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O sistema respiratório tem origem endodérmica. Com o desenvolvimento do embrião o sulco faringotraqueal, progressivamente vai separando-se do intestino primitivo, formando o septo traqueoesofagiano, isto é, a primeira estrutura a separar o esôfago do primórdio respiratório. A dicotomia inicial, de uma série de outras, formará, em torno da quarta semana do período embrionário, os 2 brotos pulmonares. Esses dois brotos constituirão os brônquios principais. O mesoderma esplâncnico que envolve a dicotomização brônquica dos brotos pulmonares dará origem às estruturas cartilaginosas, musculares, vasculares e da pleura visceral. Da quarta a sexta semana serão formados os brônquios lobares seguidos dos segmentares, por sucessivas dicotomizações. Ao final da sétima semana o pulmão terá a mesma segmentação encontrada no adulto. No período pseudoglandu lar (8 a 16 semanas) ocorrem as sucessivas divisões para formação dos bronquíolos terminais que exibem epitélio cubóide ou colunar com aspecto histológico que lembra o tecido glandular, daí a denominação pseudoglandular. Também ocorre nesse período a migração das estruturas vasculares do arco aórtico paralelo aos brônquios. No sentido anelar cresce a cartilagem e a musculatura lisa brônquica. No final desse período as dicotomias brônquicas e vasculares pulmonares cessam as divisões. No período canalicular (17 a 24 semanas) surgem os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alveólos propriamente ditos (células alveolares tipo I e tipo II). Ao final desse período cessa o crescimento cartilaginoso. No período do saco terminal (25 semanas) crescem exponencialmente os alvéolos e células alveolares do tipo II, essas últimas responsáveis pela produção do surfactante. No período alveolar (4 últimas semanas) existe um crescimento exponencial alveolar preparando o pulmão para a respiração pós-natal. Endoderma do sulco laringotraqueal  origina epitélio, glândulas da laringe, traquéia, brônquios, e ao epitélio pulmonar. 1. Endoderma do sulco laringotraqueal  origina epitélio, glândulas da laringe, traquéia, brônquios, e ao epitélio pulmonar. 2. Mesoderma Esplâncnico  origina tecido conjuntivo, cartilagem e musculatura lisa do pulmão e traquéia. 3. O divertículo separa-se do intestino formando as cristas esofagotraqueais. Traquéia, Brônquios e Pulmões. 1. Durante a separação do intestino anterior, o broto do pulmão forma a traquéia e duas evaginações os brotos brônquicos. 2. No início da 5ª semana os brotos crescem formando os brônquios primários, que se subdividem em 3 ao lado direito e 2 ao esquerdo. Chamados de brônquios secundários.

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    O sistema respiratrio tem origem endodrmica. Com o desenvolvimento doembrio o sulco faringotraqueal, progressivamente vai separando-se do intestinoprimitivo, formando o septo traqueoesofagiano, isto , a primeira estrutura aseparar o esfago do primrdio respiratrio. A dicotomia inicial, de uma srie deoutras, formar, em torno da quarta semana do perodo embrionrio, os 2 brotospulmonares. Esses dois brotos constituiro os brnquios principais. O mesodermaesplncnico que envolve a dicotomizao brnquica dos brotos pulmonares darorigem s estruturas cartilaginosas, musculares, vasculares e da pleura visceral.

    Da quarta a sexta semana sero formados os brnquios lobares seguidos dossegmentares, por sucessivas dicotomizaes. Ao final da stima semana o pulmoter a mesma segmentao encontrada no adulto.

    No perodo pseudoglandular (8 a 16 semanas) ocorrem as sucessivas divises paraformao dos bronquolos terminais que exibem epitlio cubide ou colunar comaspecto histolgico que lembra o tecido glandular, da a denominaopseudoglandular. Tambm ocorre nesse perodo a migrao das estruturasvasculares do arco artico paralelo aos brnquios. No sentido anelar cresce acartilagem e a musculatura lisa brnquica. No final desse perodo as dicotomiasbrnquicas e vasculares pulmonares cessam as divises.

    No perodo canalicular (17 a 24 semanas) surgem os bronquolos respiratrios,ductos alveolares e alvelos propriamente ditos (clulas alveolares tipo I e tipo II).Ao final desse perodo cessa o crescimento cartilaginoso.

    No perodo do saco terminal (25 semanas) crescem exponencialmente os alvolose clulas alveolares do tipo II, essas ltimas responsveis pela produo dosurfactante. No perodo alveolar (4 ltimas semanas) existe um crescimentoexponencial alveolar preparando o pulmo para a respirao ps-natal.

    Endoderma do sulco laringotraqueal origina epitlio, glndulas da laringe,traquia, brnquios, e ao epitlio pulmonar.

    1. Endoderma do sulco laringotraqueal origina epitlio, glndulas da laringe,traquia, brnquios, e ao epitlio pulmonar.

    2. Mesoderma Esplncnico origina tecido conjuntivo, cartilagem emusculatura lisa do pulmo e traquia.

    3. O divertculo separa-se do intestino formando as cristas esofagotraqueais.

    Traquia, Brnquios e Pulmes.

    1. Durante a separao do intestino anterior, o broto do pulmo forma atraquia e duas evaginaesos brotos brnquicos.

    2. No incio da 5 semana os brotos crescem formando os brnquiosprimrios, que se subdividem em 3 ao lado direito e 2 ao esquerdo. Chamados debrnquios secundrios.

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    Os brotos dos pulmes crescem em direo caudal e lateral e penetram nacavidade celmica espao estreito conhecido como canal pericardioperitonial.

    1. Os brotos dos pulmes crescem em direo caudal e lateral e penetram nacavidade celmica espao estreito conhecido como canal pericardioperitonial.

    2. Esses canais acabam sendo separados das cavidades pericrdica eperitoneal pelas pregas pleuroperitoneal e pleuro cardaca, enquando os espaosrestantes constituem as cavidades pleurais primitivas.

    3. Parte interna do pulmo pleura pariental

    4. Parte externa do pulmo pleura visceral

    5. Espao entre as pleuras cavidade pleural.

    Os brnquios secundrios dividem-se vrias vezes formando 10 brnquiostercirios(segmentares) no direito e 8 no esquerdo.

    1. Os brnquios secundrios dividem-se vrias vezes formando 10 brnquiostercirios(segmentares) no direito e 8 no esquerdo.

    2. No fim do 6 ms, formam aproximadamente 17 geraes de subdivises.(mas s terminam de se desenvolver com a vida ps-natal)

    Maturao pulmonar

    1. A respirao torna-se possvel quando algumas clulas cubides dosbronquolos transformam-se em clulas delgadas.

    2. Quando essas clulas passam a ter contato com capilares venosos passam ase chamar sacos terminais ou alvolos primitivos.

    3. A criana prematura capaz de sobreviver sozinha a partir do stimo ms.

    As clulas delgadas ( clulas epiteliais alveolares do tipo I), tornam-se mais

    achatadas clulas epiteliais alveolares do tipo II), e passam a produzir o lquidosurfactante.

    1. As clulas delgadas ( clulas epiteliais alveolares do tipo I), tornam-se maisachatadas clulas epiteliais alveolares do tipo II), e passam a produzir o lquidosurfactante.

    2. O lquido surfactante um fluido rico em fosfolipdios capaz de reduzir atenso superficial no interior dos alvolos.

    Antes do nascimento os pulmes esto cheios de uma mistura de lquidosurfactante, muco, protenas e cloreto.Ao nascer,uma parte do lquido absorvidopelas clulas dos alvolos e passa para o sangue, e outra parte expelida durante onascimento, restando apenas o lquido surfactante no pulmo.

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    1. Antes do nascimento os pulmes esto cheios de uma mistura de lquidosurfactante, muco, protenas e cloreto.Ao nascer,uma parte do lquido absorvidopelas clulas dos alvolos e passa para o sangue, e outra parte expelida durante onascimento, restando apenas o lquido surfactante no pulmo.

    Os movimentos respiratrios comeam antes do nascimento, e servem parafortalecer os msculos envolvidos na respirao.

    CIRCULAO FETAL

    Durante a vida fetal a circulao realizada via Placentria sendo essencial para aoxigenao, a nutrio fetal e a excreo, sendo apenas um pequeno volume desangue dirigido aos vasos pulmonares, pois os pulmes ainda no funcionam.

    Durante a gestao o sangue oxigenado da placenta volta ao feto atravs da veia

    umbilical esquerda. Ao atingir o fgado, a maior parte desse sangue drenada pormeio do ducto venoso veia cava inferior, indo, assim, rapidamente atingir o triodireito. Durante contraes uterinas, esse ducto se fecha e o sangue obrigado apassar pelos sinusides hepticos, dispersando mais o seu fluxo, de maneira aevitar uma sobrecarga repentina ao corao.

    O sangue que penetra no trio direito pela veia cava inferior no to bemoxigenado como o sangue da veia umbilical, pois a veia cava inferior recebetambm o sangue no-oxigenado proveniente dos mmiis, do abdome e da pelve.Notrio direito chega o sangue trazido pela veia cava inferior, pela veia cava superiore a coronria. O sangue que passa do trio direito para o ventrculo direito sai docorao via tronco pulmonar. Como os pulmes ainda se encontram colapsados e aluz das arterolas so muito pequenas e suas paredes muito espessas, o volume dosangue que este rgo pode conter muito pequeno. Portanto os pulmes fetaisretiram oxignio do sangue em vez de prov-lo. Por isso a resistncia vascularpulmonar alta, e o fluxo sangneo pulmonar baixo.

    No trio esquerdo o sangue vindo do trio direito misturado relativamente comuma pequena quantidade de sangue no-oxigenado, advindo dos pulmes pelas

    veias pulmonares. Essa mistura sangnea sai do trio esquerdo e atinge oventrculo esquerdo, de onde parte pela aorta ascendente. O encfalo e amusculatura cardaca so supridos de sangue com teor de oxignio mais alto. Destesangue que passa pela aorta ascendente, cerca de 40 a 50% passa para as artriasumbilicais e retorna placenta para novas trocas e o restante distribudo svsceras e parte inferior do corpo do feto.

    CIRCULAO NEONATAL

    Imediatamente aps o nascimento, varias modificaes sbitas acontecem nosistema cardiovascular do recm-nascido pelo fato de cessar a circulaoplacentria e de os pulmes comearem a funcionar. Portanto o fludo amnitico

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    da rvore brnquica substitudo por ar, e os pulmes tornam-se cheios de ar eexpandem-se, com conseqente aumento do volume de seu leito vascular.

    As principais modificaes que ocorrem por ocasio do nascimento so descritasassim:

    Interrupo da circulao placentria: aps o nascimento a musculatura lisa dasartrias umbilicais se contrai e em apenas alguns minutos ocorre um fechamentofisiolgico, impedindo o fluxo sangneo do feto em direo a placenta e ofechamento anatmico definitivo pode demorar ainda de 2 a 3 meses. As poresdistais dessas artrias formam os ligamentos vesicoumbilicais laterais, enquantosuas pores proximais obliteram-se, formando as artrias vesicais superiores. J ofechamento fisiolgico da veia umbilical e do ducto venoso demora um pouco mais,o que permite que um certo volume de sangue seja utilizado pelo RN em umespao de tempo em que ainda fica placenta pelo cordo umbilical.

    Fechamento do ductus arteriosus: ocorre o fechamento fisiolgico por contraomuscular imediatamente aps o nascimento. O fechamento definitivo anatmicoleva de 1 a 3 meses resultando no ligamento arteriosum do adulto.

    Fechamento do formem oval: este fechamento fisiolgico causado pelacombinao do aumento de presso do trio esquerdo e diminuio no triodireito. A partir da primeira respirao. O septum primum empurrado contraseptum secundum, e isto leva sua fuso definitiva no perodo de mais ou menos

    um ano. Em cerca de 20 a 25% das pessoas este fechamento anatmico no chega aser perfeito, porm, isso no traz sinais sintomticos.

    Pelo o que at agora foi descrito entende-se as profundas modificaes fisiolgicascardiovasculares que ocorrem subitamente aps o parto: a obliterao dacirculao placentria provoca uma queda imediata da presso sangnea da veiacava inferior no trio direito. Com o inicio da respirao pulmonar e o aumento deseu leito vascular, conseqentemente h uma expanso dos pulmes, decaindo aresistncia anteriormente oferecida pelas arterolas pulmonares. E a partir destesfatos resulta uma diminuio de presso nas artrias pulmonares e tambm no

    trio e ventrculo direito. O sangue das artrias pulmonares direcionado aospulmes e no mais ao ducto arterioso, que agora se encontra obliterado. O trioesquerdo recebe o retorno do sangue proveniente dos pulmes, pelas veiaspulmonares, aumentando a presso nessa cavidade.Simultaneamente aopinamento do cordo umbilical desaparece uma vasta rede vascular para ondeflua parte do sangue contido na aorta. Aumentando a presso nesse vaso tambm,como aumenta no trio e ventrculos esquerdos. E o aumento da presso do trioesquerdo faz com que o septum primum seja empurrado contra o septumsecundum, resultando assim no fechamento entre os trios.

    A maior parte do sangue oxigenado que chega ao corao pela veiaumbilical e pela veia cava inferior desviada atravs do forame oval ebombeada da aorta para a cabea, ao passo que a maior parte do sangue

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    desoxigenado que retorna pela veia cava superior bombeada, atravs daartria pulmonar e do ducto arterial, para os ps e para as artriasumbilicais

    Sistema respiratrio

    O que leva respirao ao nascimento:

    Estado levemente asfixiado decorrente do processo de nascimento Impulsos sensoriais que se originam da pele subitamente resfriada

    Expanso dos pulmes aps o nascimento

    Quando o beb nasce, as paredes dos alvolos esto colapsadas devido tensosuperficial do lquido viscoso dentro deles. necessrio o mnimo de 25mmHg depresso inspiratria para descolabar os alvolos. Felizmente, as primeirasinspiraes de um recm nascido normal so capazes de criar uma pressoinspiratria negativa de 60mmHg. Para desinflar os pulmes, preciso que hajauma presso positiva considervel, cerca de +40 cmH2O por causa da consistnciaviscosa oferecida pelo lquido dos bronquolos.A segunda respirao menos intensa e os movimentos se tornam normais aps40 minutos do nascimento.Para a adaptao respiratria ser bem sucedida necessrio:a) Diminuio da resistncia vascular pulmonarb) Diminuio do shunt direito-esquerdo atravs do ducto arteriosoc) Aumento do retorno venoso pulmonar para o trio esquerdo

    d) Elevao da P.A sistmicae) Cessao do shunt direito-esquerdo atravs do forame oval.f) Produo adequada de surfactante pelos pneumcitos II. A deficincia podecausar a sndrome da angustia respiratria.A frequncia respiratria normal do recm-nascido fica em torno de 40respiraes por minuto, e o volume de ar corrente em cada respirao , em mdia,de 16 ml. Isso d um volume respiratrio minuto de 640ml que cerca de duasvezes maior em relao a peso corporal de um adulto.

    Adaptaes circulatrias

    Mudanas primrias nas resistncias vascular sistmica e pulmonar aonascimento

    A dissociao do vnculo com a placenta leva a uma enorme perda de fluxosanguneo pelo feto o que acarreta em um aumento na resistncia perifrica totalcom consequente aumento da presso no V.E e no A.E bem como a presso artica.A resistncia vascular pulmonar, por sua vez, diminui muito em decorrncia daexpanso dos pulmes que ir descomprimir os vasos que se encontravamcolabados no perodo fetal. Somando-se a este fato cabe relatar o efeito constritordos vasos pulmonares causado pela hipxia presente no perodo fetal. Essas

    mudanas reduzem a resistncia ao fluxo de sangue atravs dos pulmes em atcinco vezes, o que diminui a presso arterial pulmonar, a presso do V.D e do A.D

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    Para conduzir a demonstrao das adaptaes circulatrias ser utilizado acirculao fetal existente antes do nascimento:

    1) Fechamento do ducto arterioso: a resistncia sistmica elevada aumenta apresso artica enquanto que a menor resistncia pulmonar diminui a pressoarterial pulmonar. Consequentemente o sangue passa a fluir de volta da aorta para

    a artria pulmonar atravs do ducto arterioso. A maior oxigenao do ductoarterioso proporcionada por este fluxo retrgado leva contrao deste ductodenominada fechamento funcional. Posteriormente tecido fibroso fecharanatomicamente este vaso.

    2) Fechamento do forame oval: a baixa presso atrial direita e a alta pressoatrial esquerda leva ao fechamento do forame oval.

    3) Fechamento do ducto venoso: na vida fetal o sangue proveniente das veiasumbilicais e do sangue portal se juntam para desembocar na VCI atravs do ductovenoso. Com o nascimento o ducto venoso se fecha elevando a presso do sangueportal e forando a passagem do sangue pelos sinusoides hepticos.

    Fechamento dos Shunts: Forame oval: Permanece prvio, sem fluxo por semanasou meses. Ducto Arterioso: fechamento funcional nas primeiras 72hs de vida efechamento permanente ou anatmico demora dias a semanas realizado pordestruio endotelial. Pode reabrir em pr- termos pequenos causandodescontrole fisiolgico. Ducto Venoso: fechamento no final da primeira semana devida.

    Frequncia Cardaca: ocorre o aumento de cerca de 50bpm. 120 a 180 bpm 120 a

    130 bpm Volemia: 80 a 85 mL/kg do peso do RN a termo devido o clampeamentodo cordo podemos ter reduo desse valor, alem disso, pode ocorrer anemiafisiolgica.

    Aumento do fluxo sanguneo arterial e reduo da resistncia vascular pulmonarnas 24hs. Trs fatores contribuem para o aumento do fluxo sanguneo pulmonar:Ventilao dos pulmes; Aumento da oxigenao; Surfactante (lquido que atua nosalvolos de forma a permitir a respirao em todos os seres vivos que respirampelos pulmes. Quando no h a presena do surfactante os alvolos diminuem detamanho, ao ponto de causar a impossibilidade de respirar).