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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU-SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE
A NUTRICAO NAS ESCOLAS
ORIENTADOR MARY SU
EUGENIO CARLOS DE SIQUEIRA PEREIRA
FEVEREIRO/2003
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU-SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE
A NUTRICAO NAS ESCOLAS
FACILITAR APRENDIZADO PARA REALIZAÇÃO PARA
NOVOS TRABALHOS.
DEDICATORIA
Dedico este trabalho a meu filho
Thales, alegria de minha vida.
Eugenio Carlos de Siqueira Pereira
AGRADECIMENTOS
Agradeço a meu pai Carlos Pereira, que sempre me incentivou e me apoio em todos os momentos de minha vida.
RESUMO
O ser humano necessita diariamente de um percentual calórico, para que
possa desenvolver suas atividades e principalmente para o bem de sua
própria saúde.
Este trabalho relata como a nutrição adequada, com suas respectivas
proteínas e com horários corretos para a alimentação é importante para esse
desenvolvimento, principalmente ao estudante que gasta muita energia.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................... 14 CAPÍTULO I – A alimentação e os problemas nutricionais .................................. 15
1.1. Definição de Alimento ............................................................................... 15 1.2. O ser humano e sua alimentação ............................................................. 15 1.3.Classificação dos Alimentos......................................................................... 16
CAPÍTULO II – Alimentação, Salário e Produtividade.......................................... 17 2.1.Classificação dos Alimentos......................................................................... 17 2.1.-Fundamentos Fisiológicos de Alimentação do Estudante........................... 19 2.2.1-Utilização de Carboidratos e Lipídios durante o trabalho Físico ............... 20 2.2.2. A utilização do Glicogênio ...................................................................... 22 2.3.O Salário mínimo e a Alimentação............................................................... 24
CAPÍTULO III -Relação entre Nutrição e Produção................................................26
3.1.- Efeitos da Restrição de Alimentos Nutritivos ............................................. 26 3.2.- A Necessidade Diária de Quilocaloria........................................................... 28
3.2.1-O Problema do Álcool e do Cafezinho ...................................................... 29 3.3.Cálculo do Consumo Energético.................................................................. 30 3.4.- Toxi-infecção Alimentar e sua Prevenção.................................................. 33
CONCLUSÃO ....................................................................................................... 36 Referências Bibliográficas..................................................................................... 36
INTRODUÇÃO
O objetivo do trabalho será o de informar a importância que a nutrição e os
alimentos escolhidos ocupam dentro da Área Escolar, estabelecendo e
reforçando a importante relação da nutrição com o estudante e este com a
instituição onde estuda.
O estudo da nutrição e sua relação com a saúde, compreende não só o
conjunto de fenômenos químicos, físico-químicos e fisiológicos ligados às
transformações sofridas pelos alimentos ingeridos, como também o
conhecimento das razões que condicionam o consumo ou falta de consumo
deste mesmos alimentos.
A monografia também inclui a metodologia usada para averiguar tais
relações e as medidas regulamentares que a sociedade impõe, visando
manter as características higiênicas e de composição por vários grupos de
alimentos, sobretudo os produtos industrializados.
Serão finalmente estudados os hábitos alimentares da população estudantil,
suas conseqüências e os possíveis meios de manter-se a saúde do
estudante, através de uma boa nutrição.
CAPÍTULO I - A alimentação e os problemas nutricionais
1.1. Definição de Alimento
Segundo Duclaux em sua definição “alimento é toda a substância que
contribui para assegurar o bom funcionamento de cada um dos órgãos do
ser vivo”. Os estudantes de escolas situadas junto às indústrias ainda
apresentam deficiência na alimentação Isto se dá em parte à sua ignorância
aos princípios básicos da alimentação.
Existem várias causas que levam a um mal estado nutricional. Entre estas,
Van Ecklen aponta as seguintes:
- escassez de alimentos ou dificuldade na sua obtenção
- maus hábitos alimentares
- baixo valor nutritivo dos alimentos durante sua preparação industrial
ou culinária
- falta de minerais no solo
- falta de radiação solar
- ausência de planos orientadores governamentais
Estas causas podem ser combatidas por uma maior vigilância na produção
dos alimentos, na educação, instrução e informação da população sobre os
hábitos corretos da alimentação e do valor nutritivo individual dos alimentos.
Também existem métodos mais eficazes e apropriados para o preparo dos
alimentos e tem-se dado ênfase ao enriquecimento dos alimentos e suas
substâncias.
1.2. O ser humano e sua alimentação
O homem constitui-se em um animal onívoro, apresentando pois, tanto
exigência dos herbívoros quanto dos carnívoros. O organismo exige
alimentos formadores de tecidos e energia, dentro de determinadas leis que
de acordo com Escudeiro, são fundamentais:
1) – Lei da Quantidade – “a alimentação deve ser em quantidade
suficiente para cobrir as exigências calóricas do organismo e manter o
equilíbrio de seu balanço”.
2) – Lei da Qualidade – “o regime alimentar deve ser completo em sua
composição, para oferecer ao organismo todas as substâncias que o
compõem”.
Lei da Harmonia – “segundo a qual os diversos princípios que integram a
alimentação devem manter entre si uma relação proporcional”.
3) – Lei da Adequação – “segundo a qual a alimentação deve ser
adequada ao organismo”.
1.3.Classificação dos Alimentos
Quanto à natureza química, os alimentos são inorgânicos ou minerais
(oxigênio, H2O, sais minerais ) e orgânicos de origem animal ou vegetal.
Pode-se dividir os alimentos em: energéticos, que fornecem a energia
necessária às reações metabólicas; protetores, que estão nos sais e
vitaminas; construtores, que formam os tecidos, estão presentes nas
proteínas; e ativadores, que funcionam como catalizadores.
CAPÍTULO II – Alimentação, Salário e Produtividade
2.1.Classificação dos Alimentos
De acordo com a composição química e da função que desempenham no
organismo, os alimentos constituem grupos distintos como: protídios,
glicídios, lipídios, minerais e vitaminas.
Os protídios são conhecidos também, como proteínas, são alimentos
essencialmente plásticos. Elas são desintegradas dentro no organismo,
através de enzimas proteolíticas, aminoácidos, que são incorporados aos
tecidos. O organismo humano exige um grande número de aminoácidos, os
quais não pode sintetizar, como: alanina, glicínia, valina, lucina, ácido
glutâmico, cistina, metionina, arginina, histidina, prolina e outros.
Dentre os alimentos ricos em proteína, destacam-se os ovos, o leite, o
queijo, carnes de vários animais, peixes e soja. Nosso organismo necessita
de 1g/kg de peso, com exceção de adolescentes que requerem uma
quantidade maior diária.
Os glicídios, conhecidos também por hidratos de carbônio são alimentos
essencialmente energéticos e necessários ao trabalho muscular. Sob a ação
de fermentos digestivos, são absorvidos pelo organismo, sob a forma de
glicose e armazenados pelo fígado como glicogênio. Os glicídios predispõem
o ser humano ao trabalho e combatem a fadiga. Sua necessidade diária é de
7g/kg de peso corporal.
Dentre as fontes de hidrato de carbono, pode-se citar os açúcares, mel,
melado, farinhas, massas, pão, biscoitos, doces, mandioca, arroz, trigo,
cereais e leguminosas.
Os lipídios são as gorduras que fornecem grande quantidade de energia. As
de origem animal são mais indicadas na alimentação. Constituem os
glicéricos, dos quais os mais importantes são a tripalmitina, a tricitearina e a
triolaína.
Dentre as fontes de gordura encontram-se os óleos vegetais, o ovo, a
azeitona, o coco, a margarina e o óleo de dendê.
Os minerais, sais e água, são indispensáveis à alimentação, fazem parte dos
constituintes das células e tecidos em geral que utilizam alguns minerais que
destaco a seguir:
- Fósforo – imprescindível à formação dos ossos e dentes.
Necessidade: 0,90 a 1g/dia
Fontes: ovo, leite, cenoura, carne, feijão, tomate, espinafre, alface, queijo,
aveia, camarão.
- Cálcio – necessário à formação dos ossos e dentes; exige a presença
de Vitamina D (calcigenol) para sua fixação.
Necessidades: 0,42 (para adulto normal)
Fontes: aipo, leite, queijo, cenoura, couve-flor, aspargo, ovo, beterraba,
lentilhas, nabo, etc.
- Ferro – indispensável à formação do sangue, participando da
hemoglobina.
Fontes: gema do ovo, aveia, lentilha, feijão, ervilha, ameixa, alface,
espinafre, fígado de animais, ostra, cebola, chicória, uva. O ferro exige
pequenas porções de oligoelementos tais como o cobre, o cobalto e o
molibdênio que agiriam como catalisadores. (Fe = 0,018 mg).
- Sódio – encontrado nos peixes, ovos, etc.
- Potássio – encontrado na batata inglesa, leite, carne, frutas e
legumes.
- Magnésio – encontrado nos legumes verdes e cereais, alface e
espinafre.
- Flúor – encontrado no trigo, cana-de-açúcar, etc.
A água é um constituinte obrigatório das células e tecidos. A água
representa 70% do nosso organismo. A água potável é indispensável à vida,
sendo a bebida que deve ser ingerida diariamente. Sua deficiência provoca
desidratação. Os trabalhadores que operam com fornos ou caldeiras devem
ingerir cota superior de água, devido à perda que ocorre, principalmente pela
sudorese (em alguns casos, adicionar pequenas quantidades de Nacl). A
água deve ser arejada com O2 e alguns sais em mínimas quantidades.
Aquelas que contém cota elevada de magnésio (Mg) são duras, cozinham
mal os legumes e cortam o sabão, isto é, não espumam. A presença de
Escherichia coli, torna a água imprópria para o consumo, pois denota
contaminação fecal salmonelar (febre tifóide) e Shifelar (disenterias
bacilares).
2.2.-Fundamentos Fisiológicos de Alimentação do Estudante
As proteínas contribuem com uma pequena parcela do fornecimento de
energia para a atividade metabólica. Quanto à participação relativa dos
carboidratos e lipídios como fonte de energia, ainda hoje predomina, entre
médicos e nutricionistas, o conceito tradicional de que a energia para a
atividade muscular deriva única e exclusivamente dos carboidratos, e que os
lipídios seriam utilizados somente quando o indivíduo estivesse em repouso.
Existe pois, um argumento de que o indivíduo exposto à uma dieta com
excesso de lipídios tem uma baixa capacidade de realizar trabalhos
pesados. Entretanto, desde 1939, através das experiências de Christensen e
Hansen, utilizando o quociente respiratório, evidenciou-se que a principal
fonte de energia para a atividade física do ser humano são os lipídios.
O quociente respiratório mede a relação entre a eliminação de CO2 e a
captação de O2 pelo organismo. Assim, quando este quociente é igual a 1,
significa que para cada molécula de O2 utilizada, uma molécula de CO2 é
eliminada, sendo característico do metabolismo aeróbico dos carboidratos.
No metabolismo dos lipídios, ao contrário, grande quantidade de O2
absorvido, é utilizado na combinação com o íon H2, tendo como resultado a
formação de H2o. A quantidade de CO2 é então menor, e o quociente
respiratório é menor que 1, podendo chegar a 0,7.
A determinação do quociente respiratório, na prática, é feita através da
análise de teor de O2 e CO2 no ar expirado pelo estudante, durante a
realização de atividade física.
Os carboidratos podem ser penetrados através de duas vias, a saber:
a) via anaeróbica: uma molécula de glicose fornece 2 ATP, ácido láctico
(principalmente metabólico).
b) Via aeróbica: uma molécula de glicose fornece 38 ATP, CO2 e H2)
(metabólicos).
Os lipídios, por sua vez, só são metabolizados por via aeróbica. Para utilizar-
se os lipídios como fonte de energia, é necessário uma quantidade maior de
O2 do que aquela utilizada para a metabolização dos carboidratos (para
metabolizar 1g. de lipídio é necessário 21 de O2, enquanto que para
metabolizar 1g. de carboidrato é necessário 0,831 de O2).
Assim sendo, os lipídios só serão utilizados como fonte de energia à medida
em que houver um fornecimento adequado de O2. Do contrário, em toda
situação em que houver pouca disponibilidade de O2, o músculo tenderá a
utilizar os carboidratos.
2.2.1-Utilização de Carboidratos e Lipídios durante o trabalho
Físico
a) No início, meio e fim da atividade.
No início da atividade, predomina a utilização de glicogênio de forma
aeróbica, pois os reservatórios de O2 da célula são praticamente
inexistentes. À medida que o trabalho vai sendo executado, o coração passa
a bombear sangue para os músculos, em quantidade suficiente para
fornecer O2 e fazer com que o músculo passe a utilizar a energia obtida
através da queima de lipídios; nesse ponto começa a haver uma inversão,
ou seja, os carboidratos deixam de ser a fonte de energia e os lipídios
passam a sê-la.
Com o passar do tempo, se o esforço físico exige muito do coração, este
diminui sua capacidade de bombeamento e o O2 disponível para o músculo
começa a tornar-se escasso. Neste ponto há uma tendência a se inverter a
curva, voltando a ocorrer um predomínio na utilização de carboidratos e uma
queda na utilização de lipídios. Se esta atividade perdurar por muito tempo,
o O2 disponível será suficiente apenas para a metabolização de
carboidratos.
Quanto maior for a capacidade aeróbica do indivíduo, maior será sua
tendência a utilizar lipídios como fonte de energia; quanto menor for a
capacidade aeróbica do indivíduo, com o predomínio da capacidade
anaeróbica, maior será sua tendência a utilizar carboidratos como fonte de
energia.
No que concerne a faixa etária, embora não se tenha estudos conclusivos,
pode-se supor que, para um mesmo esforço físico, indivíduos mais jovens
terão tendencia a utilizar preferentemente, os lipídios como fonte de
energia. À medida que a idade avança, para o mesmo esforço físico, o
indivíduo provavelmente estará utilizando carboidrato.
As supostas razões para esta mudança seriam, a queda da capacidade
aeróbica do indivíduo com mais idade, o que favorece o metabolismo dos
carboidratos. Com o envelhecimento, o indivíduo diminui suas atividades
físicas e por isto, sua capacidade aeróbica tende a decrescer. Com o
envelhecimento, o indivíduo tem uma diminuição dos níveis hormonais cujos
efeitos favorecerão a utilização de lipídios e diminuir a utilização de
carboidratos (hormônio somatotrópico e hormônios sexuais).
À medida que aumenta o metabolismo, o quociente respiratório tende a ficar
próximo da curva (A). Quando o trabalho possui alternância rápida entre os
períodos de esforço físico maior e os períodos de esforço físico menor, ou
da curva (B) quando o aumento do metabolismo ocorre em atividades
contínuas.
Em estudo de medida do metabolismo realizado pela ERGO, entre 60
estudantes, verificamos que, à medida que se aumenta a intensidade do
metabolismo, isto é, à medida que o estudante realiza trabalhos cada vez
mais pesados, os índices de quociente respiratório também são mais altos,
conforme pode ser visto na figura 2, o que confirma o conceito de que, em
trabalhos mais pesados, aumenta a participação dos carboidratos como
fonte de energia.
Portanto, pode-se dizer que os carboidratos e particularmente o glicogênio
muscular, são a principal fonte de energia para o indivíduo desenvolver sua
capacidade máxima de trabalho. Caso o esforço físico seja de baixa
tensidade, os lipídios têm melhor condição de funcionar como fonte de
energia e durante muito tempo, já que é muito mais fácil armazenar lipídios
do que carboidratos.
No primeiro caso, os indivíduos com alto controle de glicogênio muscular
conseguem realizar um trabalho pesado durante mais tempo do que aqueles
cujos músculos possuem pouco glicogênio.
No segundo caso, podemos mencionar os gafanhotos e os pássaros
migratórios, que realizam a sua atividade de deslocamento no espaço em
baixa velocidade e ficando vários dias sem alimentação, apenas utilizando a
energia acumulada sob forma de gordura.
2.2.2. A utilização do Glicogênio
Na sua utilização, o glicogênio é quebrado até ácido láctico, fornecendo a
energia necessária por via anaeróbica, no início do trabalho. Com o passar
do tempo, os mecanismos celulares, respiratórios e circulatórios passam a
atuar e o glicogênio passa a ser utilizado aerobicamente.
A glicose existente no sangue não entra para as células em grande
quantidade. Durante a atividade física, devido à baixa de insulina, há uma
defesa da glicose para entrar na célula. Também, a inibição das enzimas de
membrana fazem o transporte de glicose pelo ácido láctico.
A impossibilidade da entrada de glicose nesta fase, tem dois significados.
Primeiro, obriga a utilização do glicogênio no músculo. Segundo, não
ocorrem perdas catastróficas de glicemia que ocasionariam hipoglicemias
rapidamente. Após determinado tempo, com a queda dos níveis de ácido
láctico, a glicose entra na célula muscular onde será metabolizada
aerobicamente.
A dosagem de glicogênio nos músculos e 1 a 2g/100g de músculo seco.
Medidas dietéticas permitem esta concentração para até 4g / cento, o que
aumenta, e muito, o tempo em que o indivíduo consegue desenvolver uma
determinada atividade. Numa concentração normal de glicogênio, de 1 a 2g
p/ cento no início da atividade, se o indivíduo usar cerca de 30% de sua
capacidade aeróbica, a quantidade existente permitirá o prolongamento do
trabalho por 10 horas. No entanto, se for utilizada 75 a 85% da capacidade
aeróbica, a mesma quantidade de glicogênio será queimada em 90 minutos.
Os estudos feitos por Christensen e Hansen forneceram uma outra
observação de extrema importância. Os indivíduos testados, fizeram o
exercício até a exaustão e esta ocorreu após um tempo relativamente curto.
(15 a 20 minutos). No entanto, durante a exastão os pesquisadores notaram
que, pelo quociente respiratório, ainda estava sendo utilizado o glicogênio. A
dosagem de glicose neste instante, mostrou valores extremamente baixos. A
ingestão de 200g de glicose na hora da exaustão fez com que após 15
minutos, os fenômenos subjetivos desaparecessem e permitissem a
continuação do exercício por mais uma hora. Tais experiências sugerem que
a hipoglicemia é o primeiro fator limitante a ocorrer na exaustão. E a
exaustão pode muitas vezes ser um fenômeno que se passa no Sistema
Nervoso Central, o qual é muito sensível a deficiências de glicose
sangüínea, pois não possui glicogênio armazenado.
Pode-se concluir que uma vez prevenida a hipoglicemia, pode-se conseguir
que um indivíduo exerça um trabalho mais pesado. Durante mais tempo, o
indivíduo usará toda a energia do glicogênio sem passar pela fase inicial de
exaustão provocada pela hipoglicemia.
Por outro lado, os lipídios são considerados as reservas ideais de energia no
organismo porque possuem uma grande quantidade de energia por unidade
de peso. Os lipídios podem ser depositados em qualquer espaço e são de
fácil utilização. Os primeiros lipídios a serem utilizados pelos músculos são
aqueles que estão depositados nos próprios músculos. A sua mobilização
dos depósitos extra-musculares, indo até o sangue, e daí até os músculos, é
precoce durante o trabalho. Esta mobilização ocorre devido ao estímulo do
sistema nervoso simpático, porém é de pouca tensidade. A mobilização nas
fezes posteriores é favorecida pela hipoglicemia e diminuída pelo ácido
láctico e pela diminuição do PH sangüíneo; no entanto, como ao longo do
metabolismo do glicogênio a produção de ácido láctico vai diminuindo, os
ácidos graxos passam a ter as condições totais de serem mobilizados até o
sangue e daí até as células.
Naturalmente, se o glicogênio estiver sendo metabolizado aerobicamente,
menos ácido láctico será formado e então, haverá maior possibilidade de
uso de ácidos graxos, o que explica porque os indivíduos com maior
capacidade aeróbica utilizam lipídios em maior quantidade, como fonte de
energia.
2.3.O Salário mínimo e a Alimentação
Criado em 1938 pelo Presidente Getúlio Vargas, o salário mínimo visava
atender às necessidades básicas de uma pessoa, cobrindo a alimentação,
habitação, transporte e vestuário. Com o passar do tempo, este salário
mínimo, fruto da corrosão inflacionária e sem uma política governamental
justa, vem perdendo seu valor real a cada ano, influindo com isto nas
necessidades básicas do trabalhador e sua família. Sem alimentar-se de
forma adequada, o estudante que precisa trabalhar , não satisfazendo as
necessidades de reprodução do capital, vem cada vez mais se
enfraquecendo. É o caso dos que despendem maior quantidade de energia
e estão com seus salários muito abaixo do que seria o suficiente para
obterem uma alimentação que supra suas necessidades diárias.
O estudante desnutrido tem uma redução de sua força muscular em até 30%
e a sua precisão de movimentos em até 15%, não sendo difícil entender-se
que os acidentes de trabalho ocorrem em conseqüência do quadro de
desnutrição do estudante.
Foi preocupado justamente com o pequeno número de empresas que
forneciam alimentação a seus trabalhadores, que David Roianovsky, então
Secretário de Promoção Social do Ministério do Trabalho, realizou em 1976
o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador, regido pela Lei 6321 de
14 de abril de 1976 e pelo decreto 78676 de 8 de novembro de 1976) que
divide entre o governo, a empresa e o estudante o custo da alimentação
necessária ao trabalho. Tendo efetivamente começado a funcionar em 1977,
1287 empresas e 767911 estudantes brasileiros eram beneficiados; porém
de 1977 para cá não houve crescimento de adesões por pouca divulgação e
baixos incentivos fiscais.
Este decreto prevê quatro sistemas de fornecimento de refeição, que são
respectivamente:
1) a empresa administra seu próprio restaurante ou então o entrega à
administração de uma concessionária.
2) a empresa instala um refeitório e contrata uma fornecedora de
refeição transportada.
3) na ausência dos sistemas anteriores, a empresa fornece um vale que
é trocado por uma refeição em restaurantes credenciados.
4) a empresa fornece alimentos “in natura” cuja preparação fica por
conta do empregado.
Com incentivos cada vez menores, as empresas deram lugar à cozinha
industrial, idealizada e construída na própria empresa, com administração de
concessionárias. Este projeto visa propiciar aos estudantes carentes um
equilíbrio melhor em sua nutrição diária x seu estudo intelectual. Com o
auxílio de nutricionistas que inclusive, podem avaliar e prescrever com os
médicos da empresa, cardápio semanais regionais.
Apesar da inicial resistência, principalmente dos estudantes de menor
conhecimentos, hoje é digna de grande aceitação pelas empresas e
estudantes, a cozinha nas escolas.
Nas situações em que a instalação de uma cantina na escola não é possível,
por falta de espaço e/ou de recursos, as empresas intermediárias
possibilitam ao aluno realizar regularmente suas refeições mediante a
apresentação de um vale, o ticket-refeição, tido como única solução nestes
casos e distribuído numa rede de restaurantes credenciados pelas mesmas
empresas. Diferente da cozinha industrial, não há possibilidade de controle
dietético do aluno nesta opção.
Infelizmente o sistema de ticket-refeição vem sofrendo várias distorções
como a utilização do ticket pelo usuário na troca de outros produtos que não
a refeição. Também, há falta de condições mínimas de higiene pelos locais
credenciados. Com o tempo, a concorrência entre as empresas
fornecedoras do ticket-refeição fez com que o nível dos estabelecimentos
fornecedores de refeição, caísse vertiginosamente, com raras exceções. A
única saída para esta situação seria a criação de um código de ética entre
as empresas que se comprometeriam a adotar normas semelhantes de
conduta para todos os restaurantes credenciados.
CAPÍTULO III - Relação entre Nutrição e Produção
3.1.- Efeitos da Restrição de Alimentos Nutritivos
Durante a II Guerra Mundial, em estudo nas fábricas alemãs, notou-se que
com a falta de calorias por dia, caia o rendimento do trabalhador, sendo esta
queda maior nos indivíduos com trabalho mais leve. Isto é dado à restrição
de carboidratos e lipídios nos alimentos ingeridos.
A desnutrição protética não só acarreta comprometimento da capacidade
trabalho intelectual, mas influi bastante na execução de exercícios físicos e
motricidade, pois há uma diminuição da capacidade de trabalho do indivíduo
desnutrido.
Por outro lado, no sentido de mostrar a importância de uma ingestão calórica
adequada sobre a produtividade, será transcrito a seguir alguns dados
interessantes obtidos por Hector Correa e coli. (1970) que analisaram os
efeitos do aumento da ingestão calórica e de uma melhor educação sobre o
produto interno de 18 países ao longo de 1950 – 1962.
Países Crescimento do
Produto Interno por
ano
Produção do
crescimento do D.I.
pelo aumento de
caloria
Proporção do
crescimento do D.I.
por uma educação
melhor
Média de 9 países
subdesenvolvidos
da América do Sul
5,13% 4,6% 5,4%
Brasil 5,43% 4,2% 3,3%
Média de 9 países
desenvolvidos
(EUA e Europa)
4,18% 0,8% 7,9%
Em análise ao gráfico pode-se dizer que em países em via de
desenvolvimento à medida que se aumenta a ingestão calórica dos
trabalhadores, haverá contribuição de 4,6% do aumento interno; esta
proporção será praticamente desprezível nos países já desenvolvidos onde
a alimentação já fornece as calorias necessárias para o trabalho; nestes
últimos o aumento do PIB deve ser estimulado por outras vias que não a do
aumento da alimentação dos alunos em fase de desenvolvimento.
O trabalho com ausência de desjejum provoca hipoglicemia com queda da
capacidade de concentração, tanto física como intelectual por deficiência de
utilização, pelo cérebro, de glicogênio. No entanto, existem alunos que
apresentam desempenho normal, por causa da variação da resposta
pancreática individual à liberação de insulina.
Quando o estudo e a aprendizagem precisam ser executados, somente
estará apto a fazê-lo, o aluno que apresentar uma boa quantidade de
depósito de glicogênio no músculo. Sendo assim, sua dieta básica deve
constar de proteínas, (1,5 g/kg peso) e suporte calórico à base de
carbohidrato.
A dieta hipercalórica às custas de lipídios, é viável sob o aspecto econômico
e de paladar e insuficiente no fornecimento de energia necessária para o
trabalhador, uma vez que os lipídios necessitam de grande quantidade de
O2 para serem quebrados.
A carência de vitamina B1 na alimentação compromete a capacidade
energética e a deficiência de vitamina A compromete a capacidade visual, na
variação de claro-escuro e na visão com pouca luminosidade. (fator de risco
nos acidentes) Isto ocorrerá entre estudantes que não apresentam
condições sócio-econômicas para a obtenção desta vitamina e naqueles que
não estão habituados a se alimentarem de sua próprias fontes, ou seja,
verduras, peixe e fígado.
A deficiência da ingestão de sódio provoca fraqueza muscular, tonturas e
desmaios principalmente em indivíduos que trabalham em ambiente quente.
Esta situação pode ocorrer por dois mecanismos: imposição de dieta
hiposódica em pacientes tensos e hipertensos por um médico que
desconheça seu ambiente escolar, muitas vezes precário e pela redução
voluntária de sal, por orientação do nutricionista escolar ou recomendação
médica para a baixa na ingestão de sal.
A deficiência de ferro pode ocasionar anemia com baixa de transporte de O2
até os músculos levando à fraqueza. Isto se dá pelo alto custo dos alimentos
que contém ferro por verminoses e por sangramentos invisíveis (intestinais,
hemorróidas, etc.).
3.2.- A Necessidade Diária de Quilocaloria
Segundo Du Bois, caloria é “a quantidade de calorias produzidas por um
indivíduo em 1 l. e por m2 de superfície corporal, estando em jejum de 12l
pelo menos, deitado e em repouso absoluto, vestido à temperatura ambiente
de 16 a 18ºC.
A rigor, uma pessoa deve ingerir a mesma quantidade de energia que gasta.
Se a ingestão for menor que o consumo perderá peso, se for maior que o
consumo, ganhará peso. Atualmente, tal conceito foi substituído e se pode
enunciar que: “Se o indivíduo ingerir mais calorias do que gasta em suas
atividades diárias, poderá engordar ou não, dependendo muito de sua
resposta pancreática na liberação de insulina diante da carga alimentar, da
concentração corpórea de tecido gorduroso marrom e da presença ou não
de hormônios que induzem a um aumento do metabolismo lipídico.
Assim, explica-se como certos indivíduos que ingerem grande quantidade de
calorias não engordam, ao passo que outras pessoas diante de pequeno
aumento na quantidade ingerida, já deposita as calorias na forma de
gordura.
A alimentação do trabalhador deve ser variada, nutritiva, saborosa e de fácil
digestão. As necessidades energéticas variam de acordo com a natureza do
trabalho. Quando o organismo é submetido a um desgaste físico
conseqüente de um trabalho intenso requer uma cota suplementar de
alimentos protetores como gordura e hidrato de carbono.
3.2.1-O Problema do Álcool e do Cafezinho O álcool é utilizado como fonte de energia por grande número de
estudantes no Brasil, principalmente em regiões mais carentes. Cada grama
de álcool fornece 7 Kcal, quantidade energética rapidamente disponível para
a célula, pois a absorção do álcool à nivel gástrico e intestinal é
extremamente rápida. No caso de bebidas destiladas, a quase totalidade da
energia fornecida pela bebida é proveniente do álcool. No caso da cerveja,
aproximadamente 50% da energia é fornecida pelo cereal e o restante pelo
álcool.
O álcool age sobre o sistema nervoso comprometendo a sobriedade, a
capacidade de concentração e auto-crítica, o discernimento da memória e a
inibição mental. Do ponto de vista físico, pequenas doses de álcool
aumentam o desempenho do músculo por dois fatores principais:
fornecimento imediato de grande quantidade de energia ao músculo e baixa
da circulação muscular e da sensação de fadiga.
Há pequena alteração da secreção gástrica em bebidas alcoólicas de 10%.
Há uma baixa da secreção gástrica, por bebidas de concentração alcoólica
de 20%. O consumo de álcool com mais de 40% de concentração irrita a
mucosa com inflamações e gastrites crônicas e o uso prolongado de uma
grande quantidade de álcool pode ocasionar miopatia, nevropatia,
cardiopatia, constipação intestinal, hipovitaminose e conseqüente diarréia,
pancreatite crônica, deposição de gordura no fígado e cirrose.
A cafeína presente no chá e no café, é um potente estimulante do SNC.
Com a cafeína o fluxo de pensamento é mais rápido e mais claro, a vigília é
maior e a sensação de fadiga menor. Após a ingestão de cafeína contida em
um cafezinho a pessoa se torna capaz de fazer um esforço intelectual
prolongado e sua capacidade de associação de idéias aumenta. Os
estímulos sensitivos são apreciados de forma mais fina e o tempo de
realização é menor. A atividade motora também aumenta. Pessoas que
trabalham com digitação aumentam o número de toques e diminui o número
de erros. A função muscular também é estimulada tanto pelo aumento da
atividade cortical quanto pelo aumento de acetilcolina liberada na placa
motora.
O ideal, e mais comumente utilizado, é o uso de dois cafezinhos (um de
manhã, outro à tarde).
O abuso da cafeína pode levar a efeitos indesejáveis. À fase de excitação,
segue-se uma fase de depressão da atividade do SNC. Ocorre hiperestesia,
fluxo sangüíneo aumentado no cérebro, secreção gástrica,
comprometimento do sono, aumento de peso pelo açúcar refinado.
3.3.Cálculo do Consumo Energético Considera-se como sendo de 62.2 Kcal/hora para os homens e de 55.2
Kcal/hora, o consumo de energia do adulto durante o repouso.
Durante o trabalho este consumo energético pode ser calculado segundo a
tabela de Lehman que veremos a seguir.
TABELA DE LEHMAN
A) Posição do Corpo
. Deitado, sentado
. De pé
. Andando
. Subindo
1 min.
0,4
0,8
2,4
5,0
1 hora
20
40
120
250
B) Classe de Trabalho
. Manual
. Fácil
. Difícil
. Dos membros superiores
. Fácil
. Difícil
. De todo o corpo
. Fácil
. Ligeiro
. Difícil
. Muito difícil
-
0,5
1,0
1,5
2,5
4,0
6,0
8,0
10,0
25
50
75
125
200
300
400
500
* No caso do trabalho feminino, todos os valores devem ser multiplicados por
0,85.
Quanto às atividades / hora fora da escola, consume-se 100 Kcal/hora ao
levantar-se, lavar-se e arrumar-se, 216 Kcal/hora ao caminhar normalmente,
84 Kcal/hora sentado, vendo televisão, movendo-se pouco ou lendo e 180 a
210 Kcal/hora em distrações ativas ou trabalho doméstico mais pesado.
Para as gestantes, acrescenta-se 200 Kcal/dia e para a lactente, 100
Kcal/dia.
à medida que aumenta a idade, diminui a capacidade metabólica do
indivíduo, assim segue a tabela:
IDADE FATOR DE
CORREÇÃO
20 – 30 0%
30 – 40 -3%
40 – 50 -6%
50 – 60 -15%
60- -30%
A temperatura padrão para o gasto energético é 10ªC. Para cada 10ºC.
acima do padrão, redução de 5% no valor total encontrado.
A simples ingestão de alimentos, aumenta o metabolismo, aumento este que
é de 10% do metabolismo basal diário (150 Kcal/homem e 130
Kcal/mulheres).
O valor calórico total (VCT) no organismo deve ter a seguinte distribuição: 50
a 60% do VCT em carboidratos, 25 a 35% do VCT em lipídios e 10 a 15% do
VCT em proteínas. Uma grama de carboidrato tem 4 Kcals, uma grama de
lipídio tem 9 Kcals. E uma grama de proteína tem 4 Kcals, O valor
encontrado, representa as calorias realmente necessárias ao organismo
para que este desempenhe suas funções. No entanto, durante o trânsito do
alimento pelo tecido digestivo, perde-se 10% de calorias. Logo, para o
cálculo adequado, deve-se acrescentar 10% na ação dinâmica das
quilocalorias.
A distribuição do valor calórico total ao longo do dia e a participação da
alimentação servida pela empresa deve ser:
a) no desjejum: 20 a 25% do VCT
b) na colação, ou lanche da manhã: 10% do VCT
c) no almoço: 30% do VCT
d) no lanche: 5% do VCT
e) no jantar: 20 a 30% do VCT
Entre os hábitos alimentares inadequados da população estudantil, os mais
comuns são:
excesso de comida, particularmente de carboidratos ingeridos de forma
rápida, o que facilita a fermentação e formação de gases no intestino, além
de não ser considerado um bom suporte alimentar no período interdigestivo;
pouca aceitação de pescados (carência protéica);pouca aceitação de salada;
ingestão rápida do almoço e jantar;
almoço na própria bancada de trabalho ou no próprio galpão, causando
intoxicação profissional por via digestiva;
ir para o refeitório com roupas possivelmente contaminadas;
não lavar as mãos antes das refeições, causa infecção intestinal por vermes;
desjejum insuficiente;
ingestão desnecessária de ceia, causa obesidade;
uso de refrigerantes em quantidade excessiva;
- número excessivo de cafezinhos causa secreção ácida no estômago;
- fazer uma refeição maior por dia
HORÁRIOS DE ALIMENTAÇÃO
Número de forças
Produzidas
_____________________________________________________________
SITUAÇÃO DURANTE DURANTE TOTAL
a 1ª hora a 4ª hora diário
Sem desjejum 144 156 1379
3 refeições princ 192 168 1455
3 refeições principais 193 186 1521
e 2 lanches
Os autores Haggard e Greenberg após estudos, concluíram que um hábito
alimentar de 3 refeições principais e 2 lanches haveria uma fenda menor do
quociente respiratório, favorecendo o uso de carboidratos como fonte de
energia, fundamental na realização de trabalho pesado.
3.4.- Toxi-infecção Alimentar e sua Prevenção
A toxi-infecção costuma ser veiculada ao homem através de:
Manipulação anti-higiênica dos alimentos – a causa mais importante e
freqüente; na maioria dos casos é veiculado o staphy lococcus aineus, que
produz uma toxina potente, termoestável e que tem a propriedade de
aumentar sua potência tóxica à medida que o alimento é aquecido até 80ºC.
A toxina, em alta concentração provoca diarréia interna, que começa a
desenvolver-se em torno de 3 horas após a ingestão do alimento
contaminado. Vem acompanhada de cólicas fortes e tendência à
desidratação.
As formas mais comuns de manipulação anti-higiência são:
- infecção na pele e unhas do manipulador (ectima, feridas mal
cuidadas e infecção de unhas);
- portador- são de citafilococo (40% adultos – vias respiratrórias
superiores);hábitos higiênicos inadequados (não lavar as mãos
cuidadosamente – ex: contaminação fecal);
- usar as mesmas roupas que utiliza nas ruas, unhas grandes e sujas;
- tossir sobre os alimentos e misturar os alimentos com as mãos
provoca contaminação por estafilococo;
- o preparo de alimento com ovo deve seguir uma higienização
cuidadosa da casca do mesmo pois possui grande quantidade de
salmonelas e estafilococos;
- não saber lavar adequadamente as frutas e hortaliças
- Água contaminada – provoca toxi-infecção através dos coliformes
fecais no contato direto das mãos do manipulador e pelo vasilhame.
- Aquecimento inadequado: há contaminação com a presença do
estafilococo, de sua toxina e se salmonela no alimento. Há toxi-infecção
pelo “bacillus cereus quando o arroz, farinhas, macarrão, massas e
outros derivados de cereais são consumidos sem atingirem um
tratamento térmico intenso.
- Contaminação do alimento desde a fonte até o consumidor:
- conservas – clostridium botulinum (enlatados);
- leite – estafilococo;
- carne – tuberculose, brucelose, etc...
- frango abatido – salmonela;
- Deterioração de alimentos: leite, ovos, carne, queijo, (principalmente o
frescal), peixe e mofos.
Para a prevenção da toxi-infecção é preciso o uso de uniforme de cor
clara para o manipulador de alimentos. O banho deve ser obrigatório assim
como a verificação das unhas e infecção da pele.
Os locais de preparo de alimentos devem ser detetizados com atenção
para a alta toxicidade dos inseticidas usados. Os equipamentos precisam
sempre de rigorosa limpeza e desinfecção. Os alimentos devem ser
armazenados em temperatura baixa, evitando-se a prática de resfriar e
oferecer diversas vezes o mesmo alimento.
A cultura de fezes dos manipuladores deve ser feita de 6 em 6 meses. Os
manipuladores devem submeter-se a um programa educativo sobre higiene
e cada empresa precisa de uma comissão técnica permanente para coletas
diárias de amostras de alimentos para análise de laboratório, guardando-se
em geladeira por pelo menos 2 dias, controlando-se assim, o risco de toxi-
infecção.
CONCLUSÃO
Como vimos, se a pessoa ingerir menos calorias do que normalmente gasta,
tenderá a diminuir o seu gasto de energia no trabalho, precisando buscar um
novo ponto de equilíbrio. Resumindo, diante de uma insuficiência no suporte
energético o indivíduo limita a tarefa à ingestão calórica, fazendo com que o
trabalho que deveria ser realizado numa determinada intensidade, se torne
mais lento e menos eficiente. Por outro lado, a pessoa se expolia para fazer
a tarefa, o que só existe quando há uma motivação muito forte, seja ela
financeira ou induzida por medicamentos como a anfetamina.
No estudante que executa atividade moderadamente pesada ou pesada,
fora das atividades escolares, observa-se um extraordinário equilíbrio, em
que raramente ocorre uma deposição extra de gorduras. Este equilíbrio,
algumas vezes, é quebrado pelo hábito de beber cerveja, refrigerantes, ou
grande quantidade de cafezinho com açúcar.No trabalhador em atividades
sedentárias, ao contrário, não há um equilíbrio pois, na maioria das vezes o
sujeito não só é sedentário no trabalho, mas também fora do mesmo. Se por
um lado, a evolução dos métodos de trabalho vem desobrigando um número
cada vez maior de pessoas a executar atividade física, por outro lado, vem
acentuando a tendência à obesidade pela vida sedentária.
Portanto tanto o médico como o nutricionista precisam controlar a ingestão
adequada de alimentos e as quilocalorias dos trabalhadores com atividades
pesadas e os empregados com trabalhos leves, orientando-os sobre o
número máximo de quilocalorias que necessitam ao dia, para que venham a
obter uma relação saudável com sua nutrição e o desenvolvimento da
aprendizagem.
BIBLIOGRAFIAS
FREIRE Paulo- Pedagogia do Oprimido- Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro,
1970
NIDELCOFF , María Teresa- Uma Escola para o Povo- São Paulo
Brasiliense, 1978
http://www.epub.org.br/nutriweb
http.www.sbncntn.br
http://www.alimentocalorias.com.br
FOLHA DE AVALIACAO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE Pós- graduação “Latu Sensu”
Titulo do livro: A nutrição nas escolas
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