Os impactos e os atingidos no Espírito Santo pela ruptura da ...
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UNIVALE – UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE
FUNDAÇÃO: PERCIVAL FARQUHAR
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
Dayana Cristina dos Santos
Gustavo José Braga Campidelli
Jocilene de Souza Porcino
Liziane Carolina Ferreira Araújo
ESTUDO DE CASO DE UMA OBRA DE EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL COM
ÊNFASE NO PLANEJAMENTO E CONTROLE
Governador Valadares
2012
DAYANA CRISTINA DOS SANTOS
GUSTAVO JOSE BRAGA CAMPIDELLI
JOCILENE DE SOUZA PORCINO
LIZIANE CAROLINA FERREIRA ARAÚJO
ESTUDO DE CASO DE UMA OBRA DE EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL COM
ÊNFASE NO PLANEJAMENTO E CONTROLE
Trabalho de Conclusão de curso de
Graduação apresentado a Coordenação
do Curso de Engenharia Civil da
Universidade Vale do Rio Doce –
UNIVALE, como parte dos requisitos para
colação de grau no curso de Engenharia
Civil.
Orientador: Raul de Cássio Amorim Neto
Governador Valadares
2012
DAYANA CRISTINA DOS SANTOS
GUSTAVO JOSE BRAGA CAMPIDELLI
JOCILENE DE SOUZA PORCINO
LIZIANE CAROLINA FERREIRA ARAÚJO
ESTUDO DE CASO DE UMA OBRA DE EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL COM
ÊNFASE NO PLANEJAMENTO E CONTROLE
Trabalho de Conclusão de curso de
Graduação apresentado a Coordenação
do Curso de Engenharia Civil da
Universidade Vale do Rio Doce –
UNIVALE, como parte dos requisitos para
colação de grau no curso de Engenharia
Civil.
Governador Valadares, ___ de ________________ de _____.
Banca Examinadora:
Prof. Eng. Raul de Cássio Amorim Neto – Orientador Universidade Vale do Rio Doce
Prof. Eng. Marle José Ferrari Júnior Universidade Vale do Rio Doce
Prof. Eng. Soraya Couto Grossi Terra Universidade Vale do Rio Doce
AGRADECIMENTOS
Queremos registrar o reconhecimento a todos que contribuíram direta e
indiretamente para a execução deste trabalho, cada um representando uma peça
importante na nossa caminhada, tanto pessoal, quanto profissional.
Aos pais pela confiança, incentivo e motivação.
Aos irmãos, que nas horas mais difíceis da vida, surgem como anjos trazendo alento
e conforto.
Aos companheiros pela compreensão e apoio nas horas mais difíceis durante todos
esses anos da graduação e pela sua dedicação e incentivo que nos deu ânimo e
força para a conclusão desta etapa.
Ao professor orientador Raul pela competência profissional e pela orientação na
realização em todas as etapas deste trabalho.
Aos amigos e colegas, pela força e pela vibração em relação a esta jornada.
Aos colegas de classe, pois juntos trilhamos uma etapa importante em nossas vidas.
Aos professores pela formação profissional.
A todos os funcionários da UNIVALE que de alguma forma contribuíram direta ou
indiretamente para a realização deste trabalho.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste
trabalho.
E, acima de tudo, agradecemos a Deus que permitiu que conseguíssemos finalizar
este trabalho, fazendo que um dos objetivos de vida fosse concretizado.
“Pois qual de vós, pretendendo
construir uma torre, não se
assenta primeiro para calcular a
despesa e verificar se tem os
meios para a concluir? Para não
se suceder que tendo lançado os
alicerces e não a podendo
acabar, todos os que a virem
zombem dele dizendo: este
homem começou a construir e
não acabou”
Lucas 14:28-30
RESUMO
No período atual o sistema de planejamento e controle de obras é uma atividade
essencial na gestão de uma empresa seja do setor da construção civil ou não. O
sistema de planejamento e controle de obras é uma atividade essencial na gestão
de uma empresa. Porém, muitas dessas empresas só têm o sistema de
planejamento e controle de obras visando atender às exigências para concessão de
crédito por agentes de financiamento, do sistema de qualidade da empresa ou de
clientes, desta forma acaba não considerando a devida importância deste sistema. O
objetivo desse trabalho é apresentar os conceitos básicos e algumas ferramentas
disponíveis para a elaboração do Planejamento e Controle através de um estudo de
caso de um empreendimento residencial multifamiliar implantado na cidade de
Governador Valadares que se caracteriza por sua construção em estrutura
convencional de concreto armado no pavimento de pilotis, com alvenaria estrutural
nos pavimentos tipos e fundação em sapata. Tendo como objetivo principal, a
implantação e o acompanhamento de um sistema de planejamento e controle de
obras, dentro da construtora. Ao ser elaborado e executado integralmente o sistema
de planejamento e controle de obras, a construtora obterá como retorno os
benefícios desejados em seu planejamento, ou seja, competitividade no mercado de
trabalho, entrega da obra no prazo estipulado pelo cliente, qualidade na obra,
racionalização dos serviços através dos métodos construtivos, racionalização que o
próprio sistema possa oferecer, e principalmente, a redução no custo final do
empreendimento. Este trabalho apresenta também que, o planejamento e controle
de obras, é um sistema que tem como principal função não deixar que o
empreendimento se perca ao longo de sua execução, pois o mesmo avisa, alerta e
antecipa os possíveis erros que poderão surgir no decorrer do empreendimento.
Desta forma, pode-se dizer que o planejamento de uma obra não faz sentido
nenhum, se não existir o devido controle. Pode-se afirmar que planejar significa
ordenar previamente os meios para que sejam atingidos seus objetivos.
Palavras - chave: Planejamento e controle de obras, Planejamento de obras e
Controle de obras
ABSTRACT
During the current planning system and construction control is an essential activity in
running a business is the construction industry or not. The system of planning and
construction control is an essential activity in running a business. But many of these
companies only have the system of planning and control of works to meet the
requirements for granting of credit by financial agents, the quality system of the
company or clients, thus not just considering the importance of proper system. The
aim of this paper is to present the basic concepts and some tools available for the
preparation of planning and control via a case study of a multifamily residential
project implemented in the city of Governador Valadares which is characterized by its
construction in conventional reinforced concrete structure in floor stilts, with structural
masonry in foundation in floors and shoe types. With the main objective, the
implementation and monitoring of a system of planning and control of works within
the building. By being prepared and fully implemented the system of planning and
control works, the contractor will obtain the desired benefits in return in their
planning, that is, competitiveness in the labor market, delivery of the work within
stipulated by the customer, quality work, streamlining services through the
construction methods, streamlining the system itself can offer, and most importantly,
reducing the final cost of the project. This work also shows that the planning and
construction control is a system whose main function is not to let the project get lost
along its execution, because it warns, warning, and anticipates the possible errors
that may arise during the enterprise. Thus, it can be said that the planning of a work
makes no sense, because if there is no control. It can be argued that planning means
pre-sort the means to the achievement of their goals.
Keywords - Keywords: Planning and construction control, planning of works and
control works
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Ciclo PDCA .......................................................................................... 15
Figura 02 – Equação da curva S ............................................................................. 21
Foto 01 – Execução de escavação para sapata ...................................................... 48
Foto 02 – Execução de escavação para sapata ...................................................... 48
Foto 03 – Vista parcial de muro de arrimo e pilares ................................................ 49
Foto 04 – Execução de armação e fôrmas .............................................................. 49
Foto 05 – Vista de área para aterro ......................................................................... 50
Foto 06 – Execução de armação e fôrmas de viga ................................................. 50
Foto 07 – Montagem de laje pré-moldada para concretagem ................................. 51
Foto 08 – Escoramento de laje ............................................................................... 51
Foto 09 – Maquete Eletrônica ................................................................................ 52
Foto 10 – Planta Baixa ........................................................................................... 53
SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................... 10
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................ 10
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 11
1.3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 12
1.3.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 12
CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ......................................................... 12
2.1.1 Definição ....................................................................................................... 12
2.1.2 Benefícios do planejamento ........................................................................ 13
2.1.3 Causas da deficiência do planejamento ..................................................... 13
2.1.4 Ciclo PDCA ................................................................................................... 14
2.1.4.1 Definição ..................................................................................................... 14
2.1.4.2 P – Planejar ................................................................................................. 15
2.1.4.3 D – Desempenhar ....................................................................................... 16
2.1.4.4 C – Checar .................................................................................................. 17
2.1.4.5 A - Agir ........................................................................................................ 18
2.2 CONTROLE DE OBRA ..................................................................................... 18
2.2.1 Definição ...................................................................................................... 18
2.3 CONSEQÜÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA DO PLANEJAMENTO ECONTROLE .. 19
2.4 CURVA S ......................................................................................................... 19
2.4.1 Benefícios da Curva S .................................................................................. 22
2.5 ORÇAMENTO ................................................................................................... 22
2.5.1 Definição ....................................................................................................... 23
2.5.2 Utilidades da Orçamentação ....................................................................... 23
2.6 CRONOGRAMA ................................................................................................ 24
2.6.1 Definição ....................................................................................................... 24
2.6.2 Cronograma de Barras ................................................................................. 24
2.6.3 Cronograma físico-financeiro ..................................................................... 25
2.7 HISTOGRAMA .................................................................................................. 25
2.8 SISTEMA CONSTRUTIVO ............................................................................... 25
2.8.1 Definição ....................................................................................................... 26
2.8.2 Alvenaria ...................................................................................................... 26
2.8.3 Alvenaria Estrutural ..................................................................................... 26
2.8.4 Bloco................. ............................................................................................ 27
2.8.5 Blocos Vazados ............................................................................................ 27
2.8.6 Blocos Maciços ............................................................................................ 27
2.8.7 Blocos de Concreto...................................................................................... 28
2.8.8 Blocos Cerâmicos ........................................................................................ 28
2.8.9 Pilotis.............. ............................................................................................... 28
CAPITULO 3 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................. 28
3.1 ESTUDO DE CASO .......................................................................................... 28
CAPITULO 4 RESULTADOS ............................................................................. 30
4.1 ANÁLISE PELA CURVA S ................................................................................ 30
4.2 ANÁLISE DOS ORÇAMENTOS ....................................................................... 34
CAPITULO 5 VIABILIDADE DO EMPREENDIMENTO........................................40
CAPITULO 6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ................................................... 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 46
ANEXOS .................... ........................................................................................... 48
10
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A preocupação para a melhoria do desempenho tem sido uma constante no
século XX. Estudos sobre desenvolvimento das organizações tem estado presente
desde os anos cinquenta. Muitas idéias têm surgido tanto no Oriente como no
Ocidente voltadas ao crescimento e sobrevivência das organizações, algumas delas
já haviam sido abordadas no século XIX, e nem mesmo a idéia de utilizar a
informação e demais habilitadores é recente, mas com o grande avanço tecnológico
das últimas décadas se intensificou a parcela de contribuição da tecnologia da
informação nos processos administrativos, sendo utilizada como apoio às mudanças
estratégicas.
O processo de planejamento e controle de obra é de fundamental importância
para alcançar a eficiência e efetividade na execução dos empreendimentos de
construção. O aumento do controle da obra se faz necessário e obriga as empresas
de construção a investirem cada vez mais no planejamento e na programação das
atividades.
O presente trabalho aborda a importância da administração da produção no
que diz respeito ao processo de trabalho no contexto do planejamento e controle de
obra. No contexto, foi elaborado um estudo de caso em uma obra de um prédio
residencial localizado na cidade de Governador Valadares construído por uma
empresa de médio porte com fortes perspectivas de expansão, mas que se defronta
com grandes obstáculos ocasionados principalmente por falta de Planejamento e
Controle, ela atua no ramo da construção civil na região da cidade de Governador
Valadares Minas Gerais. Empresa que se destaca em seu meio pela alta aceitação
de seus produtos junto aos clientes, uma vez que adota elementos de acabamento
em fachadas e alvenaria estrutural na execução de suas obras.
No decorrer do estudo foi verificada uma grave falha de planejamento com
consequente resultado negativo no andamento da obra, menor rentabilidade do
11
empreendimento para a construtora e possibilidade de atraso na entrega das
unidades habitacionais para os clientes.
1.2 JUSTIFICATIVA
Muitas obras realizadas por pequenas empresas são realizadas de forma
artesanal, ou seja, sem o devido planejamento de execução e custo, sem garantia
do cumprimento do prazo previamente estabelecido e com estimativa deficiente do
custo total da obra. Esse problema que já é frequente há muitos anos na construção
civil se agrava neste momento de aquecimento da economia nacional, em que está
ocorrendo um incremento construtivo significativo, sobretudo de obras residenciais
financiadas pelo Governo Federal, utilizando recursos do PAC – Programa de
Aceleração de Crescimento. Nestas obras, a falta de planejamento e controle por
partes das construtoras aliados a falta de fiscalização por parte dos órgãos
governamentais acarretam em obras deficitárias e/ou inacabadas, prazos de
entregas extrapolados e consequentes prejuízos financeiros a todos os envolvidos.
Nota-se que o planejamento e o controle de uma obra constituem-se, hoje,
nos principais fatores para o sucesso de qualquer empreendimento.
Planejar é gerenciar a obra sob os aspectos técnicos, administrativos,
financeiros e de recursos humanos, estabelecendo fases e controles de forma a
garantir o prazo e atendimento aos parâmetros de custos e a qualidade do produto
final.
A função do planejamento é a de programar as etapas da obra antes de seu
início, de tal forma que sejam escolhidos os métodos construtivos e os de produção
mais adequados, fazendo com que estes eventos sejam coordenados entre si.
Atualmente em alguns casos, os conceitos de planejamento e controle vêm
sendo aplicados, apenas para atender a um ou outro requisito normativo de
qualidade e desta forma não são aplicados na sua totalidade para atender as
necessidades efetivas do processo produtivo, resultando em um controle deficiente
da obra planejada em sua execução.
12
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Apresentar os conceitos básicos para Planejamento e Controle, algumas
ferramentas disponíveis para a sua elaboração, seus benefícios e resultados
decorrentes de sua utilização.
1.3.2 Objetivos específicos
a) Verificar a distribuição normal dos serviços nas etapas previstas no
cronograma inicial;
b) Verificar os possíveis desvios em relação ao orçamento inicial;
c) Verificar os possíveis desvios em relação ao prazo inicial da obra.
CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 PLANEJAMENTO
2.1.1 Definição
De acordo com MATTOS (2010) o planejamento da obra é um dos principais
aspectos do gerenciamento, conjunto de amplo espectro, que envolve também
13
orçamento, compras, gestão de pessoas e comunicações. Ao planejar, o gerente
dota a obra de uma ferramenta importante para priorizar suas ações, acompanhar o
andamento dos serviços, comparar o estágio da obra com a linha de base
referencial e tomar providências em tempo hábil quando algum desvio é detectado.
Atualmente, mais do que nunca, planejar é garantir de certa maneira a perpetuidade
da empresa pela capacidade que os gerentes ganham de dar respostas rápidas e
certeiras por meio do monitoramento da evolução do empreendimento e do eventual
redirecionamento estratégico.
É o estabelecimento de uma sequência lógica, entre as diversas etapas ou
fases de execução de um empreendimento, definindo o que, como e quando fazer.
É o estudo detalhado de uma obra, em função de um intervalo de tempo,
partindo de um orçamento base.
“A função do planejamento prévio é a de planejar os trabalhos da obra antes
de seu início, de tal forma que sejam escolhidos os métodos construtivos e os meios
de produção mais adequados e estes sejam coordenados entre si, considerando-se
todo quadro de condicionantes internos e externos a empresa. O objetivo deste
planejamento é obter o maior rendimento possível com custos de execução os
menores possíveis.” Fritz Gehbauer et all, 2002, p.271.
2.1.2 Benefícios do planejamento
Para MATTOS (2010) os principais benefícios que o planejamento traz são:
conhecimento pleno da obra; detecção de situações desfavoráveis; agilidade de
decisões; relação como orçamento; otimização da alocação de recursos; referência
para acompanhamento; padronização; referência para metas; documentação e
rastreabilidade; criação de dados históricos e profissionalismo.
2.1.3 Causas da deficiência do planejamento
14
Como cita MATTOS (2010) as causas da deficiência em planejamento e
controle podem ser agrupadas em função dos seguintes aspectos arraigados de
longa data: planejamento e controle como atividades de um único setor; descrédito
por falta de certeza nos parâmetro; planejamento excessivamente informal; mito do
tocador de obras.
2.1.4 Ciclo PDCA
2.1.4.1 Definição
MATTOS (2010) define o ciclo PDCA como o conjunto de ações ordenadas e
interligadas entre si, dispostas graficamente em um círculo em que cada quadrante
corresponde a uma fase do processo: P {plan =planejar); D (do = fazer,
desempenhar); C {check = checar, controlar); A ( act = agir, atuar).
15
Figura 1 – Ciclo PDCA
Fonte: MATTOS (2010)
2.1.4.2 P – Planejar
De acordo com MATTOS (2010) nessa etapa, entra em cena a equipe de
planejamento da obra, que busca antever a lógica construtiva e suas interfaces,
gerando informações de prazos e metas físicas.
O quadrante P pode ser subdividido em três setores:
• Estudar o projeto - envolve a análise dos projetos, visita técnica ao local da
obra, identificação e avaliação de interferências etc;
• Definir metodologia - envolve a definição dos processos construtivos, o
plano de ataque da obra, a sequência das atividades, a logística de materiais e
equipamentos, a consulta a documentos de obras similares etc;
16
• Gerar o cronograma e as programações - consiste em coordenar as
informações de modo que a obra tenha um cronograma racional e factível, essa
etapa leva em consideração os quantitativos, as produtividades adotadas no
orçamento, a quantidade disponível de mão de obra, a influência da pluviosidade
local etc.
O planejamento é presumivelmente o intuito operacional da empresa. Ele
representa aquilo que se deve seguir para alcançar o objetivo do empreendimento.
2.1.4.3 D – Desempenhar
Segundo MATTOS (2010) a segunda etapa representa a materialização do
planejamento no campo. Aqui, o que foi prescrito no papel entra no terreno da
realização física.
Esse quadrante pode ser subdividido em dois setores:
• Informar e motivar - corresponde a explicitar a todos os envolvidos o método
a ser empregada, a sequência das atividades e as durações previstas e a tirar
dúvidas da equipe. Os encarregados e supervisores são instruídos quanto ao que
está programado, quais as tarefas, os prazos, os recursos disponíveis e os
requisitos de qualidade. É acentuado o grau de envolvimento e interesse que as
equipes desenvolvem quando o planejamento e as programações de serviço são
apresentados.
• Executar a atividade - consiste na realização física da tarefa. Para que uma
obra seja gerenciada corretamente, é necessário que o que foi informado por meio
do planejamento seja cumprido no campo, sem alterações deliberadas de rumo por
parte dos executores. Executar é cumprir (ou, pelo menos, tentar cumprir) aquilo que
foi planejado para o período em questão.
Ainda que o planejamento represente a intenção de conduta do construtor,
vale notar que o que acontece no campo não necessariamente reflete o que foi
planejado originalmente. Discrepâncias podem ocorrer por falta de comunicação, por
falta de entendimento do que foi planejado, por premissas inadequadas na fase de
17
planejamento, por inexequibilidade do planejamento, por condições alheias à
vontade do construtor.
2.1.4.4 C – Checar
MATTOS (2010) afirma que a terceira etapa do ciclo PDCA representa a
aferição do que foi efetivamente realizado. Essa função de verificação consiste em
comparar o previsto com o realizado e apontar as diferenças relativas a prazo, custo
e qualidade, é a etapa em que se manifesta o monitoramento e o controle do projeto.
Esse quadrante pode ser subdividido em dois setores:
• Aferir o realizado - consiste em levantar no campo o que foi executado no
período de análise. Essa é uma tarefa de apropriação de dados, na qual se
compilam as quantidades de cada serviço efetuado no período.
• Comparar o previsto e o realizado - após aferir o que foi efetivamente
realizado, é preciso compará-lo com o que estava previsto no planejamento. Trata-
se de um processo vital para o construtor, porque é o maior manancial de
informações gerenciais. Nessa etapa, detectam-se os desvios e os impactos que
eles trazem assim como possíveis adiantamentos da obra e os respectivos
benefícios.
Com relação a prazo, a verificação reside na checagem das datas de início e
término das atividades em relação às datas planejadas. Enfim, é o progresso real da
tarefa sendo monitorado de maneira sistemática. Os levantamentos dos dados de
progresso podem ser feitos por técnicos de planejamento ou, o que á mais comum,
por pessoal de campo que os remete continuamente ao setor de planejamento.
Nesse quadrante, os indicadores de desempenho real são aferidos pelo
planejador. Produtividades de campo são calculadas e passam a fazer parte do
acervo de dados da obra. É importante gerar os indicadores de desempenho, porque
eles representam fielmente as condições de campo, ou seja, as circunstâncias em
que as atividades foram executadas.
18
2.1.4.5 A - Agir
De acordo com MATTOS (2010) no quarto quadrante acontece o encontro de
opiniões e sugestões de todos os envolvidos na operação, o que contribui para
identificação de oportunidades de melhoria, aperfeiçoamento do método, detecção
de focos de erro, mudança de estratégia, avaliação de medidas corretivas a serem
tomadas.
Se os resultados obtidos no campo desviaram do planejado, ações corretivas
devem ser implementadas. Com finalidade preventiva, as causas de desvio devem
ser investigadas e analisadas em detalhe. Quanto mais tempo passar sem que os
focos de desvio sejam debelados, menor será o tempo hábil para correção.
Nos casos em que o planejamento não apresenta grandes desvios, esse
quadrante deve ser visto como uma oportunidade para as equipes pensarem na
possibilidade de redução do prazo da obra. É imprescindível a participação do
pessoal de planejamento e de produção nessa etapa, pois a meta perseguida não é
exclusiva de um setor, mas comum a todos.
2.2 CONTROLE DE OBRA
2.2.1 Definição
MATTOS (2010) afirma que o planejamento de uma obra não se esgota na
preparação do cronograma inicial. É preciso monitorar o avanço das atividades e
averiguar se o cronograma é obedecido ou se há variação entre o que foi previsto e
o que vem sendo realizado no campo.
De nada vale planejar uma obra com critério e boa técnica se o planejamento
for desprovido do acompanhamento, pois o construtor precisa comparar
19
permanentemente o previsto com o realizado para saber se sua pretensão inicial de
prazos está sob controle ou se são necessárias medidas corretivas.
Rememorando o ciclo PDCA, o acompanhamento corresponde ao terceiro
quadrante: C – Checar ou Controlar. Nessa fase, após determinado período de
tempo, afere-se o progresso das atividades e se compara o desempenho planejado
com o efetivamente conseguido. Depois do quadrante C vem então o A - Atuar (ou
Agir), quando medidas corretivas e preventivas serão tomadas pelo gerente do
empreendimento para recolocar o planejamento de volta nos trilhos — ou mantê-lo,
caso não tenha havido grandes distorções.
O controle de obras é definido como um processo contínuo e dinâmico ao
longo de todo o tempo de execução e se desenvolve e se organiza de acordo, com
um trabalho em equipe, onde o fator humano e técnico é fundamental, e o foco será
sempre o objetivo planejado.
No controle deverão ser contemplados a aferição do realizado, que consiste
em verificar na obra o que for realizado durante o período de análise e a
comparação entre previsto e realizado que consiste no comparativo entre os dados
aferidos e o que estava previsto no planejamento.
2.3 CONSEQUÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE
MATTOS (2010) afirma que a deficiências no planejamento e no controle
estão entre as principais causas da baixa produtividade do setor, de suas elevadas
perdas e da baixa qualidade dos seus produtos.
2.4 CURVA S
Segundo LIMMER (1997) a curva S mostra a distribuição de um recurso, de
forma cumulativa, é amplamente utilizada no planejamento, programação e controle
de projetos. Representa o projeto como um todo, em termos de homens-horas ou de
20
moeda necessários à sua execução, e também permite visualizar o ritmo de
andamento previsto para a sua implementação.
Para MATTOS (2010) ao montar o planejamento de sua obra, o planejador
obtêm o cronograma e, como decorrência, a curva S, seja ela de avanço físico ou
monetário. Essa curva geralmente reflete o progresso lento-rápido-lento do projeto e,
portanto, adquire seu aspecto sinuoso. O formato da curva S de um projeto não
necessariamente coincide com o de outro projeto. O aspecto da curva vai depender
da seqüência das atividades e de sua quantidade de Hh ou valor monetário, bem
como da duração total do projeto.
O nível de atividade de um projeto típico é similar a uma distribuição normal
(Curva de Gauss). O ritmo de trabalho empregado, geralmente começa lento em
função das poucas atividades executadas simultaneamente; o ritmo aumenta
progressivamente em função do incremento das atividades desempenhadas
simultaneamente até que próximo ao fim, o ritmo das atividades decresce.
A curva típica resultante da plotagem do parâmetro custo acumulado em
função do tempo apresenta o formato de uma letra S, originando a denominação
Curva S.
Segundo MATTOS (2010) na falta de dados reais de projetos similares, ou
quando o planejamento ainda è preliminar, é sempre interessante gerar uma curva S
padrão (ou teórica) para fins de estimativa de avanço. Chamamos de curva S padrão
aquela proveniente de uma equação matemática, correspondendo a um
comportamento ideal. Outra situação em que uma curva S padrão se faz oportuna é
quando o planejador quer comparar a curva S do projeto com um parâmetro teórico,
Cotejando as duas curvas, ele pode constatar quão distante o avanço previsto para
o projeto está em relação a um avanço ideal perfeitamente equilibrado.
MATTOS (2010) cita cinco opções de curva S padrão:
1) O projeto atinge 50% do avanço (Hh ou custo) em 50% do prazo total.
2) O projeto atinge 40% do avanço (Hh ou custo) em 50% do prazo total.
3) O projeto atinge 60% do avanço (Hh ou custo) em 50% do prazo total.
4) O projeto atinge 50% do avanço (Hh ou custo) em 40% do prazo total.
5) O projeto atinge 50% do avanço (Hh ou custo) em 60% do prazo total.
De acordo com MATTOS (2010) a equação da curva S é dada por:
21
Figura 02 – Equação da Curva S
Fonte: MATTOS (2010)
O coeficiente I é o porcentual do prazo no qual a curva de Gauss apresenta a
sua ordenada máxima. É nesse instante que a curva S muda de concavidade.
O coeficiente S baliza o formato mais ou menos “fechado” da curva.
Para alguns valores de I e de s podem ocorrer distorções no comportamento
da curva, o que leva o planejador a restringir o espectro ideal de trabalho
(Lara,1996), conforme mostra a Tabela 1.
Tabela 1 – Limites de utilização dos coeficientes I e S
Fonte: MATTOS (2010)
22
2.4.1 Benefícios da Curva S
Segundo MATTOS (2010) do ponto de vista do controle, trabalhar com a
curva S é uma prática que traz muitos benefícios para o gerente do projeto: é uma
curva única que mostra o desenvolvimento do projeto do começo ao fim; é aplicável
de projetos simples e pequenos a empreendimentos complexos e extensos; permite
visualizar o parâmetro acumulado (trabalho ou custo) em qualquer época do projeto;
aplica-se o detalhamento de engenharia por homem-hora; quantidade de serviço
executado; uso de recurso ou valores monetários; é uma ótima ferramenta de
controle previsto x realizado; é de fácil leitura e permite apresentação rápida da
evolução do projeto; serve para decisões gerenciais sobre desembolsos e fluxo de
caixa; de acordo com o formato do S, pode-se constatar se há grande (ou pequena)
concentração de atividades no começo (ou fim) da obra.
Se a curva do projeto ficar á esquerda da curva padrão (teórica), isso é sinal
de que o cronograma tem alta concentração de atividades na etapa inicial do projeto.
Exemplo desta curva é uma obra que foi planejada com várias frentes de trabalho
simultâneas desde o início. Nessas circunstâncias, o custo/trabalho se acumula mais
no início do que no final do cronograma.
Já se a curva do projeto ficar a direita da curva teórica, isso é sinal de que o
cronograma tem alta concentração de atividades na etapa final do projeto. Exemplo
dessa curva é quando a obra apresenta um “gargalho” (é uma designação do
componente que limita o desempenho ou a capacidade de todo um sistema) inicial
que retarda a ocorrência de várias frentes de trabalho simultâneas. Nessas
circunstâncias, o custo/trabalho se acumula mais no final de que no início do
cronograma.
Em ambos os casos vistos, o planejador pode tentar replanejar algumas
etapas da obra a fim de aproximar a curva S da teórica e assim equilibrar melhor o
esforço do projeto.
2.5 ORÇAMENTO
23
2.5.1 Definição
MATTOS (2006) explica que a técnica orçamentária envolve a identificação,
descrição, quantificação, análise e valorização de uma grande série de itens,
requerendo, portanto, muita atenção e habilidade técnica. Como o orçamento é
preparado antes da efetiva construção do produto, muito estudo deve ser feito para
que não existam nem lacunas na composição do custo, nem considerações
descabidas.
Para MATTOS (2006) um dos fatores primordiais para um resultado lucrativo
e o sucesso do construtor é uma orçamentação eficiente. Quando o orçamento é
malfeito, fatalmente ocorrem imperfeições e possíveis frustrações de custo e prazo.
Aliás, geralmente erra-se para menos, mas errar para mais tampouco é bom.
De acordo com Mattos (2006) orçar não é um mero exercício de futurologia ou
jogo de adivinhação. Um trabalho bem executado, com critérios técnicos bem
estabelecidos, utilização de informações confiáveis e bom julgamento do
orçamentista, pode gerar orçamentos precisos, embora não exatos, porque o
verdadeiro custo de um empreendimento é virtualmente impossível de se fixar de
antemão. O que o orçamento realmente envolve é uma estimativa de custos em
função da qual o construtor irá atribuir seu preço de venda – este sim, bem
estabelecido. Em geral, um orçamento é determinado somando-se os custos diretos
- mão-de-obra de operários, material, equipamento - e os custos indiretos - equipes
de supervisão e apoio, despesas gerais do canteiro de obras, taxas, etc. - e por fim
adicionando-se impostos e lucro para se chegar ao preço de venda.
2.5.2 Utilidades da Orçamentação
Segundo MATTOS (2006), o propósito do orçamento não se resume à
definição do custo da obra. Ele tem uma abrangência maior, servindo de subsídio
para outras aplicações, tais como:
Levantamento dos materiais e serviços;
24
Obtenção de índices para acompanhamentos;
Dimensionamento de equipes;
Capacidade de revisão de valores e índices;
Realização de simulações;
Geração de cronogramas físico e financeiros;
Análise de viabilidade econômico-financeira.
2.6 CRONOGRAMA
2.6.1 Definição
Para LIMMER (1997) o cronograma é uma representação gráfica da
execução de um projeto, indicando os prazos em que deverão ser executadas as
atividades necessárias, mostradas de forma lógica, para que o projeto termine
dentro de condições previamente estabelecidas.
De acordo com MATTOS (2010) o cronograma é, por excelência, o
instrumento do planejamento no dia a dia da obra e é com base nele que o gerente e
sua equipe devem tomar as seguintes providências: programar as atividades das
equipes de campo; instruir as equipes; fazer pedidos de compra; alugar
equipamentos; recrutar operários; aferir o progresso das atividades; monitorar
atrasos ou adiantamentos das atividades; replanejar a obra e pautar reuniões.
2.6.2 Cronograma de Barras
Segundo LIMMER (1997) o cronograma de barras é construído listando-se as
atividades de um projeto em uma coluna e as respectivas durações, representadas
25
por barras horizontais, em colunas adjacentes de acordo com a unidade de tempo
adotada no projeto. O cronograma de barras tem, entretanto, a desvantagem de não
mostrar com clareza a interdependência das atividades. Outra desvantagem é que
as datas de início e de fim de uma atividade, assim como as folgas, devem ser
definidas antes de se desenhar o cronograma, pois qualquer mudança na
programação implicará seu redesenhamento, o que lhe confere certa rigidez. Por
outro lado, as facilidades de aplicação e de entendimento do cronograma de barras,
além da possibilidade de seu emprego como complemento de outras técnicas de
programação, fazem com que seja por demais conhecido e utilizado.
2.6.3 Cronograma físico-financeiro
Para MATTOS (2006) o cronograma físico retrata a evolução dos serviços ao
longo do tempo. O cronograma financeiro quantifica mensalmente os custos e
receitas desses mesmos serviços - é a distribuição temporal dos valores.
2.7 HISTOGRAMA
Para LIMMER (1997) o histograma mostra, de forma acessível, a distribuição
de um recurso ao longo do tempo de sua utilização, como mão de obra, materiais e
equipamentos de construção necessários à execução do projeto. Para se traçar um
histograma referenciando a um par de eixos cartesianos, marca-se a unidade do
intervalo de tempo nos eixos das abscissas e desenha-se na vertical uma barra de
comprimento igual à média dos valores correspondentes ao início e ao fim do
período considerado.
2.8 SISTEMA CONSTRUTIVO
26
2.8.1 Definição
Segundo TACLA (1995) Sistema Construtivo é definido como o conjunto das
regras práticas, ou o resultado de sua aplicação, de uso adequado e coordenado de
materiais e mão de obra se associam e se coordenam para a concretização de
espaços previamente programados. Do grego sistema significa “reunião, grupo,
associação”. Definir o Sistema Construtivo somente de um ponto de vista da
organização em si não permite uma clara compreensão da sua complexidade. É
preciso principalmente, que se considere as partes do todo (de que são feitas e
como são feitas) que também influenciam a maneira de o compor.
Consequentemente Sistema Construtivo é o conjunto de elementos da
construção que associados e coordenados formam um todo lógico.
Considerando que alguns destes elementos constituem em si um sistema,
entendemos por partes do sistema construtivo os vários subsistemas que o
compõem. Estes vários subsistemas interdependentes, formados por componentes
materiais da construção do edifício, organizados e compatibilizados no projeto de
modo a cumprir os requisitos e critérios funcionais e construtivos da edificação.
2.8.2 Alvenaria
Segundo SABBATINI (2002), alvenaria é um componente complexo,
conformado em obra, constituído por tijolos ou blocos unidos entre si por juntas de
argamassa, formando um conjunto rígido e coeso.
2.8.3 Alvenaria Estrutural
27
De acordo com SABBATINI (2002) é a alvenaria utilizada como estrutura
suporte de edifícios e dimensionada a partir de um cálculo racional. O uso da
alvenaria estrutural pressupõe:
segurança pré-definida (idêntica a de outras tipologias estruturais);
construção e projeto com responsabilidades precisamente definidas e
conduzidas por profissionais habilitados;
construção fundamentada em projetos específicos (estrutural-
construtivo), elaborado por engenheiros especializados;
2.8.4 Bloco
SABBATINI (2002) afirma que bloco é um componente (unidade de alvenaria)
de fabricação industrial com dimensões que superam as do tijolo.
2.8.5 Blocos Vazados
De acordo com SABBATINI (2002), são blocos com células contínuas
(vazados) perpendiculares a sua sessão transversal (são assentados com os
vazados na direção vertical) nos quais a área total dos vazados em qualquer sessão
transversal é de 25% a 60% da área bruta da sessão.
2.8.6 Blocos Maciços
Segundo SABBATINI (2002), são blocos cuja área de vazios em qualquer
sessão transversal é inferior a 25% da área bruta da sessão.
28
2.8.7 Blocos de Concreto
De acordo com SABBATINI (2002) são blocos produzidos com agregados
inertes e cimento portland, com ou sem aditivos, moldados em prensas-vibradoras.
2.8.8 Blocos Cerâmicos
Segundo SABBATINI (2002), são blocos constituídos de material cerâmico,
obtido pela queima em alta temperatura (> 800ºC) de argilas, moldados por
extrusão.
2.8.9 Pilotis
A palavra pilotis é de origem francesa que significa palafita, no português o
termo refere-se aos pilares em si, quanto ao sistema como um todo (cada uma das
colunas que sustentam a edificação, deixando livre o pavimento térreo).
Sendo assim o pilotis é o sistema construtivo de sustentação de uma
edificação através de um sistema de pilares (ou colunas) no pavimento térreo,
permitindo a livre circulação de pedestres e atividades variadas.
CAPITULO 3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 ESTUDO DE CASO
29
Neste capítulo, apresenta-se o material utilizado e os procedimentos
utilizados no desenvolvimento do estudo de caso.
• Empreendimento residencial multifamiliar composto por 01 (um) bloco de
apartamento com pilotis, área de lazer e 3 (três) andares-tipo com 8 (oito)
apartamentos por andar, totalizando 24 (vinte e quatro) apartamentos;
• Planilhas de acompanhamento e controle (orçamentos e cronograma físico-
financeiro);
• Software Excel;
• Máquina fotográfica digital;
• Diversos (material de escritório).
O Residencial denominado Ágata é um empreendimento residencial
multifamiliar localizado na Rua Manoel Cordeiro da Silva nº 1240, no bairro Morada
do Vale na cidade de Governador Valadares, MG.
O Prédio será constituído de um bloco de apartamento com Pilotis mais três
pavimentos, com 12 (doze) unidades de 02(dois) quartos sendo uma suíte, e 12
(doze) unidades de 3 (três) quartos sendo uma suíte, garagens cobertas e
demarcadas e área de lazer.
O prédio possui estrutura convencional em concreto armado no pavimento
térreo, com alvenaria estrutural nos pavimentos tipos. A fundação será em sapatas
isoladas em concreto armado com resistência de 25 Mpa, lajes pré-moldadas com
espessura de 15 cm e será utilizado concreto de resistência de 20 Mpa para
concretagem das mesmas, conforme pode ser observado nas fotos de 01 a 08.
O piso dos apartamentos serão revestidos em cerâmicas Portinari 30x30cm e
paredes dos banheiros, cozinhas e área de serviços em azulejos Incefra 20x30cm.
Os pisos das sacadas e banheiros serão impermeabilizados, todo o apartamento
terá isolamento térmico acústico com flocos de isopor no piso. O piso das áreas
externas será de cerâmica Portinari 40x40cm antiderrapante. As paredes dos
quartos, salas, corredor e sacadas serão emassadas e pintadas. Janelas e portas
externas em vidro temperado de 6mm e 8mm respectivamente, as portas internas
em prancheta lisa de abrir, podendo ser observado na maquete eletrônica (foto 09).
A fachada será revestida em cerâmica Portinari 20x20cm.
Os apartamentos de 02 (dois) quartos estão localizados no meio do prédio, os
de 03 (três) quartos estão à frente e nos fundos, conforme demonstrado na planta
baixa (foto 10).
30
A área coberta privativa dos apartamentos será entre 61,00 m² (sessenta e
um metros quadrados) a 79,00 m² (setenta e nove metros quadrados) e preços entre
R$125.000,00 (cento e vinte e cinco mil) a R$130.000,00 (cento e trinta mil), custo
previsto da obra: R$ 2.031.388,08 (dois milhões, trinta e um mil, trezentos e oitenta e
oito reais e oito centavos).
A previsão para a duração da obra é de 14 (quatorze) meses, tendo seu inicio
no mês de julho de 2011 e previsão de término para o mês de agosto de 2012. A
obra foi acompanhada para a execução do trabalho entre os meses de julho de 2011
a novembro de 2011.
A construtora responsável pela construção da edificação em análise atua no
mercado da construção civil residencial em Governador Valadares e região há 04
anos, e possui vários outros empreendimentos na cidade, em fase de construção e
já finalizados.
A Construtora tem se preocupado cada vez mais com capacitação e
competência de seus colaboradores internos, assim como com o crescimento
profissional e tecnológico de seus parceiros (fornecedores de materiais, de serviços,
e de subcontratados), visando à melhoria continua nos seus empreendimentos.
Este trabalho se baseou na evidência, síntese, coleta de dados, enumeração
de fatos relevantes e analise dos dados obtidos.
O trabalho foi desenvolvido a partir das planilhas orçamentárias e de
cronogramas desenvolvidos para apresentação junto à instituição financeira para
obtenção de financiamento.
Os dados foram coletados em campo, analisados e comparados com os
dados de planejamento estipulados para execução da obra pela construtora.
CAPITULO 4 RESULTADOS
4.1 ANÁLISE PELA CURVA S
A curva S Padrão foi comparada com a curva S do projeto com a finalidade de
verificar quão distante o avanço previsto para o projeto está em relação a um avanço
ideal perfeitamente equilibrado.
31
Foram utilizados os coeficientes I=60 e s=2,5 na determinação da curva S
ideal, resultando nos valores abaixo demonstrados:
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 % Acumulado 2,27% 7,67% 15,38% 24,81% 35,38% 46,55% 57,76% 68,46% 78,16% 86,40% 92,82% 97,19% 99,46% 100,00%
% Mensal 2,27% 5,40% 7,71% 9,43% 10,58% 11,17% 11,20% 10,70% 9,70% 8,24% 6,42% 4,37% 2,28% 0,54%
Tabela 2: Percentuais ideais para obra com 14 meses de duração
Fonte: Grupo do TCC
Curva de Gauss para 14 meses, I=60 e S=2,5
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% N
o M
ês
Gráfico 1: Curva de Gauss com configuração ideal para obra com 14 meses de duração
Fonte: Grupo do TCC
Curva de S para 14 meses, I=60 e S=2,5
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% A
cu
mu
lad
a
Gráfico 2: Curva S ideal para obra com 14 meses de duração
Fonte: Grupo do TCC
32
Segue determinação da curva S para o projeto estudado, com os percentuais
planejados pela construtora para obra com 14 meses de duração.
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 % Acumulado
4,89%
13,58%
18,93%
24,47%
31,99%
40,36%
48,98%
58,87%
65,71%
75,78%
83,03%
89,72%
94,81%
100,00%
% Mensal 4,89% 8,69% 5,35% 5,54% 7,52% 8,37% 8,62% 9,89% 6,84%
10,07% 7,25% 6,69% 5,09% 5,19%
Tabela 3: Percentuais planejados pela construtora com 14 meses de duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
Curva de Gauss para 14 meses - Construtora
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% N
o M
ês
Gráfico 3: Curva de Gauss com configuração inicial planejada pela construtora para obra com 14
meses de duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
Curva de S para 14 meses - Construtora
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% A
cu
mu
lad
a
Gráfico 4: Curva S com configuração inicial planejada pela construtora para obra com 14 meses de
duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
33
Gráfico 5: Curva de Gauss e Curva S comparativa entre o cronograma ideal e o cronograma
estabelecido pela construtora
Fonte: Grupo do TCC
A distribuição originalmente proposta pela Construtora se mostra inadequada
uma vez que a Curva de Gauss do projeto difere da conformação característica de
uma Curva de Gauss ideal uma vez que existem picos de avanço ao longo do
período de execução.
A curva S do projeto se localiza a direita da curva S ideal, indicando que há
uma concentração de atividades na etapa final do projeto.
34
4.2 ANÁLISE DOS ORÇAMENTOS
Foi realizada a revisão do orçamento inicial da obra para contemplar o
acréscimo de uma contenção em concreto armado, inicialmente não previsto no
cronograma original da obra.
Em função do incremento desta atividade ocorreu um acréscimo de R$
10.423,07 (dez mil, quatrocentos e vinte e três reais e sete centavos)
correspondente a 0,51% do orçamento inicial, para implantação de um muro de
arrimo, necessário para contenção do terreno limítrofe ao empreendimento.
]
35
Orçamento Original
ITEM DISCRIMINAÇÃO VALOR DOS PESO
DE SERVIÇOS SERVIÇOS (R$) %
1 SERV. PRELIMINARES GERAIS R$115.640,00 5,69
2 INFRA-ESTRUTURA R$202.366,55 9,96
3 SUPRA-ESTRUTURA R$174.164,46 8,57
4 PAREDES E PAINÉIS
4.1 alvenarias R$155.867,68 7,67
4.2 esquadrias metálicas R$8.654,24 0,43
4.3 esquadrias de madeira R$42.317,54 2,08
4.4 ferragens R$6.789,72 0,33
4.5 vidros R$77.751,92 3,83
5 COBERTURA
5.1 telhados R$6.591,48 0,32
5.2 impermeabilizações R$66.785,64 3,29
5.3 tratamentos R$62.807,57 3,09
6 REVESTIMENTO
6.1 revestimentos internos R$119.316,67 5,87
6.2 azulejos R$71.008,88 3,50
6.3 revestimentos externos R$77.028,32 3,79
6.4 forros R$6.348,40 0,31
6.5 pinturas R$89.970,08 4,43
6.6 especiais R$5.734,80 0,28
7 PAVIMENTAÇÃO
7.1 madeiras R$0,00
7.2 cerâmicas R$165.131,74 8,13
7.3 carpetes
7.4 cimentados R$1.440,07 0,07
7.5 rodapés, soleiras e peitoris R$32.774,38 1,61
7.6 pavimentações especiais R$964,30 0,05
7.7
8 INSTALAÇÕES
8.1 elétrica R$128.991,70 6,35
8.2 hidraúlica R$306.600,34 15,09
8.3 sanitária R$48.380,00 2,38
8.4 elevadores/mecânicas
8.5 aparelhos R$48.521,60 2,39
9 COMPLEMENTAÇÕES
9.1 calafete/limpeza R$5.900,00 0,29
9.2 ligações e habite-se R$3.540,00 0,17
9.3 outros
TOTAL R$2.031.388,08 100,00
Tabela 4: Orçamento Inicial
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
36
Orçamento Revisado contemplando contenção
ITEM DISCRIMINAÇÃO VALOR DOS PESO
DE SERVIÇOS SERVIÇOS (R$) %
1 SERV. PRELIMINARES GERAIS R$115.640,00 5,66
2 INFRA-ESTRUTURA R$212.449,78 10,40
3 SUPRA-ESTRUTURA R$174.164,46 8,53
4 PAREDES E PAINÉIS
4.1 alvenarias R$156.207,52 7,65
4.2 esquadrias metálicas R$8.654,24 0,42
4.3 esquadrias de madeira R$42.317,54 2,07
4.4 ferragens R$6.789,72 0,33
4.5 vidros R$77.751,92 3,81
5 COBERTURA
5.1 telhados R$6.591,48 0,32
5.2 impermeabilizações R$66.785,64 3,27
5.3 tratamentos R$62.807,57 3,08
6 REVESTIMENTO
6.1 revestimentos internos R$119.316,67 5,84
6.2 azulejos R$71.008,88 3,48
6.3 revestimentos externos R$77.028,32 3,77
6.4 forros R$6.348,40 0,31
6.5 pinturas R$89.970,08 4,41
6.6 especiais R$5.734,80 0,28
7 PAVIMENTAÇÃO
7.1 madeiras R$0,00
7.2 cerâmicas R$165.131,74 8,09
7.3 carpetes
7.4 cimentados R$1.440,07 0,07
7.5 rodapés, soleiras e peitoris R$32.774,38 1,61
7.6 pavimentações especiais R$964,30 0,05
7.7
8 INSTALAÇÕES
8.1 elétrica R$128.991,70 6,32
8.2 hidraúlica R$306.600,34 15,02
8.3 sanitária R$48.380,00 2,37
8.4 elevadores/mecânicas
8.5 aparelhos R$48.521,60 2,38
9 COMPLEMENTAÇÕES
9.1 calafete/limpeza R$5.900,00 0,29
9.2 ligações e habite-se R$3.540,00 0,17
9.3 outros
TOTAL R$2.041.811,15 100,00
Tabela 5: Orçamento Revisado contemplando a contenção
Fonte: Dados fornecidos pela construtora
37
A curva S inicial da construtora foi comparada com a curva S do orçamento
revisado contemplando o incremento da estrutura de contenção, com a finalidade de
verificar quão distante o avanço previsto inicialmente para o projeto está em relação
ao avanço revisado, com a implantação do muro de concreto armado, com um
acréscimo de R$ de 10.423,07 (dez mil, quatrocentos e vinte e três reais e sete
centavos) correspondente a 0,51% do orçamento inicial.
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 % Acumulado
4,89%
13,58%
18,93%
24,47%
31,99%
40,36%
48,98%
58,87%
65,71%
75,78%
83,03%
89,72%
94,81%
100,00%
% Mensal 4,89% 8,69% 5,35% 5,54% 7,52% 8,37% 8,62% 9,89% 6,84%
10,07% 7,25% 6,69% 5,09% 5,19%
Tabela 6: Percentuais planejados pela construtora para obra com 14 meses de duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
Curva de Gauss para 14 meses - Construtora
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% N
o M
ês
Gráfico 6: Curva de Gauss com configuração inicial planejada pela construtora para obra com 14
meses de duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
38
Curva de S para 14 meses - Construtora
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% A
cu
mu
lad
a
Gráfico 7: Curva S com configuração inicial planejada pela construtora para obra com 14 meses de
duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 % Acumulado
4,56%
11,83%
17,70%
23,44%
26,61%
34,95%
44,27%
54,71%
62,11%
72,81%
80,71%
88,18%
94,85%
100,00%
% Mensal 4,56%
7,27%
5,87%
5,74%
3,17%
8,34%
9,32%
10,44%
7,40%
10,70%
7,90%
7,47%
6,67% 5,15%
Tabela 7: Percentuais revisados para implantação do muro de concreto armado, planejados pela
construtora para obra com 14 meses de duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
39
Curva de Gauss para 14 meses - Construtora
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% N
o M
ês
Gráfico 8: Curva de Gauss com configuração revisada para implantação do muro de concreto
armado, planejada pela construtora para obra com 14 meses de duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
Curva de S para 14 meses - Construtora
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% A
cu
mu
lad
a
Gráfico 9: Curva S com configuração revisada para implantação do muro de concreto armado,
planejada pela construtora para obra com 14 meses de duração
Fonte: Dados fornecidos pela Construtora
40
Gráfico 10: Curva de Gauss e Curva S comparativa entre o cronograma inicial da construtora e o
cronograma revisado estabelecido pela construtora
Fonte:Dados fornecidos pela Construtora
A curva S do orçamento revisado se localiza a direita da curva S do
orçamento inicial, indicando que há uma concentração de atividades na etapa final
do projeto.
CAPITULO 5 VIABILIDADE DO EMPREENDIMENTO
Segundo Djalma Pinto Pessoa Neto, o empreendimento, independentemente
de seu porte, nasce de uma vontade de se reformar, modificar, acrescentar ou
construir algo. Os recursos disponíveis, muitas vezes criam falsas expectativas, em
termos do que se pode realizar. É fundamental para qualquer projeto, um estudo que
vai quantificar o montante de gastos a serem despendidos, uma grandeza de
preços.
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O estudo de viabilidade consiste das estimativas resultantes do confronto
entre as técnicas e métodos de construção, juntamente com os materiais
especificados para os serviços e os recursos de tempo, financeiros e outros
necessários para execução dos serviços.
A obra em estudo apresenta um seguinte avanço realizado.
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
% Acumulado 4,51% 11,49% 17,37% 22,38% 25,57%
% Mensal 4,51% 6,98% 5,88% 5,01% 3,19%
Tabela 8: Percentuais realizados pela obra
Fonte: Grupo do TCC
Curva de Gauss para 14 meses - Executado
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
8,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% N
o M
ês
Gráfico11: Curva de Gauss representativa do executado na obra
Fonte: Grupo do TCC
42
Curva de S para 14 meses - Executado
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Mês
% A
cu
mu
lad
a
Gráfico12: Curva S representativa do executado na obra
Fonte: Grupo do TCC
Gráfico13: Curva de Gauss e Curva S comparativa entre o cronograma ideal e o realizado na obra
Fonte: Grupo do TCC
A obra apresenta 25,57% de execução para um planejado ideal no período de
35,38%.
43
Resultando em um desvio de (-9,81%), sendo necessária a adoção de
medidas corretivas para avanço da obra e retorno ao cronograma ideal.
Gráfico14: Curva de Gauss e Curva S comparativa entre o cronograma revisado (contemplando a
contenção) pela construtora e o realizado na obra
Fonte: Grupo do TCC
A obra apresenta 25,57% de execução para um planejado no período de
26,61%.
Resultando em um desvio de (-1,04%), sendo necessária a adoção de
medidas corretivas para avanço da obra e retorno ao cronograma revisado.
CAPITULO 6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
O cronograma inicial apresentado pela construtora é inadequado uma vez que
difere do formato padrão esperado (curva de Gauss) e consequentemente a curva S
resultante também difere do formato esperado. Isto se deve ao fato de que as
atividades executivas propostas pela construtora estão desordenadas em relação ao
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tempo necessário para sua execução, o que nos permite afirmar que o cronograma
não seria cumprido normalmente já que a curva S do projeto se localiza a direita da
curva S ideal, indicando que há uma concentração de atividades na etapa final do
projeto.
O orçamento revisado, contemplando a implantação da contenção através
do muro de concreto armado, demandará aporte de recurso financeiro em relação
ao orçamento inicial da construtora, porém, será mantido o prazo final para
conclusão do empreendimento residencial.
A obra apresenta atraso de 9,81% em relação ao cronograma ideal e de
1,04% em relação ao cronograma revisado apresentado pela construtora, desta
forma é sugerido adotar medidas para reduzir o tempo estimado de execução da
obra, tais como:
Reestimativa de atividades considerando os riscos que podem ser
minimizados. Analisar os planos de riscos e eliminar ou reduzir os
riscos diminuindo os tempos estimados;
Fazer compressão (crashing) de atividades deslocando recursos de
atividades que contem folga para as atividades do caminho crítico de
forma a minimizar os custos;
Fazer paralelismo (Fast tracking) de atividades que possam e possuam
recursos para serem executadas concomitantemente;
Extensão de jornada através de horas extras ou implementação de
outro turno de trabalho.
O planejamento da obra não faz sentido se este não for acompanhado pelo
controle.
Planejamento é decidir por antecipação.
Já o controle, tem como objetivo maior, conhecer e corrigir os erros (desvios)
que venham ocorrer durante a obra em relação ao que foi planejado.
O planejamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a
realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite
adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina.
Trata-se de um processo de deliberação explícito que escolhe e organiza
ações, antecipando os resultados esperados.
Na obra em estudo ficou evidente a deficiência da construtora no quesito de
planejamento em que no primeiro momento desconsiderou a necessidade de
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implantação de estrutura de contenção para o maciço de terra em que a fundação se
apoiava, acarretando em problemas no tempo de execução em função da atividade
não prevista e problema financeiro uma vez que houve necessidade de incremento
de recurso financeiro para execução.
Outro problema verificado foi à distribuição inadequada das atividades em
relação à distribuição ideal determinado em literatura, levando a perceber que a obra
estava fadada a desvios em relação ao planejado.
Por tudo isto, podemos afirmar que planejamento e controle de obras é um
processo que precisa de ajustes permanentes, da capacidade de prever e
principalmente de tomar decisões corretas na hora exata, o que tornará esse
processo seguro sob o controle de gerenciamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BUZOLIN, Alexandre. Planejamento e Construção de Obras. FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA – FIEL, 2006 CASTRO, Rosania. Gerenciamento de Projetos. Belo Horizonte, IETEC, 2011. DJALMA PINTO PESSÔA NETO. Viabilidade Executiva de Obras e/ou Serviços de Engenharia Disponível em: < http://www.piracuruca.com/literatura_texto.asp?codigo=103>. Acesso em: 30 jan. 2012. EDIFICIO AGATA. Construtora Melca. Governador Valadares, 2012. Disponível em: < http://www.construtoramelca.com.br/desc_imoveis.asp?id=3>. Acesso em: 30 jan. 2012. FERNANDO HENRIQUE SABBATINI. Requisitos e Critérios Mínimos a Serem Atendidos para Solicitação de Financiamento de Edifícios em Alvenaria Estrutural Junto à Caixa Econômica Federal, Brasília, 2002. FRITZ GEHBAUER ...[ET al]. Planejamento e gestão de obras: um exemplo prático de cooperação Brasil – Alemanha. Curitiba, CEFET – PR, 2002. LIMMER, Carl V. Planejamento, orçamentação e controle de projetos e obras, Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1997. 221p. MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras, São Paulo: Pini, 2010. MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras, São Paulo: Pini, 2006. REVISTA CONSTRUÇÃO MERCADO. Planejamento de obras. E assim que se faz. Numero 12, julho 2002. Tabelas de Composição de Preços para Orçamento, 2010, Pini.
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Érico P. S. Weidle. Sistemas Construtivos na Programação Arquitetônica de Edifícios de saúde. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/sistemas> Acesso em 10 abril 2012.
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ANEXOS
Foto 01 – Execução de fundação em sapata.
Fonte: Grupo do TCC
Foto 02 – Execução de escavação para sapata.
Fonte: Grupo do TCC
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Foto 03 – Vista parcial de muro de arrimo e pilares.
Fonte: Grupo do TCC
Foto 04 – Execução de armação e fôrmas.
Fonte: Grupo do TCC
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Foto 05 – Vista da área para aterro.
Fonte: Grupo do TCC
Foto 06 – Execução de armação e fôrmas de vigas.
Fonte: Grupo do TCC
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Foto 07 – Montagem de laje pré-moldada para concretagem.
Fonte: Grupo do TCC.
Foto 08 – Escoramento de laje.
Fonte: Grupo do TCC.
52
Foto 09 – Maquete Eletrônica.
Fonte: Dado fornecido pela Construtora
53
Foto 10 – Planta Baixa.
Fonte: Dado fornecido pela Construtora