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UNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br GO I Â NIA, 14 A 20 FEVEREIRO DE 2016 ANO 29 - Nº 1.521 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Deputado federal Delegado Waldir oares comunicou oficialmente ao SDB que não vai disputar as prévias a legenda, marcadas para o dia 21. É inadmissível você queimar um andidato que tem cheiro de povo”, iz ele, que vai deixar o ninho tucano ssim que a janela para troca de artidos for aberta. Página 4 Sem Waldir, Vecci fica fortalecido Comitiva liderada pelo governador Marconi Perillo tem encontro marcado com à diretoria da Transit Systems, operadora do transporte úblico que atua em Sydney. As peradoras da RMTC enxergam na mpresa um parceiro em potencial ara transferência de tecnologia e melhoria do sistema em Goiânia. Página 6 Marconi mostra Goiás na Austrália ágina do Facebook, mantida de orma colaborativa pelos internautas, eúne centenas de imagens e nformações sobre a construção e o esenvolvimento da Capital com o ntuito de “resgatar a memória otográfica da paisagem urbana da idade de Goiânia”. Registros istóricos fazem sucesso na rede. Página 12 Registros históricos de Goiânia Apesar de não prever punição para quem não cumpri-la, uma lei federal que pretende combater o bullying está em vigor desde o último dia 9. Na prática, as escolas devem realizar debates e discussões, com participação dos alunos e pais, para prevenir e combater essa prática entre estudantes. Página 10 Lei incentiva debates sobre bullying nas escolas do País ENTREVISTA/DEPUTADO ESTADUAL JOSÉ NELTO n A crise econômica e a insatisfação popular devem transformar as redes sociais num caldeirão efervescente de discussões, ofensas e disputas políticas no pleito eleitoral deste ano. n Para especialistas, políticos devem fazer monitoramento profissional das mídias, ter bons institutos de pesquisas e profissionais qualificados na campanha. Página 7 “A oposição está preparada para por fim ao marconismo” Campanha da Escola Municipal José Carlos Pimenta, no Distrito de Vila Rica, zona rural de Goiânia , pede colaboração financeira de internautas para financiamento coletivo de livros que irão beneficiar estudantes carentes em todo o mundo. Página 11 Redes sociais viram campo de batalha pelos eleitores ELEIÇÕES 2016 Novo vice-presidente estadual do PMDB, deputado José Nelto diz à Tribuna do Planalto que Iris Rezende é o nome do partido para Goiânia e que Daniel Vilela será candidato a governador em 2018. Página 5 Paulo José Apesar de terem reajustado a tarifa de R$ 3,30 para R$ 3,70, empresas do setor dizem não ter perspectivas no momento de novos investimentos no sistema. Sem alternativa, população se vê refém da violência crescente nos veículos lotados, nos terminais e nos pontos de espera. Página 9 Assaltos aterrorizam usuários de ônibus

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Page 1: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/02/14-02-2015_tr… · UNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

UNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 14 A 20 FEVEREIRO DE 2016ANO 29 - Nº 1.521

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Deputado federal Delegado Waldiroares comunicou oficialmente aoSDB que não vai disputar as préviasa legenda, marcadas para o dia 21.É inadmissível você queimar um andidato que tem cheiro de povo”,iz ele, que vai deixar o ninho tucanossim que a janela para troca de artidos for aberta. Página 4

Sem Waldir,Vecci ficafortalecido

Comitiva liderada pelo governadorMarconi Perillo tem encontro marcado com à diretoria da TransitSystems, operadora do transporte público que atua em Sydney. As operadoras da RMTC enxergam naempresa um parceiro em potencialpara transferência de tecnologia e melhoria do sistema em Goiânia. Página 6

Marconimostra Goiás na Austrália

Página do Facebook, mantida deforma colaborativa pelos internautas,reúne centenas de imagens e informações sobre a construção e odesenvolvimento da Capital com ointuito de “resgatar a memória fotográfica da paisagem urbana da cidade de Goiânia”. Registros históricos fazem sucesso na rede. Página 12

Registroshistóricos de Goiânia

Apesar de não prever punição para quem não cumpri-la, uma lei federal que pretende combater o bullying está em vigor desde o último dia 9. Na prática, as escolas devem realizar debates e discussões, com participação dos alunos e pais, para prevenir e combater essa prática entre estudantes. Página 10

Lei incentiva debates sobrebullying nas escolas do País

ENTREVISTA/DEPUTADO ESTADUAL JOSÉ NELTO

nA crise econômica e a insatisfação populardevem transformar as redes sociais numcaldeirão efervescente de discussões, ofensas edisputas políticas no pleito eleitoral deste ano.

n Para especialistas, políticos devem fazermonitoramento profissional das mídias, ter bonsinstitutos de pesquisas e profissionais qualificadosna campanha. Página 7

“A oposição estápreparada para por fim ao marconismo”

Campanha da Escola Municipal José Carlos Pimenta, no Distrito deVila Rica, zona rural deGoiânia , pede colaboração financeira deinternautas para financiamento coletivo delivros que irão beneficiarestudantes carentes emtodo o mundo. Página 11

Redes sociais viram campode batalha pelos eleitores

ELEIÇÕES 2016

Novo vice-presidente estadual do PMDB, deputado José Nelto diz àTribuna do Planalto que Iris Rezende é o nome do partido para Goiâniae que Daniel Vilela será candidato a governador em 2018. Página 5

Paulo José

Apesar de terem reajustado a tarifa de R$ 3,30 para R$ 3,70, empresas do setor dizem não ter perspectivas no momento de novos investimentos no sistema. Sem alternativa, população se vê refém da violência crescente nos veículos lotados, nos terminais e nos pontos de espera. Página 9

Assaltos aterrorizam usuários de ônibus

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Colonizados

Professor J. Vasconcelos

Tem sido muito comum se pensar que de-mocracia somente existe quando houver li-berdade e igualdade, civil e política. Outrosseguem mais além e falam de igualdade eco-nômica. Não necessariamente, não obstantecontradizer uma ordenação sublime. Essas concep-ções axiomáticas repousam na visualização do estadonatural da democracia, conforme estudamos maisatrás neste capítulo, a respeito das comunidades pré-históricas e aquelas primitivas até o início do séculoXX; tal como vimos, essas sociedades assentavam ab-sorção integral da liberdade e da igualdade, em con-dição absoluta, entre os seus membros. Entrementes,quando a democracia ressurgiu na Antiguidade, ob-servamos que esse regime não pôde ser vivenciado im-plantando mudançãs sociais e econômicas, quepermitissem o exercício pleno de liberdade e de igual-dade absolutas, mormente de caráter social e econô-mica.

Essa postura de ambiguidade aflorou por que oscidadãos daquela época clássica não atuavam no re-gime de democracia abastecidos por uma cultura in-trínseca, aquela em que os seres humanos agempreferencialmente conduzidos por suas propensõesnaturais, que impulsionam seus sentimentos de soli-dariedade, de igualdade e de justiça. Mitos, supersti-ções, cultos, idolatrias, endeusamentos pessoais,preconceitos, distinções, discriminações, supriam so-bremaneira as mentes daqueles povos civilizados, as-solapando as suas tendencias naturais. No entanto,reiteramos. o regime político era democracia, uma vezque as decisões da comunidade emanavam da von-tade de todos os cidadãos que se habilitavam paraexercer esse procedimento. A diferença , portanto,es-tava no acultaramento não adequado a aceitar refor-mas estruturais de relevância racional.

Para melhor entendimento, se numa hipótese fosseintroduzida a democracia num país de cultura radicalmuçulmana, o povo, num primeiro momento, prova-velmente tenderia a aprovar subsequentes regras in-

compatíveis á liberdade e aos direitos huma-nos, podendo ser algumas até mesmo decunho totalitário. Todavia, não negaria a suademocracia, porquanto essas resoluções esta-riam inerentes ao desejo popular naquela oca-sião.

De tudo acima falado, vale então estudaros meios de obter-se a democracia numa si-

tuação que possa direcionar o povo à simetria darazão e á manifestação integral de sua natureza hu-mana.

Uma das coisas que consideramos crucial, é que nainserção da democracia deve se ter o cuidado de pre-servar intengíveis as fontes do esclarecimento cultural.Em outras palavras, em toda e qualquer adoção deuma democracia, convém resguardar e estimular olivre pensamento, mesmo que os seus resultados sejamadversos aos conceitos civis, religiosos e economicosvigentes na Sociedade. Dessa forma, poderão emergir,ao longo do tempo, os fatores que produzirão a evo-lução intelectual da população. Lembramos ainda quenuma democracia os cidadãos podem estar exercendoa liberdade política de externar suas posições diante deassuntos em pauta, porém, em paralelo, talvez estejasendo obstruída a liberdade de expressão sobre ideiasnovas , eclodidas em outras oportunidades, lugares emeios diversos.

Se no momento de sua instauração, não for possí-vel obter-se a ampla justiça social e economica, pelomenos existirá uma porta aberta à produção e divul-gação de novos conhecimentos, pois somente assim oscidadãos podem se tornar mais esclarecidos e aptos adecidir com melhor atenção à ciencia e à filosofia.

Em última análise, indicamos o SHP ( Sistema deHabilitação e Pontuação) como a ferramenta essencialpara que o povo possa inclinar-se a decidir as matériasimparcial e racionalmente, à medida que comecem anascer novas conclusões. Por outro lado, o SHPamortiza as ações das lideranças demagógicas.

J. Vasconcelos é professor, filósofo, pesquisador epublicista; É autor dos livros “Democracia Pura” e“Democracia no terceiro milênio”.

Aspectos da implantação da Democracia Pura

Jorge de Lima

De que é feita nossa tradição de curtir so-frimento, de rimar amor com dor? Estes diasrefazia um velho estudo de música popularbrasileira revisitando o tradicional e o clássiconos boleros, da musica romântica dos anos60, no samba e pagode, no pop, no sertanejo,no rock nacional... não é raro depararmoscom o lamento existencial, com a dor de corno, a fossa,o canto do desespero. A dor de amor, o sofrimentocantado é cult... por estas bandas não é raro que semonte um altar para o sofrimento em verso e proza..."não tenho casa, não tenho carro”; “vou botar placade venda nesta casa”; “Lá vai ele com a cabeça enfei-tada"...

Nosso cancioneiro popular em todos os estilos evi-dencia que o chamado povo alegre e festeiro adota osofrimento e o chifre como estilo de vida, e a dor decotovelo como processo existencial. O ser subjugado,que leva chicotada, que é apático, que aceita tudo, quepode ser humilhado, roubado, espezinhado e que apósser violentado vai cantarolar sua dor existencial emuma melodia, em vários estilos. Curtir sofrer!

Todo subdesenvolvimento cultural, de nossa edu-cação, saúde programado em agenda política de es-tado, neste cenário pervertido de valores e ideais éainda parte de nossa mentalidade de seres coloniza-dos, feitos a escravidão que amam seu senhor e o chi-cote que estala, ardido nas costas. sobem todos osimpostos, cai a qualidade de vida, saúde e educaçãopioram, desmandos e mais desmandos políticos, con-quistas seculares são extirpadas e o povo contente vaias ruas pedir para que se mantenha a corrupção e apéssima gestão da máquina pública, feliz por ter hojemais de 50% do que ganha destinado a um governocorrupto. Feliz por ter de voltar a viver com uma infla-

ção que esta em disparada. Isto é a tradiçãode gostar de apanhar na mentalidade de colo-nizado. Uma persona sombria que virou tra-dição no Brasil.

Ser este que se apaga, que perde sua iden-tidade, que omite sua opinião, que finge quetudo que ocorre, que isto não é com ele. To-davia mensalmente as contas dobram, o custode vida com a inflação aumenta muito, mas

fazer o que? Logo reelegemos os mesmos bandidosque tem ficha suja, envolvidos em escândalos e muitacorrupção para depois continuar cantarolando a tris-teza como estilo de vida. Casar com a rapariga, pra de-pois ter assunto quando se leva o chifre. Amar o sofrerque vira sentido de vida.

Hoje isto se reflete em nossa saúde, no judiciário,no serviço público em geral, nas mentiras de promes-sas de campanha, na loucura dos nossos gestores, eprincipalmente na população que acaba rindo e fa-zendo chacota constante da anarquia existente que fazda falta de lei, ou da legislação que aceita a corrupçãoum hábito, tradição que advém desde o Brasil colônia,em uma terra que se acostumou a ser explorada, de-vassada, regrada ao chicote, um hábito pernicioso co-nivente e silencioso. O masoquismo de curtir sofrer, deachar bom virar manchete de jornal internacionaldiante do maior escândalo de corrupção do planetaterra, e como Geni e o capitão do Zepelim, no finalainda deitar e sorrir... mais uma enrabada certeira, nomeio de tanta sujeira, e todo mundo caladinho, acei-tando feliz até o próximo escândalo que promete sermaior que o primeiro... E você curte apanhar destetanto caladinho?

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

X

A violência chega a níveis inaceitáveis em Goiás. Causado por multifatores,como desigualdade social, crescimento desordenado das cidades, miséria, leisbrandas, judiciário moroso entre outros problemas, o aumento significativo dacriminalidade precisa de um basta. Ao poder público não é dado o direito de ig-norar tal situação alarmante. Ao gestor público, ao governador do Estado, co-mandante em chefe das polícias Civil e Militar, não é dado o direto de fechar osolhos e virar as costas para o mar de sangue que se forma diariamente em Goiás.

Apesar de não citado nas causas acima, a falta de investimento contínuo noaparato policial, não resta dúvida, é um dos fatores que contribuem para oavanço da violência e consequente fim da paz social. Em Goiás, o quantitativode policiais militares reduziu no últimos 20 anos, quando deveria ter ao menosduplicado; da mesma forma, os policiais civis são hoje meros registradores decrimes, já que não tem pessoal suficiente para investigar a maioria dos crimes demédia gravidade. Outras vezes, crimes gravíssimos, como homicídios, acabamentrando para a estatística de casos não solucionados, por falta de pessoal parainvestigar eficazmente. Esse memo quadro caótico atinge a Polícia Técnico-Cien-tífica, abarrotada de trabalho, impossível de ser feito em tempo hábil devido àescassez de servidores.

Num quatro desse, com tanta falta de recursos, humanos e materiais, já seriaprevisível o aumento vertiginoso da violência e criminalidade. E é isso que acon-teceu. Goiás tem um dos índices de homicídio mais elevados do mundo. Nadamais nada menos que 44 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes (dadoreferente ao ano de 2012, segundo o Mapa da Violência). Para efeito compara-tivo, no estado de São Paulo nos últimos dez anos a taxa de homicídios caiu de22,6 para 10,5 no período entre 2002 e 2012.

Enquanto o Estado de São Paulo consegue reduzir significativamente o nú-mero de homicídios, em Goiás, vivemos situação inversa. A cada ano, mais pes-soas estão morrendo, vítimas da violência geral, mas que tem raízes também naincapacidade do estado de gerir corretamente o aparato policial.

Faz-se urgente a necessidade de investimento efetivo em segurança pública.Goiás precisa investir em mais policiais, civis e militares. O governo federal pre-cisa tratar a violência e a criminalidade com a devida seriedade que o problemarequer. Cidadãos estão simplesmente desacreditados no poder público. São ví-timas diariamente de crimes como roubo, furto, tentativa de homicídios etc. e,aqueles que chegam a registrar o ocorrido numa delegacia, ali expõem seu ceti-cismo em ver o autor do crime punido. Não tem como investigar se não há po-liciais suficientes para fazer o serviço.

Na semana passada, foi enterrado um policial civil na segunda-feira, mortoao intervir em um assalto em uma lanchonete em um bairro nobre de Goiânia.Na mesma semana, um policial militar foi morto em Uruana e, na sexta-feira,um policial federal foi alvejado por disparos de arma de fogo quando chegavaem sua casa, em Goiânia. Se os agentes das forças policiais viraram presas dosbandidos, o que resta à população?

Policiais contra a violência

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 14 A 20 FEVEREIRO DE 2016ANO 29 - Nº 1.521

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Deputado federal Delegado WaldirSoares comunicou oficialmente aoPSDB que não vai disputar as préviasda legenda, marcadas para o dia 21."É inadmissível você queimar um candidato que tem cheiro de povo”,diz ele, que vai deixar o ninho tucanoassim que a janela para troca de partidos for aberta. Página 4

Sem Waldir,Vecci ficafortalecido

Comitiva liderada pelo governadorMarconi Perillo tem encontro marcado com à diretoria da TransitSystems, operadora do transporte público que atua em Sydney. As operadoras da RMTC enxergam naempresa um parceiro em potencialpara transferência de tecnologia e melhoria do sistema em Goiânia. Página 6

Marconimostra Goiás na Austrália

Página do Facebook, mantida deforma colaborativa pelos internautas,reúne centenas de imagens e informações sobre a construção e odesenvolvimento da Capital com ointuito de “resgatar a memória fotográfica da paisagem urbana da cidade de Goiânia”. Registros históricos fazem sucesso na rede. Página 12

Registroshistóricos de Goiânia

Apesar de não prever punição para quem não cumpri-la, uma lei federal que pretende combater o bullying está em vigor desde o último dia 9. Na prática, as escolas devem realizar debates e discussões, com participação dos alunos e pais, para prevenir e combater essa prática entre estudantes. Página 10

Lei incentiva debates sobrebullying nas escolas do País

ENTREVISTA/DEPUTADO ESTADUAL JOSÉ NELTO

nA crise econômica e a insatisfação populardevem transformar as redes sociais numcaldeirão efervescente de discussões, ofensas edisputas políticas no pleito eleitoral deste ano.

n Para especialistas, políticos devem fazermonitoramento profissional das mídias, ter bonsinstitutos de pesquisas e profissionais qualificadosna campanha. Página 7

“A oposição estápreparada para por fim ao marconismo”

Campanha da Escola Municipal José Carlos Pimenta, no Distrito deVila Rica, zona rural deGoiânia , pede colaboração financeira deinternautas para financiamento coletivo delivros que irão beneficiarestudantes carentes emtodo o mundo. Página 11

Redes sociais viram campode batalha pelos eleitores

ELEIÇÕES 2016

Novo vice-presidente estadual do PMDB, deputado José Nelto diz àTribuna do Planalto que Iris Rezende é o nome do partido para Goiâniae que Daniel Vilela será candidato a governador em 2018. Página 5

Paulo José

Apesar de terem reajustado a tarifa de R$ 3,30 para R$ 3,70, empresas do setor dizem não ter perspectivas no momento de novos investimentos no sistema. Sem alternativa, população se vê refém da violência crescente nos veículos lotados, nos terminais e nos pontos de espera. Página 9

Assaltos aterrorizam usuários de ônibus

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

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Manoel Messias [email protected]

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Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

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OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Colonizados

Professor J. Vasconcelos

Tem sido muito comum se pensar que de-mocracia somente existe quando houver li-berdade e igualdade, civil e política. Outrosseguem mais além e falam de igualdade eco-nômica. Não necessariamente, não obstantecontradizer uma ordenação sublime. Essas concep-ções axiomáticas repousam na visualização do estadonatural da democracia, conforme estudamos maisatrás neste capítulo, a respeito das comunidades pré-históricas e aquelas primitivas até o início do séculoXX; tal como vimos, essas sociedades assentavam ab-sorção integral da liberdade e da igualdade, em con-dição absoluta, entre os seus membros. Entrementes,quando a democracia ressurgiu na Antiguidade, ob-servamos que esse regime não pôde ser vivenciado im-plantando mudançãs sociais e econômicas, quepermitissem o exercício pleno de liberdade e de igual-dade absolutas, mormente de caráter social e econô-mica.

Essa postura de ambiguidade aflorou por que oscidadãos daquela época clássica não atuavam no re-gime de democracia abastecidos por uma cultura in-trínseca, aquela em que os seres humanos agempreferencialmente conduzidos por suas propensõesnaturais, que impulsionam seus sentimentos de soli-dariedade, de igualdade e de justiça. Mitos, supersti-ções, cultos, idolatrias, endeusamentos pessoais,preconceitos, distinções, discriminações, supriam so-bremaneira as mentes daqueles povos civilizados, as-solapando as suas tendencias naturais. No entanto,reiteramos. o regime político era democracia, uma vezque as decisões da comunidade emanavam da von-tade de todos os cidadãos que se habilitavam paraexercer esse procedimento. A diferença , portanto,es-tava no acultaramento não adequado a aceitar refor-mas estruturais de relevância racional.

Para melhor entendimento, se numa hipótese fosseintroduzida a democracia num país de cultura radicalmuçulmana, o povo, num primeiro momento, prova-velmente tenderia a aprovar subsequentes regras in-

compatíveis á liberdade e aos direitos huma-nos, podendo ser algumas até mesmo decunho totalitário. Todavia, não negaria a suademocracia, porquanto essas resoluções esta-riam inerentes ao desejo popular naquela oca-sião.

De tudo acima falado, vale então estudaros meios de obter-se a democracia numa si-

tuação que possa direcionar o povo à simetria darazão e á manifestação integral de sua natureza hu-mana.

Uma das coisas que consideramos crucial, é que nainserção da democracia deve se ter o cuidado de pre-servar intengíveis as fontes do esclarecimento cultural.Em outras palavras, em toda e qualquer adoção deuma democracia, convém resguardar e estimular olivre pensamento, mesmo que os seus resultados sejamadversos aos conceitos civis, religiosos e economicosvigentes na Sociedade. Dessa forma, poderão emergir,ao longo do tempo, os fatores que produzirão a evo-lução intelectual da população. Lembramos ainda quenuma democracia os cidadãos podem estar exercendoa liberdade política de externar suas posições diante deassuntos em pauta, porém, em paralelo, talvez estejasendo obstruída a liberdade de expressão sobre ideiasnovas , eclodidas em outras oportunidades, lugares emeios diversos.

Se no momento de sua instauração, não for possí-vel obter-se a ampla justiça social e economica, pelomenos existirá uma porta aberta à produção e divul-gação de novos conhecimentos, pois somente assim oscidadãos podem se tornar mais esclarecidos e aptos adecidir com melhor atenção à ciencia e à filosofia.

Em última análise, indicamos o SHP ( Sistema deHabilitação e Pontuação) como a ferramenta essencialpara que o povo possa inclinar-se a decidir as matériasimparcial e racionalmente, à medida que comecem anascer novas conclusões. Por outro lado, o SHPamortiza as ações das lideranças demagógicas.

J. Vasconcelos é professor, filósofo, pesquisador epublicista; É autor dos livros “Democracia Pura” e“Democracia no terceiro milênio”.

Aspectos da implantação da Democracia Pura

Jorge de Lima

De que é feita nossa tradição de curtir so-frimento, de rimar amor com dor? Estes diasrefazia um velho estudo de música popularbrasileira revisitando o tradicional e o clássiconos boleros, da musica romântica dos anos60, no samba e pagode, no pop, no sertanejo,no rock nacional... não é raro depararmoscom o lamento existencial, com a dor de corno, a fossa,o canto do desespero. A dor de amor, o sofrimentocantado é cult... por estas bandas não é raro que semonte um altar para o sofrimento em verso e proza..."não tenho casa, não tenho carro”; “vou botar placade venda nesta casa”; “Lá vai ele com a cabeça enfei-tada"...

Nosso cancioneiro popular em todos os estilos evi-dencia que o chamado povo alegre e festeiro adota osofrimento e o chifre como estilo de vida, e a dor decotovelo como processo existencial. O ser subjugado,que leva chicotada, que é apático, que aceita tudo, quepode ser humilhado, roubado, espezinhado e que apósser violentado vai cantarolar sua dor existencial emuma melodia, em vários estilos. Curtir sofrer!

Todo subdesenvolvimento cultural, de nossa edu-cação, saúde programado em agenda política de es-tado, neste cenário pervertido de valores e ideais éainda parte de nossa mentalidade de seres coloniza-dos, feitos a escravidão que amam seu senhor e o chi-cote que estala, ardido nas costas. sobem todos osimpostos, cai a qualidade de vida, saúde e educaçãopioram, desmandos e mais desmandos políticos, con-quistas seculares são extirpadas e o povo contente vaias ruas pedir para que se mantenha a corrupção e apéssima gestão da máquina pública, feliz por ter hojemais de 50% do que ganha destinado a um governocorrupto. Feliz por ter de voltar a viver com uma infla-

ção que esta em disparada. Isto é a tradiçãode gostar de apanhar na mentalidade de colo-nizado. Uma persona sombria que virou tra-dição no Brasil.

Ser este que se apaga, que perde sua iden-tidade, que omite sua opinião, que finge quetudo que ocorre, que isto não é com ele. To-davia mensalmente as contas dobram, o custode vida com a inflação aumenta muito, mas

fazer o que? Logo reelegemos os mesmos bandidosque tem ficha suja, envolvidos em escândalos e muitacorrupção para depois continuar cantarolando a tris-teza como estilo de vida. Casar com a rapariga, pra de-pois ter assunto quando se leva o chifre. Amar o sofrerque vira sentido de vida.

Hoje isto se reflete em nossa saúde, no judiciário,no serviço público em geral, nas mentiras de promes-sas de campanha, na loucura dos nossos gestores, eprincipalmente na população que acaba rindo e fa-zendo chacota constante da anarquia existente que fazda falta de lei, ou da legislação que aceita a corrupçãoum hábito, tradição que advém desde o Brasil colônia,em uma terra que se acostumou a ser explorada, de-vassada, regrada ao chicote, um hábito pernicioso co-nivente e silencioso. O masoquismo de curtir sofrer, deachar bom virar manchete de jornal internacionaldiante do maior escândalo de corrupção do planetaterra, e como Geni e o capitão do Zepelim, no finalainda deitar e sorrir... mais uma enrabada certeira, nomeio de tanta sujeira, e todo mundo caladinho, acei-tando feliz até o próximo escândalo que promete sermaior que o primeiro... E você curte apanhar destetanto caladinho?

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

X

A violência chega a níveis inaceitáveis em Goiás. Causado por multifatores,como desigualdade social, crescimento desordenado das cidades, miséria, leisbrandas, judiciário moroso entre outros problemas, o aumento significativo dacriminalidade precisa de um basta. Ao poder público não é dado o direito de ig-norar tal situação alarmante. Ao gestor público, ao governador do Estado, co-mandante em chefe das polícias Civil e Militar, não é dado o direto de fechar osolhos e virar as costas para o mar de sangue que se forma diariamente em Goiás.

Apesar de não citado nas causas acima, a falta de investimento contínuo noaparato policial, não resta dúvida, é um dos fatores que contribuem para oavanço da violência e consequente fim da paz social. Em Goiás, o quantitativode policiais militares reduziu no últimos 20 anos, quando deveria ter ao menosduplicado; da mesma forma, os policiais civis são hoje meros registradores decrimes, já que não tem pessoal suficiente para investigar a maioria dos crimes demédia gravidade. Outras vezes, crimes gravíssimos, como homicídios, acabamentrando para a estatística de casos não solucionados, por falta de pessoal parainvestigar eficazmente. Esse memo quadro caótico atinge a Polícia Técnico-Cien-tífica, abarrotada de trabalho, impossível de ser feito em tempo hábil devido àescassez de servidores.

Num quatro desse, com tanta falta de recursos, humanos e materiais, já seriaprevisível o aumento vertiginoso da violência e criminalidade. E é isso que acon-teceu. Goiás tem um dos índices de homicídio mais elevados do mundo. Nadamais nada menos que 44 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes (dadoreferente ao ano de 2012, segundo o Mapa da Violência). Para efeito compara-tivo, no estado de São Paulo nos últimos dez anos a taxa de homicídios caiu de22,6 para 10,5 no período entre 2002 e 2012.

Enquanto o Estado de São Paulo consegue reduzir significativamente o nú-mero de homicídios, em Goiás, vivemos situação inversa. A cada ano, mais pes-soas estão morrendo, vítimas da violência geral, mas que tem raízes também naincapacidade do estado de gerir corretamente o aparato policial.

Faz-se urgente a necessidade de investimento efetivo em segurança pública.Goiás precisa investir em mais policiais, civis e militares. O governo federal pre-cisa tratar a violência e a criminalidade com a devida seriedade que o problemarequer. Cidadãos estão simplesmente desacreditados no poder público. São ví-timas diariamente de crimes como roubo, furto, tentativa de homicídios etc. e,aqueles que chegam a registrar o ocorrido numa delegacia, ali expõem seu ceti-cismo em ver o autor do crime punido. Não tem como investigar se não há po-liciais suficientes para fazer o serviço.

Na semana passada, foi enterrado um policial civil na segunda-feira, mortoao intervir em um assalto em uma lanchonete em um bairro nobre de Goiânia.Na mesma semana, um policial militar foi morto em Uruana e, na sexta-feira,um policial federal foi alvejado por disparos de arma de fogo quando chegavaem sua casa, em Goiânia. Se os agentes das forças policiais viraram presas dosbandidos, o que resta à população?

Policiais contra a violência

Anápolis se destaca pelasações desenvolvidas pela Prefei-tura na área da Ciência, Tecno-logia e Inovação,protagonizadas, principalmente,pela inclusão digital, através devárias ferramentas, como o ser-viço de internet móvel gratuita eo trabalho dos telecentros digi-tais. Estes assuntos foram pau-tas do encontro realizado namanhã de terça-feira, dia, emBrasília, no qual o prefeito JoãoGomes apresentou ao secretárionacional de Ciência e Tecnolo-gia para a Inclusão Social, Ed-ward Madureira, os avanços dacidade neste setor.Na audiência, que contou

também com as presenças dodeputado federal Rubens Otonie do secretário municipal deCiência, Tecnologia e Inovação,Fabrízio Ribeiro, foram apresen-tados os relatórios que garanti-ram o reconhecimento deAnápolis como um dos municí-pios brasileiros mais digitais dopaís e que foram elogiadas pelosecretário nacional. “Quero pe-gar o que é bom e que já deucerto em Anápolis e aplicar parao Brasil”, disse Edward Madu-reira ao anunciar uma visita àcidade que ficou agendada para

o fim de fevereiro.“Anápolis tem o que come-

morar nas ações de Ciência,Tecnologia e Inovação”, disse oprefeito João Gomes no encon-tro. Ele apresentou na audiênciadados estatísticos que compro-vam que 15% da populaçãoanapolina acessa, diariamente,o serviço de internet gratuitooferecido à população em deze-nas de praças, locais de grandemovimentação, a exemplo deprédios públicos, parques e,

ainda, nos distritos. O prefeitotambém mencionou o trabalhode inclusão realizado pelos tele-centros digitais. “É mais um au-xílio que entendemos sernecessário. Por isso, vamos con-tinuar investindo nesta área”,disse o prefeito.

PRAÇAS DIGITAISO projeto Praças Digitais

existe desde 2011 e ofereceacesso gratuito com tecnologiawireless/wi-fi (sem fio). São

quase 30 pontos de acesso, su-portando 100 conexões simultâ-neas, num total de 2000 pessoassimultâneas conectadas. Sãocerca de 10 a 15% da populaçãoatendida, ou seja, cerca de 40mil pessoas beneficiadas. Osquatro distritos do municípiotambém são contemplados comas Praças Digitais, estendendo àzona rural tal benefício, totali-zando cinco mil pessoas benefi-ciadas na zona rural. Oprograma mantém uma médiade 25mil acessos por mês.

TELECENTROSOutro destaque no processo

de inclusão digital são as açõesdos Telecentros Digitais Pormeio desse programa que tam-bém é exemplo, a comunidadetem acesso gratuito à internet,cursos de informática e oficinas.Um grupo de monitores é dis-ponibilizado pela Prefeitura deAnápolis para orientar e capaci-tar os usuários. No total, sãonove Telecentros Comunitáriosimplantados pela administraçãomunicipal, inclusive nos distri-tos de Interlândia, Joanápolis eSouzânia. A população temacesso fácil a cursos de capaci-tação profissional.

ANÁPOLIS

Internet grátis chega a 40 mil pessoas

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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Ronaldo [email protected]

LINHA DIRETA220 dias no exteriorO governador Marconi Perillo (PSDB) ini-

ciou pela Oceania, passando por Dubai para umdia de descanso, a sua 16ª viagem internacionaldesde que assumiu o terceiro mandato, em 1º dejaneiro de 2011. A cada viagem Marconi perma-neceu, em média, duas semanas fora do Brasil.Assim, em cinco anos, o governador ficou cercade 220 dias no exterior.

Sete meses e 10 diasSempre que Marconi faz viagens internacio-

nais em caráter oficial, o vice-governador JoséEliton (PSDB) assume o governo de Goiás. As-sim, nesses pouco mais de cinco anos da segundaera Marconi, José Eliton estará completando,quando o governador retornar, sete meses e 10dias no comando do governo de Goiás.

ModeraçãoApesar da intensa disputa entre iristas e ma-guitistas, Daniel Vilela pregou a unidade dopartido em seu primeiro discurso como novopresidente do PMDB de Goiás. Ele ressaltoua importância de Iris Rezende para o partidoe os feitos dele nas suas gestões como gover-nador e prefeito de Goiânia.

Nome para prefeitoApesar de ter sido derrotado na convençãodo PMDB, Iris Rezende continua sendo oprincipal nome do partido para concorrer àprefeitura de Goiânia neste ano.

Prefeito cassadoPrefeito de Mara Rosa, Elvino Coelho Fur-tado (PSD) perdeu o mandato na semanapassada porque estaria descontando em fo-lha o valor dos empréstimos consignadosdos servidores mas não estaria repassando omontante à Caixa Econômica Federal.

Comissão ProcessanteElvino Coelho foi cassado por uma Comis-são Processante da Câmara Municipal deMara Rosa por improbidade administativa.O agora ex-prefeito também estava atra-sando o repasse do duodécimo da Câmarade Vereadores. O vice, Flávio Batista deSouza, conhecido como Flávio Tatu (PDT),virou prefeito. Se a moda pega...

Parte podreDeputado federal Delegado Waldir (PSDB)usou sua página no Facebook para atacar asorganizações Sociais. "para quem pensavaque Organizações Sociais, as OS´s na saúdepública estadual eram uma "Brastemp"... in-tocáveis, irreparáveis, perfeitas... começarama surgir a parte podre... Esse mesmo modeloque o Prefeito quer instalar na saúde emGoiânia..."

ProblemasConforme denunciou o Delegado Waldir, fal-tam medicamentos e até mesmo seringas noHGG: "diluindo medicação de 10 ml em duasseringas de 5 ml, desperdício de material. Nãotem luvas, lençóis... e os pacientes homenstendo que usar camisolas... porque a lavanderiafica em Brasília. No caso do HUGO, o pacienteaguarda há mais de 60 dias uma prótese dequadril que custa mais de R$ 40.000...", Pois é.

Sem presidenteA comissão provisória do PSDB de Apare-cida de Goiânia está sem presidente desde asemana passada. O advogado Alysson Ca-bral renunciou por determionação do Dele-gado Waldir, que o havia colocado no cargo.A mesma coisa está ocorrendo nos diretóriosdos municípios onde o deputado tem in-fluência no partido.

Falta entendimentoAté agora não houve entendimento entre os tu-canos aparecidenses sobre quem deve presidira comissão provisória. Um dos nomes cotadosé o do vereador Manoel Nascimento. Mas elenão tem apoio da maioria.

De fininhoEx-deputada federal Iris de Araújo cansou deouvir os discursos ao final da convenção esta-dual do PMDB e deixou o palanque das autori-dades discretamente, sem ser percebida, durantediscurso de Daniel Vilela.

HabilitaçãoSe haverá prévias no PSDB de Aparecida nin-guém sabe, assim como em Goiânia, mas o Pro-fessor Alcides Ribeiro Filho já entregoudocumentação no partido se habilitando a partici-par do processo de escolha do candidato a pre-feito no município.

Dois nomesPela base do prefeito Maguito Vilela dois nomesdespontam como prefeitáveis entre os nove queo PMDB tem em Aparecida: Euler de Morais eGustavo Mendanha. Os demais já estão jo-gando a toalha.

Sem o PTJá é quase certo que o PT deve ficar fora da chapamajoritária liderada pelo candidato a prefeito doPMDB em Aparecida. A aliança entre os dois par-tidos no município vai bem, mas os principais no-mes na disputa avaliam outras possibilidades.

Cartas marcadasEm Goiânia já não há mais dúvida. O deputadoGiuseppe Vecci será o escolhido pelo PSDB parase candidar a prefeito neste ano. Com a saída doDelegado Waldir da disputa, ele deve atropelar overeador Anselmo Pereira que ainda insiste emdisputar as prévias do partido.

Reunião com o PSDBGiuseppe Vecci teve reunião na sexta-feira pas-sada com membros do Diretório Estadual doPSDB para tratar sobre prévias do partido,marcadas para o dia 21. A reunião foi na sededo partido.

Deputado estadual Ernesto Roller (PMDB) tra-balha candidatura a prefeito de Formosa, no En-

torno de Brasília. Ele é tido hoje como favorito.

Coronel Mauro Sales de Araújo, comandante-geral do 2º CRPM, com sede em Aparecida, já

decidiu que será candidato a vereador este ano. Sófalta definir o partido.

O deputado federal Daniel Vilela venceu a con-venção do PMDB com 73% dos votos válidos,

contra 26% de Nailton Oliveira, apoiado por IrisRezende.

Paulo do Valle, ex-secretário municipal de Saúdede Rio Verde, é o nome do PMDB para prefeito

do município nas eleições deste ano.

Secretário Municipal de Governo e Integração Institucional,Euler de Morais deve colocar seu nome à disposição do PMDBnos próximos dias como pré-candidato a prefeito de Aparecidade Goiâna. Discreto, Euler de Morais diz que, além de um bomnome para disputar a eleição, Aparecida precisa de um gestorcapaz de dar sequência ao trabalho do prefeito Maguito Vilela.Ele vai iniciar a pré-campanha conversando com lideranças detodos os segmentos, vereadores e secretários municipais. Eulerde Morais é homem de confiança do prefeito Maguito Vilela ehá mais de 20 anos atua ao lado dele. Já foi secretário deSolideriedade Humana no governo Maguito e, nasequência, deputado federal. AssessorouMaguito no Senado e na Frente Nacionalde Prefeitos (FNP). Hojé é um dos prin-cipais secretários da prefeitura de Apa-recida. "Aparecida cresceu muito nosúltimos anos e precisamos consoli-dar o projeto implantado por Ma-guito no município", diz Eulerpara justificar sua pré-candi-datura.

A regional goiana do PartidoSocialista Brasileiro (PSB) defla-gra, a partir desta semana, umasérie de encontros e congressosmunicipais, com o objetivo de mo-bilizar os filiados e fortalecer a or-ganicidade partidária,credenciando a legenda ao pro-cesso eleitoral deste ano. Deacordo com a presidente do PSBde Goiás, senadora Lúcia Vânia,este primeiro semestre será mar-cado por intenso processo de mo-bilização dos socialistas em sologoiano.O processo de mobilização e

estruturação organizacional serácoordenado pela seção goiana daFundação João Mangabeira(FJM) e iniciado na próximasexta-feira, dia 19, a partir das 9horas, no auditório Jaime Câ-mara, do Legislativo Municipal deGoiânia, no Setor Central. Naoportunidade acontecerá tanto oEncontro de Goiânia e RegiãoMetropolitana, como o Con-gresso Municipal do PSB. Oevento contará com a presença dacúpula nacional do PSB, entre osquais Carlos Siqueira (presidente)e Renato Casagrande (secretário-geral e dirigente da FJM), assimcomo de João Campos, pré-can-didato a vereador do Recife (PE)e filho do ex-governador EduardoCampos. Além da agenda estadual, o

PSB de Goiás promoverá, tam-

bém, quatro seminários temáticosem Goiânia, com a participaçãode prefeitos e legisladores socialis-tas com assento no CongressoNacional. De acordo com a presi-dente da FJM em Goiás, senadoraLúcia Vânia, os eventos foram or-ganizados com a intenção deapresentar experiências que cola-borem com o planejamento depropostas que possam transfor-mar a atual realidade de Goiânia,subsidiando a pré-candidatura deVanderlan Cardoso ao Executivoda Capital. “O PSB tem propostas para

políticas públicas consistentes queresgatam Goiânia e municípiosgoianos da indigência urbana esocial em que se encontram. Esta-mos neste primeiro instante pa-dronizando as informações eresgatando forças, para liderar-mos vitórias substanciais do cole-tivo goiano”, afiança Lúcia Vânia.

Lúcia Vânia comanda encontros e semináriosdo PSB de Goiás

CONGRESSOS MUNICIPAIS

Giro pelo mundoO governador Marconi Perillo já visitou quasetodos os continentes, exceto a África, em via-gens oficiais ou curtindo férias com a família.

Sem patrocínioDepois da repercussão negativa da notícia am-plamente divulgada nas redes sociais, o go-verno de Goiás desmentiu na Quarta-feira deCinzas, dia 10, que teria patrocinado em R$ 5milhões, de forma direita ou indireta, a escolade samba Imperatriz Leopoldinense que home-nageou no carnaval deste ano a dupla sertanejaZezé Di Camarco e Luciano.

Apoio institucionalO apoio do governo estadual à Imperatriz Leo-poldinense teria sido apenas institucional “Dogoverno de Goiás não vai sair nem um centavo.Fizemos questão de acertar isso entre nós”,disse Marconi em entrevista.

Pois é!Só faltou dar explicações sobre a comitiva de300 pessoas que o governo de Goiás teria le-vado para a Marquês de Sapucaí com despesaspagas pelo erário.

Pegou malPegou mal também para o prefeito Paulo Gar-cia (PT) ter ido ao Rio de Janeiro para assistiraos desfiles das escolas de samba na Marquêsde Sapucaí enquanto vários bairros de Goiâniase derretiam debaixo d'água. Apanhou muitonas redes sociais por causa dissso. Por ondeanda ouve desaforos da população...

Oposição vivaBancada estadual do PMDB promete estreme-cer as estruturas do governo de Goiás na aber-tura do trabalhos legislativos de 2016 durantesessão desta segunda-feira, dia 15, a partir das15 horas.

ModernidadeEleito vice-presidente regional do PMDB, o de-putado estadual José Nelto disse a amigosnuma roda de bar logo após o encerramento daconvenção do partido, na sexta-feira, dia 5, quea legenda passará por uma grande transforma-ção em Goiás, com gestão moderna e dinâ-mica, jamais vista antes.

Prefeito João Campos, Rubens Otoni, Edward Mudureira eFabrízio Ribeiro durante reunião de trabalho em Brasília

Senadora Lúcia Vânia é aprincipal liderança políticado PSB no Estado de Goiás

RÁPIDAS

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Euler de Morais entra nadisputa pela prefeitura deAparecida de Goiânia

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Fun da do em 7 de ju lho de 1986

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OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Colonizados

Professor J. Vasconcelos

Tem sido muito comum se pensar que de-mocracia somente existe quando houver li-berdade e igualdade, civil e política. Outrosseguem mais além e falam de igualdade eco-nômica. Não necessariamente, não obstantecontradizer uma ordenação sublime. Essas concep-ções axiomáticas repousam na visualização do estadonatural da democracia, conforme estudamos maisatrás neste capítulo, a respeito das comunidades pré-históricas e aquelas primitivas até o início do séculoXX; tal como vimos, essas sociedades assentavam ab-sorção integral da liberdade e da igualdade, em con-dição absoluta, entre os seus membros. Entrementes,quando a democracia ressurgiu na Antiguidade, ob-servamos que esse regime não pôde ser vivenciado im-plantando mudançãs sociais e econômicas, quepermitissem o exercício pleno de liberdade e de igual-dade absolutas, mormente de caráter social e econô-mica.

Essa postura de ambiguidade aflorou por que oscidadãos daquela época clássica não atuavam no re-gime de democracia abastecidos por uma cultura in-trínseca, aquela em que os seres humanos agempreferencialmente conduzidos por suas propensõesnaturais, que impulsionam seus sentimentos de soli-dariedade, de igualdade e de justiça. Mitos, supersti-ções, cultos, idolatrias, endeusamentos pessoais,preconceitos, distinções, discriminações, supriam so-bremaneira as mentes daqueles povos civilizados, as-solapando as suas tendencias naturais. No entanto,reiteramos. o regime político era democracia, uma vezque as decisões da comunidade emanavam da von-tade de todos os cidadãos que se habilitavam paraexercer esse procedimento. A diferença , portanto,es-tava no acultaramento não adequado a aceitar refor-mas estruturais de relevância racional.

Para melhor entendimento, se numa hipótese fosseintroduzida a democracia num país de cultura radicalmuçulmana, o povo, num primeiro momento, prova-velmente tenderia a aprovar subsequentes regras in-

compatíveis á liberdade e aos direitos huma-nos, podendo ser algumas até mesmo decunho totalitário. Todavia, não negaria a suademocracia, porquanto essas resoluções esta-riam inerentes ao desejo popular naquela oca-sião.

De tudo acima falado, vale então estudaros meios de obter-se a democracia numa si-

tuação que possa direcionar o povo à simetria darazão e á manifestação integral de sua natureza hu-mana.

Uma das coisas que consideramos crucial, é que nainserção da democracia deve se ter o cuidado de pre-servar intengíveis as fontes do esclarecimento cultural.Em outras palavras, em toda e qualquer adoção deuma democracia, convém resguardar e estimular olivre pensamento, mesmo que os seus resultados sejamadversos aos conceitos civis, religiosos e economicosvigentes na Sociedade. Dessa forma, poderão emergir,ao longo do tempo, os fatores que produzirão a evo-lução intelectual da população. Lembramos ainda quenuma democracia os cidadãos podem estar exercendoa liberdade política de externar suas posições diante deassuntos em pauta, porém, em paralelo, talvez estejasendo obstruída a liberdade de expressão sobre ideiasnovas , eclodidas em outras oportunidades, lugares emeios diversos.

Se no momento de sua instauração, não for possí-vel obter-se a ampla justiça social e economica, pelomenos existirá uma porta aberta à produção e divul-gação de novos conhecimentos, pois somente assim oscidadãos podem se tornar mais esclarecidos e aptos adecidir com melhor atenção à ciencia e à filosofia.

Em última análise, indicamos o SHP ( Sistema deHabilitação e Pontuação) como a ferramenta essencialpara que o povo possa inclinar-se a decidir as matériasimparcial e racionalmente, à medida que comecem anascer novas conclusões. Por outro lado, o SHPamortiza as ações das lideranças demagógicas.

J. Vasconcelos é professor, filósofo, pesquisador epublicista; É autor dos livros “Democracia Pura” e“Democracia no terceiro milênio”.

Aspectos da implantação da Democracia Pura

Jorge de Lima

De que é feita nossa tradição de curtir so-frimento, de rimar amor com dor? Estes diasrefazia um velho estudo de música popularbrasileira revisitando o tradicional e o clássiconos boleros, da musica romântica dos anos60, no samba e pagode, no pop, no sertanejo,no rock nacional... não é raro depararmoscom o lamento existencial, com a dor de corno, a fossa,o canto do desespero. A dor de amor, o sofrimentocantado é cult... por estas bandas não é raro que semonte um altar para o sofrimento em verso e proza..."não tenho casa, não tenho carro”; “vou botar placade venda nesta casa”; “Lá vai ele com a cabeça enfei-tada"...

Nosso cancioneiro popular em todos os estilos evi-dencia que o chamado povo alegre e festeiro adota osofrimento e o chifre como estilo de vida, e a dor decotovelo como processo existencial. O ser subjugado,que leva chicotada, que é apático, que aceita tudo, quepode ser humilhado, roubado, espezinhado e que apósser violentado vai cantarolar sua dor existencial emuma melodia, em vários estilos. Curtir sofrer!

Todo subdesenvolvimento cultural, de nossa edu-cação, saúde programado em agenda política de es-tado, neste cenário pervertido de valores e ideais éainda parte de nossa mentalidade de seres coloniza-dos, feitos a escravidão que amam seu senhor e o chi-cote que estala, ardido nas costas. sobem todos osimpostos, cai a qualidade de vida, saúde e educaçãopioram, desmandos e mais desmandos políticos, con-quistas seculares são extirpadas e o povo contente vaias ruas pedir para que se mantenha a corrupção e apéssima gestão da máquina pública, feliz por ter hojemais de 50% do que ganha destinado a um governocorrupto. Feliz por ter de voltar a viver com uma infla-

ção que esta em disparada. Isto é a tradiçãode gostar de apanhar na mentalidade de colo-nizado. Uma persona sombria que virou tra-dição no Brasil.

Ser este que se apaga, que perde sua iden-tidade, que omite sua opinião, que finge quetudo que ocorre, que isto não é com ele. To-davia mensalmente as contas dobram, o custode vida com a inflação aumenta muito, mas

fazer o que? Logo reelegemos os mesmos bandidosque tem ficha suja, envolvidos em escândalos e muitacorrupção para depois continuar cantarolando a tris-teza como estilo de vida. Casar com a rapariga, pra de-pois ter assunto quando se leva o chifre. Amar o sofrerque vira sentido de vida.

Hoje isto se reflete em nossa saúde, no judiciário,no serviço público em geral, nas mentiras de promes-sas de campanha, na loucura dos nossos gestores, eprincipalmente na população que acaba rindo e fa-zendo chacota constante da anarquia existente que fazda falta de lei, ou da legislação que aceita a corrupçãoum hábito, tradição que advém desde o Brasil colônia,em uma terra que se acostumou a ser explorada, de-vassada, regrada ao chicote, um hábito pernicioso co-nivente e silencioso. O masoquismo de curtir sofrer, deachar bom virar manchete de jornal internacionaldiante do maior escândalo de corrupção do planetaterra, e como Geni e o capitão do Zepelim, no finalainda deitar e sorrir... mais uma enrabada certeira, nomeio de tanta sujeira, e todo mundo caladinho, acei-tando feliz até o próximo escândalo que promete sermaior que o primeiro... E você curte apanhar destetanto caladinho?

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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A violência chega a níveis inaceitáveis em Goiás. Causado por multifatores,como desigualdade social, crescimento desordenado das cidades, miséria, leisbrandas, judiciário moroso entre outros problemas, o aumento significativo dacriminalidade precisa de um basta. Ao poder público não é dado o direito de ig-norar tal situação alarmante. Ao gestor público, ao governador do Estado, co-mandante em chefe das polícias Civil e Militar, não é dado o direto de fechar osolhos e virar as costas para o mar de sangue que se forma diariamente em Goiás.

Apesar de não citado nas causas acima, a falta de investimento contínuo noaparato policial, não resta dúvida, é um dos fatores que contribuem para oavanço da violência e consequente fim da paz social. Em Goiás, o quantitativode policiais militares reduziu no últimos 20 anos, quando deveria ter ao menosduplicado; da mesma forma, os policiais civis são hoje meros registradores decrimes, já que não tem pessoal suficiente para investigar a maioria dos crimes demédia gravidade. Outras vezes, crimes gravíssimos, como homicídios, acabamentrando para a estatística de casos não solucionados, por falta de pessoal parainvestigar eficazmente. Esse memo quadro caótico atinge a Polícia Técnico-Cien-tífica, abarrotada de trabalho, impossível de ser feito em tempo hábil devido àescassez de servidores.

Num quatro desse, com tanta falta de recursos, humanos e materiais, já seriaprevisível o aumento vertiginoso da violência e criminalidade. E é isso que acon-teceu. Goiás tem um dos índices de homicídio mais elevados do mundo. Nadamais nada menos que 44 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes (dadoreferente ao ano de 2012, segundo o Mapa da Violência). Para efeito compara-tivo, no estado de São Paulo nos últimos dez anos a taxa de homicídios caiu de22,6 para 10,5 no período entre 2002 e 2012.

Enquanto o Estado de São Paulo consegue reduzir significativamente o nú-mero de homicídios, em Goiás, vivemos situação inversa. A cada ano, mais pes-soas estão morrendo, vítimas da violência geral, mas que tem raízes também naincapacidade do estado de gerir corretamente o aparato policial.

Faz-se urgente a necessidade de investimento efetivo em segurança pública.Goiás precisa investir em mais policiais, civis e militares. O governo federal pre-cisa tratar a violência e a criminalidade com a devida seriedade que o problemarequer. Cidadãos estão simplesmente desacreditados no poder público. São ví-timas diariamente de crimes como roubo, furto, tentativa de homicídios etc. e,aqueles que chegam a registrar o ocorrido numa delegacia, ali expõem seu ceti-cismo em ver o autor do crime punido. Não tem como investigar se não há po-liciais suficientes para fazer o serviço.

Na semana passada, foi enterrado um policial civil na segunda-feira, mortoao intervir em um assalto em uma lanchonete em um bairro nobre de Goiânia.Na mesma semana, um policial militar foi morto em Uruana e, na sexta-feira,um policial federal foi alvejado por disparos de arma de fogo quando chegavaem sua casa, em Goiânia. Se os agentes das forças policiais viraram presas dosbandidos, o que resta à população?

Policiais contra a violência

Anápolis se destaca pelasações desenvolvidas pela Prefei-tura na área da Ciência, Tecno-logia e Inovação,protagonizadas, principalmente,pela inclusão digital, através devárias ferramentas, como o ser-viço de internet móvel gratuita eo trabalho dos telecentros digi-tais. Estes assuntos foram pau-tas do encontro realizado namanhã de terça-feira, dia, emBrasília, no qual o prefeito JoãoGomes apresentou ao secretárionacional de Ciência e Tecnolo-gia para a Inclusão Social, Ed-ward Madureira, os avanços dacidade neste setor.Na audiência, que contou

também com as presenças dodeputado federal Rubens Otonie do secretário municipal deCiência, Tecnologia e Inovação,Fabrízio Ribeiro, foram apresen-tados os relatórios que garanti-ram o reconhecimento deAnápolis como um dos municí-pios brasileiros mais digitais dopaís e que foram elogiadas pelosecretário nacional. “Quero pe-gar o que é bom e que já deucerto em Anápolis e aplicar parao Brasil”, disse Edward Madu-reira ao anunciar uma visita àcidade que ficou agendada para

o fim de fevereiro.“Anápolis tem o que come-

morar nas ações de Ciência,Tecnologia e Inovação”, disse oprefeito João Gomes no encon-tro. Ele apresentou na audiênciadados estatísticos que compro-vam que 15% da populaçãoanapolina acessa, diariamente,o serviço de internet gratuitooferecido à população em deze-nas de praças, locais de grandemovimentação, a exemplo deprédios públicos, parques e,

ainda, nos distritos. O prefeitotambém mencionou o trabalhode inclusão realizado pelos tele-centros digitais. “É mais um au-xílio que entendemos sernecessário. Por isso, vamos con-tinuar investindo nesta área”,disse o prefeito.

PRAÇAS DIGITAISO projeto Praças Digitais

existe desde 2011 e ofereceacesso gratuito com tecnologiawireless/wi-fi (sem fio). São

quase 30 pontos de acesso, su-portando 100 conexões simultâ-neas, num total de 2000 pessoassimultâneas conectadas. Sãocerca de 10 a 15% da populaçãoatendida, ou seja, cerca de 40mil pessoas beneficiadas. Osquatro distritos do municípiotambém são contemplados comas Praças Digitais, estendendo àzona rural tal benefício, totali-zando cinco mil pessoas benefi-ciadas na zona rural. Oprograma mantém uma médiade 25mil acessos por mês.

TELECENTROSOutro destaque no processo

de inclusão digital são as açõesdos Telecentros Digitais Pormeio desse programa que tam-bém é exemplo, a comunidadetem acesso gratuito à internet,cursos de informática e oficinas.Um grupo de monitores é dis-ponibilizado pela Prefeitura deAnápolis para orientar e capaci-tar os usuários. No total, sãonove Telecentros Comunitáriosimplantados pela administraçãomunicipal, inclusive nos distri-tos de Interlândia, Joanápolis eSouzânia. A população temacesso fácil a cursos de capaci-tação profissional.

ANÁPOLIS

Internet grátis chega a 40 mil pessoas

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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Ronaldo [email protected]

LINHA DIRETA220 dias no exteriorO governador Marconi Perillo (PSDB) ini-

ciou pela Oceania, passando por Dubai para umdia de descanso, a sua 16ª viagem internacionaldesde que assumiu o terceiro mandato, em 1º dejaneiro de 2011. A cada viagem Marconi perma-neceu, em média, duas semanas fora do Brasil.Assim, em cinco anos, o governador ficou cercade 220 dias no exterior.

Sete meses e 10 diasSempre que Marconi faz viagens internacio-

nais em caráter oficial, o vice-governador JoséEliton (PSDB) assume o governo de Goiás. As-sim, nesses pouco mais de cinco anos da segundaera Marconi, José Eliton estará completando,quando o governador retornar, sete meses e 10dias no comando do governo de Goiás.

ModeraçãoApesar da intensa disputa entre iristas e ma-guitistas, Daniel Vilela pregou a unidade dopartido em seu primeiro discurso como novopresidente do PMDB de Goiás. Ele ressaltoua importância de Iris Rezende para o partidoe os feitos dele nas suas gestões como gover-nador e prefeito de Goiânia.

Nome para prefeitoApesar de ter sido derrotado na convençãodo PMDB, Iris Rezende continua sendo oprincipal nome do partido para concorrer àprefeitura de Goiânia neste ano.

Prefeito cassadoPrefeito de Mara Rosa, Elvino Coelho Fur-tado (PSD) perdeu o mandato na semanapassada porque estaria descontando em fo-lha o valor dos empréstimos consignadosdos servidores mas não estaria repassando omontante à Caixa Econômica Federal.

Comissão ProcessanteElvino Coelho foi cassado por uma Comis-são Processante da Câmara Municipal deMara Rosa por improbidade administativa.O agora ex-prefeito também estava atra-sando o repasse do duodécimo da Câmarade Vereadores. O vice, Flávio Batista deSouza, conhecido como Flávio Tatu (PDT),virou prefeito. Se a moda pega...

Parte podreDeputado federal Delegado Waldir (PSDB)usou sua página no Facebook para atacar asorganizações Sociais. "para quem pensavaque Organizações Sociais, as OS´s na saúdepública estadual eram uma "Brastemp"... in-tocáveis, irreparáveis, perfeitas... começarama surgir a parte podre... Esse mesmo modeloque o Prefeito quer instalar na saúde emGoiânia..."

ProblemasConforme denunciou o Delegado Waldir, fal-tam medicamentos e até mesmo seringas noHGG: "diluindo medicação de 10 ml em duasseringas de 5 ml, desperdício de material. Nãotem luvas, lençóis... e os pacientes homenstendo que usar camisolas... porque a lavanderiafica em Brasília. No caso do HUGO, o pacienteaguarda há mais de 60 dias uma prótese dequadril que custa mais de R$ 40.000...", Pois é.

Sem presidenteA comissão provisória do PSDB de Apare-cida de Goiânia está sem presidente desde asemana passada. O advogado Alysson Ca-bral renunciou por determionação do Dele-gado Waldir, que o havia colocado no cargo.A mesma coisa está ocorrendo nos diretóriosdos municípios onde o deputado tem in-fluência no partido.

Falta entendimentoAté agora não houve entendimento entre os tu-canos aparecidenses sobre quem deve presidira comissão provisória. Um dos nomes cotadosé o do vereador Manoel Nascimento. Mas elenão tem apoio da maioria.

De fininhoEx-deputada federal Iris de Araújo cansou deouvir os discursos ao final da convenção esta-dual do PMDB e deixou o palanque das autori-dades discretamente, sem ser percebida, durantediscurso de Daniel Vilela.

HabilitaçãoSe haverá prévias no PSDB de Aparecida nin-guém sabe, assim como em Goiânia, mas o Pro-fessor Alcides Ribeiro Filho já entregoudocumentação no partido se habilitando a partici-par do processo de escolha do candidato a pre-feito no município.

Dois nomesPela base do prefeito Maguito Vilela dois nomesdespontam como prefeitáveis entre os nove queo PMDB tem em Aparecida: Euler de Morais eGustavo Mendanha. Os demais já estão jo-gando a toalha.

Sem o PTJá é quase certo que o PT deve ficar fora da chapamajoritária liderada pelo candidato a prefeito doPMDB em Aparecida. A aliança entre os dois par-tidos no município vai bem, mas os principais no-mes na disputa avaliam outras possibilidades.

Cartas marcadasEm Goiânia já não há mais dúvida. O deputadoGiuseppe Vecci será o escolhido pelo PSDB parase candidar a prefeito neste ano. Com a saída doDelegado Waldir da disputa, ele deve atropelar overeador Anselmo Pereira que ainda insiste emdisputar as prévias do partido.

Reunião com o PSDBGiuseppe Vecci teve reunião na sexta-feira pas-sada com membros do Diretório Estadual doPSDB para tratar sobre prévias do partido,marcadas para o dia 21. A reunião foi na sededo partido.

Deputado estadual Ernesto Roller (PMDB) tra-balha candidatura a prefeito de Formosa, no En-

torno de Brasília. Ele é tido hoje como favorito.

Coronel Mauro Sales de Araújo, comandante-geral do 2º CRPM, com sede em Aparecida, já

decidiu que será candidato a vereador este ano. Sófalta definir o partido.

O deputado federal Daniel Vilela venceu a con-venção do PMDB com 73% dos votos válidos,

contra 26% de Nailton Oliveira, apoiado por IrisRezende.

Paulo do Valle, ex-secretário municipal de Saúdede Rio Verde, é o nome do PMDB para prefeito

do município nas eleições deste ano.

Secretário Municipal de Governo e Integração Institucional,Euler de Morais deve colocar seu nome à disposição do PMDBnos próximos dias como pré-candidato a prefeito de Aparecidade Goiâna. Discreto, Euler de Morais diz que, além de um bomnome para disputar a eleição, Aparecida precisa de um gestorcapaz de dar sequência ao trabalho do prefeito Maguito Vilela.Ele vai iniciar a pré-campanha conversando com lideranças detodos os segmentos, vereadores e secretários municipais. Eulerde Morais é homem de confiança do prefeito Maguito Vilela ehá mais de 20 anos atua ao lado dele. Já foi secretário deSolideriedade Humana no governo Maguito e, nasequência, deputado federal. AssessorouMaguito no Senado e na Frente Nacionalde Prefeitos (FNP). Hojé é um dos prin-cipais secretários da prefeitura de Apa-recida. "Aparecida cresceu muito nosúltimos anos e precisamos consoli-dar o projeto implantado por Ma-guito no município", diz Eulerpara justificar sua pré-candi-datura.

A regional goiana do PartidoSocialista Brasileiro (PSB) defla-gra, a partir desta semana, umasérie de encontros e congressosmunicipais, com o objetivo de mo-bilizar os filiados e fortalecer a or-ganicidade partidária,credenciando a legenda ao pro-cesso eleitoral deste ano. Deacordo com a presidente do PSBde Goiás, senadora Lúcia Vânia,este primeiro semestre será mar-cado por intenso processo de mo-bilização dos socialistas em sologoiano.O processo de mobilização e

estruturação organizacional serácoordenado pela seção goiana daFundação João Mangabeira(FJM) e iniciado na próximasexta-feira, dia 19, a partir das 9horas, no auditório Jaime Câ-mara, do Legislativo Municipal deGoiânia, no Setor Central. Naoportunidade acontecerá tanto oEncontro de Goiânia e RegiãoMetropolitana, como o Con-gresso Municipal do PSB. Oevento contará com a presença dacúpula nacional do PSB, entre osquais Carlos Siqueira (presidente)e Renato Casagrande (secretário-geral e dirigente da FJM), assimcomo de João Campos, pré-can-didato a vereador do Recife (PE)e filho do ex-governador EduardoCampos. Além da agenda estadual, o

PSB de Goiás promoverá, tam-

bém, quatro seminários temáticosem Goiânia, com a participaçãode prefeitos e legisladores socialis-tas com assento no CongressoNacional. De acordo com a presi-dente da FJM em Goiás, senadoraLúcia Vânia, os eventos foram or-ganizados com a intenção deapresentar experiências que cola-borem com o planejamento depropostas que possam transfor-mar a atual realidade de Goiânia,subsidiando a pré-candidatura deVanderlan Cardoso ao Executivoda Capital. “O PSB tem propostas para

políticas públicas consistentes queresgatam Goiânia e municípiosgoianos da indigência urbana esocial em que se encontram. Esta-mos neste primeiro instante pa-dronizando as informações eresgatando forças, para liderar-mos vitórias substanciais do cole-tivo goiano”, afiança Lúcia Vânia.

Lúcia Vânia comanda encontros e semináriosdo PSB de Goiás

CONGRESSOS MUNICIPAIS

Giro pelo mundoO governador Marconi Perillo já visitou quasetodos os continentes, exceto a África, em via-gens oficiais ou curtindo férias com a família.

Sem patrocínioDepois da repercussão negativa da notícia am-plamente divulgada nas redes sociais, o go-verno de Goiás desmentiu na Quarta-feira deCinzas, dia 10, que teria patrocinado em R$ 5milhões, de forma direita ou indireta, a escolade samba Imperatriz Leopoldinense que home-nageou no carnaval deste ano a dupla sertanejaZezé Di Camarco e Luciano.

Apoio institucionalO apoio do governo estadual à Imperatriz Leo-poldinense teria sido apenas institucional “Dogoverno de Goiás não vai sair nem um centavo.Fizemos questão de acertar isso entre nós”,disse Marconi em entrevista.

Pois é!Só faltou dar explicações sobre a comitiva de300 pessoas que o governo de Goiás teria le-vado para a Marquês de Sapucaí com despesaspagas pelo erário.

Pegou malPegou mal também para o prefeito Paulo Gar-cia (PT) ter ido ao Rio de Janeiro para assistiraos desfiles das escolas de samba na Marquêsde Sapucaí enquanto vários bairros de Goiâniase derretiam debaixo d'água. Apanhou muitonas redes sociais por causa dissso. Por ondeanda ouve desaforos da população...

Oposição vivaBancada estadual do PMDB promete estreme-cer as estruturas do governo de Goiás na aber-tura do trabalhos legislativos de 2016 durantesessão desta segunda-feira, dia 15, a partir das15 horas.

ModernidadeEleito vice-presidente regional do PMDB, o de-putado estadual José Nelto disse a amigosnuma roda de bar logo após o encerramento daconvenção do partido, na sexta-feira, dia 5, quea legenda passará por uma grande transforma-ção em Goiás, com gestão moderna e dinâ-mica, jamais vista antes.

Prefeito João Campos, Rubens Otoni, Edward Mudureira eFabrízio Ribeiro durante reunião de trabalho em Brasília

Senadora Lúcia Vânia é aprincipal liderança políticado PSB no Estado de Goiás

RÁPIDAS

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Euler de Morais entra nadisputa pela prefeitura deAparecida de Goiânia

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POLÍTICA4 X

ELEIÇÕES 2016

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

Marcione Barreira, repórter de política

As discussões para seleçãodo candidato do PSDB à pre-feitura de Goiânia sofreramuma baixa nesta semana. Adesistência do deputado fede-ral Delegado Waldir Soares dedisputar as prévias do partidoé evidência de que a vaga fica-rá mesmo com o deputadofederal Giuseppe Vecci, quecarrega favoritismo frente aoscomcorrentes.

Quem ainda está na dispu-ta é o vereador AnselmoPereira (PSDB), presidente daCâmara Municipal de Goiânia.Em viagem, Anselmo dá mos-tras de que ainda permaneceno páreo. Na última semanade janeiro, participou de even-to promovido pelo partido naszonas que englobam a regiãocentral de Goiânia defendendoseu nome.

Com a desistência doDelegado Waldir, ainda não épossível saber se Anselmo con-tinua no pleito pela vaga. Opresidente metropolitano dopartido, Rafael Lousa, disseque as prévias estão confirma-das, mas as chances que envol-

vem o consenso sempre exis-tem, entretanto, essa é umaquestão que tem que ser resol-vida entre os pré-candidatos,garante ele.

Marcada para o dia 21 defevereiro, as prévias para aescolha do candidato já con-tam com diversos capítulos.Desde 2014, quando as con-versas tiveram pontapé inicial,o favorito era o presidente daAgência Goiana deTransportes e Obras Públicas(Agetop), Jayme Rincón.Jayme desistiu da disputa logoapós a deflagração peloMinistério Público daOperação Compadrio e a pos-sibilidade ficou entre o deputa-do federal Fábio Sousa, Vecci,Delegado Waldir e Anselmo.

O deputado federal JoãoCampos chegou a ser cogita-do, mas não demonstrouempolgação. Restavam, por-tanto, três nomes na disputa.No início desde ano, o deputa-do Fábio Sousa desistiu doprocesso alegando obrigaçõesno Congresso Nacional. Asprévias tiveram início e apósisso O Delegado WaldirSoares resolveu abandonar adisputa.

O caso do Delegado Waldiré mais complexo. Além de sairdas prévias ele vai deixar oPSDB. Segundo o deputado,ao optar pela realização dasprévias o partido não lhe con-cede a devida importância. Oparlamentar aguarda agora abertura da chamada janela da

infidelidade partidária que per-mitirá a troca de legenda parase desfiliar da sigla.

OFICIALIZAÇÃOO parlamentar oficializou

na tarde de sexta-feira, dia 12,no diretório metropolitano doPSDB, a sua desistência dedisputar as prévias. Agora eleaguarda a abertura da janelapara troca de partidos, queprovavelmente se abrirá nopróximo dia 18, para confirmarsua desfiliação do PSDB.

O presidente do diretórioregional do PSDB, AfrêniGonçalves, lamenta a saída dodeputado, entretanto não con-corda com os argumentos doDelegadoWaldir no que tangesua opinião sobre o método de

escolha interna do partido. “Éuma perda importante comode qualquer outro nome dopartido. Eu só não concordocom a opinião dele de atribuirsua saída à falta de lisura dasprévias”, disse Afrêni.

As duas maiores liderançasoficiais que acompanham maisde perto o imbróglio envolven-do Delegado Waldir são RafaelLousa e Afrêni Gonçalves.Para eles, as razões do descon-tentamento de parlamentarainda são obscuras.

Afrêni Gonçalves disseachar muito estranha a atitudedo deputado que concordoucom a realização das préviasno momento em que ela estavasendo discutida. Segundo ele,é preciso deixar mais claras

suas razões. “Ele assinou econcordou. É mais uma ques-tão pessoal. Respeito a opiniãodele, ele tem suas razões, maspara mim ele tem que dizerquais são”, declarou.Rafael Lousa também criti-

ca a postura do DelegadoWaldir quando é colocada emdúvida a lisura das prévias doPSDB. Segundo ele, o partidodeu espaço igual a todos osnomes, além de ser difícilmanipular os 9.536 filiadoscom direito a voto para esco-lha. “Lamento a saída, masnós respeitamos. Da nossaparte temos dado total trans-parência ao processo”, argu-menta.

Segundo Rafael Lousa, jáexistem dois debates marcadospara que os pré-candidatosexponham suas ideias. Já nestasegunda-feira, dia 15, o PSDBrealiza seu penúltimo evento.O último está marcado para odia 20, já na véspera da elei-ção. Rafael reforça ainda que oabandono do Delegado Waldiré ruim para o processo. “Éruim essa desistência. Teveespaço necessário para exporsuas ideias”, informa.

Com apenas dois candida-tos na disputa as chances deconsenso crescem considera-velmente. Com o favoritismode Vecci, daqui até o dia 21 defevereiro um novo capítulodeve acontecer. ComoAnselmo está fora de Goiâniaainda não foi possível aferirsua opinião sobre o momentoatual. O deputado GiuseppeVecci também não se pronun-ciou sobre o fato.

Deputado Giuseppe Vecci é nome mais forte dentro do PSDB

Sem Waldir, Vecci fica fortalecidoFOTOS: PAULO JOSÉ

Vereador Anselmo Pereira trabalha junto às base do partido

Apenas o vereadorAnselmo Pereirapermanece no caminho dodeputado na disputa pelapreferência dos 9.436peessedebistas de Goiânia.Consenso ainda podeacontecer

A decisão de deixar o PSDB sedeu após análise dos 9.536nomes com direito a voto nasprévias?

Sim.­Estou­saindo,­o­PSDBpreparou­as­prévias­para­rifar­omeu­nome­e­eu­não­vouconcordar­com­essa­situação.Nós­estamos­projetando­algunsargumentos.­Vimos,­que­dosfiliados,­2,5­mil­nomes­sãofuncionários­públicos,­recebemdos­cofres­públicos­e­então­eunão­posso­participar­de­umprocesso­desses.

Há alguém do Palácio PedroLudovico Teixeira que teminterferido nas discussões eteria interesse em vê-lo de forado processo em detrimento deoutro nome?

Vi­a­interferência­do­vice-governador­do­processo.­Entãoeu­acho­que­a­prévia­não­éjusta.­Ela­é­justa­quando­temtrês­candidatos­com­o­mesmoespaço­num­governo­de­estado,com­o­mesmo­percentual­naspesquisas­eleitorais.­Eu­tenho

aparecido­nas­pesquisas­com20%,­22%,­27%­e­meusadversários­aparecem­com0,2%,­0,4%.­Então,­éinadmissível­você­queimar­umcandidato­que­tem­cheiro­depovo.­Isso­eu­não­vou­permitir.

O PSDB já teria escolhido umnome?

Com­certeza­já­tem­umnome­escolhido.­O­vice-governador,­inclusive,assediou­um­eventual­vice-candidato­meu­a­ser­vice-candidato­oficial.­Eleschegaram­a­pessoas­próximasdo­meu­relacionamento.­Acheiuma­tremenda­covardia,­eupago­as­contas­do­PSDB­etenho­o­olho­furado­dentro­decasa.

O favorito do vice-governadorseria o deputado federalGiussep Vecci?

Sim.­Ele­é­parceiro­dogovernador­desde­muitotempo.­­O­governador­tambémjá­tinha­deixado­bem­claro­isso

ENTREVISTA / DELEGADO WALDIR SOARES

"É inadmissível vocêqueimar um candidatoque tem cheiro de povo

quando­nós­tentamos­disputara­presidência­do­PSDB.­Osdeputados­federais­fizeram­umgrupo­para­disputar­apresidência­do­PSDB.­Eledeixou­claro­que­tinha­uma­fila.Ele­falou­isso­literalmente­e­elateria­que­ser­cumprida.­Essafila­tinha­como­primeiro­oVecci,­o­segundo­seria­o­CélioSilveira,­o­terceiro­JoãoCampos,­o­quarto­Fábio­deSousa,­o­quinto­AlexandreBaldy­e­o­sexto­o­DelegadoWaldir­Soares.­Teria­queesperar­esse­tempo,­e­eu­nãoposso­esperar­todo­esse­tempo.Eu­não­sou­mais­um­menino.Cada­pessoa­tem­seu­momentoe­o­momento­do­DelegadoWaldir­é­hoje.

O senhor chegou a conversarsobre a situação atual com ogovernador?

Conversei.­A­minhapretensão­de­ser­candidato­aprefeito­eu­coloquei­pra­elelogo­depois­do­primeiro­turno,quando­eu­já­estava­eleito­com179­mil­votos­em­Goiânia.­Essenúmero­me­avaliza­a­ser­ocandidato­como­o­mais­bemvotado­da­história­de­Goiânia.Tendo­deixado­fora­doisinimigos­do­governador,­quesão­Iris­Araújo­e­Jorge­Kajuru,eu­pedi­ao­governador­naquelemomento­pra­ser­o­candidatodo­PSDB.­Na­época­eu­pedipara­ele.­Ele­me­disse:­'Waldir,eu­vou­te­ajudar'.­Só­que­depoisnós­tivemos­outros­momentose­essa­retribuição­da­ajuda­que

eu­dei­para­ele­não­aconteceu.Não­acontecendo,­eu­procureio­senador­Aécio­Neves­e­elepediu­par­eu­aguardar­umpouquinho­e­estouaguardando.­Eu­não­medesfiliei­do­PSDB­ainda,­masminha­pretensão­é­buscar­umnovo­caminho­pra­que­eupossa­ser­candidato­a­prefeitode­Goiânia.

O senhor já comunicou a elesobre sua saída?

Eu­estou­comunicando­aopartido.­Eu­comuniquei­aodiretório­municipal­que­nãoparticiparei­das­prévias.­É­oprimeiro­ato.­Não­possocomunicar­ao­partido­que­vousair­porque­ainda­não­existeuma­janela­partidária­para­isso.A­hora­que­houver­ummomento­legal­ai­eu­vou­fazeressa­comunicação­formal­aopartido.­Considerando­que­eunão­tive­uma­retribuição­e­orespeito­do­governador­eu­nãotenho­por­que­dar­satisfação­aele­da­minha­saída.

Depois de ter sido o mais bemvotado em Goiânia e deputadomais bem votado no Estado eestar sendo, pelasconsiderações do senhor,preterido dentro do PSDB,qual é o sentimento dodeputado Delegado WaldirSoares?

O­sentimento­de­que­possoser­mais­útil­e­servir­ao­cidadãogoiano.­Hoje­nós­temos­umagrande­crise­de­segurança

pública­na­capital,­limpezaurbana,­doenças­que­estavamdesaparecidas­e­agoravoltaram,­crise­no­transportecoletivo,­uma­grave­questão­doadensamento­urbano,­umproblema­de­alagamento­nacidade,­então­o­goianiense­nãotem­mais­orgulho­de­morarnessa­cidade.­Nós­queremosmudar­essa­realidade.­Eusempre­gostei­de­desafios.­Paratodo­lugar­onde­eu­fuimandado­como­pessoa­públicaa­gente­deu­conta­de­resolveros­problemas­do­cidadão.Minha­pretensão­é­servir­ocidadão.

Então, o senehor vai disputara prefeitura de Goiânia esteano.

Sim.­É­certeza­absoluta­queeu­vou­disputar­as­eleiçõespara­prefeitura­de­Goiânia­emoutubro.­Em­outubro­vai­estarlá­o­nome­do­Delegado­Waldir.Essa­é­uma­pretensão,­umsonho­que­eu­tenho­e­o­eleitorme­deu­esse­carinho,­essaautorização­para­disputar.­Seeu­não­tivesse­sido­o­mais­bemvotado­em­Goiânia­eu­não­teriaessa­autorização.­Se­eu­nãotivesse­aparecendo­naspesquisas­com­índicesaltíssimos,­ao­lado­de­um­ex-governador,­por­duas­vezes

prefeito­de­Goiânia,­ex-ministro­da­Justiça,­uma­lendaem­Goiás,­eu­não­seriacandidato.­Quem­me­deu­essavênia­foi­o­eleitor.­

Algum tempo atrás o senhorfalou à Tribuna dio Planaltoque vários partidos haviam lhefeito convites. Já possuiconversas afuniladas comalgum partido que possadizer?

Eu­tenho­convite­dediversos­partidos,­a­exceção­dePT,­PSOL,­REDE­e­do­PCdoB.Praticamente­todos­os­35partidos­têm­interesse.­Existeum­grande­interesse­nacionalna­cassação­do­EduardoCunha­(PMDB-RJ),­noimpeachment­da­presidentaDilma­Rousseff­(PT),­na­eleiçãodo­novo­líder­do­PMDBtambém.­Então,­eu­tenho­sidoassediado­por­vários­deles.Não­tomei­essa­decisão,­nãoposso­tomar­essa­decisãomesmo­porque­não­existeainda­a­janela­partidária.­Nãoposso­nem­falar­que­vou­parapartido­A,­B­ou­C.­A­únicacerteza­é­que­abrindo­a­janelapartidária­eu­me­desfilio­doPSDB­e­busco­um­caminhopara­que­possa­atender­umsonho­meu­e­o­desejo­do­povogoianiense.­(MB)

Em entrevista à Tribuna do Planalto, o Delegado WaldirSoares expõe os motivos de abandonar o processo e opartido e critica a postura de palacianos que, segundoele, interferem no processo de escolha. Na entrevista,ele cita interferência do vice-governador José Eliton, queaté o fechamento da edição ainda não havia sepronunciado sobre as críticas do delegado-deputado.Para ele, há uma certeza além das duas supracitadas: elevai ser candidato a prefeito de Goiânia por um partidoainda desconhecido. Acompanhe a seguir os principaisargumentos do deputado:

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GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

ENTREVISTA / DEPUTADO JOSÉ NELTO

Ronaldo Coelho e Manoel Messias

Pergunta: Deputado, o PMDBteve uma disputa internaacirrada pelo comando da sigla.O partido está sendoreunificado?José­Nelto:­Nós­temos­a­missão­derenovar­o­PMDB,­apresentar­umanova­cara­para­a­sociedade.­Amilitância­do­PMDB­resolveumostrar­que­o­partido­tinha­quesofrer­uma­guinada­de­180­graus.E­esta­guinada­aconteceu.­A­nossachapa,­que­tem­como­presidenteDaniel­Vilela,­venceu­com­73%.Então,­esta­é­a­vontade­do­PMDB,de­mudar,­de­avançar,­semodernizar­e­preparar­o­partidopara­a­disputa­eleitoral­de­2016­e,consequentemente,­de­2018.Passadas­as­eleições,­qual­é­otrabalho­nosso?­Unificar­o­partido.Este­trabalho­o­Daniel­Vilela­já­estáfazendo.­O­partido­saiu­fortalecidoe­unificado.­Aí­vem­a­segundaetapa,­que­é­abrir­o­PMDB­paratoda­a­sociedade­civil­organizada­etambém­para­todos­os­políticos­e­aoutros­partidos­que­queiram­sealiar­ao­PMDB.­Sabemos­que­paraganhar­as­eleições­é­preciso­buscarnovos­aliados.­A­oposição­está

preparada­para­o­crescimento­epara­por­fim­numa­era­do­PSDB,­aoposição­está­preparada­para­porfim­ao­chamado­marconismo,­quetem­20­anos­de­poder­e­não­temmais­expectativa­de­resolver­agrave­crise­que­vive­o­Estado­deGoiás.­

Historicamente os partidos noBrasil são vinculados à figura deuma pessoa. Em Goiás, IrisRezende era uma dessas figurasno PMDB. Essa mudança nocomando do partido abre espaçopara novas lideranças?Iris­Rezende­Machado­sempre­deuoportunidade­para­novaslideranças,­para­novos­valores­doPMDB.­Ele­deu­espaço­paraMaguito­Vilela,­Thiago­Peixoto,Samuel­Belchior,­Bruno­Peixoto,Agenor­Mariano­e­o­deputado­JoséNelto.­Ele­nunca­fechou­o­partido.Mas­sempre­foi­um­liderança­dura,carismática­do­PMDB.­Agora,­nanossa­visão,­este­modelo­políticotem­que­acabar,­a­figura­do­rei,­darainha,­do­culto­à­personalidade.Isto­não­leva­ninguém­a­lugaralgum.­Vamos­valorizar­os­filiadose­acabar­com­o­culto­àpersonalidade.­Isto­significa­atraso.É­o­que­está­acontecendo­hoje­emGoiás­no­governo­Marconi,­que­écultuado­como­um­rei,­como­umlíder­carismático­que­resolve­tudo,mas­que,­na­verdade,­não­estáresolvendo­nada.­Estãomergulhados­numa­crise­muitogrande.

O Iris Rezende aceita sair decena agora como protagonistado PMDB?Ele­não­vai­sair­de­cena.­É­oseguinte.­Na­vida­você­tem­tempopara­tudo.­Para­plantar,­para

crescer,­dar­fruto­e­chega­ummomento­também­que­você­chegano­tempo­de­envelhecer.­Isto­fazparte­da­vida­de­qualquer­serhumano.­Tudo­tem­um­tempo­depermanência­na­vida.­Hoje­IrisRezende­Machado­é­o­nosso­pré-candidato­a­prefeito­de­Goiânia.Ele­tem­o­apoio­de­todo­o­PMDB.­Éum­bom­gestor,­um­bom­político.Não­adianta­você­dizer­que­o­Iris­écandidato­a­governador­de­novo.Não­é.­Chega­num­momento­quenão­dá­mais.­É­o­mesmo­quechamar­o­Fernando­HenriqueCardoso­para­ser­candidato­apresidente­da­República.­Já­passoua­vez­dele­também.

A sua chapa teve 73% dos votosna convenção. Houve umaruptura desse grupo queapresentou discurso diferente dooutro. Esta eleição marcou umaruptura com o passado noPMDB?O­PMDB­tinha­que­tomar­umadecisão­e­esta­decisão­foi­tomadapela­militância.­Nada­contra­opassado­do­PMDB.­Nosorgulhamos­dele.­Mas­chega­numcerto­momento­em­que­o­passadovai­cansando.­Isto­acontece­comqualquer­partido,­com­qualquerser­humano.­Pedro­Ludovicochegou­e­triunfou­na­revolução­e

tomou­o­poder­dos­Caiados.Passou­certo­tempo,­Iris­RezendeMachado­surgiu­como­liderançanova­e­tomou­a­liderança­de­PedroLudovico­e­então­veio­a­era­Iris.Depois­chegou­outro­jovem­e­veioa­era­Marconi,­que­já­envelheceutambém.­Agora­vem­uma­nova­erana­política­de­Goiás,­que­é­a­eraDaniel­Vilela.­É­um­processonormal­de­renovação­da­classepolítica.

Este grupo que está no comandodo PMDB está preparado parafazer a leitura da nova realidadepolítica de Goiás?Esta­mudança,­este­novo­discursoestá­acontecendo­no­mundointeiro.­O­povo­quer­renovar­napolítica.­Os­partidos­estãoperdendo­o­poder­para­amilitância,­para­a­sociedade­naescolha­dos­candidatos.­O­PMDBde­Goiás­está­antenado­com­apolítica­internacional,­com­apolítica­do­Brasil,­com­a­voz­dasruas­e­com­tudo­o­que­estáacontecendo­em­Goiás.­Ninguémaguenta­mais­a­corrupção,mordomia,­ninguém­aguenta­maiso­político­que­acha­que­é­o­dono­dapalavra,­ninguém­suporta­mais­olíder­político­achar­que­ele­é­opoder.­A­população­vai­sepultareste­tipo­de­político.­O­culto­àpersonalidade­acabou.­Você­temque­cultuar­é­o­trabalhador,­asociedade.­Não­há­salvador­dapátria.

Os políticos novos estãopreparados para detectar osentimento popular?Isto­pode­ser­detectado­através­depequisas.­Você­tem­hoje­umaparato­de­pesquisas.­A­sociedadeestá­antenada­através­das­redes

sociais­e­é­o­que­nós­estamosfazendo­no­PMDB.­O­PMDB­deuum­salto­muito­grande.­O­partidoera­criticado­porque­não­secomunicava­com­as­massas.­Nãoestava­nas­redes­sociais.­O­partidoentrou­fortemente,­através­dasbancadas­estadual­e­federal,­nasredes­sociais­e­com­o­site­GoiásReal­(www.goiasreal.com.br)­quehoje­está­aberto­a­toda­a­sociedadepara­falar­o­que­ela­está­sentindo,aquilo­que­ela­não­pode­falar­natelevisão,­no­rádio­ou­no­jornal.­Éum­canal­aberto­e­democráticopara­a­sociedade.­Isto­mostra­que­opartido­avançou­e­está­antenadoem­relação­ao­que­estáacontecendo­no­dia­a­dia­dapolítica­no­Brasil­e­no­dia­a­dia­davida­do­cidadão.

Deputado, o PMDB estápreprado para disputar essaseleiçõs municipais? Parece que opartido deu uma encolhida nointerior?Eu­vou­explicar.­O­partido­tomoua­decisão­e­extinguiu­todos­osdiretórios­no­Estado­de­Goiás.Tinha­gente­que­usava­o­partidopara­fazer­negociata­achando­queo­partido­era­um­negócioparticular­dele.­Isto­acabou­noPMDB.­Criamos­novas­comissõesprovisórias­em­todo­o­Estado­deGoiás­e­agora­começamos­a­criaros­diretórios.­Já­chegamos­a­146diretórios­e­ainda­temos­100comissões­provisórias.­Daqui­atéo­dia­30­de­março,­vamosconversar­com­toda­a­nossamilitância,­com­o­o­partido­evamos­passar­uma­determinaçãoda­executiva:­o­PMDB­tem­que­tercandidato­nos­246­municípíos.­Senão­tiver­um­nome­do­PMDB,­aprimeira­opção­é­com­um­aliadonosso,­o­senador­Ronaldo­Caiado,do­DEM.­Se­não­tiver­do­DEM­etiver­do­PRP,­a­preferência­serádo­PRP.­São­os­três­partidosaliados­que­participaram­juntosda­eleição­de­2014.­Agora,­outrospartidos­que­quiserem­se­aliar­aoPMDB­tem­que­fazer­istopublicamente.

Novo vice-presidente dodiretório regional doPMDB e líder dabancada do partido naAssembleia Legislativa, odeputado José Nelto diz,em entrevista à Tribunado Planalto, que alegenda saiu fortalecidado processo de disputainterna pelo comando dasigla. Afirma ainda que odeputado federal DanielVilela, eleito presidentedo PMDB, é o nome dopartido para as eleiçõesde 2018. Sobre o pleitodeste ano, garante queIris Rezende é o nomedos peemedebistas. JoséNelto dá a entender quea aliança do PMDB como PT está exaurida e fazduras críticas ao governode Marconi Perillo(PSDB).

"O PMDBtem que tercandidatonos 246municípíos"

Este trabalho de 2016 já visa aseleições de 2018 . Que tipo deoposição o PMDB vai fazer aogoverno do Estado?Cabe­à­bancada­estadual,­emprimeiro­lugar,­o­papel­de­fazeroposição.­Deve­fiscalizar­e­cobrar.A­bancada­está­agindo­e­tem­feitooposição­dura­e­séria­ao­governodo­Estado­de­Goiás.­Na­aberturados­trabalhos­da­Assembleia­nósteremos­mais­uma­prova­disto.Vamos­fazer­um­retrato­do­queestá­acontecendo­em­Goiás­emostrar­para­a­sociedade.­O­quefoi­prometido­em­campanha,­asituação­em­que­vive­o­cidadão­deGoiás,­o­sucateamento­dosaparelhos­de­segurança­pública,­asituação­da­saúde­pública,­daeducação­e­da­infraestrutura.­Ogoverno­se­esqueceu­da­juventude,não­tem­um­projeto­para­ajuventude­no­Estado­de­Goiás.Agora,­a­oposição­cobra­de­quem?Do­Ministério­Público­(MP),­cobrado­Tribunal­de­Contas­do­Estado(TCE).­Agora,­lamentavelmente­oMinistério­Público­de­Goiásprecisa­mudar­de­mentalidade.Hoje­o­MP­trabalha­e­pune­apenasprefeitos,­vereadores,­deputados.O­Ministério­Público­de­Goiás­temque­cumprir­o­papel­dele­como­fazo­Ministério­Público­Federal.­Odelegado­da­Polícia­Civil­tem­quecumprir­o­papel­dele­como­faz­umdelegado­da­Polícia­Federal.­OTCE­virou­um­puxandinho­doPalácio­das­Esmeraldas.­É­umTribunal­de­compadres.­E­ogoverno­de­Goiás­virou­umgoverno­de­compadres.­Então,todo­esse­compadrio­toma­contado­Estado­de­Goiás­que­vive­paraatender­os­amigos­do­rei,­osempresários­que­não­pagamimpostos.­Com­tudo­isto,­faltadinheiro­para­todas­as­áreas,­para­a

saúde,­segurança­e­educação,infraestrutura.­Nós­vivemos­a­piorcrise­de­Goiás­nos­últimos­20­anos.

O senhor mencionou nomes deinstituições importantes, como oMP e o TCE...Já­houve­mudança­dementalidade.­O­Tribunal­deContas­da­União­(TCU)­já­tomouposição.­Mas­nos­estados­asituação­é­muito­promíscua.

O senhor poderia citar um pontoespecífico com indício deilegalidade em que o MP temconhecimento e não estáagindo?A­oposição­leva­várias­denúnciasao­Ministério­Público.­A­denúncianão­anda­no­Ministério­Público.Temos­grande­promotores,promotores­sérios­e­respeitados­noEstado­de­Goiás.­Mas­a­instituiçãoera­para­ajudar­a­democracia,­paraajudar­a­por­fim­à­corrupção.­OMP­tem­que­atuar­mais.­Vou­darum­exemplo.­A­OperaçãoCompadrio­parou­no­meio.­Tinhaque­ter­continuado.­Possocomparar­a­Agetop­hoje­com­­aPetrobrás.­A­Agetop­é­o­petrolãodo­Estado­de­Goiás.­É­a­Lava­Jatode­Goiás.­É­lá­que­lava­o­dinheirodas­campanhas.­É­lá­que­pedepropina.­Quem­é­que­pedepropina:­é­o­presidente­da­Agetop,o­senhor­Jayme­Rincón.­Ele­é­ocabo­da­campanha,­o­caixa­dacampanha.­E­o­Ministério­Públicoparou­num­diretor.­É­preciso­quedê­continuidade­na­OperaçãoCompadrio.­Vou­dar­outroexemplo.­Tem­um­ano­que­eu­deientrada,­através­da­Lei­de­Acesso­àInformação­(LAI),­para­ter­acessoaos­contratos­da­Agetop,­aosaditivios­deste­contratos,­aoscontratos­da­Secretaria­de­Saúde

com­as­OS's,­os­aditivos­e­ossalários­dos­presidentes­e­diretoresdas­Os's.­O­governo­não­atende­opedido­de­uma­lei­federal­e­um­leiestadual.­O­quê­o­governo­estáescondendo?­Cadê­atransparência?­Você­começa­aacreditar­que­tem­algo­muito­gravepor­trás­deste­contratos.

E o Tribunal de Contas doEstado?O­TCE­e­o­TCM­hoje­você­podedizer­que­estão­no­bolso­dogovernador.­Só­fazem­o­que­ogovernador­quer.­Então,­nãoresolve­nada.­Assim­é­melhoracabar­com­o­TCE­e­com­o­TCM.São­instituições­que­nãofuncionam.­Se­não­funcionam,para­que­existir?­O­TCE­do­Estadode­Goiás,­ao­invés­de­fiscalizar­ogoverno,­já­que­é­um­órgão­deassessoramento­da­AssembleiaLegislativa,­está­preocupado­emfazer­um­palacete.­E­um­palaceteque,­segundo­informações­edenúncias­que­recebemos,­é­umpalacete­de­obra­superfaturada,propina­e­tudo­isto.

"O TCE virou um puxandinho doPalácio das Esmeraldas. É umTribunal de compadres"

Mesmo perdendo o controle doPMDB, Iris Rezende continuasendo o nome do partido paradisputar a prefeitura de Goiânia?O­Iris­Rezende­não­perdeu­aeleição­no­PMDB.­Ele­liberou­e­nãointerferiu­no­processo.­Quemmontou­a­chapa­foi­o­Nailton(Oliveira),­a­Dona­Iris­e­um­grupodo­PMDB.­Ele­sabe­que­este­é­oresultado­das­bases­do­PMDB.Prova­disto­foi­que­quando­elechegou­no­diretório­estava­com­asduas­chapas­no­peito.­Iris­é­o­nossopré-candidato­a­prefeito­deGoiânia.­

Hoje já dá para dizer que aaliança entre o PMDB e PTnão vai prosperar?

Não­interfiro­em­assuntos­deoutros­partidos.­Vejo­pela

imprensa­o­PT­dizer­que­temcandidato.­Então,­se­o­PT­temcandidato­e­como­o­PMDBtambém­tem­candidato,­nósvamos­procurar­partidos­políticosque­queiram­fazer­aliança­com­oPMDB.­Eu­não­sei­se­o­PT­teminteresse­em­manter­a­aliança­como­PMDB.­Até­hoje­não­fomosprocurados­pelo­PT­e­nem­o­PMDBtambém­procurou­o­PT.­

Qual vai ser o discurso doPMDB para Goiânia?O­PMDB­tem­hoje­a­conscência­deque­quem­elegeu­o­prefeito­PauloGarcia­foi­a­população.­Ele­ficoulá­três­anos­porque­o­PMDB­deu­ocargo­para­ele.­Iris­RezendeMachado­saiu­para­ser­candidatoao­governo­e­entregou­para­PauloGarcia.­A­partir­do­momento­em

que­ele­foi­reeleito­ocompromisso­dele­foi­feito­diretocom­a­sociedade.­Quanto­àadminsitração­do­Paulo­Garcia,quem­tem­que­responder­é­ele­e­oPartido­dos­Trabalhadores,­e­nãoo­PMDB.

Quanto ao discurso...Nossa­mensagem­será­a­de­que­oPMDB­quando­voltar­a­governarGoiânia­vai­limpar­as­ruas­dacidade,­vai­recapear­o­asfalto,­vaicuidar­da­iluminação,­vaitransformar­Goiânia­na­cidademais­limpa­entre­as­capitais,­vaiconstruir­praças,­parques­emelhorar­o­tansporte­coletivo,­asaúde,­cuidar­da­juventude­ecumprir­um­papel­que­é­dogoverno­do­Estado­de­Goiás­eajudar­na­segurança­pública.Este­será­o­discurso­do­PMDB.

Deputado, o PMDB está, defato, investindo num novoprojeto e este projeto é DanielVilela para governador?Eu­já­disse­que­quando­amilitância­do­PMDB­deu­a­vitóriade­73%­para­a­chapa­que­tem­apresidência­do­Daniel­Vilela,­opartido­já­mostrou­o­caminho,­jáescolheu­o­Daniel.­Agora,­estecandidato­vai­conversar­com­asociedade­civil­organizada­emostrar­que­ele­é­diferente,mostrar­que­não­gosta­demordomia,­que­não­é­arrogante,que­não­é­rei,­que­não­é­o­salvadorda­pátria,­mas­que­ele­é­um­serhumano­que­está­vivenciando­osofrimento­do­povo­goiano.­Umpovo­que­não­tem­saúde,educação,­não­tem­segurançapública,­vive­com­a­infraestruturaarrebentada­no­Estado­de­Goiás­etem­um­governo­falido.­Ele­temque­ser­porta-voz­de­toda­estainsatisfação.­Ele­vai­andar­todo­oEstado­de­Goiás­com­um­novo

discurso­político,­um­discursoviável.­Acabar­com­as­festas­nopalácio,­os­banquetes,­oshelicópteros,­as­aeronaves.­Cercade­30%­dos­orçamentos­da­União,dos­estados­e­dos­municípios­sãogastos­na­corrupção­e­nasmordomias­dos­políticos.­Épreciso­mudar.

O PMDB perdeu a últimascinco eleições para o governode Goiás. O partido aprendeua lição e está encontrando ocaminho para vencer?A­sociedade­já­cansou­destegoverno.­Não­acredita­mais­nestegoverno.­Um­governo­que­estáesbanjando­dinheiro,­mordomia,farras­no­carnaval,­viagensinternacionais.­Tudo­isto­asociedade­está­vendo.­Então,­oPMDB­vem­agora­com­umdiscurso­totalmente­diferente,­queé­por­fim­a­isto­aí.­O­PMDBsempre­foi­um­partido­que­sepreocupou­com­os­mais

necessitados,­­com­moradia,­cominfraestrutura,­com­a­educação,que­se­preocupou­realmente­como­crescimento­de­Goiás.­Sabemosque­enfrentamos­o­império,­odinheiro,­enfrentamos­oestelionato­eleitoral.­O­MinistérioPúblico­e­a­polícia­vão­ter­quefuncionar­nestas­eleições­para­porfim­a­esta­gastança,­ao­uso­dodinheiro­público.­

Para o senhor, o ciclo dotempo novo está acabando?Já­passou­o­ciclo­e­ninguém­esperamais­nada­dele.­Ele­requenta­osdiscursos,­os­programas.­Elelançou­o­Inova­Goiás,­mas­naverdade­não­inovou­nada.­­Agoraouvi­falar­na­ida­dele­para­aAustrália­que­está­requentando­otrem-bala­Goânia/Brasília.­Ele­nãotem­dinheiro­nem­para­cuidar­dasegurança­no­Eixo-Anhanguera.O­governador­passou­a­ser­umhomem­desacreditado­na­políticade­Goiás.“A Agetop é o

petrolão do Estadode Goiás. É a LavaJato de Goiás. É láque lava o dinheiro

das campanhas. É láque pede propina"

"A oposição estápreparada para porfim ao chamadomarconismo"

"Iris é o nosso pré-candidato"

"O partido já escolheu o Daniel"

PAULO JOSÉ

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POLÍTICA4 X

ELEIÇÕES 2016

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

Marcione Barreira, repórter de política

As discussões para seleçãodo candidato do PSDB à pre-feitura de Goiânia sofreramuma baixa nesta semana. Adesistência do deputado fede-ral Delegado Waldir Soares dedisputar as prévias do partidoé evidência de que a vaga fica-rá mesmo com o deputadofederal Giuseppe Vecci, quecarrega favoritismo frente aoscomcorrentes.

Quem ainda está na dispu-ta é o vereador AnselmoPereira (PSDB), presidente daCâmara Municipal de Goiânia.Em viagem, Anselmo dá mos-tras de que ainda permaneceno páreo. Na última semanade janeiro, participou de even-to promovido pelo partido naszonas que englobam a regiãocentral de Goiânia defendendoseu nome.

Com a desistência doDelegado Waldir, ainda não épossível saber se Anselmo con-tinua no pleito pela vaga. Opresidente metropolitano dopartido, Rafael Lousa, disseque as prévias estão confirma-das, mas as chances que envol-

vem o consenso sempre exis-tem, entretanto, essa é umaquestão que tem que ser resol-vida entre os pré-candidatos,garante ele.

Marcada para o dia 21 defevereiro, as prévias para aescolha do candidato já con-tam com diversos capítulos.Desde 2014, quando as con-versas tiveram pontapé inicial,o favorito era o presidente daAgência Goiana deTransportes e Obras Públicas(Agetop), Jayme Rincón.Jayme desistiu da disputa logoapós a deflagração peloMinistério Público daOperação Compadrio e a pos-sibilidade ficou entre o deputa-do federal Fábio Sousa, Vecci,Delegado Waldir e Anselmo.

O deputado federal JoãoCampos chegou a ser cogita-do, mas não demonstrouempolgação. Restavam, por-tanto, três nomes na disputa.No início desde ano, o deputa-do Fábio Sousa desistiu doprocesso alegando obrigaçõesno Congresso Nacional. Asprévias tiveram início e apósisso O Delegado WaldirSoares resolveu abandonar adisputa.

O caso do Delegado Waldiré mais complexo. Além de sairdas prévias ele vai deixar oPSDB. Segundo o deputado,ao optar pela realização dasprévias o partido não lhe con-cede a devida importância. Oparlamentar aguarda agora abertura da chamada janela da

infidelidade partidária que per-mitirá a troca de legenda parase desfiliar da sigla.

OFICIALIZAÇÃOO parlamentar oficializou

na tarde de sexta-feira, dia 12,no diretório metropolitano doPSDB, a sua desistência dedisputar as prévias. Agora eleaguarda a abertura da janelapara troca de partidos, queprovavelmente se abrirá nopróximo dia 18, para confirmarsua desfiliação do PSDB.

O presidente do diretórioregional do PSDB, AfrêniGonçalves, lamenta a saída dodeputado, entretanto não con-corda com os argumentos doDelegadoWaldir no que tangesua opinião sobre o método de

escolha interna do partido. “Éuma perda importante comode qualquer outro nome dopartido. Eu só não concordocom a opinião dele de atribuirsua saída à falta de lisura dasprévias”, disse Afrêni.

As duas maiores liderançasoficiais que acompanham maisde perto o imbróglio envolven-do Delegado Waldir são RafaelLousa e Afrêni Gonçalves.Para eles, as razões do descon-tentamento de parlamentarainda são obscuras.

Afrêni Gonçalves disseachar muito estranha a atitudedo deputado que concordoucom a realização das préviasno momento em que ela estavasendo discutida. Segundo ele,é preciso deixar mais claras

suas razões. “Ele assinou econcordou. É mais uma ques-tão pessoal. Respeito a opiniãodele, ele tem suas razões, maspara mim ele tem que dizerquais são”, declarou.Rafael Lousa também criti-

ca a postura do DelegadoWaldir quando é colocada emdúvida a lisura das prévias doPSDB. Segundo ele, o partidodeu espaço igual a todos osnomes, além de ser difícilmanipular os 9.536 filiadoscom direito a voto para esco-lha. “Lamento a saída, masnós respeitamos. Da nossaparte temos dado total trans-parência ao processo”, argu-menta.

Segundo Rafael Lousa, jáexistem dois debates marcadospara que os pré-candidatosexponham suas ideias. Já nestasegunda-feira, dia 15, o PSDBrealiza seu penúltimo evento.O último está marcado para odia 20, já na véspera da elei-ção. Rafael reforça ainda que oabandono do Delegado Waldiré ruim para o processo. “Éruim essa desistência. Teveespaço necessário para exporsuas ideias”, informa.

Com apenas dois candida-tos na disputa as chances deconsenso crescem considera-velmente. Com o favoritismode Vecci, daqui até o dia 21 defevereiro um novo capítulodeve acontecer. ComoAnselmo está fora de Goiâniaainda não foi possível aferirsua opinião sobre o momentoatual. O deputado GiuseppeVecci também não se pronun-ciou sobre o fato.

Deputado Giuseppe Vecci é nome mais forte dentro do PSDB

Sem Waldir, Vecci fica fortalecidoFOTOS: PAULO JOSÉ

Vereador Anselmo Pereira trabalha junto às base do partido

Apenas o vereadorAnselmo Pereirapermanece no caminho dodeputado na disputa pelapreferência dos 9.436peessedebistas de Goiânia.Consenso ainda podeacontecer

A decisão de deixar o PSDB sedeu após análise dos 9.536nomes com direito a voto nasprévias?

Sim.­Estou­saindo,­o­PSDBpreparou­as­prévias­para­rifar­omeu­nome­e­eu­não­vouconcordar­com­essa­situação.Nós­estamos­projetando­algunsargumentos.­Vimos,­que­dosfiliados,­2,5­mil­nomes­sãofuncionários­públicos,­recebemdos­cofres­públicos­e­então­eunão­posso­participar­de­umprocesso­desses.

Há alguém do Palácio PedroLudovico Teixeira que teminterferido nas discussões eteria interesse em vê-lo de forado processo em detrimento deoutro nome?

Vi­a­interferência­do­vice-governador­do­processo.­Entãoeu­acho­que­a­prévia­não­éjusta.­Ela­é­justa­quando­temtrês­candidatos­com­o­mesmoespaço­num­governo­de­estado,com­o­mesmo­percentual­naspesquisas­eleitorais.­Eu­tenho

aparecido­nas­pesquisas­com20%,­22%,­27%­e­meusadversários­aparecem­com0,2%,­0,4%.­Então,­éinadmissível­você­queimar­umcandidato­que­tem­cheiro­depovo.­Isso­eu­não­vou­permitir.

O PSDB já teria escolhido umnome?

Com­certeza­já­tem­umnome­escolhido.­O­vice-governador,­inclusive,assediou­um­eventual­vice-candidato­meu­a­ser­vice-candidato­oficial.­Eleschegaram­a­pessoas­próximasdo­meu­relacionamento.­Acheiuma­tremenda­covardia,­eupago­as­contas­do­PSDB­etenho­o­olho­furado­dentro­decasa.

O favorito do vice-governadorseria o deputado federalGiussep Vecci?

Sim.­Ele­é­parceiro­dogovernador­desde­muitotempo.­­O­governador­tambémjá­tinha­deixado­bem­claro­isso

ENTREVISTA / DELEGADO WALDIR SOARES

"É inadmissível vocêqueimar um candidatoque tem cheiro de povo

quando­nós­tentamos­disputara­presidência­do­PSDB.­Osdeputados­federais­fizeram­umgrupo­para­disputar­apresidência­do­PSDB.­Eledeixou­claro­que­tinha­uma­fila.Ele­falou­isso­literalmente­e­elateria­que­ser­cumprida.­Essafila­tinha­como­primeiro­oVecci,­o­segundo­seria­o­CélioSilveira,­o­terceiro­JoãoCampos,­o­quarto­Fábio­deSousa,­o­quinto­AlexandreBaldy­e­o­sexto­o­DelegadoWaldir­Soares.­Teria­queesperar­esse­tempo,­e­eu­nãoposso­esperar­todo­esse­tempo.Eu­não­sou­mais­um­menino.Cada­pessoa­tem­seu­momentoe­o­momento­do­DelegadoWaldir­é­hoje.

O senhor chegou a conversarsobre a situação atual com ogovernador?

Conversei.­A­minhapretensão­de­ser­candidato­aprefeito­eu­coloquei­pra­elelogo­depois­do­primeiro­turno,quando­eu­já­estava­eleito­com179­mil­votos­em­Goiânia.­Essenúmero­me­avaliza­a­ser­ocandidato­como­o­mais­bemvotado­da­história­de­Goiânia.Tendo­deixado­fora­doisinimigos­do­governador,­quesão­Iris­Araújo­e­Jorge­Kajuru,eu­pedi­ao­governador­naquelemomento­pra­ser­o­candidatodo­PSDB.­Na­época­eu­pedipara­ele.­Ele­me­disse:­'Waldir,eu­vou­te­ajudar'.­Só­que­depoisnós­tivemos­outros­momentose­essa­retribuição­da­ajuda­que

eu­dei­para­ele­não­aconteceu.Não­acontecendo,­eu­procureio­senador­Aécio­Neves­e­elepediu­par­eu­aguardar­umpouquinho­e­estouaguardando.­Eu­não­medesfiliei­do­PSDB­ainda,­masminha­pretensão­é­buscar­umnovo­caminho­pra­que­eupossa­ser­candidato­a­prefeitode­Goiânia.

O senhor já comunicou a elesobre sua saída?

Eu­estou­comunicando­aopartido.­Eu­comuniquei­aodiretório­municipal­que­nãoparticiparei­das­prévias.­É­oprimeiro­ato.­Não­possocomunicar­ao­partido­que­vousair­porque­ainda­não­existeuma­janela­partidária­para­isso.A­hora­que­houver­ummomento­legal­ai­eu­vou­fazeressa­comunicação­formal­aopartido.­Considerando­que­eunão­tive­uma­retribuição­e­orespeito­do­governador­eu­nãotenho­por­que­dar­satisfação­aele­da­minha­saída.

Depois de ter sido o mais bemvotado em Goiânia e deputadomais bem votado no Estado eestar sendo, pelasconsiderações do senhor,preterido dentro do PSDB,qual é o sentimento dodeputado Delegado WaldirSoares?

O­sentimento­de­que­possoser­mais­útil­e­servir­ao­cidadãogoiano.­Hoje­nós­temos­umagrande­crise­de­segurança

pública­na­capital,­limpezaurbana,­doenças­que­estavamdesaparecidas­e­agoravoltaram,­crise­no­transportecoletivo,­uma­grave­questão­doadensamento­urbano,­umproblema­de­alagamento­nacidade,­então­o­goianiense­nãotem­mais­orgulho­de­morarnessa­cidade.­Nós­queremosmudar­essa­realidade.­Eusempre­gostei­de­desafios.­Paratodo­lugar­onde­eu­fuimandado­como­pessoa­públicaa­gente­deu­conta­de­resolveros­problemas­do­cidadão.Minha­pretensão­é­servir­ocidadão.

Então, o senehor vai disputara prefeitura de Goiânia esteano.

Sim.­É­certeza­absoluta­queeu­vou­disputar­as­eleiçõespara­prefeitura­de­Goiânia­emoutubro.­Em­outubro­vai­estarlá­o­nome­do­Delegado­Waldir.Essa­é­uma­pretensão,­umsonho­que­eu­tenho­e­o­eleitorme­deu­esse­carinho,­essaautorização­para­disputar.­Seeu­não­tivesse­sido­o­mais­bemvotado­em­Goiânia­eu­não­teriaessa­autorização.­Se­eu­nãotivesse­aparecendo­naspesquisas­com­índicesaltíssimos,­ao­lado­de­um­ex-governador,­por­duas­vezes

prefeito­de­Goiânia,­ex-ministro­da­Justiça,­uma­lendaem­Goiás,­eu­não­seriacandidato.­Quem­me­deu­essavênia­foi­o­eleitor.­

Algum tempo atrás o senhorfalou à Tribuna dio Planaltoque vários partidos haviam lhefeito convites. Já possuiconversas afuniladas comalgum partido que possadizer?

Eu­tenho­convite­dediversos­partidos,­a­exceção­dePT,­PSOL,­REDE­e­do­PCdoB.Praticamente­todos­os­35partidos­têm­interesse.­Existeum­grande­interesse­nacionalna­cassação­do­EduardoCunha­(PMDB-RJ),­noimpeachment­da­presidentaDilma­Rousseff­(PT),­na­eleiçãodo­novo­líder­do­PMDBtambém.­Então,­eu­tenho­sidoassediado­por­vários­deles.Não­tomei­essa­decisão,­nãoposso­tomar­essa­decisãomesmo­porque­não­existeainda­a­janela­partidária.­Nãoposso­nem­falar­que­vou­parapartido­A,­B­ou­C.­A­únicacerteza­é­que­abrindo­a­janelapartidária­eu­me­desfilio­doPSDB­e­busco­um­caminhopara­que­possa­atender­umsonho­meu­e­o­desejo­do­povogoianiense.­(MB)

Em entrevista à Tribuna do Planalto, o Delegado WaldirSoares expõe os motivos de abandonar o processo e opartido e critica a postura de palacianos que, segundoele, interferem no processo de escolha. Na entrevista,ele cita interferência do vice-governador José Eliton, queaté o fechamento da edição ainda não havia sepronunciado sobre as críticas do delegado-deputado.Para ele, há uma certeza além das duas supracitadas: elevai ser candidato a prefeito de Goiânia por um partidoainda desconhecido. Acompanhe a seguir os principaisargumentos do deputado:

POLÍTICA 5

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GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

ENTREVISTA / DEPUTADO JOSÉ NELTO

Ronaldo Coelho e Manoel Messias

Pergunta: Deputado, o PMDBteve uma disputa internaacirrada pelo comando da sigla.O partido está sendoreunificado?José­Nelto:­Nós­temos­a­missão­derenovar­o­PMDB,­apresentar­umanova­cara­para­a­sociedade.­Amilitância­do­PMDB­resolveumostrar­que­o­partido­tinha­quesofrer­uma­guinada­de­180­graus.E­esta­guinada­aconteceu.­A­nossachapa,­que­tem­como­presidenteDaniel­Vilela,­venceu­com­73%.Então,­esta­é­a­vontade­do­PMDB,de­mudar,­de­avançar,­semodernizar­e­preparar­o­partidopara­a­disputa­eleitoral­de­2016­e,consequentemente,­de­2018.Passadas­as­eleições,­qual­é­otrabalho­nosso?­Unificar­o­partido.Este­trabalho­o­Daniel­Vilela­já­estáfazendo.­O­partido­saiu­fortalecidoe­unificado.­Aí­vem­a­segundaetapa,­que­é­abrir­o­PMDB­paratoda­a­sociedade­civil­organizada­etambém­para­todos­os­políticos­e­aoutros­partidos­que­queiram­sealiar­ao­PMDB.­Sabemos­que­paraganhar­as­eleições­é­preciso­buscarnovos­aliados.­A­oposição­está

preparada­para­o­crescimento­epara­por­fim­numa­era­do­PSDB,­aoposição­está­preparada­para­porfim­ao­chamado­marconismo,­quetem­20­anos­de­poder­e­não­temmais­expectativa­de­resolver­agrave­crise­que­vive­o­Estado­deGoiás.­

Historicamente os partidos noBrasil são vinculados à figura deuma pessoa. Em Goiás, IrisRezende era uma dessas figurasno PMDB. Essa mudança nocomando do partido abre espaçopara novas lideranças?Iris­Rezende­Machado­sempre­deuoportunidade­para­novaslideranças,­para­novos­valores­doPMDB.­Ele­deu­espaço­paraMaguito­Vilela,­Thiago­Peixoto,Samuel­Belchior,­Bruno­Peixoto,Agenor­Mariano­e­o­deputado­JoséNelto.­Ele­nunca­fechou­o­partido.Mas­sempre­foi­um­liderança­dura,carismática­do­PMDB.­Agora,­nanossa­visão,­este­modelo­políticotem­que­acabar,­a­figura­do­rei,­darainha,­do­culto­à­personalidade.Isto­não­leva­ninguém­a­lugaralgum.­Vamos­valorizar­os­filiadose­acabar­com­o­culto­àpersonalidade.­Isto­significa­atraso.É­o­que­está­acontecendo­hoje­emGoiás­no­governo­Marconi,­que­écultuado­como­um­rei,­como­umlíder­carismático­que­resolve­tudo,mas­que,­na­verdade,­não­estáresolvendo­nada.­Estãomergulhados­numa­crise­muitogrande.

O Iris Rezende aceita sair decena agora como protagonistado PMDB?Ele­não­vai­sair­de­cena.­É­oseguinte.­Na­vida­você­tem­tempopara­tudo.­Para­plantar,­para

crescer,­dar­fruto­e­chega­ummomento­também­que­você­chegano­tempo­de­envelhecer.­Isto­fazparte­da­vida­de­qualquer­serhumano.­Tudo­tem­um­tempo­depermanência­na­vida.­Hoje­IrisRezende­Machado­é­o­nosso­pré-candidato­a­prefeito­de­Goiânia.Ele­tem­o­apoio­de­todo­o­PMDB.­Éum­bom­gestor,­um­bom­político.Não­adianta­você­dizer­que­o­Iris­écandidato­a­governador­de­novo.Não­é.­Chega­num­momento­quenão­dá­mais.­É­o­mesmo­quechamar­o­Fernando­HenriqueCardoso­para­ser­candidato­apresidente­da­República.­Já­passoua­vez­dele­também.

A sua chapa teve 73% dos votosna convenção. Houve umaruptura desse grupo queapresentou discurso diferente dooutro. Esta eleição marcou umaruptura com o passado noPMDB?O­PMDB­tinha­que­tomar­umadecisão­e­esta­decisão­foi­tomadapela­militância.­Nada­contra­opassado­do­PMDB.­Nosorgulhamos­dele.­Mas­chega­numcerto­momento­em­que­o­passadovai­cansando.­Isto­acontece­comqualquer­partido,­com­qualquerser­humano.­Pedro­Ludovicochegou­e­triunfou­na­revolução­e

tomou­o­poder­dos­Caiados.Passou­certo­tempo,­Iris­RezendeMachado­surgiu­como­liderançanova­e­tomou­a­liderança­de­PedroLudovico­e­então­veio­a­era­Iris.Depois­chegou­outro­jovem­e­veioa­era­Marconi,­que­já­envelheceutambém.­Agora­vem­uma­nova­erana­política­de­Goiás,­que­é­a­eraDaniel­Vilela.­É­um­processonormal­de­renovação­da­classepolítica.

Este grupo que está no comandodo PMDB está preparado parafazer a leitura da nova realidadepolítica de Goiás?Esta­mudança,­este­novo­discursoestá­acontecendo­no­mundointeiro.­O­povo­quer­renovar­napolítica.­Os­partidos­estãoperdendo­o­poder­para­amilitância,­para­a­sociedade­naescolha­dos­candidatos.­O­PMDBde­Goiás­está­antenado­com­apolítica­internacional,­com­apolítica­do­Brasil,­com­a­voz­dasruas­e­com­tudo­o­que­estáacontecendo­em­Goiás.­Ninguémaguenta­mais­a­corrupção,mordomia,­ninguém­aguenta­maiso­político­que­acha­que­é­o­dono­dapalavra,­ninguém­suporta­mais­olíder­político­achar­que­ele­é­opoder.­A­população­vai­sepultareste­tipo­de­político.­O­culto­àpersonalidade­acabou.­Você­temque­cultuar­é­o­trabalhador,­asociedade.­Não­há­salvador­dapátria.

Os políticos novos estãopreparados para detectar osentimento popular?Isto­pode­ser­detectado­através­depequisas.­Você­tem­hoje­umaparato­de­pesquisas.­A­sociedadeestá­antenada­através­das­redes

sociais­e­é­o­que­nós­estamosfazendo­no­PMDB.­O­PMDB­deuum­salto­muito­grande.­O­partidoera­criticado­porque­não­secomunicava­com­as­massas.­Nãoestava­nas­redes­sociais.­O­partidoentrou­fortemente,­através­dasbancadas­estadual­e­federal,­nasredes­sociais­e­com­o­site­GoiásReal­(www.goiasreal.com.br)­quehoje­está­aberto­a­toda­a­sociedadepara­falar­o­que­ela­está­sentindo,aquilo­que­ela­não­pode­falar­natelevisão,­no­rádio­ou­no­jornal.­Éum­canal­aberto­e­democráticopara­a­sociedade.­Isto­mostra­que­opartido­avançou­e­está­antenadoem­relação­ao­que­estáacontecendo­no­dia­a­dia­dapolítica­no­Brasil­e­no­dia­a­dia­davida­do­cidadão.

Deputado, o PMDB estápreprado para disputar essaseleiçõs municipais? Parece que opartido deu uma encolhida nointerior?Eu­vou­explicar.­O­partido­tomoua­decisão­e­extinguiu­todos­osdiretórios­no­Estado­de­Goiás.Tinha­gente­que­usava­o­partidopara­fazer­negociata­achando­queo­partido­era­um­negócioparticular­dele.­Isto­acabou­noPMDB.­Criamos­novas­comissõesprovisórias­em­todo­o­Estado­deGoiás­e­agora­começamos­a­criaros­diretórios.­Já­chegamos­a­146diretórios­e­ainda­temos­100comissões­provisórias.­Daqui­atéo­dia­30­de­março,­vamosconversar­com­toda­a­nossamilitância,­com­o­o­partido­evamos­passar­uma­determinaçãoda­executiva:­o­PMDB­tem­que­tercandidato­nos­246­municípíos.­Senão­tiver­um­nome­do­PMDB,­aprimeira­opção­é­com­um­aliadonosso,­o­senador­Ronaldo­Caiado,do­DEM.­Se­não­tiver­do­DEM­etiver­do­PRP,­a­preferência­serádo­PRP.­São­os­três­partidosaliados­que­participaram­juntosda­eleição­de­2014.­Agora,­outrospartidos­que­quiserem­se­aliar­aoPMDB­tem­que­fazer­istopublicamente.

Novo vice-presidente dodiretório regional doPMDB e líder dabancada do partido naAssembleia Legislativa, odeputado José Nelto diz,em entrevista à Tribunado Planalto, que alegenda saiu fortalecidado processo de disputainterna pelo comando dasigla. Afirma ainda que odeputado federal DanielVilela, eleito presidentedo PMDB, é o nome dopartido para as eleiçõesde 2018. Sobre o pleitodeste ano, garante queIris Rezende é o nomedos peemedebistas. JoséNelto dá a entender quea aliança do PMDB como PT está exaurida e fazduras críticas ao governode Marconi Perillo(PSDB).

"O PMDBtem que tercandidatonos 246municípíos"

Este trabalho de 2016 já visa aseleições de 2018 . Que tipo deoposição o PMDB vai fazer aogoverno do Estado?Cabe­à­bancada­estadual,­emprimeiro­lugar,­o­papel­de­fazeroposição.­Deve­fiscalizar­e­cobrar.A­bancada­está­agindo­e­tem­feitooposição­dura­e­séria­ao­governodo­Estado­de­Goiás.­Na­aberturados­trabalhos­da­Assembleia­nósteremos­mais­uma­prova­disto.Vamos­fazer­um­retrato­do­queestá­acontecendo­em­Goiás­emostrar­para­a­sociedade.­O­quefoi­prometido­em­campanha,­asituação­em­que­vive­o­cidadão­deGoiás,­o­sucateamento­dosaparelhos­de­segurança­pública,­asituação­da­saúde­pública,­daeducação­e­da­infraestrutura.­Ogoverno­se­esqueceu­da­juventude,não­tem­um­projeto­para­ajuventude­no­Estado­de­Goiás.Agora,­a­oposição­cobra­de­quem?Do­Ministério­Público­(MP),­cobrado­Tribunal­de­Contas­do­Estado(TCE).­Agora,­lamentavelmente­oMinistério­Público­de­Goiásprecisa­mudar­de­mentalidade.Hoje­o­MP­trabalha­e­pune­apenasprefeitos,­vereadores,­deputados.O­Ministério­Público­de­Goiás­temque­cumprir­o­papel­dele­como­fazo­Ministério­Público­Federal.­Odelegado­da­Polícia­Civil­tem­quecumprir­o­papel­dele­como­faz­umdelegado­da­Polícia­Federal.­OTCE­virou­um­puxandinho­doPalácio­das­Esmeraldas.­É­umTribunal­de­compadres.­E­ogoverno­de­Goiás­virou­umgoverno­de­compadres.­Então,todo­esse­compadrio­toma­contado­Estado­de­Goiás­que­vive­paraatender­os­amigos­do­rei,­osempresários­que­não­pagamimpostos.­Com­tudo­isto,­faltadinheiro­para­todas­as­áreas,­para­a

saúde,­segurança­e­educação,infraestrutura.­Nós­vivemos­a­piorcrise­de­Goiás­nos­últimos­20­anos.

O senhor mencionou nomes deinstituições importantes, como oMP e o TCE...Já­houve­mudança­dementalidade.­O­Tribunal­deContas­da­União­(TCU)­já­tomouposição.­Mas­nos­estados­asituação­é­muito­promíscua.

O senhor poderia citar um pontoespecífico com indício deilegalidade em que o MP temconhecimento e não estáagindo?A­oposição­leva­várias­denúnciasao­Ministério­Público.­A­denúncianão­anda­no­Ministério­Público.Temos­grande­promotores,promotores­sérios­e­respeitados­noEstado­de­Goiás.­Mas­a­instituiçãoera­para­ajudar­a­democracia,­paraajudar­a­por­fim­à­corrupção.­OMP­tem­que­atuar­mais.­Vou­darum­exemplo.­A­OperaçãoCompadrio­parou­no­meio.­Tinhaque­ter­continuado.­Possocomparar­a­Agetop­hoje­com­­aPetrobrás.­A­Agetop­é­o­petrolãodo­Estado­de­Goiás.­É­a­Lava­Jatode­Goiás.­É­lá­que­lava­o­dinheirodas­campanhas.­É­lá­que­pedepropina.­Quem­é­que­pedepropina:­é­o­presidente­da­Agetop,o­senhor­Jayme­Rincón.­Ele­é­ocabo­da­campanha,­o­caixa­dacampanha.­E­o­Ministério­Públicoparou­num­diretor.­É­preciso­quedê­continuidade­na­OperaçãoCompadrio.­Vou­dar­outroexemplo.­Tem­um­ano­que­eu­deientrada,­através­da­Lei­de­Acesso­àInformação­(LAI),­para­ter­acessoaos­contratos­da­Agetop,­aosaditivios­deste­contratos,­aoscontratos­da­Secretaria­de­Saúde

com­as­OS's,­os­aditivos­e­ossalários­dos­presidentes­e­diretoresdas­Os's.­O­governo­não­atende­opedido­de­uma­lei­federal­e­um­leiestadual.­O­quê­o­governo­estáescondendo?­Cadê­atransparência?­Você­começa­aacreditar­que­tem­algo­muito­gravepor­trás­deste­contratos.

E o Tribunal de Contas doEstado?O­TCE­e­o­TCM­hoje­você­podedizer­que­estão­no­bolso­dogovernador.­Só­fazem­o­que­ogovernador­quer.­Então,­nãoresolve­nada.­Assim­é­melhoracabar­com­o­TCE­e­com­o­TCM.São­instituições­que­nãofuncionam.­Se­não­funcionam,para­que­existir?­O­TCE­do­Estadode­Goiás,­ao­invés­de­fiscalizar­ogoverno,­já­que­é­um­órgão­deassessoramento­da­AssembleiaLegislativa,­está­preocupado­emfazer­um­palacete.­E­um­palaceteque,­segundo­informações­edenúncias­que­recebemos,­é­umpalacete­de­obra­superfaturada,propina­e­tudo­isto.

"O TCE virou um puxandinho doPalácio das Esmeraldas. É umTribunal de compadres"

Mesmo perdendo o controle doPMDB, Iris Rezende continuasendo o nome do partido paradisputar a prefeitura de Goiânia?O­Iris­Rezende­não­perdeu­aeleição­no­PMDB.­Ele­liberou­e­nãointerferiu­no­processo.­Quemmontou­a­chapa­foi­o­Nailton(Oliveira),­a­Dona­Iris­e­um­grupodo­PMDB.­Ele­sabe­que­este­é­oresultado­das­bases­do­PMDB.Prova­disto­foi­que­quando­elechegou­no­diretório­estava­com­asduas­chapas­no­peito.­Iris­é­o­nossopré-candidato­a­prefeito­deGoiânia.­

Hoje já dá para dizer que aaliança entre o PMDB e PTnão vai prosperar?

Não­interfiro­em­assuntos­deoutros­partidos.­Vejo­pela

imprensa­o­PT­dizer­que­temcandidato.­Então,­se­o­PT­temcandidato­e­como­o­PMDBtambém­tem­candidato,­nósvamos­procurar­partidos­políticosque­queiram­fazer­aliança­com­oPMDB.­Eu­não­sei­se­o­PT­teminteresse­em­manter­a­aliança­como­PMDB.­Até­hoje­não­fomosprocurados­pelo­PT­e­nem­o­PMDBtambém­procurou­o­PT.­

Qual vai ser o discurso doPMDB para Goiânia?O­PMDB­tem­hoje­a­conscência­deque­quem­elegeu­o­prefeito­PauloGarcia­foi­a­população.­Ele­ficoulá­três­anos­porque­o­PMDB­deu­ocargo­para­ele.­Iris­RezendeMachado­saiu­para­ser­candidatoao­governo­e­entregou­para­PauloGarcia.­A­partir­do­momento­em

que­ele­foi­reeleito­ocompromisso­dele­foi­feito­diretocom­a­sociedade.­Quanto­àadminsitração­do­Paulo­Garcia,quem­tem­que­responder­é­ele­e­oPartido­dos­Trabalhadores,­e­nãoo­PMDB.

Quanto ao discurso...Nossa­mensagem­será­a­de­que­oPMDB­quando­voltar­a­governarGoiânia­vai­limpar­as­ruas­dacidade,­vai­recapear­o­asfalto,­vaicuidar­da­iluminação,­vaitransformar­Goiânia­na­cidademais­limpa­entre­as­capitais,­vaiconstruir­praças,­parques­emelhorar­o­tansporte­coletivo,­asaúde,­cuidar­da­juventude­ecumprir­um­papel­que­é­dogoverno­do­Estado­de­Goiás­eajudar­na­segurança­pública.Este­será­o­discurso­do­PMDB.

Deputado, o PMDB está, defato, investindo num novoprojeto e este projeto é DanielVilela para governador?Eu­já­disse­que­quando­amilitância­do­PMDB­deu­a­vitóriade­73%­para­a­chapa­que­tem­apresidência­do­Daniel­Vilela,­opartido­já­mostrou­o­caminho,­jáescolheu­o­Daniel.­Agora,­estecandidato­vai­conversar­com­asociedade­civil­organizada­emostrar­que­ele­é­diferente,mostrar­que­não­gosta­demordomia,­que­não­é­arrogante,que­não­é­rei,­que­não­é­o­salvadorda­pátria,­mas­que­ele­é­um­serhumano­que­está­vivenciando­osofrimento­do­povo­goiano.­Umpovo­que­não­tem­saúde,educação,­não­tem­segurançapública,­vive­com­a­infraestruturaarrebentada­no­Estado­de­Goiás­etem­um­governo­falido.­Ele­temque­ser­porta-voz­de­toda­estainsatisfação.­Ele­vai­andar­todo­oEstado­de­Goiás­com­um­novo

discurso­político,­um­discursoviável.­Acabar­com­as­festas­nopalácio,­os­banquetes,­oshelicópteros,­as­aeronaves.­Cercade­30%­dos­orçamentos­da­União,dos­estados­e­dos­municípios­sãogastos­na­corrupção­e­nasmordomias­dos­políticos.­Épreciso­mudar.

O PMDB perdeu a últimascinco eleições para o governode Goiás. O partido aprendeua lição e está encontrando ocaminho para vencer?A­sociedade­já­cansou­destegoverno.­Não­acredita­mais­nestegoverno.­Um­governo­que­estáesbanjando­dinheiro,­mordomia,farras­no­carnaval,­viagensinternacionais.­Tudo­isto­asociedade­está­vendo.­Então,­oPMDB­vem­agora­com­umdiscurso­totalmente­diferente,­queé­por­fim­a­isto­aí.­O­PMDBsempre­foi­um­partido­que­sepreocupou­com­os­mais

necessitados,­­com­moradia,­cominfraestrutura,­com­a­educação,que­se­preocupou­realmente­como­crescimento­de­Goiás.­Sabemosque­enfrentamos­o­império,­odinheiro,­enfrentamos­oestelionato­eleitoral.­O­MinistérioPúblico­e­a­polícia­vão­ter­quefuncionar­nestas­eleições­para­porfim­a­esta­gastança,­ao­uso­dodinheiro­público.­

Para o senhor, o ciclo dotempo novo está acabando?Já­passou­o­ciclo­e­ninguém­esperamais­nada­dele.­Ele­requenta­osdiscursos,­os­programas.­Elelançou­o­Inova­Goiás,­mas­naverdade­não­inovou­nada.­­Agoraouvi­falar­na­ida­dele­para­aAustrália­que­está­requentando­otrem-bala­Goânia/Brasília.­Ele­nãotem­dinheiro­nem­para­cuidar­dasegurança­no­Eixo-Anhanguera.O­governador­passou­a­ser­umhomem­desacreditado­na­políticade­Goiás.“A Agetop é o

petrolão do Estadode Goiás. É a LavaJato de Goiás. É láque lava o dinheiro

das campanhas. É láque pede propina"

"A oposição estápreparada para porfim ao chamadomarconismo"

"Iris é o nosso pré-candidato"

"O partido já escolheu o Daniel"

PAULO JOSÉ

O governador MarconiPerillo abriu, às 14 horas desexta-feira, dia 12, em Sydney-Austrália (2 horas da manhã nohorário de Brasília), a missãocomercial à Oceania, que seestenderá até o próximo sába-do, dia 20, com agenda tambémna Nova Zelândia, no mesmocontinente. A comitiva, formadapor empresários e dirigentes desindicatos e federações, mante-ve encontro com autoridades doConsulado Geral do Brasil, pre-parando a extensa agenda quecomeçará a ser cumprida a par-tir desta segunda-feira,dia 15.

No encontro com membrosdo consulado, o governadormostrou-se otimista com a mis-são, após ouvir do pessoal doconsulado um referencial sobrea expectativa que ela tem provo-cado. Já nesta segunda-feira, acomitiva goiana terá reuniãocom a diretoria da TransitSystems, empresa de transportepúblico que emprega quaseduas mil pessoas e transportamais de 75 milhões de passagei-ros por ano na rota Sydney –Perth - Adelaide - Darwin. ATransit também atua emLondres e na Tailândia.

As operadoras da RMTC

estão em busca de investidores eenxergam na Transit System umparceiro em potencial paratransferência de tecnologia emelhoria do sistema. Técnicosda empresa australiana já esti-veram em Goiânia e conhece-ram o mercado, as possibilida-des de investimentos e oambiente da RMTC.

O governador MarconiPerillo vai demonstrar aos dire-tores da Transit Systems, noencontro de segunda-feira, queo Estado manifesta apoio,incentivo e compromisso com atransferência de capital e tecno-logia, colocando toda a suaequipe à disposição para vencerpassos burocráticos, manifestaraval público, facilitar trânsito etroca de pessoas e fazer parte deuma solução de melhoria notransporte público da capital.

Durante entrevista à diretorado Programa de LínguaPortuguesa da Rádio SpecialBroadcasting Service (SBS) deSydney, Beatriz Wagner, ogovernador destacou a impor-

tância das missões internacio-nais. Para ele, esse intercâmbioé uma estratégia positiva para oestado, que tem a possibilidadede ampliar os parceiros comer-ciais e, assim, trazer benefíciospara a economia goiana.

“Nós – explicou - temosprocurado aprimorar o nossorelacionamento comercial e cul-tural com todos os continentese com o maior número possívelde países. A Austrália tem simi-laridades conosco. É um paísforte na produção agropecuária;temos grupos de Goiás que jáatuam no País fortemente.Temos uma relação comercialbilateral muito expressiva. Eagora queremos ampliar os nos-sos negócios com a Austrália.Há 20 anos Goiás importava eexportava para 50 países. Hojenós trabalhamos com 160 paí-ses”.

Sobre as potencialidades deGoiás, lembrou que o Estado éum dos grandes polos indus-triais na área de fármacos.“Temos rodovias, ferrovias e

hidrovias. Somos um estadopreparado para atrair novosinvestimentos e para distribuirprodutos, Além de termos umpovo muito acolhedor”, afir-mou. Segundo dados daSecretaria de DesenvolvimentoEconômico, a Balança comer-cial de Goiás cresceu mais de2000%, de 1998 para cá. Goiásexportava 384 milhões de dóla-res e hoje as exportações goia-nas estão na casa dos 8 bilhõesde dólares.

Presidente da Federação dasIndústrias de Goiás (FIEG),Pedro Alves, que integra a comi-tiva de Goiás na Oceania, des-tacou a importância das mis-sões internacionais para oEstado. "Goiás é um Estadoriquíssimo, tem boas oportuni-dades de negócios e investimen-tos, mas o mundo não conhece.Quando chegamos em outroPaís e mostramos nossas poten-cialidades, há uma admiraçãomuito grande. Goiás é umEstado altamente promissor",declarou.

COMUNIDADES6 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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MISSÃO COMERCIAL

Marconi promoveGoiás na Austrália

ANÁLISEAltair Tavares

Rádio 730

Perillo vira o jogo em 2016?

O ano de 2015, no governode Marconi Perillo, foi de umasucessão de desgastes que atin-giram a imagem da administra-ção. A começar pelas dificulda-des para a manutenção da folhade pagamento em dia a partir daalteração do calendário de paga-mento. A contenção do volumede obras provocou a paralisaçãode várias delas (o EstádioOlímpico foi uma delas). A faltade manutenção das estradaslevou a muitas críticas durante operiodo chuvoso por causa dosburacos em várias delas.

O desgaste foi adicionado,também, pela alteração nosreajustes salariais programadospara a área de segurança queforam transferidos para 2018.As categorias ameaçaram umaforte reação, mas acalmaram apartir das negociações feitasdiretamente pelo governadorPerillo.

Apesar de um processo emque o governo de Goiás saiu-sevitorioso, a ocupação das esco-las promoveu a exposiçãonegativa da gestão goiana parao Brasil. Quem diria que umgrupo de estudantes, ocupandomenos de 30 das 1.160 escolasestaduais, levasse o assuntodas Organizações Sociaiscomo denúncia para a mídiafora de Goiás e fora do Brasil.Os temas de desgaste forammuitos no primeiro ano degoverno para Marconi Perillo.

E, agora? O governador, noquarto ano de mandato, vaiconseguir virar o jogo? Comovai conseguir mais uma vezreverter a situação como nosanos anteriores? É fato quePerillo tem experiência na supe-ração de adversidades e temfoco para a construção de umaimagem – que poderá ser positi-va – ao final do governo.

No curso do tempo, a ree-leição de Perillo em 2014 repre-sentou uma grande vitória, prin-cipalmente pelo fato de que ogestor enfrentou um profundodesgaste em 2012 quando a ava-liação do governo foi a indices

baixíssimos. O início da recupe-ração em 2013 abriu o caminhopara a vitória contra IrisRezende no ano seguinte.

Está mais do que claro quePerillo projeta a busca de umresultado politico que possaconstruir uma imagem nacionale, assim, atingir seus projetospoliticos futuros. Do mesmomodo que, recentemente,Eduardo Campos, noPernambuco, e Aécio Neves, emMinas Gerais, o governador deGoiás espera construir umabase no governo para a presen-ça nacional. E, apesar dos pro-blemas, tem conseguidoampliar sua imagem como lide-rança no PSDB.

Não há dúvidas de que aliderança do Fórum deGovernadores do Centro-Oestefoi um passo que constribuiu,mas há muito que trabalhar. SePeril lo olha para a políticanacional, tem que construir umgoverno de alta aprovação emGoiás.

A imagem do governador,como gestor e administrador,tem sustentado, razoavelmente,a aprovação positiva do gover-no que não chegaria ao índicede 53% divulgado recentemen-te, mas um pouco abaixo disso,na realidade. No entanto, aimagem da administração, emgeral, não é a mesma. Ou seja,o atual governador usa o crédi-to da imagem de Perillo.

Para virar o jogo, o gover-no de Perillo pode contar commais investimentos na manu-tenção das estradas, mas, certa-mente, conta com o leilão daCelg para ampliar o caixa daretomada. No entanto, comcaixa limitado por causa daqueda na arredação, o governoPerillo vai, enfim, “mudar odisco” da crise para uma situa-ção inversa? Eis a questão.

Altair Tavares é comentaristasdas Rádio Vinha FM e 730 AM,editor do Diário de Goiás e blo-gueiro ( www.altairtavares.com.br )

A Balança comercialgoiana cresceu maisde 2000%, de 1998para cá. O estadoexportava 384milhões de dólares ehoje está na casa dos8 bilhões de dólares

Governador Marconi Perillo em reunião com membros do consulado brasileiro na Austrália

MARCOS VILAS BOAS

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POLÍTICA 5

X

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

ENTREVISTA / DEPUTADO JOSÉ NELTO

Ronaldo Coelho e Manoel Messias

Pergunta: Deputado, o PMDBteve uma disputa internaacirrada pelo comando da sigla.O partido está sendoreunificado?José­Nelto:­Nós­temos­a­missão­derenovar­o­PMDB,­apresentar­umanova­cara­para­a­sociedade.­Amilitância­do­PMDB­resolveumostrar­que­o­partido­tinha­quesofrer­uma­guinada­de­180­graus.E­esta­guinada­aconteceu.­A­nossachapa,­que­tem­como­presidenteDaniel­Vilela,­venceu­com­73%.Então,­esta­é­a­vontade­do­PMDB,de­mudar,­de­avançar,­semodernizar­e­preparar­o­partidopara­a­disputa­eleitoral­de­2016­e,consequentemente,­de­2018.Passadas­as­eleições,­qual­é­otrabalho­nosso?­Unificar­o­partido.Este­trabalho­o­Daniel­Vilela­já­estáfazendo.­O­partido­saiu­fortalecidoe­unificado.­Aí­vem­a­segundaetapa,­que­é­abrir­o­PMDB­paratoda­a­sociedade­civil­organizada­etambém­para­todos­os­políticos­e­aoutros­partidos­que­queiram­sealiar­ao­PMDB.­Sabemos­que­paraganhar­as­eleições­é­preciso­buscarnovos­aliados.­A­oposição­está

preparada­para­o­crescimento­epara­por­fim­numa­era­do­PSDB,­aoposição­está­preparada­para­porfim­ao­chamado­marconismo,­quetem­20­anos­de­poder­e­não­temmais­expectativa­de­resolver­agrave­crise­que­vive­o­Estado­deGoiás.­

Historicamente os partidos noBrasil são vinculados à figura deuma pessoa. Em Goiás, IrisRezende era uma dessas figurasno PMDB. Essa mudança nocomando do partido abre espaçopara novas lideranças?Iris­Rezende­Machado­sempre­deuoportunidade­para­novaslideranças,­para­novos­valores­doPMDB.­Ele­deu­espaço­paraMaguito­Vilela,­Thiago­Peixoto,Samuel­Belchior,­Bruno­Peixoto,Agenor­Mariano­e­o­deputado­JoséNelto.­Ele­nunca­fechou­o­partido.Mas­sempre­foi­um­liderança­dura,carismática­do­PMDB.­Agora,­nanossa­visão,­este­modelo­políticotem­que­acabar,­a­figura­do­rei,­darainha,­do­culto­à­personalidade.Isto­não­leva­ninguém­a­lugaralgum.­Vamos­valorizar­os­filiadose­acabar­com­o­culto­àpersonalidade.­Isto­significa­atraso.É­o­que­está­acontecendo­hoje­emGoiás­no­governo­Marconi,­que­écultuado­como­um­rei,­como­umlíder­carismático­que­resolve­tudo,mas­que,­na­verdade,­não­estáresolvendo­nada.­Estãomergulhados­numa­crise­muitogrande.

O Iris Rezende aceita sair decena agora como protagonistado PMDB?Ele­não­vai­sair­de­cena.­É­oseguinte.­Na­vida­você­tem­tempopara­tudo.­Para­plantar,­para

crescer,­dar­fruto­e­chega­ummomento­também­que­você­chegano­tempo­de­envelhecer.­Isto­fazparte­da­vida­de­qualquer­serhumano.­Tudo­tem­um­tempo­depermanência­na­vida.­Hoje­IrisRezende­Machado­é­o­nosso­pré-candidato­a­prefeito­de­Goiânia.Ele­tem­o­apoio­de­todo­o­PMDB.­Éum­bom­gestor,­um­bom­político.Não­adianta­você­dizer­que­o­Iris­écandidato­a­governador­de­novo.Não­é.­Chega­num­momento­quenão­dá­mais.­É­o­mesmo­quechamar­o­Fernando­HenriqueCardoso­para­ser­candidato­apresidente­da­República.­Já­passoua­vez­dele­também.

A sua chapa teve 73% dos votosna convenção. Houve umaruptura desse grupo queapresentou discurso diferente dooutro. Esta eleição marcou umaruptura com o passado noPMDB?O­PMDB­tinha­que­tomar­umadecisão­e­esta­decisão­foi­tomadapela­militância.­Nada­contra­opassado­do­PMDB.­Nosorgulhamos­dele.­Mas­chega­numcerto­momento­em­que­o­passadovai­cansando.­Isto­acontece­comqualquer­partido,­com­qualquerser­humano.­Pedro­Ludovicochegou­e­triunfou­na­revolução­e

tomou­o­poder­dos­Caiados.Passou­certo­tempo,­Iris­RezendeMachado­surgiu­como­liderançanova­e­tomou­a­liderança­de­PedroLudovico­e­então­veio­a­era­Iris.Depois­chegou­outro­jovem­e­veioa­era­Marconi,­que­já­envelheceutambém.­Agora­vem­uma­nova­erana­política­de­Goiás,­que­é­a­eraDaniel­Vilela.­É­um­processonormal­de­renovação­da­classepolítica.

Este grupo que está no comandodo PMDB está preparado parafazer a leitura da nova realidadepolítica de Goiás?Esta­mudança,­este­novo­discursoestá­acontecendo­no­mundointeiro.­O­povo­quer­renovar­napolítica.­Os­partidos­estãoperdendo­o­poder­para­amilitância,­para­a­sociedade­naescolha­dos­candidatos.­O­PMDBde­Goiás­está­antenado­com­apolítica­internacional,­com­apolítica­do­Brasil,­com­a­voz­dasruas­e­com­tudo­o­que­estáacontecendo­em­Goiás.­Ninguémaguenta­mais­a­corrupção,mordomia,­ninguém­aguenta­maiso­político­que­acha­que­é­o­dono­dapalavra,­ninguém­suporta­mais­olíder­político­achar­que­ele­é­opoder.­A­população­vai­sepultareste­tipo­de­político.­O­culto­àpersonalidade­acabou.­Você­temque­cultuar­é­o­trabalhador,­asociedade.­Não­há­salvador­dapátria.

Os políticos novos estãopreparados para detectar osentimento popular?Isto­pode­ser­detectado­através­depequisas.­Você­tem­hoje­umaparato­de­pesquisas.­A­sociedadeestá­antenada­através­das­redes

sociais­e­é­o­que­nós­estamosfazendo­no­PMDB.­O­PMDB­deuum­salto­muito­grande.­O­partidoera­criticado­porque­não­secomunicava­com­as­massas.­Nãoestava­nas­redes­sociais.­O­partidoentrou­fortemente,­através­dasbancadas­estadual­e­federal,­nasredes­sociais­e­com­o­site­GoiásReal­(www.goiasreal.com.br)­quehoje­está­aberto­a­toda­a­sociedadepara­falar­o­que­ela­está­sentindo,aquilo­que­ela­não­pode­falar­natelevisão,­no­rádio­ou­no­jornal.­Éum­canal­aberto­e­democráticopara­a­sociedade.­Isto­mostra­que­opartido­avançou­e­está­antenadoem­relação­ao­que­estáacontecendo­no­dia­a­dia­dapolítica­no­Brasil­e­no­dia­a­dia­davida­do­cidadão.

Deputado, o PMDB estápreprado para disputar essaseleiçõs municipais? Parece que opartido deu uma encolhida nointerior?Eu­vou­explicar.­O­partido­tomoua­decisão­e­extinguiu­todos­osdiretórios­no­Estado­de­Goiás.Tinha­gente­que­usava­o­partidopara­fazer­negociata­achando­queo­partido­era­um­negócioparticular­dele.­Isto­acabou­noPMDB.­Criamos­novas­comissõesprovisórias­em­todo­o­Estado­deGoiás­e­agora­começamos­a­criaros­diretórios.­Já­chegamos­a­146diretórios­e­ainda­temos­100comissões­provisórias.­Daqui­atéo­dia­30­de­março,­vamosconversar­com­toda­a­nossamilitância,­com­o­o­partido­evamos­passar­uma­determinaçãoda­executiva:­o­PMDB­tem­que­tercandidato­nos­246­municípíos.­Senão­tiver­um­nome­do­PMDB,­aprimeira­opção­é­com­um­aliadonosso,­o­senador­Ronaldo­Caiado,do­DEM.­Se­não­tiver­do­DEM­etiver­do­PRP,­a­preferência­serádo­PRP.­São­os­três­partidosaliados­que­participaram­juntosda­eleição­de­2014.­Agora,­outrospartidos­que­quiserem­se­aliar­aoPMDB­tem­que­fazer­istopublicamente.

Novo vice-presidente dodiretório regional doPMDB e líder dabancada do partido naAssembleia Legislativa, odeputado José Nelto diz,em entrevista à Tribunado Planalto, que alegenda saiu fortalecidado processo de disputainterna pelo comando dasigla. Afirma ainda que odeputado federal DanielVilela, eleito presidentedo PMDB, é o nome dopartido para as eleiçõesde 2018. Sobre o pleitodeste ano, garante queIris Rezende é o nomedos peemedebistas. JoséNelto dá a entender quea aliança do PMDB como PT está exaurida e fazduras críticas ao governode Marconi Perillo(PSDB).

"O PMDBtem que tercandidatonos 246municípíos"

Este trabalho de 2016 já visa aseleições de 2018 . Que tipo deoposição o PMDB vai fazer aogoverno do Estado?Cabe­à­bancada­estadual,­emprimeiro­lugar,­o­papel­de­fazeroposição.­Deve­fiscalizar­e­cobrar.A­bancada­está­agindo­e­tem­feitooposição­dura­e­séria­ao­governodo­Estado­de­Goiás.­Na­aberturados­trabalhos­da­Assembleia­nósteremos­mais­uma­prova­disto.Vamos­fazer­um­retrato­do­queestá­acontecendo­em­Goiás­emostrar­para­a­sociedade.­O­quefoi­prometido­em­campanha,­asituação­em­que­vive­o­cidadão­deGoiás,­o­sucateamento­dosaparelhos­de­segurança­pública,­asituação­da­saúde­pública,­daeducação­e­da­infraestrutura.­Ogoverno­se­esqueceu­da­juventude,não­tem­um­projeto­para­ajuventude­no­Estado­de­Goiás.Agora,­a­oposição­cobra­de­quem?Do­Ministério­Público­(MP),­cobrado­Tribunal­de­Contas­do­Estado(TCE).­Agora,­lamentavelmente­oMinistério­Público­de­Goiásprecisa­mudar­de­mentalidade.Hoje­o­MP­trabalha­e­pune­apenasprefeitos,­vereadores,­deputados.O­Ministério­Público­de­Goiás­temque­cumprir­o­papel­dele­como­fazo­Ministério­Público­Federal.­Odelegado­da­Polícia­Civil­tem­quecumprir­o­papel­dele­como­faz­umdelegado­da­Polícia­Federal.­OTCE­virou­um­puxandinho­doPalácio­das­Esmeraldas.­É­umTribunal­de­compadres.­E­ogoverno­de­Goiás­virou­umgoverno­de­compadres.­Então,todo­esse­compadrio­toma­contado­Estado­de­Goiás­que­vive­paraatender­os­amigos­do­rei,­osempresários­que­não­pagamimpostos.­Com­tudo­isto,­faltadinheiro­para­todas­as­áreas,­para­a

saúde,­segurança­e­educação,infraestrutura.­Nós­vivemos­a­piorcrise­de­Goiás­nos­últimos­20­anos.

O senhor mencionou nomes deinstituições importantes, como oMP e o TCE...Já­houve­mudança­dementalidade.­O­Tribunal­deContas­da­União­(TCU)­já­tomouposição.­Mas­nos­estados­asituação­é­muito­promíscua.

O senhor poderia citar um pontoespecífico com indício deilegalidade em que o MP temconhecimento e não estáagindo?A­oposição­leva­várias­denúnciasao­Ministério­Público.­A­denúncianão­anda­no­Ministério­Público.Temos­grande­promotores,promotores­sérios­e­respeitados­noEstado­de­Goiás.­Mas­a­instituiçãoera­para­ajudar­a­democracia,­paraajudar­a­por­fim­à­corrupção.­OMP­tem­que­atuar­mais.­Vou­darum­exemplo.­A­OperaçãoCompadrio­parou­no­meio.­Tinhaque­ter­continuado.­Possocomparar­a­Agetop­hoje­com­­aPetrobrás.­A­Agetop­é­o­petrolãodo­Estado­de­Goiás.­É­a­Lava­Jatode­Goiás.­É­lá­que­lava­o­dinheirodas­campanhas.­É­lá­que­pedepropina.­Quem­é­que­pedepropina:­é­o­presidente­da­Agetop,o­senhor­Jayme­Rincón.­Ele­é­ocabo­da­campanha,­o­caixa­dacampanha.­E­o­Ministério­Públicoparou­num­diretor.­É­preciso­quedê­continuidade­na­OperaçãoCompadrio.­Vou­dar­outroexemplo.­Tem­um­ano­que­eu­deientrada,­através­da­Lei­de­Acesso­àInformação­(LAI),­para­ter­acessoaos­contratos­da­Agetop,­aosaditivios­deste­contratos,­aoscontratos­da­Secretaria­de­Saúde

com­as­OS's,­os­aditivos­e­ossalários­dos­presidentes­e­diretoresdas­Os's.­O­governo­não­atende­opedido­de­uma­lei­federal­e­um­leiestadual.­O­quê­o­governo­estáescondendo?­Cadê­atransparência?­Você­começa­aacreditar­que­tem­algo­muito­gravepor­trás­deste­contratos.

E o Tribunal de Contas doEstado?O­TCE­e­o­TCM­hoje­você­podedizer­que­estão­no­bolso­dogovernador.­Só­fazem­o­que­ogovernador­quer.­Então,­nãoresolve­nada.­Assim­é­melhoracabar­com­o­TCE­e­com­o­TCM.São­instituições­que­nãofuncionam.­Se­não­funcionam,para­que­existir?­O­TCE­do­Estadode­Goiás,­ao­invés­de­fiscalizar­ogoverno,­já­que­é­um­órgão­deassessoramento­da­AssembleiaLegislativa,­está­preocupado­emfazer­um­palacete.­E­um­palaceteque,­segundo­informações­edenúncias­que­recebemos,­é­umpalacete­de­obra­superfaturada,propina­e­tudo­isto.

"O TCE virou um puxandinho doPalácio das Esmeraldas. É umTribunal de compadres"

Mesmo perdendo o controle doPMDB, Iris Rezende continuasendo o nome do partido paradisputar a prefeitura de Goiânia?O­Iris­Rezende­não­perdeu­aeleição­no­PMDB.­Ele­liberou­e­nãointerferiu­no­processo.­Quemmontou­a­chapa­foi­o­Nailton(Oliveira),­a­Dona­Iris­e­um­grupodo­PMDB.­Ele­sabe­que­este­é­oresultado­das­bases­do­PMDB.Prova­disto­foi­que­quando­elechegou­no­diretório­estava­com­asduas­chapas­no­peito.­Iris­é­o­nossopré-candidato­a­prefeito­deGoiânia.­

Hoje já dá para dizer que aaliança entre o PMDB e PTnão vai prosperar?

Não­interfiro­em­assuntos­deoutros­partidos.­Vejo­pela

imprensa­o­PT­dizer­que­temcandidato.­Então,­se­o­PT­temcandidato­e­como­o­PMDBtambém­tem­candidato,­nósvamos­procurar­partidos­políticosque­queiram­fazer­aliança­com­oPMDB.­Eu­não­sei­se­o­PT­teminteresse­em­manter­a­aliança­como­PMDB.­Até­hoje­não­fomosprocurados­pelo­PT­e­nem­o­PMDBtambém­procurou­o­PT.­

Qual vai ser o discurso doPMDB para Goiânia?O­PMDB­tem­hoje­a­conscência­deque­quem­elegeu­o­prefeito­PauloGarcia­foi­a­população.­Ele­ficoulá­três­anos­porque­o­PMDB­deu­ocargo­para­ele.­Iris­RezendeMachado­saiu­para­ser­candidatoao­governo­e­entregou­para­PauloGarcia.­A­partir­do­momento­em

que­ele­foi­reeleito­ocompromisso­dele­foi­feito­diretocom­a­sociedade.­Quanto­àadminsitração­do­Paulo­Garcia,quem­tem­que­responder­é­ele­e­oPartido­dos­Trabalhadores,­e­nãoo­PMDB.

Quanto ao discurso...Nossa­mensagem­será­a­de­que­oPMDB­quando­voltar­a­governarGoiânia­vai­limpar­as­ruas­dacidade,­vai­recapear­o­asfalto,­vaicuidar­da­iluminação,­vaitransformar­Goiânia­na­cidademais­limpa­entre­as­capitais,­vaiconstruir­praças,­parques­emelhorar­o­tansporte­coletivo,­asaúde,­cuidar­da­juventude­ecumprir­um­papel­que­é­dogoverno­do­Estado­de­Goiás­eajudar­na­segurança­pública.Este­será­o­discurso­do­PMDB.

Deputado, o PMDB está, defato, investindo num novoprojeto e este projeto é DanielVilela para governador?Eu­já­disse­que­quando­amilitância­do­PMDB­deu­a­vitóriade­73%­para­a­chapa­que­tem­apresidência­do­Daniel­Vilela,­opartido­já­mostrou­o­caminho,­jáescolheu­o­Daniel.­Agora,­estecandidato­vai­conversar­com­asociedade­civil­organizada­emostrar­que­ele­é­diferente,mostrar­que­não­gosta­demordomia,­que­não­é­arrogante,que­não­é­rei,­que­não­é­o­salvadorda­pátria,­mas­que­ele­é­um­serhumano­que­está­vivenciando­osofrimento­do­povo­goiano.­Umpovo­que­não­tem­saúde,educação,­não­tem­segurançapública,­vive­com­a­infraestruturaarrebentada­no­Estado­de­Goiás­etem­um­governo­falido.­Ele­temque­ser­porta-voz­de­toda­estainsatisfação.­Ele­vai­andar­todo­oEstado­de­Goiás­com­um­novo

discurso­político,­um­discursoviável.­Acabar­com­as­festas­nopalácio,­os­banquetes,­oshelicópteros,­as­aeronaves.­Cercade­30%­dos­orçamentos­da­União,dos­estados­e­dos­municípios­sãogastos­na­corrupção­e­nasmordomias­dos­políticos.­Épreciso­mudar.

O PMDB perdeu a últimascinco eleições para o governode Goiás. O partido aprendeua lição e está encontrando ocaminho para vencer?A­sociedade­já­cansou­destegoverno.­Não­acredita­mais­nestegoverno.­Um­governo­que­estáesbanjando­dinheiro,­mordomia,farras­no­carnaval,­viagensinternacionais.­Tudo­isto­asociedade­está­vendo.­Então,­oPMDB­vem­agora­com­umdiscurso­totalmente­diferente,­queé­por­fim­a­isto­aí.­O­PMDBsempre­foi­um­partido­que­sepreocupou­com­os­mais

necessitados,­­com­moradia,­cominfraestrutura,­com­a­educação,que­se­preocupou­realmente­como­crescimento­de­Goiás.­Sabemosque­enfrentamos­o­império,­odinheiro,­enfrentamos­oestelionato­eleitoral.­O­MinistérioPúblico­e­a­polícia­vão­ter­quefuncionar­nestas­eleições­para­porfim­a­esta­gastança,­ao­uso­dodinheiro­público.­

Para o senhor, o ciclo dotempo novo está acabando?Já­passou­o­ciclo­e­ninguém­esperamais­nada­dele.­Ele­requenta­osdiscursos,­os­programas.­Elelançou­o­Inova­Goiás,­mas­naverdade­não­inovou­nada.­­Agoraouvi­falar­na­ida­dele­para­aAustrália­que­está­requentando­otrem-bala­Goânia/Brasília.­Ele­nãotem­dinheiro­nem­para­cuidar­dasegurança­no­Eixo-Anhanguera.O­governador­passou­a­ser­umhomem­desacreditado­na­políticade­Goiás.“A Agetop é o

petrolão do Estadode Goiás. É a LavaJato de Goiás. É láque lava o dinheiro

das campanhas. É láque pede propina"

"A oposição estápreparada para porfim ao chamadomarconismo"

"Iris é o nosso pré-candidato"

"O partido já escolheu o Daniel"

PAULO JOSÉ

O governador MarconiPerillo abriu, às 14 horas desexta-feira, dia 12, em Sydney-Austrália (2 horas da manhã nohorário de Brasília), a missãocomercial à Oceania, que seestenderá até o próximo sába-do, dia 20, com agenda tambémna Nova Zelândia, no mesmocontinente. A comitiva, formadapor empresários e dirigentes desindicatos e federações, mante-ve encontro com autoridades doConsulado Geral do Brasil, pre-parando a extensa agenda quecomeçará a ser cumprida a par-tir desta segunda-feira,dia 15.

No encontro com membrosdo consulado, o governadormostrou-se otimista com a mis-são, após ouvir do pessoal doconsulado um referencial sobrea expectativa que ela tem provo-cado. Já nesta segunda-feira, acomitiva goiana terá reuniãocom a diretoria da TransitSystems, empresa de transportepúblico que emprega quaseduas mil pessoas e transportamais de 75 milhões de passagei-ros por ano na rota Sydney –Perth - Adelaide - Darwin. ATransit também atua emLondres e na Tailândia.

As operadoras da RMTC

estão em busca de investidores eenxergam na Transit System umparceiro em potencial paratransferência de tecnologia emelhoria do sistema. Técnicosda empresa australiana já esti-veram em Goiânia e conhece-ram o mercado, as possibilida-des de investimentos e oambiente da RMTC.

O governador MarconiPerillo vai demonstrar aos dire-tores da Transit Systems, noencontro de segunda-feira, queo Estado manifesta apoio,incentivo e compromisso com atransferência de capital e tecno-logia, colocando toda a suaequipe à disposição para vencerpassos burocráticos, manifestaraval público, facilitar trânsito etroca de pessoas e fazer parte deuma solução de melhoria notransporte público da capital.

Durante entrevista à diretorado Programa de LínguaPortuguesa da Rádio SpecialBroadcasting Service (SBS) deSydney, Beatriz Wagner, ogovernador destacou a impor-

tância das missões internacio-nais. Para ele, esse intercâmbioé uma estratégia positiva para oestado, que tem a possibilidadede ampliar os parceiros comer-ciais e, assim, trazer benefíciospara a economia goiana.

“Nós – explicou - temosprocurado aprimorar o nossorelacionamento comercial e cul-tural com todos os continentese com o maior número possívelde países. A Austrália tem simi-laridades conosco. É um paísforte na produção agropecuária;temos grupos de Goiás que jáatuam no País fortemente.Temos uma relação comercialbilateral muito expressiva. Eagora queremos ampliar os nos-sos negócios com a Austrália.Há 20 anos Goiás importava eexportava para 50 países. Hojenós trabalhamos com 160 paí-ses”.

Sobre as potencialidades deGoiás, lembrou que o Estado éum dos grandes polos indus-triais na área de fármacos.“Temos rodovias, ferrovias e

hidrovias. Somos um estadopreparado para atrair novosinvestimentos e para distribuirprodutos, Além de termos umpovo muito acolhedor”, afir-mou. Segundo dados daSecretaria de DesenvolvimentoEconômico, a Balança comer-cial de Goiás cresceu mais de2000%, de 1998 para cá. Goiásexportava 384 milhões de dóla-res e hoje as exportações goia-nas estão na casa dos 8 bilhõesde dólares.

Presidente da Federação dasIndústrias de Goiás (FIEG),Pedro Alves, que integra a comi-tiva de Goiás na Oceania, des-tacou a importância das mis-sões internacionais para oEstado. "Goiás é um Estadoriquíssimo, tem boas oportuni-dades de negócios e investimen-tos, mas o mundo não conhece.Quando chegamos em outroPaís e mostramos nossas poten-cialidades, há uma admiraçãomuito grande. Goiás é umEstado altamente promissor",declarou.

COMUNIDADES6 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

X

MISSÃO COMERCIAL

Marconi promoveGoiás na Austrália

ANÁLISEAltair Tavares

Rádio 730

Perillo vira o jogo em 2016?

O ano de 2015, no governode Marconi Perillo, foi de umasucessão de desgastes que atin-giram a imagem da administra-ção. A começar pelas dificulda-des para a manutenção da folhade pagamento em dia a partir daalteração do calendário de paga-mento. A contenção do volumede obras provocou a paralisaçãode várias delas (o EstádioOlímpico foi uma delas). A faltade manutenção das estradaslevou a muitas críticas durante operiodo chuvoso por causa dosburacos em várias delas.

O desgaste foi adicionado,também, pela alteração nosreajustes salariais programadospara a área de segurança queforam transferidos para 2018.As categorias ameaçaram umaforte reação, mas acalmaram apartir das negociações feitasdiretamente pelo governadorPerillo.

Apesar de um processo emque o governo de Goiás saiu-sevitorioso, a ocupação das esco-las promoveu a exposiçãonegativa da gestão goiana parao Brasil. Quem diria que umgrupo de estudantes, ocupandomenos de 30 das 1.160 escolasestaduais, levasse o assuntodas Organizações Sociaiscomo denúncia para a mídiafora de Goiás e fora do Brasil.Os temas de desgaste forammuitos no primeiro ano degoverno para Marconi Perillo.

E, agora? O governador, noquarto ano de mandato, vaiconseguir virar o jogo? Comovai conseguir mais uma vezreverter a situação como nosanos anteriores? É fato quePerillo tem experiência na supe-ração de adversidades e temfoco para a construção de umaimagem – que poderá ser positi-va – ao final do governo.

No curso do tempo, a ree-leição de Perillo em 2014 repre-sentou uma grande vitória, prin-cipalmente pelo fato de que ogestor enfrentou um profundodesgaste em 2012 quando a ava-liação do governo foi a indices

baixíssimos. O início da recupe-ração em 2013 abriu o caminhopara a vitória contra IrisRezende no ano seguinte.

Está mais do que claro quePerillo projeta a busca de umresultado politico que possaconstruir uma imagem nacionale, assim, atingir seus projetospoliticos futuros. Do mesmomodo que, recentemente,Eduardo Campos, noPernambuco, e Aécio Neves, emMinas Gerais, o governador deGoiás espera construir umabase no governo para a presen-ça nacional. E, apesar dos pro-blemas, tem conseguidoampliar sua imagem como lide-rança no PSDB.

Não há dúvidas de que aliderança do Fórum deGovernadores do Centro-Oestefoi um passo que constribuiu,mas há muito que trabalhar. SePeril lo olha para a políticanacional, tem que construir umgoverno de alta aprovação emGoiás.

A imagem do governador,como gestor e administrador,tem sustentado, razoavelmente,a aprovação positiva do gover-no que não chegaria ao índicede 53% divulgado recentemen-te, mas um pouco abaixo disso,na realidade. No entanto, aimagem da administração, emgeral, não é a mesma. Ou seja,o atual governador usa o crédi-to da imagem de Perillo.

Para virar o jogo, o gover-no de Perillo pode contar commais investimentos na manu-tenção das estradas, mas, certa-mente, conta com o leilão daCelg para ampliar o caixa daretomada. No entanto, comcaixa limitado por causa daqueda na arredação, o governoPerillo vai, enfim, “mudar odisco” da crise para uma situa-ção inversa? Eis a questão.

Altair Tavares é comentaristasdas Rádio Vinha FM e 730 AM,editor do Diário de Goiás e blo-gueiro ( www.altairtavares.com.br )

A Balança comercialgoiana cresceu maisde 2000%, de 1998para cá. O estadoexportava 384milhões de dólares ehoje está na casa dos8 bilhões de dólares

Governador Marconi Perillo em reunião com membros do consulado brasileiro na Austrália

MARCOS VILAS BOAS

Page 7: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/02/14-02-2015_tr… · UNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

POLÍTICA 7X

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

A crise econômica e ainsatisfação populardevem transformar asredes sociais numcaldeirãoefervescente dediscussões, ofensas edisputas políticas nopleito eleitoral desteano

Daniela Martins

A cada eleição, a internetganha mais espaço e força nadisputa pela preferência doseleitores. Se em 2014, vimosuma ferrenha batalha nasredes sociais entre PSDB e PTpela presidência da República,preparem-se para um combatevirtual ainda mais contunden-te no pleito deste ano, quandoserão escolhidos milhares deprefeitos e vereadores em todoo país. Com a popularizaçãode aplicativos como oWhatsApp, o eleitor deve seralcançado bem mais rápida econstantemente por meio deseus poderosos smartphones.

“As campanhas já têm nasmídias sociais as principaisintervenções, e a tendência éaumentar porque a interaçãocandidato-eleitor é maior”,aval ia o cientista pol í t icoItami Campos.

De fato, tudo colaborapara elevar a importância daweb e da interação virtual. Aminirreforma eleitoral reduziuo período de campanha de 90para 45 dias, diminuiu tam-bém o tempo dos candidatos

ELEIÇÕES 2016

Quem não tiver um moni-toramento profissional dasmídias, quer as tradicionaisou sociais, bem como bonsinstitutos de pesquisas e pro-fissionais qualif icados, sópor uma zebra ganhará essaseleições. A observação é dopesquisador Ademir Lima.Para ele, o candidato precisaentender a melhor forma detirar o máximo proveito dasmídias sociais e comunicarcom seus eleitores.

“É preciso ter uma visãodas redes sociais e de sua lin-guagem, ter percepção detendências, aplicações, estra-tégias e técnicas de marketingpolítico digital”, defende.

Ademir alerta ainda quemanter um perfil nas redessociais não significa que vocêestá presente.

“É preciso ter conteúdo einteragir. A simples presençado perfil nada significa, é umtiro no pé”, resume.

É fato que cada vez maispolíticos ocupam os espaçosvirtuais. Na rede social maispopular, o Facebook, porexemplo, há perfis de pratica-mente todos pré-candidatosà prefe i tura de Goiânia,vereadores e deputados esta-duais. A questão é a formacom que a ferramenta temsido utilizada.

“Ainda temos um quadrode certa ausência e um gran-de amadorismo no Estado de

Goiás”, considera LuizSignates, que salienta que,além de estar na internet, épreciso saber gerir o proces-so, pois trata-se de umambiente complexo.

O especialista faz duasrecomendações aos pré-cadi-datos: não agirem sem pes-quisa e prof iss ional izar acomunicação da campanha.

“A pesquisa e le i toral ,especialmente as qualitativas,são instrumento imprescindí-

vel de posic ionamento deimagem, qualquer que seja ocontexto que se apresente epor mais que o candidato jul-gue conhecer por si próprio areal idade na qual atuarápoliticamente”, orienta.

Outro ponto fundamentalé a prof iss ional ização dacomunicação da campanha,sobretudo a atuação nasredes sociais.

“O contexto de alta com-petit iv idade e escassez de

recursos que marcarão ascampanhas elei torais esteano exige que se faça omelhor da maneira mais pro-dutiva possível. Isso feito, oresto é definido tanto pelaanálise correta das conjuntu-ras, quanto pelas consequen-tes ações acertadas de comu-nicação”, assinala Signates.

Enfim, quem não profis-sionalizar o uso das redessociais na campanha, vaijogar com a sorte!

Em Goiás, políticos agem com amadorismo

Redes sociais viram campode batalha pelo eleitor

Redes sociais se tornamarena na disputa pelo voto

no rádio e na televisão, alémde promover outras restriçõesna forma de fazer propagan-da. Alia-se a tais mudanças ofato de o Brasil figurar sem-pre no topo do ranking depaíses em que pessoas maisusam redes sociais e ficammais horas conectadas. Tudoisso evidencia a importânciaque a internet terá nas próxi-mas eleições. Melhor, que ainternet tem. Afinal de contas,na rede o pleito eleitoral jácomeçou.

“A internet mudou a formade fazer campanha. Os candi-datos que têm presença narede, as próprias redes sociais,

serão fundamentais nessaseleições, como já foram nasúltimas três e quem desconhe-cer isso pagará caro”, senten-cia o publicitário e consultorpolítico Ademir Lima.

O professor universitário epesquisador político LuizSignates, doutor em Ciênciasda Comunicação pelaUniversidade de São Paulo,tem visão semelhante.

“Se antes tínhamos umquadro em que a internet erauma mera coadjuvante dasmídias de massa, sobretudo atelevisão, hoje sabemos que aocupação dos espaços virtuaisse tornou imprescindível,

especialmente nas regiões elei-torais mais amplas, nas quaiso contato com o eleitor é for-temente dependente dasmediações tecnológicas”,observa Signates.

A insatisfação popularcom a economia, a política ecom os próprios políticostende a transformar a internetnum caldeirão efervescenteneste período pré-eleitoral.

“E com certeza a baixariacorrerá solta”, destacaAdemir Lima.

Isso porque, explica o mar-queteiro, há um bombardeiroda mídia tradicional contra aclasse política em geral e não

há praticamente nenhum con-trole sobre as redes sociais.

“O boato faz parte e équase impossível contê-lo”,completa Itami, que vê noaumento da participaçãopopular um fator positivo douso da internet nas eleições.Porém, de difícil controle oufiscalização: “Opiniões deinsatisfações e até agressivi-dade devem ocorrer, pois arede encobre a participação,ela é indireta”.

A teoria dos “influenciado-res de votos” também precisaser revista, já que, pela inter-net, a tendência é que a rela-ção se torne cada vez mais

direta com os próprios eleito-res. É o que aponta LuizSignates, ao salientar que asmediações tradicionais – amídia e os chamados “curraiseleitorais” – estão cada vezmais enfraquecidas.

“As pessoas não apenasdeixam hoje de seguir lide-ranças, como opinam direta-mente e, o que é mais difícilde se administrar, modificamsuas opiniões com maiorfacilidade, na medida em queos efeitos de imagem em cir-culação na internet operammodificações de visão e inter-pretação dos fatos”, esclareceo pesquisador.

Itami Campos: maior interação entre candidatos e eleitores Luiz Signates: internet é um ambiente complexo Ademir Lima, o Mago: baixaria correrá solta

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

X

REFORMAS

Alterações nos impostosdevem dominar a pauta doCongresso Nacional neste ano.Em seu discurso na abertura doano legislativo, a presidenteDilma Rousseff, defendeu avolta da ContribuiçãoProvisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) e a reformado Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços(ICMS) e do Simples Nacional.

Na mensagem, Dilmaanunciou a disposição deincluir a participação de esta-dos e municípios na arrecada-ção da CPMF, destinando osrecursos aos setores da previ-dência e da saúde custeadospor esses entes federativos.Para ela, a CPMF é "a ponte"entre a urgência do curtoprazo — decorrente da falta derecursos do governo — e aestabilidade fiscal de médioprazo.

Para fazer a reforma doICMS andar no Senado, a pre-sidente anunciou a intenção deregulamentar a Lei12.354/2016, que trata darepatriação de recursos manti-

dos por brasileiros no exteriore não declarados à ReceitaFederal. Dilma disse que pre-tende destinar parte da arreca-dação proporcionada pela lei aum fundo de compensação dosestados, de maneira a aliviaros efeitos da redução das alí-quotas interestaduais previstana reforma.

O tema está na pauta daCasa desde 2013, com avan-ços e recuos desde então. Amaioria dos estados precisada reforma para legalizar osincentivos da guerra fiscal. Ogoverno federal também adefende com o objetivo deestimular a retomada da eco-nomia. Entretanto, disputasregionais têm impedido avotação em Plenár io doProjeto de Resolução doSenado (PRS) 1/2013, jáaprovado pela Comissão deAssuntos Econômicos(CAE).

Dilma disse acreditar que,com a aprovação da reformado ICMS, será possível reali-zar, ainda em 2016, os acordosde convalidação de incentivosfiscais, "eliminando uma fontede incertezas para empresas egovernos estaduais". Os incen-tivos concedidos sem o apoiounânime dos estados foramconsiderados inconstitucionaispor contrariar a LeiComplementar 24/1975.

A assinatura dos convêniosde convalidação é disciplinadapelo Projeto de Lei do Senado(PLS) 130/2014-Complementar,de autoria da senadora LúciaVânia (PSB-GO), que aguardadecisão da Câmara dosDeputados, onde tramita comoPLP 54/2015.

SIMPLESQuanto ao Simples

Nacional, Dilma anunciou aintenção de criar "uma faixa desaída" do regime simplificado.A presidente disse que vai tra-balhar para que esse novo sis-tema entre em vigor no próxi-mo ano. A medida é previstano Projeto de Lei da Câmara(PLC) 125/2015, que eleva deR$ 360 mil para R$ 900 mil oteto da receita bruta anual damicroempresa e de R$ 3,6milhões para R$ 14,4 milhõeso da empresa de pequenoporte. Aprovado pela CAE, oprojeto está na pauta doPlenário.

A relatora, senadora MartaSuplicy (PMDB-SP), destacouna proposta exatamente omecanismo que assegura pro-gressividade aos tributos pagospor meio do Simples Nacional.

Trata-se de uma tabela de par-celas a deduzir, semelhante àaplicada no cálculo doImposto de Renda (IR). Oobjetivo é suavizar a passagemde uma faixa para outra, semelevação brusca da carga tribu-tária.

A relatora notou que oprincipal receio das empresasque hoje fazem parte doSimples é sofrer “um trancotributário”: quando migrampara o lucro presumido, acarga sobe 54% para o comér-cio, 40% para a indústria e35% para os serviços.

A presidente da Repúblicapediu ao Congresso que apro-ve a revisão da tributação dejuros sobre capital próprio dasempresas e a elevação do IRsobre os ganhos de capital daspessoas físicas. A revisão foiestabelecida na Medida

Provisória (MP) 694/2015, quealterou regras de cálculo e detributação dos juros sobrecapital próprio pagos porempresas a seus sócios ouacionistas. A medida, que temcomo relator o senadorRomero Jucá (PMDB-RR),está pronta para entrar napauta da comissão mista.

Já o aumento do IR sobreganhos de capital das pessoasfísicas está na MP 692/2015,aprovada na Câmara dosDeputados no dia 3 deste mês.Os deputados acolheram umprojeto de lei de conversãoapresentado pelo relator, sena-dor Tasso Jereissati (PSDB-CE), que deverá ser votadoagora pelo Plenário doSenado.

Mudanças de grandeamplitude, como a defendidapela presidente no ICMS, não

têm avançado no Brasil, quecontinua com praticamente amesma estrutura de tributosdefinida, ainda durante o regi-me militar, pela Lei 5.172/1966(Código Tributário Nacional).Uma das primeiras tentativasfoi feita em 1992 pelo governodo então presidente FernandoCollor, que criou a ComissãoExecutiva para a ReformaFiscal (Cerf). Uma propostaampla de tributação da renda,do consumo e do patrimônio,apresentada pela Cerf, nãoavançou.

Em 1995, o governo deFernando Henrique Cardosoapresentou a PEC 175, comuma proposta de reformulaçãoabrangente do sistema tributá-rio. Depois de muitos debates,a PEC foi arquivada pelaCâmara dos Deputados. Umados medidas previstas na PEC- a desoneração de produtospara exportação - foi aprovadaem lei complementar, a LC87/1996, também conhecidacomo Lei Kandir.

Em 2003, após reunir osgovernadores em Brasília, oentão presidente Luiz InácioLula da Silva apresentou aoCongresso Nacional a PEC41, com mudanças tambémextensas no sistema tributá-rio. Entretanto, só foramaprovadas alterações pon-tuais, como a prorrogação daCPMF e da Desvinculação deRecursos da União (DRU) e otratamento tributário diferen-ciado para pequenas e micro-empresas, entre outras. Umdos pontos principais das trêspropostas, a alteração noICMS não prosperou.(Agência Senado)

Congresso Nacional deve priorizar votação de projetos em tramitação que alteram impostos

Proposta demodificações degrande amplitudenão têm avançado noBrasil, que continuacom praticamente amesma estrutura detributos definidaainda durante oregime militar

Mudanças nos impostos devemdominar a pauta do Congresso

Page 8: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/02/14-02-2015_tr… · UNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

POLÍTICA 7X

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

A crise econômica e ainsatisfação populardevem transformar asredes sociais numcaldeirãoefervescente dediscussões, ofensas edisputas políticas nopleito eleitoral desteano

Daniela Martins

A cada eleição, a internetganha mais espaço e força nadisputa pela preferência doseleitores. Se em 2014, vimosuma ferrenha batalha nasredes sociais entre PSDB e PTpela presidência da República,preparem-se para um combatevirtual ainda mais contunden-te no pleito deste ano, quandoserão escolhidos milhares deprefeitos e vereadores em todoo país. Com a popularizaçãode aplicativos como oWhatsApp, o eleitor deve seralcançado bem mais rápida econstantemente por meio deseus poderosos smartphones.

“As campanhas já têm nasmídias sociais as principaisintervenções, e a tendência éaumentar porque a interaçãocandidato-eleitor é maior”,aval ia o cientista pol í t icoItami Campos.

De fato, tudo colaborapara elevar a importância daweb e da interação virtual. Aminirreforma eleitoral reduziuo período de campanha de 90para 45 dias, diminuiu tam-bém o tempo dos candidatos

ELEIÇÕES 2016

Quem não tiver um moni-toramento profissional dasmídias, quer as tradicionaisou sociais, bem como bonsinstitutos de pesquisas e pro-fissionais qualif icados, sópor uma zebra ganhará essaseleições. A observação é dopesquisador Ademir Lima.Para ele, o candidato precisaentender a melhor forma detirar o máximo proveito dasmídias sociais e comunicarcom seus eleitores.

“É preciso ter uma visãodas redes sociais e de sua lin-guagem, ter percepção detendências, aplicações, estra-tégias e técnicas de marketingpolítico digital”, defende.

Ademir alerta ainda quemanter um perfil nas redessociais não significa que vocêestá presente.

“É preciso ter conteúdo einteragir. A simples presençado perfil nada significa, é umtiro no pé”, resume.

É fato que cada vez maispolíticos ocupam os espaçosvirtuais. Na rede social maispopular, o Facebook, porexemplo, há perfis de pratica-mente todos pré-candidatosà prefe i tura de Goiânia,vereadores e deputados esta-duais. A questão é a formacom que a ferramenta temsido utilizada.

“Ainda temos um quadrode certa ausência e um gran-de amadorismo no Estado de

Goiás”, considera LuizSignates, que salienta que,além de estar na internet, épreciso saber gerir o proces-so, pois trata-se de umambiente complexo.

O especialista faz duasrecomendações aos pré-cadi-datos: não agirem sem pes-quisa e prof iss ional izar acomunicação da campanha.

“A pesquisa e le i toral ,especialmente as qualitativas,são instrumento imprescindí-

vel de posic ionamento deimagem, qualquer que seja ocontexto que se apresente epor mais que o candidato jul-gue conhecer por si próprio areal idade na qual atuarápoliticamente”, orienta.

Outro ponto fundamentalé a prof iss ional ização dacomunicação da campanha,sobretudo a atuação nasredes sociais.

“O contexto de alta com-petit iv idade e escassez de

recursos que marcarão ascampanhas elei torais esteano exige que se faça omelhor da maneira mais pro-dutiva possível. Isso feito, oresto é definido tanto pelaanálise correta das conjuntu-ras, quanto pelas consequen-tes ações acertadas de comu-nicação”, assinala Signates.

Enfim, quem não profis-sionalizar o uso das redessociais na campanha, vaijogar com a sorte!

Em Goiás, políticos agem com amadorismo

Redes sociais viram campode batalha pelo eleitor

Redes sociais se tornamarena na disputa pelo voto

no rádio e na televisão, alémde promover outras restriçõesna forma de fazer propagan-da. Alia-se a tais mudanças ofato de o Brasil figurar sem-pre no topo do ranking depaíses em que pessoas maisusam redes sociais e ficammais horas conectadas. Tudoisso evidencia a importânciaque a internet terá nas próxi-mas eleições. Melhor, que ainternet tem. Afinal de contas,na rede o pleito eleitoral jácomeçou.

“A internet mudou a formade fazer campanha. Os candi-datos que têm presença narede, as próprias redes sociais,

serão fundamentais nessaseleições, como já foram nasúltimas três e quem desconhe-cer isso pagará caro”, senten-cia o publicitário e consultorpolítico Ademir Lima.

O professor universitário epesquisador político LuizSignates, doutor em Ciênciasda Comunicação pelaUniversidade de São Paulo,tem visão semelhante.

“Se antes tínhamos umquadro em que a internet erauma mera coadjuvante dasmídias de massa, sobretudo atelevisão, hoje sabemos que aocupação dos espaços virtuaisse tornou imprescindível,

especialmente nas regiões elei-torais mais amplas, nas quaiso contato com o eleitor é for-temente dependente dasmediações tecnológicas”,observa Signates.

A insatisfação popularcom a economia, a política ecom os próprios políticostende a transformar a internetnum caldeirão efervescenteneste período pré-eleitoral.

“E com certeza a baixariacorrerá solta”, destacaAdemir Lima.

Isso porque, explica o mar-queteiro, há um bombardeiroda mídia tradicional contra aclasse política em geral e não

há praticamente nenhum con-trole sobre as redes sociais.

“O boato faz parte e équase impossível contê-lo”,completa Itami, que vê noaumento da participaçãopopular um fator positivo douso da internet nas eleições.Porém, de difícil controle oufiscalização: “Opiniões deinsatisfações e até agressivi-dade devem ocorrer, pois arede encobre a participação,ela é indireta”.

A teoria dos “influenciado-res de votos” também precisaser revista, já que, pela inter-net, a tendência é que a rela-ção se torne cada vez mais

direta com os próprios eleito-res. É o que aponta LuizSignates, ao salientar que asmediações tradicionais – amídia e os chamados “curraiseleitorais” – estão cada vezmais enfraquecidas.

“As pessoas não apenasdeixam hoje de seguir lide-ranças, como opinam direta-mente e, o que é mais difícilde se administrar, modificamsuas opiniões com maiorfacilidade, na medida em queos efeitos de imagem em cir-culação na internet operammodificações de visão e inter-pretação dos fatos”, esclareceo pesquisador.

Itami Campos: maior interação entre candidatos e eleitores Luiz Signates: internet é um ambiente complexo Ademir Lima, o Mago: baixaria correrá solta

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

X

REFORMAS

Alterações nos impostosdevem dominar a pauta doCongresso Nacional neste ano.Em seu discurso na abertura doano legislativo, a presidenteDilma Rousseff, defendeu avolta da ContribuiçãoProvisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) e a reformado Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços(ICMS) e do Simples Nacional.

Na mensagem, Dilmaanunciou a disposição deincluir a participação de esta-dos e municípios na arrecada-ção da CPMF, destinando osrecursos aos setores da previ-dência e da saúde custeadospor esses entes federativos.Para ela, a CPMF é "a ponte"entre a urgência do curtoprazo — decorrente da falta derecursos do governo — e aestabilidade fiscal de médioprazo.

Para fazer a reforma doICMS andar no Senado, a pre-sidente anunciou a intenção deregulamentar a Lei12.354/2016, que trata darepatriação de recursos manti-

dos por brasileiros no exteriore não declarados à ReceitaFederal. Dilma disse que pre-tende destinar parte da arreca-dação proporcionada pela lei aum fundo de compensação dosestados, de maneira a aliviaros efeitos da redução das alí-quotas interestaduais previstana reforma.

O tema está na pauta daCasa desde 2013, com avan-ços e recuos desde então. Amaioria dos estados precisada reforma para legalizar osincentivos da guerra fiscal. Ogoverno federal também adefende com o objetivo deestimular a retomada da eco-nomia. Entretanto, disputasregionais têm impedido avotação em Plenár io doProjeto de Resolução doSenado (PRS) 1/2013, jáaprovado pela Comissão deAssuntos Econômicos(CAE).

Dilma disse acreditar que,com a aprovação da reformado ICMS, será possível reali-zar, ainda em 2016, os acordosde convalidação de incentivosfiscais, "eliminando uma fontede incertezas para empresas egovernos estaduais". Os incen-tivos concedidos sem o apoiounânime dos estados foramconsiderados inconstitucionaispor contrariar a LeiComplementar 24/1975.

A assinatura dos convêniosde convalidação é disciplinadapelo Projeto de Lei do Senado(PLS) 130/2014-Complementar,de autoria da senadora LúciaVânia (PSB-GO), que aguardadecisão da Câmara dosDeputados, onde tramita comoPLP 54/2015.

SIMPLESQuanto ao Simples

Nacional, Dilma anunciou aintenção de criar "uma faixa desaída" do regime simplificado.A presidente disse que vai tra-balhar para que esse novo sis-tema entre em vigor no próxi-mo ano. A medida é previstano Projeto de Lei da Câmara(PLC) 125/2015, que eleva deR$ 360 mil para R$ 900 mil oteto da receita bruta anual damicroempresa e de R$ 3,6milhões para R$ 14,4 milhõeso da empresa de pequenoporte. Aprovado pela CAE, oprojeto está na pauta doPlenário.

A relatora, senadora MartaSuplicy (PMDB-SP), destacouna proposta exatamente omecanismo que assegura pro-gressividade aos tributos pagospor meio do Simples Nacional.

Trata-se de uma tabela de par-celas a deduzir, semelhante àaplicada no cálculo doImposto de Renda (IR). Oobjetivo é suavizar a passagemde uma faixa para outra, semelevação brusca da carga tribu-tária.

A relatora notou que oprincipal receio das empresasque hoje fazem parte doSimples é sofrer “um trancotributário”: quando migrampara o lucro presumido, acarga sobe 54% para o comér-cio, 40% para a indústria e35% para os serviços.

A presidente da Repúblicapediu ao Congresso que apro-ve a revisão da tributação dejuros sobre capital próprio dasempresas e a elevação do IRsobre os ganhos de capital daspessoas físicas. A revisão foiestabelecida na Medida

Provisória (MP) 694/2015, quealterou regras de cálculo e detributação dos juros sobrecapital próprio pagos porempresas a seus sócios ouacionistas. A medida, que temcomo relator o senadorRomero Jucá (PMDB-RR),está pronta para entrar napauta da comissão mista.

Já o aumento do IR sobreganhos de capital das pessoasfísicas está na MP 692/2015,aprovada na Câmara dosDeputados no dia 3 deste mês.Os deputados acolheram umprojeto de lei de conversãoapresentado pelo relator, sena-dor Tasso Jereissati (PSDB-CE), que deverá ser votadoagora pelo Plenário doSenado.

Mudanças de grandeamplitude, como a defendidapela presidente no ICMS, não

têm avançado no Brasil, quecontinua com praticamente amesma estrutura de tributosdefinida, ainda durante o regi-me militar, pela Lei 5.172/1966(Código Tributário Nacional).Uma das primeiras tentativasfoi feita em 1992 pelo governodo então presidente FernandoCollor, que criou a ComissãoExecutiva para a ReformaFiscal (Cerf). Uma propostaampla de tributação da renda,do consumo e do patrimônio,apresentada pela Cerf, nãoavançou.

Em 1995, o governo deFernando Henrique Cardosoapresentou a PEC 175, comuma proposta de reformulaçãoabrangente do sistema tributá-rio. Depois de muitos debates,a PEC foi arquivada pelaCâmara dos Deputados. Umados medidas previstas na PEC- a desoneração de produtospara exportação - foi aprovadaem lei complementar, a LC87/1996, também conhecidacomo Lei Kandir.

Em 2003, após reunir osgovernadores em Brasília, oentão presidente Luiz InácioLula da Silva apresentou aoCongresso Nacional a PEC41, com mudanças tambémextensas no sistema tributá-rio. Entretanto, só foramaprovadas alterações pon-tuais, como a prorrogação daCPMF e da Desvinculação deRecursos da União (DRU) e otratamento tributário diferen-ciado para pequenas e micro-empresas, entre outras. Umdos pontos principais das trêspropostas, a alteração noICMS não prosperou.(Agência Senado)

Congresso Nacional deve priorizar votação de projetos em tramitação que alteram impostos

Proposta demodificações degrande amplitudenão têm avançado noBrasil, que continuacom praticamente amesma estrutura detributos definidaainda durante oregime militar

Mudanças nos impostos devemdominar a pauta do Congresso

FOTO: PAULO JOSÉ

COMUNIDADES 9GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

X

Sem alternativa,população se vêrefém da violênciacrescente nosveículos lotados,terminais e paradasde espera

Daniela Martins

Andar de ônibus emGoiânia nunca foi tarefa fácil,mas de uns tempos para cá ainsegurança no transportecoletivo tem feito vítimas emnúmeros alarmantes e espa-lhado pânico entre os quedependem do sistema para ir evir. Para se ter uma ideia, nosúltimos dois anos, o índice defurtos e roubos dentro dos ter-minais e ônibus da região

Às vésperas do feriado deCarnaval, a CompanhiaMetropolitana do TansporteColetivo (CMTC) anunciou oaumento da tarifa do trans-porte na região metropolitanade Goiânia de R$ 3,30 para R$3,70. A notícia nada agradávelao usuário do serviço veioacompanhada da declaraçãotaxativa do presidente doSindicato das Empresas deTransporte (Set), DécioCaetano, de que “não hánenhuma perspectiva nomomento de poder fazerinvestimentos e melhoria nosistema”.

A crescente violência em

Goiânia é um problema socialcomplexo, do qual o transportecoletivo é uma das facetas.Porém, analisando de formapontual, a situação da violênciacontra o usuário se agrava pelafalta de qualidade do sistemacomo um todo. Sem investi-mentos significativos emmelhorias do transporte coleti-vo, a violência tende a crescer.É o que apontam os especialis-tas na área.

“Casos de arrastões, furtose roubos dentro dos coletivoscomeçam a ser uma preocupa-ção para a sociedade”, relatamos coordenadores do grupo“Vem pra Rua Goiás”, movi-

mento que surgiu há poucomais de um ano no Estado eque busca, pelas redes sociais,aglutinar pessoas para lutarpela melhoria do transportecoletivo. O grupo está organi-zando um novo protesto naspróximas semanas emGoiânia.

Segundo o grupo, a insegu-rança no transporte é intensifi-cada pela péssima qualidadedo sistema. Submeter o usuárioa longas esperas nas paradasde ônibus, por exemplo, édeixá-lo vulnerável a ação debandidos.

“Deveriam investir emnovas linhas, aumento da frota,

pois colocando mais ônibusrodando, diminuiria o tempode espera nos pontos, evitandopossíveis assaltos”, pontua.

O sociólogo Nildo Viana,doutor em sociologia pelaUniversidade de Brasília e pro-fessor da Universidade Federalde Goiás (UFG), também con-sidera que os casos de violên-cia têm sido facilitados pelasmás condições do transportecoletivo.

“Os ônibus superlotados,em si, já são uma forma de vio-lência, pois o usuário paga porum serviço de péssima qualida-de e que ainda o expõe a outrasformas de violência”, avalia.

Má qualidade do sistema écombustível para a violência

Assaltos aterrorizamusuários de ônibus

Para tentar conter a cres-cente violência, o Consórcioda Rede Metropolitana deTransportes Colet ivos(Consórcio RMTC), quegerencia o sistema, diz estarinvestindo em monitoramen-to eletrônico e vigi lantes.Segundo sua assessoria deComunicação, 230 ônibus jácontam com os dispositivose, no total, 1.312 câmerasestão instaladas nos termi-nais, veículos, pontos deapoio e garagens, áreas ondea segurança é de responsabi-lidade da CMTC.

“Dezenas de controladoresde segurança trabalham anali-sando as imagem em temporeal, 24 horas por dia, sete diaspor semana”, destaca a notada assessoria. Estes terminais,continua o texto, são controla-dos pela Central de Segurançade Transporte do Consórcio,diretamente ligada ao CentroIntegrado de InteligênciaControle e Comando daSecretaria da SegurançaPública (CIIC-SSPGO).

Assim, toda vez que háuma denúncia do usuário, feitapor meio de whatsapp, os con-troladores avaliam a situaçãoatravés da Central e do CIIC e,se necessário, acionam oComando de Operações daPolícia Militar (Copom), queenvia a viatura mais próximado local da ocorrência. Onúmero de whatsapp paradenúncias é 8591-8952.

INEFICAZNa opinião do sociólogo

Nildo Viana, o monitoramen-to por câmeras de vigilância

é uma ação muito limitada,que não garante a segurançado usuário.

“E o mais interessantedisso é que esse monitoramen-to significa despesa, que, porsua vez, poderia ter sido inves-tida em ações mais eficazes,como a própria melhoria dotransporte coletivo”, critica.

“Uma ampla reforma dosistema de transporte coletivoem Goiânia e nas demaiscidades é fundamental, com aparticipação popular na orga-nização do sistema”, enfatizaespecialista.

Todavia, assinala o profes-sor, o grande obstáculo é afalta de interesse dos empresá-rios e dos governantes emresolver a questão quando aresolução atenta contra seulucro e outros interesses.

Defender seus própriosinteresses tem sido uma cons-tante para o Sindicato dasEmpresas de Transporte e aCMTC. Tanto que, enquantoos usuários sofrem com a faltade segurança, o Sindicatodefende que não há dinheiropara aplicar em melhorias, masinveste em campanhas paracombater fraudes no transportecoletivo, como o uso do CartãoFácil por pessoas que não sãosuas beneficiárias.

“Milhares de usuáriosreclamaram dessa campanhae destacaram que, ao invés deinvestir nesse tipo de ação, erapreciso priorizar a segurança,a capacitação dos motoristase colocar mais linhas de ôni-bus nas ruas”, salientam oscoordenadores do grupo “VemPra Rua Goiás”.

TRANSPORTE COLETIVO

Monitoramento nãogarante segurança

Tarifa alta, veículos sucateados, frota reduzida e, agora, uma onda crescente de violência dificultam a vida da população que utiliza o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia

Nildo Viana defende reforma geral com participação popular

metropolitana de Goiânia teveum aumento de 94%, passan-do de 3.680 casos notificadosem 2013 para 7.133, no anopassado.

Os dados são da Secretariada Segurança Pública doEstado de Goiás (SSPGO) ecertamente estão aquém darealidade, já que muitas víti-mas não procuram as delega-cias para registrar boletins deocorrência. E há ainda oscasos de pessoas assaltadasenquanto esperam em pontosde ônibus, que não entramnessas estatísticas. Esses casospodem ser registrados generi-camente como roubo a tran-seunte, tipo de crime que, em2015, alcançou espantosos19.401 registros apenas emGoiânia e Aparecida.

Usuária do transportecoletivo, a jornalista AlanaSales já foi assaltada cinco

vezes ano passado, duas delasenquanto aguardava na para-da de ônibus. Experiências queinstalaram o medo e afetaramsua rotina.

“Deixei de sair à noite, nosprimeiros dias. Fiquei maisatenta para evitar estar sozinhaem pontos de ônibus... mascomo dependo unicamente dotransporte coletivo, não tenhomuita escolha a não ser voltara usar o serviço”, relata.

A rotina de quem precisaacordar cedo e esperar peloônibus em pontos mais isola-das tem sido de medo, inse-gurança e permeada de agres-sividade. O início do ano leti-vo foi marcado por pânicopara a família da recepcionis-ta Oscarine Sousa de AlmeidaLeandro. Ela, sua filha de 11anos e a mãe foram ameaça-das por um motoqueiro, às6h30 da manhã, enquanto

aguardavam o coletivo noJardim Mont Serrat, emAparecida de Goiânia.

“Entreguei minha bolsa, eele repetia que queria o celu-lar. Eu falava que estava den-tro da bolsa, mas ele conti-nuava ameaçando bater nacabeça da minha filha comum pedaço de pau. Ao final,levou até a mochila dela como material escolar”, conta.

No trabalho, Oscarinepassou o dia atônita.Sobraram as contas do celu-lar e dos livros escolares parapagar, além do trauma dafilha para lidar. Com medo, acriança não queria ir para aescola na manhã seguinte. Aoorçamento familiar já aperta-do, foi preciso acrescentar opagamento de um serviçoparticular de transporte esco-lar. Já Oscarine passou a irtrabalhar de bicicleta.

Longas esperas em paradas de ônibus e veículos lotados deixam usuários ainda mais vulneráveis à violência

Page 9: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/02/14-02-2015_tr… · UNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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REFORMAS

Alterações nos impostosdevem dominar a pauta doCongresso Nacional neste ano.Em seu discurso na abertura doano legislativo, a presidenteDilma Rousseff, defendeu avolta da ContribuiçãoProvisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) e a reformado Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços(ICMS) e do Simples Nacional.

Na mensagem, Dilmaanunciou a disposição deincluir a participação de esta-dos e municípios na arrecada-ção da CPMF, destinando osrecursos aos setores da previ-dência e da saúde custeadospor esses entes federativos.Para ela, a CPMF é "a ponte"entre a urgência do curtoprazo — decorrente da falta derecursos do governo — e aestabilidade fiscal de médioprazo.

Para fazer a reforma doICMS andar no Senado, a pre-sidente anunciou a intenção deregulamentar a Lei12.354/2016, que trata darepatriação de recursos manti-

dos por brasileiros no exteriore não declarados à ReceitaFederal. Dilma disse que pre-tende destinar parte da arreca-dação proporcionada pela lei aum fundo de compensação dosestados, de maneira a aliviaros efeitos da redução das alí-quotas interestaduais previstana reforma.

O tema está na pauta daCasa desde 2013, com avan-ços e recuos desde então. Amaioria dos estados precisada reforma para legalizar osincentivos da guerra fiscal. Ogoverno federal também adefende com o objetivo deestimular a retomada da eco-nomia. Entretanto, disputasregionais têm impedido avotação em Plenár io doProjeto de Resolução doSenado (PRS) 1/2013, jáaprovado pela Comissão deAssuntos Econômicos(CAE).

Dilma disse acreditar que,com a aprovação da reformado ICMS, será possível reali-zar, ainda em 2016, os acordosde convalidação de incentivosfiscais, "eliminando uma fontede incertezas para empresas egovernos estaduais". Os incen-tivos concedidos sem o apoiounânime dos estados foramconsiderados inconstitucionaispor contrariar a LeiComplementar 24/1975.

A assinatura dos convêniosde convalidação é disciplinadapelo Projeto de Lei do Senado(PLS) 130/2014-Complementar,de autoria da senadora LúciaVânia (PSB-GO), que aguardadecisão da Câmara dosDeputados, onde tramita comoPLP 54/2015.

SIMPLES

Quanto ao SimplesNacional, Dilma anunciou aintenção de criar "uma faixa desaída" do regime simplificado.A presidente disse que vai tra-balhar para que esse novo sis-tema entre em vigor no próxi-mo ano. A medida é previstano Projeto de Lei da Câmara(PLC) 125/2015, que eleva deR$ 360 mil para R$ 900 mil oteto da receita bruta anual damicroempresa e de R$ 3,6milhões para R$ 14,4 milhõeso da empresa de pequenoporte. Aprovado pela CAE, oprojeto está na pauta doPlenário.

A relatora, senadora MartaSuplicy (PMDB-SP), destacouna proposta exatamente omecanismo que assegura pro-gressividade aos tributos pagospor meio do Simples Nacional.

Trata-se de uma tabela de par-celas a deduzir, semelhante àaplicada no cálculo doImposto de Renda (IR). Oobjetivo é suavizar a passagemde uma faixa para outra, semelevação brusca da carga tribu-tária.

A relatora notou que oprincipal receio das empresasque hoje fazem parte doSimples é sofrer “um trancotributário”: quando migrampara o lucro presumido, acarga sobe 54% para o comér-cio, 40% para a indústria e35% para os serviços.

A presidente da Repúblicapediu ao Congresso que apro-ve a revisão da tributação dejuros sobre capital próprio dasempresas e a elevação do IRsobre os ganhos de capital daspessoas físicas. A revisão foiestabelecida na Medida

Provisória (MP) 694/2015, quealterou regras de cálculo e detributação dos juros sobrecapital próprio pagos porempresas a seus sócios ouacionistas. A medida, que temcomo relator o senadorRomero Jucá (PMDB-RR),está pronta para entrar napauta da comissão mista.

Já o aumento do IR sobreganhos de capital das pessoasfísicas está na MP 692/2015,aprovada na Câmara dosDeputados no dia 3 deste mês.Os deputados acolheram umprojeto de lei de conversãoapresentado pelo relator, sena-dor Tasso Jereissati (PSDB-CE), que deverá ser votadoagora pelo Plenário doSenado.

Mudanças de grandeamplitude, como a defendidapela presidente no ICMS, não

têm avançado no Brasil, quecontinua com praticamente amesma estrutura de tributosdefinida, ainda durante o regi-me militar, pela Lei 5.172/1966(Código Tributário Nacional).Uma das primeiras tentativasfoi feita em 1992 pelo governodo então presidente FernandoCollor, que criou a ComissãoExecutiva para a ReformaFiscal (Cerf). Uma propostaampla de tributação da renda,do consumo e do patrimônio,apresentada pela Cerf, nãoavançou.

Em 1995, o governo deFernando Henrique Cardosoapresentou a PEC 175, comuma proposta de reformulaçãoabrangente do sistema tributá-rio. Depois de muitos debates,a PEC foi arquivada pelaCâmara dos Deputados. Umados medidas previstas na PEC- a desoneração de produtospara exportação - foi aprovadaem lei complementar, a LC87/1996, também conhecidacomo Lei Kandir.

Em 2003, após reunir osgovernadores em Brasília, oentão presidente Luiz InácioLula da Silva apresentou aoCongresso Nacional a PEC41, com mudanças tambémextensas no sistema tributá-rio. Entretanto, só foramaprovadas alterações pon-tuais, como a prorrogação daCPMF e da Desvinculação deRecursos da União (DRU) e otratamento tributário diferen-ciado para pequenas e micro-empresas, entre outras. Umdos pontos principais das trêspropostas, a alteração noICMS não prosperou.(Agência Senado)

Congresso Nacional deve priorizar votação de projetos em tramitação que alteram impostos

Proposta demodificações degrande amplitudenão têm avançado noBrasil, que continuacom praticamente amesma estrutura detributos definidaainda durante oregime militar

Mudanças nos impostos devemdominar a pauta do Congresso

FOTO: PAULO JOSÉ

COMUNIDADES 9GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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Sem alternativa,população se vêrefém da violênciacrescente nosveículos lotados,terminais e paradasde espera

Daniela Martins

Andar de ônibus emGoiânia nunca foi tarefa fácil,mas de uns tempos para cá ainsegurança no transportecoletivo tem feito vítimas emnúmeros alarmantes e espa-lhado pânico entre os quedependem do sistema para ir evir. Para se ter uma ideia, nosúltimos dois anos, o índice defurtos e roubos dentro dos ter-minais e ônibus da região

Às vésperas do feriado deCarnaval, a CompanhiaMetropolitana do TansporteColetivo (CMTC) anunciou oaumento da tarifa do trans-porte na região metropolitanade Goiânia de R$ 3,30 para R$3,70. A notícia nada agradávelao usuário do serviço veioacompanhada da declaraçãotaxativa do presidente doSindicato das Empresas deTransporte (Set), DécioCaetano, de que “não hánenhuma perspectiva nomomento de poder fazerinvestimentos e melhoria nosistema”.

A crescente violência em

Goiânia é um problema socialcomplexo, do qual o transportecoletivo é uma das facetas.Porém, analisando de formapontual, a situação da violênciacontra o usuário se agrava pelafalta de qualidade do sistemacomo um todo. Sem investi-mentos significativos emmelhorias do transporte coleti-vo, a violência tende a crescer.É o que apontam os especialis-tas na área.

“Casos de arrastões, furtose roubos dentro dos coletivoscomeçam a ser uma preocupa-ção para a sociedade”, relatamos coordenadores do grupo“Vem pra Rua Goiás”, movi-

mento que surgiu há poucomais de um ano no Estado eque busca, pelas redes sociais,aglutinar pessoas para lutarpela melhoria do transportecoletivo. O grupo está organi-zando um novo protesto naspróximas semanas emGoiânia.

Segundo o grupo, a insegu-rança no transporte é intensifi-cada pela péssima qualidadedo sistema. Submeter o usuárioa longas esperas nas paradasde ônibus, por exemplo, édeixá-lo vulnerável a ação debandidos.

“Deveriam investir emnovas linhas, aumento da frota,

pois colocando mais ônibusrodando, diminuiria o tempode espera nos pontos, evitandopossíveis assaltos”, pontua.

O sociólogo Nildo Viana,doutor em sociologia pelaUniversidade de Brasília e pro-fessor da Universidade Federalde Goiás (UFG), também con-sidera que os casos de violên-cia têm sido facilitados pelasmás condições do transportecoletivo.

“Os ônibus superlotados,em si, já são uma forma de vio-lência, pois o usuário paga porum serviço de péssima qualida-de e que ainda o expõe a outrasformas de violência”, avalia.

Má qualidade do sistema écombustível para a violência

Assaltos aterrorizamusuários de ônibus

Para tentar conter a cres-cente violência, o Consórcioda Rede Metropolitana deTransportes Colet ivos(Consórcio RMTC), quegerencia o sistema, diz estarinvestindo em monitoramen-to eletrônico e vigi lantes.Segundo sua assessoria deComunicação, 230 ônibus jácontam com os dispositivose, no total, 1.312 câmerasestão instaladas nos termi-nais, veículos, pontos deapoio e garagens, áreas ondea segurança é de responsabi-lidade da CMTC.

“Dezenas de controladoresde segurança trabalham anali-sando as imagem em temporeal, 24 horas por dia, sete diaspor semana”, destaca a notada assessoria. Estes terminais,continua o texto, são controla-dos pela Central de Segurançade Transporte do Consórcio,diretamente ligada ao CentroIntegrado de InteligênciaControle e Comando daSecretaria da SegurançaPública (CIIC-SSPGO).

Assim, toda vez que háuma denúncia do usuário, feitapor meio de whatsapp, os con-troladores avaliam a situaçãoatravés da Central e do CIIC e,se necessário, acionam oComando de Operações daPolícia Militar (Copom), queenvia a viatura mais próximado local da ocorrência. Onúmero de whatsapp paradenúncias é 8591-8952.

INEFICAZNa opinião do sociólogo

Nildo Viana, o monitoramen-to por câmeras de vigilância

é uma ação muito limitada,que não garante a segurançado usuário.

“E o mais interessantedisso é que esse monitoramen-to significa despesa, que, porsua vez, poderia ter sido inves-tida em ações mais eficazes,como a própria melhoria dotransporte coletivo”, critica.

“Uma ampla reforma dosistema de transporte coletivoem Goiânia e nas demaiscidades é fundamental, com aparticipação popular na orga-nização do sistema”, enfatizaespecialista.

Todavia, assinala o profes-sor, o grande obstáculo é afalta de interesse dos empresá-rios e dos governantes emresolver a questão quando aresolução atenta contra seulucro e outros interesses.

Defender seus própriosinteresses tem sido uma cons-tante para o Sindicato dasEmpresas de Transporte e aCMTC. Tanto que, enquantoos usuários sofrem com a faltade segurança, o Sindicatodefende que não há dinheiropara aplicar em melhorias, masinveste em campanhas paracombater fraudes no transportecoletivo, como o uso do CartãoFácil por pessoas que não sãosuas beneficiárias.

“Milhares de usuáriosreclamaram dessa campanhae destacaram que, ao invés deinvestir nesse tipo de ação, erapreciso priorizar a segurança,a capacitação dos motoristase colocar mais linhas de ôni-bus nas ruas”, salientam oscoordenadores do grupo “VemPra Rua Goiás”.

TRANSPORTE COLETIVO

Monitoramento nãogarante segurança

Tarifa alta, veículos sucateados, frota reduzida e, agora, uma onda crescente de violência dificultam a vida da população que utiliza o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia

Nildo Viana defende reforma geral com participação popular

metropolitana de Goiânia teveum aumento de 94%, passan-do de 3.680 casos notificadosem 2013 para 7.133, no anopassado.

Os dados são da Secretariada Segurança Pública doEstado de Goiás (SSPGO) ecertamente estão aquém darealidade, já que muitas víti-mas não procuram as delega-cias para registrar boletins deocorrência. E há ainda oscasos de pessoas assaltadasenquanto esperam em pontosde ônibus, que não entramnessas estatísticas. Esses casospodem ser registrados generi-camente como roubo a tran-seunte, tipo de crime que, em2015, alcançou espantosos19.401 registros apenas emGoiânia e Aparecida.

Usuária do transportecoletivo, a jornalista AlanaSales já foi assaltada cinco

vezes ano passado, duas delasenquanto aguardava na para-da de ônibus. Experiências queinstalaram o medo e afetaramsua rotina.

“Deixei de sair à noite, nosprimeiros dias. Fiquei maisatenta para evitar estar sozinhaem pontos de ônibus... mascomo dependo unicamente dotransporte coletivo, não tenhomuita escolha a não ser voltara usar o serviço”, relata.

A rotina de quem precisaacordar cedo e esperar peloônibus em pontos mais isola-das tem sido de medo, inse-gurança e permeada de agres-sividade. O início do ano leti-vo foi marcado por pânicopara a família da recepcionis-ta Oscarine Sousa de AlmeidaLeandro. Ela, sua filha de 11anos e a mãe foram ameaça-das por um motoqueiro, às6h30 da manhã, enquanto

aguardavam o coletivo noJardim Mont Serrat, emAparecida de Goiânia.

“Entreguei minha bolsa, eele repetia que queria o celu-lar. Eu falava que estava den-tro da bolsa, mas ele conti-nuava ameaçando bater nacabeça da minha filha comum pedaço de pau. Ao final,levou até a mochila dela como material escolar”, conta.

No trabalho, Oscarinepassou o dia atônita.Sobraram as contas do celu-lar e dos livros escolares parapagar, além do trauma dafilha para lidar. Com medo, acriança não queria ir para aescola na manhã seguinte. Aoorçamento familiar já aperta-do, foi preciso acrescentar opagamento de um serviçoparticular de transporte esco-lar. Já Oscarine passou a irtrabalhar de bicicleta.

Longas esperas em paradas de ônibus e veículos lotados deixam usuários ainda mais vulneráveis à violência

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EDUCAÇÃO10 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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COMBATE AO BULLYNG

DIVERSÃO E ARTE

Da Redação

A performance “Enraize-se”,da artista Roberta Rox, convida opublico goiano para uma viagemde reencontro com a ancestrali-dade, a Mae Terra, e sera apre-sentada em seis cantos da

Grande Goiania entre os dias 15e 28 de fevereiro. Todas as apre-sentacoes sao gratuitas.

A acao tambem tem comoobjetivo descentralizar o acesso acultura. Dessa forma o projetoCirculacao Enraize-se, contem-plado pela Lei Municipal de In-centivo a Cultura, fortalece alinguagem da performance paraalem dos bairros centrais da ci-dade.

As apresentacoes serao no dia15 de fevereiro ao 12h30 na Pracado Bandeirante; no dia 17 de fe-vereiro as 16h30 na Ponte da Ruadez; no dia 20 de fevereiro as 15hna Praca da Igreja Matriz de

Campinas; no dia 22 de fevereiroas 12h na Praca do Cruzeiro; no

dia 26 de fevereiro as 17h naPraca da Feira localizada no Par-

que Amazonia e finaliza o crono-grama no dia 28 de fevereiro as10h na Parque Areiao.

Criada em 2013, Enraize-sebusca despertar a sensibilizacaodos sentidos do espectador, pro-vocando reacoes etransformacoes no comporta-mento, questionando a normati-zacao dos espacos publicos,interrompendo o curso normaldas coisas, trazendo poetica-mente a cena as relacoes com oselementos da natureza no ato dese plantar. Nesse sentido, com aconcepcao da performer RobertaRox, Enraize-se e reintegra corpoe natureza unindo-o com a terra,

a agua, o ar e o barro. Para a ar-tista a obra busca fortalecer asnossas raizes ancestrais suge-rindo o ato de se plantar comouma maneira de “saudar e agra-decer a nossa Mae Terra”.

“Enraize-se busca reacendero sensivel olhar em relacao asruas, ao espaco publico e a natu-reza em meio ao urbano, dissol-vendo tensoes, medos eviolencias, estabelece relacoesque vao alem das sensacoes roti-neiras, e possibilita abrir espacoao que e precioso dentro de cadaum”, explica Roberta Rox, que éformada em Artes Cênicas pelaUniversidade Federal de Goias.

Fabiola Rodrigues

Apesar de não prever puni-ção para quem não cumpri-la,uma lei federal que pretendecombater o bullying está emvigor desde o último dia 9. Emsíntese, o texto da lei institui oPrograma de Combate à Intimi-dação Sistemática (bullying).Na prática, as escolas devemrealizar debates e discussões,com participação dos alunos epais, para prevenir e combatercasos de bullying. Além dos es-tabelecimentos de ensino, pais eprofessores também devem serorientados sobre bullying, que écaracterizado por perseguiçãosistemática, física ou psicoló-gica, presencial ou virtual dealgum indivíduo. A lei tambémprevê assistência psicológica ejurídica às vítimas e aos agres-sores.

Segundo uma do InstitutoBrasileiro de Geografia e Esta-

tística (IBGE), realizada em2012, cerca de 30% das criançase adolescentes no Brasil já so-freram algum tipo de bullying.A psicóloga Giele Toassa, quetrabalha com crianças e adoles-centes vitimadas de agressõesnas escolas, esse número podeser ainda mais elevado.

Na maioria das escolas, asações mais intensas devemocorrer na segunda fase do en-sino fundamental, do 6º ao 9ºanos, quando os alunos entrama adolescência. Dentro das es-colas as agressões entre meni-nos acontecem mais de formafísica. Já as meninas se agridemmais com palavras e xingamen-tos. As agressões causam trau-mas e as vítimas em muitoscasos nem querem estudar maisou pedem aos pais para mudarde escola.

Os adolescentes entre 13 e15 são os que mais sofrem bul-lying, já que nesta fase da vidaas mudanças do corpo estão as-sociadas à puberdade e a buscapela identidade causa crise emo-cional no adolescente. Agredir ocolega é uma das formas dequerer expressar autoridade.

Otimista com a nova lei, apsicóloga acredita que vai cha-mar mais a atenção da socie-dade e do ambiente escolar paradebaterem assuntos como ra-cismo, homofobia, falar sobre opróprio corpo, como quem estáacima do peso ou porta algumtipo de deficiência física oumental.

“É uma lei que já reforça di-

reitos jurídicos, mas tem queproposta de criar na sociedadedebates sobre preconceitos quenão precisam existir”, expressaGisele.

O resultado da lei em vigordeve vir a médio e longo prazo,já que a conscientização é umprocesso demorado. Indepen-dente de lei, Gisele alerta que

todos precisam estar atentos aqualquer tipo de sintoma deagressão e dar voz à criança ouadolescente. Nem sempre eleestará exagerando e geralmentequem foi agredido fica retraídoe precisa de cuidado.

Quanto ao agressor, geral-mente não existe a necessidadede punir severamente, já que eletambém precisa de tratamento.A melhor forma de educar é ree-ducando e os pais precisamacompanhar os filhos nessa jor-nada. Sem eles, a reeducaçãofica mais difícil. "A inclusão so-cial é o melhor caminho", frisaa psicóloga.

Outro fator preocupante é ocyberbullying, ele acontece emambientes virtuais, principal-mente nas redes sociais. Por sermuito magro, o estudante Kai-que Brito, de 11 anos, acabou setornando alvo de críticas e gra-cinhas por parte dos colegas.

Devido a isso, está isolada nasala de aula e a mãe dele já pro-curou ajuda psicológica.

“Eu não gosto que os meni-nos ficam me chamando assim,agora só vou para a escola comblusa comprida e sempre ficoquieto no meu canto”, diz o es-tudante.

A psicóloga Gisele Toassadiz que as vítimas raramentepedem ajuda às autoridades es-colares ou aos pais, pois acre-ditam que assim evitarãoretaliações dos agressores etambém porque pensam que aosofrerem sozinhas e caladaspouparão seus pais da decep-ção de ter um filho frágil, co-varde e não popular na escola.De acordo com o novo textolegal, cartilhas, leitura debatesserão ferramentas usadas paraajudar os alunos a esclarecermelhor sobre o assunto e tirardúvidas.

Psicóloga Gisele Toassa: lei ajuda a incentivar debates nasescolas, mas os pais precisam particiar no processo dereeducação dos filhos

Os adolescentes entre 13 e 15 anos são os que mais sofrem bullying na escola, já que nesta fase da vida as mudanças do corpo estão associadas à puberdade

Lei federal quepretende combater obullying está emvigor desde o últimodia 9. Em síntese, otexto da lei institui oPrograma deCombate àIntimidaçãoSistemática

Performance Enrai•ze-se da artista RobertaRox convida pu•blicogoiano a despertar asensibilidade esaudar a natureza

Performance “Enraize-se”é apresentada em Goiânia

Lei incentiva debates em escolas

Contemplado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura, projetocirculara pela grande Goiania com apresentacoes gratuitas

PAULO JOSÉ

O que diz a leiA Lei nº 13.185, em vigordesde o último dia 9, institui oPrograma de Combate àIntimidação Sistemática,Bullying, em todo o territórionacional.

O qu é bullyingDe acordo com a lei, bullying,ou intimidação sistemática, étodo ato de violência física oupsicológica, intencional erepetitivo que ocorre semmotivação evidente, praticadopor indivíduo ou grupo, contrauma ou mais pessoas, com o

objetivo de intimidá-la ouagredi-la, causando dor eangústia à vítima, em umarelação de desequilíbrio depoder entre as partesenvolvidas.

Formas de bullyingAtaques físicos; insultospessoais; comentáriossistemáticos e apelidospejorativos; ameaças porquaisquer meios; grafitesdepreciativos; expressõespreconceituosas; isolamentosocial consciente epremeditado; pilhérias.

[email protected]

GERALX

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

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Alimente heróis com livros

Segplan inaugura mais duas unidades do Vapt VuptEsta semana serão inauguradas mais duas

unidades do Vapt Vupt. Na terça-feira (11/02) se-rá inaugurada a unidade de Piracanjuba, às 14h,e na sexta-feira (19/02) acontece a abertura daunidade de São Miguel do Araguaia, às 9h.

Prazo para renovação daBolsa Universitária é prorrogado

O prazo para renovação de benefícios doPrograma Bolsa Universitária(PBU), da Organi-zação das Voluntárias de Goiás (OVG), iniciadaem 13 de janeiro e que terminaria em 13 de feve-reiro, foi prorrogada para até o próximo dia 19de fevereiro. A renovação é voltada para os estu-dantes que já são beneficiários do Programa e de-verá ser feita somente via on-line, no site da OVG(www.ovg.org.br), Portal Bolsa Universitária,Central do Aluno. A não renovação implica nocancelamento do benefício. Um total de 16 milalunos deverão fazer a renovação, mas somenteos estudantes que cumpriram a contrapartida exi-gida pelo programa poderão renovar.

Professores participam de formação em BrailleProfessores que atuam no Atendimento Edu-

cacional Especializado a estudantes com defi-ciência visual, por meio das salas de recursosmultifuncionais das escolas estaduais, vão parti-cipar, de 14 a 20 deste mês, da Formação Conti-nuada para o ensino no sistema Braille. O cursoacontecerá no Hotel Biss’Inn, na Avenida Anhan-guera, 2.913, Setor Universitário, em Goiânia. Aabertura será às 8 horas deste domingo, dia 14.A formação acontece, gradativamente, em todasas subsecretarias de Educação do Estado.

SMT lança novo sitePara informar a população sobre projetos, inter-

venções, monitoramento viário e informações sobreo trânsito em Goiânia, entrou no ar na sexta-feira,12, o novo site da Secretaria Municipal de Trânsito,Transportes e Mobilidade (SMT). No novo canal decomunicação da SMT, poderão ser feitas solicita-ções de sinalização e engenharia, assim como ocor-rências que não demandem urgência por meio doFale Conosco. Acesso às redes sociais oficiais dapasta, contatos atualizados e serviços para melhoratender o cidadão também estão disponíveis.

Daniela Rezende

Gerar novas experiências deaprendizagem em um modeloparticipativo de educação é oque pretendem alunos e profes-sores da Escola Municipal JoséCarlos Pimenta, no Distrito de

Vila Rica, zona rural de Goiâ-nia. O grupo promove a partirdeste domingo, 14, uma campa-nha de financiamento coletivopara aquisição de três títulos li-terários, que integram projetoda instituição. A coleta pretendemobilizar comunidade, famíliase pessoas de outras cidades eestados para um modelo parti-cipativo de educação.A ação intitulada “Alimente

heróis com livros” envolve 60educandos e precisa arrecadarem 60 dias R$ 3.446,78, em siteespecializado em financiamentocoletivo. Com o dinheiro, a es-cola pretende comprar 90 exem-plares dos livros “Eu souMalala”, “O diário de AnneFrank” e “Ben Carson: O meni-no pobre que se tornou neuro-cirurgião de fama mundial”.Segundo o professor ideali-

zador do projeto Cléssio Bas-

tos, o dinheiro é necessário,mas o principal objetivo não é aarrecadação.“A Campanha e o projeto

em si geram uma série de situa-ções pedagógicas que motivamo uso da língua portuguesa emsituações reais. Na gravaçãodos vídeos, por exemplo, os alu-nos desenvolvem a oralidade, aescrita do roteiro, se sentemmotivados e desinibidos eaprendem a usar tecnologias”,destaca o educador.O projeto ainda prevê a

compra dos livros pelos pró-prios alunos na ida à livraria,leitura dos exemplares no pri-meiro semestre e doação paraoutra instituição que melhorapresentar um plano de utiliza-ção dos títulos literários. Maisinformações do projeto podemser acessadas pelo endereço ele-trônico looking4heroes.org.

Campanha de escolamunicipal pedecolaboraçãofinanceira deinternautas parafinanciamentocoletivo de livros queirão beneficiarestudantes carentesem todo o mundo

EDUCAÇÃO PARTICIPATIVA

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

FOTO: EDUARDO FERREIRA

Calendário escolarAinda restam oito escolas estaduais ocu-

padas. Em todas as escolas que estão sendodesocupadas, é elaborado um novo calendá-rio para garantir os 200 dias letivos. No ca-so do Lyceu, a unidade possui 380 alunosinscritos, sendo que 20% deles pediramtransferência devido ao atraso no início dasaulas.

Balada Responsável abordamais de 37 mil pessoasDurante o feriadão de carnaval, 37.140 pes-

soas receberam material educativo e orienta-ções sobre os perigos de associar álcool edireção. As equipes de educadores de trânsito,formada por servidores do Detran-GO quecompõem o braço educativo do programa Ba-lada Responsável, visitaram bares, restaurantes,clubes e shows da noite do dia 5 à madrugadana última quarta-feira, 10, para levar a mensa-gem “Se beber não dirija” aos foliões. Além deGoiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, oprograma realizou abordagens em outras cida-des do Estado, como Caldas Novas, Aruanã ePirenópolis.

Em 2015, depois de umaprova de língua portuguesa frus-trada, 90% das notas baixas ealunos que não gostavam de ler,veio a ideia de uma leitura cole-tiva, que proporcionasse, além deconteúdo, inspiração e reflexõessobre o estudo e a valorização dodireito à educação. O livro esco-lhido foi “Eu sou Malala”, bio-grafia da mais nova vencedora deum Prêmio Nobel da Paz e que,as 14 anos, sofrera um atentadodevido à sua luta pelo direito dasmeninas paquistanesas frequen-tarem a escola.Com apenas um livro, a leitu-

ra coletiva foi realizada e mobili-

zou as outras disciplinas. No siteem inglês da Fundação Malala,os alunos da Escola MunicipalJosé Carlos Pimenta descobriramque poderiam ajudar crianças dooutro continente, na campanhada jovem paquistanesa“A cada um dólar, uma crian-

ça na escola. Com a montagemde uma cesta básica, os educan-dos saíram às ruas da comunida-de vendendo rifas e arrecadaramquantia que foi trocada em 100dólares e ajudaram a colocar 100crianças na escola por um ano.

DOAÇÕESQualquer cidadão de Goiâ-

nia ou do país pode contribuircom o projeto, além de ficar en-volvido diretamente com a edu-cação dos jovens que têm entre 9e 14 anos. De acordo com o va-lor doado, os colaboradores re-ceberão recompensas como umafoto do aluno com o livro, carti-nha manuscrita do aluno agrade-cendo a doação, ler um trecho delivro com os alunos por video-conferência.As doações para o projeto

“Alimente heróis com livros” se-rão feitas a partir do dia 14, pelosite www.catarse.me/heroisleito-res. O valor mínimo para doa-ções é de R$ 30,00.

Iniciativa veio da necessidade de melhorar a leitura

Lyceu de Goiânia é 21ª escola desocupadaO tradicional Colégio Estadual Lyceu de Goiânia se tornou a 21ª escola desocupada em

Goiás. A negociação para a saída dos ocupante foi feita entre os estudantes e a Secretaria daEducação, Cultura e Esportes (Seduce) e coordenada pelo subsecretário da pasta, MarceloOliveira, e pela direção do colégio. Durante vistoria prévia foram constatados o furto de lâm-padas, computadores, aparelhos de som, caixas de papel, projetores, microondas, geladeira edocumentos da coordenação.

Leitura coletiva do livro "Eu sou Malala" inspirou educandos da Escola Municipal JoséCarlos Pimenta a valorizarem o direito à educação

Alunos enviaram 100dólares à Fundação

Malala apósarrecadação na

comunidade e apoio doprofessor

Campanha para comprados livros pretendearrecadar cerca R$ 3,5mil em 60 dias

FOTOS:CLÉSSIO BASTOS

Militares na guerra contra o mosquito da dengueDois mil e quatrocentos homens do Exército eda Aeronáutica declaram guerra em Goiás. Oinimigo é o Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue. O reforço foi anunciado pelo secretário da Saúde, LeonardoVilela. Segundo ele, haverá neste sábado, dia13, uma grande mobilização envolvendo as Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de Goiânia, por meio da Comurg eSecretaria Municipal de Saúde. A partir das 8horas, a Praça Joaquim Lúcio, em Campinas,será o ponto de partida para o início de umavistoria nos domicílios da região para eliminaros focos do transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação se repetirá na região metropolitana de Goiânia, em Anápolis e Entorno do Distrito Federal.

Page 11: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/02/14-02-2015_tr… · UNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

EDUCAÇÃO10 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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COMBATE AO BULLYNG

DIVERSÃO E ARTE

Da Redação

A performance “Enraize-se”,da artista Roberta Rox, convida opublico goiano para uma viagemde reencontro com a ancestrali-dade, a Mae Terra, e sera apre-sentada em seis cantos da

Grande Goiania entre os dias 15e 28 de fevereiro. Todas as apre-sentacoes sao gratuitas.

A acao tambem tem comoobjetivo descentralizar o acesso acultura. Dessa forma o projetoCirculacao Enraize-se, contem-plado pela Lei Municipal de In-centivo a Cultura, fortalece alinguagem da performance paraalem dos bairros centrais da ci-dade.

As apresentacoes serao no dia15 de fevereiro ao 12h30 na Pracado Bandeirante; no dia 17 de fe-vereiro as 16h30 na Ponte da Ruadez; no dia 20 de fevereiro as 15hna Praca da Igreja Matriz de

Campinas; no dia 22 de fevereiroas 12h na Praca do Cruzeiro; no

dia 26 de fevereiro as 17h naPraca da Feira localizada no Par-

que Amazonia e finaliza o crono-grama no dia 28 de fevereiro as10h na Parque Areiao.

Criada em 2013, Enraize-sebusca despertar a sensibilizacaodos sentidos do espectador, pro-vocando reacoes etransformacoes no comporta-mento, questionando a normati-zacao dos espacos publicos,interrompendo o curso normaldas coisas, trazendo poetica-mente a cena as relacoes com oselementos da natureza no ato dese plantar. Nesse sentido, com aconcepcao da performer RobertaRox, Enraize-se e reintegra corpoe natureza unindo-o com a terra,

a agua, o ar e o barro. Para a ar-tista a obra busca fortalecer asnossas raizes ancestrais suge-rindo o ato de se plantar comouma maneira de “saudar e agra-decer a nossa Mae Terra”.

“Enraize-se busca reacendero sensivel olhar em relacao asruas, ao espaco publico e a natu-reza em meio ao urbano, dissol-vendo tensoes, medos eviolencias, estabelece relacoesque vao alem das sensacoes roti-neiras, e possibilita abrir espacoao que e precioso dentro de cadaum”, explica Roberta Rox, que éformada em Artes Cênicas pelaUniversidade Federal de Goias.

Fabiola Rodrigues

Apesar de não prever puni-ção para quem não cumpri-la,uma lei federal que pretendecombater o bullying está emvigor desde o último dia 9. Emsíntese, o texto da lei institui oPrograma de Combate à Intimi-dação Sistemática (bullying).Na prática, as escolas devemrealizar debates e discussões,com participação dos alunos epais, para prevenir e combatercasos de bullying. Além dos es-tabelecimentos de ensino, pais eprofessores também devem serorientados sobre bullying, que écaracterizado por perseguiçãosistemática, física ou psicoló-gica, presencial ou virtual dealgum indivíduo. A lei tambémprevê assistência psicológica ejurídica às vítimas e aos agres-sores.

Segundo uma do InstitutoBrasileiro de Geografia e Esta-

tística (IBGE), realizada em2012, cerca de 30% das criançase adolescentes no Brasil já so-freram algum tipo de bullying.A psicóloga Giele Toassa, quetrabalha com crianças e adoles-centes vitimadas de agressõesnas escolas, esse número podeser ainda mais elevado.

Na maioria das escolas, asações mais intensas devemocorrer na segunda fase do en-sino fundamental, do 6º ao 9ºanos, quando os alunos entrama adolescência. Dentro das es-colas as agressões entre meni-nos acontecem mais de formafísica. Já as meninas se agridemmais com palavras e xingamen-tos. As agressões causam trau-mas e as vítimas em muitoscasos nem querem estudar maisou pedem aos pais para mudarde escola.

Os adolescentes entre 13 e15 são os que mais sofrem bul-lying, já que nesta fase da vidaas mudanças do corpo estão as-sociadas à puberdade e a buscapela identidade causa crise emo-cional no adolescente. Agredir ocolega é uma das formas dequerer expressar autoridade.

Otimista com a nova lei, apsicóloga acredita que vai cha-mar mais a atenção da socie-dade e do ambiente escolar paradebaterem assuntos como ra-cismo, homofobia, falar sobre opróprio corpo, como quem estáacima do peso ou porta algumtipo de deficiência física oumental.

“É uma lei que já reforça di-

reitos jurídicos, mas tem queproposta de criar na sociedadedebates sobre preconceitos quenão precisam existir”, expressaGisele.

O resultado da lei em vigordeve vir a médio e longo prazo,já que a conscientização é umprocesso demorado. Indepen-dente de lei, Gisele alerta que

todos precisam estar atentos aqualquer tipo de sintoma deagressão e dar voz à criança ouadolescente. Nem sempre eleestará exagerando e geralmentequem foi agredido fica retraídoe precisa de cuidado.

Quanto ao agressor, geral-mente não existe a necessidadede punir severamente, já que eletambém precisa de tratamento.A melhor forma de educar é ree-ducando e os pais precisamacompanhar os filhos nessa jor-nada. Sem eles, a reeducaçãofica mais difícil. "A inclusão so-cial é o melhor caminho", frisaa psicóloga.

Outro fator preocupante é ocyberbullying, ele acontece emambientes virtuais, principal-mente nas redes sociais. Por sermuito magro, o estudante Kai-que Brito, de 11 anos, acabou setornando alvo de críticas e gra-cinhas por parte dos colegas.

Devido a isso, está isolada nasala de aula e a mãe dele já pro-curou ajuda psicológica.

“Eu não gosto que os meni-nos ficam me chamando assim,agora só vou para a escola comblusa comprida e sempre ficoquieto no meu canto”, diz o es-tudante.

A psicóloga Gisele Toassadiz que as vítimas raramentepedem ajuda às autoridades es-colares ou aos pais, pois acre-ditam que assim evitarãoretaliações dos agressores etambém porque pensam que aosofrerem sozinhas e caladaspouparão seus pais da decep-ção de ter um filho frágil, co-varde e não popular na escola.De acordo com o novo textolegal, cartilhas, leitura debatesserão ferramentas usadas paraajudar os alunos a esclarecermelhor sobre o assunto e tirardúvidas.

Psicóloga Gisele Toassa: lei ajuda a incentivar debates nasescolas, mas os pais precisam particiar no processo dereeducação dos filhos

Os adolescentes entre 13 e 15 anos são os que mais sofrem bullying na escola, já que nesta fase da vida as mudanças do corpo estão associadas à puberdade

Lei federal quepretende combater obullying está emvigor desde o últimodia 9. Em síntese, otexto da lei institui oPrograma deCombate àIntimidaçãoSistemática

Performance Enrai•ze-se da artista RobertaRox convida pu•blicogoiano a despertar asensibilidade esaudar a natureza

Performance “Enraize-se”é apresentada em Goiânia

Lei incentiva debates em escolas

Contemplado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura, projetocirculara pela grande Goiania com apresentacoes gratuitas

PAULO JOSÉ

O que diz a leiA Lei nº 13.185, em vigordesde o último dia 9, institui oPrograma de Combate àIntimidação Sistemática,Bullying, em todo o territórionacional.

O qu é bullyingDe acordo com a lei, bullying,ou intimidação sistemática, étodo ato de violência física oupsicológica, intencional erepetitivo que ocorre semmotivação evidente, praticadopor indivíduo ou grupo, contrauma ou mais pessoas, com o

objetivo de intimidá-la ouagredi-la, causando dor eangústia à vítima, em umarelação de desequilíbrio depoder entre as partesenvolvidas.

Formas de bullyingAtaques físicos; insultospessoais; comentáriossistemáticos e apelidospejorativos; ameaças porquaisquer meios; grafitesdepreciativos; expressõespreconceituosas; isolamentosocial consciente epremeditado; pilhérias.

[email protected]

GERALX

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

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Alimente heróis com livros

Segplan inaugura mais duas unidades do Vapt VuptEsta semana serão inauguradas mais duas

unidades do Vapt Vupt. Na terça-feira (11/02) se-rá inaugurada a unidade de Piracanjuba, às 14h,e na sexta-feira (19/02) acontece a abertura daunidade de São Miguel do Araguaia, às 9h.

Prazo para renovação daBolsa Universitária é prorrogado

O prazo para renovação de benefícios doPrograma Bolsa Universitária(PBU), da Organi-zação das Voluntárias de Goiás (OVG), iniciadaem 13 de janeiro e que terminaria em 13 de feve-reiro, foi prorrogada para até o próximo dia 19de fevereiro. A renovação é voltada para os estu-dantes que já são beneficiários do Programa e de-verá ser feita somente via on-line, no site da OVG(www.ovg.org.br), Portal Bolsa Universitária,Central do Aluno. A não renovação implica nocancelamento do benefício. Um total de 16 milalunos deverão fazer a renovação, mas somenteos estudantes que cumpriram a contrapartida exi-gida pelo programa poderão renovar.

Professores participam de formação em BrailleProfessores que atuam no Atendimento Edu-

cacional Especializado a estudantes com defi-ciência visual, por meio das salas de recursosmultifuncionais das escolas estaduais, vão parti-cipar, de 14 a 20 deste mês, da Formação Conti-nuada para o ensino no sistema Braille. O cursoacontecerá no Hotel Biss’Inn, na Avenida Anhan-guera, 2.913, Setor Universitário, em Goiânia. Aabertura será às 8 horas deste domingo, dia 14.A formação acontece, gradativamente, em todasas subsecretarias de Educação do Estado.

SMT lança novo sitePara informar a população sobre projetos, inter-

venções, monitoramento viário e informações sobreo trânsito em Goiânia, entrou no ar na sexta-feira,12, o novo site da Secretaria Municipal de Trânsito,Transportes e Mobilidade (SMT). No novo canal decomunicação da SMT, poderão ser feitas solicita-ções de sinalização e engenharia, assim como ocor-rências que não demandem urgência por meio doFale Conosco. Acesso às redes sociais oficiais dapasta, contatos atualizados e serviços para melhoratender o cidadão também estão disponíveis.

Daniela Rezende

Gerar novas experiências deaprendizagem em um modeloparticipativo de educação é oque pretendem alunos e profes-sores da Escola Municipal JoséCarlos Pimenta, no Distrito de

Vila Rica, zona rural de Goiâ-nia. O grupo promove a partirdeste domingo, 14, uma campa-nha de financiamento coletivopara aquisição de três títulos li-terários, que integram projetoda instituição. A coleta pretendemobilizar comunidade, famíliase pessoas de outras cidades eestados para um modelo parti-cipativo de educação.A ação intitulada “Alimente

heróis com livros” envolve 60educandos e precisa arrecadarem 60 dias R$ 3.446,78, em siteespecializado em financiamentocoletivo. Com o dinheiro, a es-cola pretende comprar 90 exem-plares dos livros “Eu souMalala”, “O diário de AnneFrank” e “Ben Carson: O meni-no pobre que se tornou neuro-cirurgião de fama mundial”.Segundo o professor ideali-

zador do projeto Cléssio Bas-

tos, o dinheiro é necessário,mas o principal objetivo não é aarrecadação.“A Campanha e o projeto

em si geram uma série de situa-ções pedagógicas que motivamo uso da língua portuguesa emsituações reais. Na gravaçãodos vídeos, por exemplo, os alu-nos desenvolvem a oralidade, aescrita do roteiro, se sentemmotivados e desinibidos eaprendem a usar tecnologias”,destaca o educador.O projeto ainda prevê a

compra dos livros pelos pró-prios alunos na ida à livraria,leitura dos exemplares no pri-meiro semestre e doação paraoutra instituição que melhorapresentar um plano de utiliza-ção dos títulos literários. Maisinformações do projeto podemser acessadas pelo endereço ele-trônico looking4heroes.org.

Campanha de escolamunicipal pedecolaboraçãofinanceira deinternautas parafinanciamentocoletivo de livros queirão beneficiarestudantes carentesem todo o mundo

EDUCAÇÃO PARTICIPATIVA

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

FOTO: EDUARDO FERREIRA

Calendário escolarAinda restam oito escolas estaduais ocu-

padas. Em todas as escolas que estão sendodesocupadas, é elaborado um novo calendá-rio para garantir os 200 dias letivos. No ca-so do Lyceu, a unidade possui 380 alunosinscritos, sendo que 20% deles pediramtransferência devido ao atraso no início dasaulas.

Balada Responsável abordamais de 37 mil pessoasDurante o feriadão de carnaval, 37.140 pes-

soas receberam material educativo e orienta-ções sobre os perigos de associar álcool edireção. As equipes de educadores de trânsito,formada por servidores do Detran-GO quecompõem o braço educativo do programa Ba-lada Responsável, visitaram bares, restaurantes,clubes e shows da noite do dia 5 à madrugadana última quarta-feira, 10, para levar a mensa-gem “Se beber não dirija” aos foliões. Além deGoiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, oprograma realizou abordagens em outras cida-des do Estado, como Caldas Novas, Aruanã ePirenópolis.

Em 2015, depois de umaprova de língua portuguesa frus-trada, 90% das notas baixas ealunos que não gostavam de ler,veio a ideia de uma leitura cole-tiva, que proporcionasse, além deconteúdo, inspiração e reflexõessobre o estudo e a valorização dodireito à educação. O livro esco-lhido foi “Eu sou Malala”, bio-grafia da mais nova vencedora deum Prêmio Nobel da Paz e que,as 14 anos, sofrera um atentadodevido à sua luta pelo direito dasmeninas paquistanesas frequen-tarem a escola.Com apenas um livro, a leitu-

ra coletiva foi realizada e mobili-

zou as outras disciplinas. No siteem inglês da Fundação Malala,os alunos da Escola MunicipalJosé Carlos Pimenta descobriramque poderiam ajudar crianças dooutro continente, na campanhada jovem paquistanesa“A cada um dólar, uma crian-

ça na escola. Com a montagemde uma cesta básica, os educan-dos saíram às ruas da comunida-de vendendo rifas e arrecadaramquantia que foi trocada em 100dólares e ajudaram a colocar 100crianças na escola por um ano.

DOAÇÕESQualquer cidadão de Goiâ-

nia ou do país pode contribuircom o projeto, além de ficar en-volvido diretamente com a edu-cação dos jovens que têm entre 9e 14 anos. De acordo com o va-lor doado, os colaboradores re-ceberão recompensas como umafoto do aluno com o livro, carti-nha manuscrita do aluno agrade-cendo a doação, ler um trecho delivro com os alunos por video-conferência.As doações para o projeto

“Alimente heróis com livros” se-rão feitas a partir do dia 14, pelosite www.catarse.me/heroisleito-res. O valor mínimo para doa-ções é de R$ 30,00.

Iniciativa veio da necessidade de melhorar a leitura

Lyceu de Goiânia é 21ª escola desocupadaO tradicional Colégio Estadual Lyceu de Goiânia se tornou a 21ª escola desocupada em

Goiás. A negociação para a saída dos ocupante foi feita entre os estudantes e a Secretaria daEducação, Cultura e Esportes (Seduce) e coordenada pelo subsecretário da pasta, MarceloOliveira, e pela direção do colégio. Durante vistoria prévia foram constatados o furto de lâm-padas, computadores, aparelhos de som, caixas de papel, projetores, microondas, geladeira edocumentos da coordenação.

Leitura coletiva do livro "Eu sou Malala" inspirou educandos da Escola Municipal JoséCarlos Pimenta a valorizarem o direito à educação

Alunos enviaram 100dólares à Fundação

Malala apósarrecadação na

comunidade e apoio doprofessor

Campanha para comprados livros pretendearrecadar cerca R$ 3,5mil em 60 dias

FOTOS:CLÉSSIO BASTOS

Militares na guerra contra o mosquito da dengueDois mil e quatrocentos homens do Exército eda Aeronáutica declaram guerra em Goiás. Oinimigo é o Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue. O reforço foi anunciado pelo secretário da Saúde, LeonardoVilela. Segundo ele, haverá neste sábado, dia13, uma grande mobilização envolvendo as Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de Goiânia, por meio da Comurg eSecretaria Municipal de Saúde. A partir das 8horas, a Praça Joaquim Lúcio, em Campinas,será o ponto de partida para o início de umavistoria nos domicílios da região para eliminaros focos do transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação se repetirá na região metropolitana de Goiânia, em Anápolis e Entorno do Distrito Federal.

COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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Daniela Martins

Que o goianiense é apai-xonado por sua cidade, ape-sar de todos os problemasenfrentados diariamente,todos já sabem. Agora essapaixão está devidamenteregistrada em imagens emelancólicos depoimentosvia internet. Um grupo deanônimos – que preferemnão se identificar para dartotal destaque apenas ao pro-jeto – criou uma página noFacebook com o intuito de“resgatar a memória fotográ-fica da paisagem urbana dacidade de Goiânia” e trans-formou a iniciativa numa ver-dadeira declaração coletivade amor à Capital.A página intitulada

“Goiânia Antiga” foi criadaem 6 de janeiro último e, empouco mais de um mês, jáchama atenção pelos núme-ros alcançados. São mais de27 mil seguidores, quase 150fotos divulgadas, milhares decompartilhamentos e comen-tários. Para se ter uma ideia,a fotografia da avenida SãoPaulo, no Jardim Esmeralda,um registro da década de1980, já conta com mais de600 compartilhamentos.A página é feita de forma

colaborativa. Qualquer inte-ressado pode enviar umafotografia antiga da Capitalcom a devida identificação, eo material é divulgado pelosadministradores. Os enviosdevem ser feitos por mensa-gens na própria página. E osinternautas têm participado,inclusive personalidadesgoianienses ilustres, comoMauro Borges Teixeira Neto,neto do ex-governador doEstado Mauro BorgesTeixeira; e o jornalista IuriGodinho.Muitos enviam fotografias

Uma declaração de amor à CapitalPágina do Facebook,mantida de formacolaborativa pelosinternautas, reúnecentenas de imagense informações sobrea construção e odesenvolvimento deGoiânia. Registroshistóricos fazemsucesso na rede

REDES SOCIAIS

de autoria de Hélio deOliveira, o primeiro repórterfotográfico de Goiás, querecentemente lançou suaobra Eu vi Goiânia Crescer,em dois volumes, pelaEditora Kelps, com registrosda Capital das décadas de1950 a 1980.

RESGATE HISTÓRICONos registros da página

Goiânia Antiga, há fotogra-fias da construção deGoiânia, de Campinas, dasavenidas do Centro, do inícioda Feira Hippie, da primeirafeira livre realizada na cida-de, além de atividades curio-sas como corridas de velocí-pedes. Uma imagem, de1961, mostra uma verdadeiramultidão acompanhando acorrida de motovelocidade naPraça Bandeirante.Os mais jovens visitantes

da página comentam quesempre chamam seus pais eavós para conferirem as ima-gens, o que tem rendido mui-tas histórias e até lágrimas,segundo os comentários. Hátambém, entre os comentá-rios, muitas informações quecomplementam as imagens eajudam a construir a memó-ria histórica da Capital.Berço de Goiânia,

Campinas é tema constantedas fotografias publicadas earranca sempre memóriassaudosas dos internautas.Um deles, Edson Freitas,conta num comentário que,apesar de Campinas hojeestar sendo engolida pelocomércio, no passado, o bair-ro era totalmente residenciale um expoente da cultura.Em 1973, ano em que Edsonse mudou para Campinas, obairro contava com cincocinemas.Na página há registros

mais recentes, da década de1990, como as fotos de vistaaérea da região onde hojeestá o Parque Vaca Brava,cartão-postal da Capital.Sejam mais antigas ou

mais recentes, todas estasimagens que antes ficavamesquecidas em arquivos pes-soais e em acervos de institu-tos históricos agora estãodisponíveis na rede social.Além de nos fazer recordar,são imagens que nos fazemrefletir sobre o quanto a cida-de de Goiânia tem se trans-formado ao longo dos anos,seja para o bem ou para omal.

Corrida demotovelocidadena PraçaBandeirante, 1961

Igreja Matriz de Campinas, 1952, a velha instalação e, àfrente, a fundação para construção da nova igreja

Populares acompanham a Corrida de Velocípedes naPraça do Trabalhador, foto de 23 de outubro de 1966

Avenida São Paulo, no Jardim das Esmeraldas, início dosanos 80, foto mais compartilhada pelos internatos

Feira Hippie, um dos poucos registros do início da feira.Foto de 16 de janeiro de 1972

Getúlio Vargas em visita à Escola Técnica Federal noinício da década de 1940. (Foto: Antonio Pereira da Silva)

Transporte coletivo feito por jardineira, no trajetoCampinas-Goiânia, foto de 1958

Primeiro Mercado Municipal de Goiânia (1936), este é orancho onde funcionava a feira livre de Goiânia

Primeiros materiais de construção de Goiânia vindos decarro de Boi, anos de 1930. (Foto: Alois Feichtenberger)

Goiânia, 1933, registro das seis primeiras casas feitaspelo governo para serem sede da construção da Capital

A prefeitura de Goiânia, em 1936, funcionava em umadas seis primeiras casas construídas na Rua 24, Centro

Registros históricos de Goiânia

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Alimente heróis com livros

Segplan inaugura mais duas unidades do Vapt VuptEsta semana serão inauguradas mais duas

unidades do Vapt Vupt. Na terça-feira (11/02) se-rá inaugurada a unidade de Piracanjuba, às 14h,e na sexta-feira (19/02) acontece a abertura daunidade de São Miguel do Araguaia, às 9h.

Prazo para renovação daBolsa Universitária é prorrogado

O prazo para renovação de benefícios doPrograma Bolsa Universitária(PBU), da Organi-zação das Voluntárias de Goiás (OVG), iniciadaem 13 de janeiro e que terminaria em 13 de feve-reiro, foi prorrogada para até o próximo dia 19de fevereiro. A renovação é voltada para os estu-dantes que já são beneficiários do Programa e de-verá ser feita somente via on-line, no site da OVG(www.ovg.org.br), Portal Bolsa Universitária,Central do Aluno. A não renovação implica nocancelamento do benefício. Um total de 16 milalunos deverão fazer a renovação, mas somenteos estudantes que cumpriram a contrapartida exi-gida pelo programa poderão renovar.

Professores participam de formação em BrailleProfessores que atuam no Atendimento Edu-

cacional Especializado a estudantes com defi-ciência visual, por meio das salas de recursosmultifuncionais das escolas estaduais, vão parti-cipar, de 14 a 20 deste mês, da Formação Conti-nuada para o ensino no sistema Braille. O cursoacontecerá no Hotel Biss’Inn, na Avenida Anhan-guera, 2.913, Setor Universitário, em Goiânia. Aabertura será às 8 horas deste domingo, dia 14.A formação acontece, gradativamente, em todasas subsecretarias de Educação do Estado.

SMT lança novo sitePara informar a população sobre projetos, inter-

venções, monitoramento viário e informações sobreo trânsito em Goiânia, entrou no ar na sexta-feira,12, o novo site da Secretaria Municipal de Trânsito,Transportes e Mobilidade (SMT). No novo canal decomunicação da SMT, poderão ser feitas solicita-ções de sinalização e engenharia, assim como ocor-rências que não demandem urgência por meio doFale Conosco. Acesso às redes sociais oficiais dapasta, contatos atualizados e serviços para melhoratender o cidadão também estão disponíveis.

Daniela Rezende

Gerar novas experiências deaprendizagem em um modeloparticipativo de educação é oque pretendem alunos e profes-sores da Escola Municipal JoséCarlos Pimenta, no Distrito de

Vila Rica, zona rural de Goiâ-nia. O grupo promove a partirdeste domingo, 14, uma campa-nha de financiamento coletivopara aquisição de três títulos li-terários, que integram projetoda instituição. A coleta pretendemobilizar comunidade, famíliase pessoas de outras cidades eestados para um modelo parti-cipativo de educação.A ação intitulada “Alimente

heróis com livros” envolve 60educandos e precisa arrecadarem 60 dias R$ 3.446,78, em siteespecializado em financiamentocoletivo. Com o dinheiro, a es-cola pretende comprar 90 exem-plares dos livros “Eu souMalala”, “O diário de AnneFrank” e “Ben Carson: O meni-no pobre que se tornou neuro-cirurgião de fama mundial”.Segundo o professor ideali-

zador do projeto Cléssio Bas-

tos, o dinheiro é necessário,mas o principal objetivo não é aarrecadação.“A Campanha e o projeto

em si geram uma série de situa-ções pedagógicas que motivamo uso da língua portuguesa emsituações reais. Na gravaçãodos vídeos, por exemplo, os alu-nos desenvolvem a oralidade, aescrita do roteiro, se sentemmotivados e desinibidos eaprendem a usar tecnologias”,destaca o educador.O projeto ainda prevê a

compra dos livros pelos pró-prios alunos na ida à livraria,leitura dos exemplares no pri-meiro semestre e doação paraoutra instituição que melhorapresentar um plano de utiliza-ção dos títulos literários. Maisinformações do projeto podemser acessadas pelo endereço ele-trônico looking4heroes.org.

Campanha de escolamunicipal pedecolaboraçãofinanceira deinternautas parafinanciamentocoletivo de livros queirão beneficiarestudantes carentesem todo o mundo

EDUCAÇÃO PARTICIPATIVA

GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

FOTO: EDUARDO FERREIRA

Calendário escolarAinda restam oito escolas estaduais ocu-

padas. Em todas as escolas que estão sendodesocupadas, é elaborado um novo calendá-rio para garantir os 200 dias letivos. No ca-so do Lyceu, a unidade possui 380 alunosinscritos, sendo que 20% deles pediramtransferência devido ao atraso no início dasaulas.

Balada Responsável abordamais de 37 mil pessoasDurante o feriadão de carnaval, 37.140 pes-

soas receberam material educativo e orienta-ções sobre os perigos de associar álcool edireção. As equipes de educadores de trânsito,formada por servidores do Detran-GO quecompõem o braço educativo do programa Ba-lada Responsável, visitaram bares, restaurantes,clubes e shows da noite do dia 5 à madrugadana última quarta-feira, 10, para levar a mensa-gem “Se beber não dirija” aos foliões. Além deGoiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, oprograma realizou abordagens em outras cida-des do Estado, como Caldas Novas, Aruanã ePirenópolis.

Em 2015, depois de umaprova de língua portuguesa frus-trada, 90% das notas baixas ealunos que não gostavam de ler,veio a ideia de uma leitura cole-tiva, que proporcionasse, além deconteúdo, inspiração e reflexõessobre o estudo e a valorização dodireito à educação. O livro esco-lhido foi “Eu sou Malala”, bio-grafia da mais nova vencedora deum Prêmio Nobel da Paz e que,as 14 anos, sofrera um atentadodevido à sua luta pelo direito dasmeninas paquistanesas frequen-tarem a escola.Com apenas um livro, a leitu-

ra coletiva foi realizada e mobili-

zou as outras disciplinas. No siteem inglês da Fundação Malala,os alunos da Escola MunicipalJosé Carlos Pimenta descobriramque poderiam ajudar crianças dooutro continente, na campanhada jovem paquistanesa“A cada um dólar, uma crian-

ça na escola. Com a montagemde uma cesta básica, os educan-dos saíram às ruas da comunida-de vendendo rifas e arrecadaramquantia que foi trocada em 100dólares e ajudaram a colocar 100crianças na escola por um ano.

DOAÇÕESQualquer cidadão de Goiâ-

nia ou do país pode contribuircom o projeto, além de ficar en-volvido diretamente com a edu-cação dos jovens que têm entre 9e 14 anos. De acordo com o va-lor doado, os colaboradores re-ceberão recompensas como umafoto do aluno com o livro, carti-nha manuscrita do aluno agrade-cendo a doação, ler um trecho delivro com os alunos por video-conferência.As doações para o projeto

“Alimente heróis com livros” se-rão feitas a partir do dia 14, pelosite www.catarse.me/heroisleito-res. O valor mínimo para doa-ções é de R$ 30,00.

Iniciativa veio da necessidade de melhorar a leitura

Lyceu de Goiânia é 21ª escola desocupadaO tradicional Colégio Estadual Lyceu de Goiânia se tornou a 21ª escola desocupada em

Goiás. A negociação para a saída dos ocupante foi feita entre os estudantes e a Secretaria daEducação, Cultura e Esportes (Seduce) e coordenada pelo subsecretário da pasta, MarceloOliveira, e pela direção do colégio. Durante vistoria prévia foram constatados o furto de lâm-padas, computadores, aparelhos de som, caixas de papel, projetores, microondas, geladeira edocumentos da coordenação.

Leitura coletiva do livro "Eu sou Malala" inspirou educandos da Escola Municipal JoséCarlos Pimenta a valorizarem o direito à educação

Alunos enviaram 100dólares à Fundação

Malala apósarrecadação na

comunidade e apoio doprofessor

Campanha para comprados livros pretendearrecadar cerca R$ 3,5mil em 60 dias

FOTOS:CLÉSSIO BASTOS

Militares na guerra contra o mosquito da dengueDois mil e quatrocentos homens do Exército eda Aeronáutica declaram guerra em Goiás. Oinimigo é o Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue. O reforço foi anunciado pelo secretário da Saúde, LeonardoVilela. Segundo ele, haverá neste sábado, dia13, uma grande mobilização envolvendo as Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de Goiânia, por meio da Comurg eSecretaria Municipal de Saúde. A partir das 8horas, a Praça Joaquim Lúcio, em Campinas,será o ponto de partida para o início de umavistoria nos domicílios da região para eliminaros focos do transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação se repetirá na região metropolitana de Goiânia, em Anápolis e Entorno do Distrito Federal.

COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 14 A 20 DE FEVEREIRO DE 2016

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Daniela Martins

Que o goianiense é apai-xonado por sua cidade, ape-sar de todos os problemasenfrentados diariamente,todos já sabem. Agora essapaixão está devidamenteregistrada em imagens emelancólicos depoimentosvia internet. Um grupo deanônimos – que preferemnão se identificar para dartotal destaque apenas ao pro-jeto – criou uma página noFacebook com o intuito de“resgatar a memória fotográ-fica da paisagem urbana dacidade de Goiânia” e trans-formou a iniciativa numa ver-dadeira declaração coletivade amor à Capital.A página intitulada

“Goiânia Antiga” foi criadaem 6 de janeiro último e, empouco mais de um mês, jáchama atenção pelos núme-ros alcançados. São mais de27 mil seguidores, quase 150fotos divulgadas, milhares decompartilhamentos e comen-tários. Para se ter uma ideia,a fotografia da avenida SãoPaulo, no Jardim Esmeralda,um registro da década de1980, já conta com mais de600 compartilhamentos.A página é feita de forma

colaborativa. Qualquer inte-ressado pode enviar umafotografia antiga da Capitalcom a devida identificação, eo material é divulgado pelosadministradores. Os enviosdevem ser feitos por mensa-gens na própria página. E osinternautas têm participado,inclusive personalidadesgoianienses ilustres, comoMauro Borges Teixeira Neto,neto do ex-governador doEstado Mauro BorgesTeixeira; e o jornalista IuriGodinho.Muitos enviam fotografias

Uma declaração de amor à CapitalPágina do Facebook,mantida de formacolaborativa pelosinternautas, reúnecentenas de imagense informações sobrea construção e odesenvolvimento deGoiânia. Registroshistóricos fazemsucesso na rede

REDES SOCIAIS

de autoria de Hélio deOliveira, o primeiro repórterfotográfico de Goiás, querecentemente lançou suaobra Eu vi Goiânia Crescer,em dois volumes, pelaEditora Kelps, com registrosda Capital das décadas de1950 a 1980.

RESGATE HISTÓRICONos registros da página

Goiânia Antiga, há fotogra-fias da construção deGoiânia, de Campinas, dasavenidas do Centro, do inícioda Feira Hippie, da primeirafeira livre realizada na cida-de, além de atividades curio-sas como corridas de velocí-pedes. Uma imagem, de1961, mostra uma verdadeiramultidão acompanhando acorrida de motovelocidade naPraça Bandeirante.Os mais jovens visitantes

da página comentam quesempre chamam seus pais eavós para conferirem as ima-gens, o que tem rendido mui-tas histórias e até lágrimas,segundo os comentários. Hátambém, entre os comentá-rios, muitas informações quecomplementam as imagens eajudam a construir a memó-ria histórica da Capital.Berço de Goiânia,

Campinas é tema constantedas fotografias publicadas earranca sempre memóriassaudosas dos internautas.Um deles, Edson Freitas,conta num comentário que,apesar de Campinas hojeestar sendo engolida pelocomércio, no passado, o bair-ro era totalmente residenciale um expoente da cultura.Em 1973, ano em que Edsonse mudou para Campinas, obairro contava com cincocinemas.Na página há registros

mais recentes, da década de1990, como as fotos de vistaaérea da região onde hojeestá o Parque Vaca Brava,cartão-postal da Capital.Sejam mais antigas ou

mais recentes, todas estasimagens que antes ficavamesquecidas em arquivos pes-soais e em acervos de institu-tos históricos agora estãodisponíveis na rede social.Além de nos fazer recordar,são imagens que nos fazemrefletir sobre o quanto a cida-de de Goiânia tem se trans-formado ao longo dos anos,seja para o bem ou para omal.

Corrida demotovelocidadena PraçaBandeirante, 1961

Igreja Matriz de Campinas, 1952, a velha instalação e, àfrente, a fundação para construção da nova igreja

Populares acompanham a Corrida de Velocípedes naPraça do Trabalhador, foto de 23 de outubro de 1966

Avenida São Paulo, no Jardim das Esmeraldas, início dosanos 80, foto mais compartilhada pelos internatos

Feira Hippie, um dos poucos registros do início da feira.Foto de 16 de janeiro de 1972

Getúlio Vargas em visita à Escola Técnica Federal noinício da década de 1940. (Foto: Antonio Pereira da Silva)

Transporte coletivo feito por jardineira, no trajetoCampinas-Goiânia, foto de 1958

Primeiro Mercado Municipal de Goiânia (1936), este é orancho onde funcionava a feira livre de Goiânia

Primeiros materiais de construção de Goiânia vindos decarro de Boi, anos de 1930. (Foto: Alois Feichtenberger)

Goiânia, 1933, registro das seis primeiras casas feitaspelo governo para serem sede da construção da Capital

A prefeitura de Goiânia, em 1936, funcionava em umadas seis primeiras casas construídas na Rua 24, Centro

Registros históricos de Goiânia