sociedade e é produto de uma história social e cultural, único em cada contexto,
porque marca o diálogo entre os interlocutores que o produzem e entre os outros tex-
tos que o compõem. O homem visto como um texto que constrói textos.
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se em pro-
postas interativas língua /linguagem, consideradas em um processo discursivo de
construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em particular e da
sociedade em geral.
Essa concepção destaca a natureza social e interativa da linguagem, em contra-
posição às concepções tradicionais, deslocadas do uso social. O trabalho do professor
centra-se no objetivo de desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada
pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em
diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais de ensino de língua, ou seja, no-
menclatura gramatical e história da literatura, são deslocados para um segundo plano.
O estudo da gramática passa ser uma estratégia para compreensão/interpretação/pro-
dução de textos e a literatura integra-se à área de leitura.
A interação é o que faz com que a linguagem seja comunicativa. Esse princípio
anula qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo de uma língua isolada do
ato inter locutivo. Semelhante distorção é responsável pelas dificuldades dos alunos
em compreender estaticamente a gramática da língua que falam no cotidiano.
Em geral, as ações escolares são arquitetadas sob a forma de textos que não “comuni-
cam” ou são interpretados de forma diferente entre educadores e educandos. Há este-
riótipos educacionais complexos e difíceis de serem rompidos, como no caso do ensino
das classificações apriorísticas de termos gramaticais. Nada contra ensiná-las, o prob-
lema está em como ensiná-las, em razão do ato comunicativo. A gramática extrapola
em muito o conjunto de frases justapostas deslocadas do texto. O texto é único como
enunciado, mas múltiplo enquanto possibilidade aberta de atribuição de significados
devendo portanto ser objeto, também, único de análise/síntese.
Esse procedimento de estudo da dimensão dialógica dos textos pressupõe abertu-
ra para construção de significações e dependência entre aqueles que se propõem a
estudá-los.
As sistematizações podem ser recorrentes a outros textos como as classificações
da gramática normativa ou das estéticas, produtos intertextuais reatualizados. Na prá-
tica da avaliação desses produtos podem surgir adesões, contradições e até novas for-
mas de classificação. É o denominado aprender a aprender, ou mais, aprender a esco-
lher, sustentar as escolhas, no processo de verbalização, em que processos cognitivos
são ativados, no jogo do dialógico do “eu” e do “outro”.
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor propicie práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros, considere os conhecimentos prévios dos alunos, formule questionamentos
que possibilitem inferências sobre o texto, encaminhe discussões sobre: tema, inten-
ções, intertextualidade, contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finali-
dade, época,relacione o tema com o contexto atual,oportunize a socialização das
ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor planeje a produção textual a partir da delimitação
do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade, estimule a ampliação de leituras
sobre o tema e o gênero proposto, acompanhe a produção do texto, encaminhe e
acompanhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que
compõe o gênero. Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continui-
dade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto,
conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos,organize apresentações de textos produzidos pelos alunos, oriente sobre o
contexto social de uso do gênero oral selecionado, prepare apresentações que explo-
rem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal, selecio-
ne discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de dese-
nhos, etc.
ORALIDADE
É importante que o professor organize apresentações de textos produzidos pelos
alunos, proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos, oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado, prepare
apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso
formal e informal, selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralida-
de, como: cenas de desenhos, etc.
4.AVALIAÇÃO
No ensino-aprendizagem de diferentes variedades linguísticas, o que se almeja
não é levar os alunos a falarem “certo” ou “mais bonito”, mas permitir-lhes a escolha
da forma de fala e escrita a utilizar, considerando as características e condições do
contexto de produção, ou seja, que saibam adequar os recursos expressivos, a varie-
dade de Língua e o estilo às diferentes situações comunicativas: saber coordenar sa-
tisfatoriamente o que fala ou escreve e como fazê-lo; saber qual expressão é pertinen-
te em função de sua intenção enunciativa – dado o contexto e os interlocutores a
quem o seu discurso se dirige. A questão não é de erro, mas de adequação de lingua-
gem ás circunstâncias de uso.
A avaliação é continua e prioriza a qualidade e o processo de aprendizagem, ou
seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A avaliação formativa ao dia-a-
dia da sala de aula e como um grande avança. Considera que os alunos possuem rit-
mos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser continua e diagnóstica, aponta
as dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça o tempo
todo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua
fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos
de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos dife-
rentes interlocutores e situações.
Quanto à leitura, por meio de questões abertas, discussões, debates e outras ati-
vidades que lhe permitam avaliar as estratégias que posicionamento diante do tema,
valorizando a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, o texto é visto como uma fase do processo de produção,
nunca como um produto final. É importante ressaltar que, para Koch e Travaglia (1990)
“Só se pode avaliar a qualidade e adequação de um texto quando ficam muito claras
as regras do” jogo “de sua produção”. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de
produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem
definidos para o professor e para o aluno. Além disso, o aluno precisa estar em contex-
tos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam
como base as condições de produção tenham alguma validade.
Usar-se-a diversos instrumentos avaliativos de acordo com os gêneros discursi-
vos conforme suas esferas sociais de circulação e com o nível de complexidade ade-
quada a cada uma das séries:
• Exposição oral
• Letras de música
• Receitas
• Relatos de experiências
• Narrativas de humor, aventura, ficção científica, fantástica
• Paródias
• Poemas
• Textos dramáticos
• Seminários
• Texto argumentativo e de opinião
• Verbetes de dicionários
• Pesquisas
• Notícia
• Reportagem
• Sinopse
• Tiras
• Resumo
• Cartazes
• Anúncio
• Bilhetes
• Carta pessoal
• História em quadrinhos
• Avaliações escritas
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN,M. Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi, 9 ed. São Paulo.Hucitex.1999.
PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa. Curi-tiba, 2008.
PARANÁ.SEED. Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos. Curitiba, 2008.
RODRIGUES,R.H. Os gêneros do discurso na perspectiva diálogica da linguagem: a abordagem de Baktin.(UFSC) In.Meurer.J.L.Bonini, Adair,Desirée.(orgs). Gêneros : teo-rias,métodos,debates. São Paulo. Parábola,2005.
TRAVAGLIA,L.C. Gramática e Interação:uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 5. ed. São Paulo,Cortez. 2000.
7.14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MATEMÁTICA
A matemática não pode ser tratada como um elenco de fatos e definições cuja
existência seja justificada apenas pela maneira lógica e coerente com que transitam
os objetos matemáticos na sua linguagem própria tais como a aritmética com seus
números e operações, e álgebra com suas generalizações e geometria e suas figuras
geométricas a probabilidade com suas inferências e a lógica com as formas de
argumentação.
Podemos exigir mais dela, ou seja, longe de aprendermos a matemática por ela
mesma necessário se faz a inserção na realidade que envolva o indivíduo. Para tanto,
fazer o caminho inverso do processo que culmina na formalização da linguagem
mostra-se interessante desde que de posse desse conhecimento o aluna tenha
condições de realizar ações de manipular objetos e refletir sobre essas ações
construindo um individuo socialmente atuante que participa dos processos de
transformação inerentes à sociedade.
Nesse processo, os erros, dúvidas e lacunas na compreensão serão tão frequentes e
importantes quanto as descobertas e acertos o que equivale a destacar o erro como
parte do processo da construção desse conhecimento, desta forma, não basta apontar
os erros, é preciso intervir no sentido do estudante construir o conhecimento em falta.
2. OBJETIVO DA DISCIPLINA:
Desenvolver a capacidade de realizar matemática construindo os conceitos e
procedimentos formulando e resolvendo problemas por ele mesmo, formando assim,
um indivíduo socialmente atuante que participa dos processos de transformação
inerentes à sociedade.
É necessário que o aluno possa transitar pelos vários temas da matemática
(aritmética, álgebra, geometria, probabilidade, lógica) e ao mesmo tempo integrá-las
quando necessário.
1.Construir o significado dos números naturais.
2.Utilizar-se da linguagem oral e da escrita para comunicar-se na resolução de
problemas.
3.Ler,construir e interpretar tabelas e gráficos como forma de se comunicar e
apresentar informações quantitativas e qualitativas.
4.Construir o significado dos sistemas de medidas e representar grandezas utilizando
medidas arbitrarias e convencionais.
5.Orientar-se e deslocar-se no espaço, interpretando, comunicando e representando a
localização e a motivação de pessoas e objetos, a partir de pontos de referência.
6.Identificar formas tridimensionais e bidimensionais em diferentes contextos,
percebendo semelhanças e diferenças entre os objetos do espaço e do plano fazendo
descrições orais, construções e representações.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:
- Números e Álgebra;
- Geometrias;
- Funções;
- Tratamento da Informação
Os conteúdos estruturantes são referências de grande amplitude , são
conceitos e práticas que indicam e organizam os campos de estudos de uma
disciplina Escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se
historicamente e são legitimados nas relações sociais. Têm por objetivo, também, dar
uniformidade aos conteúdos específicos ofertados aos diferentes níveis e modalidades
de ensino.
Os conteúdos de matemática estão organizados, como uma forma didática de
apresentá-los. Entretanto, o trabalho na sala de aula se dará de modo articulado, uma
vez que não é coerente pensar em trabalhar álgebra, funções e tratamento da
informação sem números e geometrias. Do mesmo modo, o trabalho com os
conteúdos ganhará significado na medida em que os seus estudos partam das
relações que podem ser estabelecidas com contextos históricos, sociais e culturais e
que incluam nos contextos internos a própria Matemática.
Os números estão inseridos em contextos articulados com os demais conteúdos
da matemática. Os números se encontram nas abstrações oriundas não só do
Conteúdo Estruturante Números e Álgebra, como também: das geometrias, das
funções, do tratamento da informação, das grandezas e medidas.
No contexto da Educação Matemática, é necessário que os Números e a Álgebra
sejam compreendidos de forma ampla, para que se analisem e descrevam relações
em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, explorando os
significados que possam ser produzidos a partir destes conteúdos.
A Educação matemática valoriza os conhecimentos geométricos, que não
devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra, pois os objetos e
relações dela correspondem aos das outras, assim sendo, conceitos, propriedades e
questões aritméticas ou algébricas podem ser classificadas pela geometria, que
realiza a tradução para quem aprende.
As Funções estão presentes nas diversas áreas do conhecimento e modelam
matematicamente situações que, pela resolução de problemas, auxiliam o homem em
suas atividades. As Funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica,
capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas, por conta da variabilidade
e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação em outros
conteúdos específicos da matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a noção
analítica de leitura do objeto matemático.
O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante que tem como
finalidade contribuir para o desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos
ocorridos na sociedade e para interpretar tabelas e gráficos que, de modo geral, são
usados para apresentar ou descrever informações.
A partir do conteúdo estruturante Tratamento da Informação que aborda os
conteúdos específicos, probabilidade e estatística abordaremos também os temas
conforme as leis 39/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e 9799/95 - Educação
Ambiental, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra a criança e o Adolescente e por fim Gênero e Diversidade Sexual.
Serão abordadas, a História e Cultura Afro-Africana com visitas aos parques de
ciência e exposições e pelas próprias contribuições desta Cultura.
A prevenção ao Uso Indevido de Drogas serão trabalhados de forma geral com
dados estatísticos, explorando entre outros, proporção, razão, porcentagem,
frequência, médias, gráficos, tabelas e probabilidade.
Existem tópicos na Educação Ambiental e Educação Fiscal que podem ser
abordados na Modelagem matemática financeira e na Estatística.
O enfrentamento e a Violência contra a criança e ao Adolescente,
desenvolveremos um trabalho por meio do conteúdo estruturante, tratamento da
Informação e Funções através da exploração dos dados coletados de órgãos oficiais.
Gênero e Diversidade Sexual serão trabalhados a partir da busca de dados em
órgãos governamentais (IBGE, Delegacia da Mulher e outros), utilizando conceitos
matemáticos do conteúdo estruturante.
4. CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:
4.1. 5ª SÉRIE:
XXVI. Sistemas de numeração;
XXVII. Números Naturais;
XXVIII.Múltiplos e Divisores;
XXIX. Potenciação e Radiciação;
XXX. Números Fracionários;
XXXI. Números Decimais;
XXXII. Medidas de Comprimento;
XXXIII.Medidas de Massa;
XXXIV.Medidas de área;
XXXV. Medidas de Volume;
XXXVI. Medidas de Tempo;
XXXVII. Medidas de ângulos;
XXXVIII. Geometria Plana e Espacial;
XXXIX. Dados, Tabelas e Gráficos;
XL.Porcentagem.
Os conteúdos de 5ª série deverão despertar no aluno a capacidade de resolver
e agir, com presteza e atenção, como ainda favorecer-lhe o desenvolvimento da
faculdade de compreensão e de análise das relações quantitativas e especiais,
necessárias às aplicações nos diversos domínios da vida prática e à interpretação
exata e profunda do mundo objetivo.
Para que satisfaça tais finalidades, a princípio, deve o ensino da matemática,
desenvolver no aluno a prática dos cálculos mentais, tornando-o seguro e
desembaraçado nas operações numéricas. É, pois, necessário que ele compreenda
bem o alcance e a natureza das operações elementares e adquira habilidade
crescente no modo de aplicá-las. Desenvolva também o senso de estimativa das
grandezas e de apreciação do grau de exatidão dos cálculos sobre valores estimados.
4.2. 6ª SÉRIE:
44.Números Inteiros;
45.Números Racionais;
46.Equações e Sistemas de Equações do 1º Grau;
47.Razão e Proporção;
48.Porcentagem;
49.Regra de Três Simples;
50.Juros simples;
51.Medidas de Ângulos;
52.Geometria Plana;
53.Geometria Espacial;
Os conteúdos da 6ª série têm por objetivos: Ampliar e construir novos
significados para os números, com os números inteiros e racionais a partir de sua
utilização no contexto social; Reconhecer que as representações algébricas permitem
expressar generalizações sobre propriedades das operações aritméticas, traduzir
situações- problema e favorecer as possíveis soluções; Comunicar-se
matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com
precisão e argumentar sobre conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e
estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; Resolver
problemas que envolvam a ideia de proporcionalidade, incluindo cálculos com
porcentagem, utilizando estratégias não-convencionais; Reconhecer variações entre
grandezas, ampliar e construir noções de medida, pelo estudo de diferentes
grandezas, a partir de sua utilização no cotidiano; Analisar, classificar e construir
figuras geométricas bidimensionais, utilizando noções geométricas como ângulos,
paralelismo, perpendicularismo, estabelecendo relações e identificando propriedades.
4.3. 7ª SÉRIE:
-Números e aplicações
-Operações com frações
-Cálculo de porcentagem
-Representação de formas geométricas espaciais no plano
-Operações com números inteiros relativos
-Expressões numéricas com números inteiros
-Equações e inequações do primeiro grau
-Proporção
-Regra de três
-Estudo de potência e raízes
-Expressões algébricas
-Operações com expressões algébricas
-Sistemas de equações do primeiro grau
-Números irracionais
-Propriedades de figuras geométricas e construções
-Estatística: tabelas e gráficos.
Os conteúdos de 7ª série tem como objetivo fundamental estabelecer uma estrutura
mental que permita relacionar aquilo que se encontra no mundo subjetivo do aluno e
o mundo concreto articulando os conteúdos novos com os já estudados. Buscar os
procedimentos matemáticos adequados para construir soluções num contexto de
resolução de problemas numéricos, geométricos ou métricos. Usar os diferentes
significados dos números para resolver problemas, em contextos sociais, matemáticos
ou de outras áreas do conhecimento. Resolver situações-problema por meio de
equações e sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas. Resolver situações-
problema que envolvam variações com duas grandezas e representar num sistema de
coordenadas cartesianas.
4.4. 8ª SÉRIE:
-Expressões algébricas, operações, produtos notáveis e fatoração
-Equações e sistemas de Equações do primeiro grau
-Equações e sistemas de Equações do segundo grau
-Conjuntos de números e inequações
-Semelhança
-Relações métricas no triangulo retângulo
-Teorema de Pitágoras
-Probabilidade e estatística: tratando informações
-Noções de trigonometria
Os objetivos fundamentais que se pretende atingir na 8ª série são: Estabelecer
relações de congruência e de semelhança entre figuras planas e identificar
propriedades dessas relações. Obter e expressar resultados de medidas de
comprimento, massa, tempo, capacidade, superfícies, volume, ângulo, densidade e
velocidade fazer cálculos com essas medidas. Construir, ler e interpretar tabelas e
gráficos e escolher o tipo de representação gráfica mais adequada para expressar
dados estatísticos.
4.5. 1ª SÉRIE:
17.Conjuntos Numéricos e Intervalos na Reta Real;
18. Função do 1o Grau;
19. Função do 2o Grau;
20.Sequências, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica;
21.Função Exponencial, Equação Exponencial e Inequação Exponencial;
22.Logaritmo e Função Logarítmica;
23.Módulo de um Número Real e Função Modular;
24.Função Composta e Função Inversa;
25.Arco de circunferência, Ângulos e Circulo Trigonométrico;
26.Trigonometria no Triângulo Retângulo;
27.Relações Trigonométricas num Triângulo Qualquer.
Depois de assimilado os conteúdos, os alunos da 1ª série do ensino médio
deverão estar preparados para: reconhecer e utilizar a linguagem algébrica como a
linguagem das ciências, necessária para expressar as relações entre grandezas e
modelar situações-problema, construindo modelos descritivos de fenômenos e
permitindo várias conexões dentro e fora da Matemática; ler, interpretar e identificar
diferentes linguagens e representações estabelecendo regularidade entre as relações;
construir modelos que correspondam a fenômenos periódicos; compreender o
conhecimento tecnológico como resultado de uma construção humana em um
processo histórico e social; construir uma visão sistemática das diferentes linguagens
e campos de estudo da matemática, estabelecendo conexões entre diferentes temas;
identificar formas de quantificar dados numéricos ou informações; compreender e
emitir juízos sobre as informações.
4.6. 2ª SÉRIE:
17.Sistemas Lineares;
18.Matrizes;
19.Determinantes;
20.Geometria de Posição;
21.Sólidos Geométricos – Poliedros;
22.Sólidos Geométricos – Corpos Redondos;
23.Geometria Métrica Espacial;
24. Funções Trigonométricas – redução ao 1o Quadrante;
25.Estatística;
26.Contagem;
27.Probabilidade.
Depois de assimilado os conteúdos, os alunos da 2ª série do ensino médio
deverão estar preparados para: ler, articular e interpretar símbolos e códigos em
diferentes linguagens e representações: sentenças, equações, esquemas, diagramas,
tabelas, gráficos e representações geométricas; resolver problemas que envolvam
conceitos de função de 1o e 2o grau, exponencial e logarítmica; identificar equações
lineares e interpretar geometricamente equações lineares de uma ou duas incógnitas;
classificar e resolver sistemas lineares por meio de diferentes processos, inclusive pelo
método de Cramer e por escalonamento; utilizar a linguagem matricial e as operações
com matrizes como instrumento para interpretar dados, relações e equações; utilizar
e interpretar modelos para resolução de situações-problema que envolvam medições,
em especial o cálculo de área e volume; selecionar e utilizar instrumentos de medição
e de cálculo, representar dados, utilizar escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses
e interpretar resultados; elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisar
e sistematizar eventos, fenômenos, experimentos, questões, entrevistas, visitas e
correspondências; analisar, argumentar e posicionar-se criticamente; consultar,
analisar e interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculados
através de diferentes meios.
4.7. 3ª SÉRIE:
• Noções de Matemática Financeira;
• Polinômios;
• Números Complexos;
• Equações Polinomiais;
• Estudo Analítico do Ponto;
• Estudo Analítico da Reta;
• Estudo Analítico da Circunferência;
• Funções Trigonométricas;
• Probabilidade;
• Estatística.
Depois de assimilado os conteúdos, os alunos da 3ª série do ensino médio
deverão estar preparados para: reconhecer e utilizar a linguagem algébrica como a
linguagem das ciências, necessária para expressar as relações entre grandezas e
modelar situações-problema, construindo modelos descritivos de fenômenos e
permitindo várias conexões dentro e fora da Matemática; resolver problemas
envolvendo cálculo de aplicações financeiras; relacionar o cálculo de juros simples e
compostos a conceitos de função de 1o grau, função exponencial e logaritmo; utilizar e
interpretar modelos para resolução de situações-problema que envolvam medições,
em especial o cálculo de distâncias inacessíveis; resolver problemas que envolvam a
noção de distância entre dois pontos e a condição de existência de triângulos;
determinar o centro e o raio de uma circunferência a partir de sua equação; conhecer
e aplicar, na resolução de problemas, as relações fundamentais entre razões
trigonométricas; resolver problemas que envolvam triângulos retângulos; identificar
domínio, imagem, sinal, periodicidade e raízes na representação das funções secante,
cossecante e cotangente; utilizar porcentagem em cálculos estatísticos; compreender
o conceito de probabilidade frequencista; elaborar gráficos de probabilidade; calcular
média, variância e desvio padrão; compreender o conceito de distribuição normal;
desenvolver estratégias pessoais para compreender e analisar fenômenos da vida
cotidiana.
5. METODOLOGIA:
O mundo está em constante mudança dado o grande e rápido desenvolvimento
da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc. São assuntos do dia-
a-dia, e todos eles têm ligações estreitas com a matemática. Para acompanhar essa
rápida mudança foi necessário estudar e pesquisar como deveria ser o ensino de
matemática no Ensino Fundamental e Médio.
Nas últimas décadas, muitos pesquisadores da psicologia cognitiva se
dedicaram a estudar e pesquisar como os alunos aprendem, como aplicam o que
aprendem para resolver situações-problema, como constroem conceitos, qual é a
maturidade cognitiva necessária para se apropriar, com significado, de determinado
conceito, com a interação com o meio social desenvolve a aprendizagem, dentre
muitos outros assuntos. A partir daí surgiu o movimento sócio construtivista que
estamos vivenciando atualmente.
Aproveitando tais pesquisas e estudos, educadores matemáticos do mundo todo
começaram a se reunir em grupos e em congressos internacionais para discutir como
usar esses avanços da Psicologia cognitiva. Teve início, então, um grande movimento
internacional de melhoria da aprendizagem e do ensino da Matemática, surgindo a
Educação Matemática – área do conhecimento já consolidada, que veio contribuir para
o ensino da matemática no mundo todo.
Os avanços conquistados pela Educação Matemática indicam que, para que o
aluno aprenda matemática com significado, é fundamental:
- Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia,
antes da linguagem matemática;
• Que o aluno aprenda por compreensão (devendo saber o porquê das coisas, e não
simplesmente mecanizar procedimentos e regras).
• Estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias, descubra e
tenha autonomia de pensamento. Em lugar de simplesmente imitar, repetir e
seguir o que o professor fez e ensinou, o próprio aluno pode e deve fazer
matemática, descobrindo ou redescobrindo por si só uma ideia, uma propriedade,
uma maneira diferente de resolver uma questão. Para que isso ocorra, é necessário
que o professor crie oportunidades e condições para o aluno descobrir e expressar
suas descobertas.
• Trabalhar a matemática por meio de situações-problema próprias da vivência do
aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir-se pela melhor
solução.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.
Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou por consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e contribua
para o desenvolvimento da sociedade.
6. AVALIAÇÃO:
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre
como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o
professor e a equipe pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu
trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho. E não simplesmente focalizar o
aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos para classificá-lo em
“aprovado” ou “reprovado”.
Além disso, ela deve ser essencialmente formativa, na medida em que cabe à
avaliação subsidiar o trabalho pedagógico, redirecionando o processo ensino-
aprendizagem para sanar dificuldades, aperfeiçoando-o constantemente. A avaliação
vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um instrumento fundamental
para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino
para que realmente o aluno aprenda.
Nesta perspectiva, a avaliação deixa de ter caráter “classificatório” de
simplesmente aferir o acúmulo de conhecimento para promover ou reter o aluno. Ela
deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e
compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos em atingir os
objetivos da atividade de que participam.
Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo
ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis distorções
observadas nele. Por exemplo, se os resultados da avaliação não foram satisfatórios, é
preciso buscar as causas. Pode ser que os objetivos tenham sido superdimensionados
ou que o problema esteja no conteúdo, na metodologia de ensino, nos materiais
instrucionais, na própria forma de avaliar ou em algum outro aspecto. O importante é
determinar os fatores do insucesso e reorientar as ações para sanar ou minimizar as
causas e promover a aprendizagem do aluno.
Incidindo sobre os aspectos globais do processo ensino-aprendizagem, a
avaliação oferece informações sobre os objetivos, os métodos, os conteúdos, os
materiais pedagógicos, os próprios procedimentos de avaliação – se houve ou não
crescimento e envolvimento do aluno em todo o processo, ou até mudanças de suas
atitudes. Enfim, não procede mais pensar que o único avaliado é o aluno e seu
desempenho cognitivo.
A ação avaliativa deve ser contínua e não circunstancial, reveladora de todo o
processo e não apenas do seu produto. E esse processo contínuo serve para constatar
o que está sendo construído e assimilado pelo aluno e o que está em via de
construção. Cumpre também o papel de identificar dificuldades para que sejam
programadas atividades diversificadas de recuperação ao longo do ano letivo, de
modo que não se acumulem e solidifiquem.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas podem devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
11.comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURASCO, 2004);
12.compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
13.elabora um plano que possibilite a solução do problema;
14.Encontra meios diversificados para a resolução de um problema matemático.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
− partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
− pesquisar a cerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
− elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
− perseverar na busca de soluções, mesmo de dificuldades.
Em resumo, avalia-se para identificar os problemas e os avanços e
redimensionar a ação educativa, visando ao sucesso escolar.
7. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de primeiro e segundo grau. Currículo Básico para a
Escola Pública do Estado do Paraná. 2. ed. Curitiba: 1992.
Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de
Ensino fundamental e médio. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental
da Rede da Educação Básica do Estado do Paraná: versão preliminar. Curitiba:
2006
7.15. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR QUIMICA
A abordagem da história da Ciência e da história da Química como pressuposto
teórico das Diretrizes se configura como uma exigência importante para melhor
entendermos os conteúdos químicos ensinados. Olhar para o desenvolvimento da
história da Ciência Química permite entender que ela não se desenvolveu pelo
acúmulo de descobertas individuais de mentes brilhantes e que não aconteceram
linearmente. A Ciência Química é em produção de homens que vivenciaram
momentos de permanências e de rupturas.
Uma concepção de ensino de Química que rompe com as abordagens
tradicionais do objeto de estudo é uma abordagem dos conceitos químicos na
perspectiva da elaboração/reeleboração de significados dos conceitos científicos, em
duas instâncias de abordagem: contextual e conceitual.
As duas abordagens trabalhadas em conjunto fornecem aos alunos
instrumentos para uma leitura crítica de mundo, desenvolvem o seu conhecimento da
Ciência Química, a sua apropriação dos conceitos de Química e os sensibilizam para
um comprometimento com a vida no planeta.
7.10.2 Objeto de Estudo da Disciplina:
Química estuda a estrutura das substâncias, a composição e as propriedades
das diferentes matérias, suas transformações e variações de energia.
7.10.3 Objetivos.
Compreender a natureza, suas transformações e a energia associada a essas
transformações.
Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano,
individual e coletiva, com o ambiente.
Reconhecer limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da química e da tecnologia.
Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica e vice-versa. Utilizar a
representação simbólica das transformações ao longo do tempo.
7.10.4 Conteúdos Estruturantes e Específicos
São conteúdos estruturantes de química:
11.MATÉRIA E SUA NATUREZA
12.BIOGEOQUÍMICA
13.QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA E SUA NATUREZA
Estuda as partículas fundamentais, a estrutura da matéria. De uma maneira
microscópica, observam-se os átomos e moléculas. De uma maneira mais abrangente,
vê-se a composição de substâncias puras e misturas.
BIOGEOQUÍMICA
Pela definição: “é a parte da geoquímica que estuda a influência dos seres vivos
sobre a composição química da Terra”. Caracteriza-se pelas interações existentes
entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos
biogeoquímicos.( RUSSEL, 1986, p.02). Estuda também a relação entre o que é vivo e
o que não é.
QUÍMICA SINTÉTICA
Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e
materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria
alimentícia, dos fertilizantes e dos agrotóxicos.
Conteúdos Específicos
Conteúdos Específicos – 1° Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA = Constituição da matéria; Estados de agregação; Natureza elétrica da matéria; Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). Tabela Periódica.
SOLUÇÃO = Substância: simples e composta; Misturas; Métodos de separação; Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculares; Temperatura e pressão; Densidade, produtos especiais de beleza (lei 39/03 - afro-brasileira)
VELOCIDADE DAS REAÇÕES = Reações químicas; representação das reações químicas; Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO = Tabela Periódica, mudanças de fase. Chuva ácida (lei 9799/95 – Educação Ambiental)
LIGAÇÃO QUÍMICA = Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica; Ligações sigma e pi; Ligações polares e apolares; Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS = Princípios da termodinâmica; Reações exotérmicas e endotérmicas; Tabela Periódica. Efeito das drogas no organismo
RADIOATIVIDADE = Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas;
ÓXIDO-REDUÇÃO = Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...); Ligações metálicas; Tabela Periódica.
GASES = Estados físicos da matéria; Tabela periódica;
FUNÇÕES QUÍMICAS = Funções Inorgânicas; Tabela Periódica.
Conteúdos Específicos – 2° Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
MATÉRIA = Constituição da matéria; Estados de agregação. Tabela Periódica.
SOLUÇÃO = Substâncias e misturas; Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculares; Temperatura e pressão; Densidade; Dispersão e suspensão;
VELOCIDADE DAS REAÇÕES = Reações químicas; Lei das reações químicas e representação; Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. Fatores que interferem na velocidade das reações; Lei da velocidade das reações químicas; Inibidores das reações químicas; Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO = Reações químicas reversíveis; Concentração; Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). Tabela Periódica
LIGAÇÃO QUÍMICA = Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas,
QUÍMICA SINTÉTICA
aço (educação fiscal).
REAÇÕES QUÍMICAS = Princípios da termodinâmica; Calorias; Reações exotérmicas e endotérmicas; Variação de entalpia; Equações termoquímicas; Lei de Hess; Entropia e energia livre; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; Calorimetria; Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE = Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas; Velocidades das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das reações químicas; fusão e fissão
ÓXIDO-REDUÇÃO = Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...); Ligações metálicas (elétrons semi-livres); Reações Químicas; Número de oxidação. Tabela Periódica.
GASES = Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); Modelo de partículas para os materiais gasosos; Misturas gasosas; Diferença entre gás e vapor; Leis dos gases
FUNÇÕES QUÍMICAS = Tabela Periódica; drogas (prevenção ao uso indevido), alcool (enfrentamento a violencia contra a criança e o adolescente); fenois e feromonios (diversidade sexual)
Conteúdos Específicos – 3° Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA = Constituição da matéria; Estados de agregação; Natureza elétrica da matéria. Tabela Periódica. Estudo do Petróleo.
SOLUÇÃO = Forças intermoleculares;
VELOCIDADE DAS REAÇÕES = Reações químicas; Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO = Reações químicas reversíveis; Tabela Periódica
LIGAÇÃO QUÍMICA = Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica; Ligações polares e apolares; isomeria
REAÇÕES QUÍMICAS = Princípios da termodinâmica. Efeito Estufa (Lei 9799/95). Poluição do ar, água e solo lei(9799/95) Tabela Periódica.Protetor solar e malanina (Lei 39/03)
GASES = Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); Misturas gasosas; Diferença entre gás e vapor; Leis dos gases
FUNÇÕES QUÍMICAS = Funções Orgânicas; Tabela Periódica.Etanol ( educação fiscal)
7.10.5 Metodologia.
É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Química parta do
conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou
espontâneas, a partir das quais será elaborado o conceito científico.
O ensino de Química deve contribuir para que o estudante tenha uma visão
mais abrangente do universo.
A experimentação é importante para uma melhor compreensão dos fenômenos
químicos. Os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a
compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com as idéias discutidas em
aula, propiciando aos estudantes uma reflexão sobre teoria e prática.
Leituras de textos, apresentação de filmes, elaboração de relatórios científicos e
discussões sobre atualidades em sala de aula, oportunizando ao aluno expressar suas
opiniões de forma clara e objetiva.
7.10.6 Critérios de Avaliação.
A avaliação deve ser contínua e diagnóstica, a fim de acompanhar a produção
do aluno, permitindo ao professor detectar as dificuldades, possibilitando a retomada
de conteúdos para que se efetive a aprendizagem.
As avaliações acontecerão durante todo o processo através de atividades
diversas como: análise de filmes e experiências, participação em debates, raciocínio,
aplicação dos conteúdos no cotidiano, interpretação de textos, relatórios, sínteses dos
conteúdos fundamentais e resolução de problemas.
Avaliar Química é dar condição ao aluno de utilizar-se do ensino experimental,
relacionando o aprendizado à vida diária, do meio ambiente e das atividades
produtivas. Ao relacionar o conhecimento aprendido na escola, o aluno fará uma
leitura analítica dos fatos podendo julgá-los com fundamentação, assumindo posições
e tomando decisões concretas.
7.10.7 Referências.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química. Curitiba: SEED, 2006.
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9394.htm> acesso em 26 de março de 2009.
BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA. Lei 10639 de 09 de janeiro de 2003. Obriga-toriedade Altera a LDB - Lei nº 9.394/96, para incluir no currículo oficial da Rede de En-sino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras pro-vidências. Disponível em: < http://www.cee.pr.gov.br/modules/ conteudo/conteudo.php? conteudo=10> acesso em 24 de fevereiro de 2009.
BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA. Lei 11645 de 10 de março de 2008. Obrigato-riedade da temática História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena no currículo oficial da rede de ensino.Disponível em: <httl: // www.planalto.gov.br/ccivil/leis> aces-so em 24 de fevereiro de 2009.
BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999.Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/LEIS/L9795.htm> acesso em 24 de fevereiro de 2009.
PARANÁ. CASA CIVIL. Lei 13381de 18 de dezembro de 2001..Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disci-plina História do Paraná. Disponível em: < http://celepar7cta.pr.gov.br/SEEG/sumu-las.nsf/6c0580efa19ff3ac83256fdd0065f99c/1f6eb9483285fb9a03256e990068deb2?OpenDocument> acesso em 24 de fevereiro de 2009.
PARANÁ. CASA CIVIL. Lei nº 12338/98 de 24 de setembro de 1998. Autoriza o Po-der Executivo incluir no currículo dos níveis de ensino fundamental e médio, conteúdo referente a informações e estudos sobre a dependência de drogas e seus efeitos físi-cos, neuro-pesicológicos e sociais. Disponível em: < http://celepar7cta.pr.gov.br/SEEG/sumulas.nsf/319b106715f69a4b03256efc00601 826/c15b9803dedb045403256e990068931a?OpenDocument> acesso em 24 de feve-reiro de 2009.
PARANÁ. CASA CIVIL. LEI Nº 11733 de 28 de maio de 1997. Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculadas nos estabelecimentos de ensino estadual de primeiro e segundo graus do Estado do Paraná. Disponível em: <http://celepar7cta.pr.gov.br/SEEG/sumulas.nsf/319b 106715f69a4b03256efc00601826/94e87819570db75a 03256e990068363c> acesso em 24 de fevereiro de 2009.
PARANÁ. CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. DELIBERAÇÃO N.º 007/99. ASSUN-TO: Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estu-dos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em Nível do Ensino Funda-mental e Médio. APROVADO EM 09/04/99. Disponível em < http://celepar7cta.pr.gov.br/seed/deliberacoes.nsf/7b2a997ca37239c3032569ed00 5fb978/b15be00846f01f20032569f1004972fb/$FILE/_88himoqb2clp631u6d-sg30dpd64sjie8_.pdf > acesso em 26 de março de 2009.
PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Química. Curitiba. 2008
QUÍMICA/ vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.
7.16. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA
Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a Sociologia tem
contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de
vida e, fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e
alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem
muitos problemas da vida social.
Seu objetivo é o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão
das diversas formas pelas quais o seres humanos vivem em grupos, bem como a
compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades.
A Sociologia se afirmou no desenvolvimento e na consolidação do capitalismo;
por isso, traz a especificidade de, simultaneamente, fazer parte e procurar explicar a
sociedade capitalista como forma de organização social. Contudo, não existe uma
única forma de explicar sociologicamente a realidade; cada uma depende de
posicionamentos políticos distintos, o que confirma o princípio de que não existe
neutralidade científica em análise do social.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e
sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com
seu potencial explicativo. A ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a
conservação ou para a transformação da sociedade, para a melhoria ou para a
degradação humana. Como disciplina escolar, a Sociologia deve acolher esta
particularidade - das diferentes tradições - e, ao mesmo tempo, recusar qualquer
espécie de síntese teórica, assim como encaminhamentos pedagógicos de ocasião,
carentes de método e rigor.
No século XX, três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile
Durkheim, Karl Marx e Max Weber alicerçaram, e ainda alicerçam, concepções de
Antônio Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan Fernandes. Cada uma, a seu modo, elege
conteúdos, temáticas, problemáticas, metodologias, concernentes ao contexto
histórico em que foram construídas, e buscam interpretar e dar respostas a o
problemas da realidade contemporânea.
Ressalta-se que, como disciplina acadêmica e escolar, a história da Sociologia
não está desvinculada dos f undamentos teóricos e metodológicos que a constituem
como campo científico mais abrangente. É preciso destacar nos teóricos clássicos
suas concepções de sociedade e, também, suas concepções de educação, já que uma
está relacionada à outra e orientam mutuamente campos de ação política e, por
efeito, de ação educacional.
Objetivos Gerais da Disciplina de Sociologia
Quais os objetivos ferais da disciplina de sociologia em relação às demais
disciplinas de humanidades? Essa pergunta não é de fácil resposta e todo pesquisador
da área de ciências humanas
sabe que as fronteiras entre as suas diversas áreas são bastante tênues. E
acrescenta-se a isso o fato de que transformar os saberes científicos em saberes
escolares implica em um grau de diferenciação e criação de identidades entre as
diversas disciplinas. A história e a geografia, provavelmente devido à longa tradição
no meio escolar, estão bem estabelecidas, possuem um discurso construído sobre a
realidade já aceito e amplamente disponível para todos os professores. A sociologia
conta com este agravante, qual seja, construir um saber organizado de modo a ser
viável sua introdução no nível médio de ensino. È importante ressaltar que as ciências
internas e, em se tratando de ensino médio, é preciso criar essas diferenças e afirmar
uma identidade para a sociologia.
Isto nos remete à contribuição que a sociologia pode dar para o
desenvolvimento do pensamento crítico, não porque teria um conteúdo na
imprescindível - não devemos pensar de modo messiânico na sociologia. Nem o
pensamento crítico se desenvolve devido à aprendizagem de algum tipo especial de
conteúdo. S sociologia tem a contribuir para o desenvolvimento do pensamento
crítico, ao lado de outras disciplinas, pois promove o contato do aluno com sua
realidades distantes e culturalmente diferentes. É justamente nesse movimento de
distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e de aproximação sobre
realidades outras que desenvolvemos uma compreensão de outro nível e crítica.
Conteúdos Estruturantes da Disciplina de Sociologia
I. O processo de socialização e as instituições.
II. Cultura e indústria cultural.
III. Trabalho, produção e classes sociais.
IV. Poder político e ideologia.
V. Direitos, cidadania movimentos sociais.
Os conteúdos estruturantes são apoios conceituais, históricos e
contextualizados que norteiam professores e alunos.
Sua escolha está na possibilidade de integrar teoria e prática, individual e
coletiva, local e global, mantendo a ideia de inter-relações que constituem a
sociedade.
Os conteúdos estruturantes fundamentam os conteúdos específicos e
estabelece da relação entre o contexto histórico dos autores clássicos, a construção
de suas teorias e o conteúdo específico de estudo, numa perspectiva crítica que
embasará as possibilidades de explicação sociológica.
Por isso, pode-se, partindo das estruturas, fazer esse processo de macro e
micro social, sempre dialogando histórico socialmente com os mais diversos autores
clássicos.
Conteúdos Básicos por série e justificativas pela opção dos conteúdos escolhidos
Primeira série: formação e consolidação da sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social; teorias sociológicas clássicas: Comte,
Durkheim. Engels e Marx, Weber; o desenvolvimento da sociologia no Brasil; O
processo de socialização de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos,
etc).
Escolhemos o surgimento da sociologia e teorias sociológicas por tratarem o
histórico das teorias sociológicas, como começou, quem foram e o que pensaram os
primeiros sociólogos. O contato com os clássicos, Comte, Durkheim, Engels Weber e
Marx, cremos ser de importância nessa série por contextualizarem e definirem as
fronteiras do trabalho sociológico com as outras disciplinas de humanas.
Esses conteúdos básicos foram escolhidos também por contribuírem com uma
visão panorâmica das instâncias sociológicas na série inicial do ensino médio.
Segunda série: desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua
contribuição na análise das diferentes sociedades; diversidade cultural; identidade;
industrial e cultural , meios de comunicação de massa; sociedade de consumo;
industrial cultural no Brasil; questões de gênero; cultura afro brasileiras e africanas;
culturas indígenas.
No segundo ano, agora já conhecedores da natureza das discussões e enfoques
da disciplina de sociologia, os conteúdos básicos citados acima são importantes
pontos de discussão e participação dos alunos . Os conteúdos são mais apaixonantes
e geram uma acalorada participação e envolvimento. Não que os outros não o sejam,
mas discutir sociedade de consumo, indústria cultural, questões de gênero, cultura
afro-brasileira , só pode acontecer quando os participantes já tiveram uma trajetória
e conhecem a lógica da sociologia.
Terceira série: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; democracia,
autoritarismo; Estado no Brasil; conceitos de poder; conceitos de ideologia; conceitos
de dominação e legitimidade; as expressões da violência nas sociedades
contemporâneas; direitos civis, políticos e sociais; direitos humanos; conceito de
cidadania; movimentos sociais no Brasil; a questão ambiental e os movimentos
ambientalistas; a questão das Ong's.
A escolha dos conteúdos básicos no terceiro ano foram motivadas por questões
mais contemporâneas e tendo em vista o vestibular é uma boa oportunidade para
exercitar tais conteúdos.
Metodologia a ser adotada para o ensino dos conteúdos básicos elencados nas
três séries do ensino médio.
Deve-se atentar para a proposição de problematizações, contextualizações,
investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de
diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos
jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão
de recursos Audiovisuais que, assim como os textos, também são possíveis de leitura.
A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento
para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a
construção coletiva dos novos saberes.
A pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule
os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efeito trabalho de
compreensão crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, fazem-se
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualização propostas.
Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem entre si e
permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos
específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Essas metodologias apresentadas acima valem para todas as séries do ensino
médio na disciplina de sociologia.
Avaliação
Espera-se da avaliação que os estudantes compreendem o processo histórico
de constituição da sociologia como ciência; como as teorias clássicas se relacionam
com o mundo contemporâneo; que o pensamento sociológico constrói diferentes
conceitos para a compreensão da sociedade e dos indivíduos; que os conceitos
formulados pelo pensamento sociológico contribuem para a capacidade de análises e
crítica da realidade social que os cerca; que as múltiplas formas de se analisar a
mesma questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existente na
sociedade.
Espera-se que os estudantes identifiquem-se como seres eminentemente
sociais; que compreendam a organização e a influência das instituições e grupos
sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo; reflitam
sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são
interdependentes.
Espera-se que os estudantes identifiquem e compreendam a diversidade
cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades;
compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de
dominação na sociedade contemporânea; compreendam como o conceito de industria
cultural englobada os mecanismos que transformam os meios de comunicação de
massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e
comportamentos; entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de
massa. Que está relacionada a um determinados sistema econômico, político e social.
Espera-se que os estudantes compreendam de forma crítica a diversidade das
formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história; a sociedade capitalista;
que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são
naturais, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação
econômica e de dominação política; as transformações advindas do processo de
globalização.
Espera-se os estudantes analisem e compreendam de forma crítica, o
desenvolvimento do estado Moderno e as contradições do processo de formação das
instituições políticas; analise presentes nas sociedades; compreendam e avaliem o
papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais; compreendam os
diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades; percebam
criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e se estabelece na
sociedade brasileira.
Espera-se que os estudantes compreendam o contexto histórico da conquista
de direitos e sua relação com a cidadania; percebam como direitos, que hoje se
consideram naturais são resultados da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;
sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa
sociedade, problematizando as diversas possibilidades de se entender a cidadania;
compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais
em suas especificidades.
VIII. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA
8.1. MATRIZ CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Conselheiro Carrão - Ensino Fundamental e Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Curitiba NRE: CuritibaANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTES 54 64
LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Conselheiro Carrão – Ensino Fundamental e MédioENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Curitiba NRE: Curitiba ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORT. ELITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
8.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO
A Proposta Pedagógico Curricular do Colégio Estadual Conselheiro Carrão Ensino
Fundamental e Médio para a Educação de Jovens e Adultos Fase II EJA – Ensino
Fundamental e Médio , enquanto modalidade educacional que atende a educandos-
trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação
humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a
participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e
compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Desta, forma, coerente com estas finalidade e objetivos, o papel fundamental
da construção curricular para a formação dos educandos desta modalidade de ensino,
é fornecer subsídios para que os mesmos tornem-se ativos, críticos, criativos e
democráticos. Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma
formação na qual os educandos trabalhadores possam: aprender permanentemente;
refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do
trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a
dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções
originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada
de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos (KUENZER, 2000, p.40)
1.1 PERFIL DO EDUCANDO
Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos Fase II EJA
– Ensino Fundamental e Médio requer conhecer a sua história, cultura e costumes,
entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum
momento afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou
culturais. Entre esses fatores, destacam-se o ingresso prematuro no mundo do
trabalho, a evasão ou a repetência escolar.
Nessa perspectiva, a EJA deve contemplar ações pedagógicas específicas que
levem em consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não obteve
escolarização ou não deu continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes,
alheios à sua vontade.
Os jovens e adultos que procuram a EJA têm a necessidade da escolarização
formal; seja pelas necessidades pessoais, seja pelas exigências do mundo do trabalho.
A dinâmica nesta modalidade de ensino deve possibilitar a flexibilização de horários e
a organização do tempo escolar destes educandos, viabilizando a conclusão dos seus
estudos.
O Art. 7º da Deliberação 06/05 – CEE considera-se como idade para a matrícula:
nas séries finais do ensino fundamental e médio a idade de 18 (dezoito) anos
completos. Porém, o Parecer 626/08 – CEE estabelece que poderá ser efetuada
matrícula no Ensino Fundamental – Fase II, com 15 (quinze) anos completos, para
aqueles que estão fora da escola, isto é, não possuem matrícula em nenhuma escola,
no corrente ano letivo da solicitação de matrícula na EJA.
A EJA atende também a demanda de pessoas idosas que buscam a escola
para desenvolvimento ou ampliação de seus conhecimentos, bem como, outras
oportunidade de convivência. Inclui-se aqui o convívio social e a realização pessoal.
São pessoas que possuem uma temporalidade específica no processo de
aprendizagem. Para tanto, deve-se dispensar atenção especial no atendimento
educacional à essa população.
Há na EJA uma grande presença da mulher, que durante anos sofreu, e por
diversas vezes ainda sofre as consequências de uma sociedade desigual com
predomínio da tradição patriarcal, que a impediu das práticas educativas em algum
momento de sua história de vida.
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
educacionais especiais. Considerando a situação em que se encontram
individualmente estes educandos, deve-se priorizar ações educacionais específicas e
que oportunizam o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Em síntese, o atendimento, do Colégio Estadual Conselheiro Carrão, tem como
objetivo priorizar a escolarização de jovens, adultos e idosos da comunidade a qual
fazem parte.
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos
no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas,
consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho,
mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente
nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
4. vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano
de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de
Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre
a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e
término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo.
A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de
forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos
na história de vida de cada educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não
têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de
horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes
quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada
coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos
educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas,
contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à
escolarização e nos saberes já apropriados.
1.3 NÍVEL DE ENSINO
1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo
de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e
ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
1.3.2 Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07
de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e
Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização
coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o
êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram
individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que,
por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos
que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
3. superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e
as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a
aprendizagem e participação de todos os alunos.1
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de
condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a
receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,
assegurando o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o
modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos
sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização
para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento
escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela
mesma Secretaria em instrução própria.
1.6 FREQUÊNCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100%
(cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo
que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento)
e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.
1.7 EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de
Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
1.8 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e
fiscal, com o objetivo de estabelecer a Proposta Pedagógica da Escola, critérios
relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a
comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e
política educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a
qualidade do seu funcionamento.
O Conselho Escolar será constituído pelas seguintes categorias:
Diretor,representante dos Pedagogos, representante da Equipe Administrativa,
representante da Equipe de Professores atuantes em sala de aula, por grau e
modalidade de ensino, representante dos Alunos, convocados por seus pares, por grau
e modalidade de ensino, representantes de Pais ou Responsáveis por alunos
regularmente matriculados, por grau e modalidade de ensino.
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DO EDUCANDO DA EJA NO CONSELHO
ESCOLAR
O Conselho Escolar sendo um órgão colegiado de natureza avaliativa,
construtiva, deliberativa e fiscal, tendo como objetivo de estabelecer o Projeto Político
Pedagógico da escola tem como finalidade de promover ações positivas que garantam
a execução de um projeto de trabalho. O Conselho Escolar conta com uma
representatividade (eleita) de grande importância neste processo que é do Educando
da Eja, pois o mesmo possui um grau de vivência e de conhecimento relevante onde
contribuirá na promoção e na articulação de todos os segmentos da sociedade e os
setores da escola, a fim de garantir eficiência e qualidade de seu funcionamento
(função do Conselho Escolar).
A participação ativa deste Educando nas reuniões decisórias da escola mostra o
valor que todos têm em uma gestão democrática onde tudo se é discutido, apreciado
e definido por todos os envolvidos neste colegiado, sendo convocados todos os
representantes do Conselho Escolar sempre que for apresentado situações em que
seja necessário a busca de alternativas em comum com a sociedade.
Nesta organização todos os membros têm o poder de expressar seu ponto de
vista, bem como, apresentar divergências, mas com um propósito do bem comum.
1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e
Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, como material de apoio. Além desse material, os docentes, na
sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos didáticos.
1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR
A biblioteca é um centro ativo da aprendizagem, portanto precisa ser vista
como um núcleo ligado ao esforço pedagógico dos professores e não como um
apêndice das escolas.
Para entendermos melhor o conceito de biblioteca escolar é preciso entendê-la
como um local privilegiado para a prática pedagógica. “ É organizada para se integrar
com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar. Além disso, a Biblioteca
Escolar tem como objetivo despertar os alunos para a leitura, desenvolvendo-lhes o
prazer de ler, podendo servir, também, como suporte para a comunidade, em suas
necessidades de informação”.
A biblioteca escolar é um espaço onde os educandos jovens, adultos e idosos
encontram materiais para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua
criatividade, imaginação e senso crítico. É na biblioteca que podem reconhecer a
complexidade do mundo que os rodeia, descobrir seus próprios gostos, investigar
aquilo que os interessa, adquirir conhecimentos novos, escolher livremente sua leitura
preferida e sonhar com mundos imaginários, bem como com a transformação em
mundos possíveis, reais.
A biblioteca escolar visa proporcionar também a leitura intensa e autônoma,
além de incentivar a busca de informação para responder a questionamentos e
solucionar problemas.
Acredita-se que a leitura seja o mais importante elemento do imaginário. Ler
significa refletir, pensar, estar a favor ou contra, comentar, trocar opiniões, posicionar-
se, enfim, exercer a cidadania.
1.11 LABORATÓRIO
Ciência e tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o
desenvolvimento da sociedade atual. Esta, por sua vez, tem exigido um volume de
informações muito maior do que qualquer época do passado, quer seja para o acesso
ao mundo do trabalho, quer para o exercício da cidadania e para as atividades do
cotidiano.
A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir
para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e
tempos do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente
interação do corpo humano e sua integridade, da saúde como pessoal e social, do
desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser
humano, são os resultados esperados na área de Ciência do Ensino Fundamental e
Médio.
As atividades de laboratório, quando bem implementadas, assumem papel de
suma importância, auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de temas
ou assuntos em estudos, propiciando a participação ativa dos educandos,
potencializando as atividades experimentais e facilitando a compreensão de conceitos
ou fenômenos.
Assim seguindo o entendimento do Conselho Estadual de Educação, expresso
no Parecer nº 096/99 “... indubitavelmente, um conceito novo para o espaço
denominado laboratório acompanha uma educação científica nova, espaço que
passará a incluir também o pátio da escola, a beira mar, o bosque ou a praça
pública...”
O Papel do laboratório é primordial como coadjuvante das disciplinas de cunho
didático-pedagógico, mais específicamente nas ações a serem desenvolvidas na
formação dos educandos jovens, adultos e idosos, dentro das seguintes perspectivas:
a) Capacitar o educando a atuar como observadores, investigadores e
pesquisadores, não só em sala sala de aula, mas também em outros espaços,
possibilitando estratégias para manter uma visão crítica e construtiva da
realidade, possibilitando condições de nela agir e interferir;
b) Formar um indivíduo reflexivo-crítico-investigado.
1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS
Vivemos em um tempo de “globalização do conhecimento”, quando o cidadão
deve dominar as tecnologias existentes. Assim sendo, os recursos tecnológicos na
escola é possibilidade de construir estratégias e habilidades necessárias para
compreensão e inserção no mundo atual com novas formas de expressão e
comunicação. Neste enfoque será tratada como um recurso e estratégia para garantir
e ampliar a qualidade do processo ensino e aprendizagem.
Com o uso da tecnologia, os educandos jovens, adultos e idosos, têm a
possibilidade de descrever/reescrever suas idéias, comunicar-se, trocar experiências e
produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e
divulgam o próprio conhecimento, num movimento de fazer, refletir e refazer, que
favorece o desenvolvimento pessoal, profissional e grupal, bem como a compreensão
da realidade.
O acesso à tecnologia e o uso dessa para a resolução de problemas do cotidiano
que favoreçam a articulação entre as áreas de conhecimento, ao mesmo tempo que
propiciam o aprofundamento de conceitos específicos levam à produção de novos
conhecimentos; a flexibilização do uso do espaço da escola e do tempo de aprender; o
desenvolvimento da autonomia para a busca e troca de informações significativas em
distintas fontes e para a respectiva utilização dessas no seu cotidiano, possibilitando o
exercício da cidadania.
É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a para colaborar
na solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia possibilita
ensinar de formas diferentes, transformando a aula em investigação.
A escola é o lugar da organização dos conhecimentos. E é preciso que jovens e
adultos sejam preparados para lidar com a informação.
2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o
reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de
pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do
diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença
nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos
descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que
regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação
qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade
tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito
inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que
atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso
com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos
venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com
comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da
autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na
qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e
da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e
pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o
2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que
os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,
conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais
próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao
conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos
bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando
os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho,
face à diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens
e Adultos no Estado do Paraná:
I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e
condições de reinserção nos processos educativos formais;
II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no
processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à
escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais
na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o
conhecimento;
III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao
mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por
meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o
educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes
conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade
social;
V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza
nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização
abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados
à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo
integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das
diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com
conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de
formação e aprendizagem;
- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as
diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de
utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,
nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da
cidadania e do trabalho;
- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,
críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta
modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros,
por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas
especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que
considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do
Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não
tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.
5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de
ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como
espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem,
ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do
conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se
no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser
organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura
curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos
significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em
núcleo estruturador do conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e
Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão
dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos
conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação
Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas
diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos
nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais
devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se
restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações
etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à
abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.
6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos
na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma
atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
28.investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
29.contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
30.sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
31.abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-
escola do educando;
32.permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao
longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz
curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação
presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados
como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o
seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante
o atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais
como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e
pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades
complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado
dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e
necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
6.2 PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO DE NOTAS
15.as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
16. para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a
06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o
processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá
na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na
disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do
processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota para fins de
promoção e certificação.
17. a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez
vírgula zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis
vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04
– SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total
da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem
por cento) na organização individual;
18.o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
19. para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a
média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais,
devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
20. os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados
em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade
e autenticidade da vida escolar do educando;
21. o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado
não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
6.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos
mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
6.4 APROVEIRAMENTO DE ESTUDOS
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,
amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar,
por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,
transferência e prosseguimento de estudos.
6.5 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o
previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
7 - REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,
podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de
alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do
Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do
Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas
descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado
pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação –
em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação
especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em
comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em
comunidades de difícil acesso, dentre outros.
7.1 ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento no
Ensino Fundamental – Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares,
em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º
02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º
15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº
07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as
seguintes ofertas :
α) organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e
Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas, das vagas para
matrícula na organização coletiva.
7.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E ENSINO MÉDIO
No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de
100% da carga horária total estabelecida.
7.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:
a idade para ingresso respeitará a legislação vigente; será respeitada instrução
própria de matrícula expedida pela mantenedora; o educando do Ensino Fundamental
- Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas
simultaneamente; poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com
êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e
de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino
regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme
regulamento no Regimento Escolar ; para os educandos que não participaram do
processo de escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do
processo de escolarização formal/escolar; em anos letivos anteriores, poderão ter seus
conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;
será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02
(dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matricula
para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os
registros de notas obtidos, desde que o caso de desistência não ultrapasse 02 (dois)
anos, a partir da data da matrícula inicial;
o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula inicial na
disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematricula na disciplina, podendo participar
do processo de reclassificação.
No ato da matrícula, como instrução própria da mantenedora, o educando será
orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o
funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração
e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os
receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que
compõe o Guia de Estudos:
a organização dos cursos;
o funcionamento do estabelecimento: horários, calendários, regimento escolar;
a dinâmica do atendimento ao educando;
a duração e a carga horária das disciplinas;
os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
o material de apoio didático;
as sugestões bibliográficas para consulta;
avaliação;
outras informações necessárias.
7.4 MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos
recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado
do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
7.5 AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,
permanente; as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre
com finalidade educativa; para fins de promoção ou certificação, serão
registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às
provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos
adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando
se submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento
escolar;
a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e
freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária
de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na
organização individual; o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis
vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à
recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo
ao processo de apropriação dos conhecimentos; a média final, de cada disciplina,
corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os
mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); os resultados das
avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a
fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar
do educando; o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos
mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento
integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos
organizados por disciplina, por etapas, cuja matrícula e resultados finais tenham sido
realizados por disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a comprovação de
conclusão.
O aluno oriundo de organização de ensino por série/período/etapa/semestre
concluída com êxito, poderá requerer na matrícula inicial da disciplina, a partir de
2009, aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de
conclusão da série/período/etapa/semestre a ser aproveitada:
Para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de
estudos de série e de período(s) / etapa(s) / semestres(s) concluídos com êxito,
equivalente (s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de 25% da carga
horária total de cada disciplina da EJA.
A última série/período/etapa/semestre, de cada nível de ensino, não será
aproveitada.
Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga
horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular.
Classificação é o procedimento que a Escola adota, segundo critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos educandos, das
escolas e dos profissionais:
- proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica;
- comunicar ao educando responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter
o respectivo consentimento;
- organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
- arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
- registrar os resultados no histórico escolar do educando.
O Estabelecimento de Ensino poderá realizar a classificação, dentro dos
seguintes critérios:
- Por promoção, para os educandos que cursaram com aproveitamento suficiente,
projetos das ações descentralizadas e ações pedagógicas do próprio
Estabelecimento de Ensino, de acordo com as normas regimentais.
- Por transferência, para os educandos procedentes de outras escolas, do país ou
do exterior, desde que tenha levado em conta sua experiência e nível de
aprendizagem.
Nos casos especiais, quando os instrumentos de avaliação aplicados pelo
Estabelecimento de Ensino não forem suficientes para se determinar a
classificação, a direção da escola nomeará uma comissão de três
professores ou especialistas, que darão parecer conclusivo.
- Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno no nível de ensino compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou
informais.
Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para série inferior a anteriormente cursada.
Fica vedada a classificação para ingresso na disciplina de Ensino Religioso do
Ensino Fundamental – Fase II.
Para a Educação de Jovens e Adultos, o processo de classificação, poderá:
Para matrícula na disciplina, em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total
de cada disciplina do Ensino Fundamental Fase II e no Ensino Médio em 25%, 50%,
75% da carga horária total de cada disciplina, conforme a legislação vigente;
Do total de carga horária restante da disciplina na qual o educando foi
classificado, é obrigatória a freqüência de 75% (setenta e cinco por cento), na
organização coletiva e de 100% (cem por cento) na organização individual.
Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas as
disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o educando está apto à realizar matrícula
inicial no Ensino Médio, no mesmo Estabelecimento.
Reclassificação é o processo que a Escola adota para avaliar o grau de desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar.
Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, o estabelecimento de ensino
poderá reclassificar os alunos matriculados, considerando:
- o parecer de uma comissão de três professores ou especialistas que ateste o
grau de desenvolvimento e maturidade do educando, bem como indicar quais os
conteúdo que deverá cursar em cada disciplina.
O processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos,
poderá posicionar o aluno, em 25% , 50% ou 75% da carga horária total de cada
disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50% da carga
horária total de cada disciplina:
– tendo cursado 25% e avançado em 75% da carga horária total da disciplina do
Ensino Fundamental – Fase II, o aluno será considerado concluinte da disciplina.
Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga horária total da disciplina
do Ensino Médio, após reclassificado, deverá cursar ainda, para a conclusão,
obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária.
7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a
Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo
Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas,
desde que autorizadas pela mantenedora.
7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,
oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no
ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
8 - RECURSOS HUMANOS
8.1 ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-
á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função
social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas
regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e
Adultos.
8.1.1 DIREÇÃO
Da Equipe de Direção
A Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidas na Projeto Político Pedagógico.
A Equipe de Direção mencionada no caput deste artigo é composta por Diretor e Diretor Auxiliar, designados por ato próprio.
O Diretor é o profissional do magistério, em exercício no Estabelecimento de Ensino, escolhido mediante processo eletivo pela comunidade escolar, que tem a função de administrar a Escola no sentido de garantir a articulação, dinaminação, sistematização e avaliação do processo educativo, tendo em vista a socialização do saber elaborado e a democratização das relações no interior da Escola, entendendo, neste processo, a participação da comunidade escolar, nas tomadas de decisões, atendendo a legislação vigente e diretrizes da política educacional da Secretaria de Estado da Educação.
Compete ao Diretor:
submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;
convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto
somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;
elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e
submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar às diretrizes específicas
da administração do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as
normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas de
modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;
submeter o calendário escolar à apreciação do Conselho Escolar para posterior
homologação do NREC;
instituir grupos de trabalhos ou comissão encarregadas de estudar e propor
alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,
administrativa e situações emergenciais;
propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação pelo Conselho
Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela Escola,
extinguindo ou criando cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e
turmas e a composição das classes;
propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação pelo Conselho
Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão
administrativa;
coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria
de Estado da Educação;
aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela
Secretaria de Estado da Educação;
analisar o regulamento da biblioteca da Escola e encaminhar ao Conselho
Escolar para aprovação;
manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento e os órgãos da
Secretaria de Estado da Educação;
supervisionar a exploração da cantina comercial, onde estas tiverem
autorização de funcionamento, respeitando a lei vigente;
cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho
Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e
outros eventos;
Compete ao Diretor Auxiliar:
assessorar o Diretor em todas as suas atribuições e substituí-lo na sua falta ou
por algum impedimento;
Ao Diretor e Diretor Auxiliar compete também:
Acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina.
Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
8.1.2 EQUIPE PEDAGÓGICA
Compete a Equipe Pedagógica:
coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento e ensino;
orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em
uma perspectiva democrática;
participar e intervir junto à Direção na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino a partir das políticas educacionais da
SEED e das Diretrizes Curriculares Estaduais e Nacionais;
orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
acompanhar o trabalho docente quanto as reposições de horas aula aos
discentes;
promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando a
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade do ensino para todos;
participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais
do estabelecimento de ensino que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
organizar junto a Direção da escola a realização dos pré-conselhos e dos
conselhos de classe de forma garantir um processo coletivo de reflexão-ação
sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção
decorrentes das decisões do conselho de classe;
subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico,
respeitando a hora atividade concentrada;
proceder a análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados junto a comunidade
escolar com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
participar do Conselho Escolar quando representante do seu segmento
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático pedagógico a partir do
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de
ensino assim como, do processo de aquisição de livros, revistas fomentando
ações e projetos de incentivo a leitura;
acompanhar as atividades desenvolvidas nos laboratórios de Química, Física,
Biologia e de Informática;
propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;
coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
colaborar com a Direção na distribuição das aulas conforme orientação da
SEED;
coordenar junto a Direção o processo de distribuição de aulas e disciplinas a
partir de critérios legais didáticos-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior junto as
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes a avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação, progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
organizar as reposições de aulas, acompanhando junto a Direção as reposições
de dias, horas e conteúdos aos discentes;
orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de Classe;
organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto
Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial,
se necessário;
acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e
curriculares e no processo de inclusão na escola;
assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
participar das tomadas de decisões no âmbito pedagógico e administrativo;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supleti-
vos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s)
dessa(s) ação(ões).
organizar, acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteúdos por
Disciplina.
acompanhar o estágio não-obrigatório.
8.1.3 DOCENTES
Compete ao Corpo Docente:
participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e
as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos
livros e materiais didáticas, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica
do conhecimento pelo aluno;
proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-
se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer
do período letivo;
participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos
com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços
e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola,
com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de
credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada
aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto
aos professores de sala de apoio, a fim de realizar ajustes ou modificações no
processo de intervenção educativa;
estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino cultura, pesquisa e criação
artística;
participar ativamente de todos os momentos de discussão do processo de
ensino aprendizagem na escola;
propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à
equipe pedagógica;
cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, respeitando a hora-atividade
concentrada determinada pela mantenedora, dedicando-se a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da SEED;
manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de
ensino;
participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da
escola com as famílias e a comunidade;
desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em
vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que
lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar
Aos docentes cabe também:
Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica
deste Estabelecimento Escolar.
Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino
que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando
jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas
ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar
em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.
8.1.4 Secretaria e Apoio Administrativo
A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todo o serviço de escrituração escolar e
correspondência do Estabelecimento de Ensino.
Os serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando
a ela subordinados.
O cargo de Secretário é exercido por um profissional qualificado para o exercício
desta função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo com as normas da
Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.
Compete ao Secretário Escolar:
conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED,
que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de
ensino;
distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais
técnicos administrativos;
receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada, organizar e
manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções
normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes;
encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o inativo, de forma
a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade
da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do
aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado;
organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do
regimento Escolar;
zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria;
orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de
Classe com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos
alunos;
participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função;
cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas
da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, da adaptação, aproveitamento de estudos, progressão
parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua frequência, em formulário próprio;
secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros
Didáticos;
participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,
quando solicitado;
manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,
considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo : Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17
(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação - PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB.
Constituição Brasileira – Artigo 205.
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LDBEN nº 9394/96.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivemdo trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
IX. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
9.1. MATRIZ CURRICULAR CURSO TÉCNICO SECRETARIADO
Curso Técnico em Secretariado
Grade Curricular
MÓDULOS DISCIPLINASHORAS/AULA
TL AI AS
MÓDULO I
Inglês Instrumental I 20 10 10Sociologia 20 10 10Contabilidade Básica 20 10 10Língua Portuguesa I 30 15 15Introdução em Direito 30 15 15Técnicas Secretariais I 30 15 15
SUB-TOTAL 150 75 75
MÓDULO II
Língua Espanhola I 20 10 10Matemática Financeira 20 10 10Inglês Instrumental II 20 10 10Filosofia e Ética 20 10 10Língua Portuguesa II 20 10 10Eventos 20 10 10
SUB-TOTAL 120 60 60
MÓDULO III
Língua Espanhola II 20 10 10Inglês Instrumental III 20 10 10Técnicas Secretariais II 20 10 10Introdução a Economia 20 10 10Introdução a Administração 20 10 10Psicologia das Relações Humanas 20 10 10
SUB-TOTAL 120 60 60
MÓDULO IV
Língua Espanhola III 20 10 10Psicologia Organizacional 20 10 10Noções de Informática 20 10 10Técnicas Secretariais III 20 10 10Marketing Empresarial e Pessoal 20 10 10Língua Portuguesa III 20 10 10
SUB-TOTAL 120 60 60Legenda: TL – Teleconferência Interativas AI – Atividades Auto-Instrutivas AS – Atividades Supervisionadas
TOTAL: 1020 510 255 255
10.ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
10.1. FORMAÇÃO CONTINUADA
Discutir a formação dos profissionais da educação escolar, no cotidiano da Escola ,
significa colocar realidade no contexto mais amplo da democratização do ensino e da
própria sociedade brasileira. Isto significa assumir a formação do educador em serviço,
como um meio e não como um fim em si. Vale registrar que a formação do educador
em serviço não vai resolver, por si só, a questão da democratização do ensino, mas,
certamente, terá uma função importante no processo de construção da Escola Pública
brasileira. Uma escola democrática necessita de educadores competentes para que
cumpra, de maneira diferenciada, para melhor, a sua função social.
É na sala de aula e por intermédio da competência docente que o educador
escolar - professor - vai fazer a mediação ("entrar no meio") competente (crítica,
criativa...) entre os educandos e os conteúdos curriculares. Discute-se a importância
do resgate da competência docente (técnica) no bojo da questão maior que é a
construção do saber na Escola Pública. Assim entendida por esta comunidade escolar,
o conceito de competência docente apresenta cinco aspectos essenciais:
• domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado;
• clareza dos objetivos a serem atingidos;
• domínio competente dos meios de comunicação a serem utilizados para a
mediação eficaz entre o aluno e os conteúdos do ensino;
• visão articulada do funcionamento da Escola, como um todo;
• percepção nítida e crítica das complexas relações entre educação escolar e
sociedade.
Insiste-se que a competência docente não é inata ("dom") e neutra, mas sim
construída e inserida num tempo e num espaço. O que significa afirmar que ela varia
nos diferentes momentos históricos, estando sempre comprometida com uma camada
ou outra da população, dependendo do nível de consciência dos educadores.
A Formação de Professores em Serviço no Estado do Paraná
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) tem entre seus
princípios básico a valorização dos profissionais da educação. Assim sendo, a
qualificação do professor, através de cursos de capacitação, grupos de estudos e a
produção de material didático, há um maior alcance destes objetivos, pois a
valorização do profissional da educação reflete diretamente na escola. É evidente que
os diversos problemas existentes no ambiente escolar, não poderão ser resolvidos em
sua totalidade através das políticas adotadas, mas são elementos fundamentais para
o processo de melhoramento da educação pública. As diferentes modalidades de
formação continuada apresentadas pela SEED/PR demonstram a preocupação em
abranger todos os professores, possibilitando aos mesmos, avanços no plano carreira
e principalmente a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, trocar informações e
experiências e a retomada dos estudos, que por vezes são preteridos em função de
suas atividades cotidianas. Estas ações são direcionadas para todo o quadro funcional
da SEED (professores, diretores, pedagogos, bibliotecários, técnicos administrativos,
auxiliar de serviços gerais, merendeiras, inspetores) sempre com o objetivo principal
de valorização do profissional da educação e da escola pública.
O Papel do Diretor na Formação do Professor em Serviço
O diretor da escola portador de certo "realismo crítico" admite que a dinâmica
da Escola é contraditória e, portanto, surgem espaços nos quais algo inteligente,
criativo e crítico pode ser feito em prol da melhoria do ensino e assume que a
formação do educador pode ocorrer em serviço, sendo que a rotina do funcionamento
da Escola pode ser a possibilidade de o professor aperfeiçoar, continuamente, sua
competência docente-educativa, o mesmo podendo ocorrer com diretores, assistentes
e demais profissionais que atuam no sistema formal de ensino.
Um desafio a ser alcançado na formação continuada é o encontro mensal de
professores de uma mesma série, propiciando a conversa, a troca de idéias e a
discussão de seu trabalho cotidiano, buscando formas de atuação
individuais/coletivas no trato das questões pedagógicas que mais lhes afligem, com o
registro das discussões, caracterizando e analisando um conjunto os desafios
vivenciados pelos professores, na busca de instalar no corpo docente da escola a
capacidade de agir, pensar e agir, num processo contínuo de reflexão da própria
prática docente, como fator determinante para uma ação pedagógica mais consciente,
crítica, competente e transformadora.
A hora atividade como formação continuada
A Hora Atividade, implantada através da Lei Estadual nº 13807, de 30/09/2002,
da Resolução nº 305/2004 – SEED e da Instrução nº 02/2004 - SUED é entendida neste
colégio como parte da formação continuada. Através da reserva de tempo no horário
de trabalho para que os professores, de maneira coletiva, repensem a prática, tirem
suas dúvidas, planejem a ação pedagógica, tendo como foco o aluno e seu
aprendizado.
10.2. AVALIAÇÃO DE ESTUDOS
A avaliação escolar tem sido tratada como parte final de um processo
educativo, ou seja, o resultado do processo em que se atribui uma nota quantificando
a aprendizagem do aluno. Privilegia o quantitativo sobre o qualitativo.
Nesta escola, discutiu-se a avaliação a partir de uma incessante leitura da
realidade emergente para a reversibilidade das ações que não atingiram os objetivos
propostos. Entendendo que toda avaliação possibilita a diagnose, mas a avaliação
proposta por esta escola pretente ir além do diagnóstico.
Através de análise do processo de aprendizagem do aluno, os professores
com a equipe pedagógica buscarão maneiras para que a aprendizagem seja garantida
e quando dados apontarem para a não apropriação de conteúdos, serão desenvolvidas
formas apropriadas para a recuperação dos mesmos, num movimento contínuo e
paralelo. O professor estará atendto para verificar o grau de interesse, participação e
nível de aprendizagem, elaborando notificação para que a equipe pedagógica faça as
intervenções necessárias.
Desta forma, a avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem, sendo
contínuo, conforme o artigo 24 da LDB/96 e no Regimento Escolar, nos artigos 119 e
120.
10.3.RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
O colégio, através desta proposta, consolidará o princípio básico do
respeito à diversidade de características e de ritmos de aprendizagem dos alunos e
propiciará oportunidades de aprendizagem, redirecionando ações para superação das
dificuldades e defasagens diagnosticadas no processo de ensino e aprendizagem.
A recuperação, na educação escolar, está prevista na Lei 5692/71, no art.
14: "O aluno de aproveitamento insuficiente poderá obter aprovação mediante
estudos de recuperação proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento", e,
no parágrafo 1º do art.11: "os estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus
funcionarão entre os períodos letivos regulares para, além de outras atividades,
proporcionar estudos de recuperação aos alunos de aproveitamento insuficiente..."
Assim sendo, a proposta do coletivo escolar é que a recuperação de
estudos seja realizada no momento mesmo em que for detectada a deficiência do
aluno e deve ser entendida como uma consequência do processo de avaliação
continuada. A recuperação será proporcionada mediante a atribuição de tarefas e
trabalhos específicos, que planejados pelo professor regente da disciplina recomporão
a aprendizagem do aluno.
10.4.EVASÃO
Os princípios nos quais se baseia a educação de qualidade que o colégio
assume buscar, são: garantia do acesso e permanência, com sucesso, do aluno na
escola; gestão democrática; valorização dos profissionais da educação; qualidade do
ensino;organização e integração curricular; integração escola/família/comunidade.
Especificamente sobre a evasão neste estabelecimento de ensino, dados
(FICHA FICA- 2008/2009/2010) apontam as causas principais do abandono da escola:
1- Defasagem série/idade; 2 - Transferência de moradia; 3 - Reprovação; 4 - Falta de
interesse/desmotivação para os estudos. Através da análise desses dados, se conclui
que a questão da permanência do aluno é perpassada pela flexibilização curricular,
conforme a afirmação de Carvalho(1997),
“Enquanto o acesso à educação for seletivo, tanto para o ingresso como para a
permanência de milhares de alunos na escola, não poderemos falar em igualdade de
oportunidades, nem em pleno exercício da cidadania”. (CARVALHO, 1997, p. 61).
Assim, entendida como um fenômeno que embora aponte situações de
cunho social, a evasão também pode ser produzida no interior da escola quando esta,
na sua organização não reconhece as especificidades do processo de aprendizagem
do indivíduo,este coletivo escolar opta pelo reconhecimento da necessidade de
conceder maior plasticidade, maior maleabilidade ao currículo escolar. Pois entende
que no contexto da educação inclusiva, a flexibilização ou adaptação é uma resposta
educativa que é dada pela escola para satisfazer as necessidades educativas de um
aluno ou de um grupo de alunos, dentro da sala de aula comum, na medida em que o
que se faz são ajustamentos, adequações do currículo existente.
10.5.5ªs. SÉRIES
A passagem da 4ª para a 5ª série, mais precisamente o processo de
transição de uma etapa para outra, é uma preocupação que ocuparam parte das
discussões da comunidade escolar, uma vez que os indicadores de rendimento nesta
série são preocupantes, segundo os dados do ano de 2009 analisados no âmbito desta
instituição, o índice foi de __% de reprovação e __% de abandono, ou seja, dos alunos
matriculados na 5a série, em média __% deles irão compor os índices de distorção
idade-série.
A questão é que a 5ª série do ensino fundamental é marcada por uma
dupla transição: marca a passagem da infância para a pré-adolescência e a passagem
da rede municipal para a rede estadual, isto significa ter que lidar com um universo
novo. Este contexto indica uma peculiaridade que está diretamente relacionada ao
processo de ensino e aprendizagem, conforme o estudo de ESCHILETTI PRATI &
EIZIRIK, aponta a passagem da quarta para a quinta série do ensino fundamental
como sendo um momento emblemático que envolve mudanças,
A quinta série não é necessariamente uma série mais difícil,
mas uma série na qual alunos e pais são desafiados a corresponderem com expectativas
diferentes. O convívio entre alunos e professores com formação específica
gera um campo de estranhamento e criação que logo é compreendido e
vivenciado pelos personagens da passagem como um campo de desafio e
crescimento. (ESCHILETTI PRATI & EIZIRIK, 2006. P. 296) .
Referencia específica de professor: organização do trabalho
pedagógico nas séries finais do ensino fundamental rompe com a figura do/a
professor/a cuidador/a. A principal responsabilidade do trabalho do/a professor/a é
com o ensino dos conteúdos e que o/a aluno/a já possua uma forma de se organizar e
de estudar que permita a aprendizagem, o que raramente ocorre. Importa
proporcionar encontros sistemáticos com as turmas de 5ªs. séries para situá-los
quanto a organização do tempo escolar e suas novas responsabilidades;
Mudança na função dos pais: ao entrar na quinta série, o espaço
escolar assume vários significados. A troca de períodos, os pais não sendo os
responsáveis pelo aproveitamento dos filhos, e, consequentemente, uma maior
apropriação do processo de aprendizagem pelos alunos são algumas alterações que
compõem esse momento escolar.
Diante deste quadro, entendeu-se ser necessário desenvolver ações
voltadas para os pontos reconhecidos pelo coletivo escolar como os decisivos para a
boa transição do aluno, e ficaram estabelecidos que, no acolhimento dos alunos de
5ªs. séries serão efetivados alguns procedimentos, sendo:
pesquisa junto as escolas de origem dos alunos que serão encaminhados via
georeferenciamento para este estabelecimento de ensino sobre desempenho do
aluno;
trabalho sistemático de orientação pedagógica em sala de aula, para
apresentar o tempo e a organização escolar da 5ª série;
reuniões com os pais dos alunos das 5ªs séries para discutir as mudanças que
os filhos/alunos irão vivenciar;
reuniões com os professores das 5ªs séries para discutir curriculo e
metodologia.
10.5.1.SALA DE APOIO
Intencionando evitar um possível abandono ou reprovação devidos a
dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos que entram na 5ª série,
através de observação, diagnóstico e estudos de caso, os alunos que apresentam
defasagem de conhecimento são encaminhados para frequentar a Sala de Apoio à
Aprendizagem no contraturno nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com
o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de
oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas
operações básicas e elementares.
O Programa Sala de Apoio foi implantado pela Secretaria de Estado da
Educação do Paraná para que, o aluno se sinta motivado a continuar a série e
vislumbre a possibilidade de cursar as séries seguintes, e neste estabelecimento de
ensino recebe muita atenção, pois no entendimento do coletivo escolar é de grande
auxílio na melhora da qualidade da educação ofertada.
10.6. CONSELHO DE CLASSE
Historicamente, o Conselho de classe cumpriu uma função aliada à
culpabilização dos alunos que não conseguiam notas suficientes. A justificativa era
sempre encontrada nos problemas comportamentais ou na falta de interesse movida
pela pobreza da família ou da carência afetiva. Dessa forma, a única função do
Conselho era levantar a quantidade de alunos com notas baixas e, dessa forma, o
Conselho de Classe manifestava-se como um instrumento legitimador do fracasso
escolar de grande parte dos alunos. Assim sendo, tornou-se urgente um estudo da
legislação e do regimento escolar com intenção de reorganizar o Conselho de classe
em momentos de preparação e de execução, com ações distintas para professores,
alunos e pais.
O Conselho de classe desdobra-se em: pré-conselho, conselho e pós-conselho,
centrando-se na reflexão sobre a prática pedagógica, o planejamento, a avaliação e a
recuperação de estudos, contribuindo para que os problemas de aprendizagem sejam
detectados e, a partir desse diagnóstico, serem encaminhadas ações que visem
solucionar esses problemas e garantir a aprendizagem de todos, conforme o objetivo
central do Projeto Político Pedagógico da escola.
Neste prisma, o Conselho de classe deve estar no movimento de totalidade de
organização do trabalho pedagógico, sendo um dos componentes-chave desse
processo, atuando como momento de decisões para a recondução da prática
pedagógica, dividindo-se em três momentos, sendo:
Pré-Conselho: este acontece através dos encaminhamentos semanais feitos
pelos professores para a Equipe Pedagógica via formulário específico no qual consta o
um breve relato da situação do aluno. São informadas as dificuldade de compreensão
dos conteúdos, de realização de tarefas e trabalhos e do baixo aproveitamento nas
avaliações, além das faltas. Após analisados, os encaminhamentos servem para apoiar
as ações pedagógicas a serem desenvolvidas especificamente para cada aluno. A
Equipe Pedagógica também desenvolve um pré-conselho com os alunos, se reunindo
com a turma em sala de aula e discutindo questões específicas de cada disciplina:
conteúdo, avaliação, didática entre outras. Este material também subsidia a análise da
aprendizagem dos alunos.
Conselho de Classe: com horário e data marcada previamente no calendário
escolar. Os dados obtidos no pré-conselho, organizados sistematicamente são
apresentados pela equipe pedagógica que encaminhará as propostas de recuperação
dos alunos que não atingiram uma aprendizagem satisfatória dos conteúdos. As
propostas irão desde a reestruturação do Plano de Trabalho Docente e seus
componentes, bem como de encaminhamentos que extrapolem esse âmbito como os
encaminhamentos para profissionais especializados e/ou atendimentos pedagógicos
específicos, como Sala de Apoio.Além dos procedimentos de cunho individuais, a
serem inseridos no planejamento das aulas para recuperar os conteúdos dos alunos
que apresentam dificuldades, serão levantadas outras ações que o coletivo pode
programar para melhorar o desempenho da turma no processo ensino aprendizagem.
As ações relacionadas com melhoria do comportamento devem ser objeto de reflexão
no Conselho, mas não podem tornar-se o aspecto central das discussões. As regras,
valores e condutas fazem parte do Regimento escolar, um conjunto de normas que
devem ser perseguidas no cotidiano a fim de realizar o objetivo maior presente no
Projeto Político Pedagógico, que é propiciar condições de aprendizagem a todos os
alunos. Os desvios e dificuldades encontrados devem ser encaminhados aos órgãos
competentes, em parceria com a rede de proteção da criança e do adolescente do
município.
Pós-conselho: é o momento de por em práticas as decisões tomadas no
Conselho de Classe pelo coletivo. São realizadas reuniões com o professor e com o
pedagogo para discutir o Plano de Ação Docente. Com relação às turmas, o pedagogo
retorna às salas de aula e discute as ações que devem ser assumidas por todos, para
resolver cada problema levantado pelos alunos e pelos professores. Os casos
individuais recebem orientação com data marcada, com ou sem a presença dos pais,
dependendo da ação que deve ser realizada.
10.7. AVALIAÇÃO EXTERNA/IDEB
Os resultados das avaliações externas serão tomados na gestão da escola.
Quando da divulgação dos mesmos, serão realizadas reuniões com a comunidade
escolar para que todos tomem conhecimentos dos índices obtidos pela escola. Os
índices serão discutidos pelas instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil e APMF.
Contudo, as discussões sobre os índices serão direcionadas pelas equipes
pedagógicas e diretivas, destacando que os índices das avaliações externas revelam
apenas parcialmente os dados sobre a aprendizagem, sendo fundamental interpretar
os índices a luz das avaliações realizadas pela própria escola como, por exemplo,
índice de alunos aprovados por conselho de classe, dado não computado nas
avaliações externas, mas que é de suma importância para traçar ações voltadas ao
processo de ensino-aprendizagem.
Também serão considerados nas discussões sobre os resultados das avaliações
fatores internos e externos que podem ser tomados como condicionantes de tais
resultados, como por exemplo, região onde a escola está situada, situações de risco
que podem estar submetidos alunos. Enfim, os índices servirão para fomentar
discussões e encaminhamentos de acordo com a realidade de cada escola.
10.8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A Avaliação Institucional terá o objetivo de melhorar o processo de
aprendizagem, visando uma melhor qualidade de ensino para o aluno, e uma
otimização da atuação do professor de forma mais eficiente e atualizada.
Através de constantes debates entre os envolvidos na estrutura educacional
(professores, pais alunos e comunidade), a avaliação do trabalho escolar visa levantar
os pontos positivos e também os negativos existentes, buscando retratar com
fidelidade os problemas atuais do ensino. Desta forma, a busca pela solução de
problemas envolverá todas as possíveis alternativas e a seleção daquela(s)que melhor
atingirá o objetivo.
Todo esse trabalho deverá estar fundamentado no Projeto Político Pedagógico, o
qual deverá ser sempre submetido a revisão anual pelo Conselho Escolar.
XI. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
11.1. ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
Vivemos em uma sociedade marcada pela desigualdade, resultante de
uma economia capitalista que tem como base a exploração do homem pelo homem.
Estes, separados segundo sua classe social.
Os fatores que determinam os diferentes tipos de ações e
comportamentos violentos em nossa sociedade, têm raízes na desigualdade social e
na organização econômica que a configura e sustenta. Como conseqüência, ocorreu o
debilitamento dos laços sociais, o dilaceramento da cidadania e o aumento das
violações dos direitos humanos.
Falar em violência nos dias atuais não possibilita uma resposta a qual
possa elucidar ou justificar esse fenômeno tão simplesmente. Deve-se considerar uma
gama de fatores que contribuem para a sua existência.
Aparecem na escola também, questões que são reflexo da violência em
casa. Violência na família, maus tratos, negligência, abandono, abuso sexual, assim
como disputas que refletem a violência da localidade. Detectam-se padrões de
vitimização que interferem no cotidiano escolar e exigem uma atenção redobrada.
A escola não está condenada a reproduzir a pobreza ou a violência social.
Devemos propor um trabalho estabelecendo conexões: teóricas, entre saberes, entre
práticas, entre grupos de alunos, com setores externos. É possível ter um projeto,
determinar prioridades, pontos de partida e chegada, determinando quem pode fazer,
quando e com quem. A idéia é revestir o sentimento de estudar em uma escola
desvalorizada, em determinação coletiva e democrática como eixo de mudança.
A violência, no âmbito das escolas públicas estaduais, pode ser entendida
como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado e
cuidadoso, por meio de conhecimentos científicos, desprovidos de preconceitos e
discriminações.
Compreendemos que a comunidade escolar deva pautar suas discussões
sobre a violência através de uma postura de compreensão e reflexão, tanto da
violência praticada por sujeitos sociais, dentro e fora da escola, como da violência
praticada pela ou a partir da escola.
11.2.DIVERSIDADE
“As diferenças representam grandes oportunidades de aprendizado”, de
acordo com Barth (1990). Para ele o que é importante nas escolas é o que é diferente.
A total inclusão de todos os membros da humanidade, de quaisquer
raças, religiões, nacionalidades, classes socioeconômicas, culturas ou capacidades,
em ambientes de aprendizagem e comunidade, pode facilitar o respeito mútuo e o
aproveitamento dessas diferenças para melhorar nossa sociedade. É durante seus
anos de formação que as crianças adquirem o entendimento das diferenças, o respeito
e o apoio mútuos em ambientes educacionais que promovem e celebram a
diversidade humana. Buscar estratégias que se traduzam em melhores condições de
vida para a população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e
na construção de valores éticos socialmente desejáveis por parte dos membros das
comunidades escolares é uma maneira de enfrentar exclusões e um bom caminho
para um trabalho que visa a democracia e a cidadania.
A escola regular, dita “de todos”, se reveste de padronizações
engessantes que excluem de maneira velada as diferenças existentes. Busca muitas
vezes anular diferenças, padronizar e modernizar, excluindo assim, quem não cabe em
seus parâmetros. Significa a instauração de critérios que dividem e compartimentam.
É preciso permitir que as diferenças sejam percebidas como enriquecimento na sala
de aula, e não como obstáculos a um padrão único inexistente, mas tantas vezes
proclamado. É preciso também que esse espírito de mudança se renove, buscando a
valorização da diferença ao invés da homogeneização.
Democratizar o acesso para os jovens rurais, indígenas, quilombolas e
portadores de necessidades especiais sobre programas, projetos e ações de seus
interesses, deve ser uma ação governamental. Também investir em ações que
favoreçam a melhoria de qualidade de ensino assegurando padrões adequados para
todos os grupos sociais: por gênero, raça/etnia, situação econômica e para portadores
de necessidades especiais.
11.3.PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
A prevenção ao uso indevido de drogas no âmbito das escolas públicas
estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer
uma abordagem fundamentada teoricamente por meio de conhecimentos científicos.
As propostas de prevenção utilizadas são moralistas e repressivas, limitando a
compreensão de várias manifestações das drogas na sociedade.
Do jovem drogado e violento é extraída a humanidade, ou seja, ele deixa
de existir como sujeito e passa a ser um problema social, não mais um cidadão. Nessa
situação original, reflete-se sobre os direitos dos indivíduos. A juventude pode ser
definida como uma fase de “limiaridade” entre a dependência da família e a
autonomia advinda de sua inserção no mercado de trabalho e das suas relações
sociais adultas. A sociedade de hoje não tem condições de absorver a mão de obra
jovem, e a escola, que não atualizou as formas de relação com a educação,
caracteriza-se como um lugar pouco atraente e gerador de exclusão.
É necessário que se reconheça o problema para que se possa enfrentá-lo.
Os educadores ao compreenderem que o tema drogas foi inserido na agenda
governamental, podem problematizar de forma concreta e direta as suas causas e
conseqüências. Ao disseminarem conhecimento, promoverão reflexões e
questionamentos permitindo a reavaliação de posturas “socialmente aceitas”,
mostrando ao jovem e em conjunto com ele, que este comportamento, de ser usuário
de drogas, traz conseqüências que podem afetar a si mesmos e a outros, e que, nem
sempre, essas conseqüências serão toleradas socialmente.
Um dos principais desafios é o de repensar os discursos e as práticas
repressivas predominantes nos debates sobre prevenção. E assim, encaminhar outras
práticas pedagógicas de prevenção de caráter critico, articulados aos conteúdos das
diferentes disciplinas da educação básica.
11.4.RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Estabeleceu-se ao longo da historia, um divisor étnico-racial que se
dissipou por toda a sociedade brasileira e que também se enraizou nos sistemas
escolares. Muitos anos depois busca-se alterar esse quadro, a partir da educação, mas
infelizmente estamos num sistema arraigado de preconceitos e desqualificações, que
dificulta o processo.
A realidade brasileira de crença e absorção da divisão da sociedade em
raças é um fato consumado que contraria o discurso nacional da democracia racial,
isto porquê, os brasileiros não só acreditam nas raças como também agem em
consonância com elas, fundamentando preconceito, discriminação e segregação, ao
passo que o resultado da crença de que não temos racismo foi, de acordo com muitos
cientistas, um dos piores tipos de racismo que se conhece. “A forma mais eficiente de
reforçar o preconceito é achar que ele não existe, que é natural.” (Kenski, 2003).Sem
a interferência do Estado será muito difícil romper esse sistema que gera exclusão e
injustiça.Para Borges (2002) a própria noção de identidade de uma cultura se dá por
meio da consciência de suas diferenças em relação às outras culturas, sem que, para
tanto, se criem juízos de valor que desqualifiquem uma em detrimento da outra.
Precisamos garantir a vez e a voz dos marginalizados da cultura
dominante, aprendendo a compreender a diferença e a diversidade como fator de
acréscimo e não exclusão.
Pelas Diretrizes (2004), a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens
entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto
conjunto para a construção de uma sociedade justa igual e equânime.
XII.PROGRAMAS EDUCACIONAIS
12.1.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM – ESPANHOL
No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas Estrangeiras
Modernas (LEM), as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) para LEM,
afirmam que “as propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a
atender às expectativas e demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações”
(DCE, 2008, p.38).
Face a isto, observa-se que “na atualidade, vem ocorrendo modificações
significativas no campo da ciência, principalmente no âmbito dos estudos lingüísticos
no que diz respeito à aquisição de LEM” (WOGINSKI, 2005, s/p).
A resolução nº 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,
“a importância que a aprendizagem de LEM tem no desenvolvimento do ser humano quando há compreensão de valores sociais e à aquisição de conhecimentos sobre outras
culturas (SUED/SEED, 2008).
O ensino de LEM se justifica com prioridade, pelo objetivo de desenvolver a
competência comunicativa (lingüística, textual, discursiva e sóciocultural), ou seja,
este desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade de realizar a
adequação do ato verbal ás situações de comunicação.
O ensino da Língua Espanhola no sistema educativo brasileiro remonta aos
últimos cento e vinte anos e, em especial, ao período entre 1888 e 1930, período de
intensa imigração, durante o qual, segundo FERNÁNDEZ, “mais de quatro milhões de
imigrantes, dos quais 12% eram espanhóis ... ocuparam as terras das regiões Sul e
Sudeste em conseqüência das graves crises econômicas que acometiam a Espanha
desde os meados do século XIX” (FERNÁNDEZ, 2005, p.18).
No entanto, essa imigração espanhola para o Brasil deixou expressa muito mais
a sua cultura que sua língua, a qual deu lugar, no ensino das línguas vivas
estrangeiras, aos idiomas francês, inglês e alemão.
1. Conteúdos
Para o ensino e aprendizagem de LEM, as discussões pertinentes aos conteúdos
encontram-se implicadas em seus conteúdos estruturantes, bem como nos conteúdos
básicos, propostos pelas DCE.
A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante o discurso como
prática social e ao mesmo tempo caracteriza os gêneros (textuais, do texto,
discursivos, do discurso) como conteúdos básicos abordados dentro das práticas
discursivas.
Ao gêneros do discurso segundo Bakhtin (1952, p. 279), são definidos como
“tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera de
utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o conteúdo temático,
o estilo e a construção composicional.
Para Marcuschi (2006, p.35), os gêneros textuais “são um tipo de gramática
social, isto é, uma gramática da enunciação”. Sendo assim:
(...) São definidos como textos orais ou escrito materializados ou situações comunicativas recorrentes por tanto organizam nossa fala e escrita, assim como a gramática organiza as formas lingüísticas (MARCUSCHI, 2006, P.35)
Não cabe mais à escola apenas ensinar ao aluno a ler e a escreverem e/ou LEM:
é preciso instruí-lo à relacionar a língua às suas práticas sociais.
Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a
partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o indivíduo primeiro
definiu o seu propósito, para então decidir os gêneros textuais que utilizará.
Com relação às práticas da oralidade, percebe-se a necessidade de trabalhar a
língua falada oportunizando o aluno a perceber suas funções sociais na qual o próprio
aluno utilizará os diferentes gêneros de acordo com seus próprios interesses.
Diante disto, Marcuschi (2001, p.83) argumenta que,
o trabalho com a oralidade pode, ainda, ressaltar a contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições não escritas que persistem mesmo em culturas em que a escrita já entrou de forma decisiva (...) Dedicar-se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para esclarecer aspectos relativos ao preconceito e á discriminação lingüística, bem como suas formas de disseminação
O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM, “têm como objetivo expor os
alunos à textos orais, pertencentes a diferentes discursos (...) é aprender a expressar
ideias em línguas estrangeiras mesmo com limitações (...) também é importante que o
aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo” (DCE,
2008, p.66)
Pretende-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de LEM,
bem como explorar aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como a publicidade
da televisão e do rádio, por exemplo.
No que diz respeito á prática da leitura, observa-se que o papel primordial da
utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do
conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o aluno
interage.
De acordo com as DCE (2008), a respeito da leitura discursiva,
Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação à tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribuiu coerência pela construção de significados (DCE, 2008, p.65).
Koch e Elias (2007, p.37), apontam para o fato de a leitura ser “uma atividade
de construção de sentido que pressupõe a interação autor-texto-leitor, é preciso
considerar que nessa atividade, além das pistas e sinalizações que o texto oferece,
entram em jogo os conhecimentos do leitor”.
Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que
estes são constituídos de um determinado modo e de certa função dentro de um
domínio discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando que,
(...) A escrita/fala baseia-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos e ouvimos enunciados (KOCH, ELIAS, 2007, p.101)
Para Foucambert (2008, p. 25), “não se pode mais esquecer que, ao aprender o
mecanismo da leitura, conquista-se também um instrumento de comunicação”.
No que tange as práticas da escrita, “(...) não se pode esquecer que ela deve
ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa” (DCE,2008,
p.66)
As Condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros textuais
desenvolveram no aluno,
(...) a possibilidade ou necessidade de usar a língua escrita como forma de comunicação, de interlocução em situações na qual a expressão escrita se apresenta como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de conotação, de interação, e que o aluno tenha, pois, objetivos para escrever e destinatários (leitores) para quem escrever (SOARES, 1999 apud WOGINSKI, 2008, p.63).
No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos
parcialmente) das questões que adequaram-se formal no processo da escrita para
focar-se também à adequação comunicativo-discursivo do texto.
Conforme Kock e Elias (2009), a produção escrita recorre a conhecimentos
armazenados na memória. Esses conhecimentos resultam das inúmeras atividades em
que o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como são concebidas pela ativação
de modelos cognitivos sobre as práticas interacionais, histórica e culturalmente
constituídas, portanto,
Para atividade de escrita, o produtor precisa ativar “modelos” que possuí sobre práticas comunicativas configuradas em textos, levando em conta elementos que entram em suas composições (modo de organização), além de aspectos do conteúdo, estilo, função e suporte de veiculação (KOCH, ELIAS, 2009, p.43)
A elaboração de atividades que envolveram a diversidade de gêneros textuais,
como a (re)produção de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete certamente
atenderão á demanda das práticas lingüísticas da escrita, bem como oportunizarão à
reflexão sobre os mecanismos lingüísticos que envolvem o processo da escrita.
Portanto, é necessário considerar “(...) o que os alunos precisam aprender sobre
a ação da linguagem configurada do gênero?) (WOGINSKI, 2008, p.65)
2. Metodologia da Disciplina
A metodologia referente á disciplina de LEM está pautada na seguinte afirmação
de que,
o trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso á informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p.66)
Dessa forma, os procedimentos teóricos metodológicos possibilitarão atender as
necessidades do aluno enfatizando os aspectos e as experiências cotidianas.
Logo, “o ponto de partida da aula de LEM será o texto, verbal e não-verbal,
como uma unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p.63), bem como afirma
Marcuschi (2003, p.22), de que “é impossível se comunicar verbalmente a não ser por
algum gênero assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um
texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade da
língua de estudo na qual o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas (reais)
de fala e escrita e a desempenhar funções lingüísticas a partir de textos.
Assim, as práticas de ensino de LEM estarão subsidiadas pela aproximação dos,
(...) vários gêneros textuais em atividades diversificadas analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p.63).
Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre utilizaram textos para o
desenvolvimento de atividades em compreensão leitora e produção escrita. No
entanto, o que se abordava a partir do uso destes textos eram os aspectos
gramaticais visando os elementos puramente estruturais da língua, isso é,
concebendo-a como código e desconsiderando-a enquanto discurso.
No que se refere à ditatização de gêneros textuais, Woginski (2008) reitera que,
Devemos lembrar, e que o uso e o manejo de um gênero textual qualquer que seja ele deve provocar no aluno a curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e, (re)construção de sentidos com os textos (WOGINSKI, 2008, p.63).
O ensino de LEM também devera abortar também as questões relacionadas às
línguas estrangeiras, pois os textos literários são materiais muito ricos não se
limitando a aspectos estruturais da língua, bem como estes textos literários divulgam,
aproximam e valorizam a cultura de um povo.
Sobre as questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio
literário, observa-se que
(...) literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a apreciação do uso da linguagem em suas diferentes manifestações, já que ela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros em dialetos variados, dentro de um marco social (MCKAY, 1982 apud WOGINSKI, 2004, s/p).
As DCE (2008, p.67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos
alunos deverão se propor atividades que cobrem para que eles analisem os textos e
os percebam como prática social de uma sociedade em um determinado contexto
sóciocultural”.
De acordo com Woginski (2008, p. 104) fundamentado nos estudos de apenas
LOPES-ROSSI (2006), “o trabalho com os gêneros desenvolvidos através de projetos
pedagógicos é ideal para melhorar a aproximação das características típicas dos
gêneros”.
Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicos serão realizados em
modelos didáticos” objetivando a aquisição da língua alvo partindo do gênero textual
como conteúdo básico da disciplina de LEM, conforme abaixo:
a) Módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a caracterizar o gê-
nero de estudo e a reconhecê-lo na sociedade tendo como base uma necessida-
de (ou motivo) de produção ( de interação ) escrita ou oral, bem como discutir a
reconhecer as propriedades discursivas, temáticas (o que geralmente é dito
nesses mesmos gêneros), estilísticas (o que geralmente é registrado como mar-
ca enunciativa do produtor destes gêneros, o que é utilizado como recurso lin-
güístico e análise lingüística: recursos gramaticais, lexicais e recursos não-ver-
bais) e composicionais (como geralmente é organizado esse gênero, qual é a
sua característica e a sua sequência tipológica) do gênero selecionado;
b) módulo didático de produção escrita, no qual aluno e professor poderão
planejar a produção e coletar informações para a primeira versão da escrita do
texto. Na sequência revisar e re-escrever o texto produzido em colaboração
(aluno e professor) e por fim a produção final procurando aproximá-lo daqueles
gêneros que circulam na sociedade;
c) módulo didático de divulgação ao público, no qual aluno e professor
poderão indicar o suporte (meio) para a circulação do gênero produzido, bem
como realizar ações para efetivar esta circulação fora da sala de aula e se
possível da escola.
As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” deverão se caracterizar como uma sequência didática a qual é definida como “um conjunto de
atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p. 97).
Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM, deverão ser desenvolvidas em três etapas:
33. etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os conhecimentos
prévios do aluno, bem como discutir questões referentes à temática, construir
hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a partir do
texto, antes mesmo da leitura;
34. etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou desconsiderar
as hipóteses anteriormente apresentadas;
35. etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a compreensão
de leitura e expressão escrita, bem como atividades que explorem a
compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades variadas, não
necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.
Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o aspecto
cultural deverá caracterizar-se como prática e hábito no processo de aquisição de uma
LEM, pois segundo Giovannini (1996) citado por Woginski (2004, s/p), “uma língua
desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento estéril e carente de
significados.” Portanto, ensinar os elementos culturais que regem uma língua e esses
articulados aos próprios elementos linguísticos dessa língua favorecem além da
aquisição da língua, também a aquisição do modo de viver daqueles que a falam.
4 .AVALIAÇÃO
A avaliação do rendimento escolar será ampla e continua no sentido de revelar
o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como, de
proceder à apuração para fins de aprovação:
a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências
educacionais vivenciadas;
b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação das
dificuldades e deficiências do aluno no processo de aprendizagem.
Na apuração do rendimento escolar levar-se-á em conta as diversas formas de
avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico das
dificuldades e de assessoramento na superação das mesmas e deverá abranger:
a) Avaliação de Aprendizagem Escrita – com referência aos conteúdos básicos
b) Avaliação de Aprendizagem Oral – conhecimento da forma estândard da língua
de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das variantes linguísticas
(escolhas, estilos, criatividade e variação da língua) a partir dos conteúdos básicos
(anexo) da disciplina de Língua Polonesa;
c) Atividades Avaliativas – trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos
individualmente e/ou em grupos como recurso para a fixação dos conteúdos básicos
(anexo) da disciplina de Língua Polonesa;
d) Atividades Extraclasses – trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter prático,
materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos conteúdos básicos da
disciplina de Língua Polonesa, objetivando a complementação dos estudos da língua-
alvo e de acordo como o Plano de Trabalho Docente.
Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das
atividades avaliativas e das atividades extraclasse de cada semestre - conforme o
Projeto Político-Pedagógico do CEP - será atribuída uma média semestral e
posteriormente, uma média anual a cada aluno.
Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008,
6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas
expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez
vírgula zero). (...) 6.16 Os alunos do CELEM que apresentarem
freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e a média
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão
considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008,
p. 5).
Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação,
A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a
clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do
ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de
avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e
maneiras de expressar seu conhecimento (DCE, 2008, p. 33).
No que se refere aos instrumentos de avaliação as DCE (2008, p. 32)
argumentam que “os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de
acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os
critérios estabelecidos”.
Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação
devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-
metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.
5 REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: ___. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1952. p. 279-326.DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Seqüências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2004. p. 95-128. (Tradução de Roxane Helena Rodrigues Rojo e Glaís Sales Cordeiro)DRABOWSKA, A. Jezyk polski. Wydawnictwo Dolnoskie. Wroclaw, 1998.FERNÁNDEZ, F. M. El español en Brasil. In: SEDYCIAS, J. (org.) O ensino de espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São Paulo: Parábola. Editorial.2005.FOUCAMBERT, J. Modos de ser leitor: aprendizagem e ensino da leitura no ensino fundamental. Curitiba (PR): Editora UFPR, 2008. 170 p. (Tradução de Lúcia Peixoto Cherem e Suzete P. Bornatto)KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. 220 p._____. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2007. 216 p.LOPES-ROSSI, M. A. G. Gêneros discursivos no ensino de leitura e produção de textos. In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. 2. ed. rev. e ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. p. 73-84.MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, A.; GAYDECZKA, B.; BRITO, H. S. (orgs.) Gêneros Textuais: reflexões e ensino. 2. ed. rev. e ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. p. 23-36._____. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (orgs.) Gêneros Textuais & Ensino. 2. ed. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2003. p. 19-36._____. Oralidade e o Ensino de Língua: uma Questão Pouco “Falada”. In: DIONÍSIO, A. P.; BEZERRA, M. A. O livro didático de português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001. Cap. 1. p. 19-32.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. 88 p. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/lem.pdf> Acesso em: 01 fev. 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 22 p. Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.pdf> Acesso em: 01 fev. 2009.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 01 p.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. Colégio Estadual do Paraná (CEP). Curitiba, 2008.WACHOWICZ, R. C. Aspectos da imigração polonesa no Brasil. Projeções. v. 1. Curitiba: 1999. p. 10-31.
_____. O camponês polonês no Brasil. Curitiba: Fundação Cultural Casa Romário Martins, 1981.
WOGINSKI, G. R. Gêneros textuais e didatização de gêneros: reflexões sobre as dimensões das propostas didáticas no ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras. In: Anais. 8º Encontro de Iniciação Científica e 8ª Mostra de Pós-Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2008. p. 56-66.
_____. Lingüística aplicada ao ensino do espanhol como língua estrangeira – a interlíngua – interface espanhol e inglês: um estudo de caso com falantes da língua portuguesa. In: Anais. V Encontro de Iniciação Científica e V Mostra de Pós-Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2005. 07 p.
_____. Conto literário: ferramenta de aproximação didática no ensino da língua espanhola. In: Anais. IV Encontro de Iniciação Científica e IV Mostra de Pós-Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2004. 05 p.
12.2.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR VIVA A ESCOLA
O Programa Viva a Escola surgiu como uma proposta de Ensino com o intuito de
estabelecer um maior contato entre os alunos, comunidade escolar e escola, visa a
amplitude da carga horaria e de atividades desenvolvidas pelo educando em sua esco-
la. O projeto é oferecido no contra turno das aulas e tem atividades socioculturais e
desportivas, o que oportuniza o desenvolvimento do aluno possibilitando o resgate da
valorização pessoal e o desenvolvimento da cidadania. Esta modalidade de ensino, re-
conhece a necessidade que o aluno possui em desenvolver-se como um todo, convi-
vendo com a diversidade, construindo conceitos e valores que o possibilitem uma (RE)
construção do conhecimento, ajudandando-o a compreender e transformar o meio em
que esta inserido . Sendo assim, a escola desempenha um papel ainda mais significa-
tivo no processo ensino/ aprendizagem, pois possibilita a seus educandos uma demo-
cratização sistemática do conhecimento, auxiliando seus alunos a se tornarem autôno-
mos.
OBJETIVOS DO PROGRAMA
O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas
na escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico,
a fim de atender às especificidades da formação do aluno e de sua realidade. As Ativi -
dades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes objetivos: Dar
condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública Esta-
dual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no esta-
belecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar; Viabilizar o
acesso, permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas de seu
interesse; Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazen-
do a interação com colegas, professores e comunidade. O Programa compreende qua-
tro núcleos de conhecimento: Expressivo-Corporal: esportes, jogos, brinquedos e brin-
cadeiras, ginástica, lutas, teatros, danças; Científico-Cultural: história e memória, cul-
tura regional, atividades literárias, artes visuais, músicas, investigação científica, di-
vulgação científica e mídias; Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas; Sala de Apoio à Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de
Recursos; Sala de Apoio da Educação Escolar Indígena; Integração Comunidade e Es-
cola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório para o Vestibular.
PROGRAMA VIVA A ESCOLA – DETETIVES DO CONHECIMENTO
Justificativa Pedagógica
Este projeto esta sendo desenvolvido tendo como principal objetivo ressaltar a
importância da investigação científica no cotidiano escolar dos alunos. Proporcionando
o entendimento de que as pesquisas realizadas no campo do conhecimento são funda-
mentais para a manutenção da vida e da conservação do planeta, pois é através do
conhecimento que conseguimos o sustrato para nossa subsistência. Pois foi e é atra-
vés de questionamentos que o homem pode tecer diversas analises e interpretações
sobre o mundo que os rodeiam. Nesse ponto a Filosofia aparece como um dos pontos
norteadores, pois trabalha com a problematização. A investigação e a criação de con-
ceitos acerca dos conteúdos que fazem parte da existência humana como um todo,
possibilitando analises de diversos assuntos de diversas maneiras. E neste contexto, a
Filosofia aparece como uma proposta de investigação científica, como proposta de
análise de diversas propostas de pensamento, da retomada de valores já existentes e
seus significados, para que possa-se situá-los em um contexto histórico e social, pois
estes são resultados do processo de transformação do pensamento humano no decor-
rer de sua história, ou seja, a investigação científica contribui para a promoção e a ela-
boração do pensamento abstrato, crítico, racional e autônomo. Enfim, este projeto é
idealizado para que possibilite ao aluno o acesso a informação e perceba que este co-
nhecimento adquirido estarão os auxiliando a se tornarem cidadãos conscientes. Bus-
cando sua autonomia através das tentetivas elaboradas para a solução de questiona-
mentos inerentes ao ser humano.
Fundamentação teórica
A Filosofia surgiu a partir da inquietação e da curiosidade humana a respeito do
seu ser e do universo que o cerca. Problemas como a estrutura do universo, a origem
das noções do bem e do mal, os efeitos que a consciência humana projeta. A Filosofia
trabalha com a problematização. A investigação e a criação de conceitos acerca dos
conteúdos que fazem parte da existência humana como um todo, possibilitando anali-
ses de diversos assuntos de diversas maneiras. Filosofia se apresenta como um exercí-
cio que possibilita ao educando um maior desenvolvimento em seu próprio estilo de
pensamento, pois não se conhece nenhum momento em que o sujeito não seja convi-
dado a pensar, refletir e agir sobre as situações que o cercam no mundo, ou seja, todo
sujeito entende o mundo sobre uma determinada ótica, seja ela, uma concepção de
mundo, uma linha de conduta moral, social ou política, devendo ser atuante para se
manter ou de mudar a maneira de pensar, refletir ou agir coerentes com seu tempo.
Objetivos Gerais
Estabelecer um maior contato da comunidade escolar com os alunos do Ensino
Fundamental (7° e 8° séries) e Médio, fazendo com que eles despertem um maior inte-
resse pelos os estudos, para que assim, adquiram o hábito da leitura de jornais, revis-
tas e artigos cientítifos. Para que estes alunos percebam que A pesquisa na escola é
uma das ferramentas essenciais para o processo de aprendizagem. Em vários momen-
tos do nosso dia, estamos sempre pesquisando alguma coisa: o canal que vamos as-
sistir na televisão o alimento que vamos ingerir, a roupa que vamos utilizar, enfim so-
mos levados o tempo todo a pesquisar.
Objetivos Específicos
• Incentivar os alunos a realizarem pesquisas;
• Familiarizar os alunos com conceitos científicos;
• Proporcionar aos alunos instrumentos para a criação de jornal científico;
• Incentivar a produção de roteiro teatral;
• incentivar e orientar os alunos na construção e dramatização de peça teatral.
Encaminhamento metodológico
O encaminhamento metodológico ser fará em quatro momentos: a sensibiliza-
ção, a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Tais momentos segui-
rá atrvés de apreciação de vídeos, filmes, documentários; bem como leitura e inter-
pretação de textos filosóficos e científicos, artigos de revistas e jornais, pesquisas em
sites, blogs e livros, pesquisas através de questionários, entrevistas, através de mídias
como TV, rádio, vídeo e dvd, pesquisa através de analise de imagens, gráficos e tabe-
las, e ainda, estudos dirigidos, criação e elaboração de jornais científicos, criação e
elaboração de roteiro teatral e apresentações teatrais e, ainda, debates onde os alu-
nos poderão expressar seus conhecimentos e opiniões, bem como aquilo que apren-
deu nas suas pesquisas, ou seja os conteúdos serão trabalhados de maneira clara,
possibilitando o aumento da capacidade de argumentação, conceituação e criativida-
de do aluno. Visitação a bibliotecas, museus e palestras.
Infraestrutura
As aulas de investigação científica serão desenvolvidas na própria escola, diver-
sificando de acordo com a disponibilidade da biblioteca, sala de informática, sala de
aula e sala de vídeo.
Recursos materiais
Folha sulfite, canetas, lápis, borracha, DVDs regraváveis, Aparelho de DVD, Televisão
Multimídia, tonner para impressão de materiais.
Resultados esperados
Por meio dos conteúdos e métodos trabalhados espera-se que o aluno compre-
enda que toda a forma de investigação científica, no campo da filosofia, se dá de for -
ma autonoma, ou seja, de forma questionadora da verdade o que permite-se retornar
as problemáticas já pensadas na perspectivas de novas soluções relativas ao seu tem-
po, tornando-os visíveis e compreensíveis em seu significado e na dinamica social es-
tabelecida pelo individuo com a sociedade.
Critérios de participação
Serão 20 (vinte) alunos selecionados, a partir da demosntração de interesse em
aprender diferentes formas de pesquisas de investigação científica, e na ordem de ins-
crição, independente de conhecimento prévio ou grau de dificuldade, ressaltando a
necessidade do comprometimento dos mesmos com o projeto a ser desenvolvido e
com as disciplinas de sua grade curricular de seu turno normal de aula, para que esta
atividade seja um incentivo para que mantenha ou melhore seu rendimento escolar.
Critérios, estratégias e instrumentos de avaliação
Avaliação será de forma diagnóstica e processual de acordo com o desenvolvi-
mento das pesquisas (aulas) e o desenvolvimento individual de cada aluno, e para isso
será utilizado alguns critérios: participação do aluno (frequência de desenvolvimento
de pesquisas), apresentação de pesquisas individuais e em grupos. Apresentação de
peças teatrais sobre temas pré-estabelecidos, elaboração e criação de jornais científi-
co, no decorrer do ano letivo.
Plano de Trabalho Docente
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mito e filosofia;
Ética;
Filosofia da Ciência;
Filosofia Política.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Origem e caracterização do Mito;
O saber filosófico;
Os primeiros filósofos;
Conceituação de Ética, moral, liberdade, violência;
Senso comum,
Conhecimento filosófico, c
Concepções de ciência,
Método científico;
Democracia,
Absolutismo,
Liberalismo,
Cidadania formal e/ou participativa.
JUSTIFICATIVA
Conhecer as diversas formas de pesquisas; possibilitar que o aluno desenvolva
sua curiosidade e criatividade buscando formas de solucionar problemas propostos
dentro do seu cotidiano, estabelecendo um paralelo entre o passado e o presente vi-
venciado pelos mesmos; possibilitar que o aluno perceba o desenvolvimento alcança-
do pela humanidade através de questionamentos e pela busca de respostas para as
suas aflições.
ENCAMINHAMENTO
Encaminhamento metodológico ser fará em quatro momentos: a sensibilização,
a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Tais momentos seguirá
através de apreciação de vídeos, filmes, documentários; bem como leitura e interpre-
tação de textos filosóficos e científicos, artigos de revistas e jornais, pesquisas em si-
tes, blogs e livros, pesquisas através de questionários, entrevistas, através de mídias
como TV, rádio, vídeo e dvd, pesquisa através de analise de imagens, gráficos e tabe-
las, e ainda, estudos dirigidos, criação e elaboração de jornais científicos, criação e
elaboração de roteiro teatral e apresentações teatrais e, ainda, debates onde os alu-
nos poderão expressar seus conhecimentos e opiniões, bem como aquilo que apren-
deu nas suas pesquisas, ou seja os conteúdos serão trabalhados de maneira clara,
possibilitando o aumento da capacidade de argumentação, conceituação e criativida-
de do aluno. Visitação a bibliotecas, museus e palestras.
RECURSOS DIDÁTICOS E MATERIAIS
Livros da biblioteca do professor, livro didático público de Filosofia e disciplinas
envolvidas nas pesquisas; Folha sulfite, canetas, lápis, borracha, DVDs regraváveis,
Aparelho de DVD, Televisão Multimídia, tonner para impressão de materiais.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Avaliação será de forma diagnóstica e processual de acordo com o desenvolvi-
mento das pesquisas (aulas) e o desenvolvimento individual de cada aluno, e para isso
será utilizado alguns critérios: participação do aluno (frequência de desenvolvimento
de pesquisas), apresentação de pesquisas individuais e em grupos. Apresentação de
peças teatrais sobre temas pré-estabelecidos, elaboração e criação de jornais científi-
co, no decorrer do ano letivo.
CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
Em cada bimestre será proposto aos alunos o desenvolvimento de uma pesqui-
sa com temas pré-selecionados e com a elaboração de atividade avaliativa como: jor-
nal científico, elaboração e apresentação teatral no final de cada bimestre será apre-
sentado o resultado para a comunidade escolar.
12.3. PROGRAMA VIVA A ESCOLA – A ARTE DA DANÇA
JUSTIFICATIVA:
Ensinar dança na escola, é oferecer ao educando mais uma possibilidade de vi-
venciar uma das linguagens artísticas, que nem sempre é possível dentro das aulas de
Arte devido a diversos fatores como: habilitação do professor na área específica, inte-
resse em associar o conteúdo ao seu planejamento, espaço e estrutura na escola, etc.
A dança é mais uma forma de disponibilizar o acesso a diversidade cultural, permitir
ao educando, conhecer, compreender e trabalhar corporalmente as diferentes concep-
ções de dança através da história da humanidade. O fazer-sentir dança enquanto arte,
propõem uma percepção diferente das relações com nós mesmos, do contato com ou-
tro ser e com o mundo. Segundo Bosi (p.49, 1991) “O corpo que baila busca incessan-
temente sair de si, encontrar-se com um ser – ou em um ser – que lhe dê em plenitude
aquela mesma vida que aquece e move cada gesto seu.” A partir dessa reflexão de
Bosi, nos permitimos também refletir que o ser humano necessita vivenciar a expe-
riência de comunicação e expressão emoções, sentimentos e idéias, que permita de-
senvolver sua criatividade, através de atividades como a dança, pois, além da comuni-
cação é através dela que nos permitimos desenvolver a inteligência corporal sinestési-
ca, que é a capacidade para resolver ou criar produtos através do uso de partes ou de
todo o corpo. Além disso, a dança trabalha a coordenação grossa ou fina em esportes,
artes cênicas ou plásticas, no controle de movimentos do corpo e na manipulação de
objetos com destreza. A prática a partir dos elementos caracterizadores (força, fluên-
cia, espaço e tempo), fará com que o educando tenha uma melhora no seu desenvo-
lvimento corporal e na percepção do seu corpo, interferindo nas suas relações sociais,
afetivas, e na sua auto-estima.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O homem utilizou a dança desde o início dos tempos, utilizando-a como lingua-
gem corporal para simbolizar sentimentos, celebrar a natureza, o amor, guerras, paz,
homenagear deuses, etc. Segundo Dionísia Nanni (p.182 -1995) “O corpo em todo o
processo de evolução do ser humano é sempre um instrumento de evolução do con-
texto histórico em que vive e é ao mesmo tempo, um reflexo deste”.
A partir dessa análise de Nanni sobre o corpo, e como ele é reflexo da sociedade, per-
cebemos que o movimento corporal na dança, é uma experiência estética além de
uma forma de expressão corporal. A dança como forma de conhecimento dentro da
disciplina de Arte, e de acordo Marques, (p.24 – 2007), para que possamos compreen-
der estética e artisticamente a dança, “...é necessário que nossos corpos estejam en-
gajados de forma integrada com o seu fazer-pensar. Essa é uma das grandes contribui-
ções da dança para a educação do ser humano – educar corpos que sejam capazes de
criar pensando e re-significar o mundo em forma de arte.” O experenciar, no caso da
dança, é dançar, apreciar, para conhecer e compreender o mundo de forma diferencia-
da, ou seja, artística e estética. “...o corpo na dança torna-se fonte de conhecimento
sistematizado e transformador”, afirma Marques. A partir disso, podemos verificar que
a dança na escola, é mais uma forma de conhecimento para que o educando se torne
capaz de conhecer e transformar o mundo. Nessa mesma linha de pensamento, Nanni
(p.182 - 1995) conclui: “A dança tendo como fator fundamental o movimento, transmi-
te e reflete valores sociais do contexto onde se acha engajada e portanto, poderá con-
tribuir para o processo de renovação e transformação do ser humano.”
OBJETIVOS
• Compreender e respeitar a diversidade cultural;
• Conhecer as diferentes formas e técnicas de expressão da dança;
• Possibilitar a experenciação de algumas modalidades de dança;
• Conhecer a história da dança através dos tempos e seus dançarinos de renome;
• Fazer uso da expressão corporal na transmissão de sentimentos e idéias;
• Possibilitar improvisação e a criação coreografias individuais e em grupo;
• Vivenciar a experimentação da movimentação corporal, conciliando som, técni-
ca, ritmo e espaço;
• Praticar uma atividade física saudável e agradável;
• Socializar com outro ser, respeitando o seu corpo e o do outro no contado físico
e a forma de se expressar de cada um;
• Atrair o aluno para a escola para realizar uma atividade em seu contra-turno,
que seja de seu interesse e lhe proporcione ao mesmo tempo prazer e conheci-
mento.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O encaminhamento metodológico se fará a partir de três momentos: o sentir e
perceber, o conhecimento em arte e o trabalho artístico. O encaminhamento não se-
guirá por regra essa sequência, mas alternando entre um e outro momentos descritos
sendo dado mais ênfase no trabalho art itico. Num momento, se fará a apreciação deś
vídeos, filmes e se possível, apresentações ao vivo de espetáculos. Em um outro, se
fará a proposta dentro do cronograma de pesquisas que estejam relacionadas com a
modalidade proposta. Finalmente, num terceiro momento, o do fazer artístico, a reali-
zação da parte prática da dança, sempre iniciando com exercícios de alongamento,
partindo para técnicas e passos de acordo com a modalidade escolhida, ensaios de al -
guns passos com posterior montagem de coreografias.
Entretanto, as peculiaridades de cada aluno serão levados em conta de acordo com as
informações sobre os conhecimentos que eles já possuem, utilizando-se das diferentes
técnicas, estilos e modalidades de dança, conceituando e contextualizando de acordo
com o tema proposto para a aula.
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais: Movimento corporal, tempo e espaço
Composição: Ponto de apoio, salto e queda, rotação, formação, deslocamento, core-
grafia, gênero e técnicas;
Movimentos e Períodos: Dança Clássica, Dança Moderna, Contenprânea, Popular, Hip
Hop
OBJETIVOS
• conhecer as diferentes técnicas e expressão da dança;
• possibilitar a experienciação das diferentes modalidades da dança;
• participar de coregrafias em grupo;
• possibilitar ao aluno a criação de coreografias individuais;
• compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originou.
• Interagir pela dança respeitando o seu corpo e o do outro;
• socializar e respeitar a forma de expressão de cada um;
MEDOTOLOGIA
O encaminhamento metodológico se fará a partir de três momentos: o sentir e per-
ceber, o conhecimento em arte e o trabalho artístico:
• Apreciação de vídeos diversos e filmes como: “ Ela dança eu danço”, “Dança co-
migo”, “Flash Dance” entre outros;
• Pesquisas que estejam relacionadas com a modalidade proposta ou que seja de
interesse dos alunos.
• O fazer artístico, a realização da parte prática da dança, sempre iniciando com
exercícios de alongamento, partindo para técnicas e ensaio de passos de acordo
com a modalidade escolhida, com posterior montagem de coreografias.
As modalidades serão escolhidas juntamente com os alunos, pois serão levados em
consideração, as peculiaridades de cada um de acordo com as informações sobre os
conhecimentos que eles já possuem. Sempre buscando utilizar-se das diferentes técni-
cas, estilos e modalidades de dança, conceituando e contextualizando de acordo com
o tema proposto para a aula.
AVALIAÇÃO:
A avaliação acontecerá de forma diagnóstica e processual de acordo com o de-
senvolvimento das aulas, dos alunos e a superação de suas dificuldades, sempre res-
peitando as potencialidades de cada um, levando-se em conta os seguintes critérios:
• A sua participação, tanto a sua frequência quanto a sua disposição em realizar
as atividades;
• Apresentação das coreografias individuais e em grupo;
• Socialização com os demais do grupo
• Avaliações sobre o trabalhos de pesquisa.
INFRA-ESTRUTURA
As aulas de dança serão desenvolvidas na própria escola, diversificando de acordo
com a disponibilidade das salas de vídeo, sala de artes e pátio coberto.
RECURSOS MATERIAIS
• espelho
• sapatilhas
• tecidos para figurinos
CRONOGRAMA
Será feito o planejamento de acordo com a disponibilidade de horários e locais
onde acontecerão as aulas. Sendo previamente estabelecido que a cada bimestre du-
rante o ano letivo de 2009 será trabalhado uma diferente modalidade de dança.
RESULTADOS ESPERADOS
• Que o aluno conheça e respeitar a diversidade cultural as diferentes formas e
técnicas de expressão da dança;
• Respeite o seu corpo e o contato físico com o outro,
• Conheça os seus limites e melhore a sua capacidade de expressão corporal e
seu condicionamento físico;
• Torne-se um apreciador dessa linguagem artística, tornando-se público e fazen-
do parte de formação de platéia de espetáculos de dança em geral.
• Participe mais ativamente da escola, praticando uma atividade de seu interes-
se, saudável e agradável, que lhe proporcione ao mesmo tempo conhecimento
e bem estar, apreciando e tomando mais respeito pelo espaço escolar.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Os alunos serão selecionados até no máximo 20 participantes, a partir da de-
monstração de interesse em aprender diferentes tipos de dança, priorizando e faixa
etária de 5ª e 6ª séries independente do seu conhecimento prévio ou grau de dificul-
dade. Contudo, será enfatizado que eles tenham um comprometimento com o desem-
penho nas demais matérias do seu turno normal, para que essa atividade extra, tam-
bém se torne um incentivo para seu bom rendimento escolar.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá de forma diagnóstica e processual de acordo com o desen-
volvimento das aulas, dos alunos e a superação de suas dificuldades, sempre respei-
tando as potencialidades de cada um, levando-se em conta os seguintes critérios:
• A sua participação, tanto a sua freqüência quanto a sua disposição em realizar
as atividades;
• Apresentação dos trabalhos individuais de criação de coreografias e em grupo;
• Socialização com os demais do grupo
• Avaliações sobre o trabalho de pesquisa sobre o conteúdo teórico.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
ARANHA, M.L.A. Filosofando: introdução a Filosofia. Moderna.
ARANHA, M.L.A. Temas de Filosofia. 3 ed. Moderna.
ARRUDA, Solange. Arte do movimento. São Paulo: PW gráficos e Associados, 1988.
BERGE, Ivine. Viver seu corpo. São Paulo: Martins Fontes, 1986
BOSI, Alfredo. Reflexóes sobre Arte. São Paulo
CHAUÍ, M.S. Convite a Filosofia. São Paulo: Atica,2002
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9ª ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2002
LABAN, Rudof. Dança educativa moderna. São paulo: ìcone, 1991
MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 4ª ed – São Paulo: Cortez, 2007
NANNI, Dionísia. Dança Educação: Pré-escola à universidade. Rio de Janeiro:
Sprint, 1995
OSSONA, Paulina. A Educação pela Dança. São Paulo: Summus, 1988.
PARANÁ. SEED. Cadernos Temáticos. Curitiba, 2009.
PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia. Curiti-
ba, 2009.
PARANÁ. SEED. Livro Didático Público: Filosofia. Curitiba, 2008.
XIII.PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
XIV. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
Equipe Pedagógica
Ana Claúdia Ozzores ReisCristiane de O LassDenise Cristina RochaJocélia Regina KusmaVeranice Castilhos de Souza
...)nossa prática educativa teria por norte estar atenta a esses elementos trabalhar com o educando para que ele, vagarosamente, possa ir tendo acesso aos níveis cada vez mais sutis da consciência, assim como estando atento às quatro dimensões do ser humano. Com isso, estamos dizendo que nenhum dos elementos componentes da vida humana podem ficar de fora, se desejamos proceder a uma educação integral. Há que se dar suporte para que cada criança, cada adolescente e cada adulto aprenda a estar atento à sua dimensão interna (estética), à sua dimensão comunitária (ética) e à sua dimensão cognitiva (científica), assim como a estar aberto e aprender a acessar, na medida do possível, seus diversos níveis de consciência. Deste modo, estaremos, de fato, dando atenção e criando as condições para uma prática educativa integral do ser humano, desde que estética, ética e ciência estarão sempre presentes em todos os momentos e circunstâncias da prática educativa.”
Website Cipriano Carlos Luckesi
Princípios norteadores do trabalho do pedagogo no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na EJA:
gestão democrática e participativa trabalho coletivo ética profissional educação pública, gratuita e de qualidade comprometimento político-pedagógico
Ação Objetivos Período
Organização arquivos Registros Fichas individuaisdos alunos
Divulgação de Avisos Informar e registrar os avisos à comunidadeescolar
Espelhos Salas Aula Disponibilização de espelhos,Cronograma cronogramas e horários nasHorário salas de aula
Levantamento de atrasos Contato com família sobre atrasos,saídas antecipadas faltas e saídas antecipadase faltas dos alunos
Acompanhamento Sala de Apoio, Verificação da frequência e aproveitamentoViva Escola, aulas de campo,etc
Organização e participar da HAF Para promover estudo, planejamento edos professores reflexão do processo de ensino e aprendi- Todos os meses
zagem
Faltas dos professores Organizar reposição de aulas
Leitura, análise dos casos Intervenção para reversão nos casos deencaminhados pelos professo- baixo desempenho escolarres.
Reunião Conselho Escolar/APMF Participação nas reuniões
Preenchimento e encaminhamento FICAou SAREH
Reunião Pedagógica Organização pauta Maio
Conselho de Classe Todas as turmas Maio
Boletins Entrega boletins aos pais/responsáveis Maio
Reunião com Pais Participação e controle de frequência Maio
Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com MaioInstrução SEED
Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos MaioLivros Registro de Classe - 1º bimestre
Jocop's Acompanhamento de relação de alunosparticipantes e reposição de conteúdos Maio
Planos de Trabalho Docente-2º bim Recebimento e leitura dos PTD dos Maioprofessores
Planos de Trabalho Docente Anual Recebimento e leitura dos PTD dos Marçoprofessores
Reunião com Pais Participação e controle de frequência Março
Ciência sobre a função e responsabilidade Abriltantes e alunos representantes
Livro Registro de Classe Entrega e orientação para preenchimento Abrilconforme Instrução 14/08 e RegimentoEscolar
Reunião Pedagógica Organização da Pauta e Materiais Abril
Conselho de Classe 1º Bimestre Todas as turmas Abril
Jocop' s Acompanhamento de relação de alunos Abrilparticipantes e reposição de conteúdos
Indicação dos professores represen
Ação Objetivos Período
Pré-conselho Professores - durante HAF Junho
Pré-conselho alunos Turmas Ensino Fundamental - 7ªs e 8ªs Junho
Sala de Apoio Relatório para Setor Boqueirão Junho
Fica – Sareh Relatório para Setor Boqueirão Junho
Encerramento 2º Bimestre Orientações sobre preenchimento decanhotos e Livro Registro de Classe Julho
Conselho de Classe Todas as turmas Julho
Semana Pedagógica Participação e sistematização do material Julhodo Núcleo Regional de Curitiba
Boletins Entrega boletins aos pais/responsáveis Agosto
Reunião com Pais Participação e controle de frequência Agosto
Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com AgostoInstrução SEED
Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos AgostoLivros Registro de Classe – 3º bimestre
OBMEP 2009 – 1ª Fase Organização e encaminhamento aosalunos Agosto
Reunião Pedagógica Organização pauta – Participação Agosto
Pré-conselho Professores - durante HAF Setembro
Pré-conselho alunos Turmas Ensino Fundamental – 5ªs e 6ªs Setembro
Encerramento 3º Bimestre – 30/Set Orientações sobre preenchimento decanhotos e Livro Registro de Classe Setembro
Boletins Entrega boletins aos pais/responsáveis Outubro
Reunião com Pais Participação e controle de frequência Outubro
Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com OutubroInstrução SEED
Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos OutubroLivros Registro de Classe – 3º bimestre
OBMEP 2009 – 2ª Fase Organização e encaminhamento aos Outubroalunos
Semana Fera Com Ciência Organização Outubro
Reunião Pedagógica Organização pauta – Participação Novembro
Pré-conselho Professores - durante HAF Novembro
Pré-conselho alunos Todas as turmas Novembro
Conselho de Classe Todas as turmas Dezembro
Sala de Apoio Relatório para Setor Boqueirão Dezembro
Fica – Sareh Relatório para Setor Boqueirão Dezembro
Conselho de Classe Final Todas as turmas Dezembro
Encerramento 4º Bimestre – 18/Dez Todas as turmas
Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com DezembroInstrução SEED
Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos DezembroLivros Registro de Classe – 4º bimestre
Registro de reprovação Organização das fichas de alunos reprova-dos com os respectivos pareceres dosprofessores e equipe pedagógica Dezembro
XV. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os envolvidos na sua
construção. As avaliações pontuais ocorrerão semestralmente e acontecerão no mo-
mento da Formação Continuada , em duas grandes avaliações sobre todo o Projeto no
início do ano letivo e no início do segundo semestre do mesmo ano podendo também
ocorrer todas as vezes que se fizer necessário.
Para a realização destas avaliações semestrais serão convocados os pais,
alunos, funcionários, direção, professores e pedagogos objetivando analisar os pontos
positivos e negativos. Após esta análise, serão efetuadas as mudanças necessárias.