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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO EM MARKETING PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA A COMUNICAÇÃO INTERNA COMO FERRAMENTA DO ENDOMARKETING: UM ESTUDO DE CASO NA POLICLÍNICA SÃO LUCAS São José 2005 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com

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  • UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJACENTRO DE EDUCAO DA UNIVALI EM SO JOSCURSO DE ADMINISTRAO HABILITAO EM

    MARKETING

    PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA

    A COMUNICAO INTERNA COMO FERRAMENTA DOENDOMARKETING: UM ESTUDO DE CASO NAPOLICLNICA SO LUCAS

    So Jos2005

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  • PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA

    A COMUNICAO INTERNA COMO FERRAMENTA DOENDOMARKETING: UM ESTUDO DE CASO NAPOLICLNICA SO LUCAS

    Trabalho de Concluso de Curso pesquisa terico-emprica

    apresentado como requisito parcial para obteno do grau de

    Bacharel em Administrao da Universidade do Vale do Itaja.

    Professora Orientadora: Evelize Mara de Souza Gomes Martins

    So Jos2005

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  • PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA

    A COMUNICAO INTERNA COMO FERRAMENTA DOENDOMARKETING: UM ESTUDO DE CASO NAPOLICLNICA SO LUCAS

    Este Trabalho de Concluso de Curso foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

    pela Coordenao do Curso de Administrao Habilitao Marketing, da Universidade do

    Vale do Itaja.

    Prof MSc. Luciana Merlin BervianUnivali CE So Jos

    Coordenadora do Curso

    Banca Examinadora:

    Prof MSc. Evelize Mara de Souza Gomes MartinsUnivali CE So JosProfessora Orientadora

    Prof MSc. Simone Santos GuimaresUnivali CE So Jos

    Membro

    Prof Esp. Marlise There DiasUnivali CE So Jos

    Membro

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  • iii

    Dedico este trabalho minha famlia que sempre

    esteve presente em todos os momentos da minha

    vida, e em especial minha namorada Stella que, ao

    longo destes quatro anos, sempre me apoiou, ajudou

    e confiou na conquista deste meu objetivo.

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  • iv

    Agradeo direo da Policlnica So Lucas por ter acreditado

    na minha capacidade de realizao. Aos colaboradores por

    participarem da pesquisa. minha orientadora Evelize Mara de

    Souza Martins, pela sua dedicao e esforo. Aos meus colegas

    e amigos que conviveram comigo neste perodo acadmico.

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  • v

    RESUMO

    Este trabalho traz uma anlise da comunicao interna da Policlnica So Lucas, sob a questode sua eficcia como ferramenta de endomarketing. Em termos especficos pretendeucaracterizar o processo de comunicao interna, assim como identificar os fatores desatisfao e/ou insatisfao dos colaboradores com o processo de comunicao interna,verificar a existncia de barreiras comunicao existentes e, por ltimo, propor ferramentasde comunicao interna que auxiliem no processo de endomarketing da Policlnica So Lucas.Aps a fundamentao terica foi realizada a caracterizao da empresa, que destacou suaevoluo e crescimento ao longo de seus sete anos de existncia. Tal rapidez de expansoapresentou um cenrio onde o endomarketing foi esquecido, dessa forma o estudo e aimplantao de polticas de comunicao interna eficientes, tornou-se uma importanteferramenta no desenvolvimento do marketing voltado aos seus vinte e oito atuaiscolaboradores. O estudo de caso em questo uma pesquisa descritiva com abordagemqualitativa, atravs de aplicao de questionrio, entrevista e observao participante. Osresultados obtidos na pesquisa foram tabulados, com auxlio da ferramenta Microsoft Excel,com o intuito de facilitar a leitura dos dados para posterior interpretao baseada na teoriaestudada e apresentados descritivamente segundo os objetivos propostos. Com base napesquisa pode-se perceber que a empresa apresenta um sistema comunicacional eficiente esatisfatrio na percepo da maioria dos colaboradores, apesar de existirem barreiras comunicao preocupantes. H evidncias de que a comunicao interpessoal boa e orelacionamento entre os colaboradores satisfatrio. Ao final props-se a criao de novasferramentas e aprimorar as j existentes de forma a buscar maior interatividade entre aempresa e seus colaboradores, facilitando assim a possvel implantao de um processo deendomarketing.

    Palavras-chave: comunicao interna, barreiras comunicao, endomarketing.

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  • vi

    ABSTRACT

    This work brings an analysis of the internal communication of the Policlnica So Lucas,under the question of its effectiveness as tool of endomarketing. In specific terms it intendedto characterize the process of internal communication, as well as identifying to the factors ofsatisfaction and/or no satisfaction of the collaborators with the process of internalcommunication, to verify the existence of existing barriers to communication e, finally, toconsider tools of internal communication that assist in the process of endomarketing of thePoliclnica So Lucas. After the theoretical recital was carried through the characterization ofthe company, who detached its evolution and growth throughout its seven years of existence.Such rapidity of expansion presented a scene where endomarketing was forgotten, of thisform the study and the implantation of efficient politics of internal communication, animportant tool in the development of the come back marketing became its twenty and eightcurrent collaborators. The study of case in question it is a descriptive research withqualitative boarding, through application of questionnaire, interview and participant comment.The results gotten in the research had been tabulated, with aid of the tool Microsoft Excel,with intention to facilitate the reading of the data for posterior interpretation based on thestudied theory and presented descriptive according to objective considered. On the basis ofthe research can be perceived that the company presents an efficient and satisfactorycomunicacional system in the perception of the majority of the collaborators, althoughpreoccupying barriers to the communication to exist. It has evidences of that the interpersonalcommunication is good and the relationship between the collaborators is satisfactory. To theend it was considered creation of new tools and to improve already the existing ones of formto search greater interactivity between the company and its collaborators, thus facilitating thepossible implantation of a process of endomarketing.

    Key-words: internal communication, barriers to the communication, endomarketing.

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  • vii

    Lista de Ilustraes

    Figura 1: O processo de comunicao: modelo simplificado ................................................ 10

    Figura 2: O processo de comunicao: modelo mais complexo ............................................ 10

    Figura 3: Variveis no fluxo da comunicao....................................................................... 19

    Figura 4: Organograma ........................................................................................................ 29

    Quadro 1: A comunicao quanto forma e quanto ao contedo.......................................... 13

    Quadro 2: Nveis de penetrao das mensagens.................................................................... 18

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  • viii

    Lista de Grficos

    Grfico 1: A comunicao quanto forma e o contedo....................................................... 32

    Grfico 2: O fluxo de comunicao e a autoridade hierrquica ............................................. 32

    Grfico 3: A existncia de canal de comunicao para sugestes e melhorias no ambiente de

    trabalho........................................................................................................................ 33

    Grfico 4: A preferncia pelos canais de comunicao ......................................................... 34

    Grfico 5: A eficincia dos canais de comunicao .............................................................. 34

    Grfico 6: A preocupao com a comunicao da misso, metas e compromissos................ 35

    Grfico 7: A preocupao com a comunicao a respeito das obrigaes e direitos .............. 36

    Grfico 8: A clareza das comunicaes ................................................................................ 37

    Grfico 9: A tempestividade das comunicaes.................................................................... 37

    Grfico 10: O acesso chefia............................................................................................... 38

    Grfico 11: As opinies e sugestes aceitas pela chefia e colocadas em prtica .................... 38

    Grfico 12: O feedback da chefia, visando estimular o aprendizado individual e melhorar o

    desempenho no trabalho ............................................................................................... 38

    Grfico 13: A comunicao entre funcionrios para obteno de informaes gerais de

    carter administrativo de todo o setor ........................................................................... 39

    Grfico 14: A comunicao entre funcionrios para discutir e avaliar o desenvolvimento de

    tarefas comuns ............................................................................................................. 39

    Grfico 15: O nvel de cooperao entre colegas de trabalho construtivo........................... 40

    Grfico 16: A relao de confiana entre colegas de trabalho ............................................... 40

    Grfico 17: O cultivo da amizade, fora da empresa, entre os colegas de trabalho.................. 41

    Grfico 18: A parceria e o respeito entre os colaboradores ................................................... 41

    Grfico 19: A comunicao entre os colegas visando os objetivos da empresa ..................... 41

    Grfico 20: A comunicao entre os funcionrios e as distores......................................... 42

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  • ix

    Grfico 21: As barreiras mais comuns comunicao no ambiente de trabalho.................... 43

    Grfico 22: As barreiras presentes no local de trabalho ........................................................ 43

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  • x

    SUMRIOResumo ............................................................................................................................................................v

    Abstract ......................................................................................................................................................... vi

    Lista de ilustraes ....................................................................................................................................... vii

    Listas de grficos ......................................................................................................................................... viii

    1 INTRODUO 1

    1.1 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................................ 2

    1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 2

    1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 2

    1.4 APRESENTAO GERAL DO TRABALHO ................................................................... 4

    2 FUNDAMENTAO TERICA 5

    2.1 O ENDOMARKETING .............................................................................................. 5

    2.1.1 Conceitos bsicos...................................................................................... 5

    2.1.2 A importncia do endomarketing .............................................................. 8

    2.2 A COMUNICAO.................................................................................................. 9

    2.2.1 Conceitos bsicos...................................................................................... 9

    2.2.2 A importncia da comunicao ............................................................... 13

    2.2.3 Barreiras comunicao interna.............................................................. 15

    2.3 O PBLICO E AS MDIAS DE COMUNICAO INTERNA........................................... 17

    3 ASPECTOS METODOLGICOS 24

    3.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA .......................................................................... 24

    3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES ............................................................................... 25

    3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .................................... 26

    3.4 TRATAMENTO E ANLISE DOS DADOS................................................................... 26

    4 APRESENTAO E ANLISE DE RESULTADOS 28

    4.1 ANTECEDENTES HISTRICOS E CARACTERIZAO DA EMPRESA............................. 28

    4.2 O PERFIL DOS PESQUISADOS................................................................................. 30

    4.3 O PROCESSO DE COMUNICAO INTERNA ............................................................. 31

    4.4 FATORES DE SATISFAO E/OU INSATISFAO COM O PROCESSO DE COMUNICAO

    INTERNA ............................................................................................................. 37

    4.5 BARREIRAS COMUNICAO INTERNA ................................................................ 42

    4.6 SUGESTES DE FERRAMENTAS DE COMUNICAO INTERNA................................... 44

    5 CONSIDERAES E CONCLUSES 46

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  • xi

    6 REFERNCIAS 48

    7 APNDICES 52

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  • 1 INTRODUO

    Conforme CONCEITOS (2004) entende-se por comunicao interna o esforo de

    comunicao desenvolvido por uma empresa, rgo ou entidade para estabelecer canais que

    possibilitem o relacionamento, gil e transparente, da direo com o pblico interno (na

    verdade, sabe-se que h vrios pblicos internos em uma organizao) e entre os prprios

    elementos que integram este pblico.

    No entanto, a comunicao interna no se restringe chamada comunicao

    descendente, aquela que flui da direo para os empregados, mas inclui, obrigatoriamente, a

    comunicao horizontal, entre os segmentos deste pblico interno, e a comunicao

    ascendente que estabelece o feedback e instaura uma efetiva comunicao. Nas organizaes

    em que se pratica apenas a comunicao descendente, talvez nem seja apropriado mesmo usar

    o termo comunicao, porque, como um processo, ela precisa realizar-se nos dois sentidos.

    Tradicionalmente observa-se que a comunicao interna tem sido tratada de forma

    secundria no planejamento de comunicao das empresas, rgos ou entidades, porque falta

    aos empresrios e executivos a conscincia de que a comunicao (na verdade, a boa

    comunicao - transparente, gil, democrtica e participativa) vital para o desenvolvimento

    e a sobrevivncia das organizaes.

    Nos ltimos anos, em funo do esforo para aumento da produtividade e da

    qualidade, a comunicao interna tem sido mais valorizada nas empresas, mas preciso ainda

    derrubar uma srie de tabus e, sobretudo, democratizar as estruturas formais das organizaes,

    que se caracteriza por uma hierarquia rgida e autoritria.

    O fato de a Policlnica So Lucas realizar a comunicao interna principalmente de

    maneira informal um fator que dificulta o desenvolvimento de aes de endomarketing. Os

    dirigentes percebem que no possvel ter uma boa imagem empresarial sem uma boa

    imagem interna sendo necessrio dar aos colaboradores a ampla srie de informaes que so

    necessrias, principalmente na situao atual da empresa que nos dois ltimos anos est

    passando por um processo de mudana, j que expandiu seus servios para a rea hospitalar e

    laboratorial.

    Conversas informais realizadas durante o estgio de campo, mostraram que os

    colaboradores tm desejos de comunicao muito simples. Desejam saber quais so os

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  • 2

    problemas, como a empresa lidar com eles e qual seu papel como colaboradores. Desejam

    tomar conhecimento disso atravs de canais legitimados pela organizao.

    1.1 Problema de pesquisa

    Consiste no problema de pesquisa o fato de que a Policlnica So Lucas no possui um

    modelo formalizado de comunicao interna, realizando aes de endomarketing isoladas,

    conforme a necessidade da empresa. Desta forma, diante do exposto, pretende-se responder a

    seguinte pergunta de pesquisa:

    De que maneira a comunicao interna pode atuar como ferramenta do

    endomarketing na Policlnica So Lucas?

    1.2 Objetivos

    O objetivo geral consiste em analisar de que maneira a comunicao interna pode

    atuar como uma ferramenta do endomarketing para a Policlnica So Lucas.

    Em termos especficos, pretende-se alcanar os seguintes objetivos:

    caracterizar o processo de comunicao interna na Policlnica So Lucas;

    identificar fatores de satisfao e/ou insatisfao com o processo de comunicao

    interna na empresa;

    verificar as barreiras comunicao existentes na empresa;

    propor ferramentas de comunicao interna que auxiliem no processo de

    endomarketing da Policlnica So Lucas.

    1.3 Justificativa

    A escolha da empresa Policlnica So Lucas como ambiente deste estudo de caso, se

    deve ao fato de ser uma empresa familiar da qual o acadmico faz parte. Nos dois ltimos

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  • 3

    anos a empresa desenvolveu-se rapidamente, e uma das conseqncias deste rpido

    crescimento a necessidade do aprimoramento do processo de comunicao interna.

    Aparentemente a empresa apresenta problemas pela ausncia de um modelo formal de

    processo de comunicao interna tais como: formao de boatos, desinformao, ineficincia

    na transmisso de informaes, falhas na comunicao etc.

    O estudo da comunicao interna como uma ferramenta estratgica para proporcionar

    a mudana cultural necessria para tornar efetiva uma mudana organizacional resultar

    fatalmente na melhoria do atendimento na Policlnica So Lucas.

    O Diretor Administrativo da Policlnica comentou, em conversa informal durante o

    estgio de campo, que as informaes sobre as prticas de gesto, controle e atendimento

    defendidas pela empresa so sempre divulgadas, mas de maneira difusa e, na maioria das

    vezes, no so compartilhadas por todos os colaboradores.

    A esse respeito, Galvo (1996) descreve a comunicao interna como uma ferramenta

    do endomarketing na valorizao, envolvimento e comprometimento do colaborador com os

    objetivos e decises da empresa, melhorando, assim, o atendimento ao cliente externo.

    Esse Trabalho de Concluso de Curso pode representar uma contribuio para essa

    conquista, pois seu resultado poder ser til para a Policlnica So Lucas. Pretende-se que esta

    pesquisa possibilite desenvolver o processo de comunicao interna como uma forma de

    buscar a uniformidade das informaes que transitam na empresa, maximizando a qualidade e

    minimizando a desinformao, o que poder refletir diretamente na melhoria da qualidade de

    seu atendimento, e conseqentemente na melhoria da imagem da empresa.

    Alm de considerar o trabalho importante para a empresa, tambm o para a

    realizao profissional, pois o acadmico acredita ser a comunicao um elemento

    fundamental para a harmonia de uma coletividade, alm de proporcionar uma chance de

    aprendizado e evoluo.

    Por estes motivos, entende-se que este Trabalho de Concluso de Curso vai ao

    encontro da misso da UNIVALI, que produzir e socializar o conhecimento pelo ensino,

    pesquisa e extenso, estabelecendo parcerias solidrias com a comunidade, em busca de

    solues coletivas para problemas locais e globais, visando formao do cidado crtico e

    tico (UNIVALI, 2005).

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  • 4

    1.4 Apresentao geral do trabalho

    O presente Trabalho de Concluso de Curso foi estruturado com a finalidade de

    analisar de que maneira a comunicao interna pode atuar como ferramenta do endomarketing

    na Policlnica So Lucas. Para cumprir este propsito apresenta-se na introduo o tema e

    problema de pesquisa, o objetivo geral e os especficos, assim como a justificativa da opo

    pelo tema.

    Aps a caracterizao do estudo, no segundo captulo apresenta-se a fundamentao

    terica que faz uma abordagem dos conceitos bsicos e da importncia do endomarketing e da

    comunicao, as barreiras comunicao, alm de tratar do pblico e das mdias de

    comunicao interna. A comunicao, entretanto, recebe uma abordagem especial por ser a

    ferramenta foco deste estudo.

    Na seqncia, no terceiro captulo foram traadas as consideraes a respeito dos

    aspectos metodolgicos utilizados para a realizao da pesquisa. No quarto captulo so

    apresentados os resultados obtidos com o desenvolvimento da pesquisa e a anlise dos dados

    aps as observaes e aplicao do questionrio.

    Por fim, encontram-se as consideraes finais, com as concluses e recomendaes

    decorrentes. Depois se seguiram as referncias bibliogrficas utilizadas para a elaborao

    deste trabalho e o apndice considerado conveniente.

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  • 2 FUNDAMENTAO TERICA

    A base conceitual apresentada neste trabalho constitui os fundamentos tericos sobre o

    qual a pesquisa foi concebida e, amparado nessas concepes, pretendeu-se alcanar tanto o

    objetivo geral, quanto os objetivos especficos delineados.

    Desta forma, no captulo que segue, sero apresentados os referenciais tericos sobre o

    endomarketing e a comunicao interna.

    2.1 O Endomarketing

    2.1.1 Conceitos bsicos

    No sentido amplo, o endomarketing, tambm chamado de marketing interno, um

    conjunto de prticas introduzidas e aprimoradas na empresa, e que tem por objetivo obter, ou

    elevar, o comprometimento dos seus funcionrios (CERQUEIRA, 1999; NICKLES e WOOD,

    1999). Decorre desse comprometimento, mudanas nas atitudes e comportamentos que se

    refletem, positivamente, tanto no pblico interno, quanto no externo.

    O conceito de endomarketing surge da necessidade de alinhar-se a comunicao

    externa da organizao aos comportamentos de seus empregados. Parte-se, ento, para a

    adaptao de conceitos de comunicao voltados para o pblico externo (exomarketing) para

    o pblico interno. Bekin (1995, p.22) relata que mesmo voltado por excelncia para o

    ambiente externo, tal instrumental passa a exercer funes nas empresas de descoberta e

    interpretao das necessidades e desejos do consumidor para as especificaes de produto e

    servios. E complementa, afirmando que funo do marketing interno ...realizar aes de

    marketing voltadas para o pblico interno da empresa, com o fim de promover entre seus

    funcionrios e os departamentos, valores destinados a servir o cliente.

    Nickles e Wood (1999, p.6) o percebem como um processo de satisfazer os clientes

    internos (empregados) como pr-requisito para satisfazer os clientes externos, sugerindo que

    as tcnicas utilizadas para a promoo de vendas dirigidas aos ltimos, podem ser adaptadas e

    aplicadas aos primeiros.

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  • 6

    Para Kotler (1998), o marketing interno a tarefa de contrataes acertadas,

    treinamento e motivao de funcionrios hbeis que desejam atender bem os clientes. Ou seja,

    o marketing interno traduz-se apenas em uma boa forma de captao e treinamento de

    empregados que tenham contato com o pblico externo.

    Cerqueira (1999) entende o endomarketing como o conjunto de projetos e aes que

    uma empresa deve empreender para consolidar a base cultural do comprometimento dos seus

    funcionrios com o desenvolvimento adequado das suas diversas terminologias, visando:

    a prtica dos valores estabelecidos como base da nova cultura;

    a manuteno de um clima ideal de valorizao e reconhecimento das pessoas;

    a obteno de ndices maiores de produtividade e qualidade, com conseqente

    reduo de custos;

    o estabelecimento de canais adequados de comunicao interpessoal, que

    permitiro a eliminao de conflitos e insatisfaes que possam afetar o sistema

    organizacional;

    a melhoria do relacionamento interpessoal;

    o estabelecimento da administrao participativa; e

    a implantao de aes gerenciais preventivas.

    Na definio de Inkote (2000, p.85), o endomarketing a adaptao e utilizao de

    tcnicas, instrumentos e conceitos de marketing para atingir especfico segmento de mercado

    de clientes, que tm como caracterstica comum o trabalho em uma mesma organizao.

    Complementa afirmando que o endomarketing consiste em identificar as necessidades e

    desejos a partir do prprio cliente interno, para satisfaz-lo eficaz e eficientemente, buscando

    o estmulo compra (do produto-empresa) e a fidelizao deste segmento.

    O objetivo geral de endomarketing, para Grnroos (1993), compreende:

    assegurar que os empregados se motivem para uma orientao ao cliente e um

    desempenho consciente dos servios e, portanto, desempenhem com xito suas

    responsabilidades de marqueteiros de planto em suas tarefas no marketing

    interativo; e

    atrair e reter bons empregados.

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  • 7

    Segundo Moller (1997, p 107), se voc colocar os funcionrios em primeiro lugar em

    suas prioridades, eles colocaro os clientes em primeiro lugar. As organizaes que quiserem

    centrar-se na satisfao de seus clientes precisam tambm se centrar na satisfao de seus

    clientes internos.

    Para Grnroos (1993), o endomarketing comea com a noo de que os empregados

    constituem o primeiro mercado para as organizaes. Se os bens, servios, as campanhas de

    comunicao externas no conseguirem ser vendidas ao pblico interno, o marketing

    tampouco poder ser bem sucedido junto aos clientes externos

    Na definio de Brum (1994, p.23) endomarketing um conjunto de aes de

    marketing para o pblico interno. So aes que a empresa deve utilizar adequadamente para

    vender sua imagem aos funcionrios e seus familiares. Complementa afirmando que

    comunicao interna, marketing interno ou endomarketing podem ser definidos como um

    conjunto de aes que tem como objetivo tornar comum entre os funcionrios da empresa,

    objetivos, metas e resultados.

    Segundo Brum (1994), o processo contnuo de mudanas impostas s organizaes

    exige comunicao com os funcionrios, atravs de instrumentos e aes integradas em um

    programa de comunicao interna, com o propsito de mant-los informados acerca de seus

    reais objetivos. Assim, possvel tornar os funcionrios comprometidos com a postura

    adotada pela empresa. Em outras palavras, convenc-lo dos benefcios das mudanas, mesmo

    que contnua, trabalhando com a verdade e a transparncia em todas as aes empreendidas.

    Observa-se, portanto, que, se de um lado, o conceito de endomarketing no rene

    unanimidade entre os estudiosos, de outro, algumas expresses so freqentes nas definies,

    conferindo um eixo comum s aes de endomarketing, ou seja, motivao dos funcionrios,

    comunicao, comprometimento, valores, instrumentos de marketing e satisfao do

    consumidor.

    Diante do exposto, apresentam-se na seqncia argumentos a respeito da importncia

    do endomarketing e sua relao com a comunicao interna visando formao de um clima

    organizacional adequado e criao da vantagem competitiva para as organizaes.

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  • 8

    2.1.2 A importncia do endomarketing

    A necessidade crescente pelo interesse em endomarketing se d pela busca da

    eficincia por parte das organizaes, especialmente atribuda ao renascimento do ser humano

    nos negcios dentro do clima competitivo atual (SILVA, 1999).

    Kempenich (1997) faz uma dura crtica s empresas, quando lembra que a grande

    reclamao dos funcionrios a de que so os ltimos a saber das novidades. Lembra que,

    no raro, relatam que ficam sabendo das novidades da empresa fora do ambiente de trabalho.

    Para o autor, a comunicao interna um dos principais fatores para o sucesso dos

    projetos. Salienta que corriqueiro fazer um amplo projeto de comunicao para o

    lanamento de um novo produto, ou de uma nova marca da empresa, e desconsiderar o

    pblico interno, aquele que pode ser um efetivo parceiro do seu negcio. Quando voc se

    esquece do funcionrio, voc esquece do segundo ou do terceiro aspecto mais importante em

    termos de grupo de influncia e envolvimento (KEMPENICH, 1997, p. 72).

    Por outro lado, conforme Orlickas (1999), medida que os funcionrios so

    informados da situao da empresa a respeito dos produtos e servios, do crescimento e

    prmios conquistados, desenvolve-se na equipe um sentimento de orgulho, o que, tambm

    fator fundamental para o sucesso.

    sabido que as relaes internas afetam o comportamento da equipe frente aos

    clientes (CERQUEIRA, 1999; KOTLER, 1998; NICKLES e WOOD, 1999). Assim, ao

    promover a melhoria no relacionamento interno da equipe, a agilidade e transparncia dos

    fluxos de comunicao e a introduo de mudanas nas atitudes e comportamentos, as

    prticas do marketing interno favorecem nos funcionrios o desenvolvimento da conscincia

    de que todas as suas aes devem voltar-se para a satisfao das necessidades dos clientes

    onde, segundo Bekin (1995) reside toda a importncia do endomarketing.

    Dessa forma, Porter (1989) indica que a comunicao interna pode contribuir com o

    endomarketing para a formao de uma vantagem competitiva para as empresas, pois formar

    uma equipe motivada e comprometida com os resultados da organizao e com a satisfao

    do cliente, atende uma das principais caractersticas da vantagem competitiva, isto , ser de

    difcil imitao.

    Torna-se, ento, imprescindvel explicitar, a seguir, conceitos bsicos relacionados

    comunicao humana e nas organizaes para elucidao de aspectos relacionados ao tema e

    problema de pesquisa.

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  • 9

    2.2 A Comunicao

    2.2.1 Conceitos bsicos

    Pinto (1986) analisa a comunicao como uma ferramenta usada pelo homem para se

    relacionar com seu meio e garantir sua sobrevivncia. O tempo todo, nas empresas, em

    famlia, em grupos de amigos, os atos comunicativos cercam as aes do indivduo.

    Para Katz e Kahn (1987), a comunicao troca de informaes e transmisso de

    significados a essncia de um sistema social ou de uma organizao.Sua importncia,

    entretanto, varivel e exemplificam citando o contraste de ambientes quando se sai de uma

    fbrica para um escritrio. Passa-se de um ambiente dominado por mquinas para um

    dominado pelas pessoas e enquanto no primeiro a troca energtica primordial e as

    informaes secundrias, no segundo as prioridades se invertem.

    A comunicao, ento, est intimamente relacionada com a cultura na qual o homem

    est inserido. Dentro desta viso sociolgica, percebe-se os diferentes canais verbais ou no

    utilizados para que ocorra a comunicao, como: mmica, dana, msica, jornais, teatro,

    cinema, obras literrias etc. A carta de Pero Vaz de Caminha a D. Manuel citava a mmica, a

    msica e a dana como os primeiros meios de comunicao entre portugueses e indgenas

    (PINTO, 1986).

    Conforme Pinto (1986, p.5):

    A comunicao no um fenmeno isolado nem contemporneo. Comoatividade humana, necessrio consider-la integrada aos processosculturais e, para estudar sua evoluo, no possvel desvincul-la dacultura.

    Considerando-se que para Kotler (1998) em uma comunicao organizacional, para

    que uma mensagem seja eficaz, preciso que o processo de codificao do emissor seja

    compatvel com o processo de decodificao do receptor, necessrio que o emissor adapte

    cultura do receptor, anulando a diferena entre ambos.

    De acordo com Hampton (1992), os modelos de processo de comunicao podem ser

    simplificados ou mais complexos. O modelo mais simples, apresentado na Figura 1, a seguir,

    mostra o emissor, o receptor e a compreenso do receptor, assim como os estgios de

    transmisso e de interpretao. Esse modelo deixa de lado algumas etapas que so

    importantes para a compreenso da mensagem.

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  • 10

    RETROINFORMAO

    EMISSOR

    Significado Codificao

    CANAL

    Mensagem

    RECEPTOR

    Compreenso Decodificao

    Figura 1: O processo de comunicao: modelo simplificadoFonte: Hampton (1992, p. 439)

    O modelo mais complexo, entretanto, possui a codificao, a decodificao, a

    compreenso e a retroinformao, que pode transmitir a compreenso por meio do receptor

    para a fonte de origem pelas mesmas etapas. Nesse modelo apresentado na Figura 2, a seguir,

    a comunicao vai alm do simples ato de informar, pois requer sintonia com o interlocutor e

    tambm o esclarecimento da mensagem (HAMPTON, 1992).

    Figura 2: O processo de comunicao: modelo mais complexoFonte: Hampton (1992, p. 439)

    De modo geral, as organizaes tm necessidade de se comunicar com a sociedade,

    afinal uma empresa tem um relacionamento intrnseco com o meio que a cerca e pela

    comunicao no s se relaciona com esse meio, como tambm parte dele (KATZ E KAHN,

    1987; MORGAN, 1996; KUNSCH, 1997).

    Kunsch (1997) destaca que a partir da dcada de 80, as empresas passaram a requerer

    uma comunicao estratgica em funo das mudanas. considerada a dcada do auge da

    comunicao organizacional, principalmente 1985 no Brasil, com a reabertura poltica do

    pas. Vivia-se o ltimo governo do ciclo militar, com o General Joo Batista de Oliveira

    Figueiredo (1979-1984), que iniciou o processo de mudana para as vias democrticas. Esse

    processo repercutiu nas empresas e instituies que comearam a entender a necessidade de

    serem transparentes e que suas relaes com a sociedade deviam se dar pelas vias

    Compreensodo receptor

    Emissor ReceptorTransmisso Interpretao

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  • 11

    democrticas. Essas mudanas comeam a direcionar as empresas para uma comunicao

    integrada de todas as atividades do seu setor.

    A comunicao foi um instrumento de poder bastante grande no convencimento do

    povo brasileiro para que aceitasse e cumprisse regras ditatoriais que iam de encontro sua

    liberdade. Kunsch (1997) demonstra indiretamente essa fora quando cita a criao da

    Associao dos Executivos de Relaes Pblica (AERP), em 15 de janeiro de 1968, pelo

    decreto n. 62.119, com competncia para administrar essa atividade no mbito do Poder

    Executivo. Se a comunicao no fosse poderosa a ponto de fazer o povo aceitar

    pacificamente o que no lhe convm, no haveria preocupao do regime militar em control-

    la. , portanto, inegvel o poder da comunicao como ferramenta estratgica pela sua relao

    intrnseca com a vida e a cultura das pessoas.

    A comunicao organizacional tambm pode ser denominada comunicao

    empresarial, comunicao institucional ou comunicao corporativa e segundo Rego (1986, p.

    171) um processo amplo, que objetiva provocar atitudes voluntrias por parte dos pblicos

    para os quais a empresa se dirige.

    Pode ser dividida em comunicao externa e comunicao interna, e aps as

    consideraes realizadas acerca da comunicao organizacional, apresentam-se a seguir

    informaes relevantes a respeito da comunicao interna, alvo principal desse estudo.

    A relao entre empregados e empregadores mudou a partir da Revoluo Industrial e

    isso obrigou as organizaes a criarem novas formas de comunicao com o pblico interno,

    por meio de publicaes dirigidas especialmente aos empregados (KUNSCH, 1997).

    Pelo fato da comunicao interna ser estratgica necessrio que seja feita em

    conjunto com a rea de Recursos Humanos. Alm disso, a comunicao que ocorre dentro

    das organizaes no est isolada de toda uma conjuntura, que condiciona e move as aes de

    um profissional, dentro de uma perspectiva estratgica que contempla cumprimento de misso

    e viso de futuro (KUNSCH, 1999, p.49).

    A comunicao interna, segundo Wolf (1999) uma ferramenta na informao,

    satisfao e motivao do cliente interno. E como a opinio do pblico interno tem grande

    influncia nas opinies do pblico externo, isso contribui imensamente na conquista do

    cliente externo.

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  • 12

    Freitas (1997) descreve a comunicao como um instrumento de poder e ao analisar a

    comunicao interna pode-se perceber o pensar e o sentir de uma organizao. Salienta que a

    comunicao no se restringe a informar algo, mas abrange tambm, ouvir o que as pessoas

    falam e perceber o que elas pensam e sentem.

    Atualmente, o aspecto estratgico da comunicao torna-se mais importante, pois

    precisa neutralizar a insegurana e o descrdito dos colaboradores com seus patres, gerado

    pelo nmero cada vez maior de demisses, em virtude do desenvolvimento tecnolgico, alta

    competitividade e crises do mercado. Segundo Brum (2000), a comunicao interna deve

    fazer um link entre o funcionalismo e a direo de uma empresa, melhorando essa situao.

    De acordo com Brum (2000), no mercado existem relaes de troca, cujo produto

    depende do setor envolvido, e o marketing nasceu para garantir o seu sucesso. Dentro de uma

    empresa tambm existem relaes de troca, cujo produto a informao, e o marketing

    interno quem vai garantir o sucesso desta troca de informaes. Percebe-se, ento, a relao

    bastante estreita entre a comunicao interna e o endomarketing (marketing interno ou

    marketing para dentro).

    No incio do sculo XX, as trocas no mercado comearam a ficar mais difceis, em

    funo do crescimento da concorrncia. Com isso as empresas precisaram preparar ainda mais

    seus colaboradores para atender melhor as necessidades dos clientes.Conforme Brum (2000)

    esse o papel da comunicao interna.(...) ningum gosta daquilo que no conhece. Mas, quando conhecetotalmente o objetivo maior da empresa, o funcionrio torna-se mais do queum agente de comunicao, torna-se um agente de marketing, ou seja,um agente dessa filosofia empresarial que prev clientes satisfeitos (BRUM2000, p.25).

    S tendo acesso aos objetivos da empresa, por meio da comunicao, o colaborador

    poder se comprometer com a empresa. Os resultados sero ainda melhores se ele participar

    da construo desses objetivos. Para Brum (2000), a comunicao precisa estimular

    positivamente os sentidos dos colaboradores e permitir que a empresa estabelea com eles

    relacionamentos saudveis, duradouros e, sobretudo, produtivos. Sendo assim, preciso

    estudar a forma e o contedo da comunicao e para isso apresenta-se o Quadro 1, a seguir.

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  • 13

    Personalizao adequao da forma e contedo da comunicao s caractersticas do pblico-alvo. Quanto mais pessoal e menos formal for a mensagem, maior ser seu xito.

    Interatividade a velocidade e o incentivo do retorno que a comunicao interna provoca nocolaborador. A comunicao de mo dupla sempre importante para qualquerprocesso de gesto, pois permite saber o que pensa e como se sente ocolaborador diante daquilo que foi informado.F

    orm

    a

    Impacto Sensorial o quanto o colaborador pode ver, ouvir, sentir, cheirar e experimentar ainformao. importante para fazer com que o colaborador acredite no produtoe/ou servio que vai vender.

    Posicionamento o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa de forma a faz-la ocuparum lugar distinto e valorizado na mente do colaborador. importante que oposicionamento psicolgico, seja sustentado por um posicionamento real, a fimde que no se estabelea apenas o jogo mental, mas uma relao de credibilidadeentre a empresa e o colaborador.

    Conceito a idia principal da empresa, que deve ser muito bem pensada e elaborada.Para se estabelecer o conceito em um programa de comunicao, deve-sepesquisar e buscar o ponto principal.

    Com

    unic

    ao

    Con

    teud

    o

    Desenho quando se consegue desenvolver um grfico que permite traduzir as palavras.Permite aumentar a compreenso da informao na menor quantidade de tempo.Para isso importante que se encontre o ponto de equilbrio entre a tcnica e aesttica, ou seja, colocar o mximo de informaes em um espao pequeno, demaneira elegante e efetiva, mas sem impedir que a mensagem seja captada.

    Quadro 1: A comunicao quanto forma e quanto ao contedoFonte: BRUM (2000)

    Outro fator relevante no processo de comunicao interna abordado pela autora que

    o fato de se disponibilizar uma informao no representa por si s que houve a comunicao.

    Toda vez que se lana um canal de comunicao necessrio que se faa a sua divulgao.

    preciso motivar o colaborador a acess-lo. Para isso a empresa deve estimular a participao

    do colaborador na conduo do processo. A responsvel pela comunicao a direo, mas

    isso no impede que ela seja dividida com parceiros das mais diversas reas. Uma forma de

    provocar esta participao dos colaboradores criar a figura do agente de comunicao, que

    o responsvel por levantar novidades, opinies, reaes e, principalmente, contedo a ser

    veiculado nos instrumentos de informao.

    2.2.2 A importncia da comunicao

    A comunicao eficaz importante para as organizaes por dois motivos. Primeiro,

    porque comunicao o processo atravs do qual os administradores realizam as funes de

    planejamento, organizao, liderana e controle. Segundo, por ser a comunicao uma

    atividade qual os administradores dedicam uma enorme proporo de seu tempo (STONER

    e FREEMAN, 1999).

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  • 14

    Para Figueiredo (2000), a comunicao importante para o relacionamento entre as

    pessoas no trabalho, no esclarecimento e na explicao das decises e na orientao para o

    desempenho das tarefas. A globalizao, tal como a disponibilizao da tecnologia, esto

    contribuindo para a facilitar a busca pela necessidade de uma comunicao eficiente, e

    exigindo daqueles que a compem, que se tornem cada vez mais conscientes dos processos

    atuais de comunicao.

    Desta forma, entende-se que fazer com que os funcionrios percebam a extenso e a

    velocidade das transformaes no ambiente organizacional pode tornar-se uma oportunidade

    preciosa para a melhoria da comunicao interna.

    O objetivo principal da comunicao interna conseguir tornar a empresa e o

    colaborador sintonizados em um determinado contedo. A mensagem eficaz deve satisfazer

    as necessidades de informao dos colaboradores e fazer com que ele aja de modo coerente

    com o contedo dessa mensagem (TORQUATO, 1991).

    De acordo com Urritia (2002), a existncia de diversos canais para a transmisso de

    informaes necessita estar a servio da harmonizao do contedo da mensagem com a

    empresa e da adequao da forma eficincia da mensagem transmitida. No deve, pois,

    constituir-se em elemento dificultador da uniformidade da linguagem, nem do acesso e

    compreenso de contedos.

    Esse contexto exige a capacitao tcnica dos profissionais que atuam na rea de

    comunicao e meios de comunicao adequados s caractersticas da empresa. Alm disso,

    fundamental o desenvolvimento pelos executivos da empresa, de postura favorvel

    transparncia e tempestividade das informaes. Esses dois fatores so primordiais, uma vez

    que a falta de transparncia leva ao descrdito da organizao e a falta de tempestividade

    compromete a eficcia do processo de comunicao. Em alguns casos, esses problemas

    podem ser causados por falta de clareza dos objetivos e estratgias da empresa, por excesso de

    nveis decisrios ou, at mesmo, por insegurana dos executivos (URRITIA, 2002).

    A comunicao vital e os administradores passam grande parte de seu tempo se

    comunicando e os objetivos nem sempre so alcanados. Com a finalidade de elucidar

    aspectos relacionados apresentam-se, a seguir, vrias barreiras comunicao eficaz presentes

    nas organizaes.

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  • 15

    2.2.3 Barreiras comunicao interna

    Para alcanar a comunicao eficaz preciso, em primeiro lugar, reconhecer e

    compreender por que ocorrem os desentendimentos e, em seguida, aprender a reduzi-los ou

    evit-los. Afinal, a comunicao entre dois funcionrios eficaz quando o receptor interpreta

    a mensagem do emissor da mesma forma que este pretendia que fosse entendida.

    Para Robbins (1994) entender o que ocorre durante o processo de comunicao

    ajudar a diminuir as confuses que podem surgir entre as pessoas e esclarecer suposies que

    as mesmas fazem acerca das intenes umas das outras. Muitas vezes os funcionrios no

    comunicam o que pretendem em virtude da falta de habilidade do emissor e/ou receptor, e de

    outras barreiras comunicao eficaz, tais como as diferenas de linguagem, os rudos, as

    emoes, as inconsistncias entre comunicaes verbais e no-verbais entre outras.Nesse

    sentido, Stoner e Freeman (1999) corroboram com o autor e acrescentam tambm entre as

    barreiras interpessoais a desconfiana e as percepes diferentes.

    As barreiras referentes ao pessoal correspondem s interferncias que decorrem das

    limitaes, emoes e valores humanos de cada pessoa. Motivao e interesses baixos,

    reaes emocionais e desconfiana, podem limitar ou distorcer as comunicaes com os

    outros funcionrios. Algumas mensagens no seguem adiante porque o receptor no est

    motivado ou no est interessado em ouvi-las. O desafio ao emissor estruturar a mensagem

    de modo que apele s necessidades ou interesses do receptor. As mensagens devem ser

    enviadas na hora mais provvel de serem bem acolhidas (DUBRIN, 2001).

    No que diz respeito s reaes emocionais tais como a raiva, o amor, a autodefesa, o

    dio, o cime, o medo e a vergonha, pode-se dizer que as mesmas influenciam o modo de

    como um funcionrio compreende a mensagem do outro e como influencia os outros com as

    mensagens enviadas. A confiana ou a desconfiana que o receptor tem na mensagem,

    entretanto, depende, em grande parte, da credibilidade que atribuda ao emissor sendo

    determinada por vrios fatores. Em alguns casos, o fato de a mensagem vir de um

    determinado colaborador pode aumentar sua credibilidade. Em outros, pode gerar o efeito

    oposto. Em geral a credibilidade do colaborador ser alta se ele for visto como instrudo,

    digno de confiana e sinceramente preocupado com o bem-estar dos outros (STONER e

    FREEMAN, 1999).

    Quanto s diferenas de linguagem entre emissor e receptor representam limitaes ou

    distores decorrentes dos smbolos atravs dos quais a comunicao feita. As palavras ou

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  • 16

    formas de comunicao como gestos, sinais, smbolos etc podem ter diferentes sentidos para

    as pessoas envolvidas no processo e podem distorcer seu significado (STONER e

    FREEMAN, 1999).

    A esse respeito Gold (2002) informa que nas organizaes, o jargo, ou seja, a

    linguagem informal compartilhada por membros que h muito ocupam posies centrais s

    unidades, dentro de um pequeno grupo fechado, pode ser extremamente til, pois maximiza a

    troca de informaes com um dispndio mnimo de tempo e smbolos, aproveitando-se do

    treinamento e experincia compartilhados por seus usurios. Por outro lado, devido ao jargo

    tender a confundir aquele que carece do mesmo treinamento e experincia, pode ser uma

    barreira comunicao com novos membros ou entre grupos diferentes (GOLD, 2002).

    Com relao s percepes diferentes, colaboradores com conhecimentos e

    experincias diferentes costumam perceber o mesmo fenmeno a partir de perspectivas

    diferentes. Stoner e Freeman (1999) exemplificam que o modo como os funcionrios

    percebem uma comunicao influenciado pelas circunstncias em que ela ocorre e, em

    geral, as diferenas de linguagem esto relacionadas s diferenas nas percepes individuais.

    As palavras devem significar a mesma coisa para o emissor e o receptor, para que uma

    mensagem seja adequadamente comunicada.

    Quanto transmisso, as barreiras comunicao podem resultar de deficincias

    internas do emissor e do receptor. Stoner e Freeman (1999) explicam que quando o emissor

    no tem habilidade eficaz de comunicao a mensagem pode no ser registrada. O emissor

    pode deturpar uma mensagem escrita ou falada to gravemente que o receptor pode no

    entender, ou at mesmo entregar a mensagem de modo to medocre que o receptor no a leve

    a srio. Tambm os rudos, qualquer fator que perturbe, confunda ou interfira de outro modo

    na comunicao esto constantemente presentes no processo.

    Sobre a inconsistncia nas comunicaes verbais e no-verbais pode-se dizer que as

    mensagens enviadas e recebidas so, geralmente, efetuadas atravs da comunicao verbal,

    mas fortemente influenciadas por fatores no-verbais, como movimentos do corpo, as roupas,

    a distncia de um funcionrio para outro, a postura, os gestos, as expresses faciais, os

    movimentos dos olhos e o contato fsico (STONER e FREEMAN, 1999).

    Megginson, Mosley e Pietri Jr (1998) identificam barreiras que tem origem na prpria

    natureza das organizaes e tendem a inibir a comunicao eficaz. Referem-se a sobrecarga

    de informao, a especializao, aos nveis organizacionais e a autoridade da administrao

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  • 17

    como barreiras organizacionais. Stoner e Freeman (1999), entretanto apresentam a

    especializao do trabalho, a estrutura da autoridade, os canais formais de comunicao e a

    propriedade da informao como fatores que influenciam a comunicao nas organizaes.

    No que diz respeito sobrecarga de informaes possvel verificar que a mesma

    ocorre quando um funcionrio recebe muitas informaes e fica confuso. Como resultado, o

    mesmo desenvolve um trabalho de processamento de informaes e recebimento de novas

    mensagens deficientes. Uma estratgia importante para lidar com a sobrecarga de informaes

    no ambiente de trabalho aprender a diferenciar as informaes relevantes das menos

    significativas (DUBRIN, 2001).

    Neste sentido, segundo o autor, quando a comunicao falha ou quando a organizao

    silencia, poder ocorrer resistncia s mudanas ou a inadequada percepo do seu sentido,

    resultando em prticas e comportamentos contrrios ao posicionamento estratgico da

    empresa.

    Com o intuito de minimizar as barreiras comunicao importante o conhecimento a

    respeito do pblico interno e das mdias de comunicao interna.Alm disso, de acordo com

    Bekin ( 1995), a implementao do marketing interno (endomarketing) obedece mesma

    lgica do marketing da empresa, alicerando-se em uma estratgia de comunicao planejada

    por meio de aes de segmentao do pblico, pesquisa, escolha da mdia e de

    promoo.Desta forma, trata-se a seguir do pblico e das mdias de comunicao

    2.3 O Pblico e as Mdias de Comunicao Interna

    Quanto definio do pblico para o qual a comunicao se far presente, Testa

    (2003) explica que a empresa constituda de pessoas que compem a sua fora de trabalho

    no propsito de atingir os objetivos planejados e, paralelamente, existe a comunicao como

    seu elemento propulsor. A maioria das empresas possui uma estrutura estratificada com

    diferentes pblicos que exigem nveis de informao particulares e especficos.

    Na teoria, segundo o autor, o fluxo de informaes deve ser estabelecido nas diversas

    direes da organizao, tanto para baixo (comunicao descendente) quanto para cima

    (comunicao ascendente), no devendo ultrapassar os nveis estabelecidos pela cadeia de

    comando, assim a informao filtrada de pessoa a pessoa que se sucede da linha hierrquica.

    Na prtica, o fluxo nem sempre segue os caminhos estabelecidos pelo formalismo institudo

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  • 18

    pela hierarquia, portanto, podem ocorrer estrangulamentos, dificuldades ou razes de ordem

    operacional que indiquem outros procedimentos para fazer chegar informaes a seus

    destinatrios.

    Conforme Testa (2003, p. 15) os problemas derivados do fluxo inadequado de

    informaes, transformam-se, na prtica, em prejuzos para as organizaes. A adoo de

    regras sobre disseminao seletiva da informao pode ser uma das alternativas para as

    organizaes resolverem este problema.

    O pblico interno deve ser segmentado em grupos de colaboradores, com o objetivo de

    orientar a escolha da mdia e a profundidade de explorao do tema. Essa segmentao deve

    ocorrer pelo nvel de participao no processo decisrio, a natureza do trabalho prestado, a

    experincia ou capacitao, o grau de envolvimento com o cliente externo e as caractersticas

    psico-sociais entre outras (THOMPSON, 1998).

    A mdia, entretanto, escolhida em funo da mensagem e do segmento a que se

    destina, mesmo que o objetivo da comunicao continue sendo praticamente o mesmo: o

    reforo qualidade e ao atendimento (THOMPSON, 1998).

    Para Testa (2003), quando se segmenta o pblico-alvo possvel determinar o nvel de

    penetrao das mensagens no segmento visado, a partir da avaliao do seu grau de

    conhecimento em relao ao que precisa ser comunicado e dos obstculos que se opem

    fixao das mensagens enviadas. Apresenta-se no Quadro 2, a seguir, exemplos de nvel de

    penetrao das mensagens nos diversos pblicos existentes na empresa.

    conhecimento o nvel em que o receptor identifica o nome, mas desconhece de que se trata.

    compreenso o nvel em que o receptor sabe do que se trata.

    convico o nvel em que o receptor endossa noes que possui sobre o assunto.

    inteno: o nvel em que o receptor se revela disposto a tomar alguma atitude concretasobre sua participao no assunto levantado pela comunicao.

    ao o nvel da concretizao.Quadro 2: Nveis de penetrao das mensagensFonte: Adaptado de Testa (2003)

    Segundo Testa (2003), a exata combinao das trs variveis:

    nvel de penetrao;

    grau de conhecimento em relao informao e

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  • 19

    obstculos comunicao, que determina a escolha da mdia, ou seja, a combinao

    dos veculos a serem utilizados numa ao de comunicao. A seguir, apresenta-se a Figura 3

    concebida pelo autor.

    Figura 3: Variveis no fluxo da comunicaoFonte: TESTA (2003 p. 17).

    Para o autor, a utilizao de um sistema de disseminao seletiva da informao, isto

    , a segmentao do pblico-alvo facilitar a elevao do nvel de penetrao da informao

    nos diversos pblicos que se destina.

    Thompson (1998) contribui na elucidao de aspectos para que se cumpram os

    objetivos da comunicao quando afirma que as mdias internas devem convergir para o

    destaque dos princpios bsicos como tica, conscincia profissional e desejo de qualificao.

    Alm disso, necessita tambm harmonizar e fortalecer os vnculos do pblico interno com a

    empresa, ao favorecer e estimular as manifestaes ascendentes.

    Para o autor no endomarketing, a comunicao se d a partir dos programas e projetos

    da rea de recursos humanos, que alimentam a definio de temas coerentes com a gesto dos

    recursos humanos. Explica que tem seu ponto de contato com os funcionrios atravs dos

    canais de ida, as mdias internas; atuam nas expectativas dos diversos pblicos internos;

    retornam informaes, por meio do feedback utilizando canais de volta que so as pesquisas

    comportamentais, as pesquisas de clima, a central de atendimento, os programas de

    reconhecimento; e realimentam o processo fornecendo insumos para a gesto de recursos

    humanos.

    Canais de IdaNormativosInformativosIntranetRevistaVdeosTV CorporativaJornal

    PenetraoDesconhecimentoConhecimentoCompreensoConvicoIntenoAo

    ObstculosConcorrncia de informaesCapacidade de penetraoMemriaResistncias

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  • 20

    Os canais de ida so compostos pelas mdias internas existentes na empresa e a

    eficcia da comunicao se d na proporo direta do cuidado dedicado ao planejamento da

    mdia a ser utilizada, considerando o estudo e balanceamento de:

    contedos de interesses geral ou especfico para cada segmento;

    timing oportunidade e tempo exatos; e

    investimento definio da justa medida, analisada na relao custo/benefcio.

    Os principais canais de ida so a mdia impressa e mdia eletrnica.A mdia impressa

    formada pelos informativos impressos, o newsletter, revista, folheteria, livretos e cartilhas. Os

    informativos impressos so veculos que as empresas utilizam para informar o pblico interno

    sobre praticamente todos os assuntos do dia-a-dia das empresas. So impressos em larga

    escala ou afixados em murais, com caractersticas de objetividade, confiabilidade e clareza de

    linguagem. O newsletter um veculo de curta periodicidade, destinado a suprir os principais

    gestores com informaes econmicas e negociais que os auxiliam no exerccio de suas

    atividades. Contm artigos sobre assuntos que no se encontram na grande imprensa, nem nos

    demais veculos internos da empresa (THOMPSON, 1998).

    A revista um produto de excelncia, com apresentao grfica moderna, fotos e

    ilustraes, contedos mais perenes e periodicidade mensal ou bimestral e contm

    reportagens, perfis, entrevistas e artigos produzidos por nomes do jornalismo, da literatura,

    das artes e dos meios acadmico e intelectual brasileiros. A folheteria um material de apoio

    a campanhas e estratgias de lanamento interno folder, cartaz, panfleto, mala-direta etc. Os

    livretos e cartilhas so usados para contedos longos, complexos e de consulta constante,

    agregando orientaes operacionais (THOMPSON, 1998).

    A mdia eletrnica caracterizada por Barwise e Deighton (2001) como o principal

    meio de comunicao nas grandes organizaes, interligados atravs de redes informatizadas,

    possibilitando o fluxo instantneo das informaes entre as pessoas. Constituem a mdia

    eletrnica: o informativo eletrnico, a intranet, e a televiso corporativa.

    De acordo com os autores, o informativo eletrnico caracteriza-se pela objetividade,

    confiabilidade e clareza de linguagem. Pode conter notcias de praticamente todos os assuntos

    do cotidiano da empresa e ter periodicidade diria, para subsidiar operacionais, e sem

    periodicidade definida, quando editado sempre que um assunto, um acontecimento ou

    informao importante assim recomendar.

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  • 21

    A intranet uma rede corporativa, que utiliza a tecnologia e a infra-estrutura de

    comunicao de dados da internet e possibilita o intercmbio interno de informaes. Pode

    ser ligada internet com segurana, utilizando firewalls recursos que permitem restries de

    uso e acesso. A intranet se consolida como uns dos melhores recursos para o aumento da

    produtividade no uso da informtica, incorporando um universo de aplicaes dinmicas e

    sofisticadas, com visual amigvel. ideal para organizaes que possuem muitos pontos de

    atendimento e promovem troca constante de informaes. Dentro dos limites operacionais da

    empresa, tudo o que circula em forma de papel pode ser colocado na intranet de forma

    simples e objetiva, desde manuais de procedimentos at informaes de marketing, catlogos

    de venda de produtos ou informaes de recursos humanos (BARWISE e DEIGHTON,

    2001).

    A televiso corporativa uma televiso fechada, cujo objetivo divulgar as

    realizaes da empresa. Funciona como um potente canal para a veiculao de treinamento e

    informaes, seguindo grade de programao previamente definida ou emitindo comunicados

    urgentes, de forma gil e simultnea. A TV corporativa utilizada para informar, educar e

    motivar os colaboradores, entretanto, devido ao alto investimento para a sua implantao, fica

    restrita s grandes organizaes. um veculo capaz de imprimir tempestividade

    comunicao com os colaboradores, apoiar na reduo de custos e a massificao do

    treinamento, alm de possuir grande atratividade em virtude dos diversos recursos que

    enriquecem a produo de programas (BARWISE e DEIGHTON, 2001).

    Conforme Barwise e Deighton (1998) com a TV corporativa, a direo da organizao

    pode mobilizar rapidamente os empregados para aes prioritrias, estabelecer metas,

    antecipar o conhecimento do pblico interno sobre o lanamento de novos produtos no

    mercado e divulgar questes emergenciais. Ela veicula informaes administrativas,

    operacionais, negociais e outras, de interesse geral, atravs de programas gravados ou ao vivo.

    Para Gomes e Nassar (1997), a comunicao atua sobre as expectativas dos

    colaboradores, alterando ou reforando percepes ou apresentando novos temas. A

    monitorao dessas mudanas se d por meio dos canais de retorno, que vo oferecer

    subsdios tomada de deciso e realimentar o sistema. Os principais canais de retorno so as

    pesquisas, a central de atendimento e o sistema de sugestes.

    Nas empresas modernas, a coleta permanente de informaes junto ao pblico interno

    possibilita, segundo os autores, a identificao e anlise dos principais suportes da cultura e

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  • 22

    do comportamento organizacional e, conseqentemente, auxilia os administradores na

    implementao das polticas de recursos humanos e na tomada de deciso. A utilizao de

    pesquisa aliada a sua correlao aos fatos ligados conduo do processo decisrio, de forma

    sistematizada, permitem a formao e manuteno de um banco de dados que supre as

    necessidades de informao para subsidiar o processo de gesto de desempenho; orientar

    programas de benefcios e de incentivo e selecionar assuntos importantes para a comunicao

    interna.

    Com relao a pesquisa esta possibilita identificar os principais fatores do

    comportamento organizacional e definir o esforo de comunicao necessrio para promover

    a empresa junto a seus pblicos internos. Tambm apropriada para levantar informaes a

    respeito de qualquer outro elemento relevante para a gesto de recursos humanos, como

    paradigmas de empregabilidade, de profissionalizao, de autodesenvolvimento, entre outros

    (BEKIN, 1995).

    De acordo com Gomes e Nassar (1997), a central de atendimento aos colaboradores,

    refora a comunicao bilateral, funcionando como escuta dos fatores motivacionais e

    eliminando rudos da comunicao neutralizando as notcias distorcidas. Pode, ainda, gerar

    subsdios formulao/reorientao de polticas de recursos humanos, fundamentados nas

    bases de dados geradas a partir do contato direto com os usurios. A divulgao peridica dos

    principais assuntos levantados pelos colaboradores, com o respectivo posicionamento da

    organizao, e o sigilo da identidade dos colaboradores que acessarem a central gera a

    confiana dos colaboradores.

    O sistema de sugestes utilizado para captar e reconhecer idias e sugestes dos

    colaboradores, particularmente sobre melhorias dos processos de trabalho locais, ou seja,

    aquelas que aprimorem seus prprios processos de trabalho ou, ainda, os que envolvam

    transaes com fornecedores e clientes. Deve ser previsto de forma a centralizar os resultados

    positivos para reconhecimento e divulgao das prticas bem sucedidas, delegando a

    recepo, a anlise e a aprovao de idias e sugestes para o superior imediato(GOMES E

    NASSAR, 1997).

    Dessa forma, conforme os autores, o sistema de sugestes apresenta vantagens, pois

    concentra as pessoas em suas funes de trabalho; encoraja as melhorias pequenas e

    contnuas; envolve quem faz a sugesto com a implementao da mesma, at a sua concluso;

    fomenta o trabalho em equipe e neutraliza a linha intelectual (os que pensam e os que

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  • 23

    executam); permite o reconhecimento s pessoas envolvidas na implementao e garante a

    participao de todos.

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  • 3 ASPECTOS METODOLGICOS

    3.1 Caracterizao da pesquisa

    Segundo Vergara (1998) e Santos (2000), o estudo realizado caracterizou-se como

    uma pesquisa de campo, pois os dados foram colhidos no local dos fatos e fenmenos. A

    pesquisa de campo a que recolhe os dados in natura, como percebidos pelo pesquisador.

    Normalmente a pesquisa de campo se faz por observao direta, levantamento ou estudo de

    caso (SANTOS, 2000, p.30).

    Tambm referente aos meios de investigao utilizou-se pesquisa bibliogrfica e

    documental, pois segundo Vergara (1998), os tipos de pesquisa no so mutuamente

    excludentes. Pesquisa bibliogrfica porque foi realizado um estudo sistemtico, junto a

    materiais disponveis ao pblico em geral, como por exemplo, em livros, revistas e Internet.

    Documental porque foram pesquisados documentos no interior da empresa e com as pessoas

    que l atuam.

    O estudo de caso, entretanto, foi o mtodo predominante porque procurou de forma

    profunda e detalhada analisar uma organizao real. Esse meio de pesquisa apropriado

    quando se busca analisar e compreender, com intensidade a natureza e os significados de um

    problema de pesquisa, recorrendo a tcnicas de coleta para reunir informaes numerosas e

    minuciosas (VERGARA, 1998; SANTOS, 2000).

    Quanto finalidade a pesquisa tem como principal propsito descrever e estabelecer

    correlaes entre o processo de comunicao interna e a possibilidade de ser utilizada como

    ferramenta do endomarketing na Policlnica So Lucas. O que conforme Santos (2000)

    constitui-se propsito de pesquisas do tipo descritiva que expem caractersticas de

    determinada populao ou fenmeno, atravs de levantamentos e observaes sistemticas.

    Mattar (1996) afirma que, as pesquisas descritivas caracterizam-se tambm por utilizarem

    como ferramentas as entrevistas, os questionrios e a observao.

    De acordo com Roesch (1999, p. 137), as pesquisas descritivas buscam informaes

    necessrias para a ao ou predio. Sendo assim essa pesquisa baseia-se na interrogao das

    pessoas com o objetivo de coletar as informaes desejadas, para obter com isso um retrato da

    situao atual.

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  • 25

    Porm, a pesquisa tambm apresenta caracterstica exploratria, pois tm como

    objetivo proporcionar ao pesquisador maior familiaridade com o problema, com vistas a

    torn-lo mais explcito ou a construir hipteses (GIL, 2002, p. 41).

    A pesquisa exploratria visa prover o pesquisador de maior conhecimentosobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. ...Ser precisoconhecer de maneira mais profunda o assunto pra se estabelecer melhor oproblema de pesquisa atravs da elaborao de questes de pesquisa e dodesenvolvimento ou criao de hipteses explicativas para os fatos efenmenos a serem estudados (MATTAR, 2001, p. 18).

    Trata-se de uma pesquisa com abordagem eminentemente qualitativa, pois se

    caracteriza como alternativa de uma compreenso detalhada dos significados e

    caractersticas situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produo de

    medidas quantitativas de caractersticas ou comportamentos (RICHARDSON ET AL, 1999,

    p. 90). Alm disso, segundo o autor, em funo do objetivo que pretende-se alcanar se faz a

    opo entre o mtodo qualitativo e quantitativo e que o mtodo qualitativo o mais indicado

    para entender um fenmeno social complexo.

    3.2 Contexto e participantes

    A presente pesquisa realizada na Policlnica So Lucas teve como populao

    envolvida todos os colaboradores que fazem parte do quadro funcional da empresa totalizando

    vinte e oito colaboradores. Os colaboradores esto distribudos no escritrio, que trata dos

    assuntos administrativos e de contas mdicas, e no atendimento e na pequena cirurgia dos dois

    pontos de atendimento, localizados na cidade de Palhoa no Estado de Santa Catarina.

    Por tratar-se de uma populao pequena, optou-se pela realizao de um censo, pois

    conforme Barbeta (1998), esta uma das trs situaes onde a amostragem no interessante.

    Quanto s funes exercidas pelas pessoas envolvidas na pesquisa dois so gerentes,

    dois supervisores de atendimento, duas enfermeiras, cinco telefonistas e oito recepcionistas,

    cinco auxiliares administrativos, dois diretores e dois assessores.

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  • 26

    3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

    A pesquisa utilizou dados primrios e secundrios. Conforme Mattar (2001, p. 48),

    dados primrios so aqueles que no foram antes coletados, estando ainda em posse dos

    pesquisados, e so coletados com o propsito de atender as necessidades especficas da

    pesquisa em andamento. Os dados primrios foram coletados por meio de um questionrio

    (Apndice A), entregue pessoalmente cada colaborador em 16 de maio de 2005 sendo

    recolhido em 18 de maio de 2005, contendo perguntas fechadas sobre o processo de

    comunicao interna de modo geral, o que facilitou o preenchimento por parte dos

    pesquisados. Tambm foi realizada uma entrevista semi-estruturada com o diretor da empresa,

    em 11 de outubro de 2004, com o objetivo de colher informaes que subsidiassem a

    caracterizao da empresa, cujo roteiro encontra-se no APNDICE B.

    Para Richardson (1999) a observao participante a participao real na organizao.

    O observador assume o papel de um membro da organizao. Essa observao permite ao

    pesquisador compreender os hbitos e as relaes pessoais dos colaboradores. Este

    procedimento foi possvel porque o pesquisador membro da organizao h

    aproximadamente sete anos e possibilitou que eventuais dvidas referentes a procedimentos

    ou levantamentos histricos fossem sanadas no contato direto com o proprietrio.

    Os dados secundrios, segundo Mattar (2001), so aqueles que j foram coletados,

    tabulados, ordenados e, s vezes, at analisados e que esto catalogados disposio dos

    interessados. Desta forma, as informaes necessrias para alcanar o objetivo deste estudo

    foram pesquisadas em livros, revistas especializadas, dissertaes e teses apresentadas em

    universidades e informaes publicadas em sites na Internet, etc.

    3.4 Tratamento e anlise dos dados

    Para Richardson (1999, p 233) uma vez estabelecidas s caractersticas do problema

    da pesquisa, formulados os objetivos e escolhidos os documentos o investigador est em

    condies de dar uma resposta bastante precisa s perguntas por que e o que analisar [...] A

    base da metodologia de anlise est na pergunta como analisar ou tratar o material. Em outras

    palavras, em como decodificar.

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  • 27

    Os dados colhidos neste estudo foram codificados em nmeros e inseridos no software

    Microsoft Excel para que fosse possvel traduzi-los por meio de grficos. A anlise aconteceu

    a partir da organizao das informaes que foram apresentadas descritivamente de acordo

    com os objetivos propostos e a teoria estudada.

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  • 4 APRESENTAO E ANLISE DE RESULTADOS

    Neste captulo apresentada primeiramente a caracterizao da empresa onde se

    realizou a pesquisa. importante ressaltar que a empresa no possua informaes escritas

    que pudessem sustentar a caracterizao pretendida. Dessa forma, as informaes, a seguir,

    relatadas foram obtidas por meio da observao participante e entrevista realizada com o

    dirigente da empresa. Em seguida apresentam-se o perfil dos pesquisados e os resultados da

    pesquisa.

    4.1 Antecedentes histricos e caracterizao da empresa

    Com o objetivo de caracterizar a empresa alvo da pesquisa, realizou-se uma entrevista

    com o diretor administrativo para obteno de dados, em 11 de outubro de 2004, pois no

    havia nenhuma documentao disponvel. Esta caracterizao tambm foi decorrente da

    observao participante.

    A empresa G & A Associados Ltda (Policlnica So Lucas) iniciou suas atividades em

    dois de fevereiro de mil novecentos e noventa e oito em uma sala comercial de 150m, sendo

    quatro consultrios mdicos e um odontolgico, localizada em um bairro residencial da

    cidade de Palhoa. Prestava servios nas reas de consultas eletivas, ultra-sonografia, posto de

    coleta vinculado a um laboratrio terceirizado, fisioterapia, uma sala de pequenas cirurgias,

    eletrocardiograma, enfermagem, endoscopia, odontologia e possua apenas cinco empregados.

    Em quinze de janeiro de mil novecentos e noventa e nove aconteceu a inaugurao da

    nova unidade, com 380m, localizada no centro da cidade, possuindo sete consultrios

    mdicos e um odontolgico, onde foi instalada a matriz da empresa. Com isso aumentou-se o

    nmero de funcionrios para 13 pessoas e expandiu-se a gama de servios com a criao de:

    posto de coleta e laboratrio de anlises prprios, raio X, teste de esforo, ortodontia,

    audiometria clnica e ocupacional, posto de enfermagem, sala de gesso e sala de observao.

    No antigo endereo, ficou sediada a filial da empresa.

    Em vinte e seis de dezembro de dois mil e trs foi inaugurado o novo prdio da matriz,

    agora em imvel prprio, medindo cerca de 1600m de rea construda, onde encontram-se

    em pleno funcionamento doze consultrios mdicos, dois consultrios odontolgicos, uma

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  • 29

    sala de pequenas cirurgias, uma sala de gesso, uma sala de raios-X, uma sala de mamografia,

    uma sala para exames cardiolgicos e uma sala de observao com quatro leitos, e pensando

    no bem estar de seus colaboradores a policlnica colocou disposio uma sala de reunies e

    uma sala de estar. O nmero de empregados aumentou para 28 pessoas.

    Atualmente, possui cerca de oitenta profissionais mdicos, cinco dentistas, dois

    tcnicos de radiologia e dois tcnicos de gesso que trabalham como prestadores de servios

    terceirizados.

    Quanto ao mercado de atuao a Policlnica So Lucas possui duas unidades instaladas

    em Palhoa, desta forma, coloca-se disposio no somente dos cidados palhocenses, como

    a toda a regio adjacente ao municpio, composta pelos municpios de Santo Amaro da

    Imperatriz, guas Mornas, Paulo Lopes, Angelina, Anitpolis, So Jos, Florianpolis,

    Rancho Queimado, So Bonifcio, Alfredo Wagner e mais recentemente Bom Retiro.

    Com relao estrutura organizacional, a empresa possui alguns nveis hierrquicos,

    conforme se observa na figura 4 a seguir:

    Figura 4: OrganogramaFonte: Dados primrios, 2005

    Direo Administrativa Direo Clnica

    Gerencia Administrativa

    Contas Mdicas

    AtendimentoServios Gerais

    Corpo Clnico

    Enfermagem

    Gerencia de TecnologiaGerencia de Compras

    Gerencia de Atendimento

    Superviso

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  • 30

    Por tratar-se de uma empresa familiar os cargos de Diretor, so exercidos pelos

    prprios scios.

    A Direo Administrativa exercida pelo Sr. Guilherme Mrio de Oliveira Filho, que

    tambm agrupa a funo de diretor financeiro. Sua experincia avalizada pelos seus 25 anos

    como gerente de banco, onde se aposentou em 1996, sendo imediatamente contratado pela

    FAHECE, fundao que administra o HEMOSC, como diretor financeiro, cargo que exerceu

    at 1998 quando se tornou scio da Policlnica So Lucas.

    A Direo Clnica exercida pelo Sr. Guilherme Mrio de Oliveira Neto, mdico

    formado na UFSC em 1994. Sua funo estabelecer/manter contato com os profissionais

    mdicos e coordenar todas as funes ligadas medicina como a enfermagem, por exemplo.

    Os gerentes de compras e de tecnologia tambm so scios da empresa e agrupam a

    funo de assessores da direo, participando de todos os processos decisrios. O gerente

    administrativo agrupa a funo de gerente de recursos humanos.

    As Contas Mdicas so responsveis por todo o controle de faturamento dos

    convnios, pagamentos aos profissionais mdicos e conformidade dos formulrios

    preenchidos pelo atendimento.

    O Atendimento a linha de frente da empresa, este setor que realiza o contato direto

    com os clientes, agendando consultas e procedimentos e preenchendo os cadastros e guias

    quando da presena do paciente.

    O Corpo Clnico formado por todos os profissionais, mdicos e dentistas, que

    atendem na Policlnica So Lucas. Estes profissionais no fazem parte do quadro de

    funcionrios da empresa, pois so profissionais liberais e seu pagamento realizado de acordo

    com a sua produo.

    4.2 O perfil dos pesquisados

    Apresenta-se a seguir a caracterizao do perfil dos pesquisados. Os resultados

    referem-se, principalmente, a coleta de dados por meio dos questionrios, enfocando a idade,

    o sexo, a escolaridade e o tempo de servio na empresa. Optou-se por no inquirir a respeito

    do setor em que o pesquisado trabalha, pois este fato poderia identific-lo, j que existem

    setores na empresa em que trabalham uma ou duas pessoas.

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  • 31

    Destaca-se que no foi elaborada uma anlise detalhada, uma vez que o perfil tem por

    objetivo caracterizar a populao envolvida na pesquisa.

    Com base nos dados coletados, em relao ao sexo dos participantes, a anlise

    demonstra que 68% dos colaboradores tem idade entre 18 e 30 anos, 18% entre 31 e 45 anos e

    14% acima de 45 anos. Por meio da observao participante verificou-se que a contratao de

    jovens ocorre principalmente para a rea de atendimento ao pblico. A empresa entende que

    essa faixa etria demonstra maior facilidade para aprender e motivao para o trabalho.

    Quanto ao sexo dos colaboradores, demonstra uma maioria do sexo feminino, com um

    percentual de 86%, seguido de 14% do sexo masculino.

    Quanto ao grau de escolaridade dos colaboradores, apresentam-se os seguintes

    resultados: 64% possuem o ensino mdio completo, 14% o ensino mdio incompleto, 7%

    ensino superior incompleto, 4% ensino superior completo, 4% o ensino fundamental completo

    e 7% possuem outros tipos de grau de escolaridade. Os outros tipos citados na pesquisa

    correspondem ps-graduao. Observa-se que a concentrao ocorre no ensino mdio, o que

    evidencia no haver grande diferena de formao entre os colaboradores.

    No aspecto tempo de servio na empresa, evidencia-se que 65% dos pesquisados tem

    menos de um ano, 14% de 1 a 3 anos, 7% de 3 a 6 anos e 14% acima de 6 anos. Por meio da

    observao participante, verificou-se que existe grande rotatividade na rea de atendimento ao

    cliente.

    Conforme os resultados apresentados pode-se descrever o perfil dos colaboradores

    envolvidos nesta pesquisa, como sendo na sua grande maioria do sexo feminino, com idade de

    at trinta anos, a empresa no exige formao superior, existindo uma rotatividade alta na rea

    de atendimento ao cliente.

    4.3 O processo de comunicao interna

    Com a finalidade de atender ao objetivo especfico de caracterizar o processo de

    comunicao interna da Policlnica So Lucas, segundo a percepo dos seus colaboradores,

    apresentam-se os grficos a seguir.

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  • 32

    36%0%0%

    64%

    concordo totalmente

    concordo parcialmente

    discordo

    no sei/no tenho opinio formada

    Grfico 1: A comunicao quanto forma e o contedoFonte: Dados primrios, 2005

    Verifica-se, no Grfico 1, que 64% dos pesquisados concordam parcialmente com a

    afirmao de que as comunicaes provenientes da chefia so feitas com grande

    especificidade e por meio de ordens escritas diretas, enquanto que 36% concordam

    totalmente. Os dados demonstram que existe comunicao formal porm, conforme ser

    mostrado no Grfico 4, h um predomnio da utilizao de meios informais de comunicao

    por parte das chefias.

    Segundo Brum (2000), a comunicao precisa estimular positivamente os sentidos dos

    colaboradores e permitir que a empresa estabelea com eles relacionamentos saudveis e

    duradouros e, sobretudo, produtivos. Sendo assim, preciso ateno com a forma e o

    contedo da comunicao.

    7%7% 50%

    36%

    concordo totalmente

    concordo parcialmente

    discordo

    no sei/no tenho opinio formada

    Grfico 2: O fluxo de comunicao e a autoridade hierrquicaFonte: Dados primrios, 2005

    Observa-se que 50% dos colaboradores concordam totalmente que o fluxo de

    comunicao segue as posies de hierarquia de autoridades e outros 36% concordam

    parcialmente com esta afirmativa. H, entretanto, 7% que discordam e 7% que no sabem ou

    no tem opinio formada, sobre o questionamento apresentado no Grfico 2. O fluxo de

    comunicao percebido por boa parte dos questionados, como vertical descendente, h

    contudo flexibilidade e o fluxo deixa de ter uma rigidez no seu direcionamento.

    Consideraes a esse respeito so tecidas por Testa (2003), que relata que a maioria

    das empresas possui uma estrutura estratificada com diferentes pblicos que exigem nveis de

    informao particulares e especficos. Na teoria, o fluxo de informaes deve ser estabelecido

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  • 33

    nas diversas direes da organizao, tanto para baixo quanto para cima, no devendo

    ultrapassar os nveis estabelecidos pela cadeia de comando, assim a informao filtrada de

    pessoa a pessoa que se sucede da linha hierrquica. Na prtica, o fluxo nem sempre segue os

    caminhos estabelecidos pelo formalismo institudo pela hierarquia, portanto, podem ocorrer

    estrangulamentos, dificuldades ou razes de ordem operacional que indiquem outros

    procedimentos para fazer chegar informaes a seus destinatrios.

    Para o autor os problemas provenientes do fluxo inadequado de informaes,

    transformam-se em prejuzos para as organizaes e recomenda-se que a adoo de regras

    sobre disseminao seletiva da informao pode ser uma das alternativas para as organizaes

    resolverem este problema.

    7% 0%21%

    72%

    concordo totalmente

    concordo parcialmente

    discordo

    no sei/no tenho opinio formada

    Grfico 3: A existncia de canal de comunicao para sugestes e melhorias noambiente de trabalhoFonte: Dados primrios, 2005

    Com relao ao acesso aos canais de comunicao, verificou-se que 72% dos

    colaboradores concordam totalmente com a existncia de um canal de comunicao sempre

    aberto para sugestes sobre melhorias no ambiente de trabalho, e outros 21% concordam

    parcialmente, porm 7% discordam. Atualmente no existe, na empresa, a definio de um

    canal formal para a realizao de feedback, mesmo assim percebe-se que a maioria dos

    colaboradores sentem-se vontade para realiz-lo. Essa condio importante, pois se

    apresenta como uma oportunidade de implantao de um sistema formal de sugestes.

    O sistema de sugestes utilizado para captar e reconhecer idias e sugestes dos

    colaboradores, particularmente sobre melhorias dos processos de trabalho locais, ou seja,

    aquelas que aprimorem seus prprios processos de trabalho ou, ainda, os que envolvam

    transaes com fornecedores e clientes. Deve ser previsto de forma a centralizar os resultados

    positivos para reconhecimento e divulgao das prticas bem sucedidas, delegando a

    recepo, a anlise e a apr