Jovens querem distância das urnas - Fundado em 7 de julho...

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 “Tenho potencial de crescimento. Vamos para o segundo turno” ENTREVISTA FRANCISCO JÚNIOR Jovens querem distância das urnas Página 5 Em novembro, os estudantes enfrentam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesta reta final, muitos optam por se reunirem em gru- pos de estudos para rever conteúdo, esclarecer dúvidas com colegas e diminuir a ansiedade. Páginas 4 e 5 ANO 30 - Nº 1.552 GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016 FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br No Canadá, Marconi defende gestão transparente Durante conferência em Montreal, no Canadá, o governador Marconi Perillo afirmou que “ações populistas tornaram a América Latina ainda mais subdesenvolvida” e defendeu o diálogo com os cidadãos e a ampliação das políticas de transparência pública. Página 4 R$ 2,00 Este ano, o número de eleitores goianienses de 16 e 17 anos, cujo voto é facultativo, sofreu redução de 42% com relação às eleições de 2012. Queda é um indicativo do desinteresse da juventude com a política. Muitas vezes, quem já tem o título não pensa em comparecer às ruas ou pretende anular seu voto. “Pelo jeito que anda o Brasil bate uma descrença, uma insegurança em votar”, conta a estudante Jhéssica da Silva, 16 anos. Página 6 De olho no Enem, alunos formam grupos para revisar conteúdo e vencer ansiedade A Tribuna do Planalto convidou a arquiteta e urbanista Marcela Ruggeri para visitar a Praça Cívica e comentar as transformações realizadas pela Prefeitura de Goiânia, após a revitalização do espaço. Por anos, a praça foi utilizada como estacionamento, agora a ideia é devolvê-la à população. Presi- dente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Geraldo Vaz também avaliou a re- forma e fez críticas às transformações. Página 8 Especialistas avaliam a nova Praça Cívica A Tribuna do Planalto encerra a série de entrevista com os candidatos a prefeito de Goiânia com a sabatina a Francisco Jr., do PSD. Animado com o crescimento nas pesquisas, apesar de ainda estar em penúltimo lugar, Francisco Jr. fala da satisfação em participar da eleição e dos debates sobre a cidade, além de comentar seus projetos para Goiânia. Jhéssica (esq.) ainda não tem título. Bruno Henrique, Wellington Mariano e Karlla Idaiana fizeram o documento, mas não pretendem votar Fotos: Paulo José

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

“Tenho potencial decrescimento. Vamospara o segundo turno”

ENTREVISTA FRANCISCO JÚNIOR

Jovens querem distância das urnasPágina 5

Em novembro, os estudantes enfrentam o Exame Nacional do EnsinoMédio (Enem). Nesta reta final, muitos optam por se reunirem em gru-pos de estudos para rever conteúdo, esclarecer dúvidas com colegas ediminuir a ansiedade. Páginas 4 e 5

ANO 30 - Nº 1.552 GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tri bu na do pla nal to.com.br

No Canadá,Marconidefende gestãotransparenteDurante conferência emMontreal, no Canadá, ogovernador Marconi Perilloafirmou que “ações populistastornaram a América Latinaainda mais subdesenvolvida”e defendeu o diálogo com oscidadãos e a ampliação daspolíticas de transparênciapública. Página 4

R$ 2,00

Este ano, o número de eleitores goianienses de 16 e 17 anos, cujo voto é facultativo, sofreu redução de 42% com relação às eleições de 2012. Queda é umindicativo do desinteresse da juventude com a política. Muitas vezes, quem já tem o título não pensa em comparecer às ruas ou pretende anular seu voto.“Pelo jeito que anda o Brasil bate uma descrença, uma insegurança em votar”, conta a estudante Jhéssica da Silva, 16 anos. Página 6

De olho no Enem, alunos formam grupospara revisar conteúdo e vencer ansiedadeA Tribuna do Planalto convidou a arquiteta e urbanista Marcela Ruggeri para visitar a Praça Cívica

e comentar as transformações realizadas pela Prefeitura de Goiânia, após a revitalização do espaço.Por anos, a praça foi utilizada como estacionamento, agora a ideia é devolvê-la à população. Presi-dente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Geraldo Vaz também avaliou a re-forma e fez críticas às transformações. Página 8

Especialistas avaliam a nova Praça Cívica

A Tribuna do Planalto encerra a série de entrevista com os candidatos aprefeito de Goiânia com a sabatina a Francisco Jr., do PSD. Animadocom o crescimento nas pesquisas, apesar de ainda estar em penúltimolugar, Francisco Jr. fala da satisfação em participar da eleição e dos

debates sobre a cidade, além de comentar seus projetos para Goiânia.

Jhéssica (esq.) ainda não temtítulo. Bruno Henrique,Wellington Mariano e KarllaIdaiana fizeram o documento,mas não pretendem votar

Fotos: Paulo José

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interinaDaniela  Martins

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Canto para Minha Morte... Quem de nós está preparado para lidar com a morte,

o fim, com o rompimento, com o adeus, para perder? Vivoem uma cultura em que a tragédia é arquetípica, cultuamoso sofrimento, a doença, a dor, o chifre e isto está arraigadoem nosso inconsciente cultural, na música, nas canções in-fantis, no samba de roda, no bolero, na música brega, nacanção romântica, na jovem guarda, no sertanejo, no rockbrasileiro, literatura, poesia, televisão, rádio, cinema, teatro.O gênero drama faz parte da existência arquetípica brasi-leira. Por estas bandas tupiniquins é cult sofrer, viver nafossa, ser triste, reclamar, fazer uma tempestade em copod’agua, chorar, cultuar o chifre, amar o desespero e trazeristo como um estilo de vida. De pequenas tragédias aosgrandes dramas da existência, por aqui pode-se sofrer porpequenas ou grandes causas, isto segue a gosto do cliente.Mas por que fazemos disto estilo de vida? Qual é a neces-sidade de viver tendo prazer no sofrimento ou na mortepor procuração? Por que ainda nos deleitamos com o so-frimento alheio?A sensibilidade humana, comoção, carinho, solidarie-

dade, o afeto, amor são componentes mágicos e fantásti-cos da vida humana. É divino poder ajudar quem estásofrendo, ter caridade, carinho, dar o ombro amigo a quemestá vivendo um momento difícil. Só que em nossa atuali-dade há quem torne a própria vida difícil mantendo-se emum script de tragédia. Um roteiro de existência com repulsaà alegria, à vida mais suave e serena, mantendo-se em ali-nhamento com o lado sombrio de nossa cultura, ou seja,sofrendo como todo mundo sofre, em um enraizamentode uma Persona integrada a um sentido complicado, umavivencia em comunidade afetual no clube do drama... Uni-dos pela desgraça? Fugir como no conto “A terceira mar-gem do rio”... agora é sua vez... e que rio é este?Resolvi escrever este artigo após ver a comoção de vá-

rias pessoas em cadeia nacional pelamorte trágica do ator da rede Globo Domingos Montagnerque reencena uma morte anunciada. A vida imita a arte oua arte imita a vida? Por que um roteiro de novela criadopor um autor deflagra em coincidência uma tragédia anun-ciada? A sincronicidade dos fatos, sua semelhança, deixamo mais descrente estarrecido. Um ator no auge de sua car-reira, com poder, fama, em glória, arrebatado pela mortede uma forma súbita, cumprindo uma parte da jornada doherói. Ele que vem de uma situação adversa, que irrompeem pouco tempo os meandros da fama, que mostrava-sede uma forma gentil, encenando um personagem cheio devirtudes e de ética, e seguindo um roteiro de existênciaanunciado, deixa a todos subitamente.Não vou estranhar que neste conjunto arquetípico de

fatos que Domingos se transforme em um novo herói,diante de um cenário árido de nossa atual existência. A pes-soa do ator agora é o que menos importa, o que vai falarmais alto é a sobreposição das imagens construídas peloroteiro, o imaginário, diante de uma narrativa que impres-siona por que elementos da vida pessoal se fundem com oda trajetória mítica e é assim com todos que entram na jor-nada da existência e transmigram a feitos celebres. Quemmorre não é um personagem, mas um ser humano que nosfazia questionar diariamente os valores de uma sociedadeconsumista, materialista, caótica. Quem nos tornamos napós-modernidade? E a morte nos nivela ricos e pobres,atores e burocratas, com ou sem fama... é novamente horade revigorar a vida e perceber que tudo passa... e que nósvamos passar...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

X

Medida provisóriaflexibiliza Ensino MédioAinda é cedo para avaliar os possíveis impactos das mudanças no Ensino

Médio feitas pelo Governo federal. As mudanças, encaminhadas pelo presidenteMichel Temer ao Congresso Nacional por meio de uma Medida Provisória, visam,segundo o governo, reestruturação do ensino médio que, quando aplicada, possi-bilitará que o aluno escolha diferentes trilhas de formação e formação técnica. Ogoverno também anunciou plano de ampliar a educação integral a partir de 2017.A intenção do Ministério da Educação é que o ensino médio tenha, ao longo

de três anos, metade da carga horária de conteúdo obrigatório, definido pela BaseNacional Comum Curricular – ainda em discussão. O restante do tempo deve serflexibilizado a partir dos interesses do próprio aluno e das especificidades de cadarede de ensino no Brasil. Os alunos poderão escolher seguir algumas trajetórias:linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanasAs mudanças pretendem favorecer, também, a aplicação dos conhecimentos

em diversas áreas – inclusive no dia a dia dos alunos e na realidade do Brasil e domundo. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024, 50% dos matriculadoscumprirão jornada escolar em tempo integral de, no mínimo, sete horas por dia,somando 4,2 mil horas em todo o ensino médio.O MEC investirá R$ 1,5 bilhão para ofertar o ensino integral a 500 mil jovens

até 2018, enquanto o tempo integral passará a ser fomentado a partir do ano quevem, com a proposta de retirar os jovens da vulnerabilidade nas grandes e médiascidades do Brasil, garantindo uma educação de qualidade. Segundo Michel Temer,a reforma no ensino médio pretende fazer com que seja dado um “salto de quali-dade na educação brasileira”.A expectativa é de que essas mudanças comecem a ser aplicadas a partir de

2017, de acordo com a capacidade de cada rede de ensino. Não há prazo de im-plementação para a reforma, mas a primeira turma deve ingressar no novo modeloem 2018.De acordo com informações da Agência Brasil, a reforma do ensino médio

passou a ser priorizada pelo governo após o Brasil não ter conseguido, por doisanos consecutivos, cumprir as metas estabelecidas. Segundo dados do Índice deDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do ensino nopaís, o ensino médio é o que está em pior situação quando comparado às sériesiniciais e finais da educação fundamental: a meta do ano era de 4,3, mas o índiceficou em 3,7.Atualmente, o ensino médio tem 8 milhões de alunos, número que inclui estu-

dantes das escolas publica e privada. Segundo o Ministério da Educação, enquantoa taxa de abandono do ensino fundamental foi de 1,9%, a do médio chegou a 6,8%.Já a reprovação do fundamental é de 8,2%, frente a 11,5% do médio.Projeto de lei que tramitava na Câmara dos Deputados já previa algumas das

mudanças no currículo do ensino médio. A edição de medida provisória foi criti-cada por grupos e entidades ligadas à educação, que defendem uma maior discus-são das mudanças. O problema é que, se o Governo ficar aguardando umconsenso, o país corre o risco de jamais ver mudanças práticas em uma área tãoampla e diversa como a educação de todo o país.

A prefeitura de Goiânia realiza obras no setor Finsocial, região noroeste de Goiânia. Neste segundo semestre,a administração municipal tem centrado esforços na revitalização de várias praças da capital.

Reinaldo Domingos

Cinco orientações para combatera crise financeira nos laresAs projeções econômicas brasileira já apresentam al-

guns sinais de melhoras, contudo, a panorama de crisecontinua para as famílias, com a alta do desemprego eo grande número de endividados e inadimplentes.Muito disso é reflexo do macro, que interfere direta-

mente no micro, isso é, nos lares brasileiros. Contudo,mesmo com um cenário pouco animador, não há moti-vos para desespero, e sim para planejamentos e adequa-ção, buscando sair fortalecido deste período. Paraauxiliar, elaborei algumas orientações pertinentes:Livre-se das dívidas - muitos pensam em como se li-

vrar das dívidas em um momento de crise. Pode parecerimpossível, mas é exatamente nesses momentos que oscredores também oferecem as melhores condições paranegociações. A orientação é que o primeiro passo seja ode resolver o problema que levou ao endividamento, istoé, a causa. Adequar seu padrão de vida a sua realidadeé muito difícil, mas é fundamental observar que nãopode viver em uma realidade que não é sua. Cortar gas-tos para ganhar fôlego e, assim, poder assumir o com-promisso de pagar as dívidas é a melhor opção agora.Se não se livrar desse problema de forma emergencial,pode ter certeza que a alta dos juros prejudicará a suasaúde financeira no futuro.Faça uma faxina financeira - sabia que, em média,

25% dos nossos gastos são com supérfluos? As pessoassempre dizem que não têm mais da onde reduzir os gas-tos, mas, depois, quando fazem uma análise, observamque é possível. É preciso realizar um diagnóstico de suavida financeira por 30 dias, anotando tudo o que gastapor tipo de despesa, até mesmo cafezinhos e gorjetas.Assim, verá uma realidade muito diferente do que ima-gina. Mas ressalto que não se deve virar escravo dessaanotação, pois, quando vira rotina, perde a eficácia.Chegou a hora de sonhar – por mais que o cenário

para muitos seja de pesadelo, nessa hora, é de grande

importância sonhar, ou seja, definir os objetivos mate-riais, pois eles é que farão com que se tenha foco paraevitar o descontrole ou mesmo o desespero. Reúna a fa-mília e converse sobre o tema, dividindo os sonhos emtrês tipos: curto (até um ano), médio (até dez anos) elongo (acima de dez anos) prazos, definindo tambémquanto custam e quanto poderão poupar por mês pararealizá-los.Mude o formato de seu orçamento - um erro comum

é pensar que orçamento financeiro familiar consiste emregistrar o que se ganha e subtrair o que se gasta e, casosobre dinheiro, será lucro, se faltar, prejuízo. A formacorreta, no entanto, consiste em, primeiramente, elabo-rar o registro de todas as receitas mensais, posterior-mente, separar os valores pré-definidos para os projetosda família e, somente com o restante, adequar os gastosda família. Isso forçará um ajuste do padrão de vida fa-miliar para conquistas financeiras.Chegou a hora de saber investir - com a alta de juros,

agora, é um bom momento para quem que investir, con-tudo, o grande erro que observo é a ideia de poupar semmotivo e buscar sempre o melhor rendimento. No mer-cado financeiro, existem diversas opções de aplicaçãoem ativos financeiros com riscos diferentes. A orientaçãoé procurar variar o investimento de acordo com o tempoque utilizará o dinheiro. De forma geral, o risco de umaaplicação financeira é diretamente proporcional à ren-tabilidade desejada pelo empreendedor, ou seja, quantomaior o retorno estimado pelo tipo de aplicação esco-lhida, maior será o risco, por isso, é preciso cautela.

Reinaldo Domingos, presidente da Associação Bra-sileira de Educação Financeira (Abefin), autor do best-seller Terapia Financeira e da primeira coleção completade educação financeira para escolas, que já é adotadaem mais de 1.500 escolas em todo o Brasil.

Nota da redação O jornal Tribuna do Planalto realiza, desde o início

de setembro, uma série de entrevistas com os candida-tos à prefeitura de Goiânia. Nesta edição, o espaço foireservado ao Delegado Waldir (PR) e a Francisco Jr.

(PSD), tendo sido agendadas previamente as datas dasentrevistas com os assessores dos prefeitáveis.No entanto, o candidato Delegado Waldir não pode

cumprir o compromisso assumido com a equipe daTribuna do Planalto nesta sexta-feira, 23.

Jorge de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

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Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interinaDaniela  Martins

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Canto para Minha Morte... Quem de nós está preparado para lidar com a morte,

o fim, com o rompimento, com o adeus, para perder? Vivoem uma cultura em que a tragédia é arquetípica, cultuamoso sofrimento, a doença, a dor, o chifre e isto está arraigadoem nosso inconsciente cultural, na música, nas canções in-fantis, no samba de roda, no bolero, na música brega, nacanção romântica, na jovem guarda, no sertanejo, no rockbrasileiro, literatura, poesia, televisão, rádio, cinema, teatro.O gênero drama faz parte da existência arquetípica brasi-leira. Por estas bandas tupiniquins é cult sofrer, viver nafossa, ser triste, reclamar, fazer uma tempestade em copod’agua, chorar, cultuar o chifre, amar o desespero e trazeristo como um estilo de vida. De pequenas tragédias aosgrandes dramas da existência, por aqui pode-se sofrer porpequenas ou grandes causas, isto segue a gosto do cliente.Mas por que fazemos disto estilo de vida? Qual é a neces-sidade de viver tendo prazer no sofrimento ou na mortepor procuração? Por que ainda nos deleitamos com o so-frimento alheio?A sensibilidade humana, comoção, carinho, solidarie-

dade, o afeto, amor são componentes mágicos e fantásti-cos da vida humana. É divino poder ajudar quem estásofrendo, ter caridade, carinho, dar o ombro amigo a quemestá vivendo um momento difícil. Só que em nossa atuali-dade há quem torne a própria vida difícil mantendo-se emum script de tragédia. Um roteiro de existência com repulsaà alegria, à vida mais suave e serena, mantendo-se em ali-nhamento com o lado sombrio de nossa cultura, ou seja,sofrendo como todo mundo sofre, em um enraizamentode uma Persona integrada a um sentido complicado, umavivencia em comunidade afetual no clube do drama... Uni-dos pela desgraça? Fugir como no conto “A terceira mar-gem do rio”... agora é sua vez... e que rio é este?Resolvi escrever este artigo após ver a comoção de vá-

rias pessoas em cadeia nacional pelamorte trágica do ator da rede Globo Domingos Montagnerque reencena uma morte anunciada. A vida imita a arte oua arte imita a vida? Por que um roteiro de novela criadopor um autor deflagra em coincidência uma tragédia anun-ciada? A sincronicidade dos fatos, sua semelhança, deixamo mais descrente estarrecido. Um ator no auge de sua car-reira, com poder, fama, em glória, arrebatado pela mortede uma forma súbita, cumprindo uma parte da jornada doherói. Ele que vem de uma situação adversa, que irrompeem pouco tempo os meandros da fama, que mostrava-sede uma forma gentil, encenando um personagem cheio devirtudes e de ética, e seguindo um roteiro de existênciaanunciado, deixa a todos subitamente.Não vou estranhar que neste conjunto arquetípico de

fatos que Domingos se transforme em um novo herói,diante de um cenário árido de nossa atual existência. A pes-soa do ator agora é o que menos importa, o que vai falarmais alto é a sobreposição das imagens construídas peloroteiro, o imaginário, diante de uma narrativa que impres-siona por que elementos da vida pessoal se fundem com oda trajetória mítica e é assim com todos que entram na jor-nada da existência e transmigram a feitos celebres. Quemmorre não é um personagem, mas um ser humano que nosfazia questionar diariamente os valores de uma sociedadeconsumista, materialista, caótica. Quem nos tornamos napós-modernidade? E a morte nos nivela ricos e pobres,atores e burocratas, com ou sem fama... é novamente horade revigorar a vida e perceber que tudo passa... e que nósvamos passar...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

X

Medida provisóriaflexibiliza Ensino MédioAinda é cedo para avaliar os possíveis impactos das mudanças no Ensino

Médio feitas pelo Governo federal. As mudanças, encaminhadas pelo presidenteMichel Temer ao Congresso Nacional por meio de uma Medida Provisória, visam,segundo o governo, reestruturação do ensino médio que, quando aplicada, possi-bilitará que o aluno escolha diferentes trilhas de formação e formação técnica. Ogoverno também anunciou plano de ampliar a educação integral a partir de 2017.A intenção do Ministério da Educação é que o ensino médio tenha, ao longo

de três anos, metade da carga horária de conteúdo obrigatório, definido pela BaseNacional Comum Curricular – ainda em discussão. O restante do tempo deve serflexibilizado a partir dos interesses do próprio aluno e das especificidades de cadarede de ensino no Brasil. Os alunos poderão escolher seguir algumas trajetórias:linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanasAs mudanças pretendem favorecer, também, a aplicação dos conhecimentos

em diversas áreas – inclusive no dia a dia dos alunos e na realidade do Brasil e domundo. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024, 50% dos matriculadoscumprirão jornada escolar em tempo integral de, no mínimo, sete horas por dia,somando 4,2 mil horas em todo o ensino médio.O MEC investirá R$ 1,5 bilhão para ofertar o ensino integral a 500 mil jovens

até 2018, enquanto o tempo integral passará a ser fomentado a partir do ano quevem, com a proposta de retirar os jovens da vulnerabilidade nas grandes e médiascidades do Brasil, garantindo uma educação de qualidade. Segundo Michel Temer,a reforma no ensino médio pretende fazer com que seja dado um “salto de quali-dade na educação brasileira”.A expectativa é de que essas mudanças comecem a ser aplicadas a partir de

2017, de acordo com a capacidade de cada rede de ensino. Não há prazo de im-plementação para a reforma, mas a primeira turma deve ingressar no novo modeloem 2018.De acordo com informações da Agência Brasil, a reforma do ensino médio

passou a ser priorizada pelo governo após o Brasil não ter conseguido, por doisanos consecutivos, cumprir as metas estabelecidas. Segundo dados do Índice deDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do ensino nopaís, o ensino médio é o que está em pior situação quando comparado às sériesiniciais e finais da educação fundamental: a meta do ano era de 4,3, mas o índiceficou em 3,7.Atualmente, o ensino médio tem 8 milhões de alunos, número que inclui estu-

dantes das escolas publica e privada. Segundo o Ministério da Educação, enquantoa taxa de abandono do ensino fundamental foi de 1,9%, a do médio chegou a 6,8%.Já a reprovação do fundamental é de 8,2%, frente a 11,5% do médio.Projeto de lei que tramitava na Câmara dos Deputados já previa algumas das

mudanças no currículo do ensino médio. A edição de medida provisória foi criti-cada por grupos e entidades ligadas à educação, que defendem uma maior discus-são das mudanças. O problema é que, se o Governo ficar aguardando umconsenso, o país corre o risco de jamais ver mudanças práticas em uma área tãoampla e diversa como a educação de todo o país.

A prefeitura de Goiânia realiza obras no setor Finsocial, região noroeste de Goiânia. Neste segundo semestre,a administração municipal tem centrado esforços na revitalização de várias praças da capital.

Reinaldo Domingos

Cinco orientações para combatera crise financeira nos laresAs projeções econômicas brasileira já apresentam al-

guns sinais de melhoras, contudo, a panorama de crisecontinua para as famílias, com a alta do desemprego eo grande número de endividados e inadimplentes.Muito disso é reflexo do macro, que interfere direta-

mente no micro, isso é, nos lares brasileiros. Contudo,mesmo com um cenário pouco animador, não há moti-vos para desespero, e sim para planejamentos e adequa-ção, buscando sair fortalecido deste período. Paraauxiliar, elaborei algumas orientações pertinentes:Livre-se das dívidas - muitos pensam em como se li-

vrar das dívidas em um momento de crise. Pode parecerimpossível, mas é exatamente nesses momentos que oscredores também oferecem as melhores condições paranegociações. A orientação é que o primeiro passo seja ode resolver o problema que levou ao endividamento, istoé, a causa. Adequar seu padrão de vida a sua realidadeé muito difícil, mas é fundamental observar que nãopode viver em uma realidade que não é sua. Cortar gas-tos para ganhar fôlego e, assim, poder assumir o com-promisso de pagar as dívidas é a melhor opção agora.Se não se livrar desse problema de forma emergencial,pode ter certeza que a alta dos juros prejudicará a suasaúde financeira no futuro.Faça uma faxina financeira - sabia que, em média,

25% dos nossos gastos são com supérfluos? As pessoassempre dizem que não têm mais da onde reduzir os gas-tos, mas, depois, quando fazem uma análise, observamque é possível. É preciso realizar um diagnóstico de suavida financeira por 30 dias, anotando tudo o que gastapor tipo de despesa, até mesmo cafezinhos e gorjetas.Assim, verá uma realidade muito diferente do que ima-gina. Mas ressalto que não se deve virar escravo dessaanotação, pois, quando vira rotina, perde a eficácia.Chegou a hora de sonhar – por mais que o cenário

para muitos seja de pesadelo, nessa hora, é de grande

importância sonhar, ou seja, definir os objetivos mate-riais, pois eles é que farão com que se tenha foco paraevitar o descontrole ou mesmo o desespero. Reúna a fa-mília e converse sobre o tema, dividindo os sonhos emtrês tipos: curto (até um ano), médio (até dez anos) elongo (acima de dez anos) prazos, definindo tambémquanto custam e quanto poderão poupar por mês pararealizá-los.Mude o formato de seu orçamento - um erro comum

é pensar que orçamento financeiro familiar consiste emregistrar o que se ganha e subtrair o que se gasta e, casosobre dinheiro, será lucro, se faltar, prejuízo. A formacorreta, no entanto, consiste em, primeiramente, elabo-rar o registro de todas as receitas mensais, posterior-mente, separar os valores pré-definidos para os projetosda família e, somente com o restante, adequar os gastosda família. Isso forçará um ajuste do padrão de vida fa-miliar para conquistas financeiras.Chegou a hora de saber investir - com a alta de juros,

agora, é um bom momento para quem que investir, con-tudo, o grande erro que observo é a ideia de poupar semmotivo e buscar sempre o melhor rendimento. No mer-cado financeiro, existem diversas opções de aplicaçãoem ativos financeiros com riscos diferentes. A orientaçãoé procurar variar o investimento de acordo com o tempoque utilizará o dinheiro. De forma geral, o risco de umaaplicação financeira é diretamente proporcional à ren-tabilidade desejada pelo empreendedor, ou seja, quantomaior o retorno estimado pelo tipo de aplicação esco-lhida, maior será o risco, por isso, é preciso cautela.

Reinaldo Domingos, presidente da Associação Bra-sileira de Educação Financeira (Abefin), autor do best-seller Terapia Financeira e da primeira coleção completade educação financeira para escolas, que já é adotadaem mais de 1.500 escolas em todo o Brasil.

Nota da redação O jornal Tribuna do Planalto realiza, desde o início

de setembro, uma série de entrevistas com os candida-tos à prefeitura de Goiânia. Nesta edição, o espaço foireservado ao Delegado Waldir (PR) e a Francisco Jr.

(PSD), tendo sido agendadas previamente as datas dasentrevistas com os assessores dos prefeitáveis.No entanto, o candidato Delegado Waldir não pode

cumprir o compromisso assumido com a equipe daTribuna do Planalto nesta sexta-feira, 23.

Jorge de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

POLÍTICA 3GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

XRonaldo Coelho

[email protected] DIRETAApoio de KassabO ministro de Ciência, Tecnologia, Ino-

vações e Comunicações e presidente nacio-nal do PSD, Gilberto Kassab virá a Goiânianesta semana pedir votos para Francisco Jú-nior, candidato do partido a prefeito da capi-tal. “A vinda de Kassab é muito positiva e de-monstra a importância que Goiânia possuino cenário nacional para o partido”, dizFrancisco Júnior, que continua derrapandonas pesquisas eleitorais.

Sem efeitoA vinda do ministro Gilberto Kassab a

Goiânia pode até trazer prestígio político àcandidatura de Francisco Júnior, mas em ter-mos de conquista de votos não representamuita coisa para o candidato. Parece que ojeito de fazer política de Francisco Júniornão está agradando o eleitor da capital.

RÁPIDASProjeto de lei que que autoriza o governo

de Goiás a alienar ações da Celg D será apre-ciado pelos parlamentares em segunda discus-são e votação em plenário na sessão ordináriadesta terça-feira, dia 27, da Assembleia Legis-lativa.O governador Marconi Perillo vetou proje-

to de lei aprovado na Assembleia que regula-mentava e autorizavada venda e o consumo debebidas alcóolicas em estádios e ginásios geri-dos pelo Governo Estadual, nos dias de jogosde futebol.

A campanha eleitoral entra na última se-mana e o governador Marconi Perillo mantéma postura de não visitar município onde a suabase política tem mais de um candidato, comoem Aparecida, por exemplo, o segundo maiorcolégio eleitoral de Goiás.

Proprietários de veículos que não quitaramo IPVA de 2016, vencido em julho, podem pa-gá-lo em até seis parcelas sem o acréscimo demulta pelo atraso. Nesse caso, incidem apenasos indexadores cobrados nos tributos (juros de6% ao ano mais IGP-DI).

XXX

X

PAULO JOSÉ

Poder econômicoEm penúltimo nas pesquisas eleitorais,

Djalma Araújo, candidato a prefeito de Goiâ-nia pela Rede Sustentabilidade, reclama que opoder econômico está decidindo as eleições nacapital. Com pouca cobertura da mídia e pou-co tempo no rádio e na televisão, o jeito é gas-tar sola do sapato para convencer o eleitor. Pa-ra ele, a posição dos candidatos que lideram aspesquisas evidência que os nomes mais conhe-cidos e que têm mais tempo de TV acabam naliderança dos levantamentos. “É preciso refor-ma eleitoral para ter tempo igual de TV aoscandidatos”, diz o Djalma.

AcirradaA disputa eleitoral em Aparecida de Goiâ-

nia está acirradíssima entre dois candidatosque disputam a segunda colocação nas pesqui-sas. Marlúcio Pereira (PSB) e Professor Alci-des (PSDB) estão na casa dos 20% das inten-ções de voto e entram na última semana decampanha sem saber quem vai para o segundoturno, se Gustavo Mendanha (PMDB), que li-dera com folga na intenção de voto, não vencerno primeiro.

Segundo turnoSe vai ter segundo turno ou não em Apare-

cida só o tempo dirá. Mas quando os adversá-rios do primeiro colocado começam a afirmare reafirmar todos os dias que haverá segundoturno é porque nem eles mesmos têm certezado que estão falando. “A viabilidade de se en-cerrar a disputa no primeiro turno é zero”.“Com segundo turno a coisa muda”, diz Mar-lúcio Pereira.

AtordoadoO alerta amarelo foi acionado nova-

mente na campanha de Iris Rezende com adivulgação da pesquisa Grupom/Rádio730, divulgada na quinta-feira, dia 22,mostrando Vanderlan Cardoso (PSB) aapenas 6,6 pontos percentuais atrás dele.Com o resultado, o PMDB ficou atordoadoe não demonstra ter condições de reagir. Jáno outro lado a onda positiva toma contada campanha e não será mais surpresa seVanderlan ultrapassar Iris ainda no primei-ro turno.

Hora erradaA campanha de Adriana Accorsi (PT) se-

gue propositiva, mas sofre com os desgastesacumulados pela gestão do prefeito Paulo Gar-cia, mal avaliada pelos goianiense. Por maisque esconda sigla que ela representa, os des-gastes do próprio PT também respingam nasua campanha. É uma boa candidata, mas en-trou na disputa na hora errada.

Pois é!Apesar de estarem no mesmo palanque,

Vanderlan Cardoso (PSB) e Marconi Perillo(PSDB) não falam a mesma língua quandose trata das organizações sociais na gestãopública. Marconi é adepto da OSs e já as co-locou na Saúde e está colocando na Educa-ção. Já Vanderlan não concorda em ceder agestão de órgãos públicas para essas organi-zações.

PolarizaçãoA última semana de campanha em Rio

Verde promete muita disputa entre HeulerCruvinel (PSD), que aparece em primeiro lu-gar no último levantamento da Directa Pes-quisas, com 33,5% das intenções de votos naestimulada, e Paulo do Vale (PMDB), com29,3%. Lissauer Viera (PSB), candidato doprefeito Juraci Martins (PP), tem apenas13,2% das intenções de voto, sem chance nes-tas eleições.

Que coisaLíder nas pesquisas em Jataí, Victor

Priori, candidato a prefeito pelo DEM, dis-se que já teria acertado a retomada das ati-vidades da unidade produtora da Perdigãono município. Em nota distribuída à im-prensa, a BRF, empresa responsável pelaPerdigão, negou na quarta-feira, dia 21, quetenha tratado desse assunto com o candida-to ou com o poder público municipal. Eainda negou ter plano para reabrir a unida-de em Jataí.

Ações populistas foram responsáveis por tornar a América Latina subdesenvolvida, diz Marconi no CanadáDurante conferência para acadêmicos e professores dos cursos de mestrado e doutorado da Escola

Nacional de Administração Pública do Québec, em Montreal, o governador Marconi Perillo afirmou nanoite de quinta-feira, dia 22, que “ações de cunho populista, em detrimento de gestões eficientes, foramresponsáveis por tornar a América Latina, nos últimos anos, ainda mais subdesenvolvida”. Na visão deMarconi, a opção pela estratégia populista afastou o Brasil do rol de nações detentoras de serviços pú-blicos eficientes. Marconi se disse convencido de que o Brasil está preparado para trilhar um novo cami-nho, a partir da tomada de consciência da população, dos avan-ços das redes sociais e a influência positiva da internet,sem contar as conquistas proporcionadas pela Lei deResponsabilidade Fiscal (LRF). Para isso, afirmou, énecessária a coparticipação de todos, pois só assimserá possível fazer a América Latina, em especial aAmérica do Sul, avançar no campo econômico-social.Na palestra, ele citou experiências positivas como a ges-tão da Saúde de Goiás por Organizações Sociais (OSs):“Saúde pública tem jeito. Em Goiás, nossos indicadoresmelhoraram”. Outro tema abordado por Marconi na con-ferência foi a questão dos índices de violência no Brasil.Citando dados estatísticos oficiais, ele disse que “agrande incidência de mortes hoje no País está rela-cionada a jovens, com idade até 28 anos”. Defen-deu investimentos na área de Segurança Pública,com a criação de um Fundo Constitucional, aampliação de programas de inclusão social e“significativos avanços na Educação”.

“Eu quero dizer, muito solenemente até,que no nosso governo não haverá reduçãode verbas para a educação. Em momentoalgum nós faremos isso”. Presidente Michel Temer afirma, durante cerimônia no Palácio do Planalto, que, "em nenhum momento", irá reduzir os

recursos para a área da educação.

“O vereador tem de ter visãomais ampla do município”Ao longo de quase dois anos na presidência daComurg, Ormando Pires enfrentou o período maisconturbado da companhia. As crises no setor decoleta do maior órgão da prefeitura atraíram osolhares da imprensa e expuseram Ormando e oExecutivo municipal às críticas. Com Ormando, aComung amenizou os problemas. No entanto, ao

final de 2015, ele foi exonerado do cargo e creditaisso ao fato de ser primo do vice-prefeito AgenorMariano (PMDB), que, à época, entrou em atritocom o prefeito Paulo Garcia (PT). Agora, OrmandoPires tenta pela primeira um mandato de vereadorpelo PMDB a convite de Iris Rezende.

ENTREVISTA / ORMANDO PIRES

Penso em atuar de maneira mais direta na limpeza urbana

Marcione Barreira

Tribuna – Para que o leitorpossa lhe conhecer melhor,quem é Ormando Pires?Ormando Pires – Sou servi-

dor público há 28 anos. Nessetempo, tive a oportunidade depresidir a Comurg por quasedois anos. Meu maior motivode orgulho, nessa passagem, éque todos os meus antecessoresforam indicações, pessoas quevieram de fora. Foi a primeiravez na Comurg que um servidorefetivo chegou à presidência.Sou administrador por forma-ção, nascido e criado em Goiâ-nia. A folha de serviço que te-nho, na maior parte do meu pe-ríodo trabalhado, é justamentecomo servidor público.

Como esses 28 anos naComurg podem contribuircom uma vislumbrada eleiçãopara a Câmara Municipal?Acredito que podem contri-

buir muito porque foge da si-tuação tradicional de gabinete.Vejo o vereador como alguém

mais presente na realidade dacidade e a Comurg me possibi-litou isso. É um órgão extrema-mente operacional e eu já pas-sei por alguns setores da em-presa, entre os quais estão a co-leta, a parte de varrição, enfim,a parte operacional da Comurg.Então, esse conhecimento deGoiânia possibilita que você te-nha uma visão mais abrangen-te. O vereador tem que ser maisabrangente. Não vejo o verea-dor como sendo um represen-tante de um bairro, de uma re-gião ou de um segmento. O ve-reador tem que atuar de manei-ra mais abrangente. Vivemosnum mundo globalizado e a ci-dade não deixa de ser assimtambém. Você mora numa re-gião, mas trabalha e visita seusparentes em outras. Então, vo-cê não pode brigar por melho-rias só no seu bairro. O verea-dor tem que ter uma visão maisampla de todo o município.Ormando Pires tem umabandeira?Minha bandeira é de fazer

um trabalho mais abrangente

do que nós temos aí hoje. Euvejo uma situação em que só te-mos representantes de um de-terminado segmento. Temosmais de 800 bairros em Goiâ-nia, como nós temos 35 cadei-ras, acho que provavelmente vaificar algum local ou segmentosem representante se não hou-ver essa visão mais abrangentedo legislador.

Quais são os seus principaisprojetos?Penso em atuar de maneira

mais direta naquilo que tenhomaior conhecimento, que nocaso é área da limpeza urbana.Paralelo a isso, trazer para mi-nha equipe pessoas técnicasque possam auxiliar de maneiramuito positiva em segmentosonde nós tenhamos uma maiordificuldade. Hoje temos proble-mas na saúde, segurança, mui-to interligado com outras situa-ções que a prefeitura tem comoamenizar e contribuir de algu-ma forma através de ações,convênios e parcerias. Se vocêtem um ambiente limpo e ilumi-

nado, automaticamente vocêestá melhorando os índices desegurança. Se você tem um lo-cal que está bem cuidado e to-talmente limpo, você tambémdiminui os riscos de doenças.

O sr. já foi filiado ao PT eagora está no PMDB. Sercandidato pelo PT hoje seriaum peso?Na realidade, nunca me fi-

liei com o objetivo de ser candi-dato. Para ser bem franco, atétinha certa dificuldade em mever como político. Sempre par-ticipei da vida pública, masnunca me imaginei candidatoou representante, de algumaforma, da classe política. Damesma forma que a maioria dapopulação, eu ainda vejo commuito receio tudo que estáacontecendo na política em ní-vel de país, estado e município.Quando me filiei ao PT, em2001, recebi o convite e, porquestão de amizade, passei aintegrar o partido, mas nuncafui um participante com afinco.Nessa última filiação ao

PMDB, eu recebi o convite dopróprio Iris Rezende, que mepediu que eu eu saísse candida-to. Iris me considerava algo no-vo, uma renovação, e que vis-lumbrava na população a buscapor algo novo. Baseado no meutrabalho à frente da Comurg,Iris Rezende entendia que euseria um bom nome e que aspessoas teriam uma receptivi-dade boa com relação a essacandidatura. Já havia conversasna Comurg, na parte operacio-nal, que levantavam a ideia deque eu deveria ser candidato.Essas conversas foram crescen-do até a conversa com o Iris,que foi o fator determinante.

Nessa última semana, qualvai ser a estratégia do sr. nacaptação de votos?A nossa estratégia é sempre

mostrar o perfil do Ormando.Não quero jamais ter a políticacomo um meio de subsistência.Vejo o político com servidorpúblico e é o que sou há 28anos. Quero continuar sendo.Não quero ter um perfil de po-lítico tradicional. O que estoutentando passar para a popu-lação é esse perfil de alguémtécnico e que quer buscar algode diferente, alguém que en-tende a política também comoalgo operacional e não só ad-ministrativo ou legislativo.Nessa última semana, nós va-mos fazer o que a gente já vemfazendo no decorrer da cam-panha: ir às casas das pessoas,fazer visitas, reuniões em co-mércios. Onde as pessoas esti-verem, nós vamos para queelas conheçam e saibam quemé o Ormando Pires.

POLÍTICA4 X

GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

O mais provável embatede primeiro turno para pre-feito de Goiânia, entre Van-derlan Cardoso (PSB) e IrisRezende (PMDB), evidenciao quanto é difícil para novosnomes entrarem no cenárioeleitoral em condições de ul-trapassar os mais conheci-dos. Curiosamente, oresultado da última pesquisaGrupom, divulgada pelaRádio 730 e pelo Diário deGoiás, mostra semelhançascom o resultado do primeiroturno da eleição para gover-nador de Goiás, em 2014,quando Marconi Perillo(PSDB) foi eleito, mas per-deu na capital.

Tanto em 2010 quanto2014, lá estavam Iris e Van-derlan disputando os votosdos goianienses na eleiçãopara governador. Na pri-meira disputa, o ex-prefeitode Senador Canedo ultra-passou Iris na região leste deGoiânia. Na última eleição,repetiu o resultado lá e aper-tou bastante nas zonas cen-trais da capital. Agora,Vanderlan lidera em duas re-giões, Leste e Centro, en-quanto Iris nas regiões Oestee Norte. O embate, então,aparece como uma repetiçãopara eleitores que estão acos-tumados a encontrar comeles nas urnas. Nas anterio-res, Iris foi vitorioso, emGoiânia.

Para Vanderlan, a cons-trução de uma amplaaliança, incluindo os partidosque são apoiadores do go-verno de Marconi Perillo, foium fator fundamental para ocrescimento que conseguiuem poucas semanas da cam-panha eleitoral de 2016. E,aí, está nascendo um novoeixo político no Estado deGoiás, com ou sem a vitóriapara prefeito de Goiânia. Ogovernador também temrazão quando diz que é ocandidato que puxa e con-

quista a vitória, sem dúvida,mas a aliança é importante.Nas eleições anteriores, Van-derlan não tinha esse apoiocom a amplitude política quetem hoje.

Para Iris Rezende, a dis-puta tem condições diferen-ciadas, pois é um nomemuito conhecido. Isso é po-sitivo, mas também contribuicom o contrário, afinal o am-biente político, pós-impeach-ment de Dilma Rousseff, dámuito reforço à ideia da mu-dança e da renovação. Restaao candidato, a exploraçãoda força que tem nas regiõesOeste e Noroeste de Goiânia,onde já chegou a conseguirmais de 70% dos votos váli-dos na eleição de 2008 paraprefeito da capital.

O peemedebista insiste, esabe muito bem, que precisavencer no primeiro turno,pois os opositores podemunir-se ainda mais contra eleno segundo turno. E osdados da pesquisa Gru-pom/Rádio 730 alimentaramainda mais a preocupação.Ao perguntar sobre a se-gunda opção de voto, os elei-tores apontaram queVanderlan pode capturarvotos de Iris e recebe maisvotos do Delegado WaldirSoares e de Adriana Accorsido que o peemedebista.

A campanha para pre-feito de Goiânia chega aofim, no primeiro turno, como conjunto de novidades quepode surpreender mais doque já foi percebido. Mas, amaior será, sem dúvida, se osdois candidatos que lideramas pesquisas chegarem próxi-mos de um empate. Mas,com qual candidato à frente?Então, a pergunta será:Quem vai ter fôlego e forçapolítica para dar a arrancadado segundo turno? Quempegar primeiro, leva. Não háhistórico de viradas e revira-das na capital.

Iris e Vanderlan ou Vanderlan e Iris?

INTERCÂMBIO

Em conferência paraacadêmicos eprofessores,governador se disseconvencido de que oBrasil está preparadopara trilhar um novocaminho, a partir datomada deconsciência dapopulação, dosavanços das redessociais e a influênciapositiva da internet

Montreal (Canadá) – Emconferência para acadêmicos eprofessores dos cursos de mes-trado e doutorado da EscolaNacional de Administração Pú-blica do Québec, em Montreal,o governador Marconi Perilloafirmou na noite de quinta-feirapassada, dia 22, que “ações decunho populista, em detrimentode gestões eficientes, foram res-ponsáveis por tornar a AméricaLatina, nos últimos anos, aindamais subdesenvolvida”. As in-formações são da Assessoria deImprensa do governador.Marconi afirmou que a so-

lução para as consequências doaprofundamento dos proble-mas econômicos e das desigual-dades resultantes do modelopopulista que predominou naAmérica Latina na última dé-cada passa pelo aprofunda-mento do diálogo com oscidadãos e pela ampliação daspolíticas de transparência pú-blica. O governador criticou du-ramente o ciclo de gestões queefetivamente não se preocupa-ram com a “boa governança”,representada pela elevação dosganhos sociais e a redução dasdesigualdades.Na visão de Marconi, a

opção pela estratégia populistaafastou o Brasil do rol de na-ções detentoras de serviços pú-blicos eficientes. Marconi sedisse convencido de que o Brasilestá preparado para trilhar umnovo caminho, a partir da to-mada de consciência da popu-lação, dos avanços das redessociais e a influência positiva da

No Canadá, Marconicritica ações populistas

Principal compromisso em Quebec foi a audiência com o primeiro-ministro, Philippe Couillard,que colabora com Goiás desde 2002 e ajudou o estado na saúde, quando era ministro da área

internet, sem contar as conquis-tas proporcionadas pela Lei deResponsabilidade Fiscal (LRF).Para isso, afirmou o gover-

nador aos acadêmicos e profes-sores dos cursos de mestrado edoutorado da Escola Nacionalde Administração Pública doQuébec, é necessária a coparti-cipação de todos, pois só assimserá possível fazer a AméricaLatina, em especial a Américado Sul, avançar no campo eco-nômico-social. Na palestra, elecitou experiências positivascomo a gestão da Saúde deGoiás por Organizações Sociais(OSs).“Saúde pública tem jeito.

Em Goiás, nossos indicadores

melhoraram”, observou.A conferência na Escola Na-

cional de Administração Pú-blica do Québec foi aberta peloex-secretário estadual de SaúdeFernando Cupertino, que inte-gra a comitiva do governadornas missões oficiais ao Canadáe aos Estados Unidos.Outro tema abordado por

Marconi na conferência foi aquestão dos índices de violênciano Brasil. Citando dados esta-tísticos oficiais, ele disse que “agrande incidência de morteshoje no País está relacionada ajovens, com idade até 28 anos”.Para enfrentar o problema, eledefendeu investimentos na áreade Segurança Pública, com a

criação de um Fundo Constitu-cional, a ampliação de progra-mas de inclusão social e“significativos avanços na Edu-cação”.A conferência do governa-

dor despertou a atenção dosalunos da tradicional EscolaNacional de Administração Pú-blica de Québec, especialmentedaqueles que desenvolvem estu-dos socioeconômicos sobre aAmérica Latina e Caribe. A pa-lestra foi traduzida em temporeal nas duas línguas oficiais doCanadá – francês e inglês. Apóssua exposição inicial, o gover-nador se prontificou e respon-deu diversas perguntas dosestudantes.

A secretária da Educação,Cultura e Esporte, Raquel Tei-xeira, participou na quinta-feira,dia 22, do lançamento da re-forma do Ensino Médio, pro-posta pelo Ministério daEducação (MEC). Além dasmudanças nesta etapa do en-sino, a Educação Integral tam-bém passará portransformações. A discussãosobre a reforma do EnsinoMédio era considerada por Ra-quel como a “pauta mais impor-tante para a Educação”.“Tenho expectativa positiva

e confiança total de que esta-mos no caminho certo. O go-verno optou por fazer umamedida provisória devido à agi-lidade. A nossa juventude nãopode esperar mais. A alteraçãocurricular e flexibilização dasdisciplinas cursadas são assun-tos que estamos discutindo háanos. Como em todo o Brasil,em Goiás vamos expandir onovo modelo de forma gra-dual”, adiantou.As mudanças foram discuti-

das por especialistas e peloConselho Nacional de Secretá-rios de Educação (Consed),desde 2012, e visam melhorar a

atratividade para os adolescen-tes com idade entre 15 e 17anos, público que somam 1,7milhão fora das salas de aula.A nova proposta visa empo-

derar o aluno para que esteconstrua seu projeto de vida.Para atender a esta nova reali-dade, os estudantes vão cum-prir objetivos de aprendizagemprevistos na Base NacionalComum Curricular (BNCC) eainda optar por cinco trilhaspossíveis: linguagem, matemá-tica, ciências sociais e humanas,ciências da natureza e formação

técnica e profissional.Os estados terão liberdade

para formatar o modelo de En-sino Médio e a carga horária vaipassar de 800 para 1.400horas/anuais. Isso está ali-nhado ao objetivo de ampliar aeducação integral, conformeafirmou o ministro da Educa-ção, Mendonça Filho.A secretária acredita que o

ensino de qualidade é umaforma de minimizar as desi-gualdades sociais. No Brasil,apenas 18% dos jovens de 18 a24 anos ingressam no Ensino

Médio. Ela classificou como“fantástica” a reunião.“O mundo educacional es-

tava presente. Alunos de Per-nambuco, Amazonas e Goiásrepresentaram os colegas. Eainda temos muito orgulho doWisley (Pereira), que preparoutodo material de suporte”, disseem referência ao coordenadornacional do Ensino Médio quefoi superintendente de EnsinoMédio da Seduce.Em seu discurso, o ministro

da Educação ressaltou que o ob-jetivo das alterações é melhorara qualidade da educação e queas medidas estão sendo coloca-das de maneira democrática.“Nós precisamos ter coragem

de mudar, e essa não é uma mu-dança imposta, é uma mudançadiscutida com especialistas e como Consed”, argumentou Filho.O presidente Michel Temer,

que também participou da ceri-mônia, destacou que as medi-das contribuirão para o“desenvolvimento sustentável”.As mudanças estão sendo pro-postas como Medida Provisória(MP), mas parte das alteraçõesserão implementadas a partir de2017.

Durante a 293º reunião or-dinária do Conselho de Desen-volvimento do Estado(CDE/FCO), na semana pas-sada, na Secretaria de Desen-volvimento (SED), foramaprovados recursos de R$66,071 milhões, do FundoConstitucional do Centro-Oeste, a ser utilizado em proje-tos rurais e empresariais. Aotodo foram avaliadas e aprova-das 76 cartas-consulta.Somados, os investimentos

devem gerar 303 empregos dire-tos em diversos municípiosgoianos. A reunião foi presididapelo secretário de Desenvolvi-mento, Luiz Maronezi, e pelosecretário executivo do Conse-lho, Danilo Ferreira Gomes.Ao abrir os trabalhos, o

também presidente do Conse-

lho Luiz Maronezi, ressaltou oquanto as reuniões têm sidoprodutivas.“Temos tido grande partici-

pação dos conselheiros, que tra-zem sempre novas informações,gerando discussões produtivase ao final resultando na coerên-cia de nossas decisões”, avaliouMaronezi.Na reunião, o setor rural foi

o que teve maior número decartas-consulta avaliadas, tota-lizando 67, enquanto outrasnove foram aprovadas no setorempresarial. Os financiamentosaprovados vão possibilitar ope-rações previstas pelo FCO, vol-tadas as áreas de turismo,comércio e serviço, transporte,infraestrutura, industrial/laticí-nio, pecuária de corte e de leitee agricultura.

EDUCAÇÃO

Secretária considera positivasas mudanças no Ensino Médio

ECONOMIA

FCO aprovaR$ 66 milhõesem investimentos

Expansão do novo modelo será feita de forma gradual

Reunião do Conselho de Desenvolvimento: investimentosaprovados devem gerar 303 empregos diretos nos municípios

Em Quebec, o goverandor e comitiva se reuniram com o ministro da Saúde, GaétanBarrette, a quem foi apresentado o modelo de gestão por OS aplicado em Goiás

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

ENTREVISTA / FRANCISCO JÚNIOR

Goianiense, advogado, especialista em comércioexterior e mestre em Planejamento Urbano,Francisco Rodrigues Vale Jr. é o nome do PSD paraconcorrer à prefeitura de Goiânia. Tido pela críticapolítica como um dos mais preparados quadrospara administrar a capital, ele tem uma árduamissão: se tornar mais conhecido até o dia davotação. Neste momento, Júnior é oantepenúltimo candidato na preferência do eleitore credita isso à falta de conhecimento do seunome. O candidato começou sua vida pública comosecretário de Planejamento da capital em 2005, nagestão do então prefeito Iris Rezende, quando

elaborou e conseguiu aprovar o novo Plano Diretorde Goiânia, além de promover o primeiro concursopúblico na Pasta. Com um mandato de vereador(foi presidente da Câmara) e exercendo o seusegundo mandato de deputado estadual, eleconcorre pela segunda vez a uma eleiçãomajoritária. Na primeira, em 2012, foi vice nachapa com Jovair Arantes (PTB). Agora, no entanto,tenta novamente com o PTB (de onde vem seuvice, coronel Pacheco) conquistar o eleitorado dacapital. A Tribuna do Planalto entrevistou FranciscoJr. na última terça-feira, 20, e os principaismomentos da entrevista você lê a seguir.

Manoel Messias e Marcione Barreira

Tribuna do Planalto – Queavaliação o sr. faz dessa que éuma campanha de menortempo?

Francisco Rodrigues Vale Jr.– A campanha é mais curta e eusou o candidato mais desconhe-cido. Tenho que me apresentarpara ser conhecido, conquistarconfiança, demonstrar compe-tência naquilo que estamosapresentando, nas propostas eaí então conquistar o voto. Acampanha é curta, mas é in-tensa. Na prática, o eleitor co-meça a entender a campanhaquando ela vai para a TV e para

o rádio. Penso que conseguimosavançar muito na primeira e se-gunda etapa e agora estamospartindo para a terceira etapa.Estou animado com a receptivi-dade que tenho da população, agente precisa intensificar e énesse momento que o eleitor vaitomar a sua decisão. Temosfeito uma campanha muito pró-xima do cidadão. Estou satis-feito com a oportunidade e como debate.

O sr. esteve aqui no primeirosemestre de 2015 e na ocasiãodisse que se fosse candidatonão seria vice. Atualmente o sr.figura em antepenúltimo naspesquisas e é o candidato queaté agora mais gastou do que

arrecadou. Está valendo apena?

Tem valido a pena, porqueou a gente tem a coragem defazer o que é certo ou a genteaceita que os outros façam er-rado. Agora, eu não gastei maisdo que eu arrecadei. A minhacampanha é totalmente decla-rada. É uma campanha maisbarata, até porque nunca fizcampanha com auxílio dopoder econômico. Com relaçãoà aceitação por parte do eleitor,entendo que é agora que o elei-tor vai tomar a sua decisão.Temos alguns candidatos que jásão muito conhecidos da popu-lação. Tem candidato que játem um grau de aceitação e nãodiminui e nem cresce. No meu

caso, tenho um potencial decrescimento muito positivo.Não questiono pesquisa, maspesquisas internas nossas nãodão aquela informação. Estouanimado e acredito que vamosconseguir chegar ao segundoturno.

Além da TV e do rádio, quaisoutros meios de campanha osr. privilegia?

A nossa rotina basicamenteé assim: eu visito empresas du-rante o dia, visito locais públi-cos que têm aglomeração. Agente também tem uma agendaintensa de entrevistas e pelanoite, a agenda é dos vereado-res. Faço visita a reuniões de ve-readores nos seus bairros.

A classe política hoje vive ummomento de profundodescrédito. O que o candidatoFrancisco Jr. está fazendo paraenfrentar esse cenário?

Com sinceridade e muitafranqueza, tem que ser realistae dizer o que é possível fazer,além disso, o que eu consigofazer e o que eu não consigo. Ocidadão está cansado de ser en-ganado. Temos uma luta não sócontra a desesperança, mastemos uma luta contra a cul-tura. Ainda temos uma demo-cracia verde, jovem que estátentando se estabilizar. Estámelhorando e vai melhorar. Aprópria população tem dificul-dade de compreender o seupapel no processo eleitoral.

Quais os projetos seus têm maisaceitação ou que mexem maiscom o eleitorado?

Depende da área com quevocê conversa. Mas existem algu-mas demandas que estão opri-mindo mais a sociedade. Aquestão da saúde, de forma espe-cífica, a dificuldade que se tem deser atendido. As nossas propos-tas na saúde têm tido uma boaaceitação do eleitorado.

Qual seu plano para resolveresse problema?

Vamos implantar o projetoMais Saúde, que tem três áreasde ação: a saúde mais perto devocê, mais rápida pra você e asaúde mais humanizada pravocê. Daí para frente o plano des-trincha. No primeiro ano de go-

verno, precisamos atacar as filas.Gastamos 26% com a saúde, masnão há resultado. Ficamos nofinal da fila entre os municípiosbrasileiros. Preciso pegar esse re-curso e investir na contratação demédicos, fazer parcerias com ainiciativa privada, contratar con-sultas especializadas, contratarexames, cirurgias. Bem, fazendoessa fila andar, eu entro depoiscom o projeto Mais Saúde. De-pois vou estruturar o municípiopara melhorar a medicina pre-ventiva. Quando falo do vaptvupt na saúde, que será funda-mental no segundo ano, eu falodo atendimento. Vamos dar opoder ao usuário de avaliar o ser-viço prestado desde o vigia, pas-sando pela recepcionista,chegando no médico, passando

por quem fez o exame. Ele vaipoder dar a nota ao atendimento.O salário do servidor será maiorou menor de acordo com essanota. Quem tiver ruim será ava-liado se tem condições de conti-nuar ou não, depois de passarpor um treinamento. Temos quemelhorar também a estrutura.Não acredito que seja falta de di-nheiro a razão pela qual a saúdevai tão ruim.

Então o sr. acha que o problemaé de gestão?

Tenho certeza que é de ges-tão. Temos municípios do portede Goiânia, com arrecadação se-melhante, e que não têm a criseque temos aqui. Então é gestão.Nesse caso existe verba carim-bada, que é de 15%. Goiânia che-

gou a investir 26% e os problemasnão foram solucionados. Está in-vestindo quase o dobro do queobriga a legislação e os proble-mas persistem.

Falta transparência naprefeitura?

Falta. Por isso temos umaproposta de criar o Comitê deTransparência. Vamos fazer umcanal direto e esse comitê seráresponsável por dar informaçãopara a população, dialogar coma população, responder questio-namentos. Será um comitê mistoque terá um presidente e organis-mos da sociedade que são repre-sentantes de bairros, dasociedade organizada e dos con-selhos. Esse é um fato novo e sig-nificativo para uma futura gestão.

“Estou satisfeito com aoportunidade e o debate”

“Queremos uma saúde mais perto de você,mais rápida pra você e mais humanizada”

No transporte públicocoletivo, o sr. fala em diminuiro preço da passagem epromover investimento dodinheiro proveniente demultas e de estacionamentos.Como funcionaria esseprojeto?

Considero transporte di-reito igual saúde e educação. Otransporte, pelo menos emparte, é de responsabilidadepública. Temos que investir.Para eu convencer o cidadão adeixar a moto em casa e fazer aopção pelo transporte coletivo,ele precisa ter pontualidade, se-gurança, conforto e preço maisbarato. Como o trânsito está li-gado ao funcionamento dotransporte, precisamos definir olugar do ônibus, lugar do carroe do pedestre. Na medida emque eu vou aumentando isso,aumenta a receita do trans-porte, mas neste momento vouter que dar um impulso muitogrande para que este transporteconquiste mais usuário. Precisofazer com que a CMTC pense

o mesmo que a SMT. Hoje elasestão caminhando em sentidosdiferentes. Fazendo com queesses dois órgãos tenham omesmo objetivo, eu tenhocomo receber as receitas. Dessaforma, tenho como receber areceita do carro. A receita pú-blica do carro pode ser inves-tida na cidade. Nessa receitaestão incluídas as multas, tema fatia municipal do IPVA, tema construção e regularização denovos locais de estaciona-mento, e tenho que gerar recei-tas novas para investir. Essasreceitas novas, por exemplo,podem vir com construção deestacionamentos no subsolo.Goiânia não tem. Você concedepara alguém explorar e gera re-ceita para o município.

O sr. tem uma proposta deocupar os vazios urbanos commoradias. Como fazer isso?

Goiânia não tem uma polí-tica para esses vazios urbanos.Existem ferramentas para dis-cutir esses vazios urbanos que

não são, sequer, discutidas. Épreciso gerar as operações ur-banas consorciadas, coordena-das e conduzidas pelo poderpúblico. Dessa forma vamoster condições de fazer a explo-ração de diversas áreas.

O sr. falou de mecanismospara gerar recursos. Cidadescomo Aparecida, Trindade,Anápolis têm uma políticaagressiva de geração deemprego. Em Goiânia a gentenão vê isso. O sr. tem umapolítica de atração deempresas?

Em Goiânia hoje a gentenão vê muita coisa. Costumodizer o seguinte: a gente nãopode ficar preso no “nãoexiste”, “não tem jeito”. Anossa vizinha Aparecida inves-tiu 26% da sua receita, en-quanto Goiânia investiu 2%.Como assim? Quer dizer: algoestá errado. Aparecida conse-guiu receita federal mais doque Goiânia. Por ser a capitaldo estado, Goiânia tem maior

capacidade para coordenar odesenvolvimento da região me-tropolitana. Temos que ter umapolítica de desenvolvimento ediálogo com a população.Falta gestão, falta diálogo.Vamos avaliar as regiões da ci-dade, gerar as condições neces-sárias. A prefeitura precisaparticipar e gerar as condiçõesde crescimento. Dentro donosso plano de governo tem aproposta de retomar o micro-crédito para o pequeno em-preendedor. Hoje temos umacompetição estranha. Temos oformal e o informal atuando nomesmo lugar, gera conflito.Goiânia tem uma capacidadefantástica de negócio pela po-sição geográfica que estamos.

Que avaliação o sr. faz dessaatual gestão?

Olha, é difícil dar nota boa.É difícil dar mais que 3 pelo re-sultado. Pode até ter algumasboas ideias, iniciativas, mas acapacidade de execução émuito pequena.

“O transporte coletivo deve ter pontualidade,segurança, conforto e preço mais barato”

PAULO JOSÉ

“Acredito que em 2 de outubroteremos uma boa surpresa nas

urnas. Espero disputar o segundoturno

“O cidadão estácansado de ser

enganado. Temosuma luta não só

contra adesesperança,mas contra a

cultura”

Com a queda vertiginosa docandidato Delegado Waldirnas pesquisas, segurançapública perdeu importânciana campanha?

Não. De forma alguma. Oque acontece é que, à medidaque se começou a discutir aquestão, chegou-se a uma con-clusão do que é de fato o pro-blema. A insegurança públicana capital não é o problema deGoiânia, é o sintoma. É o re-sultado de outros problemas.Tenho que atacar a raiz dessaviolência, que está na educa-ção, no desemprego, na faltade desenvolvimento. Entãoessas áreas têm que ser ataca-das, mas simultaneamentetenho que gerar um programade segurança para a cidade.No caso do município, esta-mos propondo a rede de pre-venção ao crime, que tem trêspilares: cuidar da cidade (ilu-minação, limpeza etc.), vigiara cidade (instalação de câme-ras) e estamos propondo umpacto social com quem traba-lha na rua ou próximo da rua(porteiro, taxista, garçom).Vamos treinar esse pessoal ecriar um aplicativo de celularonde o cidadão possa ter con-tato com esse pessoal e ajudara evitar o crime.

O sr. defende uma maiorparticipação da guarda civilmetropolitana na segurança?

Nossa Guarda Municipalpresta um serviço bom. Precisaser qualificada cada vez mais.

Temos que ter a Polícia Militar,Guarda Municipal e PolíciaCivil conversando e definindoas atividades.

Qual a proposta do sr. praenfrentar a informalidade, queinvade as ruas de Goiânia,atrapalhando o trânsito decarros e pedestres?

Precisamos gerar uma pro-posta para que o informalpossa crescer. Temos que terqualificação, treinamentos,cursos, gerar o microcréditopara ele e ajudá-lo a ir para aformalidade. Gerar empresaindividual, cooperativa para agente conseguir reunir essepessoal para ele ter condiçãode trabalho. Não posso ajudaro ambulante em detrimento dolojista, tenho que ajudar osdois. Tenho que ajudar no de-senvolvimento da cidade, abriralternativas de locais.

Ao chegar na reta final dacampanha, que avaliação o sr.faz das pesquisas eleitoraisdivulgadas até aqui, que têmmostrado um índice muitobaixo de intenção de voto noseu nome?

Eu era praticamente desco-nhecido. Estou me apresen-tando. Meu planejamento éfazer minha apresentação econquistar a confiança do elei-tor. Já me apresentei, muitos jáme conhecem. Acredito que em2 de outubro teremos uma boasurpresa nas urnas. Espero dis-putar o segundo turno.

“A Guarda Municipalprecisa cada vez mais ser qualificada”

Francisco Jr.: “Tenho um potencial de crescimento muitopositivo. Acredito que vamos chegar ao segundo turno”

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

ENTREVISTA / FRANCISCO JÚNIOR

Goianiense, advogado, especialista em comércioexterior e mestre em Planejamento Urbano,Francisco Rodrigues Vale Jr. é o nome do PSD paraconcorrer à prefeitura de Goiânia. Tido pela críticapolítica como um dos mais preparados quadrospara administrar a capital, ele tem uma árduamissão: se tornar mais conhecido até o dia davotação. Neste momento, Júnior é oantepenúltimo candidato na preferência do eleitore credita isso à falta de conhecimento do seunome. O candidato começou sua vida pública comosecretário de Planejamento da capital em 2005, nagestão do então prefeito Iris Rezende, quando

elaborou e conseguiu aprovar o novo Plano Diretorde Goiânia, além de promover o primeiro concursopúblico na Pasta. Com um mandato de vereador(foi presidente da Câmara) e exercendo o seusegundo mandato de deputado estadual, eleconcorre pela segunda vez a uma eleiçãomajoritária. Na primeira, em 2012, foi vice nachapa com Jovair Arantes (PTB). Agora, no entanto,tenta novamente com o PTB (de onde vem seuvice, coronel Pacheco) conquistar o eleitorado dacapital. A Tribuna do Planalto entrevistou FranciscoJr. na última terça-feira, 20, e os principaismomentos da entrevista você lê a seguir.

Manoel Messias e Marcione Barreira

Tribuna do Planalto – Queavaliação o sr. faz dessa que éuma campanha de menortempo?

Francisco Rodrigues Vale Jr.– A campanha é mais curta e eusou o candidato mais desconhe-cido. Tenho que me apresentarpara ser conhecido, conquistarconfiança, demonstrar compe-tência naquilo que estamosapresentando, nas propostas eaí então conquistar o voto. Acampanha é curta, mas é in-tensa. Na prática, o eleitor co-meça a entender a campanhaquando ela vai para a TV e para

o rádio. Penso que conseguimosavançar muito na primeira e se-gunda etapa e agora estamospartindo para a terceira etapa.Estou animado com a receptivi-dade que tenho da população, agente precisa intensificar e énesse momento que o eleitor vaitomar a sua decisão. Temosfeito uma campanha muito pró-xima do cidadão. Estou satis-feito com a oportunidade e como debate.

O sr. esteve aqui no primeirosemestre de 2015 e na ocasiãodisse que se fosse candidatonão seria vice. Atualmente o sr.figura em antepenúltimo naspesquisas e é o candidato queaté agora mais gastou do que

arrecadou. Está valendo apena?

Tem valido a pena, porqueou a gente tem a coragem defazer o que é certo ou a genteaceita que os outros façam er-rado. Agora, eu não gastei maisdo que eu arrecadei. A minhacampanha é totalmente decla-rada. É uma campanha maisbarata, até porque nunca fizcampanha com auxílio dopoder econômico. Com relaçãoà aceitação por parte do eleitor,entendo que é agora que o elei-tor vai tomar a sua decisão.Temos alguns candidatos que jásão muito conhecidos da popu-lação. Tem candidato que játem um grau de aceitação e nãodiminui e nem cresce. No meu

caso, tenho um potencial decrescimento muito positivo.Não questiono pesquisa, maspesquisas internas nossas nãodão aquela informação. Estouanimado e acredito que vamosconseguir chegar ao segundoturno.

Além da TV e do rádio, quaisoutros meios de campanha osr. privilegia?

A nossa rotina basicamenteé assim: eu visito empresas du-rante o dia, visito locais públi-cos que têm aglomeração. Agente também tem uma agendaintensa de entrevistas e pelanoite, a agenda é dos vereado-res. Faço visita a reuniões de ve-readores nos seus bairros.

A classe política hoje vive ummomento de profundodescrédito. O que o candidatoFrancisco Jr. está fazendo paraenfrentar esse cenário?

Com sinceridade e muitafranqueza, tem que ser realistae dizer o que é possível fazer,além disso, o que eu consigofazer e o que eu não consigo. Ocidadão está cansado de ser en-ganado. Temos uma luta não sócontra a desesperança, mastemos uma luta contra a cul-tura. Ainda temos uma demo-cracia verde, jovem que estátentando se estabilizar. Estámelhorando e vai melhorar. Aprópria população tem dificul-dade de compreender o seupapel no processo eleitoral.

Quais os projetos seus têm maisaceitação ou que mexem maiscom o eleitorado?

Depende da área com quevocê conversa. Mas existem algu-mas demandas que estão opri-mindo mais a sociedade. Aquestão da saúde, de forma espe-cífica, a dificuldade que se tem deser atendido. As nossas propos-tas na saúde têm tido uma boaaceitação do eleitorado.

Qual seu plano para resolveresse problema?

Vamos implantar o projetoMais Saúde, que tem três áreasde ação: a saúde mais perto devocê, mais rápida pra você e asaúde mais humanizada pravocê. Daí para frente o plano des-trincha. No primeiro ano de go-

verno, precisamos atacar as filas.Gastamos 26% com a saúde, masnão há resultado. Ficamos nofinal da fila entre os municípiosbrasileiros. Preciso pegar esse re-curso e investir na contratação demédicos, fazer parcerias com ainiciativa privada, contratar con-sultas especializadas, contratarexames, cirurgias. Bem, fazendoessa fila andar, eu entro depoiscom o projeto Mais Saúde. De-pois vou estruturar o municípiopara melhorar a medicina pre-ventiva. Quando falo do vaptvupt na saúde, que será funda-mental no segundo ano, eu falodo atendimento. Vamos dar opoder ao usuário de avaliar o ser-viço prestado desde o vigia, pas-sando pela recepcionista,chegando no médico, passando

por quem fez o exame. Ele vaipoder dar a nota ao atendimento.O salário do servidor será maiorou menor de acordo com essanota. Quem tiver ruim será ava-liado se tem condições de conti-nuar ou não, depois de passarpor um treinamento. Temos quemelhorar também a estrutura.Não acredito que seja falta de di-nheiro a razão pela qual a saúdevai tão ruim.

Então o sr. acha que o problemaé de gestão?

Tenho certeza que é de ges-tão. Temos municípios do portede Goiânia, com arrecadação se-melhante, e que não têm a criseque temos aqui. Então é gestão.Nesse caso existe verba carim-bada, que é de 15%. Goiânia che-

gou a investir 26% e os problemasnão foram solucionados. Está in-vestindo quase o dobro do queobriga a legislação e os proble-mas persistem.

Falta transparência naprefeitura?

Falta. Por isso temos umaproposta de criar o Comitê deTransparência. Vamos fazer umcanal direto e esse comitê seráresponsável por dar informaçãopara a população, dialogar coma população, responder questio-namentos. Será um comitê mistoque terá um presidente e organis-mos da sociedade que são repre-sentantes de bairros, dasociedade organizada e dos con-selhos. Esse é um fato novo e sig-nificativo para uma futura gestão.

“Estou satisfeito com aoportunidade e o debate”

“Queremos uma saúde mais perto de você,mais rápida pra você e mais humanizada”

No transporte públicocoletivo, o sr. fala em diminuiro preço da passagem epromover investimento dodinheiro proveniente demultas e de estacionamentos.Como funcionaria esseprojeto?

Considero transporte di-reito igual saúde e educação. Otransporte, pelo menos emparte, é de responsabilidadepública. Temos que investir.Para eu convencer o cidadão adeixar a moto em casa e fazer aopção pelo transporte coletivo,ele precisa ter pontualidade, se-gurança, conforto e preço maisbarato. Como o trânsito está li-gado ao funcionamento dotransporte, precisamos definir olugar do ônibus, lugar do carroe do pedestre. Na medida emque eu vou aumentando isso,aumenta a receita do trans-porte, mas neste momento vouter que dar um impulso muitogrande para que este transporteconquiste mais usuário. Precisofazer com que a CMTC pense

o mesmo que a SMT. Hoje elasestão caminhando em sentidosdiferentes. Fazendo com queesses dois órgãos tenham omesmo objetivo, eu tenhocomo receber as receitas. Dessaforma, tenho como receber areceita do carro. A receita pú-blica do carro pode ser inves-tida na cidade. Nessa receitaestão incluídas as multas, tema fatia municipal do IPVA, tema construção e regularização denovos locais de estaciona-mento, e tenho que gerar recei-tas novas para investir. Essasreceitas novas, por exemplo,podem vir com construção deestacionamentos no subsolo.Goiânia não tem. Você concedepara alguém explorar e gera re-ceita para o município.

O sr. tem uma proposta deocupar os vazios urbanos commoradias. Como fazer isso?

Goiânia não tem uma polí-tica para esses vazios urbanos.Existem ferramentas para dis-cutir esses vazios urbanos que

não são, sequer, discutidas. Épreciso gerar as operações ur-banas consorciadas, coordena-das e conduzidas pelo poderpúblico. Dessa forma vamoster condições de fazer a explo-ração de diversas áreas.

O sr. falou de mecanismospara gerar recursos. Cidadescomo Aparecida, Trindade,Anápolis têm uma políticaagressiva de geração deemprego. Em Goiânia a gentenão vê isso. O sr. tem umapolítica de atração deempresas?

Em Goiânia hoje a gentenão vê muita coisa. Costumodizer o seguinte: a gente nãopode ficar preso no “nãoexiste”, “não tem jeito”. Anossa vizinha Aparecida inves-tiu 26% da sua receita, en-quanto Goiânia investiu 2%.Como assim? Quer dizer: algoestá errado. Aparecida conse-guiu receita federal mais doque Goiânia. Por ser a capitaldo estado, Goiânia tem maior

capacidade para coordenar odesenvolvimento da região me-tropolitana. Temos que ter umapolítica de desenvolvimento ediálogo com a população.Falta gestão, falta diálogo.Vamos avaliar as regiões da ci-dade, gerar as condições neces-sárias. A prefeitura precisaparticipar e gerar as condiçõesde crescimento. Dentro donosso plano de governo tem aproposta de retomar o micro-crédito para o pequeno em-preendedor. Hoje temos umacompetição estranha. Temos oformal e o informal atuando nomesmo lugar, gera conflito.Goiânia tem uma capacidadefantástica de negócio pela po-sição geográfica que estamos.

Que avaliação o sr. faz dessaatual gestão?

Olha, é difícil dar nota boa.É difícil dar mais que 3 pelo re-sultado. Pode até ter algumasboas ideias, iniciativas, mas acapacidade de execução émuito pequena.

“O transporte coletivo deve ter pontualidade,segurança, conforto e preço mais barato”

PAULO JOSÉ

“Acredito que em 2 de outubroteremos uma boa surpresa nas

urnas. Espero disputar o segundoturno

“O cidadão estácansado de ser

enganado. Temosuma luta não só

contra adesesperança,mas contra a

cultura”

Com a queda vertiginosa docandidato Delegado Waldirnas pesquisas, segurançapública perdeu importânciana campanha?

Não. De forma alguma. Oque acontece é que, à medidaque se começou a discutir aquestão, chegou-se a uma con-clusão do que é de fato o pro-blema. A insegurança públicana capital não é o problema deGoiânia, é o sintoma. É o re-sultado de outros problemas.Tenho que atacar a raiz dessaviolência, que está na educa-ção, no desemprego, na faltade desenvolvimento. Entãoessas áreas têm que ser ataca-das, mas simultaneamentetenho que gerar um programade segurança para a cidade.No caso do município, esta-mos propondo a rede de pre-venção ao crime, que tem trêspilares: cuidar da cidade (ilu-minação, limpeza etc.), vigiara cidade (instalação de câme-ras) e estamos propondo umpacto social com quem traba-lha na rua ou próximo da rua(porteiro, taxista, garçom).Vamos treinar esse pessoal ecriar um aplicativo de celularonde o cidadão possa ter con-tato com esse pessoal e ajudara evitar o crime.

O sr. defende uma maiorparticipação da guarda civilmetropolitana na segurança?

Nossa Guarda Municipalpresta um serviço bom. Precisaser qualificada cada vez mais.

Temos que ter a Polícia Militar,Guarda Municipal e PolíciaCivil conversando e definindoas atividades.

Qual a proposta do sr. praenfrentar a informalidade, queinvade as ruas de Goiânia,atrapalhando o trânsito decarros e pedestres?

Precisamos gerar uma pro-posta para que o informalpossa crescer. Temos que terqualificação, treinamentos,cursos, gerar o microcréditopara ele e ajudá-lo a ir para aformalidade. Gerar empresaindividual, cooperativa para agente conseguir reunir essepessoal para ele ter condiçãode trabalho. Não posso ajudaro ambulante em detrimento dolojista, tenho que ajudar osdois. Tenho que ajudar no de-senvolvimento da cidade, abriralternativas de locais.

Ao chegar na reta final dacampanha, que avaliação o sr.faz das pesquisas eleitoraisdivulgadas até aqui, que têmmostrado um índice muitobaixo de intenção de voto noseu nome?

Eu era praticamente desco-nhecido. Estou me apresen-tando. Meu planejamento éfazer minha apresentação econquistar a confiança do elei-tor. Já me apresentei, muitos jáme conhecem. Acredito que em2 de outubro teremos uma boasurpresa nas urnas. Espero dis-putar o segundo turno.

“A Guarda Municipalprecisa cada vez mais ser qualificada”

Francisco Jr.: “Tenho um potencial de crescimento muitopositivo. Acredito que vamos chegar ao segundo turno”

POLÍTICA6 GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

X

Daniela Martins

Se entender o atual cenáriopolítico brasileiro não tem sido ta-refa fácil para pesquisadores e es-pecialistas da área, imagina parajovens de 16 e 17 anos, semprecheios de dúvidas e questiona-mentos na cabeça. A juventudeque no passado com os movimen-tos estudantis conquistou o votoaos 16 anos, hoje parece não estartão disposta a fazer parte das de-cisões políticas do país. Ao menosé o que nos fazem pensar os nú-meros.Pelos dados do Tribunal Supe-

rior Eleitoral (TSE), na compara-ção entre 2014, ano das últimaseleições municipais, e o pleito de2016 é possível constatar uma di-minuição de 21% no total de elei-tores nessa faixa etária no país.Em Goiás, essa redução foi de15% e, em Goiânia, chegou a 42%.Na capital, dos 9.170 eleitorescom 16 e 17 anos, em 2012, che-gou-se a 5.356, neste ano.Para o cientista político Itami

Campos, os dados do TSE nãosão muito animadores. “Tem di-minuído o interesse, os jovenscada vez mais se afastam da polí-tica e os números indicam isso”,considera.

Numa conversa com quatroalunos do ensino médio do Colé-gio Estadual José Lobo, no SetorRodoviário, é possível perceberque há mesmo uma falta de entu-siasmo do jovem com a política.Três deles fizeram o título eleitoral“apenas para ter a documentaçãocompleta”. Uma aluna não sepreocupou: “A fila (para solicitar odocumento) era muito grande,não tive interesse”, diz.Quem já tem o título conta

que se for realmente votar no diadas eleições, será um voto nulo.“Não conheço muito de política,não acompanho nada”, confirmaWellington Marinho, 17 anos. “A

gente só vê falar mal de política,que político só rouba... aí nãotenho interesse”. “Pelo jeito que anda o Brasil

bate uma descrença, uma insegu-rança em votar. É complicado, agente fica confuso sobre quemestá mentindo, quem está falandoa verdade”, argumenta Jhéssica daSilva, 16 anos.Além da diminuição do inte-

resse, há de se levar em considera-ção o envelhecimento da popula-ção como fator crucial na reduçãodo eleitorado jovem na faixa dovoto facultativo. Seria necessáriauma comparação da curva de re-dução desses eleitores com a

curva de redução da populaçãojovem para se ter uma visão maisacertada desse desinteresse juvenilpela política. “Se for confirmado, há algu-

mas explicações tanto do ponto devista político quanto econômico ede comportamento”, aponta a jor-nalista Cileide Alves, especializadaem política e mestre em Históriapela Universidade Federal deGoiás (UFG).Primeiro, enumera, esses jo-

vens que nasceram na década de1990 viveram um mundo melhordo que os jovens das décadas an-teriores, que pegaram um Brasilsaindo da Ditadura Militar, com a

inflação e desemprego em alta.“Tudo isso empurrou os jovensdaquela geração, pais dos jovensde hoje, para os movimentos polí-ticos”, explica.Foram justamente esses movi-

mentos que melhoraram o Brasil eassim o país viveu, dos anos 90 até2013, um período de normalidadepolítica. “Eleições corriam nor-malmente, o país começou a serrecuperado, inflação foi debeladae veio um período de crescimentoda economia”. Portanto, avaliaCileide, aparentemente estavatudo tranquilo e esses jovens nãotinham muito pelo que lutar. Um segundo ponto é a cres-

cente tecnologia da informação.“Esse jovem já nasceu digital. Eo mundo mudou com a revolu-ção digital. Os jovens estão comnovas prioridades, se falam, seinformam e se divertem pela in-ternet. E isso é importante agente considerar”, pondera Ci-leide, que acredita que essa gera-ção será entendida mais profun-damente daqui a alguns anos,quando tivermos um retrato me-lhor deste período. Para completar, ao longo dos

anos a política e os políticos foramperdendo crédito diante da popu-lação. “Tudo isso somou-se naformação política desses jovens”.Assim, chegamos à atuali-

dade. A partir do ano de 2013, opaís apresentou fatos novos: asmanifestações sociais. “Hoje já es-tamos vendo mais jovens na rua,mais jovens nas manifestações.Acho que esse momento agora éde uma quebra de status quo”, re-força a jornalista.Na sua opinião, os jovens

podem não estar tão interessadosnas eleições, mas em função detodos os acontecimentos pelosquais o Brasil tem passado podehaver um novo engajamento delesna política. “A gente não vai saberdisso agora. Vamos saber dissodaqui mais alguns anos”, finaliza.

Bruno Henrique (17), Jhéssica da Silva (16), Wellington Marinho (17) e Karla Indaiana (17): mesmo quem já tem o título eleitoral não tem interesse em votar

Itami Campos: menor interesse dos jovens com a políticaCileide Alves, jornalista: “Novo caldo político e social”

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

Jovens estão distante das urnas

“Temos trabalhado por Trindade há 30 anos”ENTREVISTA / GLEISON VILELA

Marcione Barreira

Para que o leitor possa conhecerum pouco do seu perfil, quem éGleison Vilela?Gleison Vilela é o nome que

representa a esperança o povo deTrindade. Gleison Vilela é umapessoa que tem projetos, só que asvezes nós fomos muito retaliados.Eu já fui retaliado duas vezes, em2008 e 2012.

O que houve, na ocasião?Saí candidato em 2004 pelo

PDT, em 2007 me desfiliei do

PDT e fui para o PRTB e isso ca-racterizou uma dupla filiação paramim. Eles inventaram uma duplafiliação em 1999, ora, se já existiaisso, eu não poderia ter saído can-didato em 2004. Com isso, eles metiraram da vida pública. O juizanulou minhas duas filiações.Sendo que existia apenas uma.Mas eu provei minha inocência.Em 2012, sofri outra retaliação.Eu estava apoiando o Jânio e aquiem Goiânia o presidente do PRTBse vendeu para outro partido e feza gente caminhar para outro lado,devolvendo o partido.

Gleison, essa é a sua quinta ten-

tativa de se eleger vereador pelacidade de Trindade. Como temsido essa campanha, que é maiscurta do que as anteriores?Esse ano a gente espera que

seja melhor. Essa mudança ficouboa. Vai ganhar quem trabalhou enós temos um trabalho prestadona cidade de Trindade há 30 anos.Como a gente trabalha na áreasocial, quem me ajudar tem a cer-teza que está ajudando o próximo.Essa mudança para nós foi muitoboa também sob o aspecto finan-ceiro porque nós não estamos der-ramando dinheiro como outrascampanhas.

O sr. é um candidato do PSDB etem o candidato a reeleição de láque é também do PSDB. Oquanto isso pode ajudar na suacampanha?Só de ir para o PSDB já me

deu uma força maior porque en-contramos ali um prefeito que tra-balha, tem visão e ajuda a cidade.Em apenas três anos de gestão, oJânio Darrot transformou a ci-dade, levando benefícios para os89 bairros de Trindade. Isso, por sisó, já ajuda e alavanca ainda maiso meu trabalho social.

Dessa vez, chegando à Câmara

Municipal de Trindade, o que osr. pretende fazer para beneficiara cidade?O primeiro projeto que eu

vou criar dentro da Câmara é oCâmara Itinerante. O vereadorprecisa estar próximo da popula-ção. A população está carente.Eu quero estar próximo da popu-lação.

Um dos projetos sugeridos pelosr., e executado pelo prefeito atualfoi o rebaixamento das calçadas,além do projeto de reforma daCâmara Municipal que foi execu-tado recentemente. Esses proje-tos foram sugeridos na ocasiãoem que participou do governo deTrindade como secretário de Es-porte?Sim. Foi em 2008, na época do

prefeito George Moraes (PDT).Eu tenho um filho cadeirante e énele que eu me inspiro para conse-guir muitas coisas. Na época, dei-xei uns projetos na Câmara comoreforma e adequação para os defi-cientes físicos, o rebaixamento dasrampas para facilitar para os ca-deirantes também foi algo que dei-xei para ser executado, além daadequação de todas as calçadaspara facilitar o acesso dos cadei-rantes.

Como tem sido a receptividadenas ruas nesse período de campa-nha?Olha, graças a Deus tem sido

muito boa. A gente plantou se-mentes boas e a nossa esperança écolher frutos bons. Eu não tenhorejeição. Meu fardo é leve. Ondeeu vou as pessoas falam que eunão tenho rejeição. Isso porquetrabalho na área social e por contados projetos que eu executo. Porexemplo, o projeto Aluno Nota 10,o projeto De Olho no Artista, Ani-versariante do Mês, tem as ativi-dades de Karatê que a genteapóia, tem também a tenda da so-lidariedade, onde a gente ajuda asfamílias com cesta básica, arreca-dação de roupas. Através do jor-nal de Olho no Social, do qual soudiretor, o cidadão pode doar, porexemplo, guarda-roupas, sofá ecama para o jornal e daí o a gentefaz a distribuição para a popula-ção. A gente trabalha ajudandoessas entidades como a Feira daFé, os mototaxista etc. Somosbem recebidos.

Em Trindade, o atual prefeitoestá bem nas pesquisas. Não deveter maiores dificuldades para sereeleger. A Câmara hoje está, emtermos de apoio, bem favorávelao Executivo. Como o sr. achaque vai ser após essa eleição, casoJânio Darrot seja eleito?Hoje o Jânio tem 11 dos 17 ve-

readores. No início, ele teve certadificuldade. Com o trabalho quevem sendo desenvolvido, JânioDarrot ganhou a maioria. E deveganhar maioria novamente.

Natural de Nazário, o candidato a vereador porTrindade Gleison Vilela reside na cidade há mais de 40anos. Seu pai foi o primeiro morador do setorPontakayana, região leste do município, bairro do qualtambém é morador. A família de Gleison fundou a VilaSão Contolengo, hospital filantrópico criado em 1951pelo Padre Gabriel Vilela. Casado e pai de três filhos,sendo um deles portador de necessidades especiais,Gleison diz que seu filho o inspira a trabalhar pelosocial. Com esse propósito, ele vai disputar mais umavez uma cadeira na Câmara Municipal da capital da fé.É sua quinta tentativa, e ele acredita que agora tudoestá a seu favor. Gleison Vilela é apoiado pelo prefeitode Trindade, Jânio Darrot, de quem partiu o convitepara a filiação ao PSDB, ano passado.

Historicamente, osmovimentosestudantis foramimportantes para atransformaçãopolítica do Brasil.Hoje, apesar doaparentedesinteresse dejovens com a política,considerado a partirda redução nonúmero de eleitoresde 16 e 17 anos, omomento político-econômicoconturbado podeengajar novamente ajuventude brasileira

Gleison Vilela: “Vai ganhar quem trabalhou e nós temosum trabalho prestado na cidade de Trindade há 30 anos”

PAULO JOSÉ

COMUNIDADES 7X

GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Homenagem a Ruimar FerreiraFamoso por atender políticos e celebridades lo-

cais e nacionais em sua barbearia na Praça Taman-daré há 41 anos, Ruimar Ferreira foi homenageadopelo empresário Igor Sebba na criação da Piatan,nova marca de cosméticos que será lançada no diapróximo dia 28.

Igor, que frequenta o salão de Ruimar desdecriança, deu o nome do barbeiro à linha de produtosmasculinos voltada para o cuidado com a barba. Asembalagens dos produtos serão em estilo retrô,assim como a barbearia do homenageado, que fun-ciona desde 1975 no Setor Oeste. A linha é com-posta por shampoo para cabelo e barba, gel parabarbear sem espuma, creme emoliente para barbear,sérum pós-barba e fluido domador de fios.

Dia Estadual do Trânsito na Escola O 22 de setembro entra, a partir deste ano,

para o calendário escolar como o Dia Estadual doTrânsito na Escola. Nessa data, em todos os anos,as 1.132 unidades da rede pública de ensino devemdedicar uma aula para discutir a temática trânsito.

Goiás é um dos poucos estados brasileiros aincluir o trânsito no calendário escolar e a expec-tativa do Detran, além da segurança das crianças,é preparar os estudantes para que se tornem cida-dãos conscientes, seja como pedestres, ciclistas oufuturos condutores. O trabalho de educação visaainda formar multiplicadores.

Lançamento de livros de autores goianos no Sesc Centro

Obras variadas de poesias, crônicas, pedagógi-cas e literatura infantil de autores goianos serão lan-çadas neste dia 30, às 20h, pelo Sesc Centro. Algunsdos títulos são: Vamos Brincar? Brincando a gentese entende! (pedagógico), de Silene Maria Silva;Proseando Aqui e Acolá (crônicas), de Sinvaline Pi-nheiro; E-m@ail por inteiro (poesia), de MarcelinoTaveira da Silva; A batalha feliz (literatura infantil),de Arthur Gomes dos Santos. O lançamento será naBiblioteca do Sesc Centro (Rua 15 com Rua 19,Centro). Mais informações: (62) 3933-1711.

Circuito de Palestra Sebrae O Sebrae promove nova edição do Circuito de

Palestras na próxima terça-feira, 27. Descompli-que sua vida financeira será o tema ministrado porSamy Dana, comentarista da Globo News (RedeGlobo) e doutor em Economia. Tem ainda o CaseNetshoes - Dos fundos de um estacionamento aum e-commerce de R$ 1 bilhão, com Renato Men-des, ex-gerente-sênior de Comunicação e Marke-ting da Netshoes.

Na programação tem ainda o Cine Sebrae:Inspire-se em histórias de empreendedorismo,com Maurício Keller, consultor Sebrae e facilita-dor do Workshop Empretec. Igor Montenegro,presidente do Sebrae, fala sobre como a entidadepode ajudar o emprededor a vencer a crise.

Abertas as inscrições para os Jogos Goianienses do Sesc 2016

Os Jogos Goianienses do Sesc chegam na sua28ª edição a todo vapor, com objetivo de propor-cionar momentos de integração e lazer com qua-lidade. O evento conta com modalidades de futsal,futebol soçaite, voleibol, queimada, natação ejudô. Além das categorias masculinas, as modali-dades de futsal e voleibol terão categorias femini-nas. As inscrições para as modalidades coletivasjá estão abertas e podem ser feitas até 29 de setem-bro. Já as inscrições para as individuais de judô enatação serão realizadas em breve. Informações einscrição pelo site www.sescgo.com.br.

Chacrinha, o musical em cartaz no Teatro Rio VermelhoChacrinha, o musical será apresentado dias 1º e 2 de outubro, no Teatro Rio Vermelho. Com texto

de Pedro Bial e Rodrigo Nogueira, a produção marca a primeira direção teatral de Andrucha Waddington.O espetáculo acompanha a trajetória do Velho Guerreiro desde sua infância em Surubim, Pernambuco,até o auge da carreira na TV Globo, comandando o programa de auditório Cassino do Chacrinha, comespaço para as rebolativas chacretes, os trocadilhos infames, buzinadas e troféu abacaxi. Dois atoresdão vida ao protagonista: Stepan Nercessian interpreta o Chacrinha consagrado no rádio e na TV, en-quanto Pedro Henrique Lopes incorpora o jovem Abelardo Barbosa.

Exposição inédita sobre AyrtonSenna no Passeio das Águas

A mostra itinerante Senna Emotion,maior exposição sobre a trajetória pes-soal e profissional do tricampeão mun-dial de Fórmula 1, está aberta ao públicono Passeio das Águas Shopping, até 24de outubro. A atração é gratuita e pro-porciona a chance de conferir de pertoitens originais do acervo da família.

Toda a exposição é inspirada na ló-gica dos ambientes interativos, que pos-suem forte capacidade de criar empatiacom o público. Ela está dividida em trêsáreas temáticas: Valores de um Cam-peão, O Mito da Fórmula 1 e AyrtonSenna do Brasil. Pelas etapas, os fãsserão convidados a curtir uma viagem re-pleta de experiências multissensoriais.

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2016

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Yago Sales

Quando os pombos esfo-meados, as andorinhas silencio-sas e os periquitos barulhentosnão se revezam sobre palmeiras,as aves zarpam para a mungubapara balançar sua copa densa,de onde desabrocham flores efrutos grandes, conhecidos co-mo cacau-selvagem. As aves sedistribuem sobre a sibipiruna eesparramam as flores amarelaspelo chão de concreto e assen-tos de granilites. Ao passo quegaris varrem falando alto e rindodebaixo de uma gameleira, cu-pins marcham pelo entrelaçadode raízes, troncos e galhos, quese misturam há décadas numaárvore gigante – a testemunhade Goiânia.A descrição é da Praça Cívi-

ca, o marco inicial da construçãode Goiânia, em 1933, por PedroLudovico Teixeira, estimuladopela Marcha para o Oeste, sob oentusiasmo de Getúlio Vargas. APraça Cívica foi entregue pelaprefeitura após revitalização nofinal de agosto deste ano. As

obras duraram 18 meses e custa-ram R$ 12,5 milhões.A revitalização buscou resga-

tar algumas características doprojeto original, assinado porAttilio Correa Lima, e foi custea-da pelo Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) CidadesHistóricas, sob aprovação doInstituto do Patrimônio Históri-co e Artístico Nacional (Iphan).Vale lembrar que a praça é tom-bada como patrimônio histórico.Uma das grandes novidades

da praça – e objeto de críticas –é o monumento “Caleidoscópi-ca”, do artista plástico SironFranco, construído onde ficavao Palácio de Campinas, antigasede da prefeitura de Goiânia. Aideia do artista era fazer refe-rência ao passado e ao futurode Goiânia, por meio de escul-tura feita com aço inoxidável.Quem se por diante da obra ve-rá o próprio reflexo.Além de duas fontes lumino-

sas e ciclofaixas, o projeto atualconta com anfiteatro de três la-dos, com escadaria de 80 metrosde extensão ao redor do Monu-mento às Três Raças. A ideia étrazer apresentações culturais.À primeira vista, a praça fi-

cou muito atraente, mas poucose aproxima do esperado pelosentusiastas da história deGoiânia. Para entender melhoressa obra, a reportagem convi-dou Marcela Ruggeri, integran-te do Conselho de Arquiteturae Urbanismo (CAU-GO), parapercorrer a Praça Cívica, apósa revitalização. Para ela, amaior novidade é o calçamen-to, com pedras portuguesas emvolta da praça.“A substituição do asfalto pe-

lo piso privilegia o pedestre, o ci-clista e de alguma forma o

deficiente visual em função daadoção de piso tátil durante todaa extensão da praça”, avalia.“Em contrapartida, o cadei-

rante, por causa do desnível, tre-pida nesse tipo de piso”, destaca.“Houve uma má execução

no desnível do piso central dapraça. Ela por si só tem um des-nível próprio. Essa instalaçãodeixou um pouco a desejar e émuito perceptível”, destaca Mar-cela, a alguns metros de funcio-nários da construtora MarsouEngenharia que retiravam, amarretadas, algumas pedras depiso drenante com defeito.Guilherme dos Santos, 16

anos, mora em um apartamentona rua 9, no Centro. Ao voltar deuma viagem, foi à praça com osamigos André Souto, 17, LuizAgusto, 16, e a namorada, Lua-na Silva, 16. O estudante do 3°ano do ensino médio gostou dapraça que se tornou um lugar amais para andar de skate.“Aqui ficou muito bom. Foi

pensado para a gente”, diz an-tes de ser chamado pelos ami-gos a ler a placa deinauguração: “Requalificaçãoda Praça Cívica. Michel Temer,no exercício do cargo de presi-dente da República”.Procurada pela reportagem,

a construtora Marsou Engenha-ria informou que “os funcioná-rios trocavam o piso quebradopor carros e que fotos atestavamisso”. O fiscal da obra, o enge-nheiro da Secretaria Municipalde Infraestrutura e Serviços Pú-blicos (Seinfra) Fábio Oliveira,disse por telefone que viaturasda Polícia Militar estacionaramsobre o piso. “PMs e guardascostumam estacionar em praças,mas não sabiam que no pisodrenante é proibido”, justificou.

Tribuna do Planalto - A identi-dade da praça foi resgatada?Marcela Ruggeri - Houve

uma releitura, reconstrução dealguns aspectos com o obelisco eas fontes. Dá uma impressão deque houve uma tentativa de se fa-zer um espaço aberto, “democrá-tico”, em alguns pontos maissecos, de circulação, de uso pro-visório, contínuo. As luminárias,portanto, não são desenho artdéco.

A praça é atrativa para o passeioem família?Em alguns pontos da praça,

sim. Debaixo de algumas árvo-res, por exemplo. Mas o centroda praça continua com sua ari-dez, sem sombreamento. O pro-

jeto original determinava que es-se espaço fosse aberto mesmo,para o povo chegar até o poder,se aproximar do palácio do go-

verno. Mas a impressão que setem é que este espaço é contem-plativo. O piso pedestril, para opedestre, longe do anel interno éimportante. Não existe mais esta-cionamento e isso modificou ouso.

Alguma parte da revitalizaçãorecuperou a história da PraçaCívica?Por mais que a dimensão dos

obeliscos não seja considerávelpelo tamanho da praça, recupe-rou o aspecto cultural.

O que falta para melhorar a revi-talização?Fora o palácio do governo, as

edificações da praça não tiverammanutenção adequada.

“O centro da praça continua com sua aridez, sem sombreamento”

Após anosfuncionando comoestacionamento acéu aberto, a praçaque simboliza omarco inicial daconstrução da capitalfinalmente ganhouuma reformasignificativa

ENTREVISTA/MARCELA RUGGERI

ENTREVISTA/ GERALDO COELHO VAZ

Tribuna do Planalto - O senhorchama a revitalização de moder-noso. O que seria modernoso?Geraldo Coelho Vaz - Mo-

dernoso é quando se amontoamas coisas de qualquer forma. Sem

estudar. Faltou um estudo maisaprofundado sobre a história daPraça Cívica, de Goiânia. Faltaver a história na Praça Cívica. NaEuropa, por exemplo, se vê pala-cetes, casas de 800 anos comsuas características conservadas.O que falta em Goiânia é conser-var esses monumentos para quedaqui a 500 anos seja visto comoum marco histórico. O que acon-tece em Goiânia é que estão des-truindo os marcos históricos.Esse é o grande erro do que omodernismo quer impor e quenão passa de um modernoso.

O senhor critica a revitalização.O que poderia ter sido conserva-do?Os postes da década de 1930,

por exemplo, desapareceram.Com esses postes, o povo saberiacomo era a iluminação da época.Não resta dúvida de que não erauma iluminação boa, mas pode-ria ser mostrada a forma dospostes, dos globos, das lâmpa-das.

Alguma coisa mais lhe chamoua atenção?As fontes luminosas revitali-

zadas sem dúvidas trouxeram luzà história da praça. Ela existia,mas, desativada, não compunhao cenário da praça. Eles deramum nova forma.

Como seria a Praça Cívica nadécada de 1930?O Palácio no centro da Praça

Cívica, o Tribunal de Justiça deum lado, o Fórum de outro. Den-tro da praça o museu Zoroastro eem outro ponto a prefeitura deGoiânia – que nunca foi feita, anão ser um barracão muito feiofeito uns trinta anos atrás e que jáfoi demolido.

Presidente do InstitutoHistórico e Geográfico deGoiás (IHGG), GeraldoCoelho Vaz afirma que arevitalização “é reviveraquilo que existia" ecritica as mudanças naPraça Cívica. "Nãoacredito que tenha havidopropriamente umarevitalização". O escritor éum dos principaismilitantes da manutençãoda memória de Goiânia.Para ele, a obra é "umafalta de respeito com amemória de Goiânia.Poderia ter sidoconservado muito do queexistia na praça". Vazcritica a falta deidentificação com opassado. "Eu acho que foifeita muita coisa, mas quenão identificou a praça doque já foi". Para ele apraça se tornou“modernosa”.

“Obra é uma falta derespeito com a memóriade Goiânia“

Marcela Ruggeri: “asedificações da praça nãotiveram manutençãoadequada”

Uma das novidades da praça é o monumento “Caleidoscópica” (embaixo, à esquerda),do artista plástico Siron Franco, construído onde ficava o Palácio de Campinas: polêmica

Além de duas fontes luminosas e ciclofaixas, a nova Praça Cívica conta com anfiteatro de três lados, escadaria de 80 metros de extensão ao redor do Monumento às Três Raças

“Faltou um estudo aprofundadosobre a história da Praça Cívica”

Vale a pena conhecera nova Praça Cívica

URBANISMO