Uma Perspectiva Das Matérias Que Constituem o Caráter Próprio Da Filosofia de Heidegger e Da...

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 Uma perspectiva das matérias que constituem o caráter próprio da Filosofia de Heidegger e da eleição que encaminha a abordagem investigativa a ser apresentada aqui  Tem-se falado muito em um primeiro e segundo Heidegger por respeito a uma viravolta em sua Filosofia inclusive distinguindo os te!tos que correspondem a uma primeira e a uma segunda fase" #sta é uma orientação de pesquisa que tem ganhado proemin$ncia na Universidade"  %istancio-me contudo de todo encaminhamento da abordagem da obra de Heidegger nesses termos porque entendo que ele deve assumir a perspectiva de um processo o qual acaba sempre sendo pensado enquanto evolução" # isto significa a meu ver tomar a suposta segunda fase em que o seu pensamento é visto como chegado & maturidade como e!pressão de uma mudança de perspectiva por respeito ao próprio arran'o da problemática de sua obra devido a uma superação das matérias privilegiadas na primeira fase"  ( que se tem discutido em termos de uma viravolta na obra de Heidegger não é a meu ver u ma viravolta no sentido de uma superação das matérias privilegiadas na partida de sua Filosofia) é antes a e!pressão dos saltos cont*nuos que foram e!igidos por uma investigação de caráter inaudito como a que o Filósofo pretendeu reali+ar desde as suas pesquisas preliminares nas Filosofias de ,latão e ristóteles e a qual só apresenta a sua configuração de sistema próprio em Ser e tempo . com esta obra Heidegger instituiu a anal*tica do e!istir do homem /anal*tica do %asein0 enquanto condição de possibilidade da investigação do sentido do 1er" ( caráter inaudito de tal investigação reside portanto precisamente no seu propósito de assumir a questão do 1er desde a perspectiva do 1er da e!ist$ncia"  2ada é discutido na obra de Heidegger a partir de Ser e tempo sem o pressuposto permanente de sua concern$ncia & anal*tica do e!istir uma ve+ que esta aqui é prescrita para a própria partida investigativa" ssim ela sub'a+ tácita nos termos de um de tra'eto sempre 'á percorrido rumo a cada problema pontual posto em foco" ,ara que se compreenda com toda clare+a o caráter próprio da  viravolta concebida e apr esentada pelo próprio Filósofo é nec essário saber quais são as quest3es cada ve+ mais primordiais em direção &s quais salta o pensamento fundamentado pela anal*tica do %asein"  4uando Heidegger ele mesmo fala em volta está se referindo ao sentido de alcance e e!pansão do próprio acontecimento no di5metro do qual se amplia o compreender que revela na própria abertura do e!istir no seu ser-compreensivo /%a-sein0 a implicação do 1er com a verdade enquanto uma insigne ocorr$ncia de transcend$ncia do ente par a o 1er e isto nos termos da conquista d e uma alocação do e!istir /%asein0 na verdade do 1er" 2isto reside uma questão fundamental que Heidegger pretende responder6 a questão de saber por que e como o 1er do homem se determina em termos de uma abertura compreensiva e por que a verdade do 1er radica nessa abertura . nesta questão o fen7meno da intencionalidade isto é do proporcionamento originário de que se constitui o compreender ganha a sua amplitude problemática"  1obre o acontecimento implicado e e!pandido no c*rculo do compreender Heidegger esclarece em sua obra ainda pró!ima a Ser e tempo a qual se articula com o per*odo do seu estudo da obra de 2iet+sche6 Contribuições para a Filosofia (do acontecimento) de 89:;-89:< /creio que ainda sem tradução para o portugu$s06 =qui o acontecimento é para ser visto sobre o homem que a partir

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Uma Perspectiva Das Matérias Que Constituem o Caráter Próprio Da Filosofia de Heidegger e Da Eleição Que Encaminha a Abordagem Investigativa a Ser Apresentada Aqui

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Uma perspectiva das matérias que constituem ocaráter próprio da Filosofia de Heidegger e da eleiçãoque encaminha a abordagem investigativa a ser

apresentada aqui  Tem-se falado muito em um primeiro e segundo Heidegger por respeito auma viravolta em sua Filosofia inclusive distinguindo os te!tos que correspondema uma primeira e a uma segunda fase" #sta é uma orientação de pesquisa que temganhado proemin$ncia na Universidade"  %istancio-me contudo de todo encaminhamento da abordagem da obra deHeidegger nesses termos porque entendo que ele deve assumir a perspectiva de umprocesso o qual acaba sempre sendo pensado enquanto evolução" # isto significa ameu ver tomar a suposta segunda fase em que o seu pensamento é visto comochegado & maturidade como e!pressão de uma mudança de perspectiva por

respeito ao próprio arran'o da problemática de sua obra devido a uma superaçãodas matérias privilegiadas na primeira fase"  ( que se tem discutido em termos de uma viravolta na obra de Heidegger nãoé a meu ver uma viravolta no sentido de uma superação das matérias privilegiadasna partida de sua Filosofia) é antes a e!pressão dos saltos cont*nuos que forame!igidos por uma investigação de caráter inaudito como a que o Filósofo pretendeureali+ar desde as suas pesquisas preliminares nas Filosofias de ,latão e ristótelese a qual só apresenta a sua configuração de sistema próprio em Ser e tempo . comesta obra Heidegger instituiu a anal*tica do e!istir do homem /anal*tica do %asein0enquanto condição de possibilidade da investigação do sentido do 1er" ( caráterinaudito de tal investigação reside portanto precisamente no seu propósito de

assumir a questão do 1er desde a perspectiva do 1er da e!ist$ncia"  2ada é discutido na obra de Heidegger a partir de Ser e tempo sem opressuposto permanente de sua concern$ncia & anal*tica do e!istir uma ve+ queesta aqui é prescrita para a própria partida investigativa" ssim ela sub'a+ tácitanos termos de um de tra'eto sempre 'á percorrido rumo a cada problema pontualposto em foco" ,ara que se compreenda com toda clare+a o caráter próprio da viravolta concebida e apresentada pelo próprio Filósofo é necessário saber quaissão as quest3es cada ve+ mais primordiais em direção &s quais salta o pensamentofundamentado pela anal*tica do %asein"  4uando Heidegger ele mesmo fala em volta está se referindo ao sentido dealcance e e!pansão do próprio acontecimento no di5metro do qual se amplia ocompreender que revela na própria abertura do e!istir no seu ser-compreensivo/%a-sein0 a implicação do 1er com a verdade enquanto uma insigne ocorr$ncia detranscend$ncia do ente para o 1er e isto nos termos da conquista de uma alocaçãodo e!istir /%asein0 na verdade do 1er" 2isto reside uma questão fundamental queHeidegger pretende responder6 a questão de saber por que e como o 1er do homemse determina em termos de uma abertura compreensiva e por que a verdade do 1erradica nessa abertura . nesta questão o fen7meno da intencionalidade isto é doproporcionamento originário de que se constitui o compreender ganha a suaamplitude problemática"  1obre o acontecimento implicado e e!pandido no c*rculo do compreenderHeidegger esclarece em sua obra ainda pró!ima a Ser e tempo a qual se articulacom o per*odo do seu estudo da obra de 2iet+sche6Contribuições para a Filosofia

(do acontecimento) de 89:;-89:< /creio que ainda sem tradução para oportugu$s06 =qui o acontecimento é para ser visto sobre o homem que a partir

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dele é determinado enquanto %asein> /?asammtausgabe ;@ notap" ABC"Dlostermann EBB:0",ortanto a volta ou melhor a curva do acontecimento sobre o prisma do qualHeidegger pensa o proporcionamento rec*proco de tempo 1er e verdade não épretendida enquanto uma superação da anal*tica do %asein em prol da história da

 verdade do 1er é tão-só um salto mais para o fundo no abissal questionamento do1er em vista da conquista do seu 5mbito e de sua forma de possibilidade . salto noqual unicamente Heidegger encontra o meio de diferenciar radicalmente o 1er dohomem de sua determinação ainda prevalecente enquanto animal racional e retiraro sentido 1er de sua configuração histórica enquanto presença" 2esta obraHeidegger apresenta o acontecimento por respeito & dimensão a mais radical da verdade do 1er e do tempo" ( acontecimento é a* implicado e problemati+adoenquanto a ess$ncia do próprio 1er na perspectiva da possibilidade de umatransição necessária do pensamento ocidental para um outro princ*pio" 4ue secontemple esse trecho selecionado na obra em questão para avaliar através do di+erdo próprio Filósofo esta tomada de posição6

  =2o pensar histórico do 1er ocorre primeiro o poder da ess$ncia da não-adesão e da inversão no livre"/"""0  1obre essa =via> o cair e o ascender só podem ser assim chamados quando éinquirida sempre e apenas a mesma questão segundo o sentido do 1er" # eis porqueas posiç3es são permanentemente diferentes" Toda questão essencial deve setransformar a partir do fundamento se ela inquire cada ve+ mais originariamente"2ão há aqui nenhum =desenvolvimento> gradual" uito menos há aqueleproporcionamento do posterior ao anterior segundo o qual aquele 'á estariadecidido neste" ,orque no pensamento do 1er tudo se atém ao Gnico as revoluç3essão como que a regra Isto reprova também o procedimento historiográfico6 o

anterior enquanto =falso> a indicar ou o posterior enquanto o apontar do ='á>=suposto> no anterior" =s mudanças> são tão essenciais que elas só podem serdeterminadas no seu grau se a cada ve+ uma questão é questionada a partir do seulugar de questão  =s mudanças> não são porém condicionadas de fora por ob'eç3es pois atéaqui nenhuma ob'eção se tornou poss*vel precisamente porque a questão aindanão foi apreendida" s mudanças correspondem ao crescente abismamento daquestão do 1er ela mesma através da qual é tomado todo ind*cio historiográfico"#is porque o caminho se torna porém cada ve+ mais essencial não enquantodesenvolvimento =pessoal> mas enquanto o inteiramente não biográfico supostoesforço do homem para tra+er o 1er ele mesmo no ente & sua verdade"

  /"""0 2as tentativas desde Ser e tempo a questão é originariamente posta mastudo se mantém se comparável de todo em uma escala menor"  consumação da questão do 1er não permite nenhuma imitação" qui asnecessidades do percurso histórico são a cada ve+ primeiras porque solitárias /"""0  /"""0 ,ois não se trata aqui de tra+er nenhuma nova representação do ente aoconhecimento mas de fundar o ser-homem na verdade do 1er e de preparar estafundação no conceber do 1er e do %a-sein"> /pp" <@-;0

  %isto eu concluo que não cabe falar de um primeiro nem segundo Heideggertalve+ apenas de uma diferença cont*nua de um mesmo Heidegger se este puder serabsorvido inteiramente pela questão primordial de sua obra6 o sentido do 1er"  Todo verdadeiro pensador é o pensador de um mesmo pensamento o que não

significa um pensamento sem permanentes novas implicaç3es de problemas" #m vista disto o perigo de uma abordagem classificadora de temáticas e per*odos é

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precisamente o de preterir a import5ncia e a maturidade das obras inaugurais" compreensão da questão do sentido 1er e de todas as quest3es dela derivadas e porela orientadas na obra de Heidegger ainda espera por uma apreensão rigorosa doque significa para a orientação do curso de sua investigação filosófica adeterminação fact*cia do e!istir enquanto compreensão do 1er" lém da obra acima

citada tr$s obras de per*odo anterior e posterior a 1er e tempo dão indicaç3esmuito precisas para o fundamento de tal determinação" primeira obra anterior é oseu ensaio intitulado Interpretações fenomenológicas de Aristóteles de 89EE) asegunda é o seu tratado intitulado Platão: Sofista de 89EA-E@ /que não se iludamos investigadores com a imprecisão do aparelho conceitual empunhado nessasobras) o apanhado prévio de uma pesquisa rigorosa é sempre o Jltimo a ser obtido equase nunca as obras inaugurais o t$m inteiramente disponibili+ado0) e a terceira éa obra praticamente simult5nea a Ser e tempo intitulada s problemas fundamentais da fenomenologiade 89EC" 2essa tr*ade eu ve'o tanto oprocedimento instituidor de Heidegger para a investigação filosófica por respeito asua metodologia quanto a base criada para a fundamentação da necessária retiradada questão da intencionalidade da perspectiva fornecida por Husserl a partir de

Krentano onde este fen7meno ganha a configuração de atos de representação daconsci$ncia . o que significa a meu ver colocar para o fen7meno daintencionalidade a possibilidade de verificá-lo enquanto a forma constitutiva daabordagem originária para além do seu limite de reportação ao ente"http://esestudo.blogspot.com.br/