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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE GOIÁS-GO LEANDRO DOS SANTOS SILVA O POTENCIAL PEDAGÓGICO DO USO DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS PARA O ENSINO NO MUSEU DAS BANDEIRAS- CIDADE DE GOIÁS-GO GOIÁS 2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE GOIÁS-GO

LEANDRO DOS SANTOS SILVA

O POTENCIAL PEDAGÓGICO DO USO DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS PARA O

ENSINO NO MUSEU DAS BANDEIRAS- CIDADE DE GOIÁS-GO

GOIÁS

2012

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LEANDRO DOS SANTOS SILVA

O POTENCIAL PEDAGÓGICO DO USO DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS PARA O

ENSINO NO MUSEU DAS BANDEIRAS- CIDADE DE GOIÁS-GO

Monografia apresentada ao curso de Matemática da

Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária

de Goiás-GO, como um dos requisitos para a obtenção

do grau de Licenciado em Matemática.

Orientador: Prof. Rodrigo Bastos Daúde

GOIÁS-GO

2012

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LEANDRO DOS SANTOS SILVA

O POTENCIAL PEDAGÓGICO DO USO DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS PARA O

ENSINO NO MUSEU DAS BANDEIRAS- CIDADE DE GOIÁS-GO

Monografia apresentada no dia ___/___/2012 à Banca Examinadora, como

requisito para a obtenção do grau de Licenciada em Matemática, da Universidade Estadual de

Goiás, Unidade Universitária de Goiás.

Membros da Banca Examinadora

Profº. Rodrigo Bastos Daúde – orientador / UEG

/ UEG

/ UEG

GOIÁS – GO

2012

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Dedico este trabalho aos meus pais e a todos aqueles que

sempre estiveram me estimulando desde cedo à

importância dos estudos na vida do ser humano, e que

sempre acreditaram em minha capacidade para que

pudesse concluir meus estudos realizando um grande

sonho.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus por mais uma vitória que estou conquistando, pois

ele é a razão de tudo, sem ele eu não poderia estar aqui.

Aos meus pais, Iron Nunes da Silva e Divina Rosemeiry dos Santos que sempre me

ensinou que a maior herança que eles poderiam deixar para eu e que ninguém roubaria era os

estudo, pela dedicação e serem meus melhores amigos, sendo eles o meu maior orgulho. Eles

que mim apoiaram e estavam ao meu lado nas horas que mais precisei, mim fazendo acreditar

que eu era capaz de conquistar meus objetivos, eles que são meus exemplos de vida abrindo a

mão de várias coisas para que eu pudesse concluir este trabalho. A que eu peço a Deus todas

as noites pela minha existência a eles meu muito obrigado.

Ao meu irmão Ian dos Santos Silva que me apoiou e mim ajudou em tudo o que eu

precisei, sendo ele o meu grande amigo de todas as horas.

A todos meus amigos que presenciaram esta fase da minha vida que será lembrada para

todo sempre.

A todos os funcionários da UEG, unidade universitária da Cidade de Goiás que estavam

ali para servir com seu melhor.

Aos professores que participaram para desse momento da minha vida, em especial

aqueles que hoje não se encontra presente no colegiado de matemática.

Ao meu orientador Rodrigo Daúde que além de coordenador de curso, professor

também reserva tempo para orientação não qual fez jus à esse trabalho que é de grande

orgulho.

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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo procurar refletir sobre as diferentes linguagens, recursos

e ambientes que o docente dispõe para conduzir a uma alfabetização científica. Where a

literature search was done with a case study of flags in the museum located in the city of

Goiás-Go, which is a historical museum founded in 1761, showing the potential that has a

historical museum to conduct a scientific education. Também mostra um dos muitos espaços

onde podemos trabalhar com essa vertente da educação, para assim obter um melhor ensino,

igualitária a todos, fazendo com que os próprios alunos construam com competência seu

conhecimento.

Para isto estamos propondo uma atividade neste espaço histórico como suporte teórico

para caracterizar os espaços formal/ informal/ não formal, usamos como referência Gohn

(2010), Martins (2009), entre outros.

Palavras chaves: Educação, ensino, alfabetização científica, espaços.

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ABSTRACT

This work aims to seek reflect on the different languages, environments and resources

that the teacher has to lead to scientific literacy. Where a literature search was done with a

case study of flags in the museum located in the city of Goiás-Go, which is a historical

museum founded in 1761. Showing the potential that a museum has to conduct a scientific

education. It also shows one of the many areas where we can work with this aspect of

education, so as to get a better education, equal to all, so that the students build their

knowledge with competence.

For this we are proposing an activity in this historical space as theoretical support to

characterize the spaces formal / informal / non-formal, we use as reference Gohn (2010),

Martins (2009), among others.

Keywords: Education, education, scientific literacy, spaces.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9

1 O PLURALISMO METODOLÓGICO MEDIANTE O ENSINO NOS ESPAÇOS NÃO

FORMAIS ................................................................................................................................ 10

1.1 A SALA DE AULA E SEUS MÚLTIPLOS PARÂMETROS ................................................... 10

1.2 FUNDAMENTOS DO PLURALISMO METODOLÓGICOS E A FORMAÇÃO DO

DOCENTE PLURALISTA ............................................................................................................... 12

1.3 EDUCAÇÃO FORMAL VERSUS EDUCAÇÃO LIBERTADORA ........................................ 13

1.4 EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL, INFORMAL E FORMAL ....................................................... 16

1.4.1 Trajetória do termo educação não formal na literatura: Percursos e Sujeitos ............... 19

1.1.1 A educação não formal: Desafios e Vantagens ............................................................. 23

2 ESPAÇO NÃO FORMAL EM FOCO: MUSEU DAS BANDEIRAS – MUBAN- CIDADE

DE GOIÁS ................................................................................................................................ 25

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO NÃO FORMAL: MUSEU DAS BANDEIRAS – MUBAN

........................................................................................................................................................... 25

2.1.1 O Museu das Bandeiras da Cidade de Goiás: Como ambiente não formal para o ensino de

ciências .......................................................................................................................................... 27

3 RELATÓRIO DAS POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS DO MUSEU DAS

BANDEIRAS ........................................................................................................................... 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 40

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 43

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INTRODUÇÃO

Este trabalho procura refletir sobre as diferentes linguagens, recursos e ambientes

que o docente dispõe para conduzir a uma alfabetização cientifica; neste sentido organizamos

esta pesquisa da seguinte forma.

No primeiro capítulo mostramos os aportes teóricos com a conceituação do

espaço não formal, pluralismo metodológico frente ao ensino não formal, a sala de aula e seus

múltiplos parâmetros, Educação formal versus Educação problematizadora, Educação não

formal; formal e informal e também educação não formal: desafios e vantagens. Enfim

relatamos o que é educação não formal, fazendo uma comparação com as demais educações e

mostrando a sua área de atuação, vemos também a definição de cada uma das educações onde

mostra qual papel desempenha cada um que nela participa.

Através dos parâmetros definimos o que se entende e qual a importância da

educação não formal. Fizemos uma explanação dos fundamentos pluralista para a ajuda na

formação do docente para atuar na educação não formal, mostramos também através da

educação formal versus a libertadora as leis que firmam o papel da educação que é dada

através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Por fim falamos sobre os desafios e as

vantagens da educação não formal que assim como as outras também sofre com seus desafios

no caminhar. E que sua intencionalidade da Educação não-formal esta na ação, no ato de

participar, de aprender e de transmitir ou trocar saberes. O professor ou educador social que

nessa educação recebe este nome tem demasiada e grande vinculação no decorrer do saber.

Apresentamos no segundo capítulo o espaço não formal em foco, falando da

originalidade e a caracterização do espaço não formal dentro do museu das Bandeiras

(MUBAN), que a partir de sua construção que antes funcionava como casa de câmara e cadeia

da província, abriga hoje um museu.

Também relatamos o espaço do MUBAN como sendo um ambiente para a

educação não formal e fizemos um relatório técnico no terceiro capítulo falando sobre pontos

estratégicos para o ensino não formal. Onde podemos criar um roteiro para estudo dentro do

espaço referido acima, não abrangendo todo o museu, mas sim algumas áreas que o educador

social escolher.

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1 O PLURALISMO METODOLÓGICO MEDIANTE O ENSINO NOS ESPAÇOS

NÃO FORMAIS

Nesta seção tentaremos justificar a importância da necessidade de adoção de uma

postura Pluralista quanto as Metodologias utilizadas em sala de aula. Mostrando fatores

presentes na sala de aula que concorrem para esta posição multifacetária e em que elementos

teóricos se baseia o Pluralismo Metodológico. Convergindo desta forma para evidenciar os

Espaços Não Formais como propulsores desta atitude Pluralista, refletindo sobre seus

conceitos, aplicações e implicações.

1.1 A SALA DE AULA E SEUS MÚLTIPLOS PARÂMETROS

É notável as diversas e conflitantes situações a que está exposto o professor em

sala de aula, constituída por alunos de regiões, condições econômicas e culturas diferentes.

Estes elementos permitem-nos afirmar que cada ser humano tem sua própria visão de mundo,

seus próprios desejos e faz a compreensão do que está a sua volta de forma extremamente

particular. Carece informar que na sala de aula o professor tem que lidar com estes vários

pontos de vista; o que pode tornar sua tarefa um tanto quanto difícil.

Entender e conhecer a sala de aula ajuda conduzir este trabalho, pois assim à

variedade de sujeitos pode supor uma variedade de técnicas, na qual é estudada e relatada por

vários autores Laburú, Arruda e Nardi (2003), Gohn (2010) que mostram como o ensino do

não formal atua em seus diferentes campos de ensino, independente de onde ele ocorra.

Assim entendendo que a maioria dos estudantes tende a ter uma visão mais

cotidiana, intrínseca na visualização de conceitos científicos, daí se o professor não se ater a

isto e interagir com este aluno no seu cotidiano as explicações do professor não terá sentido

para este aluno.

Partindo do pressuposto que o processo de ensino e aprendizagem seja bastante

complexo. E esta dificuldade para entender o processo de ensino e aprendizagem decorre em

parte da preocupação de considerar-se o contexto social e a evolução da humanidade na

constituição/construção dos conhecimentos.

Mas o que é parâmetros? Quais contribuições que eles nos trazem para

demonstração de seus resultados? As multiplicidades desses parâmetros podem ajudar no

aprendizado?

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Estas perguntas nos levam a pensar e também nos direcionam para uma procura

melhor de resultados. Entende por parâmetros uma série de conjunções que norteiam e/ou

direcionam para produção de determinados aspectos, seja ele estudantil, individual, social e

outros.

Os parâmetros aqui estudados induzem e mostram como cada aluno aprende e a

qual grupo de parâmetros pertence, uma vez que cada parâmetro tem características próprias e

delineamento de seu caso, constata que os parâmetros são basicamente fundamentados na

aprendizagem do aluno, não apenas aprendizagem, mas também os meios que vivem e na qual

cada tipo de aluno é inserido em uma forma de exercício diferente uma das outras. Tal

multiplicidade de parâmetros contribui para que os professores possam sistematizar e

ingressar cada indivíduo que pertence a uma instituição de ensino e seu grupo.

A partir de parâmetros como estes, Arruda (2001) levanta sete patamares

observados nos perfis dos estudantes com relação a postura do professor, colegas e da própria

escola que indicam possíveis sucessos ou insucessos na futura aprendizagem mediante

interações do individuo com seu grupo, são eles: 1) Rejeição; 2) Indecisão; 3) Demanda

Passiva; 4) Risco; 5) Aprendizagem Ativa; 6) Avanço; 7) Procura Ativa (P.205). Mesmo não

sendo o objetivo desta pesquisa discutir estes patamares, porém eles tendem a variar, desde a

rejeição e o desprezo do conhecimento escolar pelo aluno, onde o docente é considerado

inimigo, ate a procura ativa. Isto depende em grande parte do trabalho do professor em não

querer desconsiderar a historicidade que o aluno traz consigo os valores culturais, saberes de

seu grupo de convivência.

Neste sentido cabe uma reflexão quanto aos métodos que vem sendo aplicados em

sala de aula para alcançar uma aprendizagem efetiva. Daremos ênfase ao Modelo Tradicional

e Construtivista. O método de ensino tradicional apoia-se na postura transmissivista

/positivista, onde somente o professor tem voz ativa e os alunos tidos como produto dos

meios. Todavia, o método de ensino tradicional não é normalmente escolhido devido a uma

convicção positivista, mas por causa de ser o método mais fácil de trabalhar, pois é baseado

na repetição, que pode se perpetuar por muito tempo.

Assim podemos concluir que o método de ensino tradicional não tem significado

explicitamente em construções e descobertas deixando estes alunos com grandes dúvidas e até

mesmo muitas das vezes sem aprendizado. Porém não podemos condenar este método, pois o

processo de ensino aprendizagem acontece em todo e qualquer momento independente de

qual processo de ensino que foi utilizado e na maioria das vezes, grande parte dos professores

lança mão deste método. Vendo assim que esse procedimento de ensino ainda mostra falhas

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na qual a insistência na imitação, obediência, repetição levam a uma negligência da

criatividade individual em danos de competências por ser puramente mecanizada e repetitiva.

Em contraposição a esta postura surge o Construtivismo, admitindo ser inviável

ater há um modelo de didatismo onde se baseia somente na exposição de conteúdos, quando

empregada esse método de ensino, estamos tirando o poder que o aluno tem de construir,

revogamos a eles então como se uma mera figura de aprendizagem, não deixamos se quer eles

trabalhem e descubram por si só. A perspectiva construtivista emerge retirando o aluno da

posição passiva, deixando de privilegiar a repetição mecanizada; se atendo a descoberta e

construção dos conhecimentos a partir de percepções sociais, culturais dos alunos. Ou seja,

será construído o que tem significado para o aluno.

Porém conforme Nuthall & Snook (1973) apud Laburú, Arruda e Nardi (2003)

estes modelos se mostraram limitados e questionáveis tanto em sua concepção epistêmicas e

estratégias próprias de ensino.

1.2 FUNDAMENTOS DO PLURALISMO METODOLÓGICOS E A FORMAÇÃO DO

DOCENTE PLURALISTA

As estratégias usadas nas salas de aulas não se restringem as apresentadas na

seção anterior, existindo diversas outras que privilegiam uma concepção de conhecimento

divergente destas citadas.

Discorreremos sobre o entendimento por Pluralismo Metodológico, apontando

revelar-se que não existe um modelo único e correto de ensino. A pergunta que de inicio se

torna necessária e gera dúvidas é a seguinte: o que é Pluralismo Metodológico?

Buscando significado na Etimologia da palavra damos luz em Pluralismo por

multiplicidade, o maior número, variedade de algo, alguma coisa; em Metodologia temos

caminhos, formas de buscar alcançar um objetivo. Caminhamos para entender o Pluralismo

Metodológico como uma variedade, uma série de procedimentos no qual o professor dispõe e

utiliza em sua pratica pedagógica com intuito de envolver a sala de aula multifacetada.

A principal fundamentação que se encontra numa postura pluralista, não é o de

retirar, sobrepor ou entender métodos com um sentido igualitário; mas sim argumentar que

todos os padrões e práticas metodológicas, até mesmo as mais “aceitas”, apresenta tanto

benefícios quanto ressalvas em seus procedimentos.

A regra do “vale tudo” do pesquisador Feyerabend (1989) apud Laburú, Arruda e

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Nardi (2003) justifica esta defesa em função da quantidade de variáveis envolvidas com

possibilidade de acomodar melhor os mais diversos e discrepantes interesses subjetivos e

individuais presentes na sala de aula. Podemos estender o conceito de Pluralismo a

Anarquismo a partir do momento que não concebemos uma Metodologia melhor que outra,

com autoridade de uma sob as demais; reconhecendo que o melhor caminho seja a

substituição de uma metodologia única para cooperação entre as diferentes, daí podemos falar

em Anarquismo Metodológico.

Queremos deixar claro que esta pesquisa faz oposição a uma opção metodológica

“cega”, integral e constante de ordem, do que uma aversão a tudo e a alguma disposição. De

acordo com Laburú, Arruda e Nardi, (2003 p. 252):

“Não revela, portanto, ser contra todo e qualquer procedimento metodológico, mas

contra a instituição de um conjunto único, frio, restrito, de regras que se pretenda

serem universalmente aceitas e principalmente válidas e verdadeiras para qualquer e

toda situação de aluno, professor, sala de aula, faixa etária, escola, etnia cultural,

lingüística, matéria, conceito, etc”.

Com isso notamos que o ensino não deve ter apenas um modelo único, mas sim

formas diferentes para cada situação encontrada em sala de aula, variando desde o professor

até o aluno. Não que seja errada a unicidade de um único método de ensino, porém concentra

se que cada modelo de ensino é limitado, ainda mais em uma sala de aula que é construída

com miscigenações.

A necessidade do Pluralismo Metodológico é fundamental, pois ela atende a

diversidade existente nas instituições de ensino, no qual se depara sujeitos de culturas e

gêneros diferentes em todos os momentos. A partir daí um docente que adota uma postura

Pluralista tem maiores chances de atingir seus objetivos; pois ele usa métodos de ensino

diferentes para aplicação de um mesmo conteúdo, seja de maneira concreta ou abstrata; mas,

todavia não centra em um modelo único para ensinar seus discentes.

1.3 EDUCAÇÃO FORMAL VERSUS EDUCAÇÃO LIBERTADORA

Hoje em dia tem sido um discurso comum que a educação de uma forma geral

deve priorizar um ensino que privilegie elementos culturais, sociais e o cotidiano dos alunos;

em outras palavras uma educação que seja significativa, problematizadora. Reconhecendo

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também que a educação tradicional, ora formal não tem condições de sozinha propiciar esta

educação diferenciada.

A educação de uma maneira direta está ligada ao ser humano, este por ser

educável através das relações que tem entre os próprios indivíduos na influência mútua do

homem com o homem. Daí entendemos que o individuo é a consequência de suas próprias

interações, assim a educação surge como o ato de vincular o ser humano com o mundo.

A educação formal no Brasil, criada e fundamentada através das Lei de Diretrizes

e bases da Educação Nacional nº 9394/96 de 20 de Dezembro de 1996, passou por varias

modificações na qual se encontra hoje, onde foi consolidada em 9 de janeiro de 2001 através

da Lei nº 10172 que alterou ainda os artigos 29, 30, 32 e 87 da LDB/1996, fazendo a

ampliação de nove anos à duração do ensino fundamental; obrigatório a partir dos seis anos de

idade aprovada pela Lei nº. 11274 de 06 de fevereiro de 2006. Assim ficou dividida da

seguinte forma: a) educação básica, dividida em três etapas: Ensino fundamental I, Ensino

fundamental II, Ensino médio; b) educação superior; c) educação profissional e tecnológica; e

d) alfabetização e educação continuada.

Vários fatores contribuíram para que essa mudança existisse, dentre elas: a evasão

escolar, a distorção de idade-série, que comprovam a urgência de se investir no processo de

qualificação da educação apresentada. A criação da LDB/96 (Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional) vem para “incrementar e melhorar”, pois a LDB da suporte e ampara a

educação em seus aspectos mudancionistas.

Reportamos a Freire (2003, p. 83 apud, WOLFF TUBS 2005) quando as coisas

nem sempre estão prontas, portanto assim como os homens que são seres que estão sendo,

imperfeitos, inconclusos, com uma realidade que sendo histórica também, é ao mesmo tempo

inacabada, todas essas, modificações foram feitas e muitas ainda acontecerão devido as coisas

jamais estarem prontas. Arroyo (1996, apud WOLFF TUBS 2005) assegura que pouco se

progrediu quanto as décadas anteriores na concepção da educação básica para alem de um

ensino rudimentar.

Esta inconclusão dos sujeitos apenas mostra que os métodos de ensino não podem

ser fixos, imutáveis, os ambientes não podem ser os mesmos para todos os sujeitos. Abrimos

um parêntese ao relembrar que a sala de aula desde que se concebeu a educação sistematizada

é feita numa sala de aula; mas a sociedade mudou, seus objetivos também. Então não seria

urgente refletir nestas mudanças?

Estas mudanças devem ocorrer e as práticas educativas não-formais aparecem e se

estabelecem como um campo vasto e complexo no panorama em que estão inseridas as

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questões de educação, cidadania, participação e direito. É um campo educativo que começa a

ter seu valor reconhecido, não só para quem efetivamente é um interlocutor dos métodos

pedagógicas não-formais, mas também como palco de pesquisa que no Brasil tem ainda pouca

sistematização e análise se confrontado com a exigência sócio-educativo que se encontra.

Esta educação problematizadora/libertadora proposta por Freire (2002) converge e

busca nos espaços não formais meios de caracterizá-los; nestes tipos de espaços que são

característicos de cada educando, surgem indagações de acordo com estes ambientes e

referentes a realidade de cada aluno. Aí aumentamos as chances de proporcionar autonomia

critica, de pensamento em nossos alunos a partir de conteúdos científicos.

Descartar todo processo que envolve a educação formal seria um equivoco, o

sistema de ensino tem sobrevivido há séculos com esta forma de educar; porem reconhecendo

que a mesma carece de complementações, mudanças e muitos autores a tem discutido. Paulo

Freire traz uma reflexão sobre as concepções de educação bancaria e da educação libertadora,

mostra as diferenças e uma delimitação de fronteiras entre a pedagogia dominante, que se

estabelece pela educação bancaria, e nos dias atuais as vezes refletida na educação formal, se

concebida em modelos postos, prontos e, fazendo um esquecimento que os sujeitos são

criadores de sua própria historia.

Já na educação libertadora, pelo contrario, faz um questionamento da realidade

das relações do homem com o conjunto que se vive em torno dele, na qual se contempla na

transformação e no ser transformado. Isso se dá através do homem estar em constante

processo de aprendizagem, assim a troca de experiências com demais seres a formação do

conhecimento, onde implica aí a educação não formal que tem características similares.

Segundo Freire (1983, apud WOLFF TUBS 2005) a Educação Libertadora, vem

se fortalecendo ou se desenvolvendo na historia da humanidade, instigando sempre a reflexão

sobre necessidade de uma pedagogia dialógica que emancipe o oprimido. Assim podemos

observar que essas contribuições levam o individuo a sua liberdade fazendo com que ele seja

criador de sua própria historia.

Defendemos uma pedagogia fundada na ética, no respeito, na dignidade e na

autonomia do educando de forma que surjam vários argumentos em prol de um ensino mais

democrático entre educadores e educandos, onde todos os indivíduos sejam educadores e

discípulo, na qual devam estar abertos a curiosidade, ao aprendizado durante seu percurso de

vida. Neste sentido destaca a importância dos educadores e suas práticas na vida dos alunos.

Atitudes, palavras simples fatos advindos do professor pode surgir efeitos que ficaram

marcados pelo resto da vida de uma pessoa, donde poderá haver uma contribuição positiva

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tanto quanto negativa para o desenvolvimento.

O ensino dinâmico desenvolve curiosidades e aguça o ser a ir à busca do saber

fazer e o pensar sobre o fazer. Paulo Freire destaca a necessidade do respeito, compreensão,

humildade e o equilíbrio das emoções entre quem ensina e quem aprende seus métodos.

As preocupações e/ou problematizações em refletir ambientes, posturas que

atendem ao pluralismo metodológico remetem aos diferentes espaços não formais que podem

ser encontrados e explorados com infinitas possibilidades de promover uma Educação

Libertadora; cada educando ao chegar em um espaço caracterizado como não formal terá uma

concepção e visualizará relações cientificas específicas, determinadas por sua realidade

socioeconômica, visão de mundo, interações, adaptações com o meio social. Daí vários

pontos de vista sob o mesmo espaço, diversas formas de entender o mundo, requer variadas e

diversas metodologias para atender este educando e aproximando da Educação Libertadora de

Freire promovida por uma postura metodológica pluralista.

Então surge um questionamento: A educação formal e não formal não se

complementam para chegar a finalidade de gerar uma formação Libertadora? Cabe nas

próximas seções responder este questionamento.

1.4 EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL, INFORMAL E FORMAL

Em qualquer momento da vida estamos em um constante aprendizado que se dá

através da educação, seja ela qual for, onde for. Porém é necessário entendermos e definirmos

cada uma delas para aprendermos é ter noção de onde e em que parte competente cabe cada

uma.

Para iniciar a discussão quanto à definição de cada uma no embojo da educação

começaremos por aquela que recebemos em nossas famílias, amigos, religião, ou seja, em

qualquer parte que gere aprendizado social, assim caracterizada pela cultura de cada um,

donde qualquer pessoa adquire conhecimentos através da experiência no cotidiano. Essa

educação recebe o nome de “Educação informal”, pois não existe leis que regem um fazer

valer igualitariamente para todos pertencentes á um grupo social.

Sendo assim no decorrer da nossa vida passamos por outra fase donde

encontramos a educação formal. Daí surge a educação formal, que possui como característica

para a formação de seres preparados para viver em sociedade e também socializam para o

mercado de trabalho, que tem características e leis que fundamentam seu processo de

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aprendizagem. É às vezes reconhecida por alguns como um ensino engessado, onde somente o

professor tem voz ativa e os alunos são visto como um depósito, fazendo com que ele seja um

material manipulativo. Essa educação e conhecida por formal, por seguir os encabeçamentos

colocados pelos governos. Assim podemos conceber como aquela que está presente nas

instituições escolares num sentido de hierarquia e demasiada gradualidade.

Por outro lado a educação não formal, em que o estudo se dá mais evidente desde

a década de 1980 e que recebe alguns nomes e/ou sinônimos tais como: alternativa, integral,

comunitária e outras, mas cada uma com suas particularidades, e então entenderemos e tira- se

por sua definição como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que,

normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal. A educação não formal, todavia

pode trabalhar fora da estrutura formal de ensino e se dedica a intervir em grupos da

população, ou seja a participação de cada um se dá de forma optativa, mas ela também pode

se dar por forças de determinadas circunstâncias na vivência de cada um.

Há muito tempo o ensino não formal é conhecido por extraclasse e/ou

extraescolares, definido por atividades onde reforça a aprendizagem escolar. Esse ensino pode

ocorrer em lugares como: cinemas, shoppings, museus, esportes e outros. O ensino não formal

não está concentrado somente no aprendizado dos seres, mas sim na comunicação, na

formação profissional e também no referencial a cultura de um modo geral.

Assim depois de definidas podemos fazer uma análise entre elas para melhor

esclarecer o que cada uma visa e trabalha para a construção dos seres. Segundo Sarramona

(1998) apud Martins (2009) a comparação das três formas de ensino, admite enxergar uma

organização de relações, de analogias e diversificações se comparadas de acordo com alguns

critérios na qual se define por: Duração, universalidade, Instituição e Estruturação.

Dessa maneira temos que a educação informal no critério duração se estende no

decorrer da vida e ela é ilimitada, sendo que a todo momento o ser esta em constante

aprendizado. Já na educação formal ela tem limites definidos, onde tem um período de

formação que encontra desde o primeiro ano do Ensino Fundamental ate o último ano da

universidade. Enquanto a Educação não formal tem um limite em sua extensão, porém esses

limites não possuem uma definição tão rigorosa enquanto a Educação formal. Podemos

encontrar limites nela enquanto há uma visita que se faz a algum museu, zoológico, acervo

histórico e de ciências.

Olhando e analisando para o critério da universalidade, a Educação informal

atinge todas as pessoas, pois cada uma tem capacidade de aprender com sua maneira, já na

Educação formal a universalidade não alcança todos os seres, porém o alcance no Ensino

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Fundamental e Médio tem mais significância, é impreterível esquecer que não é pequena a

quantidade de pessoas não alfabetizadas. Enquanto na Educação não formal a universalidade

nas suas variações diversas de manifestar pode afetar uma grande parte de pessoas, mas,

todavia cada ação apontada na Educação não formal é indicada a um seleto grupo de pessoas

com características comuns, funcionários de uma empresa, adultos não alfabetizados, grupos

de pesquisas em pós graduação.

No quesito Instituição e Estruturação podemos ver que a Educação formal é

diretamente institucionalizada e é a única que se dá através de uma instituição específica que

se divide em diferentes níveis; a Educação não formal já difere da Educação formal, pois ela

pode ser transmitida dentro das instituições como fora delas; já a Educação informal é a

menos institucional delas, incluindo a Educação familiar, pode se dizer que ela é não

institucional.

Martins (2009, p.3) resume estes quesitos num quadro, de forma que entendemos

bem:

Podemos assim concluir que cada uma destas formas de educação analisadas

mediante cada um dos critérios, nos mostra o que elas têm de divergências e de pontos em

comuns, mostram onde cada uma pode atuar evidenciando a importância de todos no decorrer

da vida dos indivíduos.

Conforme Fávero (2007), não podemos definir adequadamente o que é educação

não formal, nem se obtém categorizar favoravelmente suas várias expressões em qualquer

ambiente. Por isso que não se define qual metodologia a ser usada neste tipo de ensino, por

conta de não saber o que irá encontrar onde for ensinar ou ministrar uma aula. A educação

não formal não se restringe apenas em conceitos, ela também recorre a múltiplas experiências,

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executada em espaços fora do espaço físico escolar. Definida por Bianconi e Caruso (2005)

apud Martins (2009), como qualquer tentativa organizada e sistemática que, normalmente se

realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino.

Mesmo entendendo a importância de todas as formas de educação no processo de

formação dos indivíduos, daremos atenção específica aos processos de ensino que converge

para a educação não formal. Reconhecendo ser esta aquela a que pode propiciar uma

formação completa para os educandos; nunca apontando a relevância da Educação formal e

informal para este fim. Por não defrontaremos essas relevâncias para não haver conflitos entre

os tipos de educações.

1.4.1 Trajetória do termo educação não formal na literatura: Percursos e Sujeitos

O não formal há muito tempo têm sido usado para referir as atividades fora do

muro das escolas, extraescolares, atividades que reforçavam a aprendizagem escolar.

Defenderemos que não se limita a isto, daí entender as origens, caminhos e percursos se faz

importantes.

Os três termos formal/informal/não formal conforme Fávero (2007) tem origens

anglo- saxônica a partir dos anos 1960 devido a demanda escolar provenientes da segunda

Guerra Mundial, justifica em parte pela necessidade de mudanças entre os derrotados e o

questionamento de que as instâncias escolares devem atender ao processo racial, mas

principalmente satisfazer a formação de recursos humanos para a nova ordem mundial.

Fávero (2007) admite que o banco Mundial e a UNESCO incentivaram pesquisas

nesta área; nos países ricos para atender os itens justificados acima, já nos países pobres da

África por razões humanitárias de fome, política e segurança.

No Brasil coube a fundação Getúlio Vargas, na década de 1970, abrir espaços para

esta pesquisa. Infelizmente sem notoriedade e divulgação. Contudo na Europa e América do

Norte este tema esteja sendo pesquisado há décadas, não se consegue conceituar

adequadamente. Assim as práticas educativas, movimentos sociais têm uma grande parte na

constituição do saber nos espaços não formais. Pois a partir deles a interação dos seres com

estes movimentos sociais e práticas educativas, a educação não formal se torna mais evidente.

A Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, segundo Gohn

(2010) abre as portas para o caminhar da institucionalidade dos processos educativos que

Page 20: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

20

ocorrem em espaços não formais, principalmente nos termos transversais e na definição da

educação como sendo aquela que abrange “processos formativos que se desenvolve na vida

familiar, e na convivência dos seres”.

No início da pesquisa sobre Educação não formal era raríssimo no Brasil

encontrar algo a respeito em português e sua definição era diferente da que se tem nos dias de

hoje; como relata Gohn (2010) na qual o não formal era dado por processos alternativos de

alfabetização. Esta mesma autora faz um levantamento da literatura de forma que a primeira

publicação em português se deu segundo Gohn (2010) com Torres (1992), porém pensando

no não formal como estes processos alternativos de alfabetização. Anterior a isto Trilla (1980)

apud Gohn (2010) cita Montesquieu que no sec. XVIII usava com definições distintas para o

formal, informal e não formal; porém os métodos usados para denotar e diferenciar eram

diferentes do que se da na atualidade, pois os escritores que se habilitavam a estudar essa área

não faziam a comparação com as demais, somente mostrava onde cada uma atuava.

Porém o uso desta expressão popularizou-se no Brasil à partir nos anos 2000

associada a promoção da cidadania e inclusão social dado por ONGs e entidades no palco da

ação unidos a grupos variados, recentemente no exterior encontra-se publicações sob a

denominação de educação social. Destaque para Mariano Enguita refletindo sobre

aprendizagens, saberes e conhecimentos existentes fora das escolas. Conforme Enguita (2009)

apud Gohn (2010), a sociedade é vista como transformacional, onde ela é capaz de obter

mudanças a partir de suas criatividades, sendo por si mesma, através da interação com um

todo respeitando as diversidades e fazendo elo com cada uma.

Outro teórico que também faz uma explanação e estudo sobre o estudo não formal

é Almerindo Janela que entre 1989 e 2006 intercala o não escolar como um significado

igualitário a educação não formal, porém segundo Gohn ele relata e justifica que essa

educação não escolar não pode ser construída fora da escola, nem servir como estratégias de

aniquilamento de regra de ensino.

É vasta e recebe vários conceitos no decorrer dos anos a educação não formal,

desde a educação extraescolar a educação alternativa defendida por Brennan (1997) apud

Gohn (2010 p. 23), para Brennan a caracterização de educação não formal se dá pelo processo

de complemento, para os alunos que vêem a escola como sendo descrente na vida social, pois

não enxergam futuro nos estudos, com isso define como sendo uma educação alternativa, que

busca fora da escola formas para que esses grupos de alunos tenham interesses na sua

aprendizagem.

Page 21: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

21

Já na educação extraescolar, vemos que ela ocorre também fora dos muros

escolares ou redes de ensino escolar, pois essas concepções reconhecem que existe um

processo educativo fora da escola.

E ao passar do tempo como diz Gohn (2010, p.24) a educação não formal, foi

agregada com o EJA (Educação de Jovens e Adultos), no ponto de vista errôneo, pois uma

vez que o EJA é voltado para a alfabetização, visando principalmente a alfabetização dos

adultos, dessa forma, encontram abordagens a essas maneiras desenvolvidas pela UNESCO

no mundo pós Segunda Guerra Mundial como sendo propostas sugeridas pelo Filosofo e

pesquisador brasileiro Paulo Freire, na qual visa mostrar que a UNESCO também utilizou na

expressão “educação não formal para a alfabetização de adultos” (SIRVENT, 2006 apud

GONH, 2010 p. 25).

Outra modalidade que se faz frente à Educação não formal é a Educação popular

que permeia o imaginário de vários pesquisadores como sendo sinônimo de Educação não

formal, mas o fato de ela ter uma intencionalidade no projeto de formação difere da Educação

formal, pois ela, à educação não formal não há faixa social. Ao fazermos essa analogia entre

educação popular e educação não formal percebemos intuitivamente que a educação popular

visa o contexto cultural, religioso, étnico e outros.

Mais analogias e definições foram traçadas e comparadas com a educação não

formal; como é o caso da “Educação social” que foi utilizada por Perez (1999) como relata

Gohn (2010 p. 26). Assim Perez, diz que a educação social é uma possibilidade de responder

as novas necessidades educativas que vem surgindo no mundo atual, pois ela não possui

caráter formalístico, além disso, é válido destacar que para o autor o ensino em circos, teatro,

também compõe o campo para a educação social.

A Educação Comunitária (POSTER E ZIMMER, 1995, apud GOHN, 2010) e

Sociocomunitária (GROPPO, 2006 apud GOHN 2010); Educação Permanente ou para Vida

(FURTER, 1976, apud GOHN, 2010); Educação Continuada e Integral (GADOTTI, 2009,

apud GOHN, 2010). São as que vêm para fazer e ser comparada com a educação não formal,

porém com características, próprias e cada uma tendo em vista um foco diferente para a

proposta estabelecida para esse trabalho.

E por fim a Educação cidadã que faz - se junto à educação não formal, que

buscam a democratização do ensino/ conhecimento, na qual a educação cidadã dentro a

educação não formal visa a formação de cidadãos livres, emancipados, portadores de um

leque diversificados de direitos como afirma Gohn (2010 p. 33). Assim definido o conceito de

educação não formal que é um processo sociopolítico, cultural e pedagógico de formação para

Page 22: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

22

a vida em sociedade, pois assinala uns conjuntos de modelos de práticas que envolvem o

cognitivo de aprendizagem no cultivo dos saberes, na qual envolve desde organizações até as

formas mais variadas de ensinamento, assim como a variedade de ideias.

Gohn (2010) relata que muitos autores trabalham com um dualismo: formal e

informal, assim caracterizando a educação como sendo escolar e familiar/ cultural, mas,

porém uma nova temática vem transformando o ensino; a educação não formal, caracterizada

por ter campo próprio no que difere da informal e da formal. Assim no paralelo com as duas,

podemos notar que a educação não formal é aquela que se aprende na vivência da vida, na

transmissão, experiências e no contato direto com a sociedade, principalmente onde se

encontram demandas coletivas.

Recentemente ganha corpo no Brasil, as pesquisas associadas as práticas coletivas

dentro de associações e movimento; Gohn é exemplo de pesquisadora que vem discutindo a

aprendizagem no interior dos movimentos sociais. Para respaldar Martins (2009)

apresentamos um quadro evidenciando percursos e sujeitos nas três modalidades de

Educação:

Quem

educa?

Professor Família/ amigos Educador social

Onde

educa?

Escolas Demarcado por

referência de

nacionalidade, idade,

etnia.

Fora das escolas, locais

interativos intencionais.

Como

educa?

Ambientes normatizados,

regidos por leis e padrões

definidos.

Opera em ambientes

espontâneos

Construídos coletivamente

com intencionalidade na

ação

Atributos? Tempo, local específico,

pessoal especializado.

Não organizada,

conhecimentos não

sistematizados.

Não organizado, construir

identidade coletiva.

Objetivos? Aprendizagem conteúdos

sistematizados por lei.

Socializa os indivíduos,

segundo valores e

crenças.

Capacita os indivíduos;

Torna cidadãos do mundo

para o mundo.

Resultado? “Aprendizagem” com

certificação.

Não são esperados,

simplesmente acontece.

Conhecimento a partir da

própria prática.

Page 23: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

23

Assim nota que na educação não formal, seu principal responsável é o educador

social que fora das escolas, em locais interativo-intencionais tem suma importância na

construção do conhecimento de forma coletiva com desígnio na ação de cada um. Daí não

possui organização temporal como na educação formal, mas visa o construir da identidade dos

seres, que tem por objetivos a capacitação de cada individuo, tornando- os cidadãos

preparados para a sociedade. E o mais esperado é o resultado que parte do objetivo, visando o

conhecimento adquirido por cada ser, a partir de suas práticas.

1.1.1 A educação não formal: Desafios e Vantagens

A educação não formal assim como as outras também sofre com seus desafios no

caminhar. O principal desafio que ela tem vivido nos dias atuais é a de sua definição; como

diz Gohn (2010) usualmente ela é definida pelo que não é.

Há na Educação não- formal uma intencionalidade na ação, no ato de participar,

de aprender e de transmitir ou trocar saberes. O professor ou educador social que nessa

educação recebe este nome tem demasiada e grande vinculação no decorrer do saber, pois ele

indaga e usa dispositivos não metodológicos inscritos, mas numa forma que os discentes

trabalham para a construção do próprio conhecimento.

Dentre as metas para educação não formal destaca-se o aprendizado quanto as

diferenças, construção da identidade coletiva de um grupo e a adaptação do grupo a diferentes

culturas. Carece de educadores com formação especifica que definam seus objetivos,

levantem instrumentos de avaliação, sistematizem metodologias. As metodologias neste

campo é um dos pontos mais polêmicos, pois as metodologias operadas neste processo de

aprendizagem partem da cultura dos indivíduos e dos grupos.

Segundo Gohn (2010) na qual mostra que o método nasce a partir dá

problematização da vida cotidiana, constatamos que em qualquer lugar que estejamos dentro

de um aprendizado constate, onde a autora também relata que os conteúdos emergem de

temas banalizadores e estes não são dados a priori, são construídos. Assim vemos que cada

um tem participação ativa na construção do próprio conhecimento. Todavia fica nítido que o

educador social é responsável por essas construções onde ele traz assuntos/ problemas a serem

resolvidos de forma que cada um tem sua própria resolução

Page 24: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

24

Daí vemos que a metodologia merece um enfoque maior devido a sua importância

e também por trazer uma polêmica dentro dá educação não formal, por ser mais

individualizada no processo de educação no seu termo. Vários autores trazem que a educação

não formal não possui metodologias, nisso, porém vemos que é errado, ela não segue as riscas

da metodologia da educação formal, devido o seu ensino ocorrer em espaços fora das

instituições regidas por leis. E não podemos definir qual metodologia poderá ser seguida por

não saber o que vai encontrar em um determinado espaço o qual será utilizado para o ensino,

exemplo disso, museu.

Maria da Glória Gohn (2010) traz na sua pesquisa algumas características que a

educação não formal pode alcançar, nas quais são elas: Aprendizado quanto a diferenças,

adaptação do grupo a diferentes culturas, construção da identidade coletiva do grupo,

balizamento de regras éticas relativas às condutas aceitáveis socialmente. Note que todas

características converge para educação libertadora proposta por Freire.

Mesmo assim surgem os desafios a serem vencidos, diante de tais desafios

discutimos a educação não formal, visualizando que ela tem enrijecimento e também faz com

que tais desafios se tornem uma problemática afim de que tenha solução.

Os desafios trazidos por Gohn (2010) são divididos em partes e são denotados

pelo que falta na educação não formal, nos quais são eles: Formação específica a educadores

a partir da definição de seu papel e atividades a realizar, no que se refere às formas de

conhecer uma dada realidade social, público-alvo dos programas educativos, características

dos processos culturais e socioeducativos locais etc. Definição de funções e objetivos de

educadores não formais. Sistematização das metodologias utilizadas no trabalho cotidiano

para constituição de instrumentos metodológicos utilizado na avaliação e análise do trabalho

realizado.

Estas dificuldades e desafios metodológicos são demasiadamente uma forma de

tornar a educação não formal mais usada e mostrar sua importância na construção do saber.

Seja qualquer caminho metodológico instalado ou restaurado, o principal ícone desse papel,

deve ser levado aos agentes que fazem a mediação no processo de aprendizagem, pois eles

são responsáveis pelo referencial do ato de aprendizagem seja em qual projeto socioeducativo

que esteja inserido.

Page 25: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

25

2 ESPAÇO NÃO FORMAL EM FOCO: MUSEU DAS BANDEIRAS – MUBAN-

CIDADE DE GOIÁS

Aqui apresentaremos o espaço do MUBAN como sendo estudo de caso para a educação

não formal de ensino, mostrando suas potencialidades a serem estudadas.

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO NÃO FORMAL: MUSEU DAS BANDEIRAS –

MUBAN

O MUBAN ou museu das Bandeiras como é conhecido, é situado na cidade de

Goiás na praça do chafariz, tem sua construção arquitetônica com traços da influência árabe, e

que em Dezembro de 2001 foi tombado pela UNESCO como patrimônio histórico da

humanidade. Ao ser criado em 1761 por Dom José I, o MUBAN era direcionado para ser a

casa de câmara e também a cadeia da província de Goyas, e este é dividido em duas partes na

qual a parte superior abrigava a casa da câmara, com atendimento a administração e

judiciárias de Vila Boa, como chamava a cidade de Goiás naquela época. E que também era a

capital do Estado até 1937 com a transferência para Goiânia. A parte inferior era usada para a

cadeia da província na qual era dividida em três salas- duas eram masculina e uma feminina.

A fachada principal tem características arquitetônicas árabes devido à numerosa participação

desse povo nas bandeiras de Bartolomeu Bueno (Anhanguera).

Nos dias atuais o MUBAN preserva a historicidade bibliográfica da cadeia e da

casa da câmara, na qual conta com materiais Indígenas da província de Goyas e de Pilar de

Goyas; elementos de religiosidade africana e instrumentos para cunhar moedas, refino de

ouro, medida de pagamento do quinto (imposto). E no que propomos para o estudo deste

trabalho que é a Educação não formal, esse espaço histórico permite a interdisciplinaridade

das ciências com a história e geografia.

Para visitas publicas, o MUBAN oferece monitoramento agendado, assim

direcionado essencialmente para a história. Também é valido ressaltar que o MUBAN não

possui projeto político pedagógico que dá base para atividades dos professores.

Queremos aqui fazer também uma comparação entre o uso do MUBAN como

espaço não formal para o ensino, juntamente com a escola. Marandino (2001), partindo do

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26

olhar do museu, faz uma análise entre a escola dentro do museu com relação ao espaço físico,

mostrando as potencialidades existentes dentro do ambiente do museu. Assim fica nítido que

ao entrar no museu os alunos ficam eufóricos e interagem de forma não organizada com o

padrões pedagógicos.

O MUBAN tem características diferentes dos demais museus na qual se baseia o

estudo não formal, pois este concentra suas atividades voltadas para a história, quando os

demais são museus científicos para experimentos e também tem um plano pedagógico que

influencia as atividades docentes. Fazendo uma analogia entre museu e escola, Marandino

(2001), relata que a relação entre museu e escola pode ter ao menos dois pontos de referência:

o do museu e o da escola. Segundo Marandino muitos autores têm apontado características

diferentes para estes espaços, fazendo assim uma distinção de cada um.

Desta forma podemos compará-las através de um quadro no qual os autores

citados por Marandino (2001 p.87, 88), fazem essa analogia e definição de cada uma.

ESCOLA MUSEU

Objeto: instruir e educar Objeto: recolher, conservar estudar e expor

Cliente cativo e estável Cliente livre e passageiro

Cliente estruturado em função da idade ou da

formação

Todos os grupos de idade sem distinção de

formação

Possui um programa que lhe é imposto, pode

fazer diferentes interpretações, mas é fiel a

ele

Possui exposições próprias ou itinerantes e

realiza suas atividades pedagógicas em

função de sua coleção

Concebida para atividades em grupos

(classe)

Concebido para atividades geralmente

individuais ou de pequenos grupos

Tempo: 1 ano Tempo: 1h ou 2h

Atividade fundada no livro e na palavra Atividade fundada no objeto

Mesmo não sendo notório, este quadro visa estabelecer que museu e escola sejam

universos particulares, onde relações sociais tenham processos distintos, traçando assim uma

conexão conveniente.

Desta maneira podemos evidenciar os objetivos, as clientelas a serem atendidas, o

que se possui em nível de programa, tempo de duração, e atividades a serem estudadas.

Page 27: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

27

Quanto aos objetivos nota-se que a escola tem por finalidade instruir e educar

enquanto o museu já tem característica de recolher, expor, estudar, conservar. Divergentes em

alguns pontos, mas ambos também trazem a missão de obter conhecimento.

Já sobre a clientela a ser atendida vemos que a escola por ser regida por leis

expressas, o cliente é visto como sendo cativo e estável sendo esse submetidos a atividades

impostas, numa formação estruturada dependendo da idade ou da formação; contraditório a

isso, o museu tem seus clientes livres e passageiro, sem distinguir qual idade ou formação que

cada um possui, onde suas leis não são rígidas se comparado com a escola.

Analisando em questão de atividades, mais uma vez eles divergem na questão de

trabalhar em grupo. O museu visa o trabalho individual ou na divisão de pequenos grupos

para assim expor com mais clareza seu objetivo de instrução, já a escola tem por finalidade

neste quesito conceber atividades em grupos na qual é dividida em classes numerosas.

A definição de tempo é de suma importância nessa comparação. A escola possui a

divisão em anos, o museu em horas no máximo de tempo entre 1 h e 2 h. na fundamentação

sobre as atividades exercidas entre o museu e a escola a diferença pode ser notada

imensamente, enquanto a escola visa trabalhar suas atividades fundamentadas no livro e na

palavra, o museu fundamenta as atividades no seu objetivo.

2.1.1 O Museu das Bandeiras da Cidade de Goiás: Como ambiente não formal para o

ensino de ciências

Ao caracterizarmos um museu histórico como sendo parte de uma educação não

formal daremos ênfase ao contexto histórico que o museu pode trazer para o nosso foco,

assim podemos emergir nos conteúdos científicos e trabalha-lós para aumentar a chance de

alcançar uma educação cientifica a priori. De maneira que o MUBAN nos conceda ter uma

visualização diferente das relações cientificas, em diferentes áreas do conhecimento; trazendo

a multidisciplinaridade como potencial pedagógico dos espaços não formais. Assim a

competência em afirmar que as tendências dos museus é a caracterização do seu perfil,

evidencia de forma que ele não se entenda apenas como sendo um complemento para a

escola, mas também um caminho a ser estudado e usado como a escola.

Queremos mostrar aqui que este simples museu da cidade de Goiás, possui um

riquíssimo material para estudo de espaços não formais, pois ele consegue agrupar como já

dito, uma multidisciplinaridade que vai desde a história até as ciências. A diferenciação do

Page 28: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

28

MUBAN por ser um museu histórico e não um museu científico faz com que ele tenha uma

busca de educação cientifica por meio de visitas a este espaço e que deva ser realizado por um

guia juntamente com o educador social. De forma que o guia realiza as introduções históricas

e o educador social1 de ciência procura confirmar e/ou que os alunos coloquem as relações

cientificas presentes.

Outro ponto notório, é que deve ser feito antes das visitas um relatório e/ou roteiro

das paradas temáticas, evidenciando cada ambiente, interesses a ser estudado para uma

educação não formal em um museu histórico.

O MUBAN concentra um grande acervo cultural histórico que vão de

bibliografias dá sua construção, ao mostrarmos que ele faz referência a um ambiente de

estudo para o ensino de ciências não abrangeremos ele todo, mas sim traçaremos um roteiro

para que assim fique claro com que queremos trabalhar. Desta maneira podemos chamar de

ambiente de interesse cada parada que for realizada; que por meio de perguntas chaves dada

depois da historicidade contada pelo guia/professor, a partir daí fomentaremos as discussões

em busca das realizações cientificas.

Como já dito antes que criaremos um roteiro para melhor exemplificar o que

queremos trabalhar através de atividades a serem desenvolvidas; notaremos cinco ambientes

de interesse, porém deve ser entendido que nunca limita a estes.

Os Museus e Centro de ciências segundo Marandino (2001) estabelecem

ambientes temáticos com enorme potencialidade educacional a partir do momento em que se

utiliza a visualização, dramatização, manipulação para manifestar-se valores históricos,

científicos e tecnológicos que vem ao encontro daquilo que os educandos carecem no

cotidiano. Marandino (2001) ainda nos mostra várias pesquisas a respeito à aprendizagem em

museus, que tem sido feitas para evidenciar o potencial que estes espaços oferecem. De

maneira análoga, segundo Marandino (2001) vemos que entre os sujeitos mediados pelos

objetos que ocorrem no museu podem ser analisados com base na teoria da aprendizagem.

Desta forma os Museus Históricos, assim como o escolhido para a discussão de

caso o MUBAN, individualiza a precisão da relação do homem com a própria história, com

chances de fomentar seus valores educativos que levam em conta suas eventuais necessidades.

E um dos primeiros passos para essa formação são que as práticas docentes não se restringam

apenas ao espaço físico escolar, nem as demasiadas metodologias impostas. Portanto, essa

proposta de utilizar espaços não formais permitirá atender aos objetivos de que é ensinar para

cumprimento das ciências e seus respectivos fins.

Page 29: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

29

3 RELATÓRIO DAS POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS DO MUSEU DAS

BANDEIRAS

Os museus têm sido constantemente estudados e pesquisados por trazerem sua

historicidade. Para nós, o museu histórico da Cidade de Goiás o MUBAN tem grande

importância, pois através dele podemos realizar um trabalho onde engloba a riqueza da

multidisciplinaridade das ciências.

Este museu também concede trabalhar em um espaço diferente do que foi

pesquisado em outros trabalhos, sendo que os demais, são museu de ciências aptos para fazer

experiências e este sendo um museus histórico permite estar mais perto da vivência de cada

aluno. É válido ressaltar que não podemos criar um roteiro somente baseando em matemática,

pois propomos trabalhar a multidisciplinaridade.

Para chegarmos a uma ideia, antes de visitar um museu histórico para formação

científica a alunos de ensino médio e fundamental é preciso antes criar um roteiro com

paradas temáticas para assim termos êxito no que se propõem.

Assim criamos um roteiro para atenuar conteúdos científicos que este espaço

histórico nos transmite desde sua criação.

Page 30: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

30

Primeiro ambiente de interesse: Fachada

Figura 1 foto: Daúde R. B.

Ao chegarmos ao MUBAN encontramos um prédio imponente, impossível não

reparar em sua fachada, onde podemos caracterizar a primária oportunidade para a primeira

parada para discussão de alguns conceitos.

História: A bandeira de Bartolomeu Bueno (Anhanguera) foi uma das primeiras a

chegar a região da província de Vila Boa e, meados do século XVIII. Com eles vieram um

grande números de Árabes o qual influenciaram de forma significativa o estilo das primeiras

construções. O MUBAN foi uma destas construções que tem em sua fachada o estilo

arquitetônico árabe. Um curioso em meio ao mito e lenda que se conta nos becos de Vila Boa

é que nesta Cadeia que apenas um “ladrão” (Tarzan) conseguiu fugir da cadeia, pulou do 2º

andar enquanto estava sendo julgado na Câmara.

Questionamentos Lúdicos: Como a Educação não formal mostra um pluralismo

e sendo o aluno o produtor de seu conhecimento o educador social neste questionamento pode

abordar de questões tais: Qual a altura que o escravo Tarzan pulou? A qual velocidade ele

pode ter atingido com o salto? Quanto tempo pode ter durado esse salto? Qual a influência

dos Árabes na comunidade religiosa e na cultura de Goiás? O que se observa em relação às

janelas? Existe alguma simetria entre elas? O que é razão áurea?

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Conteúdos: Semelhanças de Triângulos, Razão Áurea, altura, mediatriz,

perímetro, área; Cruzadas (mouros- cristãos), Religiões, Geografia e História do Brasil e de

Goiás; Velocidade média; Simetria;

Dessa maneira com os questionamentos, podemos surgir com conteúdos

espontaneamente. Do tipo, Que altura Tarzan pulou? Qual velocidade ele atingiu no salto?

analogamente isso já esta relacionado com altura e também com velocidade média; A

influência dos Árabes nas viagens juntos com Anhanguera, neste caso estamos trabalhando

Cruzadas, Geografia e História do Brasil, Nas paredes e nas janelas podemos identificar

Razão Áurea, Mediatriz, Perímetro Área.

Segundo ambiente de interesse: térreo

1ª Sala de Cadeia Masculina

Figura 2 foto: Daúde R. B.

Ao entramos no MUBAN a primeira sala à direita encontramos a Cadeia.

História: A cadeia pública é considerada um remanescente da Idade Média. Foi

considerada uma “pavorosa” masmorra onde se localizavam infelizes e delinquentes; fossas

descobertas mostram ratos putrefação boiando. Falta de água, de aparelhos sanitários, e, nos

cúbicos nem sol bate. Jogavam sal grosso no chão batido da sela para evitar infecções.

(MARQUES,1997). As paredes espessas com mais de um metro e vinte centímetros de

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32

diâmetro, contando com grades nas janelas remanescentes da cadeia original; telhado com

vigas de madeiras que sustenta o 1º andar. Cada sala comportava cerca de 150 prisioneiros.

Questionamentos Lúdicos: Nesta seção podemos perceber a influência dos

estudos da química juntamente com a matemática e a história, é o que propomos em nosso

trabalho que é a interdisciplinaridade. Daí podemos abordar questões como: Qual a ação do

sal nas infecções da carne humana? Como ocorre a decomposição dos organismos? Quais as

medidas da sala e o espaço destinado para cada prisioneiro? Como e porque as vigas

sustentam o 1º andar? Com o amontoado de gente nesse espaço, a temperatura poderia

aumentar dentro dessa sala? Comparando com as celas das cadeias atuais podemos concluir

que hoje a saúde dos presos é mais evidente?

Conteúdos: Ação do Iodo de Sódio nos organismos vivos; decomposição de

organismos; áreas de figuras planas, Volume de um Sólido; Centro de Massa; Temperatura.

De maneira análoga podemos intervir através desses questionamentos lúdicos de

forma que os conteúdos científicos já ficam evidenciados pelos discentes. Como é o caso da

Ação do Iodo de sódio nos organismos vivos juntamente com a questão da ação do sal na

carne humana; Variação de temperatura em determinado ambiente com pessoas aglomeradas,

e também as formas geométricas.

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33

Terceiro ambiente de interesse: térreo

2ª Sala de Cadeia Masculina

Figura 3 foto: Daúde R. B.

Figura 4 foto: Daúde R. B.

História: Existiam aqui os mais extravagantes e brutais instrumentos tais como

palmatórias “compridas” e grosseiras, os troncos de madeira nos quais eram amarrados os

Page 34: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

34

doentes mentais irrecuperáveis; os acoites enormes de couro d´anta, algemas de ferro,

pesadíssimas providas de corrente (MARQUES, 1997).

Questionamentos Lúdicos: Aqui vimos a história das formas que extraiam o

ouro, prendiam as pessoas e mais. Podemos destacar aqui questões do tipo:Que material era

confeccionado as algemas e as correntes desta época? De que forma eram feita a mineração de

ouro? Que utensílios utilizavam para extrair o ouro? Para que servia o Crisol ou Candinho?

Qual é o diâmetro e o raio da circunferência de cada algema?

Conteúdos: Constituição de alguns elementos metálicos (ponto de fusão/

solidificação/ ebulição); Diferentes formas de extração do Ouro: bateia, Mercúrio; Tópicos de

Preservação Ambiental; Evolução tecnológica dos instrumentos usados agricultura; Raio e

diâmetro.

Considerando os elementos que se pode imaginar após os questionamentos e

fazendo a relação com os conteúdos científicos podemos aqui relacionar de forma: Como era

feito a mineração do ouro, raio e diâmetro das algemas e qual material era confeccionado com

a evolução tecnológica. Também qual era o ponto de fusão dos materiais metálicos, como eles

derretiam esse material. Sobre o mercúrio podemos falar como era usado na extração do ouro

com a separação dos demais minerais, relacionando esses ataques do garimpo (uso do

mercúrio) na alteração da preservação ambiental.

Page 35: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

35

Quarto ambiente de interesse: 1º Andar

Escadas e Câmara

Figura 5 foto: Daúde R. B.

Figura 6 foto: Daúde R. B.

História: Escada que permitia o acesso ao primeiro andar do edifício, chamado

Câmara do Tribunal do Júri: está é uma replica com as mesmas medidas da original.

Page 36: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE …

36

Questionamentos Lúdicos: Nota que a força da matemática estava presente de

tal forma naquela época que ate hoje a replica da escada pode ser construída da mesma

configuração. Donde tira de temas: Por que a escada possui esta inclinação? Que inclinação é

esta? Existe razão áurea nesta escada?

Conteúdos: Coeficiente Linear e Angular; Retas paralelas; Figuras Planas;

Relações Trigonométricas; Razão Áurea.

Dentre as paradas a que mais emociona é ver que em uma simples escada

podemos trabalhar com matemática, física e história entre outras, porque aqui encontramos

coeficiente linear em uma simples inclinação, retas paralelas, figuras geométricas, também o

estudo de gráfico partindo do início da escada. Enfim a abrangência em uma monumental

figura que servia apenas para dar acesso ao segundo ambiente deste espaço que hoje é

histórico serve desde sua criação como fonte de estudo.

Câmara

Figura 7 foto: Daúde R. B.

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Figura 8- Foto: Daúde R. B.

História: Este espaço foi dedicado ao julgamento dos acusados de crimes; local

destinado ao sorteio dos setes membros do tribunal do Júri. Desta câmara, acredita-se que

“Tarzan” pulou pela janela e fugiu. Possui uma Urna de madeira para o sorteio do Tribunal do

Júri, uma mesa Cavalete e Cadeira imperial, todos os datados do século XVIII. Neste mesmo

salão possui uma prensa de bronze para cunhar moedas com o selo da coroa portuguesa,

criada em 1751. Um Quinteiro e medidas de bronze fundido (popularmente chamado de

quindim) provenientes da casa de fundição da Província de Goyas no século XVIII. Balança

para ouro granulado. Além do Candinho ou Criso (Vaso em forma de cone, onde se derretem

metais preciosos em alta temperatura) encontrado durante as escavações arqueológicas na

Casa de Fundição da Província de Goyas.

Questionamentos Lúdicos: Desde aquela época a probabilidade estava presente

mesmo que os estudos aqui nessa região não eram tão influente, mas mesmo assim as

hipóteses podem ser levantadas. Como eram realizados os sorteios para compor o tribunal do

Júri? Dentro catorze escolhidos, qual a chance de sete serem sorteados para compor o

tribunal? Por que uma prensa era usada para cunhar moedas? Como a balança verifica o peso

do ouro? Podemos calcular o volume do ouro? De que forma se faz isso?

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Conteúdos: Principio Fundamental da contagem (Estatística e Probabilidade);

Torque; Ponto de Fusão de alguns metais (ouro/bronze); Sistemas Internacional de Medidas;

Volume de sólidos geométricos.

A probabilidade também considerada sorte ou azar há um grosso modo já pode ser

levantada nesta parada que já quase se finda, tal como a física que se torna presente na

cunhagem de moedas que usa força, pressão ou torque; de tal modo também trabalhamos o SI

(sistema internacional de medidas) que aguça o imaginário dos alunos. Como eles sabiam

encontrar o ponto de fusão do ouro e dos demais minerais. Relacionar esses matérias com os

sólidos geométricos e como é feito o cálculo deles. Como era feita contagem naquela época,

assim podemos envolver tudo isso em apenas nessa pequena parada temática.

Quinto ambiente de interesse: Pátio

Cisterna

Figura 9 Foto: Daúde R. B.

História: Conforme Marques (1997) a água, nesse caso provinha do reservatório

da cadeia datada de 1778 e era trazida pelos encarcerados numas pipas bojudas, impregnadas

de betune, sustentadas essas, num varão de aroeira, apoiada nos ombros de cada um dos

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carregadores. Dizem que é a mesma mina desde a criação da Cadeia, com oito metros de

profundidade, cinco submersos.

Questionamentos Lúdicos: Desde sua criação e/ou feitio, a cisterna é uma marca

registrada do MUBAN. Aqui podemos mais uma vez ter uma multidisciplinaridade que

aborda desde conceitos físicos, químicos e matemáticos sem contar com a história. Qual o

tempo que gastaríamos para retirar água da cisterna? Qual profundidade da cisterna? Que

plantas são essas em volta de sua coluna? Podemos calcular o volume dessa cisterna? Qual o

raio e o diâmetro da cisterna? O que são fungos? É possível calcular o peso total dessa

cisterna?

Conteúdos: Figuras espaciais; Volume; Diâmetro; Área do círculo; Lençóis

Freáticos; Vaporização da água;

Para findar essa visita ao MUBAN não podemos deixar de fora uma marca que

também é histórica, uma cisterna que está aqui desde a construção do MUBAN e que servia o

museu. Nessa pequena fonte histórica podemos relacionar os conteúdos tais como: geometria,

fenômenos físicos, químicos, como é o caso da evaporação da água, os fungos existentes ao

redor da cisterna, e para finalizar os conteúdos matemáticos que é o mais importantes sem

deixar de lado todos os outros. Aqui podemos estudar cálculo do cilindro (volume, secção do

cilindro), área do círculo (raio e diâmetro). Enfim destaca-se uma enumerabilidade de

conteúdos que nos fazem interagir com os alunos de maneira oportuna e com grande

aprendizado.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com essa pesquisa pude perceber com clareza a importância de novos métodos de

ensino para auxiliar a aprendizagem dos discentes. O potencial pedagógico que se encontra no

MUBAN, é riquíssimo e proporciona os múltiplos ambientes a serem estudados dentro este

espaço, dessa forma evidência vários enfoques dentro das ciências, assim estabelecendo

atender muitos alunos, podendo ser trabalhado no ensino, que no nosso caso é o estudo da

educação não formal. Educação está que foi comparada com várias outras educações como

mostra Gohn (2010). Outro ponto positivo desta pesquisa foi ver que mesmo ela sendo pouco

conhecida por esta sendo estudada há pouco tempo, é que em outros séculos já se via a

potencialidade dela, como Montesquieu cita no século XVIII.

Maria da Glória Gohn tem sido a percussora nessa área de pesquisa, mas nos dias atuais

tem havido um crescimento significativo de análises que investigam as práticas e a formação

de educadores atuantes em espaços não escolares, apesar da temática ser ainda principiante.

Assim essa nova vertente pode ser de incomensurável ajuda, pois ela faz com que os alunos

busquem e construam seu conhecimento através de conceitos que eles próprios já possuem.

Assim nota-se que na educação não formal referencia a tese da intencionalidade, o

aprendizado espontâneo e a instrumentalidade resguardada no seu principal responsável, o

“educador social”, que fora das escolas, em locais interativo-intencionais tem suma

importância na construção do conhecimento de forma coletiva com desígnio na ação de cada

um.

Mesmo usando somente o museu das bandeiras- MUBAN como espaço estudado, é

válido ressaltar que não é somente em museus que podemos encontrar aportes para a

educação não formal, como define Gohn (2010) que qualquer espaço pode ser interagido

dentro da educação não formal, desde que respeite os critérios que são dados como: Roteiro

técnico, não possuir uma metodologia pronta, pois não se sabe o que podemos encontrar no

espaço definido a ser estudado entre outros relatado por Martins (2009). Podendo assim

desenvolver essas atividades em locais como: praças, shoppings, em casas seja elas históricas

ou até mesmo uma casa da idade contemporânea e outros mais.

Fazendo então uma analise da educação não formal com as demais educações aqui

estudadas, como no caso da educação formal e informal, Martins (2009) faz essa analogia nos

mostrando como cada uma atua; dividida do seguinte modo: Durabilidade, universalidade,

Instituição e Estruturação, na qual é feita por ele e comentada neste trabalho. Assim é de valia

lembrar também que a educação não formal na visão de Martins (2009) é vista como sendo

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qualquer tentativa organizada e sistemática que normalmente se realiza fora dos quadros do

sistema formal de ensino. A educação formal ela tem limites definidos, onde tem um período

de formação que encontra desde o primeiro ano do Ensino Fundamental ate o último ano da

universidade. E a educação informal é definida no decorrer da vida.

Gohn (2010) do mesmo modo faz comparações entre as educações: Formal, não

formal e informal. Assim a autora ressalta a educação formal como sendo regulamentada e

normatizada com presença dos currículos na escola e também do espaço territorial escolar.

Na educação não formal, ela mostra o aprendizado na forma coletiva que acontece. E na

informal destaca os procedimentos de socialização causados no interior de relações intra e

extra familiar.

De maneira à defesa da educação não formal, destacamos o processo de produção de

sujeitos independentes e libertados onde o sujeito possui uma concepção e/ou formação

cidadã, aparecendo como hipótese principal. Esse fato é destacado desde os movimentos

sociais, conhecimentos associativos, programas de formação sobre direitos humanos,

emergência de projetos sociais de naturezas diversas , em que a atuação coletiva se faz no

campo das artes da educação e da cultura como relata Gohn (2010).

Sobre o espaço não formal trabalhado nesta pesquisa; o MUBAN mostra grandes

potencialidades a serem trabalhadas, não para somente nestas cinco apresentadas no relatório

técnico, pois o ambiente histórico guarda vários monumentos importantes a serem

investigados, até mesmo seu recinto físico com lugares extraordinários que possibilitam

definir a interdisciplinaridade e o estudo de ciências.

A respeito do relatório técnico, trabalhar com essa nova tendência foi muito favorável

para meu desenvolvimento, assim pude perceber que a educação não se baseia em um único

aspecto o tradicional, mas sim na interação dos alunos com o concreto, confrontando as idéias

de alguns teóricos. Onde cada ambiente pesquisado guarda riquezas e nos mostram a

grandiosidade e a preciosidade guardada por trás de um espaço histórico ou até mesmo na

natureza.

A cada parada técnica proposta o encanto que a matemática nos apresenta é de um

fascínio inigualável, podendo nos fornecer em suas formas, seja elas na geometria (formas,

volumes e outros), no princípio de contagem, na estatística ou na probabilidade e outros mais;

a grande inclusão digamos assim, com as demais ciências estudadas, guardando um aporte

interdisciplinar muito rico, emergindo conteúdos diretos e espontâneos, dentro da concepção

de cada indivíduo ali presente com o auxílio do educador social que é o responsável pela

interação e conhecimento dentro da educação não formal.

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Dentro essas paradas podemos destacar inúmeros conteúdos matemáticos tais como: no

primeiro ambiente podemos destacar Semelhanças de triângulos, Razão áurea, mediatriz entre

outros; no segundo ambiente em que propomos é valido ressaltar Volume de um sólido, área

de figuras planas entre outros; no terceiro ambiente o domínio que podemos enfatizar é o

Raio e diâmetro das figuras; No quarto recinto proposto a capacidade de se trabalhar com

crianças a serem alfabetizadas com adolescentes e até mesmo adultos é de grande

importância, pois aqui podemos ter os primeiros artefatos para as crianças aprenderem a

somar, multiplicar, dividir, subtrair, contar entre outros; nos adolescentes e nos adultos é de

grande valia trabalhar o estudo de funções , gráficos em 2D e 3D que é a escada que da acesso

ao segundo andar do prédio do MUBAN, dentre outros e por fim a nossa última observação

feita dentro do espaço do MUBAN e a quinta e última parada a cisterna que se localiza no

pátio, onde podemos trabalhar desde o volume do cilindro até o cálculo do raio e diâmetro no

meio de outros conteúdos.

Explorar esse ambiente histórico, fazer essa investigação no museu, e estudar essa nova

vertente da educação que é principiante, é de suma importância e de grande riqueza pessoal,

pois conhecer e desbravar novas áreas do conhecimento é incomensurável satisfação.

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REFERÊNCIAS

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 2002.

GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e o educador social: atuação no

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LABURÚ, Carlos Eduardo. ARRUDA, Sérgio de Mello. NARDI, Roberto. Pluralismo

metodológico no Ensino de Ciências. In: Ciência & Educação, v. 9, n. 2, p. 247-260, 2003.

MARANDINO, Martha, Interfaces na relação museu-escola. Cad. Cat. Ens, Fís., v. 18,

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MARQUES. Octo. Casos e Lendas, 1997. “Cadeia Centenária.” P. 145- 146.

MARTINS, Claúdio Souza. Dissertação. O Planétário: Espaço Educativo Não formal

Qualificando Professores da Segunda Fase do Ensino para o Ensino Formal. 2009

WOLFF Tubs, Mariléia Aparecida. Educação Bancária- Educação Formal Educação

problematizadora Educação não-formal. Trabalho nº 14. UNIPLAC. 2007