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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Por: Lucélia Carine Oliveira da Silva
Orientador
Prof. Carlos Cereja
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: GESTÃO ESTRATÉGICA DE
RECURSOS HUMANOS E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO
ALIADOS NA COMPETITIVIDADE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de especialista
em Gestão de Recursos Humanos.
Por: Carlos Cereja
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado
à oportunidade de compartilhar nessa vida com
todas as pessoas que direta ou indiretamente
fazem com que me torne uma pessoa melhor.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a todas as pessoas que fizeram, fazem e
ainda farão parte da minha vida. Em especial a
Alessandro, pelo carinho e paciência.
5
RESUMO
Na atualidade, a captação e retenção de talentos vêm sendo cada vez mais
discutidas e analisadas em literaturas, encontros acadêmicos e principalmente nas
organizações que buscam manter-se no mercado cada vez competitivo. Observa-se que
as organizações buscam por meio do seu Planejamento Estratégico, aliar dois fatores
que tem grande influencia nas ações estipuladas pelas organizações em seus
planejamentos, a Gestão Estratégica de Recursos Humanos e a Tecnologia da
Informação. Na busca por resultados organizacionais que demandem lucratividade,
distanciamento junto às demais concorrentes, imagem positiva da organização junto aos
clientes internos e externos, muitas organizações tem direcionado seus esforços para a
captação e retenção de seu bem mais preciso “as pessoas”. Sem que a organizações
estruture bons meios de adequar-se a realidade que por sua vez está cada vez mais
exigente com sua postura diante de fatores como: legislação trabalhista, responsabilidade
social e ambiental, concorrência às áreas de Recursos Humanos Estratégicos e de
Tecnologia da Informação se fazem necessárias em participar do planejamento
organizacional e consequentemente tem participação nas estratégias elaboradas para
todos os setores e também serem responsáveis pela implementação e controle das
metas traçadas pela empresa, conciliando as necessidades indivíduos aos objetivos
organizacionais. Desta forma, analisaremos qual a influencia que a junção dessas duas
vertentes como a Gestão Estratégica de Recursos Humanos e a Tecnologia da
Informação contribuem para uma eficaz na conquista por melhores resultados tanto para
organização quanto para seus colaboradores por meio de métodos e recursos a fim de
manter seu capital intelectual cada vez mais comprometido com as metas e objetivos
organizacionais.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada no estudo apresentado baseia-se em referencias
bibliográficas e no empirismo, serão utilizados livros, artigos acadêmicos de autores
variados, revistas, jornais, internet etc. autores como Chiavenato, Porter, Rebouças,
Barbiere, etc.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Conceito 10
CAPÍTULO II - A Evolução do RH e TI 13
CAPÍTULO III - Principais Objetivos do RH e da TI 20
CAPÍTULO IV - Captação e Retenção de Talentos 24
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
8
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é aprofundar e auxiliar na compreensão de como a
Gestão Estratégica de Recursos Humanos e a Gestão da Tecnologia da Informação pode
influenciar no alcance da vantagem competitiva das organizações na atualidade.
Com a constante evolução do mercado e o conseqüente aumento da
competitividade, as organizações buscam formas cada vez mais estrategistas para captar
e reter talentos. Pode-se observar que a cada dia que passa as organizações buscam
valorizar e investir no capital intelectual por meio de suas estratégias de Recursos
Humanos conciliada a uma das ferramentas mais utilizadas nos tempos atuais, a
Tecnologia da Informação.
Desta forma, a pesquisa em questão visa responder por meio das referencias
teóricas levantadas a seguinte pergunta: Como a junção da Gestão Estratégica e a
Tecnologia da Informação podem influenciar no processo de captação e retenção de
talentos nas organizações e torná-las competitivas?
Para a obtenção de subsídios que possam elucidar sobre a influência da junção
dessas duas ferramentas utilizadas pelas organizações na captação retenção de talentos
a pesquisa em questão partira dos seguintes objetivos específicos:
1. verificar no referencial teórico a conceituação de ambas vertentes;
2. apontar a relevância de cada uma delas na obtenção da vantagem competitiva;
3. analisar a influencia dessas ferramentas na estrutura organizacional; e
4. examinar os métodos mais utilizados pelas organizações nos dias atuais.
Observa-se que Gestão Estratégica de RH juntamente com a Gestão de TI vem
sendo bastante evidenciada pelas organizações na captação e retenção de talentos, visto
que, o capital intelectual tem se tornado um dos principais fatores que mantêm as
organizações mais competitivas. Desta forma, supõe-se que a utilização dessas
ferramentas pelas organizações tem como intuito:
9
1. distanciar-se das demais concorrentes;
2. melhorar a imagem institucional; e
3. obter melhores resultados, visto que, trabalhador satisfeito trabalha mais e
melhor.
O trabalho será dividido em quatro capítulos, onde, o enfoque principal é analisar
todo conteúdo que leva as organizações obterem vantagens diante das demais
concorrentes no processo de captação e retenção de talentos utilizando-se de duas
ferramentas importantes na atualidade; o RH Estratégico e a Tecnologia da Informação.
No primeiro capítulo, abordaremos o conceito dos Recursos Humanos e da Gestão
da Tecnologia Informação pela ótica de autores distintos, onde mencionaremos o
planejamento estratégico e sua influencia nas decisões estratégicas das organizações.
No segundo capítulo, será abordada a trajetória dos Recursos Humanos e a nova
visão das organizações com a implementação dos Recursos Humanos Estratégico como
um fator de grande importância no alcance dos objetivos organizacionais com as
necessidades de cada individuo, mencionaremos também um breve histórico da
Tecnologia da Informação nas decisões organizacionais por meio de uma comunicação
eficaz entre todas as áreas que compõem a empresa.
Serão abordados no terceiro capítulo, os objetivos da Gestão Estratégica de
Recursos Humanos e da Tecnologia da Informação e como esses objetivos direcionam
as organizações a ter visão estratégica e abrangente do negocio.
No quarto capítulo, serão mencionadas as formas mais utilizadas na captação e
retenção de talentos na atualidade, abordaremos o processo de admissão e a pesquisa
de clima organizacional.
E por fim, serão feitas as considerações finais do trabalho com o objetivo de
contribuir para um direcionamento das questões que envolvem as empresas que buscam
atingir seus objetivos estratégicos.
10
CAPÍTULO I
GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS E A
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
O Conceito
Com o ambiente empresarial passando por constantes transformações, devido às
implementações de novas tecnologias, legislações e consumidores mais exigentes, as
organizações buscam manter-se em um mercado de forma competitiva e principalmente
tornar-se um diferencial diante das demais concorrentes.
Como forma de distanciar-se das demais concorrentes, mantendo sua missão
organizacional e buscando atingir sua visão, as organizações por meio de seu
Planejamento Estratégico que segundo Chiavenato e Sapiro (2004, p. 257) é definido
como:
“É o planejamento concebido para a organização como uma totalidade. Em geral, parte de cima para baixo, envolve a organização como um sistema integrado e é focado no longo prazo [...] Em geral, é da responsabilidade da cúpula da organização, podendo congregar a participação envolvente de todos os demais níveis organizacionais”.
Na atualidade, as organizações que não constituem um planejamento estratégico
de forma eficaz estão fadadas a ir de encontro com uma possível interrupção de suas
atividades. Desta forma, Oliveira (2005, p. 36) afirma que:
“O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitaram a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente eficiente e eficaz”.
Sendo o planejamento estratégico a forma mais eficaz das organizações tomarem
posições e ações assertivas de aonde querem chegar e quais objetivos pretendem
11
alcançar, muitas empresas estão alinhando em seu objetivo geral a implementação do
RH Estratégico onde se observa que “o planejamento dos recursos humanos tem de ser
elaborado como parte do planejamento estratégico da empresa” Lacombe (2005, p. 28
apud MARQUES, 2009, p.8). Nesse sentido, pode-se mencionar que as incorporações
dos objetivos organizacionais com as necessidades pessoais sejam atendidas de forma a
contribuir para o desenvolvimento tanto funcional quanto da organização, onde segundo
Mcgregor (1992, p.59):
“A perfeita integração entre as exigências organizacionais e as necessidades e aspirações individuais não é, naturalmente um objetivo realista. Ao adotar esse, procuramos aquele grau de integração no qual o individuo pode realizar melhor as suas aspirações orientando seus esforços para o sucesso da organização”.
Assim, como no contexto atual o planejamento estratégico faz parte das
organizações, bem como, a gestão de recursos humanos tem assumido um papel de
destaque nas organizações por meio de sua gestão estratégica, não podemos deixar de
evidenciar a Tecnologia da Informação, cujo principal benefício segundo Beal (apud
CARMO, p.2), é a melhoria na capacidade de melhorar e disponibilizar as informações e
conhecimento diante dos seus clientes internos e externos.
A tecnologia da Informação é um importante aliado nas estratégias
organizacionais, porém, sozinha não cria diferencial competitivo, pois as concorrentes
podem investir nas mesmas tecnologias, o que difere das demais concorrentes e a
preparação e investimento nas variáveis mais relevantes que são as pessoas e as
informações (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2006, p. 62). Ainda de acordo com a FGV
(2006, p. 63): “o alinhamento da Tecnologia da Informação aos negócios tem como
principal objetivo aumentar a produtividade da TI, com racionalização dos investimentos,
em proveito das estratégias da empresa”
Tendo em vista que a GERH e a TI importantes no desenvolvimento de diretrizes
eficazes para o sucesso da organização, essa junção pode elevar ainda mais
competitividade da organização e a capacidade da mesma atingirem seus objetivos e
12
metas captando e retendo novos talentos a sua cultura organizacional existentes com a
implementação de estratégias que possibilitem o deslocar, realocar, ajustarem e
reconciliar os recursos disponíveis aproveitando as oportunidades e neutralizando
ameaças que possam surgir (CHIAVENATO & SAPIRO, 2004 p. 256).
A gestão estratégica tem conciliado a área de Recursos Humanos que se tem
apresentado e sido reconhecidas ao longo dos últimos tempos como elemento
fundamental para o sucesso das empresas, bem como a área de Tecnologia da
Informação, considerada importante ferramenta para o alcance de um diferencial
competitivo.
13
CAPÍTULO II
A EVOLUÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS E
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
A Evolução da Gestão de Recursos Humanos.
No inicio do século XX após Revolução Industrial, a Administração de Recursos
Humanos surge com a denominação de Relações Industriais exercendo uma atividade
mediadora entre as organizações e as pessoas (CHIAVENATO, 2000, p.19-20). Com o
passar do tempo a Administração Recursos Humanos passou por três grandes correntes
com nomes distintos que se entrelaçam na evolução histórica e no presente de RH:
Administração de Pessoal, Recursos Humanos e Capital Humano/Capital Intelectual,
(BARBIERE, 2012, p.10) conforme visualiza-se abaixo:
1. Gestor de Pessoal (Administração de Pessoal) – voltado para os empregados,
preocupado com que o empregado seja bem assistido e tenha um bom
tratamento.
2. Gerente de RH (Administrador de Recursos Humanos) – voltado para
reestruturar e obter resultados realizando mudanças utilizando TI para
racionalizar e simplificar; e
3. - Capital Humano (Administração do Capital Intelectual) - combina as duas
correntes, no entanto o Capital Humano acrescenta ainda, as duas correntes,
uma visão estratégica, cultural e comportamental mais acentuada da empresa e
do negócio, que se traduz em envolver-se também com o planejamento,
cultura, organizacional, motivação, comunicação, potencial, desempenho e
desenvolvimento das pessoas.
Segundo Chiavenato (2000, p. 28), as organizações passaram por três fases
distintas que influenciaram na forma de gerir pessoas, a Era da Industrialização Clássica,
Era da Industrialização Neoclássica e a Era da Informação. Para conhecimento, segue
14
abaixo as três etapas das organizações no decorrer do século XX, segundo Chiavenato,
(2000, p. 31);
Industrialização Clássica (1900 – 1950)
Estrutura Organizacional predominante: Funcional, democrática, piramidal, centralizadora,
rígida e inflexível. Ênfase nos órgãos;
Cultura Organizacional: Teoria X, foco no passado, nas tradições e nos valores. Ênfase
na manutenção do status quo Valor a experiência anterior;
Ambiente Organizacional: Estatístico, previsível, poucas e gradativas mudanças. Poucos
desafios ambientais;
Modo de lidar com as Pessoas: Pessoas como fatores de produção inertes e estáticos,
sujeitos às regras e a regulamentos rígidos para serem controlados.
Denominação: Relações Industriais
Industrialização Neoclássica (1950 -1990)
Estrutura Organizacional predominante: Matricial, enfatizando a departamentalização por
produtos/serviços ou unidades estratégicas;
Cultura Organizacional: Transição, Foco no presente e no atual Ênfase na adaptação e
no ambiente;
Ambiente Organizacional: Intensificação das mudanças com maior velocidade;
Modo de lidar com as Pessoas: Pessoas com recursos organizacionais que precisam ser
administrados;
Denominação: Administração de Recursos Humanos
Era da Informação (Após 1990)
Estrutura Organizacional predominante: Fluida e flexível, totalmente descentralizada,
redes de equipes multifuncionais.
Cultura Organizacional: Teoria Y; Foco no futuro destino; Ênfase na mudança e na
inovação; Valor ao conhecimento e a criatividade;
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Ambiente Organizacional: Mutável, imprevisível, turbulento, com grandes e intensas
mudanças;
Modo de lidar com as Pessoas: Pessoas como seres humanos, proativos, dotados de
inteligências e habilidades e que devem ser impulsionados; e
Denominação: Administração de Pessoas
Pode-se observar que com os avanços ocorridos nas ultimas décadas as
organizações estão investindo na participação e capacitação das pessoas onde, mas do
que nunca, evidencia-se de forma cada vez mais latente que a chave para o sucesso das
organizações se deve ao fato de não mais se administrar recursos humanos ou pessoas,
mais sim, administrar com pessoas (CHIAVENATO 2000, p.20).
Vale lembrar que para uma organização consiga atingir seus objetivos os mesmos
devem ser claros e objetivos e acima de tudo contar com uma equipe comprometida e
uma gestão de RH que aprimore constantemente as competências e motivação de toda
parte integrante da organização.
2.1 Evolução da Tecnologia da Informação.
Na atualidade a Tecnologia da Informação tem assumido papel de grande
importância no ambiente empresarial, tanto no nível estratégico como no operacional. O
investimento em tecnologia tem sido evidente nas grandes empresas que objetivam
manter-se no mercado de forma competitiva, pois em um mundo onde as transformações
ocorrem de forma acelerada o importante é que a organização esteja aprendendo e
incorporando continuamente informações e conhecimentos. (CHIAVENATO & SAPIRO,
2004 p.301).
Segundo Reinhard, 1996 apud Pacheco e Tait (2000, p. 98) as características
predominantes na utilização da TI segue a trajetória abaixo:
16
Década de 1960 – Empresas se iniciam no uso de TI; poucas opções de
tecnologias de (software e equipamentos); processos de construção de aplicativos com
pouco suporte de ferramenta; necessidade de metodologias para atender demanda de
forma rápida; automação de rotinas manuais; escassez de mão de obra técnica;
desenvolvimento com caráter artesanal.
Década de 1970 - Aumento do impacto dos sistemas nas empresas; analistas
passam a considerar conceitos de desenvolvimento organizacional, processo decisório,
adoção de inovações, aprendizagem, interface humano-computador, relacionamento
entre profissional de TI e usuário; estimulo à construção de sistemas de apoio às
decisões;
Década de 1980 - Mudanças no ambiente externo das empresas; terceirização,
sistemas interorganizacionais; arquitetura de sistemas; desenvolvimento de sistemas,
considerando-se aspectos econômicos, legais e políticos.
Década de 1990 - TI como centro da estratégia empresarial: conhecimento como
fonte de geração de valor.
As características predominantes de acordo com Brito 1997, apud Pacheco e Tait
(2000, p. 98) podem ser observadas da seguinte maneira:
Década de 1970 – A Tecnologia da Informação como recurso organizacional
estratégico; era do Processamento de dados; recurso de Informática como instrumento
de apoio aos negócios.
Década de 1980 - Execução dos negócios passam a depender cada vez mais da
aplicação da TI.
Década de 1990 - TI assume caráter mais estratégico; TI proporciona a
transformação dos negócios, pois passam a interagir e fazer parte das estratégias
estipuladas na organização.
17
Com o passar do tempo às organizações buscam formas adequadas de
implementar a TI nas organizações, visto que essa implementação pode causar
resistência por parte dos colaboradores e consequentemente afetarem os objetivos
organizacionais.
Segundo Rezende (2003, p. 10):
“A adequação e o planejamento da TI devem ser elaborados com criteriosa viabilidade entre custos e benefícios, apoiada por um competente plano de contingência da TI para situações emergenciais da organização. Além de adequar e planejar a TI, ela também carece de critérios formais para guarda e recuperação de dados, para controles de acesso às informações e para segurança do uso efetivo desses recursos. Esses critérios estabelecidos facilitam a integração dos processos para apoiar as estratégias das funções empresariais da organização”.
A introdução da TI nas estratégias organizacionais direciona de forma dinâmica e
constante as decisões e caminhos que as organizações devem seguir, visto que a
capacidade de obtenção do sucesso das empresas passou a depender da capacidade de
inovação em seus produtos, serviços e processos (Beal, 2007 p.3).
Na visão de autores como Rezende, Abreu (2003 apud PILLA e PASSAIA, 2010,
p.6) e Cruz (2000 apud PILLA e PASSAIA, 2010, p.6), a TI refere-se aos aparatos
tecnológicos fundamentados nos seguintes componentes: software, hardware, sistemas
de telecomunicações e gestão de dados e informações, que tem como modificar-se
rapidamente frente às exigências dos mercados, prever das ameaças que possam surgir,
adquirir excelência operacional e melhorar constantemente a comunicação nos setores
que envolvem toda estrutura organizacional. De acordo com Pacheco e Tait (2000,
p.107):
“Para a implementação eficaz da TI uma serie de elementos devem ser considerados: os recursos humanos envolvidos, a cultura organizacional, a tecnologia disponível, a integração com negócios e sistema, o comprometimento dos níveis superiores e a visão da utilização da TI”.
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Hoje, a utilização da TI é essencial para a sobrevivência das organizações,
fazendo parte integrante nas nos planejamentos estratégicos. Nesse contexto, Rezende
(2007 apud Pilla, 2010, p. 78), menciona que: “atualmente é impossível às organizações
não considerarem a adoção do uso de tecnologias de informação na condução de seus
negócios”.
De fato, observa-se que a Gestão da Tecnologia da Informação é importante aliado
na sobrevivência das empresas, devido a sua capacidade de melhorar a qualidade e a
disponibilidade de informações relevantes para empresa, seus fornecedores e clientes
(Beal 2007, p. 3). Porem, entender os mecanismos da TI requer competências essências
nos profissionais comprometidos com as estratégias traçadas e os objetivos da empresa.
Conforme observação de Pacheco e Tait, (2000, p. 101):
“Uma questão que deve ser considerada amplamente na implementação da TI é a cultura organizacional. Dado a seu caráter técnico e organizacional, a implementação da TI necessita de efetiva aceitação e incorporação por parte do corpo funcional como um todo e seu sucesso será garantido se as mudanças pretendidas encontrarem-se em consonância com a cultura organizacional, que poderá se posicionar como força impulsionadora ou restritiva para seu adequado funcionamento. Posturas comuns, como medo do desconhecido, medo de perder o emprego, perda de auto-estima, devem ser observadas ao se introduzir novas TI na organização”.
Desta forma, tendo como base os contextos apresentados, observa-se então a
importância da junção da Tecnologia da Informação com a Gestão Estratégica de
Recursos Humanos no planejamento da organização como aliadas na captação e
retenção de pessoas, bens intangíveis da organização que exerce função de extrema
importância dentro e fora das estruturas organizacionais. Nesse contexto, Laudon e
Laudon, (2007, p. 12), afirma que:
“Uma empresa é tão boa quanto às pessoas que a formam. O mesmo se aplica aos sistemas de informação: eles são inúteis sem pessoas gabaritadas para desenvolvê-los e mantê-los, e sem pessoas que saibam
19
usar as informações de um sistema para atingir os objetivos organizacionais”.
Nos dias atuais a tecnologia da informação tem-se tornado relativamente acessível
para todos os tipos de organizações, o que se torna relativamente caro é captar e manter
profissionais capacitados em converter e resolver problemas que ocorrem
constantemente, por esse motivo torna-se indispensável que os profissionais de RH
estejam envolvidos com os objetivos da organização.
20
CAPÍTULO III
OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE RH E A
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
Principais Objetivos do RH e da TI na visão de autores distintos.
As organizações ao inicio e ao final de cada ano montam seus planejamentos
Estratégicos onde a GERH bem como a TI são ferramentas importantes na aplicabilidade,
pois segundo Barbiere (2012, p.5), a “estratégia, bem como a cultura organizacional e os
seus valores deve ser decodificada e passada do empresário, dos acionistas e do
conselho em forma diferenciada, até o chão de fabrica e do escritório”.
Já Albuquerque (2002, p.42), menciona que:
“A participação mais ampla de colaboradores de diferentes níveis da organização na formulação estratégica é adotada também como forma de tornar esse processo mais interativo e continuo, estimulando a comunicação, o aprendizado e o conhecimento”.
Conforme, Barbiere (2012, p.5): “a estratégia bem conduzida e divulgada, nos vários
estratos da organização, mostra quantos concordam sobre o rumo estratégico no nível
dos acionistas, gerentes e demais colaboradores”. Desta forma, surge a necessidade de
um melhor tratamento das informações e uma melhor forma da área de Recursos
Humanos auxiliarem na aplicação das ações estratégicas para a gestão do capital
humano, conciliando a atender as necessidades das pessoas melhorando seu
desempenho e conseqüentemente alcançar os resultados estipulados pela empresa
atingindo assim os objetivos organizacionais.
Segundo mencionado por Albuquerque (2002, p. 38):
“A expressão administração estratégica de recursos humanos surgiu na literatura internacional, no inicio da década de 1980, sob diferentes alegações, seja como base nas criticas ao papel funcional/burocrático e
21
nas fraquezas percebidas da área, seja por pressões ambientais que demonstravam a natureza estratégica de recursos humanos e de gestão”.
Segundo Brilhante (2011, p. 1), a adoção do Planejamento Estratégico de RH
possibilita a diferenciais competitivos nos quais se pode destacar:
1. redução de Custos específicos referente à manutenção e gestão dos Recursos
Humanos;
2. aumento da motivação, iniciativa, produtividade e potencial criativo em todos os
níveis hierárquicos;
3. maior grau de precisão operacional, diretiva e de gestão com a diminuição dos
índices de retrabalho, perdas e manutenção de equipamentos;
4. melhora do clima organizacional, elevação do grau de fidelidade funcional e da
satisfação dos colaboradores;e
5. maior foco na atividade fim da empresa, com melhor aproveitamento das
oportunidades.
De acordo com Barbiere (2012, p.10), “para o RH ter uma visão estratégica e
abrangente do negócio e da sua atividade, ele deve procurar implementar, entre outras
ações” como:
1. adequação entre visão de futuro, sistema de gestão, cultura e a realidade do
negocio;
2. colocar a pessoa, certa, no lugar certo, com as competências necessárias, no
prazo que foi solicitado pelos clientes internos;
3. priorizar a avaliação de pessoal e desempenho e a educação continuada e
desenvolvimento das competências das pessoas;
4. priorizar ação de qualidade, produtividade, de inovação e criatividade;e
5. facilitar o empowerment dos empregados, no acesso dos mesmos as
informações e ao conhecimento do negócio.
Os objetivos organizacionais podem ser atingidos com a gestão de recursos
humanos efetivo, onde, os profissionais responsáveis pelo recrutamento, avaliação de
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desempenho, carreira e remuneração devem ter conhecimento da necessidade de
mudanças, antes utilizado de forma mecanicista.
Já na Tecnologia da Informação devem estar alinhada as estratégias
organizacionais de forma coerente. O alinhamento da TI aos objetivos da organização
segundo, a FGV (2006, p. 34), consiste em:
1. marchar aceleradamente para um mundo cada vez mais informatizado e mais
interligado;
2. a necessidade de alinhamento vale tanto para as organizações com finalidades
lucrativas, como para organizações sem essa finalidade;
3. a evolução da vida tende no sentido da maior complexidade. Uma organização
pode e deve ser considerado um ser „vivo‟ existindo numa outra dimensão;
4. quanto mais evoluído for um ser vivo ou organizacional, maior sua
diferenciação interna; e
5. as mudanças internas e externas que as organizações enfrentam são cada vez
mais aceleradas.
Ainda de acordo com as observações da FGV (2006, p. 36), a TI alinhada com o
negócio:
1. Conhece os objetivos, estratégias e valores da organização;
2. Tem uma estratégia própria, explicita e alinhada com a da organização;
3. Assume uma postura de agente de mudança; e
4. Conduz a TI com eficácia, eficiência, flexibilidade e integração.
Segundo a FGV (2006 p. 62), “o alinhamento da TI aos negócios tem como
principal objetivo aumentar a produtividade da tecnologia da informação, com a
racionalização dos investimentos, em proveito das estratégias da empresa”, ainda de
acordo com FGV (2007, p. 2) os objetivos mais evidenciados da Tecnologia da
informação são os seguintes:
23
1. aumento a produtividade e da eficiência operacional;
2. redução dos riscos e dos custos na operação;
3. qualificação, otimização e integração dos processos do negocio; e
4. garantia e disponibilização de informações consistentes, atualizadas e que
permitam suportar decisões.
O planejamento estratégico das organizações, alinhados aos planos e metas
traçadas pelas áreas de RH estratégico e TI tendem a fazer com que as pessoas se
interem das informações de forma eficaz por meio de sistemas de informações eficientes
e de fácil acesso a maioria dos colaboradores, levando o individuo ao aumento de sua
capacidade, conhecimento, habilidades e experiências na realização das atividades que
exercem dentro da organização, sendo essas características peças fundamentais para
que o RH analise, desenvolva e o direcione as necessidades individuais aos objetivos
organizacionais.
24
CAPÍTULO IV
A CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS.
Na atualidade a captação e retenção de talentos tem se tornado um desafio para a
área de Recursos Humanos das organizações, visto que o capital intelectual é
considerado como um dos fatores que levam as organizações a obterem vantagem
competitiva. A captação não é tarefa fácil para os gestores organizacionais, devido à
grande concorrência existente no mercado e o numero baixo de profissionais qualificados
para exercerem funções chave na organização. Da mesma forma, a retenção do capital
intelectual é um trabalho que exige programas eficazes de capacitação, avaliação e
desenvolvimento por parte da empresa que visa manter seu colaborador motivado a
atingir suas necessidades pessoais alinhado aos objetivos organizacionais.
Nesse capitulo analisaremos a influencia e importância do recrutamento de
profissionais qualificados na visão de autores distintos, abordaremos comparativamente o
processo de captação e retenção de talento nos paradigmas tradicional e moderno e por
fim mencionaremos algumas estratégias utilizadas pela organização para a captação
efetiva dos profissionais destinados a compor uma estrutura organizacional competitiva.
4.1 Principais Estratégias para captação e retenção de talentos nos dias
atuais.
Segundo Guimarães e Arieira (2005, p.209) “atualmente, aumentou a procura por
pessoas eficazes e dinâmicas. Pessoas capazes de aumentar a perspectiva de vida das
empresas e conseqüentemente alcançar o sucesso”.
Para que a captação de talentos seja efetiva o planejamento de pessoal deve ser
bem elaborado pela área de RH a fim de captar pessoas capazes de desempenhar bem
o papel a elas direcionado.
25
Segundo Chiavenato, (2000, p. 199):
“O planejamento de pessoal é o processo de decisão a respeito dos recursos humanos necessários para atingir os objetivos organizacionais, em determinado período de tempo. Trata-se de antecipar qual a força de trabalho e os talentos humanos necessários para a realização da ação organizacional futura”.
Na captação de talentos a área de RH deve atuar como mediador e facilitador
entre a organização e o candidato, pois a seleção de pessoas implica na comparação e
associação das habilidades competências e conhecimento do profissional a ser
contratado com os objetivos organizacionais.
Partindo desse contexto, Barbiere, (2012, p. 35) menciona que “é importante que
seja feito um levantamento das competências do negocio, das áreas e dos cargos; ele
serve para avaliar se os candidatos estão adequados as competências exigidas pela
posição”. Desta forma, pode-se complementar que: “as empresas que se anteciparem
implantando estratégias que atraiam, desenvolvam e retenham profissionais em
potencial, terão maiores chances de enfrentar a concorrência e ganhar mercado”
(GRAMIGNA, 2007, p. 14).
Para Chiavenato, (2000, p. 197):
“As pessoas e as organizações estão engajadas em um continuo e interativo processo de atrair uns aos outros. Da mesma forma como os indivíduos atraem e selecionam as organizações, informando-se e formando opiniões a respeito delas, as organizações procuram atrair indivíduos e obter informações a respeito deles para decidir sobre o interesse de admiti-los ou não”.
O processo de captação dos profissionais não é simples, por esse motivos as
organizações buscam efetivamente um cuidadoso planejamento que constituem uma
seqüência de três fases, a saber: o que as organizações precisam em termos de
pessoas, o que o mercado de RH pode oferecer, e quais as técnicas de recrutamento a
26
aplicar. Daí, segundo Chiavenato (2000, p.198), as três fases do planejamento do
recrutamento:
Pesquisa Interna: Verificação das necessidades da organização em relação a sua
carência de recursos humanos, a curto, médio e longo prazo.
Pesquisa Externa: É uma pesquisa de mercado de RH no sentido de segmentá-lo
e diferenciá-lo para facilitar sua analise e conseqüente abordagem.
Processo de Recrutamento: Processo que varia de acordo com a organização e
suas necessidades.
A área de Recursos Humanos estratégicos deve alinhar as necessidades do
profissional a ser contratado aos objetivos da organização, onde, de acordo com
Resende (2000, p. 165 apud MIRANDA, 2005 p. 18) “a empresa que não cuidar das suas
competências essenciais e especificas poderá fracassar ou desaparecer na mesma
velocidade em que as mudanças que ocorrem hoje em dia” evidenciando a necessidade
de implementação de sistemas de comunicação eficazes nas empresas.
O processo de captação e seleção de talentos vem passando por transformação à
medida que em as novas técnicas e exigências do mercado tornam-se evidentes. Essa
evolução pode ser demonstrada sobre o paradigma tradicional e moderno na visão de
Almeida (2004, p. 23 apud ALESSANDRA, 2005, p.17).
No Paradigma Tradicional o processo de captação e seleção era visto como:
denominado Recrutamento e Seleção;
reativo;
foco operacional;
escolher pessoa certa para o cargo certo;
visão voltada para o presente;
seleção como um fim em si mesmo;
captação e seleção condicionada à existência de vagas;
captação e seleção voltadas à admissão;
27
valorização do conhecimento e da experiência;
atividade centralizada na área de RH; e
utilização de provas e testes.
Já no Paradigma Moderno o processo de captação e retenção de talentos baseia-
se em:
captação e Retenção de Talentos
proativo
foco Estratégico
escolher pessoa que se identifica com a cultura da organização e que pode
agregar valor a ela
visão voltada para o presente e o para o futuro
compromisso com o desempenho no cargo
captação e seleção contínua de talentos
captação e seleção, voltadas para admissão, ascensão profissional,
formação de equipes e projetos, transferências e toda forma de
aproveitamento interno de talento
valorização também do comportamento e da atitude no trabalho
atividade descentralizada, realizada em parceria: RH e clientes internos
(gerentes e equipe de trabalho)
ênfase em entrevistas, dinâmicas e simulações, alem da utilização de testes
e provas.
No cenário atual, as organizações reduzem as hierarquias e estruturas e criam
times multifuncionais, se reposicionam estrategicamente, pois passam a analisar suas
vantagens competitivas nos valores intangíveis, como as habilidades de aprendizagem
organizacional, know how tecnológico, motivação dos colaboradores, trabalho grupal,
entre outros. (BARBIERE, 2012, p. 137).
Conforme mencionado por Chiavenato (2000, p. 155) “a qualidade da maneira
como as pessoas são geridas na organização é um aspecto crucial na competitividade
organizacional”. No mesmo contexto, Barbiere (2012, p. 138) enfatiza que:
28
“Para atingir o grau de excelência a empresa precisa gerir o capital intelectual – acervo de talentos e conhecimentos – e criar um capital intelectual estruturado e aplicado, que divulga e generaliza o conhecimento, o qual agrega valor a processos, produtos e serviços em todas as áreas da organização”.
Para a captação de talentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados
e capazes de ocupar cargos com eficiência dentro da organização se faz necessário um
sistema de informação capaz de facilitar o processo de colher, processar, armazenar e
disseminar informação de modo a permitir a tomada de decisões eficazes por parte da
área de RH estratégico.
4.2 A realidade das organizações no processo de captação de talentos.
Com a constante evolução do mercado empresarial as organizações tendem a
valorizar e reter cada vez mais o capital intelectual que tem capacidade de transformar as
informações em vantagens competitivas. O capital intelectual das organizações ainda
pouco valorizado pelos executivos, bem como a capacidade de inovação são peças
chaves para a manutenção da capacidade competitiva no futuro, Barbiere (2012, p. 141).
Para entendimento das questões que envolvem as transformações que as
empresas estão vivenciando e como às mesmas podem se precaver de um futuro incerto,
Barbiere (2012, p. 139) fez a seguinte analise comparativa dos paradigmas
organizacionais do SÉCULO 20 e do SÉCULO 21:
No século 20 as características principais que norteiam o mundo empresarial
podem ser resumidas da seguinte forma:
1. estabilidade e previsibilidade maiores
2. tamanho de escala das operações, como formula básica do sucesso;
3. comando e controle de cima para baixo;
29
4. rigidez organizacional;
5. controle baseado em regras e na hierarquia;
6. informação restrita, acessível aos níveis altos da hierarquia;
7. análises quantitativas e racionais;
8. necessidade da segurança e da certeza;
9. reatividade e aversão ao risco;
10. organização centrada nos processos;
11. autonomia e independência corporativa;
12. integração vertical;
13. foco na organização interna;
14. consenso;
15. orientação para o mercado domestico; vantagem competitiva sustentada;
16. competição pelos mercados atuais.
Já no SÉCULO 21 outras características marcantes, que não excluem totalmente
algumas realidades do século anterior:
1. mudança descontinua e melhoria continua;
2. velocidade nas respostas, preocupação com o core business e com nichos de
mercado;
3. liderança compartilhada;
4. organizações virtuais e permanente flexibilidade nas estruturas, processos e
pessoas;
5. controles centrados nos valores e na visão;
6. informação compartilhada;
7. criatividade e intuição;
8. tolerância da ambigüidade e dos opostos;
9. proatividade e empreendedorismo;
10. foco em resultados;
11. interdependência e alianças estratégicas;
12. integração virtual;
13. foco na com petição e no ambiente externo;
30
14. analise construtivas de opiniões discordantes;
15. foco no mercado internacional;
16. vantagem obtida através de cooperação;
17. hipercompetição e constante invenção de tudo que cria uma vantagem para
empresa; e
18. criação de mercados futuros.
A evolução existente entre os séculos 20 e 21 direcionam as organizações a
buscarem competências básicas constituídas de habilidades, atitudes, interesses, valores
ou características essenciais para o desempenho da atividade e que diferenciam o
desempenho das pessoas. Ou seja, o importante é adquirir e agregar novas
competências que sejam fundamentais para o sucesso do negocio da empresa
(CHIAVENATO, 2000, p.520).
Diante do exposto, pode-se afirmar que as competências essenciais do individuo
juntamente com um RH estratégico e um sistema de informações eficientes, faz com as
organizações consigam atingir os objetivos de forma rápida e assertiva, pois essa
ferramentas proporcionam uma serie de vantagens a medida que caminham de forma
planejada e com capacidade para alterar o rumo de acordo com o que o mercado exige.
4.3 Métodos mais utilizados na captação de talentos na era da
Informação.
Na atualidade o mundo dos negócios direciona as empresas na busca por talentos
para compor sua estrutura organizacional, sendo que, para essa efetiva busca, faz-se
necessário que os gestores, juntamente com a área de RH reflitam sobre o perfil do
profissional que a empresa deseja, para ocupar aquela vaga, isso não significa que se
deve apenas definir um perfil e selecionar, deve estar atento as competências,
habilidades e atitudes dos candidatos e concatená-las aos objetivos organizacionais.
31
Segundo Barbiere, (2012, p.149) o RH moderno tem impacto direto ou contributivo
no negocio quando consegue:
aumentar a capacidade de aprendizagem e conhecimento dos colaboradores;
desenvolver as competências do negocio e da gestão, necessária a cada área;
compreensão, aperfeiçoamento e integração dos sistemas da empresa; e
gerar criatividade, inovação, automotivação e aperfeiçoamento contínuo dos
funcionários.
Nesse contexto, analisaremos os dois meios de recrutamento: o recrutamento
interno e o recrutamento externo, segundo Chiavenato (2000, p. 208):
Recrutamento Interno: é quando havendo vaga na organização a empresa procura
preenchê-la remanejando seus empregados, esse recrutamento exige integração
continua do órgão de recrutamento e os demais órgãos da empresa. O recrutamento
interno é um processamento ou movimentação interna que tem como principais
vantagens:
1. é mais econômico – evita despesas como anúncios, contratação de empresas
de recrutamento etc.;
2. é mais rápido – evita demoras freqüentes no recrutamento externo;
3. apresenta maior índice de validade e de segurança – pois o candidato já é
conhecido;
4. é uma fonte poderosa de motivação para os empregados – desde que os
mesmos vislumbrem possibilidade de crescimento na empresa;
5. aproveita os investimentos da empresa em treinamento de pessoal – na maioria
das vezes se tem retorno quando o empregado passa a ocupar cargos
elevados e complexos; e
6. desenvolve um sadio espírito de competição entre o pessoal – visto que as
oportunidades são oferecidas a quem merecê-las.
32
Em contrapartida, o recrutamento interno apresenta desvantagens como:
1. exige que novos empregados tenham potencial para serem promovidos e
motivação suficiente para chegar lá;
2. pode gerar conflitos de interesses;
3. quando efetuado continuamente leva o empregado a uma progressiva limitação
as políticas e diretrizes da organização; e
4. não pode ser feito em termos globais dentro da organização.
Recrutamento Externo: funciona com candidatos vindos de fora, ou seja,
candidatos extraídos pelas técnicas de recrutamento. As principais técnicas de
recrutamento externo são:
1. consulta aos arquivos dos candidatos;
2. apresentação de candidatos por parte dos funcionários da empresa;
3. cartazes e anúncios na portaria da empresa;
4. contatos com sindicatos e associações de classe;
5. contatos com universidades, escolas, agremiações;
6. conferencias e palestras em universidades e escolas;
7. contatos com outras empresas que atuam no mesmo mercado;
8. viagens de recrutamento em outras localidades;
9. anúncios em jornais e revistas; e
10. agencias de recrutamentos.
O recrutamento externo oferece as seguintes vantagens:
1. traz “sangue novo” e experiências novas para a organização;
2. renova e enriquece os recursos da organização; e
3. aproveita os investimentos em treinamentos e desenvolvimento de pessoal
efetuada por outras empresas ou pelos próprios candidatos.
Pode-se relacionar como desvantagens no recrutamento externo:
1. é geralmente mais demorado;
2. é mais caro e exige inversões e despesas imediatas;
33
3. em principio é menos seguro que o recrutamento interno;
4. monopoliza vagas e oportunidade dentro da empresa; e
5. geralmente afeta a política salarial da empresa.
Recrutamento Misto – recrutamento que aborda tanto fontes internas como
externas. O recrutamento misto pode ser adotado em três alternativas de sistema.
1. Inicialmente, recrutamento externo, seguido do recrutamento interno – não
encontrando candidatos externos a altura lança mão de seu próprio pessoal, não
considerando de inicio os critérios acerca das qualificações necessárias;
2. Inicialmente, recrutamento interno, seguido de recrutamento externo – a
empresa dá prioridade a seus empregados na disputa das oportunidades existentes. Não
havendo candidatos à altura, parte para recrutamento externo;
3. Recrutamento Externo e Recrutamento Interno, concomitantemente – a empresa
está preocupada em preencher a vaga existente.
Recrutamento on-line - a internet constitui uma valiosa ferramenta para as
empresas e para os candidatos se aproximarem, embora distantes fisicamente. Os
serviços on line de recrutamento abrem portas de muitas empresas e permitem eliminar
etapas da provisão. Além do mais permitem a montagem de banco de talentos, ao se
guardar currículo de candidatos internos e externos.
Cabe lembrar que, nos dias atuais a internet tem uma importante função para as
organizações no processo de captação de talentos. Essa ferramenta tem sido bastante
utilizada e defendida, por se tratar de uma técnica de menor custo, maior rapidez nas
respostas e de grande escala de acessibilidade. Segundo Chiavenato, (2000, p. 216) “as
organizações estão apostando na internet para recrutar talentos e reduzir os custos dos
processos de provisão de pessoas” além de agilizar nos processos admissionais.
A internet passa a ser um importante aliado, tanto para as organizações quanto
para os possíveis candidatos, visto que as empresas podem usar essa ferramenta para
reduzir custos, aumentar a velocidade na troca de informações, verificarem como está o
mercado de trabalho e principalmente analisar as suas concorrentes.
34
Já para os candidatos a possíveis vagas existentes na organização, a internet
pode ser utilizada como excelente instrumento de coleta de dados, levando os candidatos
a conhecerem as políticas que envolvem a organização, sua visão, missão, porte e
demais informações que podem ser imprescindível no processo de admissão.
4.4 A retenção de talentos nas organizações
A retenção de talentos é nos dias atuais é uma dificuldade em todas as
organizações, pois pessoas tendem a ficar mais tempo trabalhando nas empresas que
motivam e valorizam o capital intelectual, e isso tem-se tornado uma vantagem diante das
demais organizações.
Segundo Chiavenato (2000, p. 367):
“Todos os processos de manutenção de pessoas – remunerar, conceder benefícios e serviços sociais compatíveis com um padrão de vida saudável, proporcionar um ambiente físico e psicológico de trabalho agradável e seguro, assegurar relações sindicais amigáveis e cooperativas – são importantes na definição da permanência das pessoas na organização e, mais do que isso, a sua motivação para o trabalho e para o alcance dos objetivos organizacionais”.
Diante da globalização e da informação, é que surge a nova economia, a chamada
era do conhecimento, cujas fontes fundamentais de riqueza são o conhecimento e a
informação. Por isso, administrar o talento tornou-se a mais importante e desafiadora
tarefa dos gestores, porque profissionais altamente qualificados que deixam de fazer
parte da equipe em busca de outros trabalhos e transformam-se em perdas para as
organizações.
Segundo Barbieri, (2012, p. 35):
“Um bom sistema de RH, deve garantir: uma remuneração justa, que abranja um salário variável para premiar pessoas e equipes que se destacam; ações de comunicação, motivação e retenção de pessoal;
35
avaliações de potencial e desempenho, visando o progresso futuro do profissional na carreira, como eventual sucessor de outro executivo; uma liderança eficaz que dê feedbacks e cuide da aprendizagem do liderado, inclusive através de coaching; atividades relacionadas com qualidade de vida, aliadas as que dizem respeito a carreiras”.
A retenção de talentos baseia-se na maior integração entre os colaboradores e a
organização, ou seja, o maior objetivo é integrar o colaborador como parceiro na evolução
da empresa, fazendo com que o mesmo se sinta parte integrante da empresa. O
ambiente propício para que os funcionários se sintam motivados em fazer parte da
organização, não depende apenas de um bom salário e bons benefícios e sim com o
interesse de cada profissional nas conquistas da empresa.
As organizações que, possuem profissionais que tenham visão de futuro,
capacidade de planejamento, habilidades em negociação, flexibilidade para mudanças,
boa liderança, é inovador, criativo, ter energia e dinamismo certamente irão manter esse
profissional é considerado como o capital valor da empresa, onde, segundo Barbiere
(2012, p. 32) “a relação entre empregado e empregador é a troca de interesse e uma
soma dos objetivos pessoais com os organizacionais” por esse motivo as empresas
buscam meios de mantê-los na organização por meio de aprimoramento constante e
apoio ao desenvolvimento de suas habilidades e competências.
36
CONCLUSÃO
A pesquisa apresentada teve como principal objetivo analisar a influência trazida
pela junção da Gestão Estratégica de Recursos Humanos e a Tecnologia da Informação
na captação e retenção de talentos dentro das organizações.
É bastante promissora a integração destas duas vertentes que até pouco tempo
caminhavam em caminhos distintos, mas que, agora, convergem para a melhoria das
relações humanas dentro das organizações. Esta integração tornou-se situação precípua
para qualquer organização que almeja adquirir diferencial competitivo frente às suas
concorrentes. Se no passado, os fatores preponderantes para se destacar no mercado
eram redução de tempo, o investimento cada vez mais pesado em tecnologia dentre
outros, hoje, as empresas tem como foco, o relacionamento interpessoal.
A análise de forma macro da influência desta nova realidade da Administração de
recursos humanos, onde a Tecnologia da Informação surge como o principal alicerce de
suas ações, permite a verificação de como esta nova conjuntura administrativa age sobre
a estrutura funcional das empresas. O advento deste novo cenário diminui a distância
entre os níveis: estratégico, tático e operacional, induzindo a uma maior troca de
informações entre os diversos setores organizacionais.
A pesquisa mostra que a Tecnologia da Informação é um importante aliado nas
estratégias organizacionais, porém, sozinha não cria diferencial competitivo, ela depende
diretamente de pessoas capacitadas e que tenham suas necessidades alinhadas aos
objetivos organizacionais. É válido salientar que este quadro de implementação da
Tecnologia da Informação na Administração de Recursos Humanos leva a Aprendizagem
Organizacional de todo o corpo funcional. Isto é, proporciona a horizontalidade de sua
estrutura.
A junção da Administração de Recursos Humanos com a Tecnologia da
Informação também provoca reflexos significativos no gerenciamento do processo de
recrutamento e seleção de potenciais candidatos. Atualmente, a Gestão de RH não se
37
restringe apenas aos meios convencionais de recrutamento, como, jornais, revistas ou
agências de emprego. Talvez seja neste quesito que se torna mais tácito e palpável a
presença da TI, dando mais flexibilidade para os processos de recrutamento. Por meio da
aplicabilidade de ferramentas advindas da Tecnologia da Informação muitas
organizações desenvolvem tanto o processo de recrutamento quanto o de seleção
integralmente por meios eletrônicos, vide, Skype e e-mail. Como uma forte tendência de
mercado muitas organizações também passaram a terceirizar a funcionalidade de
recrutar e selecionar candidatos, deixando-a a cargo de empresas especializadas nesta
função, que têm na internet seu principal meio de atuação. Esta nova ordem
administrativa, onde há uma maior integralidade de todos os colaboradores, faz com que
os mesmos se sintam parte fundamental da organização, elevando o grau de satisfação e
comprometimento.
Nesse contexto, verificou-se que captar e manter um profissional na organização
não é tarefa fácil, nem barata, pois, a escassez de profissionais que tenham habilidades,
competências e atitudes faz com que muitas empresas criem métodos e ações no intuito
de trazer para sua estrutura organizacional um profissional que possa alavancar sua
produtividade e conseqüentemente a lucratividade.
Na pesquisa apresentada observou-se que, para o estabelecimento do RH como
uma área estratégica dentro da organização, conceitos e atitudes deverão ser criadas
pelos profissionais que atuam nessa área. O profissional de RH deve direcionar seus
esforços para o alinhamento estratégico organizacional utilizando a tecnologia da
informação que tem como característica fundamental a melhoria na qualidade e
disponibilidade das informações. Essa clareza e agilidade na troca de informações fazem
com que as organizações sejam impulsionadas ao desenvolvimento e a competitividade
por meio do planejamento eficaz do recrutamento interno e externo de profissionais
qualificados e integrados a missão e visão da empresa.
Por fim, conclui-se que, na atualidade, o papel do RH Estratégico e da Tecnologia
da Informação é saber gerir pessoas sem abrir mão das metas e objetivos traçados pela
empresa, verificando as reais necessidades existentes no meio empresarial e planejando
38
ações essenciais envolvendo o capital humano que é considerado como bem intangível
mais precioso existente na organização.
Sugere-se como linha de pesquisa o estudo sobre as formas mais eficazes e mais
utilizadas de recrutamento e seleção, bem como meios mais eficientes de manter os
funcionários integrados as políticas organizacionais por meio do Sistema Integrado de
Informações.
39
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41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Conceito 10
CAPÍTULO II
A EVOLUÇÃO DO RH E TI 13
2.1 Evolução da Tecnologia da Informação 15
CAPÍTULO III
OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE RH E A TI 20
CAPÍTULO IV
CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS 24
4.1 Principais Estratégias para captação e retenção de talentos nos dias atuais. 24
4.2 A realidade das organizações no processo de captação de talentos. 28
4.3 Métodos mais utilizados na captação de talentos na era da Informação. 30
4.4 A retenção de talentos nas organizações 34
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
WEBGRAFIA 40
ÍNDICE 41