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    Universidade Metodista de So Paulo

    UNIVERSIDUNIVERSIDUNIVERSIDUNIVERSIDUNIVERSID ADE METODIST ADE METODIST ADE METODIST ADE METODIST ADE METODIST A DE SO P A DE SO P A DE SO P A DE SO P A DE SO PAAAAAUL OUL OUL OUL OUL O

    Rua do Sacramento, 230 - Rudge Ramos09640-000 So Bernardo do Campo - SP

    Tel.: (11) 4366-5570 - www.metodista.br/ead

    Conselho Diretor: Luis Antonio Aparcio Calla (presidente), Joel Lemes da Silveira(vice-presidente), Rosilena Gomes da Silva Rodrigues (secretria), Andr FernandesRibeiro Maia, Graciela Duarte Rito Rodrigues Ao, Nelson Custdio Fer.

    Reitor: Marcio de Moraes

    Vice-Reitor: Clovis Pinto de Castro

    Pr-Reitoria de Graduao: Vera Lcia Gouva Stivaletti

    Pr-Reitoria de Ps-Graduao e Pesquisa: Lauri Emlio Wirth

    Pr-Reitoria de Extenso e Assuntos Comunitrios: Paulo Bessa da Silva

    Pr-Reitoria de Educao a Distncia: Luciano Sathler R. Guimares

    Pr-Reitoria de Infra-Estrutura e Gesto de Pessoas: Elaine Lima de Oliveira

    e

    xpediente

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (Biblioteca Central da Universidade Metodista de So Paulo)

    CoordenadoresAdriana Barroso de AzevedoLuciano Sathler

    AutoresAdriana Barroso de AzevedoAlessandra M. T. DomeniquelliLuciano Venelli CostaLuciano SathlerMarcos Munhoz da Costa

    Assistente de editoraoCaroline de Oliveira Vasconcellos

    Editorao EletrnicaHeron Cardozo Lopes

    RevisoMariane dos Santos

    CapaHeron Cardozo Lopes

    Data desta edio

    Fevereiro/2008

    Universidade Metodista de So Paulo

    Orientao Didtico-Pedaggica em cursos a distncia /

    Universidade Metodista de So Paulo. So Bernardo do Campo :Ed. Metodista , 2008.

    60 p. (E-book - Campus EAD)

    Bibliografia

    ISBN: 978-85-7814-025-0

    1. Educao a distncia 2. Aprendizagem - Educao

    3. Metodologia- aprendizagem

    CDD 378.1758

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    Introduo

    i

    ntrodu

    o

    A proposta do e-bookque voc acessa de detalhar e refletirsobre opapel do professor tutor na Educao a Distncia EAD. Para que haja um adequado envolvimento e desenvolvimento do aluno da graduao nos cursos damodalidade a Distncia, necessria uma clara definio

    dos papis daqueles que esto envolvidos no processo deensino e aprendizagem.

    O texto A Tutoria em Cursos Superiores a Distncia

    do Pr-Reitor de Educao a Distncia na Universidade Metodista de So Paulo Luciano Sathler explana sobre aimportncia do elo entre o corpo discente e docente, anecessidade da interao e boa utilizao das tecnologias.

    O tutor deve compreender sua funo como mediador no processo de ensino e aprendizagem e necessita decriatividade na utilizao das ferramentas disponveis do

    Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA explicado pelo

    artigo O tutor e as ferramentas e metodologias deinterao no ambiente virtual de aprendizagem na web,de Luciano Venelli Costa.

    O artigo Orientao Acadmica na Educao a Distncia,da Assessora PedaggicaAdriana Barroso de Azevedo, tratado professor-tutor como um sujeito que ajuda, orienta,interfere no aprendizado dos seus alunos, sendo a sua ao

    determinante. A orientao acadmica deve permitir aoeducando entrar em confronto com problemas prticos denatureza social e viabilizar a aplicao daquilo que

    aprendeu para outras circunstncias de vida.

    O artigo A Organizao do Trabalho do Tutor, deAlessandra M. T. Domeniquelli, aborda o conjunto daestrutura fsica e pedaggica da Educao a Distncia,trata tambm da organizao do trabalho do tutor e asnovas relaes que se estabelecem no processo ensino-

    aprendizagem.

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    Existem diversos modelos propostas para o exerccio da EAD. O papel do tutor vem sendodefinido desde a insero do modelo de Educao a Distncia adotado pela UniversidadeMetodista, conforme o texto Tutoria: Dirigindo e Orientado situaes de aprendizagem,

    de Marcos Munhoz da Costa. A tutoria est diretamente ligada ao alunado e asinformaes que so frutos desse relacionamento so muito importantes para o

    desenvolvimento das atividades didticas.

    O perfil do professor tutor combina a formao acadmica bsica para a orientao, acapacidade de organizao do tempo e trabalho alm da formao e atualizaocontnua na busca de seu aperfeioamento profissional.

    Utilize os textos vontade e os distribua. O objetivo colaborar com os avanos doconhecimento nesse novo campo de atuao educacional.

    Boa leitura!

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    A tutoria em cursos superiores a distnciaLuciano Sathler

    Orientao acadmica na educao a distnciaAdriana Barroso de Azevedo

    O professor-tutor e as ferramentas e metodologias deinterao no ambiente virtual de aprendizagem e na web

    Luciano Venelli Costa

    Tutoria: dirigindo e orientando situaesde aprendizagemMarcos Munhoz da Costa

    A organizao do trabalho do professor-tutorAlessandra M. T. Domeniquelli

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    A tutoria em cursossuperiores a distncia

    Luciano Sathler

    Pr-Reitor de Educao a Distncia na Universidade Metodista de So Paulo.

    SATHLER, L. A tutoria em cursos superiores a distnciaA tutoria em cursos superiores a distnciaA tutoria em cursos superiores a distnciaA tutoria em cursos superiores a distncia A tutoria em cursos superiores a distncia. In SATHLER, L.; AZEVEDO, A. B. Orientao didtico-Orientao didtico-Orientao didtico-Orientao didtico-Orientao didtico-pedaggica em cursos a distnciapedaggica em cursos a distnciapedaggica em cursos a distnciapedaggica em cursos a distnciapedaggica em cursos a distncia. So Bernardo do Campo, SP: Umesp, 2008. - ISBN: 978-85-7814-025-0

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    Um dos maiores desafios da Educao a Distncia (EAD) a necessidade deestabelecer vnculos entre todos os participantes do processo educacional,especialmente professores-temticos1, professores-tutores, coordenadores de curso,alunos e monitores localizados nos plos de apoio presencial. A comunicao deveser dinamizada para evitar o sentimento de abandono por parte de educandos. A

    constante interao que d coerncia ao trabalho das equipes docentes, colaborandotambm com quem presta servios de suporte didtico-pedaggico ou tcnico.

    A tutoria tem papel fundamental no acompanhamento dos alunos, como elode conexo entre os discentes com a equipe docente, formada tambm porprofessores-temticos e coordenadores. Os tutores incentivam tambmrelacionamentos entre os prprios discentes, seja em grupos organizados pararealizao de tarefas ou nas trocas individuais de informaes.

    O planejamento do semestre letivo deve ser realizado de forma coletiva,

    envolvendo toda a equipe docente, tendo os tutores como parte essencial do debatepara evitar, inclusive, que exista uma sobrecarga de demandas sobre os alunos,problema que acaba se refletindo no acmulo de trabalhos cujas avaliaes ou onvel de acuidade nas respostas sejam prejudicados.

    Dentre as principais funes da tutoria esto (MUIRHEAD, 2002)2:

    Manter contato no superficial e regular com alunos (no mnimo semanal), capazde estabelecer relacionamentos produtivos entre os discentes e destes com aequipe docente;

    Exercer como princpio de atuao o respeito para com a realidade dos alunos ea conscincia de que se tratam de seres humanos com necessidades, anseios edesafios prprios;

    Colaborar sem paternalismo para que os educandos tenham condies deencontrar solues para suas dificuldades, ser problematizador sem se tornarevasivo ou incoerente;

    Assumir que no tem todas as respostas e se dispor a pesquisar em busca daquiloque no sabe;

    Ser claro a respeito de suas expectativas e seus limites, divulgar e cumprir asregras do relacionamento e da comunicao;

    Respeitar a confidencialidade e no expor fraquezas ou erros que possamdesmotivar discentes;

    Valorizar os melhores e mais esforados para criar uma cultura de auto-aperfeioamento entre estudantes;

    Aprender com seus colegas, alunos e outros participantes dos processoseducacionais, e compartilhar coletivamente suas melhores experincias.

    1 Professores-temticos so aqueles responsveis pela seleo e preparao do contedo,ministrao de teleaulas, articulao de professores-tutores e avaliao dos discentes.

    2 Traduo e adaptao realizadas pelo autor.

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    difcil apresentar listas de funes e papis esperados para qualquer funosem cair em esteretipos que acabem por levar os leitores a perguntar se a descriono se refere a um super-heri. Fica cada vez mais claro que as reas tcnico-administrativas devem prover as condies para que as equipes docentes consigamrealizar seu trabalho de forma competente.

    As tenses que se colocam entre odever-ser e a realidade fazem parte dadinmica que se estabelece nas instituies de ensino. No trivial equacionar oideal sonhado - poucos alunos acompanhados por docentes com elevada cargahorria, contando com mobilirio, softwares e equipamentos adequados com aslimitaes de financiamento e sustentabilidade que uma sociedade desigual como abrasileira ainda carrega no seu bojo.

    ODireito Educao no foi incorporado nas decises dos polticos e gestorespblicos. Apesar da manuteno de pesada carga tributria nacional, a administrao

    dos abundantes recursos em mos dos governos em todos os nveis no levou aindaa eficincia necessria aos aparatos educacionais estatais, nem deu conta de apoiaras organizaes comunitrias ou privadas com vistas universalizao de acesso aoscidados.

    Todos que se dedicam Educao tm que conviver nesse quadro de tenses,sonhos e, porque no dizer, pragmatismos necessrios sanidade. Portanto, espera-se que os leitores no entendam as funes aqui apresentadas como nada mais doque so, ou seja, indicativos que orientam prticas essenciais, mas no exclusivas,para que cursos a distncia tenham boa qualidade.

    Dentre as perguntas que o tutor deve ter em mente para realizar bem seutrabalho esto:

    ----- Como valorizar adequadamente as discusses e participaes propostas paraque se fortalea o ambiente adequado aprendizagem?

    ----- As discusses e tarefas propostas colaboram com o atingimento dos objetivosde aprendizagem propostos? So suficientes para tanto ou devem ser

    complementadas?----- Quanto tempo em mdia necessrio para que os alunos cumpram com asatividades propostas?

    ----- Como criar meios sistemticos para evitar o plgio e garantir a reflexo necessriapor parte dos discentes?

    ???

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    A aprendizagem por parte de adultos ou jovens adultos depende de avaliaesque levem a construir o conhecimento a partir dos pontos fortes e fracos, sendo queambos os aspectos merecem ser destacados de maneira positiva. O aluno que percebeum olhar acurado sobre a qualidade do seu trabalho por parte dos tutores tem apossibilidade de saber exatamente em que precisa se aperfeioar. Alm disso, as

    sugestes sobre como melhorar o desempenho acadmico devem ser especficas etratar dos assuntos com profundidade, apontando caminhos onde buscar maisinformaes confiveis e teis para avanar.

    O profissional que exerce a tutoria, assim como o restante da equipe docente,tem que estar disposto a ser um eterno aprendiz e pesquisador. As estratgias deensino envolvem garimpar informaes de uma variedade de fontes para cultivarum ambiente rico, coerente e compreensvel para a construo do conhecimento. Aaparente frieza das prteses tecnolgicas deve dar lugar criatividade para permitirnovas possibilidades de abordar e apresentar os contedos.

    A autonomia dos educandos parte dosfundamentos que movem esse fazerpedaggico. Portanto, o foco principal colaborar para que os alunos se tornem maisativos na elaborao de seus prprios planos deestudo e atividades. Os nveis de independnciaencontrados entre os diversos estudantes so variados e devem ser identificados para que se

    estabeleam abordagens diferenciadas, capazesde articular os hbitos, habilidades e dedicaopara que todos possam perceber a prpriaevoluo.

    Os alunos tm diferentes necessidades,expectativas e experincias educacionais.Quanto mais for possvel estabelecer vnculosentre suas vidas profissionais, familiares e deoutros mbitos com os objetivos deaprendizagem propostos, mais se identificarocom o curso. Os contatos iniciais pedem tcnicaspara conhecer essas variveis e criarcomunidades de aprendizagem com talentoscomplementares. O humor certamente umacaracterstica que parte dessas relaes a seestabelecerem, sendo bem-vindo eadministrado para manter saudveis as relaes.

    Um problema srio em cursosa distncia quando alunosse sentem apenasparcialmente respondidos ouno-respondidos. preciso

    ateno para evitar oretrabalho e a insatisfao

    que pode prejudicar asrelaes no mbito da turma.

    Banco de imagens.

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    Um problema srio em cursos a distncia quando alunos se sentem apenasparcialmente respondidos ou no-respondidos. preciso ateno para evitar oretrabalho e a insatisfao que pode prejudicar as relaes no mbito da turma. importante a auto-avaliao dos tutores sobre como so as comunicaes que emitem.As categorias de mensagens mais comuns de serem usadas por esses docentes so

    (MUIRHEAD e BETZ, 2002):

    Mensagens relacionadas ao contedo. Orientaes quanto a leituras,esclarecimentos sobre pontos principais, discusses sobre questesapresentadas, snteses de debates etc;

    Mensagens relacionadas aos processos. Descri es sobre a ordem das atividades,pedidos de envio de tarefas realizadas, orientaes quando alunos se mostramconfusos a respeito dos prximos passos, indicaes sobre como a turma devese organizar etc;

    Dicas tcnicas. Orientaes sobre o uso de softwares, hardwares, como enviararquivos anexos, formatao de textos ou imagens, acesso a sites etc;

    Orientaes sobre o comportamento esperado. Informar sobre cdigos deconduta, diretrizes anti-plgio, netiqueta3, palavreado indevido etc;

    Respostas. Atender dvidas, questionamentos, sugestes e observaes dadaspor alunos sobre atividades ou materiais didticos disponibilizados.

    No deve haver predominncia de apenas um tipo de mensagem sobre as demais,sendo comum que as comunicaes relacionadas aos processos e contedos acabempor serem em maior nmero sobre as demais categorias durante o andamento docurso.

    Uma srie de indicadores de desempenho pode ser estabelecida paradefinir o que torna o trabalho de tutoria de boa qualidade, tais como(MUIRHEAD, 2005, p. 108):

    Interao regular com os alunos sob sua responsabilidade;

    Fornecimento de orientaes detalhadas e aperfeioadas periodicamente a partirdas sugestes dos discentes;

    Mensagens escritas com clareza, que remetam s questes enfocadas,gramaticalmente corretas, objetivas, mas no monossilbicas;

    Uso de exemplos pessoais para estimular a discusso, sem tornar o ambiente virtual de aprendizagem num consultrio de terapia, mas capaz de humanizaras relaes;

    3 Regras de boa educao nas relaes mediadas por meio da internet ou e-mails.

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    Ser amigvel, educado, profissional e atencioso nas interaes;

    Dialogar com uma variedade de alunos e no se concentrar em apenas um grupoou indivduo;

    Responder consistentemente s perguntas e questes dos discentes dentro doprazo estabelecido, preferencialmente em menos de 24 horas-teis4;

    Demonstrar animao e entusiasmo com o processo de aprendizagem;

    Monitorar os grupos de estudo e encorajar a colaborao;

    Elaborar novidades a partir da participao dos estudantes e acrescentar outrosestmulos discusso sempre que possvel;

    Manter a turma focada nos objetivos de aprendizagem propostos, sem abrir moda empatia;

    Acompanhar indivduos para que no se ausentem do espao virtual por mais deuma semana;

    Emitir comentrios especficos, detalhados e construtivos a respeito de atividadesentregues por alunos, que oriente quanto a possveis melhoras tanto no presentequanto em futuros trabalhos.

    So dicas prticas que podem ajudar no aperfeioamento contnuo da equipedocente, especialmente quem exerce a tutoria. crescente a percepo de que um

    trabalho bem realizado por parte do professores-tutores acaba por constranger outrosprofissionais do ensino para mudarem sua prpria atuao. Quanto mais espao houverpara uma gesto participativa e democrtica - antes, durante e depois do curso -maior a possibilidade de sucesso da oferta.

    4 Entende-se como horas-teis as compreendidas entre as 08h e 22h de segundas a sextas-feiras,bem como das 08h s 13h dos sbados.

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    Referncias bibliogrficas

    MUIRHEAD, B. Training new online teachers.In: USDLUSDLUSDLUSDLUSDLA JourA JourA JourA JourA Journal,nal,nal,nal,nal, v. 16, n. 10, 2002. Disponvel em acesso em 30/01/08.

    MUIRHEAD, B.; BETZ, M.Faculty training at an online university. In: USDLUSDLUSDLUSDLUSDLA JourA JourA JourA JourA Journal,nal,nal,nal,nal, v. 16, n. 1,2002. Disponvel em acesso em30/01/08.

    MUIRHEAD, B. A distance education reader: insights for teachers and students. InternationalInternationalInternationalInternationalInternational

    JourJourJourJourJournal of Instrnal of Instrnal of Instrnal of Instrnal of Instructional Tuctional Tuctional Tuctional Tuctional Technology and Distance Lechnology and Distance Lechnology and Distance Lechnology and Distance Lechnology and Distance Learearearearearning,ning,ning,ning,ning, 2005. Disponvel em acesso em 30/01/08.

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    Orientaoacadmica na

    educao a distnciaAdriana Barroso de A zevedo

    Assessora Pedaggica da Pr-Reitoria de Educao a Distncia daUniversidade Metodista de So Paulo.

    AZEVEDO, A. B. Orientao acadmica na educao a distnciaOrientao acadmica na educao a distnciaOrientao acadmica na educao a distnciaOrientao acadmica na educao a distnciaOrientao acadmica na educao a distncia. In SATHLER, L.; AZEVEDO, A. B. OrientaoOrientaoOrientaoOrientaoOrientaodidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distncia. So Bernardo do Campo, SP: Umesp, 2008. - ISBN: 978-85-7814-025-0

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    Ningum sabe tudo, assim como ningum ignora tudo.O saber comea com a conscincia do saber pouco(enquanto algum atua). sabendo que sabe poucoque uma pessoa se prepara para saber mais. [...] O

    homem, como um ser histrico, inserido numpermanente movimento de procura, faz e refazconstantemente o seu saber. E por isso, que todosaber novo se gera num saber que passou a ser velho, oqual, anteriormente, gerando-se num outro saber quetambm se tornara velho, se havia instalado como sabernovo. H, portanto, uma sucesso constante do saber,de tal forma que todo novo saber, ao instalar-se, apontapara o que vir substitu-lo (FREIRE, 1981, p.47).

    A reflexo colocada por Paulo Freire parece ser bastante atual quandodiscutimos um assunto to importante e relativamente novo no cenrio nacionalcomo a Educao a Distncia. H uma tendncia ou a defendermos idiasrevolucionrias que desprezam por completo o j existente e construdo, ourepetirmos as idias clssicas, j postuladas, que permanecem sem oferecer soluesaos problemas educacionais.

    A educao a distncia no apenas aprenderde longe; supe a permannciado indivduo em seu meio para convert-lo assim em um fator de educao(CIRIGLIANO,apud ARETIO, 2002, p. 78).

    Neste sentido, educar preparar para a liberdade, transformar o aluno emum ser livre por saber escolher e atuar socialmente. O bom orientador acadmico,aquele que acompanha a rotina diria dos alunos, convive com seus dilemas,dvidas e ansiedades, partilha de seus sucessos, deve estimular a diversidade,torcendo para que seus alunos tenham suas prprias idias e que tenham a coragemde defend-las e fundament-las.

    Se os alunos refugam diante da comida e se, uma vez engolida, a comidaprovoca vmitos e diarria, isso no quer dizer que os processos digestivosdos alunos estejam doentes. Quer dizer que o cozinheiro-professordesconhece os segredos do sabor. A educao uma arte. O educador umartista. Aconselho os professores a aprender seu ofcio com as cozinheiras(ALVES, 1999, p.33).

    O autor nos faz refletir que no suficiente ser um especialista em contedos,ser um excelente matemtico, qumico ou fsico para ser um bom educador-orientador acadmico, ou dominar a linguagem escrita e falada com grande

    habilidade. necessrio ajudar os alunos a construirem o seu prprioconhecimento em uma sociedade repleta de informaes e em constante mutao.

    imagem1

    Paulo Freire

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    Aprender a fazer orientao acadmica aprender aser educador-orientador acadmico encarando o ofcio cominteresse para transformar contedos, nem semprefacilmente digerveis, em apetitosos pratos, que encantemos olhos e encham de desejo o educando. No nos parece

    fcil fazer o que Rubem Alves nos provoca, mas podemosrefletir sobre o que ele nos prope entendendo a aulaenquanto o ambiente ou espao em que a aprendizagemacontece, um trabalho em equipe no qual professores,professore-tutores e alunos buscam juntos atingiremobjetivos em co-responsabilidade, com participao, respeitoe principalmente muito dilogo.

    a sala de aula deve sertransformada em um

    ambiente de interao,no qual os saberes

    inicialmenteapresentados por

    professor e na EAD portutores e alunos soenriquecidos pelos

    saberes construdosnessa interao

    (...)Banco de imagens.

    A relao entre o professor e aluno deixa de ser vertical e

    de imposio cultural e passa a ser de construo emconjunto de conhecimentos que se mostrem significativospara os participantes do processo, de habilidades humanase profissionais e de valores ticos, polticos, sociais etranscendentais (MASETTO, 2003, p.74).

    Na dimenso apresentada por Marcos Masetto, a salade aula deve ser transformada em um ambiente de interao,no qual os saberes inicialmente apresentados por professore na EAD por professores-tutores e alunos so enriquecidos

    pelos saberes construdos nessa interao, ou seja, a aulafunciona numa dupla direo: recebe a realidade, trabalha-acientificamente, e volta a ela de uma forma nova, enriquecidacom a cincia e com propostas novas de interveno(MASETTO, 2003, p.75).

    Esse processo interativo caracterizado pelo modelono qual (...) todos ensinam e todos aprendem; o aluno fundamentalmente agente de construo do seu saber e oprofessor o mediador, responsvel por facilitar atransformao das informaes em conhecimento (AZEVEDO& GONALVES, 2006).

    Nessa dimenso, temos na modalidade de educaoa distncia como educadores: o professor-tutor em seu papelde orientador acadmico, em parceria com o professor-temtico, planejador e construtor de contedos que tambmatua como orientador acadmico em diversas frentes, juntoao professor-tutor, junto ao grupo de professores que

    constroem juntos o contedo do curso e dependendo do

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    modelo pedaggico adotado, tambm atua junto aos alunos.

    Nesse processo de construo do conhecimento que envolve diferentes atores fundamental entender a aprendizagem como pessoal, potencializada pelo grupo, cominterferncia da ao dos orientadores acadmicos, visando objetivos bem marcados edefinidos.

    tambm necessrio entender que a avaliao desse processo deve ser imediata,na relao entre educador-orientador acadmico e educando. Isso equivale a dizer quea aprendizagem deve ser significativa e deve relacionar-se com o universo deconhecimentos do educando, permitindo que este formule problemas e questes apartir das interferncias e provocaes do educador-orientador acadmico.

    A orientao acadmica deve permitir ao educando entrar em confronto comproblemas prticos de natureza social e viabilizar a aplicao daquilo que aprendeu paraoutras circunstncias de vida. Em sntese, toda aprendizagem deve suscitar modificaes.

    Esse entendimento do papel do educador-orientador acadmico na EAD e dasmudanas exigidas pelo novo formato de ensino deve levar as Instituies a repensarema formao do seu quadro de docentes. O bom educador no ensino presencial ser umbom educador na EAD? Quais os quesitos que o educador deve apresentar para, noestando fisicamente junto do seu aluno, poder ser to eficaz quanto no ensino presencial?

    Nesse novo cenrio, o papel do orientador acadmico no ensinar, mas ajudar oaluno a aprender, no transmitir informaes, mas criar condies para que o alunoadquira informaes, no fazer brilhantes prelees, ou apenas escrever belos textos,

    mas organizar estratgias para que o aluno conhea e construa seu prprio conhecimento.No algum que sabe muito, mas algum que capaz de aprender e ensinar ao mesmotempo, e mais, algum que seja capaz de trabalhar em equipe, inclusive para pensar ocurso, discutir as aulas e elaborar materiais que sejam estimulantes para o aluno.

    Para cumprir com as necessidades citadas anteriormente, o orientador acadmicona educao a distncia deve se formar na especificidade de suas funes, diferentes dasfunes do docente tradicional. Estas so algumas das reas de formao que tal

    profissional dever investir:

    Fundamentos, estruturas e possibilidades de educao a distncia;

    Identificao do estudante adulto. Caractersticas biopsicosociolgicascondicionadoras da aprendizagem;

    Teorias de aprendizagem. Formas de aprender, estilos, ritmos, possibilidades emtodos, recursos, concepes;

    1111122222

    33333

    44444

    Conhecimento terico-prtico da comunicao. Utilizao dos diferentes recursos

    tecnolgicos que lhe facilitam o trabalho;

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    Dessa maneira, fcil verificar que nem sempre o bom professor doensino presencial ser o bom professor da EAD, , portanto, necessrio investirno corpo docente que se tem formado na Instituio, para capacit-lo adesenvolver suas atividades nesse novo formato. No apenas uma questode municiar o docente com tecnologias, mas, sobretudo, de aguar seupensamento para o desafio de uma proposta nova, a de atender a um alunoque necessita mais do que contedos, em uma velocidade maior e um espaono determinado.

    Para aqueles que j esto na prtica docente, faz-se necessrio reaprendera ser e aos novos que almejam abraar a profisso, a formao adequada torna-

    se fundamental, pois no suficiente ser um especialista em contedos,tampouco suficiente entender de tecnologia, necessrio ser educador-orientador acadmico e ajudar o aluno a ser cidado em uma sociedade dainformao e em constante transformao.

    O educador-orientador acadmico, nesse novo cenrio, especialmenteconstrudo para a EAD, com um novo perfil e envolto em novas exigncias dasua profisso, no contexto universitrio est inserido em uma instituio socialque deve ser referncia e motor de mudana e inovao na sociedade.

    Integrao de recursos didticos prprios da modalidade (impressos, udio, vdeoetc.) adaptando-os para a aprendizagem independente e/ou colaborativa dosestudantes;

    Contedos cientficos, tecnolgicos e prticos do curso ou matria em questo;

    Adaptao do curso s necessidades formativas do estudante. Organizao do planode trabalho;

    Tcnicas de tutoria presencial e a distncia, tcnicas de feedback;

    Tcnicas para fomentar nos alunos a criatividade, a autonomia, a auto-aprendizagem,o autocontrole, a automotivao, o autoconceito e a auto-reflexo sobre o prprio

    estilo de aprendizagem;

    55555

    6666677777

    88888

    99999

    1010101010Tcnicas de avaliao (auto-avaliao e avaliao heterognea). O qu, como, quandoavaliar? Estilos de correo e qualificao e modos de realizar comentrios nostrabalhos e provas (ARETIO, 2002, p. 148-149).

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    Existe uma lamentvel confuso entre o emprego das tecnologias da informaoe da comunicao, como um conjunto de ferramentas da educao a distncia,e a prtica da educao a distncia em si. O acesso informao no equivalenteao acesso ao conhecimento e s oportunidades de educao. Devemos abordaras novas formas de comunicao como oportunidades estimulantes para ouso da linguagem com a finalidade de pensar conjuntamente e como novosmeios de montagem de andaimes dos processos de construo doconhecimento dos estudantes no uso da linguagem como instrumento dopensamento (MERCER; ESTEPA, 2001, p.33).

    Hoje, exige-se, fundamentalmente uma mudana de postura tanto dos educadores,dos alunos, quanto das instituies de ensino que devero investir em pessoas e emtecnologia, enquanto o espao fsico vai se tornando cada vez mais reduzido.

    A organizao do planejamento de um curso para EAD envolve profissionais comdiferentes formaes, no sentido de atender a todas as necessidades do processo, desdepensar o contedo do curso, o perfil do profissional que se quer formar, a pesquisa demercado que justifica o oferecimento do curso, at a adequao de tecnologias paraelaborao de materiais e disponibilizao de contedos de maneira adequada. Portanto,observa-se a busca de uma fuso de saberes em uma direo nica - atender oestudante - , estar prximo dele, ainda que fisicamente em espaos diferentes.

    A mesma lgica de integrao permanece na organizao dos contedos do cursoe nas propostas de atividades entre as disciplinas, hoje podendo ser organizadas por

    mdulos, temas ou eixos temticos. Essa integrao nos currculos constitui-se, portanto,em uma tentativa de restabelecer o dilogo entre os diferentes saberes na rea deconhecimento.

    Esse processo interativo caracterizado pelo modelo no qual todos ensinam etodos aprendem; o aluno fundamentalmente agente de construo do seu saber e osorientadores acadmicos so os mediadores, responsveis por facilitar a transformaodas informaes em conhecimento.

    Na viso de Aretio (2002, p.163 165) no mbito dos estudantes, a diferena mais

    evidente est no contraste entre a homogeneidade de idade, qualificao e nvel noensino presencial e a heterogeneidade destes elementos no ensino a distncia. Bemcomo na diversidade cultural apresentada em funo da continentalidade da naobrasileira.

    Na educao a distncia h uma multiplicidade de agentes que intervm desde odesenho do curso at a avaliao de aprendizagem dos alunos. Diferentemente do queocorre com um professor de ensino convencional, que normalmente trabalha de formaindividual, na docncia a distncia so necessrias equipes de especialistas nos diferentescampos, como os planejadores, especialistas em contedos, tecnlogos da educao,especialistas na produo de materiais, responsveis por guiar a aprendizagem, tutorese avaliadores (ARETIO, 2002, p.116).

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    A aprendizagem do futuro partir, em grande medida, da experincia conjunta dotrabalho cooperativo, da colaborao em pequenos grupos de trabalho, sem consideraros coordenados espaos-temporais (KHAN apud ARETIO, 2002, p. 105).

    O orientador acadmico, enquanto mediador e organizador do processo de ensino-aprendizagem, constantemente desafiado a assimilar tais inovaes. Porm, apenas a

    introduo das tecnologias da informao e da comunicao no garantiram e nemgarantiro um ensino melhor, se a instituio de ensino no possuir um projeto intencionale deliberado de mudana, que incorpore aes estratgicas de planejamento tantoadministrativo quando das prticas pedaggicas.

    Certamente, h mudanas nos modos de produzir e construir o conhecimento apartir da introduo das tecnologias na educao e principalmente, na educao adistncia. H novas formas de acesso a informao, de comunicao e h a transformaoda mesma em conhecimento, porm o papel do educador-orientador acadmico

    intervindo nesse cenrio fundamental, situando o estudante no centro e em um processocada vez maior de autonomia na aprendizagem. Desta forma, o educador-orientadoracadmico envolvido em tais propostas torna-se gestor da aprendizagem dos alunos eaos alunos cabe o papel de autogesto.

    Dever, portanto, existir nas instituies de ensino e principalmente no educador-orientador acadmico o desejo de inovao, sem o qual, nenhum projeto que envolvatecnologias e mais especificamente a educao a distncia, obter sucesso.

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    imagem1

    Disponvel em: . Acesso em: 27 fev 2008.

    Referncias Bibliogrficas:

    ALVES, Rubem. Entre a cincia e a sapinciaEntre a cincia e a sapinciaEntre a cincia e a sapinciaEntre a cincia e a sapinciaEntre a cincia e a sapincia: o dilema da educao. So Paulo: Loyola, 1999.

    ARETIO, Lorenzo Garca. LLLLLa educacin a distancia -a educacin a distancia -a educacin a distancia -a educacin a distancia -a educacin a distancia - de la teoria a la pratica. Barcelona/Espanha: ArielEducacin, 2002.

    AZEVEDO, Adriana B.; GONALVES, Elizabeth M. A Importncia da avaliao na implantao de uma prticapedaggica diferenciada. In: Revista Comunicao e SociedadeRevista Comunicao e SociedadeRevista Comunicao e SociedadeRevista Comunicao e SociedadeRevista Comunicao e Sociedade. Ano 27, N. 44. So Bernardo doCampo: UMESP, 2005.

    MASETTO, M.T. Competncia pedaggica do professor universitrioCompetncia pedaggica do professor universitrioCompetncia pedaggica do professor universitrioCompetncia pedaggica do professor universitrioCompetncia pedaggica do professor universitrio. So Paulo: Summus, 2003.

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    O professor-tutor e as ferramentase metodologias de interao no

    ambiente virtual deaprendizagem e na web

    Luciano Venelli CostaGerente de Projetos da Pr-Reitoria de Educao a Distncia da

    Universidade Metodista de So Paulo.

    COSTA, L. V. O professorO professorO professorO professorO professor-tutor e as fer-tutor e as fer-tutor e as fer-tutor e as fer-tutor e as fer ramentas e metodologias de interao no ambiente virtual deramentas e metodologias de interao no ambiente virtual deramentas e metodologias de interao no ambiente virtual deramentas e metodologias de interao no ambiente virtual deramentas e metodologias de interao no ambiente virtual deaprendizagem e na webaprendizagem e na webaprendizagem e na webaprendizagem e na webaprendizagem e na web. In SATHLER, L.; AZEVEDO, A. B. Orientao didtico-pedaggica em cursos a distnciaOrientao didtico-pedaggica em cursos a distnciaOrientao didtico-pedaggica em cursos a distnciaOrientao didtico-pedaggica em cursos a distnciaOrientao didtico-pedaggica em cursos a distncia.So Bernardo do Campo, SP: Umesp, 2008. - ISBN: 978-85-7814-025-0

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    O tutor o agente que mais interage com o AVA Ambiente Virtual deAprendizagem- , pois este ambiente que permite trocar mensagens com os alunos,consultar atividades entregues, digitar notas e pareceres, formar e ajustar a formao degrupos, consultar o material e o roteiro de aulas disponibilizadas aos alunos, controlar oaproveitamento, consultar dados cadastrais como telefone e e-mail, entre outros.

    O objetivo deste texto auxiliar o professor-tutor do Campus EAD da UniversidadeMetodista de So Paulo a tirar maior proveito do AVA disponibilizado pela instituio oSIGA (Sistema Integrado de Gesto de Aprendizagem) , e a obter maior produtividadeem suas funes profissionais.

    Primeiramente, sero apresentadas as principais funes do sistema disponveis apartir de janeiro de 2008, com destaque quelas que so utilizadas pelos professores-tutores. Depois da explicao sobre o processo lgico de funcionamento, seroapresentadas pequenas sugestes que podem melhorar a produtividade do trabalho com

    o ambiente.Este texto bsico foi apresentado aos professores-tutores com maior nmero de

    alunos e com mais tempo de experincia e eles acrescentaram algumas pequenas dicasque esto nos quadros Dica da experincia.

    Aproveite e tenha este texto sempre mo para desenvolver o trabalho de tutoriacom produtividade e tranqilidade, podendo se concentrar no trabalho pedaggico semperder muito tempo com detalhes tcnicos.

    1Acesso ao plano de ensino do mdulo Antes de iniciar o semestre, todos os atores envolvidos no curso devem consultar

    o Plano de Ensino do mdulo, e retornar a ele sempre que tiver qualquer dvida, pois este documento que apresenta as regras do jogo e que balizar todo o semestre letivo.

    Para consultar o Plano de Ensino, entre no sistema e clique emPlano de Ensino, aolado do ttulo de cada mdulo/disciplina (FIGURA 1).

    possvel imprimir o Plano de Ensino. Como ele no para ser alterado duranteo semestre e o mesmo para todos os plos, interessante imprimi-lo e t-lo semprecom voc.

    Figura 1 Apresentao dos mdulos/disciplinas e link para Planos de Ensino.

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    Como retornar s telas anteriores2O retorno s telas anteriores do sistema se d pela barra de navegao (FIGURA 2).

    Ao clicar em Curso, aparecem as opes de cursos aos quais o usurio tem acesso.Como o tutor de um nico curso, a tutoria s comea a ter escolhas a partir da escolhaDisciplina (ou mdulo). Ao clicar em DisciplinaDisciplinaDisciplinaDisciplinaDisciplina, reaparece a tela da Figura 1.

    Figura 2 Barra de navegao.

    ndice das aulas3

    As aulas so replicadas para todos os plos de forma idntica. Para acessar ocontedo das aulas, basta clicar no ttulo do mdulo (disciplina) e, depois, em qualquerplo onde o curso oferecido. A tela que aparece contm o ndice das aulas disponveis(FIGURA 3).

    Figura 3 ndice das aulas disponveis.

    A partir da tela de aulas, possvel acessar o contedo de uma aula especfica, oPlano de Avaliaes e as informaes dos alunos do respectivo plo.

    Esta tela de ndice apresenta a quantidade de tarefas, materiais (arquivos), avaliaes,fruns e chats dentro de cada aula. Isto facilita a busca por tarefas especficas, quandovoc no lembra em que aula foi solicitada.

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    Acesso ao contedo de uma aula especfica4Para acessar o contedo de uma aula especfica, basta clicar sobre o ttulo do

    Contedo da respectiva aula. Apesar de ser uma aula especfica de um plo, ela idnticas dos outros plos, pois todas so replicadas em forma de corrente, mantendo-seigualdade nos contedos.

    O contedo da aula compreende informaes sobre o respectivo tema, que englobacerca de uma semana de aula, conforme a Figura 4.

    Alm de orientaes, a aula pode conter materiais, tarefas, avaliaes, frum e chat.Para acessar estes itens vinculados aula, basta rolar a barra da direita para baixo e surgiroos demais itens (FIGURA 5).

    Para fazer o download do material vinculado aula, basta clicar sobre o cone dedownload ( ) no lado esquerdo.

    Para acessar as tarefas, deve-se clicar sobre o ttulo da mesma. Para as avaliaes,deve-se clicar sobre a palavra Visualizar no canto direito da tela. No caso de tarefas eavaliaes, alm do contedo solicitado da tarefa ou avaliao, possvel dar o parecer

    (no caso de tarefa) ou a nota (no caso de avaliao). O contedo (descrio e parmetros)da tarefa ou avaliao idntico para todos os plos, mas os arquivos enviados pelosalunos, a nota ou o parecer so somente para os alunos do plo selecionado. Paravisualizar as tarefas enviadas ou avaliaes dos alunos dos outros plos, preciso retornarpela barra de navegao, clicando em turmaturmaturmaturmaturma e selecionando a respectiva aula novamente.

    Para os fruns e chats, basta clicar sobre o respectivo tema.

    Figura 4 Contedo de uma aula especfica.

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    Figura 5 Itens vinculados aula.

    To importante quanto o Plano de Ensino o Plano de Avaliaes. Ele descrevecomo as notas sero calculadas para os alunos. O Plano de Avaliaes deve ser idnticoem todos os plos, portanto, pode ser acessado pela tela de ndice de aulas (FIGURA 3)de qualquer um dos plos, clicando no cone Plano de AvaliaesPlano de AvaliaesPlano de AvaliaesPlano de AvaliaesPlano de Avaliaes (FIGURA 6).

    5 Plano de Avaliaes

    Figura 6 Plano de Avaliaes.

    A regra de avaliao pode ser de 3 tipos: Porcentagem, Valor Absoluto ou Peso. Sea regra for PPPPPesoesoesoesoeso ou PPPPPorcentagemorcentagemorcentagemorcentagemorcentagem, cada nota deve ser digitada com valores de 0 (zero)a 10 (dez). Se for VVVVValor Absolutoalor Absolutoalor Absolutoalor Absolutoalor Absoluto deve ser digitada de 0 (zero) ao valor mximodeterminado na coluna Valor. No caso da Figura 6, a regra porcentagem e o valorrepresenta o percentual da mdia para cada avaliao. Conforme o critrio de avaliao,o sistema calcula automaticamente as mdias dos alunos.

    Ao digitar as notas, o tutor pode usar valores decimais, separando-os com o caractere. (ponto), ao invs de , (vrgula). Ex: 5.5 ou 3.72 ou 2.125.

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    Ao entrar em um determinado plo, surge a tela de ndice de aulas (FIGURA 3).Nesta tela, h a opo de consultar as informaes dos alunos clicando no coneAdmin.Admin.Admin.Admin.Admin.AlunosAlunosAlunosAlunos Alunos (FIGURA 8).

    Figura 7 Plos.

    A tela de Administrao de Alunos apresenta a quantidade de alunos do plo e asinformaes bsicas de cada aluno, na seguinte ordem: subturma ao qual o alunopertence (quando a turma dividida), n no Dirio de Classe, n de matrcula e nomecompleto do aluno. possvel classificar essa lista em ordem de qualquer uma destasinformaes, clicando no ttulo da mesma. No exemplo da Figura 8, os dados estoclassificados em ordem alfabtica de NomeNomeNomeNomeNome, conforme o smbolo ao lado da palavra

    Nome.Para classific-la em ordem inversa, bastaria clicar novamente no ttulo Nome, a

    aluna Maria ficaria no topo da lista.

    Tambm possvel imprimir a listagem de alunos, clicando no cone Listagem deListagem deListagem deListagem deListagem dealunosalunosalunosalunosalunos na parte inferior da tela. No interessante imprimir esta listagem no incio dosemestre, porque muitos alunos entram e saem neste perodo.

    possvel aproveitar esta lista de alunos para copi-la para uma planilha Excel,caso queira fazer outros controles parte. Para isto, basta selecionar a partir da palavra

    Subturma at o ltimo nome de aluno, copiar, e depois colar na primeira clula daplanilha. No Excel, para limpar a formatao, selecione todas as clulas e clique no menuEditar -> Limpar -> Formatos.

    Figura 8 Plos.

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    Acessando detalhes dos alunos

    Para ver outras informaes, como e-mail, foto e telefones do aluno, clique no seu nome. Aparecer uma janela com as informaes. (FIGURA 9)

    7 Trocando mensagens

    Figura 9 Informaes detalhadas do aluno.

    A rea de mensagens isolada daestrutura acadmica (curso, mdulo, plo). Ao clicar em MensagemMensagemMensagemMensagemMensagem, voc ver todas asmensagens recebidas neste perfil em que estacessando (quem tutor e aluno, v asmensagens separadas dependendo do perfilacessado), independente de qual tela estavaacessando anteriormente (FIGURA 10).

    Para ler a mensagem, clique sobre oassunto da mesma. A mensagem abre na parteinferior.

    A nova verso traz informaes de plo

    e curso no final da mensagem. interessante abrir um arquivo Word e

    responder as mensagens neste arquivo,deixando-o aberto ao seu lado.Provavelmente boa parte dos alunos pedirinformaes semelhantes.

    Dica do tutor:

    A janela Perfil fundamental para o tutorconhecer e aproximar-se do seu aluno. Pea para eles no deixarem em branco o itemdescrio.

    (Alessandra Moreno Domeniquelli Curso de Pedagogia)

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    Figura 10 Caixa de entrada das mensagens

    O frum uma rea de debates que

    precisa ser respondido e avaliado. A primeiracoisa no perder tempo se no houve novasinformaes. A ltima coluna do ndice detemas apresenta quantas respostas h. No preciso entrar se no houve novas respostas(FIGURA 11).

    Dica do tutor:

    Sugiro a criao de pastas demensagens recebidas e enviadas

    para cada plo Ex. mensagens ploMau..

    (Patricia Brecht Curso de Administrao)

    8 Acompanhando frum

    Figura 11 ndice de temas no Frum.

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    Ao constatar que h novas postagens que voc precisa ler, pode ser que seja algumaresposta de postagem de outro aluno, e ento no ficar automaticamente no final dalista. Se voc quiser controlar isto, pode identificar em uma folha quais as respostas dequestes que os alunos j haviam dado e voc j tinha lido. Ex: 20 postagens = 1, 2, 3,4.3, 5.1.3, 6.3.2, 7, 8. significa que, na ltima vez que voc olhou, as postagens que

    tinham respostas eram: 4 (resps: 4.1, 4.2 e 4.3), 5 (resps: 5.1, 5.1.1, 5.1.2, 5.1.3), 6 (resps:6.1, 6.2, 6.3, 6.3.1, 6.3.2). Esse controle far com que, na prxima vez, se voc sabe queh mais 3 postagens e elas no esto no final, pode procurar, por exemplo, a 2.1, a 4.4, a6.2.1 dentre outras fora da lista acima.

    9 ChatO chat no guarda histrico. O ideal voc abrir o chat muito antes da hora marcada

    para no perder nada que os alunos ou monitores podem estar discutindo. H uma

    opo na ferramenta para salvar o chat e outra para inibir a participao de alunos queestejam sendo inconvenientes.

    Dica do tutor:

    Logo que chego no estdio crio umdocumento no Word com o nome da aulado dia (ex. 28.01 Chat teleaula Prof. Eder1 sem), e vou copiando as informaes queesto sendo trocadas no chat, para que euno perca nenhuma. J teve casos que, nomomento que eu fui salvar o chat para no

    perder as informaes, o chat fechou e no salvou, ou ainda, s salvou parte dasinformaes.

    (Patricia Brecht Curso de Administrao)

    Dica do tutor:

    O chat ser utilizado durante

    as teleaulas e aulas-atividade e uma importante ferramentapara que os momentos sncronos(em tempo real) sejam

    acompanhados.

    (Alessandra Moreno Domeniquelli Curso de Pedagogia)

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    Figura 13 Banco de materiais

    10 Enviando arquivos aos alunosOs tutores podem enviar arquivos anexos a mensagens.

    Para isto tero que, primeiro, depositar o arquivo no Banco de MateriaisBanco de MateriaisBanco de MateriaisBanco de MateriaisBanco de Materiais

    (FIGURA 13)

    Aps depositar o arquivo, entrar em MensagemMensagemMensagemMensagemMensagem e, aps escrev-la, inserir o arquivo

    na mensagem.OBS: quando a mensagem for com cpia para o e-mail do aluno, os anexos no

    sero enviados juntos. O aluno precisa entrar no SIGA e baixar o arquivo da mensagemno sistema.

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    A organizao do trabalhodo professor-tutor

    Alessandra M. T. DomeniquelliProfessora-tutora do Curso de Pedagogia da Pr-Reitoria de Educao a

    Distncia da Universidade Metodista de So Paulo.

    DOMINIQUELLI, A. M. T.A orA orA orA orA organizao do trabalho do professorganizao do trabalho do professorganizao do trabalho do professorganizao do trabalho do professorganizao do trabalho do professor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor. In SATHLER, L.; AZEVEDO, A. B. OrientaoOrientaoOrientaoOrientaoOrientaodidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distncia. So Bernardo do Campo, SP: Umesp, 2008. - ISBN: 978-85-7814-025-0

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    No contexto atual, os professores em geral vivenciam crises paradigmticas na formade ser professor em tempos modernos. Isto significa perceber onde atuar, como atuar epara quem atuamos, exigindo uma reflexo aprofundada e de nossas concepes dehomem, conhecimento e educao, articulando novas atitudes e idias, novosposicionamentos e trocando experincias com seus pares em um trabalho de formao

    continuada.Os avanos da globalizao tecnolgica trouxeram transformaes na sociedade, na

    maneira de ensinar, na forma de produzir conhecimento e cultura, preparar seusprofessores e organizar o espao/tempo educativo nas instituies escolares.

    Transformaes gerais ocorreram, repercutindo na educao, nas escolas instituies pblicas ou particulares e no trabalho desenvolvido pelos professores. ParaLibneo (2007, p. 15):

    verdade que o mundo contemporneo neste momento da histriadenominado ora de sociedade ps-moderna, ps-industrial ou ps-mercantil,ora de modernidade tardia est marcado pelos avanos da comunicao ena informtica e por tantas outras transformaes tecnolgicas e cientficas.Essas transformaes intervm nas vrias esferas da vida social, provocandomudanas econmicas, sociais, polticas, culturais, afetando, tambm, asescolas e o exerccio profissional da docncia.

    A modalidade a distncia presente em vrias instituies de Ensino Superior exigemsaberes docentes diversificados e diferentes do modelo presencial conhecido, muitas

    vezes linearmente organizado no contexto da formao e atuao de nossos professoresno sistema educacional brasileiro. A esse respeito:

    Aeducao a distncia exige dos docentes saberes que extrapolam o processodidtico com o qual esto habituados no ensino presencial (...) esses discursospedaggicos esto presentes, acrescendo-se alguns princpios expressos nasprodues da rea (...) amparados por um novo paradigma de conhecimento,opondo-se ao racionalismo tcnico-linear, fragmentao e compartimentao, apontando para a dinamicidade e inacabamento doprocesso de ensinar e aprender, denotada numa perspectiva dialtica ecomplexa e exigindo dos professores uma nova postura didtica. (SOUZA,

    2004, p.2)

    Est posto um grande desafio: criar novas habilidades aos sujeitos envolvidos noprocesso ensino-aprendizagem, impulsionados a refletir e repensar os modelos emodalidades de educao.

    Nesse sentido, necessrio refletir sobre as contribuies possveis dainformatizao do ensino e compreender o que vem a ser a EAD, suas possibilidades elimites:

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    A educao a distncia se caracteriza como uma modalidade de educao quepromove situaes de aprendizagem, onde professores e estudantes nocompartilham os mesmos espaos e tempos curriculares, comuns nas situaesde aprendizagem presenciais. Para tanto, necessria a utilizao de umamultiplicidade de recursos tecnolgicos que ajam como interfaces mediadorasna relao professor/estudante/conhecimento (...) As instituies educacionaispodem operacionalizar currculos que permitem ir alm da distribuio decontedos a distncia (...) Podem, alm disso, potencializar as atividadespresenciais dos seus servios, tanto nas esferas tecno-administrativa, tecno-pedaggica e relacional. (SANTOS, 2002, P.116)

    Possivelmente, nossa reflexo poder ser enriquecida na busca de respostas paraquestionamentos: Como vivemos no mundo atual? Como pensar um projeto educacionalem EAD? Como concretizar de fato o trabalho docente nesta modalidade? Como seorganiza a instituio em que trabalho? Qual o contexto, o qu, para quem, para qu,quando e como planejo uma atividade a distncia?

    O tutor professor?

    Considerando o investimento na formao de professores e o que se vivencia hojeem termos de EAD na Universidade Metodista de So Paulo, se faz necessrio verificar ascaractersticas pessoais que o cargo exige para a atuao docente na modalidade,estabelecendo dois tipos de professores: um responsvel em construir o contedo deensino e o outro em acompanhar e mediar todo o processo de ensino.

    Vejamos uma descrio bsica e concisa do professor-temtico e/ou professor autor:

    Constri o contedo programtico e didtico do curso/aula;

    Trabalha com a equipe interdisciplinar;

    Coordena o trabalho do webdesigner e ilustrador sobre o programa ematerial didtico do curso/aula;

    Desenvolve tcnica de liderana;

    Deve saber lidar com os grupos diversos;

    Tem proximidade com as Novas Tecnologias de Informao eComunicao (NTCIs).

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    E, a descrio do professor mediador e/ou professor tutortutortutortutortutor:

    Surge assim, uma nova funo profissional, que a do ProfessorProfessorProfessorProfessorProfessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor da EAD:um orientador pedaggico, tecnolgico e motivacionalum orientador pedaggico, tecnolgico e motivacionalum orientador pedaggico, tecnolgico e motivacionalum orientador pedaggico, tecnolgico e motivacionalum orientador pedaggico, tecnolgico e motivacional, capaz de gerir umaturma utilizando os recursos do meio e planejando os temas da aula.

    Dessa forma, o trabalho em equipe e partilhado deve ser premissa para as atividadesna EAD exigindo um compromisso e uma responsabilidade por parte de todos. A utilizaodos recursos do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) atravs dos links das aulas,chats, fruns, correio eletrnico etc., serviro de subsdios para que a relao pedaggicase realize de fato nas prticas cotidianas. Sabemos que neste ambiente, o ProfessorProfessorProfessorProfessorProfessor-----tutortutortutortutortutor ser a possibilidade de interao, comunicao, dilogo, ajuda, orientao, mediaoe acima de tudo a presena virtual para esse aluno, que est distante fisicamente, masprximo pelo ambiente.

    A importncia e a organizao do trabalho do professor-tutor

    O professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor tem um papel fundamental nos Programas de Educao aDistncia na Universidade Metodista de So Paulo , atuando junto ao coordenador,monitores e alunos e, principalmente, junto aos professores no desenvolvimento eacompanhamento de atividades durante o semestre letivo.

    Como sabemos, a tutoria um trabalho docente que exige uma compreenso amplae grande envolvimento a partir dos contedos, das diversas temticas, durante os mdulosem suas reas.

    O professor-tutor o vnculo de ligao entre as pessoas e os acontecimentos, oumelhor, entre os professores e alunos na prtica pedaggica diria. Assim, aresponsabilidade desse profissional est em apoiar os professores, debater e aprofundaros temas; observar e contribuir com os monitores e suas turmas nos plos regionais;organizar o trabalho para operar nos processos de acompanhamento e avaliao dessesalunos, por meio da mediao e interatividade no ambiente virtual.

    Acompanha o processo de ensino e aprendizagem;

    Auxilia o aluno a construir a sua autonomia;

    um facilitador da aprendizagem; Animador do grupo, colaborador;

    Formador da comunidade acadmica;

    Ser timo comunicador, numa comunicao rpida e constante;

    Ter fluncia digital;

    Ter poder de sntese para responder questes, dvidas e estar disponvel paracontato dirio.

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    Portanto, ter a formao bsica para desempenhar o seu papel ao longo do processoe conhecer o Projeto Pedaggico dos Cursos de Educao a Distncia da Metodista, bemcomo, interagir e se relacionar com todo o grupo de profissionais fundamental. Istoporque, a Educao a Distncia (EAD) da Metodista objetiva aes de acolhimento, parceriae trabalho compartilhado para a formao dos sujeitos e construo do conhecimento,

    encurtando distncias.Num programa de Educao a Distncia o relacionamento entre professor,

    professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor, monitor e aluno poder garantir o sucesso do Curso. A atuaoqualificada desse professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor por meio do dilogo, da mediao, do uso delinguagem clara e objetiva, possibilita e assegura a aprendizagem no trabalho educativo.

    Pelo exposto, a organizao do trabalho do professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor ganha importnciaexigindo um bom planejamento para uma atuao segura e articulada.

    A necessidade de organizar o tempo, uma agenda de trabalho e programar as

    atividades dirias, um bom comeo para articularmos o trabalho tutorial. Porm, preciso estar ciente e de acordo com as especificidades e condies para exercer estetrabalho. Questes como:

    estudar a relao entre o nmero de alunos por horas atribudas de atividadesemanal por professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor do curso;

    ter conhecimento do ambiente virtual de aprendizagem;

    ter formao para a rea de atuao;

    ter um local de trabalho (presencial e/ou virtual), com disponibilidade de utilizaode equipamentos (computadores);

    conhecer os recursos para a modalidade (estdios de TV para transmisso ao vivo de informaes e teleaulas);

    administrar as relaes interpessoais com toda a equipe, tendo clareza de suasatribuies e tarefas dirias.

    As principais atividades que exerce diariamente so as seguintes:

    Acessar o Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA para leitura e respostas demensagens, dvidas e atividades dos alunos;

    Ler, avaliar, comentar e acompanhar as atividades desses alunos;

    Checar e-mails e fazer contato com nossos coordenadores, professores, monitorese se preciso, com a equipe da produo EAD;

    Estudar, auxiliar e verificar breeze, links e atividades complementares propostaspelos professores;

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    Participar de reunies com a rea, para integrar, sugerir e planejar atividadesmodulares e com os professores responsveis pela semana;

    Operar o computador no estdio de TV durante as teleaulas e acompanhar asaulas-atividade na noite da transmisso ao vivo dando todo o suporte ao professor

    (frum, Chat etc.);Ser um orientador pedaggico, tecnolgico e motivacional;

    Ter conscincia que o volume de trabalho pode variar de acordo com as dificuldadesdo aluno e com os perodos letivos (provas, fechamento de notas etc.)

    Para fazer a mediao o professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor deve acompanhar todos os passos doprocesso. S assim, possvel contribuir para o desenvolvimento do aluno.

    Isto significa considerar que, em todo empreendimento humano, numa sociedadecomplexa exige administrao das tarefas, sem que, se pe em risco o projeto ou propostade trabalho.

    Segundo Motta (1984), do ponto de vista meramente descritivo, administrar planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar. Neste mesmo estudo, o autorlembra que:

    Essa definio, que data dos primrdios da teoria organizacional continuaabsolutamente correta, mesmo considerando-se todos os avanos queeste campo do conhecimento experimentou durante o sculo XX.(MOTTA. 1984, p.199)

    Temos constatado, no entanto, que na diviso do trabalho social, essas funes daadministrao tm sido exercida de forma fragmentada, o que dificulta a compreensode todo o processo.

    Se na relao fabril isto pode ser realizado (cada um executando uma parte dotrabalho) sem que haja integrao e conhecimento do todo por todos os envolvidos, omesmo no pode acontecer no trabalho educativo que, para cumprir seu papel precpuo,precisa garantir a integridade do processo, de forma que o trabalho no seja parcelado,mas partilhado por todos.

    Nesse sentido preciso organizar formas de articulao dessas funes que emborano sejam desempenhadas pela mesma pessoa, devem estar afinadas e a servio dosucesso do trabalho. Por exemplo, sabido que na administrao da educao asatividades-fim (o ensino em si mesmo, os objetivos primordiais do conhecimento) e asatividades-meio (instrumentos para a realizao de objetivos) so importantes. Em quepese o fato da valorizao excessiva na educao, das atividades-meio, que so mensurveis

    em detrimento das atividades-fim, mais difceis de serem avaliadas, no h razo para oensino, se as atividades-fim no se cumprirem.

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    De que adianta uma instituio de educao presencial ou a distncia que tenhatodos os recursos materiais e institucionais, se no final do processo os alunos no tiveremaprendido!

    Para que isto no ocorra, h uma grande preocupao na EAD de que a fragmentaoentre o pedaggico e o administrativo no ocorra. As reunies pedaggicas e o trabalho

    conjunto, compartilhado, em parceria ao longo do curso, nos momentos de avaliao eacompanhamento so imprescindveis em nossa proposta. Trabalho organizado do pontode vista poltico, uma construo individual e coletiva que busca no professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor amediao para que a prtica pedaggica, solidria e quem sabe transformadora, venha aacontecer.

    Algumas dicas e alternativas para a organizao do trabalho

    Considerando a importncia e a responsabilidade do trabalho tutorial sugerimosalgumas alternativas para a realizao das tarefas articulando as possibilidades do ambientee a prtica diria. Vejamos:

    Caixa de MensagensCaixa de MensagensCaixa de MensagensCaixa de MensagensCaixa de Mensagens verificar diariamente todas as mensagens recebidas edar retorno. Criar e organizar mensagens padro para facilitar a interao e agilidade nasrespostas, no caso, por exemplo:

    Dvidas TcnicasDvidas TcnicasDvidas TcnicasDvidas TcnicasDvidas TcnicasPrezado(a) aluno(a)

    Agradecemos sua ateno em nos enviar a mensagem abaixo, comrelato de dvidas, dificuldades ou sugestes. Informamos que foiencaminhada para a produo EADproduo EADproduo EADproduo EADproduo EAD [email protected] 08000800080008000800600 6386600 6386600 6386600 6386600 6386, por se tratar de assunto relacionado a dvidas do ambiente.

    Em breve a PROEADPROEADPROEADPROEADPROEAD entrar em contato para tentar esclarecerquais providncias devem ser tomadas para sanar a situao.

    Ou,

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    Informaes Acadmico-FinanceirasInformaes Acadmico-FinanceirasInformaes Acadmico-FinanceirasInformaes Acadmico-FinanceirasInformaes Acadmico-Financeiras

    (cadastro, financeiro, senha de acesso ao portal, documentao, pendncias dematrcula, entre outros).

    Prezado(a) aluno(a)

    Agradecemos sua ateno em nos enviar a mensagem abaixo, com relato dedvidas, dificuldades ou sugestes. Informamos que foi encaminhada ao Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno [email protected]@[email protected]@[email protected] 0800 6000800 6000800 6000800 6000800 60063866386638663866386, por se tratar de assunto relacionado a questes administrativas. Em breveo Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno Atendimento ao Aluno entrar em contato para tentar esclarecer quaisprovidncias devem ser tomadas para sanar a situao.

    (E, ainda, organizar mensagens para informar sobre atividades, avaliaes,formao de grupos, avisos sobre prximas teleaulas, tarefas atrasadas etc. O

    aluno nunca deve ficar sem um retorno do professor-tutor.)

    Administrao de Alunos Administrao de Alunos Administrao de Alunos Administrao de Alunos Administrao de Alunos organizar uma planilha auxiliar, por plo e nomedos alunos que esteja a mo para controle de participao em fruns, chats etc. Solicitaro preenchimento do item perfil, pois esse campo possibilita uma aproximao ereconhecimento do aluno. Isto poder facilitar um controle em caso de afastamentos,exerccios domiciliares entre outros.

    Plano de Ensino do MduloPlano de Ensino do MduloPlano de Ensino do MduloPlano de Ensino do MduloPlano de Ensino do Mdulo realizar a leitura e impresso do plano paraorientar e acompanhar os alunos. Isso tambm auxiliar em reunies com a equipe deprofessores e coordenao.

    Acesso a Aula Acesso a Aula Acesso a Aula Acesso a Aula Acesso a Aula a ficha aula contm o roteiro, planejamento semanal, aula-atividade, materiais para dowload e avaliaes, por isso a simulao de utilizao antecipadadeve ser feita pelo tutor para verificar se est tudo em funcionamento, bem como, prepar-

    lo para eventuais dvidas.

    Plano de AvaliaesPlano de AvaliaesPlano de AvaliaesPlano de AvaliaesPlano de Avaliaes para orientar o aluno nos estudos e avaliar sua produodurante o processo o tutor deve ter clareza dos critrios de avaliao do EAD da Metodistae da organizao/ cronograma do seu curso/rea. Exemplo:

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    Avaliao no EAD Avaliao no EAD Avaliao no EAD Avaliao no EAD Avaliao no EAD

    Para aprovao, o aluno deve atingir a mdia 7,sendo que a organizao se classifica numa ProvaProvaProvaProvaProvapresencial integradapresencial integradapresencial integradapresencial integradapresencial integrada individual (vale 40% da

    mdia), uma Avaliao modular presencial Avaliao modular presencialAvaliao modular presencial Avaliao modular presencial Avaliao modular presencial emgrupo (vale 30% da mdia) e TTTTTarefasarefasarefasarefasarefas (e atividades)dos temas (vale 30% da mdia).

    FrumFrumFrumFrumFrum compreender que o frum uma ferramenta de debate e por estemotivo, o tutor dever contribuir com questionamentos provocativos e motivadores deaprendizagem. Faa uma leitura e organize mensagens nicas que contemplemcomentrios prximos.

    ChatChatChatChatChat a ateno deve ser redobrada neste momento, principalmente junto aosmonitores quando estar acompanhando uma teleaula ou aula atividade. Como estaferramenta no guarda histrico sugerimos abrir o Chat, no incio da aula, e antes defech-lo, ao final da aula; salvar em arquivo no seu computador ou pen drive, paraposterior consulta e retorno s dvidas que no foram sanadas.

    TTTTTransmisso no Estdioransmisso no Estdioransmisso no Estdioransmisso no Estdioransmisso no Estdio o professor-tutor deve estar preparado para orientaros monitores nas atividades para a teleaula e dicas para a semana.

    Dessa forma, o professorprofessorprofessorprofessorprofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor deve ter autodisciplina, desejo de estudar, sendoflexvel e dinmico, para trabalhar em equipe, assumindo sua funo e intermediando asaes de ensino aprendizagem entre o professor e o aluno, entre o aluno e o contedocurricular proposto agindo em sintonia, planejando e organizando seu trabalho.

    Consideraes FinaisEntendemos que na EAD o ensino poder contribuir para socializar as diferentes

    linguagens, saberes docentes e discentes. Como canal direto de comunicao entreprofessores, professores-tutores e alunos, que esto distantes fisicamente, mas prximospor meio da dialogia digital, ela requer ateno redobrada tanto do aluno como doprofessor, contribuindo para a melhoria na qualidade da aprendizagem, dos vnculosestabelecidos e das relaes de ensino-aprendizagem.

    Constatamos que a funo e atuao do tutor fundamental para o

    desenvolvimento do curso, o elo de ligao do sistema tutorial (professor, monitor ealuno), e por isso, a organizao do seu plano de trabalho necessria e significativa.

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    A formao permanente uma das preocupaes da Metodista, criando comoestratgias programas de atualizao e capacitao, com encontros e avaliaesinstitucionais para apoiar o trabalho e manter a qualidade do ensino.

    Que as instituies de Ensino Superior estejam dispostas a preparar seus professorese estes interessados em vivenciar esse tempo de novos desafios, para que formemos

    educadores capazes de, efetivamente, ampliar a cultura neste pas. nosso desejo enossa utopia.

    Referncias Bibliogrficas

    LIBNEO, Jos Carlos. AAAAA deus professor deus professor deus professor deus professor deus professor , adeus professora? , adeus professora? , adeus professora? , adeus professora? , adeus professora? Novas exignciaseducacionais e profisso docente.So Paulo: Cortez, 2007. 10 ed.

    MOTTA, Fernando C. P. Administrao e participao: reflexes para a educao Administrao e participao: reflexes para a educao Administrao e participao: reflexes para a educao Administrao e participao: reflexes para a educao Administrao e participao: reflexes para a educao..... SoPaulo:Revista da Faculdade de Educao da USP , v. 10, n. 2, 1984.

    SANTOS, Edma Oliveira dos. Formao de professores e cibercultura: novas prticas curricularesna educao presencial e a distncia. Salvador: RRRRRevista da Fevista da Fevista da Fevista da Fevista da F AEEBA Educao e AEEBA Educao e AEEBA Educao e AEEBA Educao e AEEBA Educao eContemporaneidadeContemporaneidadeContemporaneidadeContemporaneidadeContemporaneidade , v.11, n. 17, 2002.

    SOUZA, Alba Regina Battisti. Saberes docentes na educao a distncia anlises e Saberes docentes na educao a distncia anlises e Saberes docentes na educao a distncia anlises e Saberes docentes na educao a distncia anlises e Saberes docentes na educao a distncia anlises eprospecesprospecesprospecesprospecesprospeces..... In: 11 Congresso Internacional de Educao a Distncia. ABED AssociaoBrasileira de Educao a Distncia, Salvador-BA, 2004. Disponvel em: http://www.abed.org.br/congresso2004/por/html/027-TC-A2.html (Abril/ 2004)

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    Tutoria: dirigindo eorientando situaes

    de aprendizagem

    Marcos Munhoz da CostaProfessor-tutor do Curso de Pedagogia da Pr-Reitoria de Educao aDistncia da Universidade Metodista de So Paulo.

    COSTA, M. M. TTTTTutoria: dirigindo e orientando situaes de aprendizagemutoria: dirigindo e orientando situaes de aprendizagemutoria: dirigindo e orientando situaes de aprendizagemutoria: dirigindo e orientando situaes de aprendizagemutoria: dirigindo e orientando situaes de aprendizagem. In SATHLER, L.; AZEVEDO, A. B. OrientaoOrientaoOrientaoOrientaoOrientaodidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distnciadidtico-pedaggica em cursos a distncia. So Bernardo do Campo, SP: Umesp, 2008. - ISBN: 978-85-7814-025-0

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    Os cursos de graduao a distncia tm caractersticas muito prprias. Por estemotivo, o processo ensino-aprendizagem tem de ser percebido dentro destaspeculiaridades da EAD. Embora se possa afirmar que o aprendizado tenha as mesmaspropriedades para o sujeito que est colocado diante do conhecimento, seja a distncia,seja presencialmente, h que se tomar cuidados diferenciados em cada caso.

    Para compreendermos este processo dentro do projeto de educao a distnciana Universidade Metodista de So Paulo, preciso conhecermos o mnimo do contextoem que se inseriu e se est atuando com o ensino a distncia nesta universidade. Paraisso, um breve relato deste contexto ser oferecido a seguir.

    A Universidade Metodista de So Paulo, fundada no incio da dcada de 70 ereconhecida como Universidade na dcada de 90, uma instituio confessional mantidapelo Instituto Metodista de Ensino Superior institudo pela Igreja Metodista que, emltima anlise, a mantenedora da Universidade Metodista. A Igreja Metodista uma

    instituio religiosa de origem Protestante que em suas prticas doutrinrias, desde asua fundao no sculo XVIII, na Inglaterra, prezou pela educao. Este fato,aparentemente sem importncia, justifica e explica as afirmaes propostas no ProjetoPedaggico Institucional (PPI) que orienta as aes didtico-pedaggicas da instituio,pois descreve as concepes antropolgica, gnosiolgica e poltica da instituio naformao dos sujeitos.

    O projeto Poltico-Pedaggico Institucional, como o prprio nome determina para toda a instituio e suas reas de atuao, incluindo, portanto, a educao a distncia.Certos que os cursos de graduao a distncia tm peculiaridades prprias, outro

    documento muito importante para os que atuam em EAD, qual seja: o ProjetoPedaggico de EAD. Cada curso tem seu prprio projeto pedaggico no qual descrevem-se os objetivos especficos daquela rea de trabalho. Temos ento trs documentoscomplementares, somatrios, que se destacam por descrever um trajeto pedaggicoque vai do macro universo para o micro universo institucional situando o lugar de atuaodos profissionais envolvidos nas diversas tarefas educacionais.

    Os trs documentos Pedaggicos relatam a organizao mnima necessria paraque o ensino a distncia acontea. Mas preciso conhecermos um pouco da histria da

    EAD para percebermos a sua importncia.A educao a distncia defendida por alguns pesquisadores como uma forma de

    educar muito antiga, como vemos na seguinte informao:

    Kurt Graf (1967), por ejemplo, supone que en las tempranas civilizaciones sumeriasy egipcias haba cartas instructivasinstructivasinstructivasinstructivasinstructivas por entre las que intercambiaban sacerdotes ydoctos seglares. El autor recorre a histria de las civilizaciones y escoge como racesde la instruccin por correspondencias, entre otras, el Antiguo Testamento, las cartascientficas escritas por Eratstenes, Arqumedes, las cartas de Horacio a Augusto, las

    Epistulae morales de Sneca, los escritos de los primeiros Obispos de Roma y de los

    padres cristianos (Cipriano, Ambrosio y, sobre todo Augustin) (cf Bowen, 1976), lacorrespondencia docta entre los hombres de la iglesia de la Edad Media, las

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    admoniciones al estudio de los humanistas, la correspondencia de Lutero ysu amigo Melanchton o la de San Ignacio de Loyola com mujeres piedosas desu tiempo, las cartas instructivas de los iluministas (las Cartas a una princesaalemana del famoso matemtico Euler siguem siendo un modelo para todoautor de cursos de ciencia), etc. 1

    H muitos exemplos na histria do uso de missivas para ensinar. Nestes casos nose pode falar em uma educao a distncia estruturada como ocorre com os cursos degraduao e ps graduao a distncia, embora nas correspondncias houvesse a clarainteno de ensino.

    O uso dos meios de comunicao para educar a distncia comprovadamentemuito antigo, porm a sistematizao tem suas evidncias histricas a partir do sculoXVIII com o oferecimento dos primeiros cursos por correspondncia, conforme aspublicaes em peridicos, veja o exemplo abaixo:

    Um anuncio publicado el 20 de marzo de 1728 por la Gaceta de Boston sereferia explicitamente a um material auto-instructivo para ser enviado a losestudiantes y apuntaba la possibilidad de la tutoria por correspondencia.2

    Nos sculos seguintes outras experincias surgiram popularizando o ensino adistncia atravs de correspondncias. Na Europa a EAD se fazia presente desde os sculosXVIII e XIX. Estes trabalhos pioneiros aconteceram em diversos pases do velho continente

    tais como a Alemanha, Inglaterra, Sucia e outros. Na Amrica Latina e no Caribe tambmtemos experincias interessantes com educao a distncia, na Venezuela, na Colmbia,no Mxico, em Costa Rica e Cuba3.

    Lembremos do Brasil, bem mais recentemente, do Instituto Universal Brasileiro4,com suas dezenas de cursos a distncia formatados para o ensino atravs decorrespondncias, alcanando a qualquer pessoa que tivesse acesso a correio, formandotcnicos nas mais diversas reas, em todo territrio nacional.

    O desenvolvimento das novas tecnologias de informao e comunicao (NTIC)proporcionaram o avano extraordinrio nas comunicaes, permitindo oaperfeioamento das relaes no ensino a distncia. Citamos como exemplo o telgrafo,as ondas radiofnicas, o telefone, a televiso, o computador e a rede mundial decomputadores (internet), o uso de satlites.

    1 El modelo Espaol de educacion superior a distancia : la UNED . I.C.E. (Universidade Nacional deeducacion a distancia. P 252 Op.Cit., p.26

    3 GONZALES,Mathias, Fundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a Distncia, So Paulo, editoraAvercamp, 2005, p. 34-35.4 Op.Cit., p.35

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    Gonzles (2005) afirma que os principais centros de divulgao de EAD esto naFrana, Inglaterra e Espanha5. Certamente, na Europa os cursos de educao a distnciaesto consolidados permitindo anlises mais profundas das potencialidades e dasdificuldades encontradas neste processo, no passado recente, e na atualidade, alm deservirem de modelos (adaptveis) para as novas experincias na Amrica Latina, como

    o caso do Brasil.Quando se pensa em EAD h pelo menos duas escolas diferentes a serem

    consideradas: a de pequena escala e a de larga escala. Armengol (1987) as define daseguinte maneira:

    5 GONZALES, Mathias, Fundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a DistnciaFundamentos da tutoria em Educao a Distncia, So Paulo, EditoraAvercamp, 2005, p.34.6 Op. Cit., p. 19.

    A nvel mundial el desarrollo de la Educacin Superior a Distancia se haexpresado a travs de dos escuelas diferentes, com estruturas y procedimentosmuy distintos. La primeira, intitulada de pequea escala, caracterizada porel uso de gran capacidad de contactos cara a cara y baja relacin delnmero de estudiantes por tutor. La segunda, denominada de gran escala,

    orientada hacia una aproximacin industrial, de gran tamao, con unapoblacin estudiantil masiva, con medios sui-gneris de comunicacin entrelos estudiantes y sus tutores y extenso uso de tecnologa moderna para fines

    de produccin intelectual y fsica de los materiales y estrategiasinstruccionales. 6

    Naturalmente, em cada pas, as instituies organizam-se conforme suasnecessidades e seu contexto prprio adaptando os modelos propostos. Nesta perspectiva,as decises sobre o uso de modelos de pequena ou larga escala estaro atrelados avrios fatores entre eles as questes geogrficas, demogrficas, os custos operacionais, as

    possibilidades tcnicas e outras.O modelo de EAD em larga escala visa ter o maior nmero possvel de alunos

    matriculados a distncia. Nesta concepo, o uso das novas tecnologias de informao ecomunicao so indispensveis, pois utilizando-se delas a distncia vencida colocandoo aluno em relao direta com os professores, os professores-tutores e a instituio. Aopo pela larga escala um facilitador para as populaes adultas que tm pouco, ounenhum, acesso a educao superior. Isto ocorre por variados fatores. Tomemos algunsexemplos: populaes residentes em pequenas cidades distantes dos grandes centros(especialmente no Brasil por causa de sua extenso territorial), classes sociais de menorpoder aquisitivo (questes de ordem econmico financeira), demasiada concentraode escolas de nvel superior e universidades nos grandes centros urbanos.

    A Universidade Metodista optou pelo modelo de larga escala contando com vriosplos regionais para que os alunos assistam as teleaulas, ao vivo, via satlite, e faam usodos laboratrios de informtica, ferramentas importantes para o desenvolvimento doscursos de EAD. Mas como se iniciou esta histria?

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    A Universidade Metodista uma universidade nova, cuja origem est na Faculdadede Teologia da Igreja Metodista, fundada em 1938, na cidade de Juiz de fora no Estado deMinas Gerais, e que fora transferida no ano de 1940 para um grande terreno s margensda Via Anchieta, em So Bernardo do Campo, no Estado de So Paulo.

    A Igreja Metodista foi pioneira no municpio de So Bernardo do Campo no ensino

    superior ao instalar no campus Anchieta o curso de teologia, transferido de Minas Gerais.At meados da dcada de 60, a propriedade de aproximadamente 70.000 metros quadradosabrigava exclusivamente a faculdade de teologia, cujo prdio original edifcio alfa ,encontra-se em perfeitas condies, podendo ser considerado como patrimnio da cidadede So Bernardo do Campo. Este edifcio funcionava como um internato e acolhia alunosde todos os lugares do Brasil para formao pastoral e servio Igreja Metodista. Contudo,o X Conclio Geral da Igreja Metodista, reunido em 20 de julho de 1970, dandocontinuidade a sua herana educacional, decidiu implantar outros cursos em nvel superiorcriando o Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS)7. A tarefa educacional propostapela Igreja iniciada apoiando-se sempre nos valores ticos cristos presentes naconfessionalidade da mantenedora da Federao de Escolas do ABC, o Instituto Metodistade Ensino Superior (IMS). Em fins da dcada de 80, princpio da dcada de 90 o entoconselho diretor do IMS inicia os primeiros passos para transformar a Federao de Escolasdo ABC em universidade. Paralelamente a grande tarefa da criao de uma universidade,inicia-se a reflexo sobre educao a distncia com discusses sobre a temtica no mbitodo Conselho Diretor8 da instituio.

    A seguir, para compreendermos melhor parte da trajetria reflexiva sobre os

    caminhos da EAD na Universidade Metodista, utilizo um quadro da evoluo cronolgicada EAD no Instituto Metodista de Ensino Superior:

    1997

    Agosto

    1998

    Janeiro

    Com o credenciamento da Universidade Metodista, formao deum Ncleo de Pesquisa e discusso sobre EAD, ligado ao cursode Letras, da Faculdade de Educao e Letras, constituda pelasprofessoras Ana Lcia Trevisan Pelegrino, Edna Maria BarianPerrotti e Leda Ceclia Szabo.

    Incio da Linha de pesquisa Educomdia, vinculada ps-graduao stricto sensu em comunicao social, integrada disciplina Teletrabalho, Teleformao, relacionada aos estudos dosprocessos comunicacionais aplicados EAD, conduzida peloprofessor Jacques Vigneron, da Ps-Graduao Comunicao.

    Evoluo cronolgica da EAD no IMS9

    7 Revista comemorativa dos 12 anos de existncia do IMS (Instituto Metodista de Ensino Superior) , So Bernardo do Campo/SP,1982, p.5 e 6.8 Conselho Diretor em uma instituio Metodista formado por um grupo de dez membros, sendo sete vogais e trs suplentes,nomeados por uma assemblia geral da Igreja Metodista que atua junto a mantenedora da unidade de ensino, sendo o InstitutoMetodista de Ensino Superior a mantenedora da UMESP.9 Novas tecnologias no contexto educacional : reflexes e relato de experincia/ Organizao de Edna Maria Barian Perrotti eJacques Vigneron, So Bernardo do Campo, UMESP, 2003, p.146

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    NovembroApresentao e aprovao do Plano Emergencial Tecnolgicodo IMS, que permitiu considervel salto quantitativo noprocesso de modernizao institucional.

    Criao da DTI Diretoria de Tecnologia e Informao , ligada

    Direo Geral, responsvel pela atuao integrada institucionalno que se refere ao tema.

    Primeira reunio do GT-EAD, formado por representantes dasreas acadmica, administrativa e tecnolgica, compostoinicialmente por 6 pessoas. Idealizado para existir como umrgo consultivo que colabora na discusso poltico-institucional do EAD no IMS.

    Realizada no Campus Vergueiro da Metodista o I Encontro deEAD, voltado aos interessados da comunidade IMS.

    Apresentao do projeto de EAD no IMS Prioridades 2o.Semestre/2000 , Direo Geral.

    Criao do CEAD Centro de Educao Continuada e aDistncia , que tem entre seus objetivos trabalhar pelaestruturao de propostas, demandas e projetos voltados aEAD.

    Realizao do primeiro curso de capacitao docente

    (CAPDOC) em EAD, sob a coordenao da professora Dra. VaniKenski, para professores indicados pelas direes dasFaculdades.

    Lanamento do FITNESS (Fluncia em Tecnologia daInformao) um programa de capacitao tecnolgica on-line, oferecido aos funcionrios tcnico-administrativos edocentes do IMS.

    Incio do processo de traduo e localizao do produto TTE(Tutorial Tcnico para Educadores), em parceria com a empresacanadense Vital Knowlege. O TTE um curso que visa capacitareducadores para utilizar a tecnologia em sala de aula e adistncia.

    Oferecimento do curso de Introduo Docncia em EAD uma reedio do CAPDOC, aps passar por reformulao eagora sob a coordenao do professor Jacques Vigneron.

    2000

    Maro

    Maio

    Setembro

    2001

    Maro a Junho

    Outubro

    Dezembro

    1999

    Maro

    Setembro

    2002

    Abril a Junho

  • 8/14/2019 livro sobre tutoria

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    Educao Sem Distncia - www.metodista.br

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    Em continuidade as informaes do quadro acima chegamos a 2003. Neste ano, oNcleo de Educao a Distncia (NEAD), teve suas atribuies alteradas passando a chamar-se Ncleo de Tecnologias Aplicadas Educao (NUTAE). Um fato importantssimo nesteano foi o lanamento do ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido pelosprofissionais da Instituio, designado SIGA Sistema Integrado de Gesto de

    Aprendizagem.10No ano de 2004 a Universidade Metodista recebeu o credenciamento do MEC

    (Ministrio de Educao e Cultura) para oferta de cursos de ps-graduao a distncia.

    A chegada de 2005 marcou o incio do projeto de disciplinas semipresenciais docurrculo regular da Universidade Metodista. Este momento foi significativo para a EADampliando o uso do ambiente virtual de aprendizagem criado pela Universidade Metodista,o SIGA. Ainda neste ano o Centro de Educao Continuada e a Distncia (CEAD) reconhecido em sua importncia tornando-se uma diretoria. 11

    Este percurso, brevemente descrito, criou as condies mnimas necessrias paraque, no segundo semestre de 2006, os primeiros cursos de graduao a distncia fossemimplantados com crescimento notvel do nmero de alunos matriculados nas diversasreas, que podem ser conhecidas no site da Universidade Metodista.12

    Para que os cursos de graduao e ps-graduao a distncia sejam oferecidos comqualidade, o projeto de educao a distncia conta com os seguintes cargos e funes:

    Pr-reitoria, Assessoria Pedaggica, Gerncia de Desenvolvimento de Cursos(gerente, designer instrucional, webdesigners, auxiliares de coordenao,estagirio), Gerncia de Relacionamento (gerente, assistente comercial,estagirio), Gerncia de Suporte Tcnico e Capacitao (gerente, tcnicos de

    suporte, estagirio). Todas as gerncias e assessorias se dirigem Pr-reitoria.13

    Para o exerccio dos cargos e funes acima existe uma estrutura fsica (estdios,laboratrios de informtica, sala de tutores, sala de coordenadores, sala de reuniesetc.) que cresce a medida que a cada semestre abrem-se novos plos regionais commatrculas de novos alunos.

    Conhecido, mesmo que brevemente, o contexto da EAD Universidade Metodistapodemos discutir a direo e orientao da aprendizagem em EAD.

    10 Projeto pedaggico : Oferta de cursos Superiores na Modalidade Educao a Distncia, So Bernardo doCampo /SP, UMESP , 2005 , p. 6.11 Op. Cit., p. 7.12

    www.metodista.br13 Informao colhida com o Professor Do