Osteoporose Proteja os Seus Ossos. Uma em cada três mulheres acima dos 50 tem osteoporose.
Treinamento de Força para Promoção da Saúde em ... · Características gerais do programa de...
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Treinamento de Força paraPromoção da Saúdeem osteoporóticos, diabéticos, idosos e
crianças
Treinamento de Força paraPromoção da Saúdeem osteoporóticos, diabéticos, idosos e
crianças
Prof. Prof. MstMst. Sandro de Souza. Sandro de Souza
Universidade Salgado de Oliveira Treinamento de Força
Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
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Esqueleto é a estrutura de suporte do corpo
Funções:
1. Suportar os tecidos adjacentes
2. Proteger os órgão vitais e partes moles
3. Auxiliar no movimento corporal
4. Produzir células sanguíneas (medula vermelha do osso)
5. Fornecer uma área de armazenamento para sais minerais
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Células do ósso
OSTEOBLASTOS:responsáveis pela formação.
OSTEOCLASTOS:associado a reabsorção
OSTEÓCITOS:principais células do osso maduro
Normalmente, a não ser nos ossos em crescimento, há equilíbrio entredeposição e absorção óssea;
GALI (2001)
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O osso é um tipo de tecido conjuntivo e, como tal, consiste de células e de uma matriz de fibras e substâncias fundamentais.
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Osteoporose é conceituada como "umadoença caracterizada por deteriorizaçãomicroarquitetural do tecido ósseo, comredução da massa óssea em níveisinsuficientes para a função de sustentação,tendo como conseqüência elevado risco defratura.
Conceito
Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
GALI (2001)
Na osteoporose existe desproporção entre atividadeosteoblástica e osteoclástica, com predomínio da última.
O esqueleto acumula osso até a faixa dos30 anos, sendo a massa óssea maior nohomem do que na mulher. Daí por dianteperde 0,3 % ao ano. Na mulher a perda émaior nos 10 primeiros anos pós-menopausa, podendo chegar a 3% ao ano,e é maior na mulher sedentária.
PERDA DE MASSA ÓSSEA
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Organização Mundial da Saúde
1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos sãoportadoras de osteoporose; estima-se que cercade 50% das mulheres com mais de 75 anos venhama sofrer alguma fratura osteoporótica
Apesar da osteoporose ser menos comum no homem do que na mulher, éestimado que entre 1/5 a 1/3 das fraturas do quadril ocorram em homens eque um homem branco de 60 anos tem 25 % de chance de ter uma fraturaosteoporótica
Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
Incidência
Segundo dados epidemiológicos para os Estados membros da União Européia,haverá mudanças na pirâmide etária, com concentração mais acentuada nogrupo de 80 anos e mais. Neste grupo haverá maior incidência de fraturasosteoporóticas. Esta faixa populacional passará de 8,9 milhões de mulheres e 4,5milhões de homens em 1995 a 26,4 milhões de mulheres e 17,4 milhões dehomens em 2050.
LANZILLOTTI et al (2003)
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Estima-se que as fraturas vertebrais passarão de 23,7 milhões noano de 2000 para 37,3 milhões em 2050, representando umaumento de 50%.
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Chan KM (2004)
European Federation of National Associations ofOrthopaedis and Traumatology (2004)
A osteoporose é considerada um grave problema de saúdepública em todo o mundo. Nos Estados Unidos, mais de 25milhões de pessoas estão predispostas a 1,3 milhão de fraturasao ano, com um custo provável da ordem de 10 bilhões dedólares.
No continente europeu, acomete 11% da população e 31% das mulheres acima dos 50 anos.
Incidência
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CLASSIFICAÇÃO
No tipo I, também conhecida por tipo pós-menopausa, existe rápida perdaóssea e ocorre na mulher recentemente menopausada. Predominantementeatinge o osso trabecular e é associada a fraturas das vértebras e do rádiodistal.
A tipo II, ou senil, é relacionada ao envelhecimento e aparece por deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea.
Primária (idiopática)
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A osteoporose secundária é decorrente de processos inflamatórios, como aartrite reumatóide; alterações endócrinas, como hipertireoidismo edesordens adrenais; mieloma múltiplo; por desuso; por uso de drogas comoheparina, álcool, vitamina A e corticóides.
Secundária
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Efeitos Fisiológicos do Exercício Físico sobre o Osso
A atividade física promovealterações no metabolismo ósseopor efeito direto, via forçamecânica, ou indireto, promovidopor fatores hormonais;
Há indícios de que a atividade físicaminimiza a osteopenia decorrente doavançar da idade e do declínio dosesteróides sexuais.
Em humanos, exercícios físicos, desenvolvidos nas fases de crescimento e dedesenvolvimento, determinam ganho de 7 a 8% de massa óssea no indivíduoadulto, reduzindo substancialmente os riscos de fratura na idade avançada
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Efeitos Fisiológicos do Exercício Físico sobre o Osso
A atividade física estimula a secreção do hormônio doCrescimento (GH), que tem efeito anabólico direto ouindireto, via fator de crescimento semelhante à insulina1 (IGF-1)
BrahmH, (1997)
O IGF-1 é uma citocina que estimula a síntese de DNAe conseqüentemente promove a síntese de colágenopelas células osteogênicas, aumentando a formação dematriz óssea in vivo.
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Efeitos Fisiológicos do Exercício Físico sobre o Osso
O exercício físico não afeta o ossosomente como tecido, mas também o ossocomo órgão, por sua ação nas cartilagensde crescimento.
O estresse mecânico regula a homeostasiada cartilagem não somente durante ocrescimento endocondral, mas tambémdurante o reparo de fraturas.
Kim YJ, (1994)
Ocarino & Serakides (2006)
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Efeitos Fisiológicos Negativos do Exercício Físico sobre o Osso
Dependendo do tipo e da intensidade do exercício, os efeitos sobre otecido ósseo variam, podendo ser deletérios. A atividade esportiva intensapode conduzir à osteoporose, ao comprometimento da pulsação dohormônio gonadotrópico (GnRH) e à disfunção gonadal no indivíduojovem e não proteger a mulher contra a perda óssea da menopausa.
Ocarino & Serakides (2006)
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Um programa ideal de atividade física deve terexercícios aeróbios de baixo impacto, exercícios defortalecimento muscular e para melhora dapropriocepção, a fim de diminuir a incidência dequedas.
ACSM (1995)
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Exercícios com pesos leves aumentam a massamuscular e a força dos músculos esqueléticos. Adiminuição da força do quadríceps é um riscopara ocorrência de fraturas do quadril
Influência do Treinamento de Força sobre a Osteoporose
Lane, J.M. (1998)
Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
O treinamento resistido (TR) quando praticado com regularidade, pode aumentara força muscular com positivas repercussões na proteção contra as quedas, alémdo eficiente estímulo para o aumento da massa óssea.
Greendale GA, (2003)
Jovine et al. (2006)
Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
Influência do Treinamento de Força sobre a Osteoporose
O treinamento resistido mostrou sercapaz de prover estímulo paraaumentar a força muscular e aformação óssea, influenciando osfatores de risco relacionados comosteoporose e quedas seguidas defratura em mulheres no estágio devida após a menopausa.
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Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
Características gerais do programa de exercícios de musculação para pessoas com osteopenia ou osteoporose
Escolha dos ExercíciosEscolha dos Exercícios
Devem enfatizar grandes grupos musculares e, depois da adaptação do programainicial, a participação dos músculos menores também devem ser incluída.
Exercícios básicos:
• Supino reto• PuxadorVertical• Elevação Lateral• Crucifixo inverso• Leg Press•Abdominal• Flexão plantar
Exercícios após adaptação:
• Cadeira flexora e extensora• Mesa flexora *•Agachamento no aparelho *• Rosca direta•Abdominal com rotação•Adução e do quadril (deitado)•Abdução do quadril (deitado)
Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
Características gerais do programa de exercícios de musculação para pessoas com osteopenia ou osteoporose
Ordem dos ExercíciosOrdem dos Exercícios
Primeiramente são trabalhados os grandes grupos com posterior ênfase nos gruposmenores.
IntensidadeIntensidade
Após a adaptação, as sobrecargas podem chegar a 60 – 80% de 1 RM. Não érecomendado o teste de carga máxima, pois aumenta o risco de fratura por esforço.Assim, inicia-se por exercícios de resistência e progride linearmente para assobrecargas maiores.
FrequênciaFrequência
Recomenda-se de 4 a 5 vezes por semana no período de adaptação. Após a adaptação, 3vezes por semana constitui um programa adequado e atende as necessidades.
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Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
Características gerais do programa de exercícios de musculação para pessoas com osteopenia ou osteoporose
Número de sériesNúmero de sériesVaria de acordo com o programa. Para iniciantes, um set de cada exercício já produzbenefícios. Em indivíduos adaptados, recomenda-se chegar a no máximo de duas a trêssets por exercício.
Número de repetiçõesNúmero de repetições
Em indivíduos adaptados, sugere-se variações entre 8 a 12 repetições por set. Para osiniciantes, trabalha-se com 15 a 20.
Descanso entre setsDescanso entre sets1 a 2 minutos para os iniciantes epara os que estiverem trabalhandocom cargas entre 60 – 80%, 2 a 3minutos.
Velocidade de execuçãoVelocidade de execuçãoAproximadamente de 1 a 3segundos tanto na fase concêntricaou na fase excêntrica
Osteoporose e Treinamento de ForçaOsteoporose e Treinamento de Força
Benefícios do treinamento de força para prevenção e/ou como parte do tratamento da osteopenia e osteoporose
• aumento da densidade óssea;• hipertrofia das trabéculas ósseas;• aumento da atividade dos osteoblastos;• aumento da síntese de colágeno;• incremento da incorporação de cálcio no osso;• aumento da massa muscular;• aumento da força muscular;• melhora do equilíbrio;• melhora do pico de massa óssea (no período pré-menopausa);• aumento da estabilidade postural;• melhora da agilidade;• melhora da flexibilidade
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ConceitoO Diabetes Melitus inclui um grupode doenças metabólicascaracterizadas por hiperglicemia,resultante de defeitos na secreçãode insulina e/ou em sua ação.
Gross (2002)
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
É uma disfunção do metabolismo decarboidratos, caracterizada peloalto índice de açúcar no sangue(hiperglicemia) e presença deaçúcar na urina (glicosúria).
Classificação etiológica do diabetes melito
I. Diabetes tipo 1• destruição das células beta, usualmente levando à deficiênciacompleta de insulinaA. auto-imuneB. idiopáticoII. Diabetes tipo 2• graus variados de diminuição de secreção e resistência àinsulinaIII. Outros tipos específicosA. Defeitos genéticos da função da célula βB. Defeitos genéticos da ação da insulinaC. Doenças do pâncreas exócrinoD. EndocrinopatiasE. Indução por drogas ou produtos químicosF. InfecçõesG. Formas incomuns de diabetes imuno-mediadoIV. Diabetes Gestacional
Gross (2002)
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Tipo 1 - DMID (Diabates Melito Insulino Dependente)
Caracteriza-se pela deficiênciaabsoluta de insulina, sendo esta,na grande maioria dos casos,causada por processo auto-imune desencadeado após umainteração complexa entre fatoresgenéticos e ambientais
Angelis (2006)
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
É uma entidade heterogênea,caracterizada por distúrbios daação e secreção da insulina, compredomínio de um ou outrocomponente. A etiologia específicadeste tipo de diabetes ainda nãoestá claramente estabelecida comono diabetes tipo 1.
WHO -World Health Organization (1999)
Tipo 2 - DMNID (Diabates Melito Não Insulino Dependente)
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Gross (2002)
O diabetes tipo 2 é mais comumdo que o tipo 1, perfazendo cercade 90% dos casos de diabetes. Aidade de início do diabetes tipo 2é variável, embora seja maisfreqüente após os 40 anos deidade, com pico de incidência aoredor dos 60 anos.
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
IncidênciaDiabetes é uma situação clínicafreqüente, acometendo cerca de7,6% da população adulta entre 30e 69 anos e 0,3% das gestantes.Alterações da tolerância à glicosesão observadas em 12% dosindivíduos adultos e em 7% dasgrávidas. Cerca de 50% dosportadores de diabetesdesconhecem o diagnóstico
Franco (1992)
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A incidência do DM tipo 1 é variável empopulações diferentes, de 30 a 40indivíduos a cada 100.000 pessoas porano em países do norte europeu (comoFinlândia e Suécia) até 0,5 a 1 indivíduoem 100.000 pessoas por ano em paísesasiáticos.
No Brasil, a incidência avaliada entre os anos de 1987 a 1991 foi de 7,4indivíduos em 100.000 pessoas por ano em cidades do interior do Estado deSão Paulo.
Geographic patterns of childhoodinsulin-dependent diabetes mellitus. 1988
Ferreira SR, (1993)
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Diagnóstico
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
O diagnóstico do diabetes baseia-sefundamentalmente nas alterações daglicose plasmática de jejum ou após umasobrecarga de glicose por via oral.
Os critérios diagnósticos baseiam-se na glicose plasmática de jejum (8 horas), nospontos de jejum e de 2h após sobrecarga oral de 75g de glicose (teste oral detolerância à glicose –TOTG) e na medida da glicose plasmática casual.
Diagnóstico
Diagnóstico do diabetes melito e alterações da tolerância à glicose de acordo com valores de glicose plasmática (mg/dl).
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Desde o século XVIII, médicosreconheceram a utilidadeterapêutica do exercício notratamento do DM tipo 2
Na edição de 1935 do The Treatment ofDiabetes Mellitus, exercícios diários eramrecomendados no tratamento do DM
Rollo J. 1798.
Influência do Exercício Físico
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
Dentro da rotina de exercícios para os indivíduos diabéticos
devem fazer parte três grupos de exercícios: exercícios aeróbios, exercícios resistidos e exercícios
de flexibilidade.
ACSM (2002)
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Estudo recente demonstrou queé possível diminuirsignificativamente a incidência denovos casos de diabetes atravésde medidas de intervenção comoa realização de exercício físico eredução de peso em pacientescom alterações da homeostaseglicêmica ainda não classificadascomo diabetes
Influência do Exercício Físico
Angelis (2006)
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
Influência do Exercício Físico
O exercício físico determina melhora na ação insulínica, especialmente nomúsculo esquelético. Naturalmente, como o DM tipo 2 caracteriza-sepredominantemente por resistência à insulina, nesses pacientes observa-semais facilmente o efeito benéfico dos exercícios sobre o controle glicêmico.No entanto, tanto indivíduos com DM tipo 1 como indivíduos não diabéticosapresentam também melhor sensibilidade à insulina induzida pelo exercício.Estes efeitos são induzidos pelo treinamento físico dinâmico em decorrênciade várias adaptações: aumento da densidade capilar, aumento da expressãoe translocação de GLUT4 para a membrana plasmática, aumento dasfibras musculares mais sensíveis à ação insulínica, possíveis alterações nacomposição de fosfolípides do sarcolema, aumento na atividade de enzimasglicolíticas e oxidativas e aumento na atividade da glicogênio-sintetase
Jessen N, (2005)
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O treinamento físico dinâmicoem indivíduos com DM tipo 1melhora a sensibilidade àinsulina; todavia, estudosdemonstram que exercíciosregulares normalmente nãoinduzem melhora no controleglicêmico
Wasserman DH (1994)
Influência do Exercício Físico
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
Influência do Exercício Físico
dados obtidos em trabalhos com animaise humanos parecem comprovar queindivíduos com DM tipo 1 treinados,especialmente com exercícios aeróbiose dinâmicos, tendem a apresentaratenuação de alterações metabólicas,cardiovasculares e autonômicas após umprograma de condicionamento
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Influência do Exercício FísicoOs estudos iniciais dos benefícios dotreinamento físico resistido emindivíduos com DM apresentaramresultados positivos.
Farrell PA, e cols (1999)
No entanto, os efeitos do uso de exercícios resistidos ou de força no DM tipo 1 permanecem pouco
esclarecidos.
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Diretrizes Gerais para o Diabético
• Riscos associados a hipoglicemia;•Alterações que podem ser feitas na dosagem da insulina pré-exercício• Importância da avaliação Médica• Importância do exame de rotina• Não realizar respiração bloqueada•Atenção ao aquecimento e volta a calma•Ter em mãos uma fonte de glicose• Cuidado com os pés (neuropatia periférica)•Atenção ao uso de tênis e meias adequadas, que não apertem os pés•A possibilidade de hipotensão ortostática pós-exercício•A importância da reposição hídrica•Vestir roupas compatíveis com a temperatura• Nível de glicose pré-exercício•Atenção ao pico da insulina (não exercitar se o nível de glicose em jejum maiorque 300 mg/dl
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Características gerais do programa de exercícios de musculação para pessoas com Diabetes
Escolha dos ExercíciosEscolha dos Exercícios
Devem enfatizar grandes grupos musculares e, depois da adaptação do programainicial, a participação dos músculos menores também devem ser incluída.
Exercícios básicos:
• Supino reto• PuxadorVertical• Elevação Lateral• Crucifixo inverso• Leg Press•Abdominal• Flexão plantar
Exercícios após adaptação:
• Cadeira flexora e extensora• Mesa flexora *•Agachamento no aparelho *• Rosca direta•Abdominal com rotação•Adução e do quadril (deitado)•Abdução do quadril (deitado)
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
Características gerais do programa de exercícios de musculação para pessoas com Diabetes
Ordem dos ExercíciosOrdem dos Exercícios
Primeiramente são trabalhados os grandes grupos com posterior ênfase nos gruposmenores.
IntensidadeIntensidade
Após a adaptação, as sobrecargas podem chegar a 60 – 80% de 1 RM. Não érecomendado o teste de carga máxima, pois aumenta o risco de fratura por esforço.Assim, inicia-se por exercícios de resistência e progride linearmente para assobrecargas maiores.
FrequênciaFrequência
Recomenda-se de 4 a 5 vezes por semana no período de adaptação. Após a adaptação, 3vezes por semana constitui um programa adequado e atende as necessidades.
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Forçapesos livres, aparelhos com carga, elásticos, halteres e materiais
adaptados, como sacos de areia e bastões de madeira.
Colberg SR (2000)
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Características gerais do programa de exercícios de musculação para pessoas com Diabetes
Número de sériesNúmero de séries
Número de repetiçõesNúmero de repetições
Em indivíduos adaptados, sugere-se variações entre 8 a 12 repetições por set. Para osiniciantes, trabalha-se com 15 a 20.
Descanso entre setsDescanso entre sets1 a 2 minutos para os iniciantes epara os que estiverem trabalhandocom cargas entre 60 – 80%, 2 a 3minutos.
Velocidade de execuçãoVelocidade de execuçãoAproximadamente de 1 a 3segundos tanto na fase concêntricaou na fase excêntrica
Diabetes e Treinamento de ForçaDiabetes e Treinamento de Força
Os exercícios resistidos devem incluir pelo menos 8–10 exercíciosdiferentes usando grandes grupos musculares.
Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Quem é idoso?
Classificação Cronológica , segundo a WHO
• Entre 45 – 59 anos – meia idade• Entre 60 – 74 anos – IDOSOS• Entre 75 – 90 anos – velhos•Acima de 90 anos – muito velhos
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Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Alterações relacionadas ao processo de envelhecimento
Perda de Força Muscular
entre 60 e 70 anos perde-se em média 15% da forçaaumentando para 30% após essa idade.
Treinados em Força
Normal
Uma curva teórica doenvelhecimento para a forçamuscular. A magnitude da mudançairá variar de acordo com o grupomuscular e o gênero.
Fonte: Fleck e Kraemer, 2006
Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Alterações relacionadas ao processo de envelhecimento
Perda de Potência Muscular
provavelmente devido a atrofia dos músculos, resultando em perda de massa muscular.
Perda da Massa Muscular
Sarcopenia. Inicia-se a partir dos 30 anos, sendo maisevidente a partir dos 50 anos de idade. Uma das justificativasé a redução no tamanho das fibras musculares do tipo II(contração rápida)
Perda de Unidades Motoras
Redução dos padrões de recrutamento das fibras musculares
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Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Fatores que influenciam na redução da força e potência muscular durante o envelhecimento
Fonte:Campos (2000)
• Alterações musculoesqueléticas• Acúmulo de doenças crônicas• Medicamentos utilizados• Alterações do Sistema Nervoso• Alterações hormonais• Estado nutricional• Atrofia muscular
Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Os benefícios da musculação para idosos
• Aumento da força muscular• Pequeno aumento da potência muscular• Aumento das fibras musculares tipo I e II• Pequeno aumento a área transversa• Diminuição dos níveis de dor• Diminuição da gordura intra-abdominal• Motilidade gastrointestinal• Melhora dos aspectos neurais• Aumento da densidade óssea• Diminuição do percentual de gordura• Diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares• Diminuição dos riscos de desenvolvimento de Diabetes• Diminuição das lesões causadas por quedas• Aumento da capacidade funcional• Melhora da postura• Entre outros Fonte:Campos (2000)
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Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Características gerais dos programas de treinamento de força para adultos mais velhos
Fonte: ACSM(2002)
Escolha dos exercícios
Enfoque nos grandes grupos musculares• 4 a 6 exercícios para os grandes grupos• 3 a 5 exercícios para os pequenos grupos
Recomenda-se iniciar por máquinas,progredindo para pesos livres
Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Características gerais dos programas de treinamento de força para adultos mais velhos
Fonte: ACSM(2002)
Ordem dos exercícios
• Aquecimento muscular geral• Exercícios para os grandes grupos• Exercícios para os pequenos grupos• Volta acalma
Agachamento Extensora
Flexora
do mais SIMPLES para o mais COMPLEXO
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Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Características gerais dos programas de treinamento de força para adultos mais velhos
Fonte: ACSM(2002)
Intensidade
Recomenda-se o cargas com intensidadesvariando entre 50 a 85% de 1RM, com 8 a12 repetições.
Cargas mais leves para os iniciantes e progredindo para os mais adaptados (moderada e moderadamente pesada)
Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Características gerais dos programas de treinamento de força para adultos mais velhos
Fonte: ACSM(2002)
Velocidade
Recomenda-se velocidade moderada, tantopara o treinamento de força, quanto parahipertrofia. (2/2”)
Se o objetivo for aumentar a potênciamuscular, cargas mais leves comvelocidades mais elevadas.
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Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Características gerais dos programas de treinamento de força para adultos mais velhos
Fonte: ACSM(2002)
Número de Séries
Inicialmente recomenda-se um Set por exercício para 8 a 10exercícios, podendo progredir para 3 sets por exercício para osadaptados.
Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Características gerais dos programas de treinamento de força para adultos mais velhos
Fonte: ACSM(2002)
Repouso entre Séries e Sets
Usualmente tem sido recomendado períodosde 1 a 2 minutos.
Períodos mais curtos estão associadosa cargas mais leves, onde arecuperação é mais rápida.
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Idosos e Treinamento de ForçaIdosos e Treinamento de Força
Características gerais dos programas de treinamento de força para adultos mais velhos
Fonte: ACSM(2002)
Frequência
2 a 3 vezes por semana são suficientespara promover modificações significantes.
Crianças e Treinamento de ForçaCrianças e Treinamento de Força
A criança pode participar de umprograma de treinamento deforça, desde que este sejaapropriadamente prescrito esupervisionado.
Posicionamento:National Strength and Conditioning AssociationAmerican Orthopedic Society for Sports MedicineAmericanAcademy of Periatrics
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Crianças e Treinamento de ForçaCrianças e Treinamento de Força
Normalização dos termos
Crescimento – refere-se ao aumento em tamanho, do corpo oude qualquer uma de suas partes.
Desenvolvimento – refere-se as mudanças funcionais queocorrem com o crescimento.
Maturação – refere-se ao processo de aquisição da forma adultae torna-se totalmente funcional, podendo ser definido pela idadecronológica, formação óssea, maturação sexual, pilosidade, pubarca,menarca, etc.
Campos (2000)
Crianças e Treinamento de ForçaCrianças e Treinamento de Força
Fases do Crescimento:
Pré-infância – é definida peloprimeiro ano de vida.
Infância – do final da infânciaaté o início da adolescência.
Adolescência – inicia-se aofinal da infância e vai até a faseadulta.
Campos (2000)
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Crianças e Treinamento de ForçaCrianças e Treinamento de Força
Adaptações ao Treinamento de Força
•Aumento da força muscular
•Aumento da potência
•Aumento da resistência muscular
• Diminuição das lesões nos
esportes e em atividades
recreativas
• Melhora do desempenho nos
esportes e atividades recreativas
Fleck e Kraemer (2006)
Crianças e Treinamento de ForçaCrianças e Treinamento de Força
O aumento da força dos 11 aos 18 anos está relacionado a quantidade de hormônioscirculantes.
Tsolakis et al (2000)
0
100
200
300
400
500
600
700
1 2 3 4 5
Testosterona sérica (ng/dl)
Estágio puberal
Antes
DepoisNíveis de testosteronasérica antes e após umasessão de exercício emcrianças púberes. Osestágios 1 a 5 refere-se àmaturidade do indivíduo,sendo 1 imaturo e 5totalmente maduro.
Fahley apud Fleck e Kaemer (2006)
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Crianças e Treinamento de ForçaCrianças e Treinamento de Força
Nascimento Puberdade Idade adulta
Força primordialmente via padrões motores
Consolidação dos fatores de
força
Potencial de força ótimo
Força muscular
Massa Corporal Magra
Diferenciação teórica de Tipo de Fibra
Desenvolvimento do Sistema Nervoso
Testosterona
100% do potencial adulto
Modelo teórico de fatores de desenvolvimento da força em homens
Fleck e Kaemer (2006)