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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ELETRÔNICA EDUARDO FACHINI LUCAS WSZOLEK ROBERTO FERREIRA “DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBRE SISTEMAS ELETRÔNICOS DE ALARME E COMBATE A INCÊNDIO” CURITIBA 2007

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ELETRÔNICA

EDUARDO FACHINI

LUCAS WSZOLEK

ROBERTO FERREIRA

“DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBR E

SISTEMAS ELETRÔNICOS DE ALARME E COMBATE A INCÊNDIO ”

CURITIBA

2007

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EDUARDO FACHINI

LUCAS WSZOLEK

ROBERTO FERREIRA

“DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBR E

SISTEMAS ELETRÔNICOS DE ALARME E COMBATE A INCÊNDIO ”

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado na graduação do curso de

Tecnologia em Eletrônica, com ênfase em

Automação Industrial da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná como

requisito parcial para obtenção de

graduação de Tecnólogo em Eletrônica.

Orientador: Professor Eng°. João Góis

Co – Orientadora: Profª Joscely Galera

Curitiba

2007

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EDUARDO FACHINI

LUCAS WSZOLEK

ROBERTO FERREIRA

"DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBR E

SISTEMAS ELETRÔNICOS DE ALARME E COMBATE A INCÊNDIO ”

Esta monografia foi julgada e aprovada como requisito parcial para a obtenção do

título de Tecnólogo em eletrônica, com ênfase em automação industrial pela

Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Curitiba, 18 de dezembro de 2007.

___________________________________

Profª. MSc. Simone Massuline Acosta Coordenadora do Curso

Departamento Acadêmico de Eletrônica

_____________________________________

Profª.Drª. Denise Elizabeth Hey David

Coordenadora

BANCA EXAMINADORA

_______________________ ____________________

Décio E. Nascimento Luciano Baracho

________________________

João Góis

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente dedicamos esse trabalho a Deus que nos deu toda a

capacidade de elaborar essa obra.

Ao professor Engº. João Góis pela sua disponibilidade e dedicação na

orientação deste trabalho de diplomação.

À profª Joscely Galera que sempre esteve disposta a nos ajudar.

Aos técnicos da Bosch, Renato de Araújo Lima e Juarez Franceschi que sempre

estiveram de prontidão a nos prestar auxílio técnico sobre os equipamentos.

Ao técnico Carlos Cancelli que ministrou o treinamento e nos auxiliou em

dúvidas e na montagem do treinamento.

A Engª Dulce Doege do Corpo de Bombeiros que nos respondeu a várias

perguntas.

Agradecemos também a Alessandra Ferreira Assis, Laércio Poraht, Denerson

Paulo Moreto, Samuel Chiesorin, Heverson Clayton Barcelos, Nelbina Helena Bento

Fachini e Francisco Fachini que direta e indiretamente contribuíram para a

conclusão desde trabalho.

A todos os professores que, no decorrer do curso, se mostraram

comprometidos e dedicados com o aprendizado dos alunos do curso de Tecnologia

em Eletrônica.

Aos colegas, pelo incentivo e, acima de tudo, aos nossos familiares por sempre

estar do nosso lado apoiando durante os longos períodos empreendidos nesta

pesquisa.

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RESUMO

FACHINI, Eduardo; WSZOLEK, Lucas; CONCEIÇÂO, Roberto Ferreira;

Desenvolvimento de um programa de treinamento sobre sistemas eletrônicos

de alarme e combate a incêndio. 2007. 62 p. Monografia (Graduação).

– Curso de Tecnologia em Eletrônica, UTFPR, Curitiba.

Os sistemas de detecção de incêndio podem ser instalados nas edificações

para as mais variadas finalidades, tais como proteção do patrimônio, exigência de

seguradoras e para atender diversas legislações internacionais, federais, estaduais

ou municipais. Esta grande variedade de necessidades faz com que cada órgão

normalize o sistema a fim de atender uma determinada aplicação. Atualmente a

grande maioria das normas para instalação de sistemas de detecção e combate a

incêndio, inclusive a NBR 9441 brasileira, baseia-se na norma americana NFPA

2002. Nesse trabalho essas normas de diferentes órgãos foram condensadas em

uma única apostila, feita com o objetivo de se tornar referência para profissionais

que trabalham com sistemas eletrônicos de alarme e combate a incêndio, sejam eles

com formação na área elétrica ou não. Foi estruturado um programa de treinamento,

com auxílio de slides em projetor multimídia, transparências, apresentações dos

produtos, kits de testes práticos, uma apostila e uma palestra sobre sistemas de

alarmes de incêndio e sobre uma central de alarme comercial, a BOSCH D7024.

Palavras chaves:

Alarmes de incêndio

NBR9441

NFPA 2002

BOSCH D7024

Detecção de incêndio

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ABSTRACT

FACHINI, Eduardo; WSZOLEK, Lucas; CONCEIÇÂO, Roberto Ferreira;

Desenvolvimento de um programa de treinamento sobre sistemas eletrônicos

de alarme e combate a incêndio. 2007. 62 p. Monografia (Graduação).

– Curso de Tecnologia em Eletrônica, UTFPR, Curitiba.

The systems of fire detection can be installed in buildings for the most varied

purposes, such as protection of the heritage, demand for insurers and to attend

various international, federal, state or municipal laws. This wide variety of needs

causes each body normalize the system in order to meet a particular application.

Currently the vast majority of the standards for installation of detection and fire

combat systems, including NBR 9441 Brazilian, are based on the American standard

NFPA 2002. In this work these standards of different organs were condensed in a

single booklet, made with the purpose of to become a reference for professionals

who work with electronic systems of alarm and combat fire with electrical training or

not. And was structured a training program, with the help of slides in data show,

transparencies, presentations of products, kits of practical tests, a booklet and a

lecture about fire alarm systems and a business alarm central, the BOSCH D7024.

Keywords:

Fire Alarms

NBR 9441

NFPA 2002

BOSCH D7024

Detecting fire

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................11

1.1 CONTEXTO................................................................................................................................ 11

1.2 OBJETIVO DO TRABALHO....................................................................................................... 11 1.2.1 Objetivo Geral: ...........................................................................................................................11 1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................................12

1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................................................. 12

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................ ...............................................13

2.1 CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................................. 13 2.1.1 Curto Circuito..............................................................................................................................13 2.1.2 Circuito Aberto............................................................................................................................13 2.1.3 Ligação em Série e Paralelo ....................................................................................................13 2.1.4 Indução Eletromagnética ..........................................................................................................16 2.1.5 Lei de Ohm .................................................................................................................................17 2.1.6 Queda de Tensão ......................................................................................................................18 2.1.7 Extratificação: .............................................................................................................................20

2.2 SENSORES E ACIONADORES................................................................................................. 21 2.2.1 Botão ON/OFF ...........................................................................................................................22 2.2.2 Acionador Quebre o Vidro ........................................................................................................22 2.2.3 Acionador Tipo Alavanca ..........................................................................................................23 2.2.4 Sensor de Temperatura ............................................................................................................25 2.2.5 Sensor Termovelocimétrico......................................................................................................26 2.2.6 Sensor Ótico: ..............................................................................................................................27 2.2.7 Sensor Iônico:.............................................................................................................................29 2.2.8 Sensor Filtro Poeira ...................................................................................................................31 2.2.9 Sensor Infra Vermelho por Interrupção de Feixe ..................................................................32 2.2.10 Sensor de Dutos ........................................................................................................................33 2.2.11 Sensor de Gás GLP ..................................................................................................................33

2.3 CIRCUITOS : .............................................................................................................................. 34 2.3.1 Circuito em Classe A: ................................................................................................................34 2.3.2 Circuito em Classe B: ................................................................................................................34 2.3.3 Isolador de curto circuito...........................................................................................................35

2.4 CIRCUITO, LAÇO OU ZONA? ................................................................................................... 35 2.4.1 Circuitos de sensores convencionais. ....................................................................................36 2.4.2 Circuitos de sistemas endereçáveis........................................................................................37 2.4.3 Circuitos de sirenes e indicadores visuais .............................................................................38

2.5 CENTRAIS:................................................................................................................................. 39 2.5.1 Centrais Convencionais: ...........................................................................................................40 2.5.2 Centrais Endereçáveis: .............................................................................................................41 2.5.3 Central Analógica:......................................................................................................................42 2.5.4 Centrais Digitais: ........................................................................................................................44 2.5.5 Centrais de Laço Cruzado e Sistema Algoritmo ...................................................................44

2.6 INDICADORES:.......................................................................................................................... 45 2.6.1 Painéis Repetidores ..................................................................................................................46 2.6.2 Indicador Sonoro........................................................................................................................46 2.6.3 Indicador Visual..........................................................................................................................50 2.6.4 Indicador Sonoro e Visual.........................................................................................................51

2.7 PROTOCOLO PARA COMUNICAÇÃO E MONITORAMENTO POR LINHA TELEFÔNICA.... 52

2.8 SOFTWARES GERENCIADORES ............................................................................................ 53

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2.9 SISTEMAS AUTÔNOMOS......................................................................................................... 53

2.10 NORMAS .................................................................................................................................... 54 2.10.1 ABNT NBR 9441 .......................................................................................................................55 2.10.2 NFPA ...........................................................................................................................................56

2.11 INFRA-ESTRUTURA.................................................................................................................. 56 2.11.1 Cabos ..........................................................................................................................................56 2.11.2 Diâmetro e Comprimento dos Condutores: ...........................................................................57 2.11.3 Cálculo da resistência: ..............................................................................................................59 2.11.4 Cálculo do diâmetro da secção segundo a corrente máxima .............................................59 2.11.5 Cálculo para queda de tensão: ................................................................................................60 2.11.6 Parâmetros obrigatórios: ..........................................................................................................61

2.12 INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA: ............................................................................................. 62

2.13 TUBULAÇÃO:............................................................................................................................. 63

2.14 PROJETANDO ........................................................................................................................... 64 2.14.1 Simbologia Utilizada em Projetos (segundo NBR9441) ......................................................65

2.15 MANUTENÇÃO .......................................................................................................................... 67

2.16 AGENTES EXTINTORES .......................................................................................................... 68

3 METODOLOGIA ........................................ .......................................................70

4 TREINAMENTO................................................................................................72

4.1 APLICAÇÃO ............................................................................................................................... 72

4.2 DIVULGAÇÃO DO TREINAMENTO .......................................................................................... 73

4.3 PROCEDIMENTOS PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO ............................................. 73

5 CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES FINAIS................... .................................76

5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ......................................................................... 76

6 REFERÊNCIAS ................................................................................................77

7 APÊNDICES .....................................................................................................78

APÊNDICE A. MATERIAL NECESSÁRIO PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO .................. 79

APÊNDICE B. RELATÓRIO SOBRE O PRIMEIRO TREINAMENTO REALIZADO ......................... 88

APÊNDICE C. ENTREVISTA COM AO CORPO DE BOMBEIROS DO PARANÁ .......................... 108

APÊNDICE D. QUESTIONÁRIOS PARA OS ALUNOS ................................................................... 114 D.1 QUESTIONÁRIO REFERENTE SOBRE CONCEITOS DE ALARMES DE INCÊNDIO EM GERAL.....................................................................................................................................................114 D.2 QUESTIONÁRIO REFERENTE À CENTRAL D7024. ..............................................................115 D.3 AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO...............................................................................................116

APÊNDICE E. E-MAIL DE DIVULGAÇÃO: ..................................................................................... 119

APÊNDICE F. MONTAGEM DO PAINEL DIDÁTICO ....................................................................... 121

APÊNDICE G. E-MAIL SOBRE A HOMOLOGAÇÃO DO CURSO. ................................................. 130

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Circuito Elétrico (Fonte: Autor) ..........................................................................14 Figura 2 - Circuito Elétrico R1+R2 (Fonte: Autor) ............................................................14 Figura 3 - Ligação em Série – R Total (Fonte: Autor)......................................................15 Figura 4 - Ligação em Série - R Total (Fonte: Autor).......................................................15 Figura 5 - Ligação em Paralelo – Cálculo de Corrente (Fonte: Autor)..........................15 Figura 6 - Ligação em Paralelo - (R1xR2)/(R1+R2)=R Equivalente (Fonte: Autor)....16 Figura 7 - Corrente Total (Fonte: Autor).............................................................................18 Figura 8 - Queda de Tensão (Fonte: Autor) ......................................................................19 Figura 9 - Resistividade de um Condutor em Série (Fonte: Autor) ...............................20 Figura 10 - Resistividade de um Condutor em Série - R Total=R1+R2+Rn (Fonte:

Autor) ...............................................................................................................................20 Figura 11 - Resistividade de um Condutor em Paralelo (Fonte: Autor) ........................20 Figura 12 - Acionador quebra vidro c/ martelinho (Fonte: Bosch) .................................23 Figura 13 - Acionador quebra vidro por pressão (Fonte: Bosch)...................................23 Figura 14 - Quebra vidro a prova de explosão (Fonte: Nutsteel)...................................23 Figura 15 - Acionador Tipo Alavanca (Fonte: Bosch) ......................................................24 Figura 16 - Sensor de temperatura programável (Fonte: Chemetronics).....................25 Figura 17 - Sensor de temperatura fixa pré calibrado (Fonte: Instrutemp) ..................26 Figura 18 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Sem fumaça) (Fonte: Autor) .............28 Figura 19 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Com Fumaça) (Fonte: Autor)............28 Figura 20 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Bosch).....................................................28 Figura 21 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Alarmseg) ...............................................29 Figura 22 - Sensor Iônico (Fonte: System Sensor) ..........................................................30 Figura 23 - Sensor Filtro Poeira (Fonte: SystemSensor) ................................................31 Figura 24 - Sensor Infravermelho (Fonte: Bosch) ............................................................32 Figura 25 - Sensor de Gás (Fonte: AlarmSeg) .................................................................33 Figura 26 - Central Convencional (Fonte: General Eletric)............................................40 Figura 27 - Central Endereçável (Fonte: Bosch) ..............................................................41 Figura 28 - Painel Repetidor (Fonte: Bosch).....................................................................46 Figura 29 - Indicador Sonoro – Campainha (Fonte: AlarmSeg).....................................47 Figura 30 - Indicador Sonoro – Corneta (Fonte: Araponga) ...........................................47 Figura 31 - Indicador Sonoro – Buzina (Fonte: Bosch) ...................................................47 Figura 32 - Níveis de pressão Sonora (Fonte: Autor desconhecido) ............................48 Figura 33 - Ciclo de Pulsos segundo NFPA (Fonte: Autor) ............................................50 Figura 34 - Sensor Ótico Autônomo (Fonte: AlarmSeg) .................................................53 Figura 35 - Acionador Autônomo (Fonte: Equipel)...........................................................54 Figura 36 - Circuito Série (Fonte: Autor) ............................................................................60 Figura 37 - Sprinkler (Fonte: Catchview) ...........................................................................68 Figura 38 - Cilindro de Gás para extinção de fogo (Fonte: RMR) .................................69 Figura 39 - Crachá de Identificação....................................................................................82 Figura 40 - Modelo do crachá ..............................................................................................90 Figura 41 - Sala onde aconteceu o treinamento (Fonte: Autor)...................................103 Figura 42 - O treinamento (Fonte: Autor).........................................................................104 Figura 43 - Lista de presença (Fonte: Autor) ..................................................................104 Figura 44 - Painel da central D7024 (Fonte: Autor) .......................................................105 Figura 45 - Crachá de identificação (Fonte: Autor) ........................................................105

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Figura 46 - Bancada com os equipamentos para prática (Fonte: Autor)....................106 Figura 47 - Quadro Principal (Fonte: Autor) ....................................................................124 Figura 48 - Pés do Suporte (Fonte: Autor) ......................................................................124 Figura 49 - Painel Montado (Fonte: Autor) ......................................................................124 Figura 50 - Diagrama elétrico D7024 e periféricos (Fonte: Autor)...............................126 Figura 51 - Painel sem equipamentos (Fonte: Autor) ....................................................127 Figura 52 - Painel acabado (Fonte: Autor) ......................................................................127

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Exemplos de Níveis de Pressão Sonora referente a sua fonte ..................49 Tabela 2 - Especificação para cabos (Fonte: AUTOR ) ..................................................59 Tabela 3 - Símbolos gráficos para projetos (Fonte: NBR14100) ...................................67

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTO

Toda vez que se inicia o projeto de uma edificação, precisamos levar em conta

o custo final da obra e também a segurança que este proporcionará aos seus

usuários e aos bens e investimentos materiais depositados no seu interior. Aí se

nota a importância da execução de um projeto para implantação do sistema de

ALARMES DE INCÊNDIO, quer seja para atender as normas legais, para proteger a

vida das pessoas que ali estarão presentes ou proteger o investimento realizado.

A execução de um sistema de alarmes de incêndio tem motivos bem mais

diversos dos que os vistos de maneira superficial. Um sistema eficiente diminui e é

até exigência na proposta de seguradoras, de aprovação pelo Corpo de Bombeiros

local na maioria dos estados do Brasil e também demonstração de responsabilidade

quanto ao inestimável valor de cada vida que estará presente no interior da

edificação.

Como a literatura para desenvolvimento de projetos de alarmes de incêndio é

diversa e provém de diferentes necessidades, normalmente não oferecendo

informações específicas, coletamos e sintetizamos uma grande quantidade de

material com comentários de órgãos de regulamentação, fiscalização e profissionais

do ramo para facilitar a execução de projetos por trabalhadores desta área.

Esperamos que este conteúdo atinja suas necessidades, esclarecendo suas dúvidas

e enriquecendo seu conhecimento profissional.

1.2 OBJETIVO DO TRABALHO

1.2.1 Objetivo Geral:

Estruturação de um programa de treinamento sobre sistemas eletrônicos de

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alarme e combate a incêndios.

1.2.2 Objetivos específicos

• Pesquisar normas ABNT, NFPA, Corpo de Bombeiros e outras fontes.

• Elaborar uma apostila com síntese das informações coletadas.

• Efetuar testes práticos.

1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O capítulo 2 será o referencial teórico. O capítulo 3 relata a metodologia,

voltado à fase de desenvolvimento, como se chegou ao conhecimento, pesquisas e

entrevistas serão relatadas. O capítulo 4 se voltará ao projeto do treinamento, o que

foi planejado e como aconteceu na prática. Nosso trabalho terá uma grande

quantidade de documentos que foram sendo criados durante toda a execução do

treinamento, desde o início até as avaliações, críticas e sugestões encaminhadas

pelos alunos. Todos esses documentos estarão em apêndices.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONCEITOS BÁSICOS

2.1.1 Curto Circuito.

Ao profissional formado na área elétrica, este conceito é sólido e este item pode

ser deixado para trás, podendo iniciar do item “2.1.4”. Mas para o profissional que

não está acostumado a termos técnicos, é preciso clareza nas definições abaixo.

A definição de circuito é “um caminho fechado em si mesmo“. Como exemplo

temos um círculo, um circuito de “fórmula um”, ou um circuito elétrico. A idéia é ter-

se um caminho, que pode possuir várias derivações e opções de seqüência, mas no

final sempre chega ao início novamente.

O curto circuito é um caminho fechado em si mesmo muito pequeno e quando

se fala em eletricidade, significa um caminho de baixa resistência elétrica, com valor

muito baixo e que pode ser considerado como zero na situação analisada.

Quando se fala em curto circuito, não quer dizer que haja algo pegando fogo e

que existe algo de errado com o circuito elétrico, somente queremos dizer que entre

dois pontos analisados a resistência é zero, como num par de fios de cobre

emendados.

2.1.2 Circuito Aberto

O termo “circuito aberto”, ao contrário do curto circuito, indica que a resistência

elétrica entre dois pontos é muito alta e pode ser considerada como infinita na

análise em questão.

2.1.3 Ligação em Série e Paralelo

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14

Quando temos um circuito elétrico (fig 1), com uma carga ligada nos pontos A e

B, diz-se que a fonte está ligada em série com a carga R. Se eventualmente

ligarmos uma segunda carga (fig 2), dizemos que R1 está em série com R2. Isto

ocorre sempre quando o circuito ou parte dele sujeito a uma tensão, tem um

caminho único para a corrente, obrigatoriamente passando por dois elementos para

chegar ao destino analisado.

Figura 1 - Circuito Elétrico (Fonte: Autor)

Figura 2 - Circuito Elétrico R1+R2 (Fonte: Autor)

Quando ligamos duas ou mais resistências em série, o valor entre os dois

pontos analisados é igual à soma de cada uma das resistências. Quanto maior o

número de resistências ligadas em série, maior a resistência final. A resistência final

será sempre maior do que a maior resistência do circuito analisado.

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Figura 3 - Ligação em Série – R Total (Fonte: Autor )

Figura 4 - Ligação em Série - R Total (Fonte: Autor )

Quando temos um circuito elétrico (fig 5), que quando sujeito a uma tensão, a

corrente da fonte se divide entre dois ramos para depois chegar a um destino

analisado, diz-se que R1 está em paralelo com R2 e o valor total da resistência, é

igual a 1/(1/R1+1/R2+...+1/Rn). Quanto maior o número de elementos em paralelo,

menor será a resistência. A resistência será sempre menor do que a menor

resistência do circuito paralelo.

Figura 5 - Ligação em Paralelo – Cálculo de Corrent e (Fonte: Autor)

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Figura 6 - Ligação em Paralelo - (R1xR2)/(R1+R2)=R Equivalente (Fonte: Autor)

2.1.4 Indução Eletromagnética

Quando uma corrente elétrica circula por um condutor, esta gera um campo

eletromagnético em torno do mesmo. Este campo eletromagnético é mais intenso

quanto mais próximo do condutor e vai diminuindo à medida que se afasta do

mesmo. O campo eletromagnético criado em torno do condutor é diretamente

proporcional a corrente que circula no mesmo e se esta corrente é variável, a

intensidade do campo eletromagnético também é variável (ABRAMCZUK;

CHAUTARD, 1970).

Se houver um outro condutor colocado paralelamente a um que esteja sujeito a

um campo eletromagnético variável, ou um condutor se movimentando dentro de um

campo eletromagnético não variável, ocorre o fenômeno da indução

eletromagnética, na qual o segundo condutor fica sujeito a uma proporção da tensão

aplicada no primeiro, mesmo sem haver resistência elétrica entre os dois. Este é o

princípio utilizado para a fabricação de transformadores e também de geradores.

Note que se tivermos um condutor onde circula uma corrente gerada por uma

máquina alimentada em 220V, com corrente alternada de 60Hz, teremos um campo

eletromagnético variável na mesma freqüência em torno deste condutor e que se

colocarmos um outro condutor em paralelo com este, teremos devido ao fenômeno

da indução eletromagnética, a geração de uma tensão proporcional no segundo

condutor. Quanto maior o comprimento e a proximidade do segundo condutor que

está paralelo ao primeiro, maior será a tensão induzida no segundo.

No caso de transformadores e geradores, este fenômeno é desejado, porém

em muitos casos como no da fiação da rede de energia elétrica, que se ficar imersa

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num superintenso campo eletromagnético ocasionado por um raio, pode ocasionar

altas tensões na rede de energia elétrica local, danificando os aparelhos a ela

conectados. Muito crítica também é a situação onde utilizamos circuitos eletrônicos

digitais interligados por cabos, neles existem comunicação de dados que sofrem

interferência nas informações devido à tensão induzida indesejável.

O magnetismo, que gera a indução eletromagnética pode ser barrado com a

utilização de materiais específicos. Os materiais que deixam o magnetismo

transpassá-lo normalmente, como uma folha de papel são chamados de alta

permeabilidade magnética e os que dificultam e impedem o fluxo magnético, são

chamados de baixa permeabilidade magnética. Quando desejamos diminuir ou

impedir a indução eletromagnética em um cabo, envolvemos este em um material

com baixa permeabilidade magnética, de maneira que as ondas eletromagnéticas

externas ao cabo não possam atingir o mesmo, diminuindo ou impedindo a indução.

Este envolvimento do cabo por este material chama-se blindagem (ABRAMCZUK;

CHAUTARD, 1970).

2.1.5 Lei de Ohm

O matemático e físico alemão Georg Simon Ohm (1789 – 1854) trabalhou como

professor de matemática em diversas escolas e entre 1825 e 1827. Fez vários

estudos com fios elétricos de vários comprimentos, diâmetros e materiais diferentes,

a fim de estabelecer uma relação entre as grandezas de tensão, corrente e

resistências elétricas em circuitos. Do seu estudo surgiu à lei de Ohm, mas esta

permaneceu sem reconhecimento até 1841, quando foi divulgadas e considerada de

grande importância científica.

É interessante observar que Ohm viveu anos sem ter um emprego fixo e com

renda abaixo da média na época. A sua capacidade científica foi recompensada

somente em 1852, quando foi contratado como professor titular da universidade de

Munique, dois anos antes de morrer.

Os estudos de Ohm geraram a lei de Ohm, que define que a corrente em um

circuito ou elemento do circuito é igual ao quociente da tensão elétrica aplicada

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18

sobre este com a resistência elétrica do mesmo (SILVA FILHO, 2007).

Sendo I=corrente elétrica (A)

E=tensão elétrica (V)

R=resistência elétrica (Ù) >> para elementos que tem resistência

fixa temos

I = E/R E=RxI R=E/I

2.1.6 Queda de Tensão

Se tivermos um circuito com duas resistências em série (fig 7), sujeitas a uma

tensão E, a corrente total neste circuito será de I=E/(R1+R2+Rcarga) e a tensão

sobre cada uma das resistências será E=Rn x i. Quando analisamos a diferença da

tensão da fonte, para a tensão de um outro determinado ponto do circuito, como a

carga Rc, dizemos que esta diferença é a queda de tensão no circuito, ou seja, a

diferença da tensão da origem para a tensão do ponto analisado.

Figura 7 - Corrente Total (Fonte: Autor)

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Figura 8 - Queda de Tensão (Fonte: Autor)

Cada material possui uma resistividade elétrica específica (não confundir com

resistência). A resistividade é uma característica do tipo de material e varia de um

tipo para outro. Por exemplo, o cobre possui resistividade bem menor que o

alumínio.

Quanto mais elétrons livres na última camada possuir um determinado material,

menor será sua resistividade (SILVA FILHO; 2007). Os materiais de baixa

resistividade são bons condutores elétricos, mas todos eles, sem exceção, oferecem

uma mínima resistência à passagem da corrente elétrica. Quando um condutor

elétrico é fabricado, a sua resistência varia em função de alguns fatores, cujos

principais são a resistividade do material utilizado, a bitola e o comprimento do

mesmo (SILVA FILHO, 2007).

Para visualizar bem porque isto ocorre, imagine um condutor de um material

qualquer com 1mm² de diâmetro. O condutor apresenta uma determinada

resistência por metro, digamos que para o material analisado seja 1 ohm /metro. Se

tivermos 1 metro de condutor teremos uma resistência de 1 ohm, se tivermos 2

metros teremos um circuito série de 2 resistências de 1 ohm (fig 9), 3 metros, três

resistências de 1 ohm em série e no final terão uma resistência maior, quanto maior

for o comprimento deste (fig 10). Aí fica fácil entender porque quanto maior o

comprimento do condutor, maior a resistência e por conseqüência, maior a queda de

tensão sobre o mesmo.

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Figura 9 - Resistividade de um Condutor em Série (F onte: Autor)

Figura 10 - Resistividade de um Condutor em Série - R Total=R1+R2+Rn (Fonte: Autor)

Figura 11 - Resistividade de um Condutor em Paralel o (Fonte: Autor)

Imagine agora um condutor que seja formado por 10 fios do condutor da

análise anterior. Aí teríamos um circuito como acima, ou seja, 10 resistores de 1 ohm

em paralelo, que iriam gerar uma resistência de 0,1 ohm/metro e em um condutor de

10 metros uma resistência de 1 ohm, 10 vezes menor do que no exemplo anterior.

Então se percebe facilmente, que quanto maior o diâmetro do condutor, menor sua

resistência e por conseqüência menor a queda de tensão em um determinado

circuito.

2.1.7 Extratificação:

Page 21: treinamentoalarme

21

A extratificação, segundo a NBR9441, é um fenômeno físico que ocorre quando

o ar com partículas como a da fumaça é aquecida no caso de um incêndio, ficando

menos denso do que o ar local. Isto faz com que as partículas subam até alcançar

uma altura onde haja equilíbrio térmico devido à temperatura elevada do teto ou

devido à diminuição da temperatura da fumaça pelo ar frio existente no local. Neste

caso a fumaça é impedida de subir, não atingindo sensores que possam estar acima

do ponto onde ocorre este fenômeno.

Em locais onde pode ocorrer este fato, principalmente onde os tetos são muito

altos (acima de 5 metros), deve-se fazer um teste prático com queima de materiais

existentes no local, para definir a quantidade e posição dos sensores a serem

instalados.

2.2 SENSORES E ACIONADORES

Os sensores são os elementos que detectam uma grandeza física e a

transformam em sinal elétrico que possa ser enviado para a central, ou outro circuito

equivalente, que tomará as medidas desejadas.

Podemos dividir os sensores em três grupos principais que seriam os

mecânicos, eletrônicos digitais e eletrônicos analógicos com as seguintes

características:

Mecânicos: São os elementos que necessitam de uma ação mecânica para seu

acionamento. O tipo mais comum é o acionador tipo quebre o vidro, ou um simples

botão de acionamento manual. Entre os sensores mecânicos, se enquadra o

sprinkler com uma válvula de fluxo, que é acionada com a quebra de uma ampola de

vidro devido à dilatação de um líquido existente no seu interior, ou também os

elementos de acionamento por temperatura com contato bimetal.

Eletrônicos digitais: São elementos que possuem um sensor que detecta a

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22

grandeza física, como a temperatura, por exemplo, e que com um circuito eletrônico

interno a analisa e quando atinge níveis pré-determinados, é acionado, informando à

central esta condição.

Eletrônicos analógicos: São sensores que possuem um elemento que detecta a

grandeza física, mas não é acionado somente quando atinge valores pré-

determinados. Estes sensores possuem interfaces internas, que colocam na sua

saída, um sinal variável correspondente à grandeza que está sendo medida. A saída

deste tipo de sensor fornece um sinal variável como uma tensão, um nível de

corrente, ou em outros modelos uma saída para comunicação digital com RS485 ou

outra.

Os acionadores são elementos que necessitam a ação humana para sua

ativação. Existem vários modelos e os mais comuns são os tipos botão e quebre o

vidro, que juntamente com os sensores mais comuns no mercado são descritos a

seguir:

2.2.1 Botão ON/OFF

O botão on/off (ligado/desligado) é composto de uma chave, normalmente na

cor vermelha inserida em uma caixa, ou espelho com a indicação “APERTE EM

CASO DE INCÊNDIO”. Este tipo de acionador é utilizado em situações específicas

por ser fácil seu acionamento acidental, ou por pessoas/crianças sem haver a

condição de emergência desejada.

2.2.2 Acionador Quebre o Vidro

O acionador tipo quebre o vidro é composto de um botão de pressão que fica

normalmente pressionado por um vidro a sua frente na caixa onde está inserido.

Possui uma indicação “EM CASO DE INCÊNDIO QUEBRE O VIDRO” e é

acompanhado de um martelinho fixado por um cordão a caixa, que deve ser utilizado

para a quebra do vidro em caso de incêndio. Quando ocorre o rompimento do vidro,

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23

o botão é liberado, acionando o sensor.

Existem modelos que possuem uma ferramenta para efetuar testes no

acionador, sem ocasionar a quebra do vidro, que precisaria ser reposto nesta

condição.

Conforme o projeto, pode-se exigir que o acionador manual possua leds

indicativos de conexão com a central e também de sensor ativado. Normalmente um

led verde oscilante e outro aceso vermelho para estas condições respectivamente.

Figura 12 - Acionador quebra vidro c/ martelinho (F onte: Bosch)

Figura 13 - Acionador quebra vidro por pressão (Fon te: Bosch)

Figura 14 - Quebra vidro a prova de explosão (Fonte : Nutsteel)

2.2.3 Acionador Tipo Alavanca

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24

Figura 15 - Acionador Tipo Alavanca (Fonte: Bosch)

Este acionador é composto de uma alavanca que aciona uma chave no seu

interior. É um tipo que dificulta o acionamento acidental, principalmente em ambiente

industriais, depósitos, ou outros, onde o “quebre o vidro” pode sofrer choques e

quebra indesejada na manipulação de objetos no local. Este tipo normalmente

possui meios de memorização de acionamento. Esta memorização pode ser feita

por elementos mecânicos como uma ampola de vidro interna, ou trava mecânica que

obriga a manipulação por pessoal autorizado, com uso de chaves, a fim de haver

confirmação do acionamento. Este modelo também pode possuir leds de indicação.

>> - Segundo a NBR9441

• Deve ser instalada em área de maior circulação de pessoas como em

corredores, hall’s e locais de saída.

• Deve ser instalado entre 1 e 1,6 metro acima do solo.

• Quando for utilizado modelo de embutir, deve ser afixada uma sinalização de

indicação do acionador, a uma altura de aproximadamente 2,5 metros do solo, ou no

teto.

• Todo sistema de alarmes de incêndio deve possuir no mínimo um acionador do

tipo manual.

• A distância máxima a ser percorrida, sem obstáculos até um acionador manual,

não deve passar de 16 metros e a distância entre dois acionadores não deve ser

superior a 30 metros.

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25

• Em edificação com mais de um nível, deve existir ao menos um acionador por

andar.

• O acionador deve possuir internamente, ou em conjunto, uma indicação de

funcionamento e de acionamento.

2.2.4 Sensor de Temperatura

O sensor de temperatura é composto de um elemento que detecta a

temperatura ambiente. Este elemento pode ser um contato bimetal (sensor

mecânico), ou termistor, que é um componente eletrônico que tem variação na sua

resistência em função da temperatura. O mecânico é ajustado para fechar o contato

quando a temperatura chegar ao valor que se deseja o alarme (GAGNON; KIRBY,

2003). O eletrônico pode ser digital ou analógico. No caso do digital, um circuito

eletrônico é acionado quando a temperatura chega ao valor pré-determinado. O

modelo analógico envia através do seu meio de comunicação, corrente, tensão ou

código digital, a temperatura, que está medindo e o acionamento ou não, é feito

mediante programação na central.

O sensor de temperatura não deve ser utilizado como único detector de

incêndio em locais onde haja pessoas. É recomendado para locais sem pessoas

para proteção de bens materiais como depósitos e afins.

Figura 16 - Sensor de temperatura programável (Font e: Chemetronics)

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26

Figura 17 - Sensor de temperatura fixa pré calibrad o (Fonte: Instrutemp)

>> NBR9441

• O espaçamento para instalação de sensores térmicos é 6 metros.

• A distância máxima entre a parede e o primeiro sensor deve ser de até 3 metros.

• Quando a altura dos sensores for maior que 7 metros, o espaçamento deve ser

diminuído.

• Devem ser fixados no teto a no mínimo 15 centímetros da parede, ou na parede

a uma distância entre 15 e 30 centímetros abaixo do teto.

• Para até 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no mínimo 20

graus acima da temperatura ambiente.

• Quando acima de 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no

mínimo 10 graus acima da temperatura ambiente.

2.2.5 Sensor Termovelocimétrico.

O sensor termovelocimétrico detecta a elevação de temperatura em função do

tempo. Quando a elevação é muito rápida (normalmente mais do que 7 graus por

minuto), ele entende como situação de perigo e é acionado.

O princípio do modelo mecânico vem de uma câmara com ar, que possui

limitação de fluxo de saída. Quando a temperatura se eleva rapidamente, o ar no

interior da mesma se expande e como o fluxo de saída é limitado, move uma

membrana que aciona o contato.

O modelo eletrônico é fabricado com diversos circuitos, no mais comum, com

dois termistores (resistor que varia seu valor em função da temperatura) que

possuem tempo de resposta diferente em função da variação da temperatura.

Page 27: treinamentoalarme

27

Assim, se a diferença da resistência entre eles ultrapassar um determinado valor, o

circuito identifica a elevação rápida da temperatura e aciona o sensor.

O sensor termovelocimétrico é um sensor muito utilizado em áreas onde podem

existir partículas em suspensão, ou em condições normais a presença de fumaça,

sem haver incêndio. Em locais como garagens, silos ou indústrias têxteis.

O sensor termovelocimétrico nunca deve ser usado como único elemento

sensor onde haja a presença de pessoas, pois sua ativação é retardada, ocorrendo

quando o incêndio já está caracterizado. Nestes locais deve ser previsto outro tipo

de sensor para funcionar em conjunto.

>>segundo a NBR9441 e NFPA

• O espaçamento para instalação de sensores térmicos é 6 metros.

• A distância máxima entre a parede e o primeiro sensor deve ser até 3 metros.

• Quando a altura dos sensores for maior que 7 metros o espaçamento deve ser

diminuído.

• Devem ser fixados no teto, à no mínimo 15 centímetros da parede, ou na parede

a uma distância entre 15 e 30 centímetros abaixo do teto.

• Para até 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no mínimo 20

graus acima da temperatura ambiente.

• Quando acima de 60 graus Celsius, a temperatura de detecção deve ser no

mínimo 10 graus acima da temperatura ambiente.

2.2.6 Sensor Ótico:

O sensor ótico é um sensor eletrônico composto de um foto-diodo e um led

emissor de infravermelho. Os dois componentes são fixados no interior de uma

câmara e separados por um "labirinto", que impede que em condições normais, a luz

do LED chegue até o foto-diodo. Quando há presença de fumaça no interior da

câmara a luz emitida pelo LED é desviada pelas partículas da fumaça e atinge o

foto-diodo, que é sensibilizado, atuando o sensor. O conjunto emissor/receptor fica

inserido dentro de uma câmara que possui pequenos orifícios para a entrada da

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28

fumaça. Por este motivo o mesmo requer uma limpeza periódica. O mesmo pode ser

testado com gases especiais que simulam a presença da fumaça no sensor. A

aplicação do sensor ótico se diferencia da do iônico e de maneira simples, podemos

dizer que é indicado para partículas com medida de 0,4 a 10 mícrons e o iônico de

0,01 até 0,4 mícrons (SYSTEM SENSOR, 2005).

Figura 18 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Sem fu maça) (Fonte: Autor)

Figura 19 - Câmara com Circuito Foto Sensor (Com Fu maça) (Fonte: Autor)

O sensor ótico de fumaça é o tipo mais utilizado devido à rápida resposta e a

segurança que oferece. É indicado para locais onde haja pessoas presentes. Não

deve ser utilizado em locais com partículas em suspensão, ou fumaça sem situação

de incêndio, tais como garagens, cozinhas, silos e indústrias têxteis.

Figura 20 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Bosch)

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Figura 21 - Sensor óptico de Fumaça (Fonte: Alarmse g)

>> segundo a NBR 9441 e NFPA

1. O sensor ótico deve ser instalado preferencialmente no teto.

2. O espaçamento é de um sensor a cada 9 metros de distância, para uma altura

de até 8 metros.

3. A distância máxima das paredes laterais deve ser de 4,5 metros.

4. O sensor pode ser colocado em paredes e neste caso deve ser fixado entre 15

e 30 centímetro abaixo do teto e a uma distância sempre superior a 15 centímetros

do canto das paredes.

5. O projetista, ou instalador devem ter conhecimento sobre as condições físicas

do local, a fim de analisar falhas causadas pela extratificação, ou outros fenômenos

físicos que possam alterar o funcionamento do sensor, efetuando as alterações

necessárias nestas condições.

Existem vários outros parâmetros que modificam a quantidade e

posicionamento dos sensores óticos, que podem ser consultados na NBR 9441 ou

NFPA e a recomendação é que sejam feitas uma simulação com a queima dos

materiais presentes no local, a fim de ver o comportamento dos fenômenos físicos e

o tempo de resposta do modelo utilizado, efetuando alteração de posicionamento e

quantidade em caso de falha, ou demora na detecção.

2.2.7 Sensor Iônico:

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Figura 22 - Sensor Iônico (Fonte: System Sensor)

O sensor iônico de fumaça se baseia no princípio da formação de uma

corrente de íons, ocasionada por uma pequena porção de um elemento radioativo,

normalmente o Americium 241, colocado entre duas placas eletricamente

carregadas. Algumas moléculas ganham e outras perdem elétrons e são atraídos

pelas placas de potencial oposto, gerando uma pequena corrente de íons, que é

monitorada pelos circuitos sensores. Quando existe fumaça presente na câmara, as

moléculas ionizadas colidem e se combinam com as partículas de fumaça,

diminuindo a corrente de íons. Esta condição é identificada pelo circuito eletrônico

que aciona o sensor.

Tecnicamente existiria um problema que é a alteração da corrente de íons

quando ocorre a variação da umidade ou de pressão do ar por causas

meteorológicas, que ocasionaria um alarme falso. Para eliminar este problema, o

sensor possui duas câmaras, uma de referência que sofre ação da umidade e da

pressão do ar, mas que fica numa área interna que não permite a entrada das

partículas de fumaça, que são muito maiores do que as moléculas do ar e uma

segunda, que recebe a ação da fumaça, que é a câmara sensora. Quando existe a

presença de fumaça, apenas a câmara sensora irá perceber esta variação, gerando

uma diferença no valor da corrente medida em cada uma das câmaras. Neste caso,

o circuito identifica que há a presença de fumaça, acionando o sensor (SYSTEM

SENSOR,2005).

O sensor iônico foi muito difundido devido a sua alta eficiência, principalmente

por detectar o incêndio antes mesmo da formação do fogo, devido ao fato de os

gases comuns à queima também afetarem as moléculas ionizadas pelas placas.

Hoje em dia existe uma limitação na sua aplicação devido a restrições de

importação deste produto, ocasionada por normas do ministério da saúde, que

exigem o controle de descarte adequado para o elemento radioativo presente nos

sensores.

O sensor iônico é indicado para uso em locais onde haja materiais, cujos

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resíduos da queima gerem partículas de 0,01 mícrons até 0,4 mícrons e também

onde normalmente existam partículas de poeira em suspensão, que poderiam

acionar o sensor ótico sem a existência de fumaça.

POSICIONAMENTO

• O posicionamento dos sensores iônicos segue as mesmas regras de uso de

sensores óticos.

1.2 Sensor químico

O sensor químico, atualmente representa o tipo mais moderno de tecnologia

com um único sensor na detecção de incêndio. Com esta tecnologia, este sensor

substitui os iônicos com a vantagem de não possuir limitações legais e outras como

para empresas com certificação ISO que não permite o uso do com elemento

radioativo.

O sensor químico mede o nível do monóxido de carbono gerado na queima e

aciona o alarme. Possui a mesma rapidez e vantagens do sensor iônico. Embora a

NBR9441 não discurse sobre este tipo de sensor, os fabricantes recomendam o

mesmo espaçamento utilizado com os sensores óticos.

2.2.8 Sensor Filtro Poeira

Figura 23 - Sensor Filtro Poeira (Fonte: System Sen sor)

O sensor filtro poeira é um sensor do tipo ótico, desenvolvido por alguns

fabricantes para a utilização em ambiente onde existam partículas em suspensão,

que poderiam acionar um sensor ótico comum, ou em locais onde elementos

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químicos presentes poderiam acionar um sensor iônico, tal como em indústrias

têxteis, químicas, silos e outros.

Este sensor possui um sistema de circulação de ar especial e um filtro que

impede a entrada de partículas em suspensão. O inconveniente destes sensores é

que necessitam uma manutenção em períodos menores, dependendo do nível de

poluição do local. Um sensor típico desta tecnologia é o FILTREX da System

Sensor.

2.2.9 Sensor Infra Vermelho por Interrupção de Feixe

Figura 24 - Sensor Infravermelho (Fonte: Bosch)

O sensor infravermelho por interrupção de feixe, ou sensor linear é composto

de uma unidade transmissora de luz infravermelha e outra receptora. O receptor fica

monitorando a luz do emissor. Quando ocorre oscilação na intensidade da luz

recebida, o circuito eletrônico analisa e interpreta a existência de fumaça, ativando o

sensor. Estes sensores são fabricados para diversas distâncias, mas os tipos mais

comuns são para espaçamento de aproximadamente 100 metros.

Posicionamento:

• A maioria dos fabricantes define o espaçamento para sensores por

obscurecimento de feixe, para uma distância de 18 metros de intervalo e no máximo,

distante 9 metros da parede.

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2.2.10 Sensor de Dutos

O sensor de dutos é utilizado para monitorar a existência de fumaça dentro de

dutos de ar condicionado. O sensor possui um tubo que fica dentro do duto e uma

pequena bomba, que aspira uma amostra do ar que circula ali. Este tubo é

conectado a uma câmara com um sensor que detecta a existência de fumaça e ativa

o alarme. O sensor inserido dentro da câmara é um sensor ótico, ou iônico

convencional e exige os mesmos cuidados de manutenção que o sensor avulso não

conectado ao duto.

2.2.11 Sensor de Gás GLP

Figura 25 - Sensor de Gás (Fonte: AlarmSeg)

O sensor detector de gás é utilizado em locais onde os vazamentos de gases

específicos pode ocasionar o início de um incêndio, ou uma explosão. Os mais

comuns no mercado são os para propano e butano (gás de cozinha), ou o de gás

natural (metano/GNV).

Os sensores de gás, normalmente detectam o acúmulo de gás em uma

determinada área. Para cada gás existe uma concentração a partir de quando há

perigo de explosão. Como este nível não tem um patamar exato, apartir de quando

ocorre ou não a explosão, é definido um limite superior e um inferior. O sensor irá

indicar sua sensibilidade, com o percentual abaixo do nível inferior do limite de

explosão, que quando ultrapassado aciona o alarme. Segundo as normas brasileiras

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(Departamento Nacional de Combustíveis), para depósitos e cozinhas industriais,

esses devem ser acionados quando a concentração chega 10 % do limite inferior de

explosão. (DNC, 1996).

Como á especificação informa a concentração máxima de gás em uma

determinada área, não existe uma definição exata da área de abrangência do

mesmo, mas alguns fabricantes recomendam o seguinte:

• A área de cobertura de um sensor é de até 2 metros do sensor, protegendo uma

área de 16 metros quadrados.

• Para gases mais pesados do que o ar, como propano e butano, o sensor deve

ser instalado 40 centímetros acima do chão.

• Para o gás natural, que é mais leve do que o ar, o sensor deve ser instalado 40

centímetros abaixo do teto.

2.3 CIRCUITOS :

Os circuitos são formados pelos periféricos, como sensores, sirenes e outros

módulos interligados a central através de cabos. Os circuitos são definidos em dois

tipos principais segundo seu nível de segurança, que são:

2.3.1 Circuito em Classe A:

O circuito classe A é definido por um cabo que sai da central, passa pelo

caminho onde estão ligados os periféricos e depois retorna a central, de preferência

por um caminho distinto. Este tipo de circuito deve ser monitorado pela central e em

caso de interrupção do cabeamento, a central deve continuar funcionando total ou

parcialmente.

2.3.2 Circuito em Classe B:

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35

O circuito classe B é formado por um cabo que sai da central e não retorna à

mesma. Neste caso, quando ocorre uma ruptura, é eliminado todo o circuito ligado

após o ponto de interrupção.

2.3.3 Isolador de curto circuito

A fim de proteger o sistema de desligamento de todo o circuito de sinalização,

ou sensores em caso de curto-circuito, existe um periférico chamado de isolador de

curto-circuito, que é um elemento que identifica o “curto” e que possui um relê que

elimina partes do circuito em caso de detecção deste problema. Quanto mais

isoladores forem colocados em um laço físico classe A, mais seguro fica o sistema,

pois menos elementos serão desligados no caso do problema, visto que sempre dois

isoladores irão detectar o curto circuito e os elementos entre eles ficarão

desativados.

2.4 CIRCUITO, LAÇO OU ZONA?

Comumente ocorre confusão na definição de circuitos, laços e zonas em

sistemas de alarme de incêndio. Como foi visto na parte de conceitos básicos, um

circuito é um caminho que uma corrente irá percorrer chegando a um destino final.

No sistema de alarme de incêndio, seria um dos conjuntos de fios necessários à

ligação de sensores ou outros elementos.

A definição de zona refere-se a um conjunto de elementos, que podem estar

ligados em circuitos diferentes, mas que para análise do sistema estão concentrados

em uma área definida, devem seguir um comportamento e possuir indicação

específica no sistema de alarme de incêndio. Por exemplo, a zona do primeiro

andar, que possui sensores, sirenes, acionadores, etc, podendo estar ligados em

diferentes circuitos, mas que para o sistema serão designados como elementos do

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primeiro andar.

Já a idéia de “laço”, fica numa definição intermediária entre circuito e zona, o

que causa muita confusão em projetos, normas e entendimentos, pois a idéia de

laço vem de “laçar”, ou agrupar, como em uma zona, mas também pode ser

interpretada como um circuito com um conjunto de elementos interligados por um

cabo específico. Portanto é recomendável não utilizar este termo na especificação, a

fim de evitar erros de interpretação e implantação nos sistemas de alarme de

incêndio.

2.4.1 Circuitos de sensores convencionais.

Os circuitos convencionais são definidos como um conjunto de sensores e

acionadores interligados por um cabo até a central convencional. O circuito

convencional pode ser elaborado com 2 ou 4 fios. Os circuitos convencionais de

alarme de incêndio são quase na totalidade, circuitos abertos que possuem um

resistor de final de linha, a fim de identificar a interrupção da fiação.(veja central

convencional)

Nos circuitos de 2 fios, a alimentação dos sensores é fornecida no mesmo par

de cabos que irá detectar o acionamento. Nesta configuração os diversos sensores

ligados em “paralelo” estão em aberto e alimentados pelo circuito. Quando há o

acionamento, a resistência do sensor cai a níveis muito abaixo do valor do resistor

de fim de linha, mas sem ficar em curto circuito, permitindo à central diferenciar a

situação de curto circuito na fiação, da de uma interrupção, ou disparo do sensor.

Nos circuitos com 4 fios, a alimentação é feita em separado do acionamento.

Isto torna o sistema mais compatível com diferentes marcas e tipos de sensores que

possuem consumo de energia maior e poderiam gerar falhas num circuito

convencional de dois fios.

Embora a ligação dos sensores em um circuito convencional seja

“eletricamente” em paralelo, comumente, os sensores possuem 2 terminais de

entrada e 2 de saída para fazer a ligação da fiação com os elementos em série

(considerando-se apenas sensor 2 fios, ou à parte de detecção nos sensores 4 fios).

Estes terminais de entrada e saída são curto-circuitados internamente e a finalidade

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é evitar que o produto seja instalado com derivações na fiação (nós), pois neste

caso, se um sensor tiver a fiação interrompida, a central não poderá identificar esta

situação, tirando a confiabilidade do sistema. Mesmo que o sensor não possua 2

terminais de entrada e dois de saída, é extremamente recomendável fazer a ligação

com um fio entrando e um segundo fio saindo do sensor.

Segundo a NBR 9441

• O número máximo de sensores a serem ligados e um circuito convencional é

de 20 sensores/acionadores.

• O circuito convencional deve possuir indicação de acionamento e falha no

painel da central

2.4.2 Circuitos de sistemas endereçáveis

Os circuitos endereçáveis normalmente são compostos de um par de fios

polarizados e torcidos com blindagem. Da mesma maneira que no convencional, os

sensores possuem 2 terminais de entrada e 2 de saída curto-circuitados e devem

ser ligados em série. Isto ocorre porque nestes circuitos (também chamados de

barramento ou BUS de dados) trafegam sinais de dados de alta freqüência e quando

existem várias terminações (em uma topologia do tipo raiz), ocorrem reflexões

múltiplas do sinal nas terminações, gerando problemas de eco e perca de dados na

comunicação.

No circuito endereçável não existe resistor de fim de linha e a localização de

interrupção é feita simplesmente quando não há uma resposta na chamada de um

determinado endereço.

Nos circuitos endereçáveis, dependendo modelo e do fabricante, é possível

com o mesmo par de fios dos sensores, ligar sirenes e indicadores visuais.

Os circuitos endereçáveis funcionam com distâncias variáveis, dependendo do

fabricante indo de um mínimo de 1000m até 2500m em alguns casos específicos.

Normalmente utilizam o padrão RS-485.

Novamente a NBR 9441 é confusa quanto à definição do número de sensores

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num circuito endereçável. Em determinado ponto, informa que o número máximo é

de 20 sensores por circuito. Observe que todos os conceituados fabricantes destes

produtos elaboram seus projetos para aceitar mais de 100 endereços/sensores por

circuito e na prática comumente não se observa um sistema com apenas 20

elementos no circuito endereçável. De qualquer maneira, existe nela em seu item

5.2.7.3 o seguinte texto:

“Um circuito de detecção pode alimentar no máximo 20 detectores

automáticos ou uma combinação de 20 dispositivos en tre detectores

automáticos e acionadores manuais. Isto corresponde uma área máxima de

1600m², interligada por uma linha ou laço interliga ndo detectores de fumaça.

No caso em que uma falha possa eliminar mais de uma linha, laço ou circuito

de supervisão, os elementos críticos devem ser dupl icados ou triplicados sem

interação entre eles. No caso de mau funcionamento, deve existir uma

proteção adequada de tal forma que a falha não poss a inibir o funcionamento

de outros circuitos não diretamente afetados pela c ausa”.

Notas: a) A quantidade de 20 detectores é a mínima necessária para a

cobertura desta área. No caso em que for necessário o aumento da quantidade

de detectores na área de 1600m², para garantir a de tecção do começo de um

incêndio dentro dos padrões desta norma, a linha de detecção pode conter

mais que vinte detectores, mas não exceder a quanti dade de 30. Pelo risco

envolvido, o cliente ou os órgãos competentes pode optar para o uso de duas

linhas de detecção para supervisionar uma única áre a, para evitar a total falta

de proteção, no caso de manutenção anual ou no caso da falha na fiação de

interligação.

2.4.3 Circuitos de sirenes e indicadores visuais

Os circuitos dos avisadores se diferenciam dos circuitos dos sensores, por

normalmente não exigirem cabos especiais e principalmente porque a corrente

nestes circuitos é muito maior do que nos de sensores.

A corrente típica de um indicador sonoro e visual está na faixa de 200 a 400

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mA. Neste caso, com uma instalação de 20 unidades, teríamos uma corrente de 4 a

8 A, o que é uma corrente considerável alta para circular em cabos de grande

comprimento. Fique atento a isto quando for elaborar o projeto e instalar um sistema.

A norma não define número máximo de avisadores em um circuito.

Os circuitos de avisadores, normalmente são supervisionados e possuem

resistor de fim de linha para identificar curto-circuito e interrupção. A ligação dos

avisadores também deve ser feita em série, com um fio entrando e um fio saindo de

cada conector, sem utilização de derivações.

2.5 CENTRAIS:

A central em um alarme de incêndio é o elemento que concentra os comandos

do sistema. Nela são ligados os sensores e é feito o processamento para o disparo,

ou não, dos indicadores. Ela é responsável pelo monitoramento dos periféricos do

sistema, devendo indicar possíveis falhas e defeitos. Também é a central que

comanda o fornecimento de energia, normalmente suprindo a mesma em caso de

falta, com um no-break interno.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas, em sua norma NBR 9441

especifica características indispensáveis a uma central de alarme de incêndio, cujos

aspectos mais relevantes dizem que:

• O painel frontal deve possuir controles protegidos de acionamento acidental,

permitindo o acesso visual das indicações de alarme/emergência.

• Deve possuir indicador dos circuitos e identificação que permita a fácil

localização da origem de um acionamento.

• Todas as conexões devem ser feitas com bornes e identificadas.

• Deve permitir a conexão de sirenes e indicadores visuais externos.

• Deve permitir o desacionamento dos elementos sonoros externos.

• Deve permitir o desacionamento de laços de detecção.

• Deve possuir indicação individual de “fogo”, independente para cada circuito de

acionamento.

• Indicação de defeito individual para cada circuito

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• Indicador de problema no fornecimento de energia da bateria ou AC

• Deve possuir 2 fontes de energia (110/220 VCA e 24 VCC) e qualquer uma

delas deve suportar ao menos 24 horas em supervisão e 15 minutos em

alarme.

• A indicação de incêndio deve ser memorizada mesmo com o desacionamento

das sirenes.

As centrais diferem-se no número e tipo de periféricos que suportam, tecnologia

utilizada, aplicação e muitos outros fatores. Na seqüência são apresentados os tipos

mais comuns utilizados em alarmes de incêndio.

2.5.1 Centrais Convencionais:

Figura 26 - Central Convencional (Fonte: General E letric)

No sistema de alarme de incêndio, deve existir um modo de indicação do

ponto, ou zona violados (conjunto de sensores ligados em uma mesma área

monitorada) e também indicação da situação de fiação interrompida, ou em curto-

circuito. Nas centrais mais antigas, esta indicação normalmente é feita com o uso de

leds, que acendem nas condições desejadas. Nas mais modernas, através de texto,

apresentado em um display de cristal líquido.

A definição de central convencional vem da maneira como os sensores, ou

zonas são interligadas com a central. No tipo convencional, existe um fio, ou

conjunto de fios, ligando cada zona até a central. Por exemplo, em uma central com

dez zonas, teremos dez conjuntos de fios, sendo utilizado ao menos um para cada

zona se interligar com a central e indicar condição de alarme ou problema. O

sistema convencional possui limitações devido a grande quantidade de fios e

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ligações necessários a sua implantação e também a dificuldades para ampliação, ou

modificações no sistema já existente.

As centrais convencionais, gradativamente, estão sendo substituídas no

mercado pelas do tipo endereçável, cujas vantagens e princípios vemos abaixo.

2.5.2 Centrais Endereçáveis:

Figura 27 - Central Endereçável (Fonte: Bosch)

As centrais endereçáveis são implementadas com microprocessadores

internos, que a permitem “conversar” com os elementos ligados a sua fiação. Esta

comunicação entre central e periféricos é feita normalmente com linguagem binária,

tal como numa rede de computadores e com o uso de um único par de fios para uma

grande quantidade de sensores, ou outros elementos.

A definição de endereçável, vem do modo de comunicação. Os elementos

externos, que podem ser sensores, sirenes, módulos de relês, módulos de entrada

de chaves, painéis repetidores, teclados remotos, ou outros, recebem um número,

que pode ser gravado no periférico na sua fabricação, através de chaves

programáveis pelo usuário, com programadores eletrônicos específicos e outros

meios. Esse número é diferente para cada um dos elementos do sistema e é

chamado de endereço. Quando a central está em funcionamento, ela foi programada

para conhecer cada endereço e que tipo de periférico está ligado ao mesmo. A

central gera um número inicial de uma lista com todos os endereços, mandando este

ao par de fios (que é chamado de barramento) onde estão ligados os elementos.

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42

Todos os elementos ficam constantemente monitorando o barramento e

quando “lêem” os seus endereços presentes no mesmo, se ativam, estabelecendo

uma comunicação com a central. Note que quando isto ocorre, apenas um elemento

está ativo e todos os outros estão em condição de espera. Nesta comunicação, o

sensor pode enviar dados monitorados no local, tensão de alimentação e diversas

outras informações dependendo do seu tipo. Se for um elemento de saída, irá

receber informações da central, como aviso para ativar um relê, acender uma

lâmpada, disparar uma sirene, dados a serem apresentados num display, ou

qualquer outro para o qual o periférico esteja programado.

Quando o processo de comunicação com o primeiro endereço termina, a

central passa para o segundo da lista, repete o processo e assim continua

sucessivamente, reiniciando do começo da lista quando a mesma chega ao fim. A

“conversa” com cada um dos elementos endereçáveis, se dá numa fração de

segundos, na ordem de mili ou micro segundos e é repetida muitas vezes por

segundo, dependendo do número de endereços, do tipo de periférico e da

velocidade de trabalho da central. Por este motivo, o endereçamento sucessivo dos

elementos, é que a central é dita “endereçável”.

A central endereçável possui muitas vantagens em relação a uma

convencional, tais como:

• Menor custo da fiação por utilizar um único par de fios.

• Facilidade de ampliação sem alterar muita a infra-estrutura existente.

• Permitir monitorar e enviar várias informações com o elemento remoto, sem

necessidade de aumento de fios.

• Diversas opções de análise de problemas, como curto circuito, circuito aberto,

tensão de alimentação em desacordo, nível de sujeira, aterramento indevido, alto

nível de interferência, etc.

• Possibilidade de grande número de sensores, com indicação independente no

painel da central.

2.5.3 Central Analógica:

Quando fazemos o monitoramento de locais para detecção de incêndio, o

Page 43: treinamentoalarme

43

momento da ativação da situação de alarme pode ser definido pelo sensor, ou pela

central. Nas centrais mais modernas, o sensor faz a leitura de algum parâmetro, tal

como temperatura, nível de fumaça, gás, ou outro e envia o valor medido para a

central, que irá interpretar o valor recebido (que pode ser variável dentro de uma

grande gama) e dependendo da maneira como está programado, ativar, ou não, o

alarme. Este tipo de central é chamada de central analógica. Note que ela pode ser

tanto convencional quando possuir um fio para cada sensor ligado até a central, ou

endereçável, quando converte o sinal analógico para um dado passível de ser

enviado na comunicação em uma central endereçável. Em muitos casos, estas

centrais são chamadas de centrais inteligentes, devido ao fato de usuários leigos

imaginarem que a central analógica possui tecnologia inferior.

As centrais analógicas possuem uma grande vantagem em relação as digitais,

para identificar com maior precisão o início do incêndio. Nelas, como o sensor

informa o nível em qualquer momento e não só quando chega a um valor pré-

determinado, pode-se programar o acionamento, ou alerta com níveis muito baixos

de fumaça, ou com pequenas variações de temperatura, baixos níveis de vazamento

de gás e outros parâmetros, que dependendo de uma programação eficiente, tornam

o produto muito mais confiável.

A central analógica permite re-programar todo o sistema em função de

mudanças que alterem as características dos parâmetros comuns à detecção de

incêndio. Como exemplo, poderíamos citar um hotel que possui ala de fumantes e

não fumantes. Na ala de fumantes, o nível de fumaça que deve indicar a condição

de alarme é muito superior ao nível que acionaria o alarme na ala de não fumantes.

Imagine que o hotel resolva inverter essas alas, passando a de fumantes ser de não

fumantes e vice-versa. Com um sistema digital os sensores teriam que ser

substituídos e a instalação refeita. Já num sistema analógico, bastaria uma

reprogramação do nível de alarme dos sensores. Outro exemplo seria uma indústria,

que tem produção de itens conforme a solicitação do cliente. Dependendo do tipo de

produto que se está fabricando, a linha de produção irá trabalhar com determinada

temperatura e nível de fumaça presente no local. Produzindo outro item, esses

parâmetros podem mudar bruscamente, o que com o uso de uma central analógica

não seria problema, devido à possibilidade de reprogramação da mesma com os

novos parâmetros desejados.

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44

2.5.4 Centrais Digitais:

A definição de central digital vem do princípio da comunicação digital, onde

possuímos apenas 2 níveis lógicos, o nível lógico “1” e o nível lógico “0”. Em

eletrônica, na comunicação de dados, essas informações comumente são

interpretadas como nível lógico “1” na presença de tensão e nível “0”, com tensão

igual a 0. A geração ou transmissão de seqüências de níveis lógicos “1” e “0”

formam um número binário, que é decodificado pela central e transformado em

dados para seu funcionamento. Todas as centrais endereçáveis utilizam a

comunicação de dados para monitorar os sensores e fornecer informações sobre a

situação do local monitorado, porém, isto não define que a central é digital ou

analógica. Esta definição vem do tipo de informação que o sensor e central usam na

sua comunicação. Quando o sensor envia o nível do parâmetro medido e a

interpretação de alarme, ou não, é feita pela central, a central é dita analógica

(embora trabalhe com comunicação digital), e quando o parâmetro medido (nível de

fumaça, por exemplo) é interpretado pelo sensor, que quando detecta uma condição

de alarme, apenas informa a central esta condição, (sem informar o nível de fumaça

existente no local monitorado) a central é dita digital, pois apenas informa a

existência de alarme, ou não, sem passar detalhes que possam ser interpretados

pelo software existente na central, passível de alteração pelo programador da

mesma.

2.5.5 Centrais de Laço Cruzado e Sistema Algoritmo

Em locais onde as características físicas que causam o acionamento do

sistema de alarmes é muito variável, fica difícil estabelecer parâmetros, mesmo com

o uso de uma central analógica. Imagine a detecção de incêndio em uma cozinha,

ou um teatro como exemplo. Os parâmetros são variáveis, dependendo de vários

fatores como horário e temperatura externa, presença ou não de fumantes, etc.

Para evitar falsos alarmes em locais com estas características, alguns

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45

fabricantes desenvolveram um tipo de sensor que se chama “sensor algoritmico”,

que funciona sempre com uma central analógica. Os sensores, ou as centrais

possuem parâmetros de comparação para interpretar os sinais de diversos locais

onde comumente são utilizados. Os sensores podem possuir tecnologias como

ótico, químico, temperatura, ou outra e também utilizar várias tecnologias em um

único sensor. Os fabricantes ensaiam o comportamento de cada uma das

características físicas em diferentes ambientes e elaboram uma tabela, sabendo o

comportamento das mesmas, que são medidas, em caso de incêndio. Assim sendo,

na programação será definido o tipo de local onde ele está instalado e a central

utilizará o algoritmo pré-testado para este ambiente. Com isto, consegue-se uma

detecção muito mais rápida e com um número muito menor de falsos alarmes.

Como exemplo, podemos citar a central FPA5000 da BOSCH, que possui

sensores dos tipos ótico, químico, temperatura e outros em desenvolvimento. Estas

tecnologias são combinadas em um único sensor e a central permite programar sua

utilização em locais como cozinhas, salas de teatro, e uma grande gama de outros

locais.

Outro tipo de programação utilizado onde se deseja a segurança para não

acionamento com falsos alarmes, é a utilização de laço cruzado. O laço cruzado é

muito utilizado em sistemas de extinção por gases, onde se requer uma segunda

confirmação antes da liberação do gás, que em alguns casos possui alto custo e em

outros pode ser nocivo à saúde. Nestes casos, a saída de acionamento só é ativada

quando um segundo laço, ou sensor programado previamente, é acionado. Desta

maneira, um falso alarme ocasionado por uma falha, ou erro de interpretação de um

sensor é eliminado, gerando um sistema bem mais confiável e seguro. A mesma

central BOSCH FPA5000 possui esta característica.

2.6 INDICADORES:

Os indicadores são os elementos que informam a condição de alerta, ou

incêndio para as pessoas presentes no local (GAGNON; KIRBY, 2003). Os

indicadores mais comuns são as sirenes e indicadores visuais. No projeto do

sistema de proteção contra incêndio, devem ser observados vários aspectos para a

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46

eficiência destes elementos. É preciso identificar a distância até onde cada tipo de

indicador deve atuar, as características físicas, como nível de ruído existente no

local e a capacidade das pessoas em identificar o alarme recebido.

2.6.1 Painéis Repetidores

Figura 28 - Painel Repetidor (Fonte: Bosch)

Os painéis repetidores são equipamentos que mostram remotamente,

informações identificadas pela central. Os modelos mais simples mostram através de

LEDS a zona que foi ativada e em outros casos possuem uma planta do local, com o

led acendendo no ponto respectivo. Outros modelos informam em forma de texto em

um display, vários dados com o nome da zona alarmada e também o tipo de

problema identificado. Alguns painéis repetidores permitem a interatividade do

usuário para resetar o alarme, ou tomar medidas quanto ao sistema de prevenção

de incêndio. É recomendável a utilização de um painel indicador remoto junto à

brigada de incêndio e também junto aos componentes do grupo que deve tomar

providências em caso de alarme.

2.6.2 Indicador Sonoro

O som é uma onda mecânica provocada pelo deslocamento do ar e identificada

pelo ouvido humano. Conforme a repetitividade dessas ondas, temos uma

freqüência maior, ou menor, sendo que os mais graves possuem freqüências

menores e os mais agudos, freqüências maiores (GAGNON; KIRBY, 2003). Para

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47

uma pessoa normal, o som percebido varia de 20 a 20.000 hertz, sendo que o

ouvido humano possui diferente sensibilidade para cada uma das freqüências.

Figura 29 - Indicador Sonoro – Campainha (Fonte: Al armSeg)

Figura 30 - Indicador Sonoro – Corneta (Fonte: Arap onga)

Figura 31 - Indicador Sonoro – Buzina (Fonte: Bosch )

Além do parâmetro freqüência, existe outro, fundamental na definição do som,

que é a pressão sonora. Conforme o deslocamento de ar que é gerado pelo projetor,

maior ou menor será o nível do som. A unidade de medida do deslocamento do ar,

segundo o Sistema Internacional é o Newton por metro quadrado (N/m²) e também

definida como Pascal (Pa). O nível da pressão sonora mais baixo que o ouvido

humano pode perceber, é de aproximadamente 20 micro Pa (0,000020 Pa) e este

valor é utilizado como padrão do limiar de audição e referência (0 dB). Já o limite

superior (limiar da dor) fica em torno de 100 Pa (134 dB). Como os valores possíveis

do som variam aproximadamente em 5.000.000 entre o mínimo e o máximo e a

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48

variação linear não representa a sensibilidade do ouvido humano, utiliza-se uma

função logarítmica que fornece valores mais fáceis de serem analisados. Esta

relação logarítmica é expressa em dB (decibel) e para medida de pressão sonora é

aceita a utilização sem outra unidade absoluta. Quando aumentamos o nível do som

em 3 dB, houve um aumento de 100% na potência do mesmo.

Uma tabela comparativa da sensibilidade do ouvido pode ser vista abaixo.

Figura 32 - Níveis de pressão Sonora (Fonte: Autor desconhecido)

Tipo de fonte W dB

Foguete espacial 100.000.000 200

Jato militar 100.000 170

Ventilador centrífugo grande (850000 m3/h) 100 140

Orquestra 75 músicos. Ventilador axial 170000

m3/h 10 130

Moinho de martelo grande 1 120

Ventilador centrífugo 22000 m3/h 0,1 110

Automóvel em estrada 0,01 100

Processador de alimentos 0,001 90

Lavadora de pratos 0,0001 80

Voz em nível de conversação 0,00001 70

Duto de ar com abafador 0,00000001 40

Voz muito baixa (cochicho) 0,000000001 30

Menor fonte audível 0,000000000001 0

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Tabela 1 - Exemplos de Níveis de Pressão Sonora ref erente a sua fonte ( Fonte: Autor)

O nível de pressão sonora de um sonofletor muda sempre em função da

distância de onde está sendo feita a observação. Por isto, a especificação deve ser

sempre feita com referência à distância da fonte, que normalmente é utilizada como

um metro.

O sistema de prevenção de incêndio em grandes áreas exige a utilização de

diversos sonofletores e isto do projetista, uma série de considerações quanto à

quantidade, tipo, distanciamento, nível sonoro, obstáculos que diminuem, ou

bloqueiam o som, nível de ruído no local, capacidade auditiva das pessoas em

situações especiais, utilização de equipamentos para área externa e outros na

definição dos elementos usados no projeto. No projeto, deve ser utilizado um

decibelímetro para medir os diferentes níveis de ruído existentes em cada ambiente

e efetuar testes de atenuação para definir o alcance do sonofletor escolhido e a

necessidade de colocação de unidades adicionais.

A NBR 9441 não apresenta exigências significativas na utilização dos

indicadores acústicos e visuais, sendo interessante observar que nela é exigido um

som diferente de outros alarmes comumentes utilizados no local. Por isto, para um

projeto eficiente seria interessante analisar a NFPA.

A NFPA 2002 define que o nível sonoro no alarme deve:

• Estar no mínimo 5dB acima do nível de ruído médio existente no local

• Para dormitórios, o alarme deve ser 15 dB acima do ruído máximo no local

• Ser de no mínimo 45 dB

• Em áreas internas não deve ultrapassar 120 dB

• Quando o nível de ruído no local é maior que 100dB, deve ser utilizada também

a indicação visual.

Quando não é possível utilizar um decibelímetro para definir o nível de ruído de

um local, pode-se utilizar uma tabela como a 7.2.1 ou a figura 39.

A NFPA 72, edição 2002, define ainda:

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50

• Que os sonofletores de alarme devem ser colocados entre 2,3 m acima do

piso e 15 cm abaixo do acabamento do teto.

• Que o sinal de evacuação para alarme de incêndio deve ser gerado com um

código composto por 3 pulsos de som, com duração e intervalo de 5

segundos. Após o terceiro pulso, o alarme deve silenciar por 1,5 segundos,

quando deve reiniciar o ciclo conforme figura abaixo:

Figura 33 - Ciclo de Pulsos segundo NFPA (Fonte: Au tor)

O cálculo da atenuação do nível do som a partir da fonte é muito complexo,

mas em áreas abertas pode ser utilizada a tabela seguinte para definir o nível

sonoro de um elemento em função da distância em que está colocado.

2.6.3 Indicador Visual

Os indicadores visuais são elementos utilizados para auxiliar o alarme no caso

de incêndio. Existem vários modelos, sendo os mais eficientes os com flash de

lâmpada Xenon.

Sua instalação é recomendada em locais com níveis sonoros que possam

confundir os ocupantes da edificação, em quartos de dormir, onde haja pessoas com

deficiência auditiva e onde estejam presentes outros tipos de alarme.

Quando se faz o planejamento para colocação de indicadores visuais, deve-se

observar a luminosidade existente, a distância que a fonte geradora de luz ficará do

observador e a quantidade, espaçamento e tipo das fontes (GAGNON; KIRBY,

2003).

A unidade de intensidade de iluminação é a candela (cd), que do inglês

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51

significa vela. Numa visão grosseira e primitiva, uma cd equivale à quantidade de luz

emitida por uma vela medida a um metro de distância. Uma definição mais científica,

mas ainda antiga é como sendo “intensidade luminosa, na direção perpendicular, de

uma superfície plana, de área 1/60 cm2, considerada como um radiador perfeito

(corpo negro), na temperatura de solidificação da platina sob pressão atmosférica

normal”. Por último temos a definição atual do Sistema Internacional, que diz que 1

candela é “Intensidade luminosa, em uma determinada direção, de fonte emissora

de radiação monocromática, de 540 x 10 ¹² hertz com uma intensidade energética de

1/683 watts por esferoradiano”.

Embora o uso de indicadores visuais seja bastante difundido em sistemas de

alarme de incêndio, poucas exigências são feitas quanto às normas. Algumas

significativas são descritas abaixo:

Segundo a NBR 9441:

• 3.5.5 – Não é permitido uso de indicadores somente visuais em locais com

pessoal não qualificado (que não possua treinamento para o caso de incêndio),

devendo ser previsto seu uso em conjunto com o indicador sonoro.

• 3.5.5 – Podem ser utilizados indicadores somente visuais para indicação de

saídas de emergência, obstáculos, desde que não seja o primeiro elemento de

alarme.

• 5.3.5.1 os indicadores sonoros e visuais devem ter características compatíveis

com o ambiente, podendo ser vistos e ouvidos de qualquer ponto em condições

normais de trabalho.

• Nos locais onde os níveis de ruído é superior a 100dB, devem existir

indicadores visuais.

Segundo as normas internacionais NFPA 2002:

• Os indicadores visuais devem ser dispostos de maneira que qualquer ocupante

da edificação possa ver a sinalização de alarme.

• O indicador deve produzir flashes com intervalos entre 0,5 e 1 segundo.

2.6.4 Indicador Sonoro e Visual

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52

O indicador sonoro e visual é um elemento que incorpora os 2 itens anteriores e

é comumente utilizado nos sistemas de alarme de incêndio e exigido segundo a

NBR9441 nas seguintes condições:

• Em locais onde os níveis de ruído local ultrapasse 100 dB;

• Em locais onde possam existir deficientes auditivos;

• Em locais onde os sons do alarme de incêndio possa ser confundido com

outros sons do local;

• Em locais com trabalhadores que utilizem abafadores de ruído;

2.7 PROTOCOLO PARA COMUNICAÇÃO E MONITORAMENTO POR LINHA

TELEFÔNICA

Algumas centrais de incêndio, como a BOSCH D7024, possuem módulo para

serviço de monitoramento. O monitoramento é um serviço, onde uma unidade

chamada base se conecta através de um modem de linha telefônica a uma, ou

várias centrais de alarme, recebendo destas, que também possuem um modem, os

evento ocorridos no local.

A base do serviço de monitoramento pode ser a brigada de incêndio, uma

empresa especializada, ou até mesmo o Corpo de Bombeiros. Toda vez que ocorre

um evento, este é reportada via linha telefônica/modem para a base de

monitoramento, que sabe as medidas que devem tomar no caso de emergências.

Para funcionar em conjunto com as centrais monitoráveis, as bases devem

possuir um equipamento específico, que converse com um dos protocolos

oferecidos pela central monitorada, que é programada de acordo com a necessidade

de cada cliente. As centrais bases podem receber além da reportagem de centrais

de incêndio, também vários outros eventos como roubo e outras emergências que

exigem atendimento imediato.

Além de centrais que já oferecem o modem para monitoramento através de

linha telefônica discada, existem no mercado modens universais para este tipo de

serviço que permite a conexão de qualquer central de alarme a base de

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53

monitoramento. A desvantagem dos modens universais é que eles têm limitações no

tipo de informação que podem ser transferidas, por não permitirem integração total

com todos os eventos da central. Um modem integrado pode informar condições de

baterias de todos os sensores, problemas com fiação, sensores que precisam

manutenção com identificação do local dos mesmos. Os modens universais

permitem a reportagem de 5 a 10 eventos, dependendo do modelo, o que impede

um serviço mais eficiente da base de monitoramento.

2.8 SOFTWARES GERENCIADORES

Com a evolução das tecnologias de comunicação de dados, está se tornando

cada vez mais comum à utilização de softwares gerenciadores e supervisores de

sistemas de alarmes de incêndio. Estes softwares podem receber as informações

por modem, por TCP/IP, ou outros meios e permitem a visualização remota on-line

de qualquer anomalia no sistema. Muitos softwares gerenciadores permitem a

utilização com plantas do local onde o alarme está instalado, permitindo até a

usuários leigos identificarem pontos de incêndio e rotas de fuga, gerando um

sistema bem mais seguro.

2.9 SISTEMAS AUTÔNOMOS

Figura 34 - Sensor Ótico Autônomo (Fonte: AlarmSeg)

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54

Figura 35 - Acionador Autônomo (Fonte: Equipel)

Sistemas autônomos de alarme de incêndio são elementos que comportam

dentro de um único invólucro, o sensor, ou acionador, a bateria e o(s) elementos de

alarme como sirene e indicador visual. Existe uma grande variedade destes tipos de

sistemas. O modelo mais comum no mercado brasileiro é um sensor ótico que

funciona com bateria de 9 Volts e uma sirene de 80 dB.

Os sistemas autônomos não são previstos pelas normas brasileiras, porem seu

uso é eficiente e recomendado quando se necessita de uma proteção rápida, sem

possibilidade de projetos detalhados, ou de baixo custo em residências, comércios

ou outros tipos de edificações.

A limitação destes sistemas autônomos é de que não funcionam em conjunto,

não permitindo o atendimento da maioria das exigências das normas. O nível

sonoro, normalmente permite somente o alerta a poucos metros de distância (cerca

de 20 m, dependendo do modelo e nível de ruído do local), o que o torna ineficiente

em grandes áreas e com alto nível de ruído local.

2.10 NORMAS

Dependendo da finalidade específica para a qual se deseja implantar um

sistema de alarme de incêndio, o profissional pode se pautar de diferentes normas

que representam diferentes interesses na implantação. No Brasil a mais utilizada é a

NBR9441 e normalmente nela se baseiam as normas do Corpo de Bombeiros, que

não serão comentadas aqui, mas são de grande valia para os profissionais e devem

ser verificadas junto à polícia militar na unidade da federação onde está sendo

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55

desenvolvido o projeto. Para se pedir alvarás de edificações, normalmente é o Corpo

de Bombeiros que faz a verificação e aprovação de todo o sistema. Por este motivo

é sempre interessante verificar a norma de cada estado, que muitas vezes possuem

diferenças importantes a serem observadas.

Quando a implantação é por exigências de companhias de seguro, comumente

são exigidas certificações internacionais nos produtos instalados, portanto a fim de

evitar prejuízos por incompatibilidade, antes de executar a implantação do projeto, é

muito importante verificar qual a norma que o mesmo deve atender para ser

aprovado.

2.10.1 ABNT - NBR 9441

A principal norma para sistemas de alarme de incêndio no Brasil é a NBR 9441,

editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e em sua última versão

(1998) trabalhada pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio e Comissão

de Estudos de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio.

Os comitês e comissões da ABNT para a NBR 9441 são formadas por

representantes de indústrias, comércio, CREAs, usuários, engenheiros e outros.

Para adquirir a NBR 9441 o interessado deve procurar uma loja da ABNT,

presente em várias cidades do Brasil, ou consultar a ABNT em

http://www.abnt.org.br . O custo atual da NBR 9441 é de R$200,00 (U$75,00). Não é

permitido sem autorização formal da ABNT fazer cópias, ou publicar na internet esta

norma.

A ABNT é um pouco confusa quanto à apresentação de algumas exigências,

por exemplo, afirma no item 5.3.6.1, que os fios dos circuitos devem ser rígidos. Já

no item 5.3.8.2 que trata de fiação, afirma que os condutores devem ser rígidos, ou

flexíveis. Na implantação de um sistema por exigência de alguma autoridade, é

interessante verificar este e outros itens contraditórios e então solicitar o documento

que especifique a aceitação da maneira como o projeto está sendo proposto à

autoridade.

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56

2.10.2 NFPA

A NFPA – National Fire Protection Association, Inc (Sociedade Nacional para

Proteção Contra Incêndio) é uma entidade norte americana fundada em 1896 por

várias entidades e profissionais dos EUA, que tinham interesse em regulamentar as

normas para proteção contra fogo.

Hoje a NFPA possui mais de 75.000 membros em mais de 100 países. Já

editou mais de 300 códigos com normas para proteção nas mais diferentes

situações e é a maior referência mundial quanto às normas para proteção e combate

a incêndios, sendo que seus códigos serviram de base para geração da maioria dos

outros em vários países do mundo, inclusive na NBR 9441 no Brasil.

A NFPA edita vários livros e promove regularmente congressos para discussão

sobre proteção e normas contra incêndio. Informações adicionais podem ser obtidas

em http://www.nfpa.org

2.11 INFRA-ESTRUTURA

Neste capítulo trataremos da parte de infra-estrutura que envolve cabeamento,

dutos e acessórios para a instalação dos equipamentos.

2.11.1 Cabos

Como foi visto anteriormente, a fiação de alarme de incêndio varia bastante

conforme o tipo de central e também de acessórios que estão sendo utilizados no

sistema. Num sistema convencional, utilizamos vários conjuntos de cabos,

normalmente do tipo telefônico. Já numa central endereçável, é utilizado um cabo

especial para transmissão de dados.

Quando estamos implementando o sistema de alarmes, é necessário se

preocupar além do tipo de cabo, com dois importantes fatores, que na definição dos

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57

cabos podem evitar muitos problemas no funcionamento da central, que analisamos

abaixo:

2.11.2 Diâmetro e Comprimento dos Condutores:

Segundo a NBR9441:

• O diâmetro mínimo para os condutores é 0,60mm, ou seja, 0,28mm², ou seja,

22 AWG.

• A corrente nos condutores não deve ultrapassar 4A/mm².

• A queda de tensão não deve ultrapassar 5% para os circuitos dos sensores e

10% para os circuitos sinalizadores e auxiliares

Os condutores de cobre, ou outros materiais apresentam uma resistência

elétrica que depende do seu diâmetro. Para os de cobre, esta resistência é de

poucos ohms por quilômetro. Na instalação dos laços de alarme de incêndio, os

fabricantes especificam um valor máximo de resistência para o laço, que será

proporcional ao comprimento e diâmetro do fio utilizado. Normalmente, com as

centrais, é fornecida uma tabela com o diâmetro do cabo e a distância máxima para

o mesmo. O cálculo da queda de tensão que irá ocorrer sobre o cabo e também a

potência que o mesmo irá dissipar, principalmente no uso de grande quantidade de

sensores, ou sirenes, é fator importante para evitar o mau funcionamento, ou até

inoperância do sistema.

Abaixo temos uma tabela de resistência de fios de cobre padrão que pode ser

utilizada no cálculo de comprimento da bitola a ser utilizada.

BITOLA

AWG

DIÂMETRO mm SECÇÃO mm² RESISTÊNCIA

OHM/km

0000 11.684 107.17 0.18

000 10.404 84.97 0.23

00 9.266 67.40 0.29

0 8.253 53.47 0.37

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58

1 7.348 42.38 0.47

2 6.543 33.61 0.57

3 5.827 26.65 0.71

4 5.189 21.14 0.91

5 4.620 16.76 1.12

6 4.415 13.29 1.44

7 3.665 10.54 1.78

8 3.264 8.35 2.36

9 2.906 6.63 2.77

10 2.588 5.26 3.64

11 2.304 4.17 4.44

12 2.052 3.30 5.41

13 1.829 2.63 7.02

14 1.628 2.08 8.79

15 1.450 1.65 11.20

16 1.290 1.30 14.70

17 1.151 1.04 17.80

18 1.024 0.82 23.00

19 0.912 0.65 28.30

20 0.813 0.52 34.50

21 0.724 0.41 44.00

22 0.642 0.323 54.80

23 0.574 0.260 70.10

24 0.510 0.204 89.20

25 0.455 0.160 111

26 0.404 0.128 146

27 0.361 0.100 176

28 0.320 0.080 232

29 0.287 0.065 282

30 0.254 0.050 350

Page 59: treinamentoalarme

59

31 0.226 0.040 446

32 0.203 0.032 578

33 0.180 0.025 710

34 0.160 0.020 899

35 0.142 0.016 1125

36 0.127 0.013 1426

37 0.112 0.0099 1800

38 0.102 0.0082 2255

Tabela 2 - Especificação para cabos (Fonte: Autor )

2.11.3 Cálculo da resistência:

O cálculo para verificar se a resistência máxima não ultrapassa a requerida

pela central, é feito da seguinte maneira:

1) Verificar o comprimento do fio até o último sensor.

2) Como o fio é duplo, este comprimento deve ser multiplicado por dois.

3) Dividir a resistência máxima indicada pelo fabricante pelo comprimento do

cabo. Você irá obter o valor da resistência por metro, ou quilômetro.

4) Verifique na tabela de resistência/km, o valor de resistência de cabo no mínimo

abaixo da calculada. Recomenda-se trabalhar com uma “folga” de no mínimo 20%,

ou seja, utilizar um cabo com resistência 20% menor do que a calculada (multiplicar

o valor calculado por 0,8).

2.11.4 Cálculo do diâmetro da secção segundo a corrente máxima

1) Determinar a corrente máxima em cada elemento do circuito

2) Obter a corrente máxima possível no circuito

3) Como a corrente permitida é 4A /mm², temos que corrente (I)/(S) secção=4;

ou S=I/4.

Page 60: treinamentoalarme

60

4) Tendo-se a corrente máxima, calcula-se a secção (mm²) pela fórmula S=I/4.

5) Verifique na tabela de resistência/km, o valor de resistência de cabo, com

valor no mínimo igual à calculada. Recomenda-se trabalhar com uma “folga” de no

mínimo 20%, ou seja, utilizar um cabo com resistência 20% menor do que a

calculada (multiplicar o valor calculado por 0,8).

2.11.5 Cálculo para queda de tensão:

Para o cálculo do diâmetro, o primeiro passo é definir qual a corrente que irá

circular por cada um dos elementos do sistema. Isto pode ser obtido através do

datasheet de cada periférico.

Pode ser feito um cálculo para uso de uma única bitola em todo o laço, ou um

cálculo mais complexo, utilizando bitolas menores à medida que à distância da

central vai aumentando e a corrente diminuindo.

Se a opção for para uma única bitola, com a corrente e a tensão de cada

elemento, fazemos o seguinte:

a) Calcular a corrente total do circuito em função dos valores informados no

datasheet.

a*) Calcular a resistência equivalente de cada elemento, em função das

informações de tensão/corrente do datasheet e calcular a resistência equivalente R',

que seria a resistência considerando o valor de todos os periféricos em paralelo e a

corrente I' que seria corrente total do circuito.

b) Considerando-se a resistência do fio, teríamos um circuito série como o

abaixo:

Figura 36 - Circuito Série (Fonte: Autor)

Page 61: treinamentoalarme

61

c) Neste circuito temos que a resistência do fio (Rf) é igual à tensão sobre Rf,

dividido pela corrente que circula no mesmo.

d) Como a queda de tensão desejada na fiação pode ser 5%, ou 10%, teremos

que a tensão sobre Rf é igual à tensão de alimentação do circuito, dividida por 10

para circuitos de sirenes e tensão de alimentação, dividida por 20 no caso de circuito

de sensores, ou seja:

Para circuitos de sinalização VRf= Val/10

em 12V VRf=12V/10 = 1,2V

em 24V VRf=24V/10 = 2,4V

Para circuitos de sensores VRf= Val/5

em 12V VRf=12V/20 = 0,6V

em 24V VRf=24V/20 = 1,2V

d) Tendo a corrente em RF e a tensão sobre este, calculamos a resistência.

e) O valor Rf obtido, refere-se ao comprimento total da fiação. Então dividimos

esta, pelo comprimento em km do circuito e obtemos a resistência por km desejada

para o cabo. (Considerar o percurso de ida e volta do circuito no cálculo)

f) Utilizar a tabela para localizar o diâmetro do cabo com resistência logo abaixo

da calculada.

2.11.6 Parâmetros obrigatórios:

Observe que o cabo deverá obrigatoriamente atender os 4 parâmetros:

• Secção mínima de 0,28mm² - 22AWG

• Corrente máxima de 4 A/mm²

Page 62: treinamentoalarme

62

• Queda de tensão de 5%, ou 10% dependendo do circuito

• Resistência e comprimento máximos conforme especificado pelo fabricante

(normalmente 50 ohms)

2.12 INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA:

Como centrais de alame de incêndio normalmente são utilizadas em ambientes

industriais e locais com grande consumo de energia, considerando os grandes

comprimentos dos cabos, de centenas, ou até milhares de metros, o problema de

indução eletromagnética se acentua e se não forem tomadas medidas efetivas para

minimizar o efeito da mesma sobre os cabos, existem grandes possibilidades de

ocorrerem problemas de queimas e disparos falsos constantes no sistema.

Na especificação dos cabos e do sistema, alguns fatores são muito importantes

para minimizar estes problemas:

• Passar os cabos do alarme na maior distância possível de outros,

principalmente de rede elétrica local.

• Utilizar cabos torcidos e centrais com amplificadores diferenciais na entrada

dos circuitos. O amplificador diferencial tem a finalidade de minimizar os efeitos da

indução eletromagnética nos cabos. Como os condutores normalmente são

paralelos, a tensão induzida nestes é similar. Como o amplificador diferencial

reconhece apenas a diferença de tensão nas entradas, um mesmo nível de tensão

induzido nos 2 condutores do cabo, seria ignorado. Se o condutor for torcido a

tensão induzida nos 2 fios será praticamente a mesma, devido à proximidade e

posicionamento do mesmo dentro do campo eletromagnético que causa a indução.

• Utilizar cabos com blindagem eficiente. Quanto menor a permeabilidade

magnética da blindagem do cabo, menor a possibilidade de haver indução de tensão

no mesmo. Procurar utilizar cabos com malha de cobre aos de fita de alumínio.

Preferir malha trançada a malha paralela. Considerar a maior densidade de malha

em relação a menor. Malhas de cobre trançadas de boa qualidade podem ser

definidas como 80%, ou superior.

• Utilizar tubulação metálica eletricamente interligada e aterrada.

Page 63: treinamentoalarme

63

• Em alguns modelos de centrais existe a recomendação para a utilização de

cabos sem blindagem e não torcidos, inseridos em uma tubulação metálica para

blindagem (ex. Bosch D7024). Estes cabos devem ser utilizados em situações

específicas e sempre a exclusivo critério do fabricante da central/sensores.

2.13 TUBULAÇÃO:

A tubulação possui finalidades específicas que ajudam no melhor

funcionamento e protegem o sistema como veremos a seguir.

O tipo de proteção para os cabos de um sistema de alarme de incêndios podem ser

os seguintes:

• Cabo com proteção em PVC

• Canaletas

• Tubos plásticos

• Tubos metálicos

A NBR 9441 é um tanto confusa quanto as exigências para esta parte da infra-

estrutura e dela poderíamos tirar os seguintes tópicos:

• A tubulação e fiação devem passar a distância mínima de 20 centímetros dos

fios da rede de energia elétrica local.

• Os condutos devem ser de material que garantam proteção mecânica aos

condutores no seu interior.

• Sendo metálico, deve possuir continuidade elétrica em toda sua extensão.

• Sendo metálico, deve possuir aterramento adequado.

• Deve ser pintado na cor vermelha, ou possuir indicação com anéis vermelhos

de 1 a 2 centímetros de largura, à no mínimo a cada 1 metro.

• Caso os condutos não sejam metálicos, ou sejam metálicos abertos como

canaletas sem tampa, a fiação deve ser obrigatoriamente protegida com blindagem

contra indução eletromagnética.

Page 64: treinamentoalarme

64

• A resistência da tubulação, ou blindagem, não deve ser superior a 50 ohms

entre o último elemento e a central.

• A tampa e as caixas de passagem devem ser vermelhas e preferencialmente

possuir a indicação “ALARME DE INCÊNDIO”.

Outro fator importante a se considerar na implantação do sistema é a exigência

dos fabricantes. Normalmente para centrais endereçáveis, é exigida uma tubulação

metálica e com continuidade elétrica em toda a sua extensão. Isto se deve ao fato

de a tubulação metálica possuir função de blindagem e impedir a indução

eletromagnética na fiação, que prejudica a comunicação e pode queimar elementos

ligados à mesma.

Alguns modelos de centrais exigem apenas uma boa blindagem no cabo,

permitindo o uso de canaletas plásticas, que barateiam e facilitam a instalação do

sistema. Hoje existem no mercado canaletas e acessórios de PVC próprios para

instalação de sistema de alarmes de incêndio. Estes sistemas são aceitos pela

maioria dos comitês de aprovação dos corpos de bombeiro dos estados brasileiros

Alertamos, que antes da implantação, é importantíssimo verificar se os

equipamentos (sensores/centrais/acessórios) comportam este tipo de tubulação.

2.14 PROJETANDO

Passos para projeto

1) Verificação das normas e finalidades a que o cliente exige para o projeto.

2) Levantamento da planta baixa com medidas para escopo.

3) Levantamento dos locais com produtos inflamáveis e de risco.

4) Levantamento de fluxo de pessoas no local.

5) Levantamento de nível de ruído nos diversos locais.

6) Definir a quantidade e o posicionamento dos acionadores manuais conforme a

norma.

7) Analisar tipo de sensores mais adequados para cada ambiente.

8) Calcular a quantidade de cada tipo de sensor.

Page 65: treinamentoalarme

65

9) Calcular a quantidade e definir posicionamento de sirenes e indicadores

visuais.

10) Fazer a definição de laços.

11) Definir o tipo de central e acessórios a serem utilizados.

12) Calcular fiação para sensores, sinalizadores e acessórios.

13) Fazer cálculo de baterias para repouso e operação.

14) Definir tipo de infra-estrutura para cabos e fixação dos elementos.

15) Elaborar diagrama elétrico do sistema.

16) Elaborar lista com especificação de todos os itens do sistema, inclusive quanto

a certificações.

17) Elaborar planta baixa com posicionamento dos elementos.

18) Elaborar memorial descritivo.

19) Fazer cronograma de implantação.

20) Submeter projeto à aprovação.

21) Elaborar plano de manutenção.

22) Elaborar cronograma de implantação.

2.14.1 Simbologia Utilizada em Projetos (segundo NBR9441)

Símbolo discriminação Símbolo Discriminação

Central do alarme de

incêndio

Bateria do alarme de incêndio

Painel repetidor

Caixa de distribuição c/ bornes

Caixa com circuitos e

módulos lógicos

Caixa de fusíveis – deve ser

indicada à quantidade e corrente

dos mesmos

Page 66: treinamentoalarme

66

Acionador manual

Sensor térmico pontual – deve

ser indicada à temperatura de

acionamento

Detector termovelocimétrico

– indicar temperatura de

acionamento

Detector de fumaça iônico

Detector de fumaça ótico

Detector de chamas

Detector no entreforro –

deve ser indicado no circulo

central o tipo de detector

Detector no entrepiso – deve ser

indicado no circulo central o tipo

de detector

Detector sob viga – deve ser

indicado no circulo central o

tipo de detector

Detector na parede – deve ser

indicado no circulo central o tipo

de detector

Detector em armário – deve

ser indicado no circulo

central o tipo de detector

Detector Linear

Indicador Visual

Indicador sonoro e visual

Page 67: treinamentoalarme

67

Avisador sonoro mecânico

Avisador sonoro eletrônico

Proteção contra chuva –

deve ser indicado qual o

equipamento protegido

Eletroduto aparente

Cabo blindado aparente

Eletroduto embutido

Tabela 3 - Símbolos gráficos para projetos (Fonte: NBR14100)

2.15 MANUTENÇÃO

Além da utilização de componentes adequados no projeto e implantação de um

sistema de alarmes de incêndio, outros cuidados devem ser tomados para garantir a

eficiência do equipamento no momento de algum sinistro. A manutenção preventiva

é um importante fator para aumentar a segurança que o sistema oferece.

É recomendado ao projetista e instalador, incluírem na venda do sistema, um

serviço de manutenção preventiva durante e após o prazo de garantia.

A NBR 9441 estabelece alguns procedimentos para este serviço vistos a

seguir:

• Quando a manutenção exigir o desligamento de algum circuito, deve ser

previstos o monitoramento com o número de pessoas suficientes para garantir a

segurança de aviso em caso de incêndio.

• Em ambientes com nível elevado de sujeira, os sensores devem ser

submetidos a testes em intervalos menores tais que garantam a eficiência do

funcionamento do sistema.

• O sistema deve possuir um livro de controle e em cada visita para manutenção,

Page 68: treinamentoalarme

68

devem ser registradas todas as anormalidades detectadas e as correções

executadas. Este livro deve ficar junto a central do sistema e não deve ser retirado

enquanto o sistema estiver em funcionamento.

• Mensalmente deve-se fazer verificação visual das baterias, verificação das

chaves da central e testes dos indicadores, com o uso das chaves da central

• Trimestralmente, deve ser medido e anotado no livro de registros o consumo de

cada circuito da central, medição da resistência de terra de cada circuito.

• Caso tenha ocorrido disparo em falso depois da última manutenção, teste de

todos os acionadores manuais e teste por amostragem dos sensores em cada um

dos circuitos.

Anualmente devem ser testados todos os sensores, acionadores e indicadores do

sistema.

2.16 AGENTES EXTINTORES

Este texto é dirigido principalmente a auxiliar na implantação do sistema de

alarmes. Como é comum a implantação em conjunto de sistemas de extinção,

passamos abaixo alguns detalhes dos mesmos, que em caso de implantação

exigem pesquisa mais profunda.

Figura 37 - Sprinkler (Fonte: Catchview)

Os agentes extintores são aqueles que quando da detecção do fogo, utilizam

elementos para sua extinção. O tipo mais comum é o chuveiro tipo sprinkler, que é

Page 69: treinamentoalarme

69

composto por um bulbo de vidro, com líquido de grande coeficiente de dilatação em

relação à elevação da temperatura. Quando esta atinge determinado valor, o bulbo

de vidro se rompe e permite o acionamento de uma válvula que bloqueava a saída

de água na tubulação onde o mesmo está inserido. Juntamente com a tubulação de

água, é instalada uma chave de fluxo, que pode acionar a central de alarmes e

também a bomba de água do sistema. Seu uso é bastante difundido, porém possui

limitações de uso, porque a água danifica objetos na área de ação dos mesmos,

principalmente equipamentos eletrônicos em locais como CPDS, centrais telefônicas

e outros.

Uma opção para sistemas de extinção é a utilização de gases, como monóxido

de carbono, ou outros, que não prejudicam a saúde, como Heptafluorpropano

(FM200) e Halon. Estes gases são fornecidos em cilindros e ligados aos ambientes

através de tubulações específicas, que tem a saída para o ambiente, bloqueada por

uma eletroválvula, que é acionada por uma central em caso de incêndio.

As centrais para sistemas de extinção exigem algumas características

específicas como detecção com cruzamento de laço, que só abre a válvula, quando

um conjunto de sensores é acionado, minimizando a ativação por falsos alarmes.

Isto deve ser considerado devido aos danos a saúde que os mesmos podem causar

e também ao elevado custo destes gases, que precisam ser repostos após o

acionamento do sistema.

Existem no mercado, sistemas autônomos de extinção, que são compostos de

um cilindro de fácil fixação em tetos e contém uma quantidade limitada de gás, a

válvula de liberação e até o sensor para acionamento. Estes sistemas autônomos

facilitam a implantação em pequenas áreas, principalmente em CPDS e locais

fechados com grande concentração de equipamentos eletrônicos.

Figura 38 - Cilindro de Gás para extinção de fogo ( Fonte: RMR)

Page 70: treinamentoalarme

70

3 METODOLOGIA

Treinamento é um processo de assimilação cultural em curto prazo, que

objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionados

diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho. O treinamento

produz um estado de mudança no conjunto de conhecimentos e habilidades de cada

trabalhador, modificando a bagagem particular de cada um (Marras 2001).

Para elaborar um treinamento é necessário um grande conhecimento no

assunto interessado. Alarmes de incêndio é um assunto muito rico, porém ainda não

possui muitas fontes na língua portuguesa, por isso buscaram-se diversas fontes

para fundamentarmos o treinamento.

Buscaram-se primeiro as literaturas existentes no país como a NBR 9441, a

qual é baseada em uma norma internacional. A NBR dita as normas de como um

alarme de incêndio deve ser instalado, mas não detalha o funcionamento do mesmo.

Para explicar qual é o princípio de funcionamento de um sistema de alarme

foram consultados diversos manuais, de várias centrais, mas essas não trazem os

conceitos básicos de alarmes de incêndio. É preciso mais, o conhecimento sobre

alarme de incêndio hoje é adquirido na prática, pois não há uma literatura nacional

que explica tais conceitos. Sem encontrar no Brasil, a única maneira foi buscar uma

literatura internacional. Encontrou-se um livro o qual explica os conceitos básicos

sobre alarmes de incêndio, porém na língua inglesa com a qual surgiram algumas

dificuldades.

Baseado nesse livro e em profissionais da área que também foram bastante

consultados de maneira informal, o grupo juntou as idéias e conceitos, formando

pequenos textos.

Como a idéia do treinamento não é ser direcionada apenas para profissionais

com conhecimento em elétrica, houve uma preocupação em oferecer uma base

deste assunto, para que o aluno não se sinta perdido quando se deparar com

alguns termos técnicos que já são conhecidos por profissionais da área

elétrica. Foram pesquisados livros sobre eletricidade básica e introdução à

eletricidade, para apenas dar uma fundamentação aos participantes do curso. Essa

base não se estendeu muito, pois não é objetivo do curso formar um profissional da

área elétrica.

Page 71: treinamentoalarme

71

Após ter encontrado fontes necessárias para fundamentar o treinamento, o

segundo passo era sintetizar as idéias de uma maneira que elas ficassem claras

para qualquer pessoa. Iniciou-se então a montagem da apostila.

Em paralelo a isso se buscou informações sobre o assunto consultando

profissionais da área. O que facilitou bastante o trabalho foi que como a empresa

Alarmes Tucano é distribuidora BOSCH, ela possibilitou um contato direto com o

corpo de engenharia deste fabricante, o que auxiliou em diversas dúvidas,

principalmente sobre a central BOSCH D7024.

Uma preocupação também era saber como o Corpo de Bombeiros do Paraná

se porta em relação a alarmes de incêndio e as normas, pois são eles os

responsáveis pelas vistorias e aprovação das edificações. Nesse meio tempo os

alunos foram até o órgão e entrevistaram a Engenheira Civil Dulce Doege que

respondeu várias perguntas, tal entrevista está no apêndice C. O que se percebeu

nessa entrevista é que o Corpo de Bombeiros se preocupa apenas com vidas e não

com patrimônio, pois nas suas vistorias são apenas testados os acionadores

manuais. Sensores de fumaça e outros modelos não são testados.

Outro fato que chama atenção em relação ao Corpo de Bombeiros é que cada

estado possui suas exigências, e por isso o que às vezes é aceito no Paraná nem

sempre é aceito em outro estado.

Como a Alarmes Tucano distribui os produtos BOSCH, essa solicitou um

treinamento da fábrica dos seus produtos. Esse treinamento foi ministrado na

UTFPR, e para ele, foram convidados vários clientes da empresa que vieram de

diversas localidades, e os três alunos interessados.

O curso serviu como um modelo bruto, nele apenas se falou sobre os modelos

de centrais e alguns conceitos básicos. Esse curso será lapidado pela equipe, onde

ela se espelhará em algumas idéias e acrescentarão outras. O curso no geral traz

muito conhecimento sobre alarmes, e também traz fortes evidências de que quem

instala alarmes hoje, não tem um conhecimento adequado e também não tem onde

buscar esses conhecimentos.

Page 72: treinamentoalarme

72

4 TREINAMENTO

4.1 APLICAÇÃO

Inicialmente o treinamento foi planejado para ser ministrado em três dias. Um

dia e meio direcionado à eletricidade básica, abordando os principais tópicos que um

instalador necessita conhecer para a instalação de alarmes. Neste período é dada

uma ampla visão sobre a instalação de todos os tipos de centrais de alarmes de

incêndio disponíveis no mercado, definição de conceitos básicos, demonstração de

cálculos e dispositivos integrantes dos sistemas de alarmes.

A partir da metade do segundo dia o curso abordará uma central específica, no

caso a central BOSCH D7024. Nesta parte do treinamento todos os tópicos desde a

apresentação, programação e instalação serão detalhados.

O treinamento foi projetado para ser ministrado com o auxílio de um projetor

multimídia, principalmente a parte teórica. Para a parte prática ficou acertada com a

empresa Alarmes Tucanos que a mesma será encarregada de fornecer as centrais e

os acessórios para realizar o treinamento prático.

Com os materiais cedidos pela empresa, foi montado um painel didático para

auxiliar nas aulas práticas, o qual mostra de uma forma simples o funcionamento do

sistema, onde o aluno pode simular diversas situações. O processo de montagem

desde painel e as fotos estão descritas no apêndice F. No final do treinamento será

aplicado um teste teórico e um questionário avaliando o treinamento, o mesmo está

disposto no apêndice D.

Foi criada uma programação para o curso, detalhando o que seria ministrado

nesses três dias.

Ministrante Horário Data Assunto

Eduardo 8:00- 9:00 1° dia Apresentação

Eduardo 9:00- 12:00 1° dia Conhecimentos Básicos de

elétrica

Eduardo 13:00 – 17:00 1° dia Alarmes de Incêndio Teoria

Roberto 9:00 – 12:00 2° dia Apresentação da central e seus

componentes

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73

Lucas 13:00 – 17:00 2° dia Programação da Central

Roberto, Lucas

Eduardo

8:00-12:00

13:00 – 17:00

3° dia Parte prática das centrais

convencionais e endereçáveis.

A proposta deste treinamento prevê inicialmente um máximo de 10

participantes por turma. Por se tratar de um evento composto por participantes com

diferentes níveis de conhecimento de eletricidade e eletrônica e também de sistemas

de alarme de incêndio, provavelmente o instrutor fará atendimentos individuais para

responder dúvidas específicas em função do nível de conhecimento do participante.

Sempre que possível será interessante formar turmas com o mesmo nível de

conhecimento em sistemas eletrônicos/elétricos e de escolaridade semelhantes,

assim o nível de apresentação e também de esclarecimento das dúvidas poderá ser

repassado com uma mesma linguagem, o que facilitará o entendimento de todos os

participantes, melhorando o desenvolvimento do treinamento.

4.2 DIVULGAÇÃO DO TREINAMENTO

De nada adiantaria um treinamento bem estruturado se não existem

interessados no mesmo. E como é de conhecimento da equipe a falta deste tipo de

evento em todo território nacional, foi feita uma pesquisa de quantas pessoas se

interessariam em um primeiro momento em realizar o treinamento.

Novamente com a ajuda da Alarmes Tucano foi encaminhado um e-mail para

mais de 2000 clientes. No apêndice E está o e-mail que foi enviado para os clientes.

Para esse treinamento cerca de 100 pessoas manifestaram interesse no

treinamento.

4.3 PROCEDIMENTOS PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO

Para uma melhor organização do curso foi necessário criar um formulário de

Page 74: treinamentoalarme

74

inscrição com qual se pode identificar o aluno e antes do início das aulas já

providenciar crachás para cada um. Conforme mostra no apêndice A. Nele está

relacionada desde a ficha de presença até as ferramentas necessárias para a

execução do treinamento.

Neste mesmo apêndice está citado como foi estruturado o treinamento, desde a

sala de aula que foi locada em uma escola particular até as ferramentas que foram

necessárias para realizar o treinamento prático.

4.4 EXECUÇÃO

O treinamento aconteceu nas seguintes datas:

20 de setembro das 19h00min às 22h30min.

21 de setembro das 19h00min às 22h30min.

22 de setembro das 09h00min às 12h00min e das 13h00min às 17h00min.

No dia 20 de setembro às 19h45min, após espera de alguns alunos, iniciou-se

o treinamento com 17 participantes presentes.

Inicialmente o palestrante Eduardo Fachini apresentou-se para a turma e pediu para

que cada um se apresentasse, para que se conhecesse o nível de cada participante.

E começou sua palestra sobre eletricidade básica. Nessa etapa foram explicados os

conceitos da eletricidade, como tensão, corrente, resistência entre outros

necessários para o entendimento de um sistema de alarme de incêndio.

A partir de 20h20min aproximadamente, iniciou-se o assunto sobre alarmes de

incêndio. Foram comentados vários tópicos.

O treinamento nesse dia terminou às 22h40min.

No dia 21 de setembro Eduardo Fachini continuou a apresentação do

treinamento, neste dia todos os matriculados estavam presentes. E ainda os temas

foeam: conceitos sobre alarmes de incêndio e a apresentação de alguns

componentes.

E às 22h35min aplicou uma avaliação para os alunos responderem.

No dia 22, às 09h30min o Sr. Carlos contratado pela empresa Alarmes Tucano deu

continuidade ao treinamento, mas agora falando sobre a central D7024.

Page 75: treinamentoalarme

75

Até às 11h000min foram detalhadas as características da central D7024 e as

características de seus periféricos. A partir desse horário foi relatado sobre a

programação da central até as 16h00min.

A partir desse horário junto com todos os integrantes da equipe foi dado início

ao treinamento prático. Em um laboratório montado pela equipe na mesma escola. O

curso acabou as 17h00min.

O apêndice B relata sobre o primeiro treinamento, nele estão detalhados os

tópicos que foram ministrados e as dificuldades encontradas pelo palestrante.

No apêndice D estão as avaliações que foram aplicadas aos alunos, tanto às

avaliações técnicas dos alunos quanto as avaliações que os alunos fizeram em

relação ao treinamento. E também as notas e as críticas que os mesmos fizeram

sobre o treinamento. Neles estão também descritos os que deveremos fazer para

corrigir esses defeitos que ocorreram no primeiro treinamento.

Depois de concluído o treinamento, foi envidado a Bosch o relatório sobre o

mesmo, que está no apêndice B como já foi citado. A Bosch do Brasil após conferir o

relatório consultou os participantes e concedeu a homologação do treinamento

conforme consta no e-mail encaminhado a Alarmes Tucano, que está no apêndice

G.

Page 76: treinamentoalarme

76

5 CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a finalização deste projeto para conclusão do nosso curso, observamos

que os ensinamentos recebidos durante os anos em sala de aula nos forneceram

uma excelente fundamentação para fazer o nosso trabalho, e conseguir buscar os

conhecimentos adicionais para poder elaborar e testá-lo na prática.

Tivemos muitas dificuldades, tendo que aprender a discutir e argumentar com

profissionais com diferentes pontos de vista. Aprendemos a utilizar softwares de

diferentes áreas e ao longo da caminhada pudemos concluir que o final deste

trabalho é apenas o início de uma caminhada que será aperfeiçoar nossos

conhecimentos, os produtos deste treinamento a fim de conseguir a satisfação do

usuário e o reconhecimento da qualidade do nosso trabalho.

5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

O trabalho se limitou nas normas nacionais NBR 9441 e na NFPA que é a

norma americana. Com relação a trabalhos futuros, sugere-se a pesquisa em novas

literaturas como a Norma EN54, que é a norma européia, e também a descrição de

funcionamento e a programação de outros modelos de centrais.

Page 77: treinamentoalarme

77

6 REFERÊNCIAS

ABRAMCZUK, A; CHAUTARD, S.L; Eletro Eletrônica. Rio de Janeiro: Rainha Lescal 1970.

BOSCH, Robert. Painel de controle de alarmes de incêndio. D7024. Campinas - Sp. 2006. CORPO DE BOMBEIROS DO PARANÁ. Código de prevenção de incêndios. 3ª Edição. Curitiba - Pr. 2001. DNC, DEPARTAMENTO NACIONAL DE COMBUSTÍVEIS: Documento: Portaria nº 27, de 16 de Setembro de 1996.

GAGNON, Robert; KIRBY, Ronald. A Designer's Guide to Fire Alarm Systems. Quincy-Massachusetts- EUA: NFPA. 2003.

MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: Do Operacional ao Estratégico. 4. ed. São Paulo: Futura, 2001.

NBR 9441 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.: Normas para instalação de alarmes de incêndio . Rio de janeiro - Rj. 1998. NFPA – National Fire Protection Association, Inc. Quincy-Massachusetts-EUA.2002.

SILVA FILHO, Matheus Theodoro da. Fundamentos da Eletricidade. Rio de Janeiro: LTC editora. 2007.

SYSTEM SENSOR: Fire Sensors Guide Editor System. Sensor, Saint Charles EUA: 2005.

Page 78: treinamentoalarme

78

7 APÊNDICES

Nesta parte do trabalho estarão relacionados todos os documentos por nós

criados, fundamentados nos treinamentos e nas pesquisas realizadas.

Page 79: treinamentoalarme

79

APÊNDICE A. MATERIAL NECESSÁRIO PARA A MONTAGEM DO TREINAMENTO

MONTAGEM DO TREINAMENTO P/ ALARMES DE INCÊNDIO

Eduardo Fachini Lucas Wszolek

Roberto Ferreira Professor orientador: João Góis

Setembro-2007

Page 80: treinamentoalarme

80

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO.............................................................................................81

2 DOCUMENTOS ................................................................................................81

2.1 FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO............................................................................................ 81

2.2 CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................................. 82

2.3 FICHA DE PRESENÇA .............................................................................................................. 82

3 EXIGÊNCIAS PARA O LOCAL .........................................................................83

4 MATERIAL DIDÁTICO: .....................................................................................83

4.1 MATERIAL DE APOIO ............................................................................................................... 83

4.2 MATERIAL PARA TESTES E DEMONSTRAÇÃO: ................................................................... 84

4.3 MATERIAL PARA TESTES NAS BANCADAS: ......................................................................... 84

5 INTERVALOS, LANCHES, ALIMENTAÇÃO: ....................................................85

Page 81: treinamentoalarme

81

1 APRESENTAÇÃO Este documento tem por finalidade apresentar tudo o que será necessário para a

realização do treinamento de alarmes de incêndio.

2 DOCUMENTOS

2.1 FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO

TREINAMENTO DE ALARMES DE INCÊNDIO

FORMULÁRIO PARA INCRIÇÃO

Nome do

participante

Rg: Cpf:

Fone: E-mail:

Cidade: Empresa:

Qual seu nível de conhecimento em sistemas de alarmes de incêndio?

( )Nenhum ( ) Já fiz instalação ( ) Já fiz manutenção ( ) Já fiz projetos

Qual é o seu nível de conhecimento em eletricidade/eletrônica?

( )

Nenhum ( ) Possuo conhecimento prático

( ) Possuo formação como:

..................................................

Este formulário deve ser encaminhado via fax ou e-mail para (41) 3286-2867 ou

para

[email protected]

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82

2.2 CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO

Este será o crachá de identificação utilizado no treinamento.

Figura 39 - Crachá de Identificação

2.3 FICHA DE PRESENÇA

Treinamento de alarmes de incêndio

Local:.........................................

Nome Ass.:

Data: /

Ass.:

Data: /

Ass.:

Data: /

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

Page 83: treinamentoalarme

83

9.

10.

11.

12.

13.

14.

3 EXIGÊNCIAS PARA O LOCAL

A sala para o treinamento deve comportar dez participantes sentados,

necessitando cadeiras e mesas para todos. Deve possuir boa iluminação, que possa

ser desligada na projeção dos slides da apresentação. Deve possuir ao menos uma

mesa de 1m x 0,5 m para cada três participantes, a fim de executar a montagem e

prática de teste com os equipamentos. É desejável que exista nas mesas uma

tomada de energia para ligação do equipamento.

A sala deverá comportar ainda uma tela/parede ou similar para projeção de

canhão de multimídia, local para colocação de um painel com 1m x 2,2m x 50 cm e

um quadro negro ou suporte tipo flip-shart para escrita do instrutor. A tela de

projeção, painel de equipamentos e quadro devem ficar expostos de maneira que

todos os participantes possam ver e acompanhar a explanação do instrutor.

A recomendação é uma sala com área de 20m²s ou maior.

4 MATERIAL DIDÁTICO :

4.1 MATERIAL DE APOIO

Aos participantes será entregue o seguinte material:

• Caneta esferográfica azul;

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84

• Apostilas com espaço para anotações para acompanhar a explanação;

• Manual da central D7024;

• CD com informações diversas sobre o equipamento;

• Catálogo técnico da linha de incêndio BOSCH;

4.2 MATERIAL PARA TESTES E DEMONSTRAÇÃO:

• Central D7024;

• Módulo multiplex D7039;

• Fonte de alimentação para central;

• 02 - Baterias 12 V / 1,5;

• Indicador sonoro e visual;

• Sensor de fumaça óptico D7050 com base;

• Módulo de 8 entradas endereçadas D7042;

• Módulo de uma entrada e uma saída D7053;

• Módulo 1 entrada D7044;

• Teclado remoto D7033;

• Acionador manual convencional;

• Acionador tipo alavanca D461;

• Sensor fumaça 4 fios D273;

• Caixa com chaves para controlar nível sonoro da sirene;

4.3 MATERIAL PARA TESTES NAS BANCADAS:

Equipamentos

• 03 - Placas de central D7024;

• 03 - Módulos multiplex D7039;

• 03 - Fontes 30 Volts / 1 A;

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85

• 06 - Baterias 12Volts /1,5 A;

• 05 - Sensores D7050 com base;

• 01 - Sensor termovelocimétrico e temperatura D603;

• 03 - Módulos entrada/saída D7053;

• 02 - Módulos de entrada D7044;

• 03 - Teclado remoto D7033;

• 03 - Módulo de 8 entradas D7042;

• 03 - Módulo expansão 4 zonas convencionais D7034;

• 03 - Buzers 24 Volts;

• 10 - Metros de cabo para rede de computador LAN nível 5

Ferramentas:

• 03 Chaves Phillips;

• 03 Chaves de fendas;

• 03 Multímetros digitais;

• 01 Alicate de corte;

• 03 Alicates descascador de fios;

5 INTERVALOS, LANCHES, ALIMENTAÇÃO:

Como experiência em outros cursos que os três alunos já presenciaram, é de

extrema importância que haja uma parada no meio do treinamento. Essa parada

serve para várias aplicações. Nela os alunos podem conhecer melhor os aparelhos,

fazer questionamentos diretos ao palestrante, e conversar com outros colegas a fim

de trocar informações e ampliar sua rede de contatos e além de criar um ambiente

descontraído.

No treinamento que for realizado no período noturno deve ser realizada uma

parada na metade do treinamento com duração de 10 a 20 minutos, e nesse

intervalo será oferecido aos alunos um lanche. Entendemos que bolachas,

sanduíches café e refrigerantes sempre foram suficientes para essas paradas.

Page 86: treinamentoalarme

86

É importante calcular a quantidade de alunos correta afim de que não falte, e

solicitar esses alimentos antecipadamente para uma padaria ou uma lanchonete,

para que na hora combinada ele esteja pronto e fresco para ser consumido.

No treinamento realizado com turno integral é necessário proporcionar uma

pausa prolongada para que os alunos possam se alimentar adequadamente.

Outra experiência que os integrantes da equipe já vivenciaram e é de importante

valor citar aqui, foi que a empresa que estava realizando o treinamento forneceu

almoço gratuitamente para os alunos. Então ao realizar um treinamento de período

integral deve se preocupar com a alimentação dos alunos.

Esse treinamento pode ser dividido em quatro partes. Das 09h00min a

09h15min pausa para um café. Das 12h00min às 13h30min pausa para o almoço. E

das 16h00min às 16h15min outra parada para o café.

É importante verificar a qualidade das refeições. E se a idéia é levar os alunos

ao restaurante, previna-se. Primeiramente entre em contato com o restaurante e

negocie com o mesmo um desconto e reserve as mesas. É muito importante

também providenciar o transporte desses alunos até o restaurante se este for

distante da sala de aula.

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87

(Página deixada em branco propositalmente)

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88

APÊNDICE B. RELATÓRIO SOBRE O PRIMEIRO TREINAMENTO REALIZADO

RELATÓRIO DO PRIMEIRO TREINAMENTO SOBRE

SISTEMAS DE ALARMES DE INCÊNDIO

/ Programação D7024

Eduardo Fachini

Lucas Wszolek

Roberto Ferreira

Setembro/07

Page 89: treinamentoalarme

89

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO: ................................... ........................................................90

2. FORMA DE APRESENTAÇÃO:.......................... .............................................90

3. MODELO DE CRACHÁ UTILIZADO:..................... ..........................................90

4. O TREINAMENTO: .................................. .........................................................93

4.1. PRIMEIRO DIA: .......................................................................................................................... 93

4.2. SEGUNDO DIA:.......................................................................................................................... 94

4.3. TERCEIRO DIA: ......................................................................................................................... 96

5. CUSTOS ...........................................................................................................98

5.1. DESPESAS ................................................................................................................................ 98

5.2. PAGAMENTOS .......................................................................................................................... 98

5.3. VALORES RECEBIDOS ............................................................................................................ 99

6. AVALIAÇÕES DO APROVEITAMENTO DOS ALUNOS:........ ......................100

7. SUGESTÃO PARA MELHORIAS OBSERVADAS PELOS PARTICI PANTES: 102

8. SUGESTÕES PARA MELHORIAS FEITA PELOS FORMANDOS: . .............102

9. FOTOS DO TREINAMENTO ..........................................................................103

10 . CONCLUSÃO ..................................... ............................................................103

Page 90: treinamentoalarme

90

1. APRESENTAÇÃO:

O objetivo deste relatório é relatar todos os fatos e observações referentes ao

primeiro treinamento para projeto em sistemas de alarmes de incêndio, realizado na

escola Viver no bairro Boqueirão na cidade de Curitiba, nos dias 21, 23, e 23 de

setembro de 2007 e posteriormente efetuar ações corretivas para melhoria do

processo.

2. FORMA DE APRESENTAÇÃO:

Nossa intenção foi utilizar a apostila e apresentação de slides anteriormente

criados e que fazem parte do nosso trabalho de conclusão de curso.

A organização do material e procedimentos foi feita segundo o arquivo que está no

apêndice A nessa monografia, criado especialmente para gerenciar os

procedimentos de execução anteriormente planejados.

3. MODELO DE CRACHÁ UTILIZADO:

Figura 40 - Modelo do crachá

Page 91: treinamentoalarme

91

Inicialmente, a partir de 19 de agosto, nos propusemos a efetuar no menor

tempo possível a fim de dar mais um passo em nosso projeto de conclusão, o

primeiro treinamento teste. Além do prazo curto para o fim do trabalho, aliou-se a

necessidade da empresa Alarmes Tucano, patrocinadora do projeto, o treinamento

que é uma solicitação de vários clientes. No dia 20 de agosto iniciamos um processo

de divulgação via e-mail enviado para aproximadamente 2000 profissionais da área

anteriormente cadastrados na empresa. O e-mail foi enviado conforme o apêndice E

do nosso trabalho de conclusão de curso. Como ainda havia dúvida quanto ao local

da realização, não informamos este, que naquela data estava para ser definido entre

uma sala na UFTPR ou numa escola próxima à empresa Alarmes Tucano. Na

semana seguinte, em função das facilidades de realizar o treinamento na escola

próxima, minimizando trabalhos com transporte de material e organização do local,

optamos por utilizar a sala cedida pela administração da escola Viver no bairro

Boqueirão, na cidade de Curitiba.

Com a divulgação do treinamento, recebemos diversas solicitações de

informações e confirmações de participação. Como já havíamos tido experiência de

que a confirmação verbal não resultaria em presença, optamos por efetuar a

matrícula condicionada ao pagamento da mesma, com depósito na conta da

empresa no valor de R$200,00 por participante. Para a data foi determinada a

participação de um máximo de 15 alunos, além de 4 funcionários da empresa para

assistirem ao treinamento.

O número de confirmações verbais estava em 30 participantes até dez dias

antes da data prevista. Sendo que já haviam sido feitas 8 matrículas com

confirmação de pagamento. Na semana final ligamos aos interessados e

informamos que restavam poucas vagas e estas seriam preenchidas pelos primeiros

interessados que efetuassem o pagamento da matrícula. No dia 19, dois dias antes

da data, as 15 vagas estavam completas, sendo que tivemos que recusar a

matrícula de 12 interessados que se manifestaram posteriormente. Para estes foi

informado que haveria novo treinamento no prazo de aproximadamente 30 dias e

que neste caso entraríamos em contato para a confirmação da matrícula.

Neste treinamento tivemos a matrícula dos participantes conforme abaixo, sendo 6

vindos de outras cidades, 5 de Maringá e 1 de Ouro Preto-MG.

Page 92: treinamentoalarme

92

NOME EMPRESA PROFISSÃO CIDADE TELEFONE

1 Acelor Luis Assmann Serv Tronic Sist. de

Seg. Ltda Engenheiro Maringá - PR (44)8401-3058

2 Albert Schellmann IB Technology Engenheiro Curitiba - PR (41)3078-4452

3 Alexandre Marengoni Sempre Segurança Eletrônica

Técnico Maringá - PR (44)8406-8380

4 Bruno Gorri Ruivo Patrimonium Com. E Inst.

Técnico Instalador

Maringá - PR (44)3025-6644

5 Gustavo da Silva Alince Sist. De Alarmes Ltda

Auxiliar Técnico Curitiba - PR (41)3019-1155

6 Leandro Franco de Brito Engese Engenharia Estagiário em Mecâtronica

Curitiba - PR (41)3246-8534

7 Luciano Antunes Gomes

Alerta Segurança Eletr. Ltda.

Gerente Ouro Preto – MG

(31)3551-7733

8 Luiz Carlos Guedes Hot Control Gerente Curitiba - PR (41)3308-7707

9 Michel André F. Soares Patrimonium Com. E Inst.

Diretor Maringá - PR (44)3025-6644

10 Pedro Chagas IB Technology Auxiliar Técnico Curitiba - PR (41)3078-4452

11 Percy Alves Filho IB Technology Técnico Instalador

Curitiba - PR (41)3078-4452

12 Vilson Farencena Patrimonium Com. E Inst.

Gerente Maringá - PR (44)3025-6644

13 Viviane Tucano Ltda Vendas Curitiba

14 Gisele Ortiz Tucano Ltda Vendas Curitiba

15 Luis Carlos Pereira Tucano Ltda Técnico Curitiba

16 Laercio Porath Tucano Ltda Técnico Curitiba

No dia 16, segunda-feira, providenciamos 25 cópias da apostila de sistemas de

alarme de incêndio e também do manual da central D7024. Como o treinamento era

de interesse da empresa e esta estava recebendo pela inscrição dos participantes,

ela optou por contratar um palestrante experiente que iria discursar e esclarecer as

dúvidas da central Bosch D7024, com a utilização de slides.

Como o número de participantes seria de aproximadamente 20, optamos por

incluir 5 conjuntos de centrais e acessórios para os testes práticos, além do painel

de demonstração que também poderia ser utilizado para este fim.

No dia 18 de setembro anterior ao treinamento, houve uma visita à escola no

sentido de verificar as condições do local e a necessidade de algum equipamento

especial. Verificou que o local atendia bem nossa necessidade, faltando apenas um

painel branco para projeção dos slides. Além da sala de aula a escola ofereceu um

Page 93: treinamentoalarme

93

laboratório com bancadas de granito e banquetas onde poderiam ser realizadas as

experiências práticas.

No dia 20 de setembro, pela tarde, os painéis e os equipamentos foram

anteriormente embalados e levados até o local. No dia do treinamento (dia 21) o

local já estava organizado para a palestra.

Foi contratada uma panificadora para fornecer o coffee-break nas duas noites e

fizemos reserva de uma churrascaria e uma Van para transportar os participantes no

almoço de sábado. Os detalhes de local, custos e conclusão sobre estes serviços

estão dispostos no capítulo 6 deste documento.

No dia 21, as 18h45m nos dirigimos ao local a fim de receber os participantes.

O horário marcado para início foi as 19h00m, porém a turma teve elementos

suficientes para o início apenas as 19h50m, com 17 participantes.

4. O TREINAMENTO:

4.1. PRIMEIRO DIA:

A palestra foi ministrada pelo aluno Eduardo e teve e no primeiro dia teve o

seguinte desenvolvimento:

19h45min – Apresentação dos participantes;

19h50min – Sistemas de Alarme de Incêndio - conceitos básicos sobre eletricidade;

20h05min – Estratificação;

20h10min – Acionadores manuais;

20h23min – Sensor de temperatura;

20h33min – Sensor termovelocimétrico;

20h36min – Sensor de fumaça ótico;

20h42min – Sensor de fumaça iônico;

20h51min – Sensor filtro poeira;

Page 94: treinamentoalarme

94

21h00min – Coffee-break;

21h30min – Sensor de barreira infravermelho e dutos;

21h35min – Sensor de gás;

21h42min – Circuitos em classe A e classe B;

21h52min – O que é uma central? O que a norma diz?

21h56min – Centrais convencionais e endereçáveis;

22h26min – Centrais digitais, analógicas e algorítmicas;

22h40min – Término da primeira parte do treinamento;

O fim do primeiro dia de palestra foi satisfatório, porém notamos as seguintes

dificuldades;

• Embora as transparências seguissem a seqüência da apostila, ajudaria muito

se os participantes tivessem uma cópia destas impressa.

• No início da palestra, não existia material de apoio, nem informação na apostila

para apresentação da lei de Ohm. Isto facilitaria a apresentação e também ajudaria

na fixação dos conceitos.

• Caso houvesse mais tempo, seria interessante apresentar alguns exercícios de

cálculo de queda de tensão e também de resistência em série e paralelo.

• Faltou incluir o sensor de monóxido de carbono, que vem sendo bastante

utilizado.

• Para apresentação dos sensores térmicos mecânicos seria interessante haver

um desenho para auxílio.

• Num próximo treinamento é interessante informar o início com 30 min de

antecedência ao horário de intenção;

4.2. SEGUNDO DIA:

Page 95: treinamentoalarme

95

No segundo dia de treinamento todos os matriculados compareceram. Um

grupo vindo de Maringá, com 3 participantes se equivocou quanto ao local,

imaginando que a palestra seria no endereço da Alarmes Tucano. Estas pessoas

haviam sido informadas por e-mail quanto ao local, bem como um telefone celular

para contato em caso de dificuldades. Os participantes alegaram não haver recebido

este e-mail.

• Para um próximo treinamento, além do envio do e-mail, será necessária uma

confirmação verbal do recebimento para todos os matriculados;

19h30min – Complemento de informações sobre circuitos em classe A e B - número

máximo de elementos e as exigências da norma para os mesmos;

19h45min - Comentários sobre a topologia de instalação de circuitos endereçáveis;

20h00min – Indicadores e painel repetidor;

20h10min – Comentários sobre o livro “A designer’s Guide to fire Alarm Systems” e

norma NFPA;

20h14min – Indicador sonoro e pressão sonora;

20h32min – Indicador visual;

20h44min – Indicador sonoro e visual;

21h04min – Sistemas autônomos;

21h10min – Coffee-break;

21h30min – Normas;

21h35min – Certificação;

21h40min – Infra-estrutura para o sistema de alarmes de incêndio;

21h45min – Cálculo para cabos;

22h00min – Indução eletromagnética;

22h20min – Tubulação;

22h24min – Seqüência para projeto;

22h27min – Manutenção;

22h30min – Agentes extintores;

Page 96: treinamentoalarme

96

22h35min – Aplicação da avaliação;

No segundo dia de treinamento observamos algumas falhas que atrapalharam

bastante conforme abaixo:

• Novamente a falta da cópia das transparências fez falta;

• A apostila tinha um erro grave. Na parte de cálculo de cabeamento são

necessários três cálculos distintos a fim de definir o tipo de cabo a ser utilizado. O

palestrante quando chegou nesta parte, na segunda metade da palestra notou que

tanto na apostila como nas transparências, houve erro da equipe, havia a omissão

do procedimento do cálculo de queda de tensão na fiação. Naquele momento ele já

havia percebido que o tempo seria insuficiente para palestrar sobre todo o conteúdo

programado e ainda fazer a avaliação. Segundo ele, neste momento perdeu

totalmente a concentração. Então Pediu desculpas aos ouvintes pela falha na

apostila e ficou de repassar esta informação no dia seguinte. Embora não visse

problema nisto, não conseguiu se concentrar no assunto seguinte, que era indução

eletromagnética, ficando desorientado por aproximadamente 10 minutos até

conseguir retomar a concentração e repassar o assunto o qual tem um bom domínio,

que é o assunto referente a interferências causadas por indução eletromagnética.

• Aliado ao problema anterior, vale ressaltar a falta de informações na apostila e

transparência sobre topologia dos circuitos endereçáveis, limitações da norma

quanto à quantidade de sensores por laço e exigência de particularidades para cada

tipo de circuito/sistema;

• Ao final do dia concluímos que seria necessário pelo menos mais uma noite (4

horas de aula) para passar o conteúdo de maneira satisfatória, esclarecendo as

dúvidas e podendo realizar uma avaliação mais tranqüila.

4.3. TERCEIRO DIA:

No terceiro dia, sábado – 22/09/2007, o horário programado para início foi

Page 97: treinamentoalarme

97

09h00min. Novamente os alunos chegaram somente as 09h30min. Neste dia a

palestra foi ministrada pelo Sr. Carlos contratado pela empresa e a seqüência foi a

seguinte:

09h00min – Aguardando chegada dos alunos;

09h30min – Características da central de alarme de incêndio D7024;

11h30min – Almoço;

13h45min – Apresentação dos cálculos de cabeamento faltante na palestra do dia

anterior;

14h10min – Programação da D7024;

15h30min – Prova sobre o conteúdo ministrado durante o dia;

16h00min – Aula prática com as centrais D7024 e equipamentos para interligar na

central, nesta parte da aula os alunos Roberto Ferreira e Lucas Wszolek puderam

colocar em prática os conhecimentos adquiridos passando-os para os alunos, com

atendimentos individuais, informações sobre a programação e a instalação da

central e dos seus periféricos;

Neste dia notamos as seguintes falhas:

• No terceiro dia notamos falha total no material de apoio. Existia um manual da

central D7024, porém este não possuía informações sobre vários acessórios e não

havia uma apostila com os slides apresentados, o que deixou os ouvintes sem poder

acompanhar a apresentação com um local para anotação de observações sobre o

assunto comentado;

• Os slides possuíam algumas partes fora de ordem e poderiam ter mais

informações para auxiliar o palestrante;

• Nos slides poderia haver uma ligação com a página do manual que tratava o

assunto.

• Na parte prática não havia uma relação de exercícios para os participantes

seguirem uma seqüência lógica, o que fez com que esta fosse meio “bagunçada” e

cada aluno praticasse e tirasse suas dúvidas sem um procedimento técnico que

poderia orientá-los a resolver problemas que ocorreriam em situação real.

Page 98: treinamentoalarme

98

• Ao final do dia novamente observamos que o tempo foi insuficiente para fazer

as apresentações teóricas, práticas e a avaliação. Para se ter um tempo adequado

seria necessário mais meio dia (4horas) de apresentação.

5. CUSTOS

5.1. DESPESAS

Discriminação valor

Locação de Van para transporte dos participantes até o

restaurante

no sábado

R$ 80,00

Locação da sala de aula e laboratórios R$ 200,00

Cópias das apostilas + cópia manual D7024 (0,08 /folha +

encadernação) R$5,56 x 50 R$ 278,00

Pagamento ao palestrante da central D7024 R$30,00 x9 R$ 270,00

Gastos no almoço em restaurante R$16,60 x 19 R$ 315,00

Gastos com coffee-break R$ 100,00

Gastos com pessoal de apoio (transporte de materiais e

organização do coffee-break) R$ 50,00

Impostos referente emissão de NF serviços para IB

Technology. R$ 81,00

Total R$ 1.374,00

5.2. PAGAMENTOS

Page 99: treinamentoalarme

99

Participantes isentos

4

Gisele Ortiz – tucano

Viviane Ferreira – tucano

Laercio Porath – tucano – futuro palestrante

Eduardo Fachini – Palestrante – tucano

Luis Carlos Pereira – tucano

Convidados para palestra

3

Carlos Cancelli - palestrante

Roberto Ferreira – participante do projeto

Lucas Wszolek – Participante do projeto

Pessoal de apoio

participante 1

Alessandra Assis – Tucano – arranjo de cofee-

break e serviços auxiliares

5.3. VALORES RECEBIDOS

Alunos pagantes

Nome /função Valor

Acelor Luis Assmann R$ 200,00

Albert Schellmann (3) R$ 180,00

Alexandre Marengoni R$ 200,00

Bruno Gorri Ruivo R$ 200,00

Gustavo da Silva R$ 200,00

Leandro Franco de Brito R$ 200,00

Luciano Antunes Gomes R$ 200,00

Luiz Carlos Guedes R$ 200,00

Michel André F. Soares (½) R$ 100,00

Page 100: treinamentoalarme

100

Pedro Chagas(3) R$ 180,00

Percy Alves Filho (3) R$ 180,00

Vilson Ronaldo Farencena (½) R$ 100,00

Total R$ 2140,00

Discriminação Débitos Vencimentos

Valor arrecadado R$ 2140,00

Valor das despesas R$1374,00

Saldo R$766,00

6. AVALIAÇÕES DO APROVEITAMENTO DOS ALUNOS:

Foram feitas duas avaliações, cujas cópias estão dispostas como apêndice D

deste trabalho.

Na avaliação do treinamento genérico tivemos 14 questões e a média de rendimento

foi de 83%.

Na avaliação da D7024 tivemos 12 questões e a média de rendimento foi de

77%.

Foi feita uma avaliação do treinamento da parte genérica conforme o apêndice

D deste trabalho.

O resultado desta avaliação teve os seguintes resultados, (considerando-se

nota regular ou inferior como negativa) - valores de 13 avaliações:

• Distribuição do tempo disponível 46% negativos;

• Material de apoio insuficiente/mal elaborado 54%;

• Local de treinamento inadequado 8%;

Page 101: treinamentoalarme

101

• Apostila mal elaborada (veja comentário da conclusão) 16%;

• Quantidade de participante excessiva 16%;

• Apresentação do palestrante inadequada 8%;

• Dicção do palestrante inadequada 8%;

• Nível de comunicação do palestrante inadequado 8%;

• Nível do treinamento não atinge a proposta 8%;

• Não faria outro treinamento com as mesmas condições 16%;

Page 102: treinamentoalarme

102

7. SUGESTÃO PARA MELHORIAS OBSERVADAS PELOS PARTICI PANTES:

• Inclusão do assunto “sensores aplicados em entre forro e entre pisos“;

8. SUGESTÕES PARA MELHORIAS FEITAS PELOS FORMANDOS:

• Inclusão de teoria e cálculos da lei de ohm na apostila;

• Inclusão de mais informações sobre circuitos tais como número máximo de

sensores por circuito;

• Vantagens da ligação em classe A;

• Como é feita a ligação dos elementos na fiação para maior segurança;

• Resistores de fim de linha;

• Como deve ser feita a ligação dos elementos endereçáveis;

• Quando se devem utilizar circuitos em classe A

• Inclusão de exercícios de lei de ohm;

• Inclusão do cálculo da fiação por queda de tensão;

• Inclusão de informações adicionais com desenhos e teoria sobre indução

eletromagnética;

• Inclusão de comentário sobre a EN54 (norma Européia);

• Fornecimento de uma apostila com os slides das duas palestras;

• Utilização de uma sala mais adequada, com carteiras /cadeiras mais

confortáveis para adultos;

• Fornecimento de café no último dia da palestra;

Page 103: treinamentoalarme

103

• Elaboração de uma apostila com exercícios práticos para a aula prática;

• Diminuição do número de participantes;

• Obrigatoriamente fornecer uma cópia dos slides apresentados para os

participantes fazerem anotações;

• Aumento do tempo de 4 para 6 turnos (aula de 3,5h) no total de tempo dos

treinamentos;

• Inserir o nome do participante no crachá em tamanho maior e em evidência

para ser visto a distância maior;

• Inserir o nome da empresa e cidade de procedência nos crachás;

9. FOTOS DO TREINAMENTO

Figura 41 - Sala onde aconteceu o treinamento (Font e: Autor)

Page 104: treinamentoalarme

104

Figura 42 - O treinamento (Fonte: Autor)

Figura 43 - Lista de presença (Fonte: Autor)

Page 105: treinamentoalarme

105

Figura 44 - Painel da central D7024 (Fonte: Autor)

Figura 45 - Crachá de identificação (Fonte: Autor)

Page 106: treinamentoalarme

106

Figura 46 - Bancada com os equipamentos para prátic a (Fonte: Autor)

10. CONCLUSÃO

O primeiro treinamento apresentou condições regulares. Para corrigir os erros

anotados será enviada a todos os participantes uma apostila com os slides

apresentados, já corrigidos com as observações feitas acima. Será oferecida aos

participantes deste evento a oportunidade de realizar mais um treinamento sem

custo, quando houver sobra de vaga em outra data.

Está em construção pela empresa interessada, um local adequado com infra-

estrutura e conforto para adultos, que será utilizado para ser ministrado o

treinamento.

Os próximos treinamentos serão feitos com a utilização de 6 turnos a fim de

compatibilizar o conteúdo com o tempo necessário.

Será feita uma comunicação telefônica com os participantes para certificação

de que os mesmos estão cientes do local e horário do treinamento.

Será providenciado coffee-break para todos os dias do treinamento.

Curitiba, 29 de setembro de 2007.

Eduardo Fachini – Lucas Wszolek – Roberto Ferreira

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107

(Página deixada em branco propositalmente)

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108

APÊNDICE C. ENTREVISTA AO CORPO DE BOMBEIROS DO PAR ANÁ

Relatório de visita Técnica ao quartel do Corpo de Bombeiros do Estado PR

Data da visita 20/06/2007

Entrevistadores: Eduardo Fachini - Roberto Ferreira – Formandos curso superior de

Tecnologia em Eletrônica com ênfase em Automação Industrial da UTFPR

Entrevistado: Eng Civil Dulce Doege - setor de engenharia do Corpo de Bombeiros

do Paraná, telefone (41) 3351-2075.

Endereço: R Nunes Machado, 130, andar superior – Setor de Alvarás.

Para dar mais fundamentação a nossa proposta de projeto de conclusão, a qual

é programar um treinamento para projetos de sistemas de alarme de incêndio,

buscamos entre outros profissionais a valiosa colaboração de um representante do

Corpo de Bombeiros de nosso estado, que nos atendeu conforme abaixo:

Dia 18 de junho de 2007 entramos em contato com o Corpo de Bombeiros do

Paraná, pelo telefone 198, quando nos foi passado o telefone do setor de alvarás,

fone (41) 3351-2075.

Em contato com este setor, solicitamos informações de onde podíamos obter

detalhes sobre as exigências de sistema de alarmes de incêndio para diferentes

tipos de construção, de como era feita a vistoria e se era possível em função do

nosso projeto de conclusão, acompanhar uma vistoria. A resposta que obtivemos foi

de que deveríamos nos dirigir ao quartel central, no endereço informado e falar com

os atendentes para esclarecimento das dúvidas.

No dia 20 de junho de 2007 nos dirigimos ao local indicado, onde fomos

atendidos pela Engenheira Civil Dulce Doege, setor de engenharia do Corpo de

Bombeiros do Paraná, telefone (41) 3351-2075. Para ela fizemos os seguintes

questionamentos com as respectivas respostas:

1)Quais as exigências, quanto à obrigatoriedade de colocação de sistemas de

alarme de incêndio no estado do Paraná?

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109

R: O Corpo de Bombeiros, juntamente com as prefeituras locais exige a

obrigatoriedade de colocação de sistema de alarme de incêndio em observação ao

que diz a NBR9077 e também o código de incêndio do Paraná.

Na home page do Corpo de Bombeiros do Paraná obtivemos também a seguinte

informação:

Serão analisados pelo Corpo de Bombeiros os projetos de prevenção de incêndios,

para os casos de construção, reforma ou ampliação de obras que tenham área

superior a 100 m², exceto residências uni familiares, para que seja concedido o

Certificado de Vistoria e Conclusão de Obras "CVCO" ("habite-se"), pela Prefeitura

Municipal.(PARANÁ,2001)

2)Quem pode fazer a instalação?

R: O Corpo de Bombeiros não é responsável por verificar quem instala o sistema. A

única exigência é que exista uma ART do responsável pela obra, cuja capacidade é

fiscalizada pelo CREA.

3)Como é feita a vistoria?

R: Os documentos são apresentados pelo interessado ao Corpo de Bombeiros, que

faz a vistoria em um prazo de até 15 dias. No sistema de alarme de incêndio são

feitos testes práticos dos acionadores manuais e verificação quanto ao atendimento

das normas. Quando questionamos se eram feitos testes em sensores, a resposta é

de que não são feitos, pois os profissionais do Corpo de Bombeiros não possuem

conhecimento dos detalhes técnicos de cada tipo de equipamento. A

responsabilidade para garantir o funcionamento, qualidade e funcionalidade de

sensores e outros equipamentos é do projetista/profissional responsável pelo

projeto.

4)A tecnologia avança muito mais rápida do que as normas. Existe exigência quanto

à tecnologia dos equipamentos utilizados?

R: Não existe exigência quanto à tecnologia. A fiscalização é sobre o sistema

básico. Demais detalhes ficam a critério do responsável técnico.

Page 110: treinamentoalarme

110

5)Existe fiscalização quanto ao livro de registros do sistema de alarme de incêndio?

R: Não. A fiscalização que existe é uma vistoria anual comprovando que os

equipamentos obrigatórios estão de acordo com as exigências.

6)O que acontece quando é detectada uma construção que não atenda as

exigências?

R: O Corpo de Bombeiros não possui poder de punir, ou obrigar alguém a instalar o

sistema de segurança. Apenas pode não emitir o laudo de vistoria que permite as

empresas obterem o alvará de habite-se. Nos casos mais graves, cabe ao ministério

público tomar providências que obriguem a instalação, revisão e funcionamento do

sistema.

7)A infra-estrutura é fiscalizada?

R: Não. A fiscalização em sistemas de alarmes se limita a testes nos acionadores e

verificação das existências de sensores quando o porte da construção exige.

8)Existe diferença das normas do Paraná e outros estados?

R: Sim. Cada estado tem seu código de prevenção de incêndios, que é discutido e

normalizado localmente.

9)Para quem poderíamos encaminhar uma cópia da apostila que estamos

desenvolvendo para termos um parecer do Corpo de Bombeiros do Paraná e

também gostaríamos de saber se podemos contar com o Corpo de Bombeiros do

Paraná para uma eventual divulgação e participação em um treinamento para

profissionais a ser ministrado na UTFPR?

R: Gostaria de receber uma cópia da apostila, da qual poderia fazer um parecer.

Quanto à divulgação e possibilidade de alguém do Corpo de Bombeiros do Paraná

em treinamento deste tipo, seria necessária uma solicitação formal ao Chefe de

Setor de engenharia, capitão Vladimir Donati que pode ser feito por fone (41) 3351-

2086 ou e-mail ou [email protected].

Page 111: treinamentoalarme

111

10)Na internet, no endereço

http://200.189.113.88/pmpr/bombeiros/uploads/CODIGO_1.zip obtivemos o

documento com o CÓDIGO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS, publicado pelo

Corpo de Bombeiros do Paraná – Polícia Militar do Paraná.

Neste documento destacamos o seguinte quanto a sistemas de ALARME DE

INCÊNDIO:

Seção V

Sistema de Alarme e Detecção de Incêndios

Subseção I

Sistema de Alarme

Art. 36 - [1] Será exigido sistema de alarme contra incêndios, c onforme o

disposto na norma brasileira de saída de emergência em edifícios, ou outra

que venha a substituí-la.

§ 1º - Quando as edificações classificadas como residenciais, forem dotadas de

interfones ou equipamentos similares, colocados em todas as unidades de modo

que mantenha–se contato com dispositivo central de recebimento de informações

(portarias), estarão dispensadas do exigido neste artigo.

§ 2º - As áreas de risco constituídas de edificações isoladas entre si, estarão

dispensadas do disposto neste artigo, desde que as áreas sejam isoladas, conforme

o Art. 5º, § 1º, deste código.

§ 3º - Para efeito da dispensa mencionada no parágrafo anterior, cada edificação

não deverá ultrapassar 1000 m² de área construída se a classe de risco for

Moderada ou Elevada ou 1500 m² de área construída se a classe de risco for leve.

Subseção II

Sistema de Detecção

Art. 37 - Será exigido o sistema de detecção de inc êndios nas edificações não

compartimentadas que se enquadrem como:

I-hospitais, casas de saúde, clínicas com internações e similares;

II-teatros, salões públicos de baile, boates, casas de espetáculos, cinemas,

auditórios de estúdios de rádio e televisão e similares.

III-museus, galerias de arte, arquivos, bibliotecas e similares;

IV-hotéis e similares;

Page 112: treinamentoalarme

112

V-em edificações classificadas como comercial ou nos depósitos, em locais

destinados ao armazenamento de mercadorias, mesmo que compartimentada.

VI-Fábricas e depósitos de explosivos.

§1º - Os sistemas de detecção de fumaça/calor exigidos na letra “a”, deverão ser

instalados em todos os recintos (quartos) com transmissão automática de aviso para

os postos de enfermagem, portarias ou sala dos seguranças.

§2º - Será também exigido o sistema de detecção de incêndios nas edificações que

internamente possuírem vão livre superior a 12 m de altura, sendo obrigatória a sua

instalação em todos os pisos a ele ligados. (PARANÁ,2001)

Depois de realizada a entrevista, nos preocupamos em enviar nossa apostila e uma

cópia da entrevista para o Corpo de Bombeiros do Paraná dar um parecer a

respeito. E não obtivemos resposta. O e-mail encaminhado foi o seguinte:

From: "Tucano-Eduardo" <[email protected]> To: <[email protected]> Sent: sexta-feira, 25 de agosto de 2006 17:28 Attach: relcbpr260607.pdf; apinc151206.pdf Subject: A/C Capitão Vladimir Donatti e Eng Dulce Doege

Caros componentes do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná:

Pelo presente, eu Eduardo Fachini e meus colegas Roberto Ferreira e Lucas

Wszolek, conforme já mencionado em visita ao quartel do CB do Pr, que estamos

concluindo nosso curso superior de Tecnologia em Eletrônica, com Especialização

em Automação Industrial da Universidade Federal Tecnológica do Paraná e para

trabalho de conclusão, estamos desenvolvendo um treinamento para projeto de

sistemas de alarmes de incêndio com os objetivos abaixo, apresentamos cópia da

entrevista realizada no mês de 06/07 com a Engª. Dulce Doege, da qual gostaríamos

que fosse feita uma avaliação para fornecer um "de acordo", ou sugerir alguma

mudança em função de qualquer novo parecer, visto que a mesma será publicada

como conteúdo para enriquecer nossa pesquisa na nossa apostila e também na

monografia de nosso projeto científico de conclusão de curso.

OBJETIVO: Desenvolver pesquisa com literaturas técnicas, ABNT, NFPA,

Corpo de Bombeiros e outras e condensar em uma apostila, que será oferecida aos

profissionais interessados se tornando referência para estes que trabalham com

Page 113: treinamentoalarme

113

sistemas de prevenção de incêndio, sejam eles com formação na área elétrica ou

não.

Estruturar um programa de treinamento com auxílio de slides em data show,

transparências, apresentação dos produtos, kits p/ testes práticos, uma apostila e

uma palestra sobre sistemas de alarme de incêndio. Neste treinamento serão

abordados os conceitos básicos, tipos de elementos e tecnologias, normas e

processos para implementação de um sistema de alarme de incêndio.

Conforme conversado, enviamos também a apostila elaborada (que ainda deve

sofrer algumas alterações, inclusive com a inclusão das entrevistas realizadas) e

que será utilizada e distribuída nos treinamentos. Agradeceríamos o fornecimento de

um parecer do Corpo de Bombeiros do Paraná sobre a mesma, bem como

autorizamos e agradeceríamos a divulgação desta a qualquer profissional

interessado.

Assim sendo aguardamos seu pronunciamento:

Curitiba, 25 de agosto de 2007.

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114

APÊNDICE D. QUESTIONÁRIOS PARA OS ALUNOS

D.1 QUESTIONÁRIO REFERENTE SOBRE CONCEITOS DE ALARMES DE

INCÊNDIO EM GERAL.

1) Cite cinco tipos de sensores utilizados em sistemas de alarma de incêndio.

2)Explique o funcionamento e em que tipo de locais são utilizados sensores

termovelocimétricos.

3) Segundo a NBR 9441, qual a quantidade máxima de sensores que podemos

utilizar num laço de sensores convencionais.

4) O que é e onde são utilizados circuitos em classe A?

5) Explique o que é uma central endereçável.

6) Explique o que uma central analógica.

7) O que é um sistema algoritmo?

8) Por que utilizamos laço cruzado em alguns sistemas?

9) O que é e para que serve um indicador visual em alarme de incêndio?

10) O que é uma norma?

11) O que é um certificado?

12) Faça um diagrama de ligação para um sistema com uma central convencional de

quatro laços, dois indicadores sonoros e visuais, um acionador tipo quebre o vidro,

cinco sensores de fumaça e bateria.

Page 115: treinamentoalarme

115

13) Faça um diagrama de ligação para cinco sensores convencionais de quatro fios

em uma única entrada de laço de uma central convencional.

14) Quando utilizamos uma fonte auxiliar num sistema de incêndio?

Nesta avaliação do treinamento genérico tivemos 14 provas respondidas e a média de rendimento foi de 83%.

D.2 QUESTIONÁRIO REFERENTE À CENTRAL D7024.

1) Quantos circuitos convencionais a central possui de fábrica?

2) O módulo D7034 permite expandir a central em até quantos pontos

convencionais?

( ) 4 ( ) 8 ( ) 12 ( )16

3) Quantos sensores de fumaça convencionais de dois fios posso conectar a cada

circuito?

4) Quantas saídas de sirene (NAC’s) a central possui em sua placa principal?

5) Qual a saída máxima de uma NAC?

( ) 1 A ( ) 2,5 A ( ) 3 A ( ) 4 A

6)Qual a finalidade dos resistores de final de linha?

( ) Reduzir a tensão sobre os dispositivos conectados às entradas / saídas.

( ) Supervisionar a condição do circuito através da circulação de uma corrente

mínima.

( ) Possibilitar um casamento de impedância entre os dispositivos.

7) A alimentação dos sensores de fumaça convencionais deve ser ligada a qual

destas saídas?

( ) SMK+ e SMK - ( ) Aux + Aux - ( ) Ambas

Page 116: treinamentoalarme

116

8)Quantos teclados D7033 podem ser instalados na central D7024?

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4

9) Quais os meios de programar a central?

( ) Teclado central ( )Teclado remoto ( ) Software RPS

( ) Todas as alternativas.

10) Quantos módulos d7053 podemos ligar em cada laço quando a central é

configurada como classe B?

( ) 10 ( ) 20 ( )40 ( )53 ( ) 120

11) Em um sistema de alarme de incêndio há um módulo D7053 instalado em classe

A com o endereço 11, qual é o numero do endereço de sua saída?

12) Como são mapeadas as saídas de forma independentes:

( ) Entrada - zona – saída;

( ) Zona - entrada – saída;

( ) Saída – zona – entrada;

13) Quais zonas são pré-definidas no sistema e não podem ser alteradas?

( ) 1 a 50 ( ) 52 a 63 ( ) Todas

14) Uma zona pode acionar quantas saídas?

( ) 1 ( ) 2 ( ) 4 ( ) Quantas necessário.

Nesta avaliação da D7024 tivemos 12 provas e média de rendimento foi de 77%.

D.3 AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO

Esse formulário nos servirá para saber como é o nível de cada aluno e como devemos ministrar o curso.

Page 117: treinamentoalarme

117

Avaliação do Treinamento N F R B S

Você acha que o conteúdo do treinamento foi distribuído de

maneira adequada no tempo total disponível?

O material de apoio como apostilas, apresentações em tela,

equipamentos deram uma boa idéia do conjunto apresentado ou

foi falha?

O local do treinamento foi adequado, possuía boa iluminação e

infra-estrutura?

A apostila foi bem elaborada e serve como referência para

consultas posteriores?

A quantidade de participantes foi adequada ao tempo e recursos

disponíveis para todos terem bom proveito?

O palestrante estava adequadamente apresentável para a

situação proposta?

O palestrante demonstrou conhecimento do assunto apresentado

e conseguiu esclarecer suas dúvidas a respeito do assunto?

O palestrante tinha boa dicção e o assunto pode ser entendido de

maneira adequada?

Os termos e exemplos utilizados pelo palestrante estavam a altura do seu conhecimento?

O treinamento atingiu o objetivo descrito em sua explanação ao iniciar o treinamento?

O valor cobrado é conciliável com o conteúdo oferecido?

0 qual a nota que você daria a si mesmo sobre o assunto antes do treinamento? Nota ( )

Qual a nota que você daria a si mesmo sobre o assunto após o treinamento? Nota ( )

Você indicaria a um amigo seu leigo que tivesse interesse este treinamento?

Você indicaria a um amigo seu da área técnica que tivesse interesse este treinamento?

Page 118: treinamentoalarme

118

Você gostaria de fazer outros treinamentos sobre assuntos

diversos da área de segurança ministrado desta maneira e nestas

condições

Em sua opinião a avaliação atendeu o nível do conteúdo apresentado?

De uma nota ótimo/bom/regular/fraco/muito fraco ao palestrante

De uma nota ótimo/bom/regular/fraco/muito fraco ao treinamento

O que você acha que poderia ser acrescentado para melhorar este treinamento?

O que você acha que deveria ser eliminado para melhorar este treinamento?

Faça abaixo qualquer comentário que achar interessante

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119

APÊNDICE E. E-MAIL DE DIVULGAÇÃO:

TREINAMENTO PARA PROJETO DE SISTEMAS DE ALARME DE I NCÊNDIO PROGRAMAÇÃO BOSCH D7024 DATA 20, 21,22 DE SETEMBRO DE 2007.

Dias 20 e 21 Horário: 19h00min - 22h30min;

Dia 22 - 08h30min -17h00min;

Local - Curitiba

Público alvo:

Profissionais da área elétrica que pretendam instalar, programar, ou conhecer

sistemas de alarme de incêndio.

Profissionais da área de comercial de produtos eletrônicos de segurança.

Programação:

Dias 20 - 21 de setembro:

1. Conceitos Básicos

2. Sensores e Acionadores

3. Centrais

4. Indicadores

5. Sistemas Autônomos

6. Normas;

7. Certificação;

8. Infra-estrutura;

9. Projetando;

Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda www.tucanobrasil.com.br [email protected] 41 3286-2867 Tecnologia em Segurança - Soluções em Eletrônica

DISTRIBUIDOR AUTORIZADO

Page 120: treinamentoalarme

120

10. Manutenção;

11. Agentes Extintores;

Dia 22 de setembro

Apresentação, programação e testes práticos com a central Bosch D7024

Informações - Inscrições (41) 3286-2867.

[email protected]

Valor do treinamento R$200,00.

VAGAS LIMITADAS

Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda.

Fone/fax 0xx41 3286 2867

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home page http://www.tucanobrasil.com.br

Page 121: treinamentoalarme

121

APÊNDICE F. MONTAGEM DO PAINEL DIDÁTICO

PAINEL PARA TREINAMENTO PRÁTICO COM CENTRAL DE INCÊNDIO BOSCH D7024

NOVEMBRO/2007

Page 122: treinamentoalarme

122

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO: ................................... ......................................................123

2. OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS ;.................. ....................................123

3. REQUISITOS:.................................................................................................123

4. CONFECÇÃO DO QUADRO............................. .............................................124

5. EQUIPAMENTOS INSTALADOS......................... ..........................................124

6. DIAGRAMA ELÉTRICO: .............................. ..................................................126

7. PRODUTO FINAL................................... ........................................................127

8. CONCLUSÃO COM UTILIZAÇÃO PRÁTICA ................ ................................127

10. EXERCÍCIOS PARA SEREM EXECUTADOS COM O PAINEL .. ..................128

Page 123: treinamentoalarme

123

1. APRESENTAÇÃO:

O objetivo deste documento é detalhar o desenvolvimento do painel para

prática do treinamento com a central de alarme de incêndio Bosch D7024.

2. OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS:

Quando resolvemos criar um treinamento com a central BOSCH D7024,

tentamos imaginar que tipo de material de apoio poderia facilitar a fixação e também

apresentação desta central de alarme, que possui uma grande gama de opções de

ligação e acessórios. Frente às opções esboçamos um painel que contivesse a

central com os módulos mais comuns interligados, que além de ser útil no apoio da

explanação e testes práticos, também possibilitasse simular problemas de ligação e

programação ocorridos em campo.

3. REQUISITOS:

• Para poder ser utilizado em treinamentos, este painel teria que ser de fácil

transporte, cabendo dentro de um veículo de passeio normal, evitando a

obrigatoriedade de locação de um veículo especial para levá-lo até o local do

treinamento.

• O tamanho deveria comportar a central e os principais módulos que comumente

são interligados a mesma.

• Deveria permitir a simulação com disparo das sirenes, com volume normal e

reduzido, a fim de possibilitar o treinamento em locais onde existam outras salas de

aula em uso.

• Permitir mostrar, que além dos equipamentos Bosch, este painel aceita

acessórios convencionais de marcas diversas.

Page 124: treinamentoalarme

124

4. CONFECÇÃO DO QUADRO

Para determinar o tamanho que o painel poderia ter, medimos a área do banco

traseiro e diagonal da entrada da porta de vários veículos de pequeno e médio porte.

Concluímos que se o quadro principal tivesse a medida de 95 cm por 110 cm,

atenderia a necessidade.

Como para o teste prático, o painel deveria ficar a altura entre 90 cm e 12 m de

altura, optamos pela confecção de um “pé” que tivesse uma base quadrada, a fim de

dar estabilidade e que elevasse o painel até a altura desejada. Este “pé” deveria ser

removível e encaixado a fim de permitir fácil montagem e desmontagem e

transporte.

Após alguns esboços deste quadro principal, encaminhamos um desenho a um

serralheiro, que confeccionou o suporte conforme as fotos abaixo.

5. EQUIPAMENTOS INSTALADOS

No painel foram fixados os seguintes itens;

Figura 47 - Quadro Principal

(Fonte: Autor)

Figura 48 - Pés do Suporte

(Fonte: Autor)

Figura 49 - Painel Montado

(Fonte: Autor)

Page 125: treinamentoalarme

125

• Central D7024;

• Módulo de expansão D7039;

• 1 painel remoto D7033;

• 1 módulo 8 entradas D7042;

• 1 módulo 1 entrada D7044;

• 1 sensor de fumaça endereçável D7050 com base;

• 1 módulo de entrada e saída D7053;

• 1 acionador manual quebre o vidro Bosch K0181;

• 1 acionador manual quebre o vidro Alarmseg ACITDK;

• 1 acionador manual alavanca Bosch FMM100-SATK;

• 1 acionador tipo quebre o vidro Catchview CP102;

• 1 sensor fumaça Bosch D273;

• 1 sensor fumaça Bosch D263;

• 1 painel auxiliar contendo 5 módulos de entrada e saída D7053 para testes de

situações reais;

• 1 Indicador sonoro e visual Alarmseg FS082;

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126

6. DIAGRAMA ELÉTRICO:

Figura 50 - Diagrama elétrico D7024 e periféricos ( Fonte: Autor)

Page 127: treinamentoalarme

127

7. PRODUTO FINAL

Após a ligação dos periféricos, o painel ficou com a aparência conforme abaixo:

Figura 51 - Painel sem equipamentos

(Fonte: Autor)

Figura 52 - Painel acabado (Fonte: Autor)

8. CONCLUSÃO COM UTILIZAÇÃO PRÁTICA

O painel foi utilizado no treinamento prático em 10/2007. Neste treinamento

pudemos observar que este atendeu muito bem a necessidade à qual foi proposto e

chamou a atenção dos participantes para treinar a programação e questionar a

maneira como o mesmo havia sido interligado.

No treinamento prático, observamos que se o painel tivesse uma maneira fácil

de visualizar as ligações, facilitaria o entendimento para os alunos. Partindo disto

fizemos a interligação da fiação, que antes era pela parte traseira, pela parte frontal

e com fios de cores diversas, facilitando a observação e entendimento das ligações

feitas. Nesta data a efetividade destas mudanças ainda não foi testada na prática.

Page 128: treinamentoalarme

128

9. EXERCÍCIOS PARA SEREM EXECUTADOS COM O PAINEL 2) “Resete” a programação para o painel voltar à condição “zero”.

3) Faça a programação de data/hora e resposta de falta de AC para 24h.

4) Programe o painel remoto D7033.

5) Selecione o painel para ligação em classe A.

6) Programe o sensor 1 com o endereço 25, sensor 2 com endereço 30, módulo

local D7053 com endereço 31, módulo D7042 com endereço xx e módulo D7044

com endereço yy. Faça a programação de cada um dos periféricos ligados ao

mesmo, configurando o texto do display com o código do módulo, seguido pelo

endereço que está sendo ativado.

7) Ative o painel e verifique quais as saídas que foram ativadas.

8) Programe o painel para que quando o acionador conectado ao módulo D7053 for

acionado, ative apenas a sirene conectada a este módulo, sem ativar as demais.

9) Ligue o módulo auxiliar, com módulos D7053 e programe os mesmos com

endereço 185 em diante, programando o display para mostrar o endereço seguido

de um nome aleatório quando do acionamento. Dispare o módulo. O que acontece?

Qual a sua conclusão?

10) Reprograme os módulos do painel, de modo que quando for acionado o sensor

ligado a sua entrada, faça ativar apenas o relê de saída do módulo à direita. O último

módulo deve acionar o rele do primeiro módulo.

11) Desligue a central e retire o módulo D7039. Ligue a Central. O que ocorre? O

que você conclui?

Page 129: treinamentoalarme

129

(Página deixada em branco propositalmente)

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130

APÊNDICE G. E-MAIL SOBRE A HOMOLOGAÇÃO DO CURSO.

De: Tucano-Eduardo [mailto:[email protected]] Enviada em: quinta-feira, 4 de outubro de 2007 19:11 Para: Lima Renato (RBLA-ST/PD); Franceschi Juarez (RBLA-ST/PD); Menezes Marcos (RBLA-ST/PD) Assunto: Treinamento BOSCH D7024

Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda

www.tucanobrasil.com.br [email protected]

41 3085-0707

Tecnologia em Segurança - Soluções em Eletrônica

DISTRIBUIDOR AUTORIZADO

Prezado Renato;

Estamos com nosso treinamento de sistemas de alarme de incêndio e

programação da central Bosch d7024 montado. Gostaríamos de marcar com você e

com o Juarez e eventualmente com algum profissional a mais que a Bosch deseje

enviar, uma data entre 10 e 30 de novembro para ministrarmos este treinamento na

Universidade Federal Tecnológica do Paraná para Homologação.

Assim sendo peço que informe a data disponível para que possamos agendar a

utilização de salas de aula e laboratórios no período necessário.

Este treinamento será ministrado em três dias inteiros e a programação é fazer um

treinamento genérico de equipamentos e sistemas de incêndio no primeiro e metade

do segundo dias e o restante do tempo disponibilizar para apresentação,

treinamento de programação e prática com a central Bosch D7024.

Informamos que este treinamento é aberto para integradores, profissionais da área

técnica e comercial do segmento de alarmes de incêndio. Se a Bosch quiser indicar

algum profissional (inclusive de outros estados, visto que será cobrada taxa de

R$200,00 por participante) para realizá-lo, estaremos dispostos a matriculá-lo. A

intenção é fazer a partir do início do ano um treinamento mensal específico deste

assunto.

Estou à disposição para maiores esclarecimentos e aguardo com brevidade uma

Page 131: treinamentoalarme

131

resposta.

Atenciosamente:

Eduardo Fachini - Departamento técnico comercial

Tucano Com Alarmes e Sistemas Eletrônicos Ltda

Rua Dês. Antonio de Paula, 3577

81720-280 - Curitiba - Pr

NOVO FONE/FAX 41 3085-0707

e-mail: [email protected];

[email protected];

Messenger: [email protected];

Resposta do fabricante:

From: Ito Getulio (RBLA-ST/PD) To: [email protected] Cc: Lima Renato (RBLA-ST/PD) ; Menezes Marcos (RBLA-ST/PD) ; Franceschi Juarez (RBLA-ST/PD) ; EXTERNAL Rodrigues Camila (Estagiaria; RBLA-ST/PD ) Sent: Wednesday, October 17, 2007 6:9 AM Subject: ENC: treinamento BOSCH d7024 Boa tarde, Eduardo.

Para este treinamento o Juarez estará presente e gostaria de solicitar que agende a

data com ele.

Para o curso da D7024, estamos aqui confirmando que a empresa Alarmes Tucano

está homologada por nós como apta a ministrar treinamento e que poderá utilizar

nosso logo nos certificados deste curso.

Para detalhes de utilização de nosso logo, favor contatar Camila Rodrigues (19)

2103.3403.

Sds,

Saudações/Best Regards

Page 132: treinamentoalarme

132

Getulio Ito

Suporte Técnico e Serviços

Robert Bosch Ltda.

Sistemas de Segurança (ST/PD)

Via Anhanguera, km 98

13065-900 Campinas/SP

BRASIL

www.bosch.com.br

Tel. 0 XX 19 2103-2868

Fax 0 XX 19 2103-2862

[email protected]