UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como...

40
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A comunicação empresarial vivenciada nas instituições Por: Danielle Rodrigues da Silva Orientador Prof. Fernando Lima Rio de Janeiro 2010

Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como...

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A comunicação empresarial vivenciada nas instituições

Por: Danielle Rodrigues da Silva

Orientador

Prof. Fernando Lima

Rio de Janeiro

2010

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A comunicação empresarial vivenciada nas instituições

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Comunicação

Empresarial

Por: Danielle Rodrigues da Silva

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, ao meu

orientador, pela paciência, pelo

estímulo. Agradeço aos meus

familiares, pelo apoio irrestrito e pela

perseverança ao meu lado.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

4

Dedico este trabalho, principalmente, ao

meu pai e minha mãe, por todo apoio

recebido durante esses anos de estudo.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

5

RESUMO

Esta pesquisa pretende mostrar como a comunicação interna é utilizada

na comunicação empresarial, mas também vai ser citada a comunicação

externa para reforçar a pesquisa. Para que isso fosse realizado, foram

estudados alguns autores que tratam do assunto e também tendo como base o

que foi dito no curso de comunicação empresarial da Universidade Candido

Mendes – Instituto A Vez do Mestre dentro de sala de aula. Vai ser citado

também, os instrumentos que fazem com que a comunicação nas instituições

funcionem de acordo com o seu público.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

6

METODOLOGIA

Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros,

jornais, revistas, questionários.... e a resposta, após coleta de dados, pesquisa

bibliográfica, pesquisa de campo, observação do objeto de estudo, as

entrevistas, os questionários, etc. Contar passo a passo o processo de

produção da monografia. É importante incluir os créditos às instituições que

cederam o material ou que foram o objeto de observação e estudo.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO 1 - O que é comunicação empresarial? 09

CAPÍTULO 2 - A comunicação interna nas instituições 21

CAPÍTULO 3 – Cultura da comunicação Empresarial 35

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

FOLHA DE AVALIAÇÃO 41

INTRODUÇÃO

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

8

Esta pesquisa tem como base apresentar a comunicação interna nas

organizações, porém tem também o objetivo de apresentar a comunicação

empresarial e tem como importância mostrar como isto está sendo levado e

qual a aceitação do novo modelo para os colaboradores. Tem também, a

necessidade de se criar uma nova tendência para o profissional de

comunicação que passa a trabalhar com um novo panorama empresarial e

encarar desafios.

Deve-se analisar a utilidade deste novo conceito de comunicação

interna em um ambiente talvez antes impensável pelos profissionais de

comunicação que terá a necessidade de uma adaptação para enfrentar a nova

realidade, já que a comunicação interna faz parte de um novo cenário

empresarial.

A proposta desta pesquisa é apresentar a comunicação interna e os

meios de trabalhos utilizados por ela dentro das organizações, já que é uma

área que precisa motivar seus colaboradores e inseri-los como novos modelos

de agentes de comunicação. Além de mostrar a importância deste processo.

Sua relevância na área de comunicação empresarial é mostrar que a

comunicação interna está em todas as áreas do mercado de trabalho.

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

9

Capítulo 1 – O que é Comunicação Empresarial?

“Comunicação empresarial é a mais descartável das atividades da empresa, podendo e devendo ser suprimida ao primeiro sinal de queda de vendas, necessidade de economizar, cortar despesas e outros fatos semelhantes. Afinal, é um luxo só para empresas ricas”.

Roger Cahen

Quando falamos em comunicação empresarial logo pensamos em

comunicação social e a partir desta lógica vamos discutir o conceito que até

então, era tratada como comunicação de negócio. No Brasil, a comunicação

empresarial, passou a ser uma necessidade para as instituições e cada vez

mais vem exigindo dos profissionais essa prática. Mas, o que se quer dizer

com a comunicação empresarial?

Nos dicionários, a comunicação é definida como ato ou efeito de se

comunicar, ou, processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens

por meio de métodos e/ou sistemas convencionados. E Empresarial conceitua-

se como empresa, empreendimentos ou também, como organização

econômica destinada à produção ou venda de mercadoria ou serviços, tendo

em geral o objetivo o lucro.

Enfim, o dois conceitos foram juntados e assim a comunicação

empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma

organização para públicos distintos:

“É o processo que integra todas as funções que se relacionam com públicos ou que fazem algum tipo de comunicação.

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

10

Noutras palavras, marketing, vendas, recursos humanos, relações públicas, advogados, ombudsman, serviços de atendimento ao consumidor, telemarketing, lobistas, agência de publicidade, relações com a imprensa, relações com a comunidade devem operar debaixo do mesmo processo de comunicação. Nada impede que as funções tenham suas estratégias próprias e independentes, desde que, no momento da comunicação empresarial, as ações sejam coordenadas”. (ALVES, 2000, p. 32).

Porém, Nassar e Figueiredo (2007), não consideram a comunicação

empresarial como um conceito montado de dicionário, ou seja, um conjunto de

métodos e técnicas dentro das organizações dirigido a seus públicos

(funcionários, clientes, fornecedores, consumidores), já que conceitos assim

precisam ser revistos já que ocorre mudanças ao longo do tempo na sociedade

e no ambiente empresarial:

“E o ambiente empresarial está mais do que nunca sujeito a chuvas e trovoadas. Isso quer dizer concorrência mais acirrada do que nunca em todas as frentes de negócios. O trabalho bem sucedido de ontem é questionado por dezenas de novas abordagens e experiências. O consumidor já influi diretamente nos processos internos da empresa. O que era interno, privado á empresa, é escancarado e se transforma em valor adicionado ao produto final. (...) Os trabalhadores e fornecedores se transformaram nos grandes parceiros da empresa. Inovação é a palavra mágica para se suavizar o impacto explosivo das mudanças tecnológicas e empresariais”. (NASSAR e FIGUEIREDO, 2007, p. 18).

E, Nassar e Figueiredo também afirmam que a comunicação, por causa

do seu público interno e externo, se torna indispensável e define como:

“A comunicação empresarial é uma verdadeira guerra com muitas frentes de batalha: a frente da batalha voltada para mostrar que a empresa tem uma relação de respeito com a natureza, visando, sobretudo a sua preservação (se você quiser, pode chamar de frente de batalha ecológica); a frente de batalha para manter e conquistar novos consumidores; a frente da batalha da comunicação interna, dirigida para os imensos exércitos de trabalhadores engravatados e de

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

11

uniformes que constituem os recursos humanos das empresas modernas; a frente de batalha das complicadas relações da empresa com os governantes e os políticos, ou seja, o lobby empresarial. E a grande frente de batalha da propaganda e da promoção de produtos”. (NASSAR E FIGUEIREDO, 2007, p.20).

Segundo Bahia (1995), a comunicação empresarial é um modo que a

instituição tem para falar e para ser fazer ouvir, tanto por um público interno

quanto por um público externo e essa informação vai corresponder a uma

estratégia do grupo. Esses públicos internos são os colaboradores da

organização e os externos são os consumidores, comerciantes, governos,

jornalistas e outros. Bahia (1995) conceitua resumidamente como:

“Comunicação empresarial é o processo – conjunto de métodos, técnicas, recursos, meios, etc. – pelo qual a empresa se dirige ao público interno (seus funcionários) e ao público externo (seus consumidores)”. (BAHIA, 1995, p.15).

E,

“A comunicação empresarial insere-se num conceito de permanência, e deriva da cultura da empresa. Isto quer dizer que, quanto mais esclarecida for a empresa sobre o seu papel social, mas apta estará a informar”. (BAHIA, 1995, p. 15).

Já Cahen (2005 p.29), entende a comunicação como uma atividade que

deve ser diária, constante e não como uma atividade para acalmar uma

tempestade na empresa e diz também que a comunicação por ser empresarial

tem que ser analisada também como uma atividade administrativa:

“Comunicação empresarial é uma atividade sistêmica, de caráter estratégico, ligada aos mais altos escalões da empresa e que tem por objetivos: criar – onde ainda não existe ou for neutra – manter – onde já existir – ou, ainda, mudar para favorável – onde for negativa – a imagem da empresa junto a seus públicos prioritários”. (CAHEN, 2005).

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

12

1.1 – Para que serve a comunicação empresarial nas instituições?

Hoje, a comunicação empresarial ganhou força e um novo aspecto nas

organizações. O que antes era visto como um apagador de incêndios e seus

recursos eram descartáveis, hoje é fundamental para que a empresa sobreviva

ao mundo da mídia e desempenha um papel estrategista que é essencial para

as instituições, principalmente nos momentos de crise.

A comunicação empresarial na instituição gera a troca de informações e

conhecimentos. Podendo ser chamada de organizacional, institucional ou

corporativa, a comunicação empresarial tem ferramentas que são eficaz para

uma instituição falar com seus públicos e mercados. Além de, buscar manter

uma imagem positiva da empresa junto ao seu público alvo:

“Uma boa comunicação empresarial é condição fundamental para a construção de uma imagem institucional consistente. E nessa empreitada é preciso contar com profissionais de marketing, relações públicas, jornalistas e publicitários”. (TOMASI e MEDEIROS, 2007, p.57).

De acordo com Nassar e Figueiredo (2007), a imagem da instituição

deve ser montada no início do seu processo de criação e deve ser mantida ao

longo do tempo e cada vez mais se aprimorando e, acrescentam que a

imagem deve juntar todas as imagens que a organização possui:

“A somatória final, por exemplo, da imagem dos produtos da empresa (sua qualidade, seu preço, sua durabilidade etc.) mais a imagem da relação da empresa com o consumidor. Isso acrescentando a outros tantos aspectos simbólicos que a comunicação e as ações das empresas (que viram notícias ou não) vão passando aos mais diversos públicos ao longo da história de cada uma dessas organizações”. (NASSAR e FIGUEIREDO, 2007, p.21).

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

13

Alves (2000) afirma que a imagem empresarial é construída através de

responsabilidade no qual se deve proteger a imagem da empresa, permitindo a

harmonia e evitando os conflitos, entre si, dos elementos de identidade

empresarial: discurso institucional e programas. Descreve também que a

imagem da empresa se divide em dois atributos: os positivos (agilidade,

transparência, qualidade de produto e serviço, tecnologia, boa administração,

responsabilidade social e seriedade, etc.) e negativos (arrogância, altos lucros,

manipulação, caixa-preta, lentidão, maus produtos e serviços, mau

atendimento, etc.). Com isso, a imagem passa a ser um fator de competição

dentro das organizações devendo ser bem administrada, além de ser um

problema de todos e precisa ser construída tijolo por tijolo.

E assim, Nassar e Figueiredo (2007), relatam que a comunicação nas

organizações não foi feita para brincar, precisa de muita atenção e respeito

com a imagem da empresa. E falam também que a organização precisa ter

uma boa comunicação, já que uma depende da outra para o sucesso e para

ter uma boa imagem. E, a partir daí, vem os profissionais envolvidos nessa

empreitada que são os jornalistas, as relações públicas, publicitários e

marqueteiros: “São eles que criam e produzem as armas e munições de que as

empresas necessitam em suas frentes de batalha da comunicação

empresarial”. (NASSAR E FIGUEIRESO, 2007, p.24).

Segundo Tomasi e Medeiros (2007), o profissional de relações públicas

mantém contato com diferentes públicos (funcionários, os clientes, entidades,

instituições privadas ou governamentais) e usa da estratégia das empresas

para suprir as necessidades de cada publico segmentado. Já o profissional de

jornalismo, numa instituição, ocupa-se do cargo de assessor de comunicação e

tem como dever informar os seus públicos, tanto interno como externo, os

assuntos sobre a empresa que trabalha. Além de atuar como prestador de

serviços para várias áreas da empresa. Os publicitários se ocupam de construir

grandes campanhas externas positivas para as instituições no qual trabalham.

Tem como principal missão criar propagandas comerciais de impacto para falar

com os seus consumidores e com a mídia de veiculação (televisão, jornal,

revista, rádio e outros) do país inteiro.

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

14

De acordo com Bahia (1995), a comunicação empresarial deve ser

eficaz e seguir uma linha de pensamento de acordo com as diretrizes da

empresa. Precisa ter um sistema em relação aos seus conceitos para que seja

benéfico para a instituição, seus colaboradores e seus consumidores. Estes

têm que saber o papel da empresa e seus resultados e problemas e possíveis

soluções.

“Tais barreiras de compreensão podem ser eliminadas a partir de diversas práticas, e, seguramente, a instituição de canais de comunicação é uma delas. A empresa e o empresário devem estar aptos a informar os cidadãos e as organizações políticas e sociais sobre as suas atividades, assim como expor as suas idéias e opiniões”. (BAHIA, 1995, p. 18).

A comunicação empresarial nasceu e cresceu dentro das empresas:

”A comunicação empresarial é, hoje, tão fundamental que deveria envolver diretamente os presidentes das empresas. Isso porque comunicação empresarial é a somatória de todas as atividades de comunicação da empresa. Elabora de forma multidisciplinar – a partir de métodos e técnicas de relações públicas, jornalismo, lobby, propaganda, promoções, pesquisa e marketing – e direcionada à sociedade, formadores de opinião, consumidores e colaboradores (trabalhadores, fornecedores e parceiros). Elaboração esta que tem sempre como referência básica o planejamento estratégico da empresa”. (NASSAR e FIGUEIREDO, 2007, p. 19).

1.2 – Assessor de comunicação e de imprensa na comunicação

empresarial

O assessor de imprensa ou de comunicação é um profissional que

intermédia à relação entre a instituição e a imprensa, além de ter como papel

principal a função de direcionar as instituições sobre o que precisam ou não

informar, já que unem o histórico da empresa com cada tipo de veículo:

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

15

“Esse trabalho de assessoria relaciona para os setores decisórios da empresa os assuntos, temas ou indicadores de interesse imediato, isto é, que têm relação direta com a organização. Em ordem de importância, seleciona o material complementar, objetivo de consulta posterior, de arquivo ou de simples referência”. (BAHIA, 1995, p. 20).

Ocorre que o assessor assume dois papeis: um de assessor de

comunicação e outro de assessor de imprensa que são duas funções que

estão juntas, mas que se diferenciam por alguns aspectos:

“As assessorias são, em geral, de comunicação (mais amplas, abrangendo meios impressos e audiovisuais, relações públicas, mercadologia, publicidade, etc.) ou de imprensa (mais restritas sem vínculo com relações públicas, mercadologia e publicidade). São denominadas, também, de departamentos de comunicação ou de imprensa”. (BAHIA, 1995, p. 35).

Na comunicação empresarial, o serviço de assessoria se encarrega de

algumas funções primordiais para uma instituição. Nas palavras de Bahia

(1995), a assessoria contribui para a distribuição de informações para o público

interno e para o público externo. Além de orientar seu fluxo da fonte para cada

veículo e vice versa, através do acompanhamento do noticiário ou clipping. A

assessoria retira da empresa informações publicáveis e elabora essas

informações para a distribuição nos veículos de massa e, articula produtos

convencionais, tais como a edição de jornais e revistas internas, contatos com

os meios, material para rádio e televisão, facilitando assim, o acesso de

dirigentes às notícias.

Em uma organização, o assessor deve saber quais são as necessidades

de seu cliente para produzir e sugerir um press releases de seu interesse e

que sejam publicadas pelos veículos de comunicação. Após essa publicação,

eles organizam um press clipping das matérias que foram veiculadas tanto no

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

16

jornal, como na internet, na TV e no rádio. Segundo Bahia (1995), os recortes

devem ser observados de acordo com os temas mais significativos de acordo

com a instituição. Deve buscar notícias incluindo os concorrentes, áreas de

produção e comercialização afins, áreas de atuação e política correlatas.

Também se observa comentários ou pesquisas secundárias que podem ser

arquivadas no banco de dados.

Daí, o press clipping assume um papel importante, de acordo com Bahia

(1995), que em bom português, é o serviço de recortes, um produto muito

utilizado na assessoria:

“O bom nível de informação no âmbito da organizaçãose completa com o acompanhamento dos noticiários, cabendo estabelecer um fluxo de notícias de fora para dentro e de dentro para fora”. (BAHIA, 1995, p. 19).

Os assessores dentro de uma instituição produzem materiais internos

para que seus públicos se familiarizem com as novidades da organização e

também para se manterem informados sobre a mesma. Criam vídeos

demonstrativos sobre alguma campanha interna, jornais e revistas semanais

ou mensais, além de utilizarem meios como a intranet e e-mail informativo.

Contudo, Neto (2003), diz que cada instituição tem sua própria rede de

comunicação. Ou seja, existem redes de comunicação de duas naturezas:

formais ou informais. Na rede formal, se usa a comunicação escrita como

boletins, mural informativo e memorando. Já na rede informal, se usa da

comunicação verbal, ou seja, redes sociais que são importantes para um bom

clima organizacional.

Hoje, também, contamos com novas ferramentas como o twitter que é

um miniblog no qual trás pequenas informações, porém, é atualizado a cada

minuto. O blog já trás informações mais elaboradas sobre assuntos e pode ser

atualizado uma vez ao dia ou mais e o orkut e o facebook são mais dois

instrumentos também utilizados para criar uma união de seguidores de uma

instituição.

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

17

Além de meios eletrônicos, as instituições usam também de técnicas

antigas, sendo também função do assessor produzir textos de apoio, notas de

esclarecimentos, vídeos e gravações especiais, sinopses, listagens e dados

específicos, arquivos para informação escrita, audiovisual e fotográfica, mural e

cartaz informativo que devem ser colocados em locais estratégicos como

elevadores e corredores e assim, mostrar uma forma de preocupação em

manter seus colaboradores informados a todo tempo. Com essas ferramentas,

a instituição consegue atingir o seu objetivo diretamente com o seu público

tanto interno como externo:

“O conceito de rede de informações da empresa desenvolve-se a partir do fluxo de comunicações internas e externas. O empresário acompanha os fatos correntes da realidade da organização, conhece as questões mais sensíveis do seu setor e decide com base em estudos, informes, torça de opiniões, relatórios, memórias, produções audivisuais, etc”. (BAHIA, 1995, p. 19).

Segundo Nassar e Figueiredo (2007), o jornalista tem o papel de

preparar o assessor de imprensa de forma responsável para representar a

instituição e, assim, se relacionarem de forma competente com a imprensa. Ou

seja, formam os midiatraining. E, assim, quando marca uma coletiva de

imprensa faz com que a mensagem seja transmitida de maneira positiva para a

empresa. Os jornalistas são ótimos transmissores para as instituições, além de

fornecerem um grande espaço gratuito na mídia para a empresa. Porém,

quando não há um bom treinamento para o porta voz da empresa, a instituição

pode perder muito com isso.

1.3 – Tipo de público e comunicação: interna e externa.

A comunicação dentro das empresas fala com dois tipos de

comunicação e de públicos estratégicos: o interno e o externo. Conhecidos

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

18

também como stakeholders, ambos são necessários para a criação e para o

crescimento da empresa, além de serem os influenciadores e também serem

afetados pelas crises das empresas.

Segundo Marchesi (2005), com a velocidade do mundo e com a

globalização, os modelos de comunicação estão se transformando muito

rápido e as empresas precisam se atualizar com o novo discurso e com a cada

tipo de público. Hoje, as organizações já trabalham com uma ‘cultura de

comunicação’, ou seja, uma comunicação integrada, já que precisam alcançar

públicos estratégicos que participem diretamente nos lucros da empresa e que

faça isso de maneira transparente, ética e objetiva.

“O momento atual é, novamente, de transformação. A comunicação tem que ser vista sob o conceito de Comunicação Integrada, no qual profissionais multidisciplinares trabalham buscando um único objetivo: contribuir para a manutenção da boa imagem e solidificação da reputação da empresa. Cada um em sua especialidade, numa visão integrada dos públicos estratégicos da empresa”. (MARCHESI, 2005, p.49).

De acordo com Alves (2000), são inúmeros os tipos de público de uma

organização e os quais a empresa tem que se relacionar. Passa a ser

indiferente se a empresa é de pequeno porte ou se é uma multinacional, ou

seja, não importa o tamanho da empresa. Ele diz que o mais importante no

processo é a correta identificação dos públicos para assim, analisar suas

motivações, descobertas de interesses mútuos, programa de aproximação. É

importante salientar que cada público tem uma linguagem, uma particularidade

e uma tendência a desenvolver certas percepções.

Quando falamos em comunicação interna falamos de uma comunicação

voltada para o público interno. Esses públicos internos são os colaboradores

de uma instituição e também seus familiares e, estes, são as maiores

referências para o julgamento das empresas, porém, são prioritários:

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

19

“Defendo que o público interno é o mais estratégico – e, portanto, o mais importante – para a organização. Incluo os familiares dos empregados neste público. Ambos são fundamentais para a formação da imagem pública da empresa. É o que chamo de formadores de opinião para os demais públicos de interesse da empresa. Quando um empregado fala mal da empresa em que trabalha, essa informação é imediatamente repassada e, quase sempre, com um aumento considerável dos pontos negativos. Porém, é necessário ressaltar que apenas a boa comunicação interna não consegue ‘sustentar’ a imagem positiva da empresa. É preciso que haja um ‘bom pacote empresarial’ – produtos, qualidade, segurança, salários, benefícios, responsabilidade social, entre outras coisas – para que se possa construir e manter a boa imagem de uma organização. E, é, claro, o papel do comunicador é fundamental nesse processo”. (MARCHESI, 2005, p. 50).

Os colaboradores de uma instituição precisam conhecer de perto a visão

e missão da empresa e se encaixar em suas estratégias de mercado. Porém, o

público interno precisa ter uma grande atenção das organizações para as suas

campanhas, já que o sucesso da empresas começa de dentro da própria

empresa.

“Essa comunicação interna de massa revela uma faceta interessante que não pode ser desprezada pelos consumidores empresariais e pelos dirigentes das empresas: o público das fábricas ou dos escritórios das empresas é hostil às formas artesanais de comunicação. A massa quer o luxo na sua comunicação interna”. (NASSAR e FIGUEIREDO, 2007, p.28).

Já a comunicação externa é voltada para o público externo que são os

consumidores, imprensa, ongs, revendedores, governo e entidades. Assim,

Bahia (1995), afirma que com esses dois tipos de comunicação a empresa

está pronta para informar e estar bem informada:

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

20

“A comunicação interna e a comunicação externa são os tipos de ações mais importantes na estratégia da empresa. Podem ser exercidas simultânea ou paralelamente, esteja a empresa dedicada à industria, ao comércio ou ao serviço”. (BAHIA, 1995, p.16).

E, Bahia (1995), completa fazendo uma diferenciação:

“Comunicação interna é a que se verifica entre a organização e seu pessoal. Comunicação externa é aquela que abrange consumidores, clientes, fornecedores, acionistas e o público amplamente afetado por jornal, revista, rádio, televisão, agência de notícias”. (BAHIA, 1995, p. 16).

Capítulo: 2 – A comunicação interna nas instituições

“Acredito que os meios de comunicação são sensacionalistas porque preenchem um segmento de mercado. É isso que as pessoas querem. Mas isso não siginifica que os jornalistas deixem de ser responsáveis”.

José Antonio De la Veja

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

21

A comunicação interna passou a ganhar força no Brasil em mais ou

menos cinco anos para cá e passou a ser vista como um transformador de

águas, ou seja, o que é a empresa antes e depois da comunicação interna.

A comunicação interna é um instrumento dentro da comunicação

empresarial que é usada para unificar a relação da instituição com os

colaboradores e, assim, fazer com que os funcionários estejam prontos para

falar sobre a empresa já que passam a ser bem informados sobre o que está

acontecendo dentro dela. “Caracteriza-se pela natureza administrativa e

operacional, e destina-se a produzir ações e provocar resultados”. (Neto, 2003,

p.14). É muito importante que todo o público interno de uma organização

saibam qual é a missão e visão da empresa para passar para o público externo

uma imagem empresarial. Defende Bahia (1995, p. 32-33):

“A comunicação interna é um modo de difundir entre os empregados a realidade da empresa, de ampliação de laços de identidade funcional, de prestação de informações e de estímulo ao debate da realidade social, sem intermediários”.

O maior objetivo da comunicação interna é criar uma imagem positiva da

empresa junto com o seu público interno. Para se ter uma boa imagem é

preciso criar uma relação interpessoal e assim, tendo os colaboradores

satisfeitos, a empresa passa a demonstrar a sua imagem de família feliz. Ou

seja, a comunicação interna busca através de projetos internos saber a opinião

dos funcionários e fazem isso através de pesquisas, programas participativos e

outros:

“Já foi o tempo dos cafés da manhã com os empregados, dos boletins, das comemorações de aniversário. No mundo globalizado, é preciso que o empregado exiba um comportamento de felicidade e transmita uma imagem positiva da empresa em que trabalha, com testemunhos de que se está bem, de que se trabalha na melhor das empresas, de que se é querido, de que seu posto é uma ilha de bem-estar e felicidade. A empresa passa a ser a sua principal realização, um local privilegiado que lhe confere status invejável de

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

22

vencedor. Daí sua total dedicação, com horas a mais de trabalho diárias, de fim de semana, nos feriados, nas férias. Chega-se ao cúmulo de em algumas empresas famosas o empregado sentir que é de bom tom ter uma tatuagem de sua marca em seu corpo”. (TOMASI e MEDEIROS, 2006, p.67/68).

De acordo com Marchesi (2005), a comunicação interna passa a exercer

um papel estratégico na gestão empresarial e assim, ela faz avançar o fluxo de

informações ajudando a construir o futuro de uma instituição. Outro fator é a

mensuração de resultados.

Neto (2003) fala que a comunicação organizacional interna trabalha com

dois mecanismos: de cima para baixo e de baixo para cima. Ou seja. A

comunicação de cima para baixo são mais utilizadas nas organizações porque

gerentes orientam seus colaboradores sobre o tipo de trabalho que devem

exercer e como e quais são os procedimentos para realizá-los. Aqui, se utiliza

de memorandos, quadros internos de aviso, mural informativo, e-mail via

intranet, além de reuniões para avaliar ou estimular resultados desejados.

Já a comunicação de baixo para cima, de acordo com Neto (2003), é

pouco utilizada nas organizações. Na verdade é desestimulada e muito pouco

utilizada. A comunicação de baixo para cima tem como objetivo fazer com que

superiores conheçam de perto os problemas e passem a aceitar informações e

sugestões de seus colaboradores para decisões estratégicas. Os diretores

deveriam conhecer melhor o trabalho apresentado pelos seus departamentos e

rever se seus resultados são de sucesso ou não.

Neto (2003), diz que a comunicação de baixo para cima trabalha com

reuniões formais ou informais dos subordinados com as chefias. Aqui, não se

utiliza de documentos para mostras resultados e são os responsáveis para

transmitir as mensagens de cima para baixo. Porém, proíbem qualquer tipo de

mensagem escrita o que dificulta a comunicação entre níveis hierárquicos.

“Canais de comunicação diretos com a alta administração, por telefone ou e-mail, vêm sendo introduzidos nas grandes empresas como forma de garantir o recebimento das comunicações para cima”. (NETO, 2003, p. 16).

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

23

Por causa desses tipos de comunicação: de cima para baixo e de baixo

para cima, outro fator que a comunicação interna se faz essencial em uma

empresa é para que se evite a famosa rádio-peão, ou seja, a rádio corredor,

também conhecida como grapevine. O que seriam esses termos? Quando

funcionários de uma empresa não são participativos dentro dela e são os

últimos a saberem sobre algo da empresa, ocorre a rádio-peão. É uma

comunicação que ocorre entre fluxos dentro da instituição, ou seja, diretores e

gerentes não conversam com colaboradores inferiores aos seus cargos, então

ocorrem problemas dentro da comunicação já que não se tem a comunicação

nem de baixo para cima e vice versa. Assim, criam-se grupos que defendem os

seus privilégios. Mas, quando se tem uma comunicação interna e se cria um

portal de voz, as coisas começam a andar e a organização passa a ter uma

comunicação com emissor e receptor:

“De uma maneira simplista, podemos entendê-la como as manifestações comunicacionais não controladas que correm pelo caminho da informalidade dentro das organizações. Pensemos agora na definição a partir das palavras. O substantivo feminino "rádio" significa a entidade na qual transita todo e qualquer discurso. O adjetivo "peão" carrega implicitamente um pré-conceito provavelmente acrescentado para descaracterizar a entidade, já que "peão" está ligado a "chão de fábrica", "serviçal" e "pessoa sem instrução". Assim, "rádio peão" traduzida ao pé-da-letra significa os discursos manifestados por funcionários incultos do baixo escalão. Se isso algum dia fora verdade, hoje sabemos que não tem validade alguma, pois os discursos correm por toda a teia organizacional, via comunicação intrapessoal e o moderno correio eletrônico, do chão de fábrica ao céu de brigadeiro da alta administração”. (BERTUOLO, Claudemir, 2009).

Tomasi e Medeiros (2006) fazem uma análise dos problemas da

comunicação que dizem ser gerencial, ou seja, uma comunicação que em uma

organização sobre ruídos, já que se posiciona entre diretores e subordinados

e, assim, falam de seis soluções; Primeiramente falam da atitude como um

fator negativo na comunicação. Exemplificam falando que se um emissor está

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

24

insatisfeito e passa uma mensagem, o receptor capta de forma torta podendo

gerar grandes conflitos dentro de uma empresa: (...)“enfim, bloqueios,

filtragens e ruídos tendem a provocar ressentimentos, criando inimizades,

provocando um ambiente horroroso dentro das empresas”. (TOMASI e

MEDEIROS, 2006, p.69).

“Nunca é demais lembrar que a eficácia de uma comunicação depende da definição dos objetivos, da capacidade de decodificação, da capacidade da empatia, da capacidade de compreender o ambiente. Quanto maior o entrosamento de gerente e subordinados, maior a possibilidade de eficácia da comunicação”. (TOMASI e MEDEIROS, 2006, p. 69).

Outro problema são os níveis de comunicação: intra, inter, grupal,

coletivo. Tomasi e Medeiros dizem que o nível da intra é quando se entende a

linguagem codificar e decodificada. Ou seja, a importância de se saber o

lingüístico – linguagem oral e escrita - e assim interpreta – lá: “Uma fonte inábil

não pode conseguir bons resultados”. (Tomasi e Medeiros, 2006, p. 69).

De acordo com Tomasi e Medeiros, o nível inter precisa ter mais um

interlocutor, já que tem maiores ruídos da comunicação entre diretores e

colaboradores, porém entre mesmos níveis, como por exemplo, uma conversa

entre diretores e diretores, não se tem problemas. Porém fatores como a

inibição ou timidez provocam confusão entre diretores / gerentes.

Tomasi e Medeiros falam que o nível grupal são comunicações em

reuniões no qual ocorre a monotonia, já que apenas um fala enquanto todos os

outros apenas escutam. E, por fim, o nível coletivo que são comunicações de

jornais, boletins e revistas. Aqui, há um distanciamento entre os receptores e a

fonte.

O terceiro problema relatado por Tomasi e Medeiros são os fluxos que

as comunicações enfrentam. Ou seja, o fluxo descendente, que ocorre de cima

para baixo, pode-se compreender como retenção de informações. Assim, a

pessoa que sabe de alguma coisa usa disso para se glorificar, se colocar como

poderoso dentro de uma organização:

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

25

“Na empresa, o fluxo de comunicação não pode ser propriedade de alguns. A informação deve ser sempre precisa e transparente, circular com liberdade para poder produzir frutos e riquezas. É uma instituição coletiva em que comportamentos individualistas não deveriam prevalecer nem ocupar níveis hierárquicos fundamentais à empresa. Quem não ajuda não deve atrapalhar pelo menos”. (TOMASI e MEDEIROS, 2006, p.70).

O fluxo ascendente que acontece de baixo para cima, é o que já

falamos de rádio peão. São fofocas de assuntos variados que acontecem entre

colaboradores. O fluxo diagonal compreende entre o dialogo de uma pessoa

de um setor com o de outro setor. Aqui, tem como ponto positivo a rapidez da

informação dentro da empresa, sendo uma comunicação aberta.

O quarto problema citado por Tomasi e Medeiros é a mensagem que na

comunicação pode ser oral ou escrita, porém nem sempre é compreendida:

“Nem sempre, porém, o problema é restrito ao desconhecimento do tema; há casos em que não se domina o código (oral ou escrito) nem se sabe tratar de determinados assuntos. Desconhecer regras elementares do código pode ser um entrave na comunicação. Em geral, espera-se uma comunicação compreensível, vocabulário adequado, frases simples, ausência de rebuscamento (falsa literatura), objetivo claro da comunicação. O tratamento da informação deve ser o mais adequado ao receptor, às circunstãncias (contexto). O desconhecimento do repertório do receptor é um risco desnecessário na comunicação”. (TOMASI e MEDEIROS, 2006, p. 71).

O quinto problema relatado por Tomasi e Medeiros são os canais. Nem

sempre nas empresas são usados os canais certos para uma boa

comunicação. Segundo Tomasi e Medeiros (2006), existem canais mais

formais e mais lentos e outros mais formais e mais rápidos. Ou seja, um mural

pode ser um canal formal, porém lento, já que fica fixado em uma parede e

depende do assunto a ser colocado. Em contra partida, a internet é uma canal

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

26

mais rápido e de maior acesso, o que pode ser eficaz ou não dependendo da

mensagem codificada.

O sexto e último problema diz respeito ao recepto (destinatário). De

acordo com Tomasi e Medeiros (2006), na comunicação precisa conhecer o

receptor, já que sem esse conhecimento a comunicação pode causar ruídos e

não alcançar o grau de satisfação da mensagem. Para ser eficaz, é necessário

que o emissor e receptor tenham os mesmos objetivos e que a mensagem a

ser produzida deve ter um feedback entre ambos. O que não pode acontecer é

a comunicação entrar em atrito entre os interlocutores porque aí causa o

desentendimento da mensagem a ser dita.

Resolvendo esses seis problemas no fluxo da comunicação gerencial, a

comunicação interna passa a ter uma nova vida, já que os problemas serão de

todos, não há mais uma comunicação de altos e baixos, mas sim uma

comunicação do mesmo nível e assim, passa a ter um domínio entre a

comunicação empresarial.

Neto (2003) analisa quais são os principais obstáculos enfrentados pela

comunicação empresarial e fala que o primeiro é a falha de transmissão ou

erro de destinatário ou leitor. Ou seja, o receptor recebe a mensagem

distorcida através da rede informal de comunicação. Não há uma comunicação

única, ela possui vários sentidos e vai passando de receptor para receptor. O

segundo problema que o autor cita é a distorções ou impedimentos às

comunicações “para cima”. Ou seja, o nível hierárquico não quer ser

incomodado com o que possa ser negativo ou insatisfatório das classes

operarias e nem sobre questões que julga ser inadequado ou ineficiente.

Porém, hoje, algumas empresas têm quebrado essas barreiras e usam o

correio eletrônico (e-mail) para ser informado sobre algum assunto. Outro

obstáculo seria o sentido autoritário da linguagem administrativa. Isso quer

dizer que, as empresas ainda usam palavras imperativas e o excesso de

rebuscamento e preocupação com a forma pode e deve gerar uma barreira

com o receptor.

De acordo com Neto (2003), a comunicação organizacional tem três

atitudes que ele considera totalmente inadequadas para uma ambiente de

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

27

trabalho e que a comunicação interna deve administrar para acabar de vez

com essas situações erradas:

“Primeira: A atitude dos profissionais do topo das empresas que pensam em comunicação exclusivamente para dar ordens para baixo e receber Relatórios Situacionais (ou de Progresso), verbais ou escritos, de baixo para cima. Essa atitude acaba sendo assumida pela média gerência nas relações com subordinados, criando a pior barreira: o aparente desinteresse em participar (esquecendo ou desprezando o fator “comunicação” como agente de integração e participação; Segunda: A atitude dos profissionais do topo e da média gerência de evitarem comunicar-se com os escalões inferiores pela suposição de que, ao se comunicar, estão ‘dando espaço’ demais e se ‘expondo’ mais do que deveriam. (Péssimo! Mas muito mais comum do que se pensa.); Terceira: A pior delas. A atitude dos profissionais do topo ou da média gerência de não comunicarem menos do que deveriam, por acreditar que ‘saber mais que os outros’ lhe assegura maior liderança ou mais mai poder. Como resultado, os subordinados não são motivados a compartilhar conhecimento, que é visto – por quem assim age – como instrumento de poder e de autopreservação”. (NETO, 2003, p. 21).

Neto (2003), fala sobre a comunicação escrita interna e faz uma reflexão

de como será avaliada e qual é o seu campo de atuação. Já se sabe que se

realiza de duas formas: verbal ou escrita.

“É uma linguagem apropriada à atividade empresarial e profissional realizada no ambiente estratégico e operacional das empresas. É uma linguagem característica do meio ambiente administrativo e de negócios que emprega o idioma, mas confere às palavras, aos termos e ao modo como são usados conotação e simbologia próprias ao exercício da vida empresarial”. (NETO, 2003, p. 14)

A comunicação interna nas empresas tem como maior intuito intensificar

as relações entre funcionários e gerentes e é feita através do recurso humano

junto com a área de jornalismo que produzem vários tipos de atividades para

que se tenha uma relação cordial entre os dois. Segundo Neto (2003), a

comunicação organizacional deve abranger todos os níveis de uma empresa,

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

28

além de ser fundamental para que os colaboradores alcancem metas de

produtividade, sendo responsável por:

Apoiar o processo decisório; Apoiar o processo produtivo; Apoiar o processo negocial interno e externo; Manter informações e idéias circulando, novas ou de rotina; Documentar e controlar ações e resultados; Motivar, orientar e conduzir o corpo funcional na direção das metas; Disseminar conhecimento técnico ou comportamental. (NETO, 2006, p.15)

2.1 – As ferramentas usadas na comunicação interna

A comunicação interna é um grande instrumento nas grandes empresas

e se utiliza de algumas ferramentas estratégicas para o seu funcionamento.

Todas essas ferramentas precisam veicular os diferentes tipos de informação.

Deve abranger matérias de cunho educacional, entretenimento, estímulo

profissional, plano de carreira, comportamental, moda, culinária, campanhas

empresarial, entre outras.

Segundo Tomasi e Medeiros (2006), o meio de comunicação de massa

é o responsável pelos valores culturais, sociais e humanos criados na

sociedade. Além de, na comunicação interna, poder fazer campanhas

preventivas, de aprimoramento profissional, de qualificação e de reciclagem.

De acordo com Neto (2003), cada empresa com um tipo de ferramenta,

porém, são utilizados para toda a informação necessária seja veiculada aos

colaboradores de maneira que aumentem a produtividade da empresa. Diz

também que, as empresas desempenham um papel de grande importância

que é informar sobre os principais assuntos governados à administração e a

política da empresa. E, assim, diminuem os problemas encontrados pelos

canais informais de comunicação.

Aqui, vamos relatar as que funcionam com o público interno de uma

organização.

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

29

§ Boletim institucional – material específico voltado pra o público interno

que trata de algum assunto relacionado a empresa e de grande valor

institucional.

§ Blogs corporativos – local informal no qual a organização coloca em

pauta assuntos de interesses relevantes. Porém, funcina para o público

externo também.

§ Internet – páginas da web que mostram o que é a organização.

Funciona tanto com o público interno quanto com o público externo.

Normalmente é atualizado semanalmente.

§ Intranet – página da web voltada apenas para o público interno no qual

se tem informações diárias sobre o que acontece na empresa.

§ Jornal institucional – veiculação de conteúdos informativos, opinativos e

de entretenimento voltado para o público interno.

§ Jornal mural – voltado apenas para os assuntos da empresa, o jornal

mural é feito apenas para os colaboradores de uma organização. Trata

de temas como saúde, RH, festas comemorativas, assuntos voltados

para o incentivo dos funcionários, entre passeios da empresa.

§ Revista institucional

§ Newsletters digital – é um boletim informativo, porém eletrônico.

Funciona apenas em ambientes digitais e trata de temas veiculados

regularmente.

§ Vídeo institucional – é voltado para a divulgação institucional da

empresa. Mostrando sua missão, visão e valores.

2.2 – O que faz a comunicação interna tão importante nas

organizações?

Quando se fala em comunicação interna se fala dos colaboradores e da

organização e tem como objetivo causar uma aceitação do público interno de

uma empresa. Tomasi e Medeiros (2006) citam que o objetivo da comunicação

interna é criar um ambiente positivo, favorável as grandes disputas de metas,

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

30

além do crescimento e do lucro da empresa. Afirmam também que tem como

obrigação estimular, integrar, criar ambientes climáticos, integrar áreas,

departamentos, promover o sucesso pessoal, bater as metas da empresa.

De acordo com Tomasi e Medeiros (2006), a comunicação interna deve-

se preocupar-se com algumas funções importantes para o ambiente interno

bem como:

“(...) estimular e integrar o corpo funcional, estabelecendo mecanismos de informação e persuasão; criar clima favorável à mudança quando necessário, tornando a empresa sensível às mudanças exigidas pela realidade; dirigir as ações para os objetivos estabelecidos e encorajar o alcance deles; contribuir para a criação de uma cultura proativa dirigida ao foco da empresa; empenhar-se na implantação de ideais de inovação e mudança permanente; aprimorar processos e técnicas de trabalho, por meio de comunicações claras e objetivas; desenvolver um sistema de comunicações ascendentes que permita aos diretores tomar conhecimento da colaboração dos empregados de nível posicionados na base da organização; estimular o sentimento de sucesso e orgulho pelos produtos que a empresa coloca no mercado; levar ao conhecimento de todos os empregados a linha inteira dos produtos que a empresa oferece ao mercado; permitir que os gerentes dos cenários políticos e econômicos, por meio de comunicações especializadas; contribuir para a transparência dos objetivos da empresa”. (TOMASI e MEDEIROS, 2006, p. 75).

A comunicação interna quando bem administrada na empresa, tem

como principal parceiro os colaboradores e no momento de crise, eles são os

que devem saber de tudo o que está acontecendo com transparência e assim,

fazer com que os empregados se sintam seguros, certos de que a crise vai

passar e estimulados para passar dessa fase da empresa. Segundo Tomasi e

Medeiros (2006), os colaboradores precisam ter seus interesses atendidos e

precisam ser ouvidos e assim, se tornam estimulados e responsáveis e são

capazes de enfrentarem os riscos que as suas escolhas oferecem.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

31

2.3 – Gerenciamentos de crises

A comunicação interna trabalha também para gerenciar as crises de

uma empresa servindo de pára-raios para qualquer tipo de bomba que

estourar. Este é o momento em que uma empresa fortalece ou detona a sua

imagem perante o seu público. Toda crise deve ser pensada antes que ela

estoure precisa ser uma tarefa cotidiana pensar na crise. Mas como as

empresas junto com o seu setor de comunicação interna devem se proteger

das crises?

De acordo com Nassar e Figueiredo (2007), o setor de comunicação

interna de uma empresa jamais deve esconder uma crise, pois quando não

discute um assunto de grande importância, a mídia externa (veículos de

comunicação) transforma isso em um enorme assunto e é discutido de tal

maneira que leva a empresa a ter que dar muitas explicações. Afirmam

também que, questões internas de uma instituição ocupam uma boa parte de

um jornal e é divulgado, geralmente, pelas forças sindicais. Assim, a empresa

passa a ter um grande dano em sua imagem e para os veículos de

comunicação interna isso é um prejuízo irreparável na questão da

credibilidade, confiança e independência da empresa.

Assim, mostra que é muito importante manter a transparência entre a

empresa, seus funcionários e a imprensa. O ideal é que se aba o jogo antes de

ir para mídia externa, mostrando agilidade, flexibilidade para lidar com o

assunto e evitar que a imagem da organização afunde ainda mais.

“O posicionamento da comunicação empresarial em relação às crises e aos grandes traumas, que podem acontecer em qualquer lugar, deve ser discutido em todos os setores da empresa. Essa discussão pode levar à criação de um manual da empresa para a comunicação interna que estabeleça, entre os dirigentes e trabalhadores, um pacto com compromissos públicos de se preservar a credibilidade e a independência dos meios de comunicação interna”. (NASSAR E FIGUEIREDO, 2007, p. 74).

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

32

Outro fator importante, é que se construa um manual de crise. Já que é

impossível prever uma crise, é possível atenua-lá. Este manual deve

procedimentos básicos para uso imediato da crise, além, de ter e-mail e

números de telefone de jornalistas e empresas de mídia externa específico

para cada tipo de assunto e também devem ser previamente selecionados

nomes de porta-vozes da empresa.

2.4 – Lobby ou governos?

Lobby é um nome que surgiu com a tarefa de defender interesses

empresarias e comercias. De acordo com Nassar e Figueiredo (2007), lobby é

uma palavra inglesa que significa saguão. Porém, aqui a palavra tem o

significado mais forte, ou seja, grupos de interesses e de pressão. Isso quer

dizer, na comunicação, que lobby é uma representação gráfica que estimula as

idéias dos jornalistas que vivem atrás de furos jornalísticos do governo.

“O lobby, dentro das regras éticas, é reconhecidamente legítimo e necessário. Por isso, ocupa parte importante da comunicação das empresas: aquela que é destinada a falar com os governos, políticos e formadores de opinião”. (NASSAR E FIGUEIREDO, 2007, p. 66).

No Brasil, lobby pode ser também considerado trabalhos ilegais, visto

que, em algumas ocasiões não usam a transparência nos interesses das

empresas que são substituídas por negociações ilegais.

“(...) o lobby apareceu de forma sinistra, acusado de fazer amigos nos governos e influenciar pessoas com o poder de levantar milhões e milhões de dólares para, no caso das empreiteiras, construir obras superfaturadas, às vezes fictícias, e com dinheiro de sobra para premiar com propinas

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

33

deputados e senadores”. (NASSAR E FIGUEIREDO, 2007, p. 62).

E,

“Os interesses, a forma como as empresas pressionam e se relacionam com os governos e as instituições governamentais devem ser minuciosamente informados à sociedade. Este é o papel da comunicação da empresa. Em estado de plantão, a comunicação da empresa deve ter em suas mãos, detalhadamente, quais são os projetos da empresa e todos os seus impactos de ordem econômica, social, política e também ecológica”. (NASSAR e FIGUEIREDO, 2007, p. 64).

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

34

Capítulo 3 – Cultura da comunicação empresarial

“Se quiserem obter sucesso, os gestores das organizações devem, em primeiro lugar, dirigir suas atenções para as necessidades de comunicação de seus colaboradores”. Amauri Marchesi

Nos capítulos anteriores, foram comentados assuntos sobre a

comunicação empresarial que foi sendo definida ao longo do capítulo e logo

depois, foi falado sobre a comunicação interna que dentro da empresa se torna

importante para o desenvolvimento de um público interno – que é o maior

público de uma instituição – e também, como se desenvolve em uma empresa

afim de, mostrar sua imagem para um público em geral. Também, será falado

aqui, um breve comentário sobre a comunicação externa nas empresas.

Para começar, quando falamos em comunicação externa em uma

organização falamos de outro tipo de público. Antes era o público interno

(colaboradores) agora a comunicação vai ser trabalhada para outro tipo de

público: o externo. Quem é o público externo? São os consumidores de um

modo geral, são os governos, as ongs, as entidades públicas e também os

jornalistas dos veículos de massa.

A comunicação interna trabalha com o público interno para que sejam

participativos dentro da empresa e assim, tem como objetivo que seus

colaboradores divulguem uma boa imagem da empresa. Já a comunicação

externa busca outro princípio, mas também procura manter sua boa imagem. A

diferença maior é que aqui, a empresa deve manter uma boa relação com o

seu consumidor. Deve ter um produto de qualidade aceito pelo público que

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

35

busca valores, bem-estar e conforto. Um bom exemplo é que na maioria das

vezes o consumidor deixa de falar o nome do produto e sim sua marca.

Ninguém pede uma refrigerante, uma margarina ou um sabão em pó, mas sim

uma Coca-cola, uma Qualy e um sabão Omo.

“De um lado, a lógica do consumidor apóia-se em suas necessidades; de outro, apóia-se em valores difundidos pela sociedade. O consumidor precisa de produtos, mas não somente, visto que junto com o produto adquire certos valores, como conforto, bem-estar, saúde, status. Os produtos consumidos também servem para diferenciar as pessoas; são sinais, são símbolos que as distinguem”. (TOMASI e MEDEIROS, 2006, p. 79).

De acordo com Neto (2003), a comunicação organizacional tem uma

relação direta com as relações interpessoais. Ou seja, cada colaborador

precisa trabalhar com a questão da qualidade para que tenham eficácia no seu

trabalho e alcance sua meda e seu grau de desenvolvimento. Ele diz que os

fatores que contribuem para interferir no processo de comunicação com as

relações interpessoais são: as percepções, necessidades pessoais, confiança,

empatia e sentimento.

“Percepções - As percepções que temos sobre as outras pessoas – os ‘outros’ – costumam resultar das nossas suposições sobre as verdadeiras intenções com que as pessoas agem. (...) Assim, nossa percepção sobre as pessoas é, em boa parte, criada na nossa própria mente e dela faz parte integrante”. (NETO, 2003, p. 22).

Na comunicação empresarial, a questão da percepção é fundamental,

pois, é necessário ter consciência de que elas estão fora da nossa objetividade

para que então, possa ser usada.

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

36

“Necessidade pessoais – Todos estamos repletos de necessidades e o nosso comportamento reflete, sempre, essas necessidades – reais ou imaginárias – que julgamos ter. Como resultado, o nosso comportamento orienta-se sempre para a satisfação das necessidades, não importa quais e quantas sejam”. (NETO, 2003, p. 22).

Relacionando a comunicação empresarial com as necessidades

pessoais vimos que, tudo na comunicação tem que ser voltado para o seu

público direto. E, que, é preciso ter consciência sobre o que vai ser escrito e

quais são as necessidades pessoais desse público.

“Confiança - A capacidade de confiar nos outros varia imensamente de pessoa a pessoa, que também diferem no grau em que podem ser tidas como confiáveis”. (NETO, 2003, p.22).

Em qualquer organização a confiança para trabalhar com seu público

interno tem que ser dos dois lados. Tanto da hierarquia quanto do colaborador.

Só assim, funciona o ambiente de trabalho. Tendo a confiança a mensagem

flui mutuamente. Já sem a confiança, a comunicação fica falha.

“Empatia - É uma propriedade do ser humano, ao mesmo tempo intelectual e emocional. Pelo aspecto intelectual podemos ser capazes de compreender o outro. Pelo emocional podemos ser capazes de sentir o que ele sente”. (NETO, 2003, p. 23).

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

37

Conclusão

Após serem traçados todos os objetivos que foram propostos no pré-

projeto para a pesquisa monográfica, foi verificado que as hipóteses tiveram

resultados positivos e que também foi obtido êxito nas análises dos conceitos

dos autores que deram veracidade e vida ao projeto.

A pesquisa apresenta uma forma de pensamento e uma conexão entre

os conceitos dos autores e a relação da mídia nos dias de hoje. Consegui

mostrar como a comunicação empresarial faz parte do nosso cotidiano e como

se deve fazer presente nos ambientes organizacionais.

No capítulo I foi abordado o conceito de comunicação empresarial e

como isso está sendo visto por profissionais da área (jornalistas, publicitários,

marketeiros e relações públicas).

Dando continuidade, a pesquisa abordou a questão de públicos

(internos e externos) e qual é a sua realidade nesse mundo globalizado e com

grandes empresas. Aqui, também, foi abordado qual é o interesse de cada um

e como vivenciam a comunicação empresarial no seu dia a dia.

Assim, passamos a observar qual é o papel assumido pelas empresas e

onde se encaixa a comunicação dentro delas. A pesquisa mostrou também a

mudança nos recursos humanos nas empresas.

No capítulo II que dá continuidade a pesquisa, é tratada a questão da

comunicação interna. Mostra como ela se encaixa dentro das organizações e

como se faz presente e importante no processo de modificações que as

empresas estão enfrentando para se adaptar ao novo tipo de administrar uma

instituição.

Foi abordado no projeto quais são os tipos de ferramentas que usamos

na comunicação interna e porque elas se tornam interessantes para o

processo de abordagem dentro da organização. Além de, falarmos como esse

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

38

público se comporta antes e depois que a empresa encaixa no seu ambiente

de trabalho a comunicação interna.

No capítulo III foi feita uma análise dos outros conceitos abordados em

comunicação empresarial como comunicação externa (público externo), e

outras culturas da comunicação empresarial.

Desta forma, a pesquisa conseguiu dar uma finalidade ao seu

desenvolvimento e seguir seus passos e objetivos com sucesso, além de

responder as perguntas feitas no início da pesquisa. A sua função foi concluída

de acordo com as questões que o pré-projeto levantou.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

39

Bibliografia

BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro:

Mauad, 1995.

CAHEN, Roger. Comunicação Empresarial. 10ª edição. Rio de Janeiro:

Best Seller, 2005.

TOMASI, Carolina apud. MEDEIROS, João Bosco. Comunicação

Empresarial. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

FIGUEIREDO, Rubens apud. NASSAR, Paulo. O que é Comunicação

Empresarial. São Paulo: Editora Brasiliense, 2007.

ALVES, Roberto de Castro. Comunicação Empresarial Integrada. 2ª

edição. Rio de Janeiro: Mauad: 2000.

NETO. Octaviano Machado. Competência em Comunicação

Organizacional Escrita. Rio de Janeiro: Qualitymark: 2003.

NASSAR, Paulo. Organizador. Comunicação Interna – A força das

empresas. 2º volume. São Paulo: ABERJE, 2005.

BERTUOLO, Claudemir. “Rádio peão”. Do chão as estrelas, do tático

para o estratégico. Disponível em

www.comtexto.com.br/2convicomcciRadioPeaoClaudemirBertuolo.htm Acesso

em 12/07/10.

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · empresarial passa a ser definida como estratégia e passa ser a voz de uma ... ou seja, o lobby empresarial. ... corporativa, a

40

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes – Instituto A Vez do

Mestre.

Título da Monografia: Comunicação empresarial

Autor: Danielle Rodrigues da Silva

Data da entrega: 31/07/10

Avaliado por: Fernando Lima Conceito: