Trabalho pcp

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Trabalho de PCP Nome: Antonio Aristeu M. Santos Profª : Renata Curso: Mecânica Industrial - Noite Fortaleza 09/03/2015

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Trabalho de PCP

Nome: Antonio Aristeu M. Santos

Profª : Renata

Curso: Mecânica Industrial - Noite

Fortaleza

09/03/2015

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Planejamento e Controle da Produção de uma Empresa

A empresa utilizada como alvo desta pesquisa é uma empresa de pequeno porte, do setor metalúrgico com sede em Fortaleza, Ceará, responsável pela produção de artigos aramados, como carrinhos de supermercado, gaiolas para animais domésticos, gaiolas para petshops, prateleiras para exposição de produtos, dentre outros, destinados ao consumidor final ou pequenos e médios distribuidores.

a) Dados gerais sobre a empresa

Sendo estabelecimento único e possuindo 60 funcionários, a empresa trabalha com uma

variedade de aproximadamente 10 tipos diferentes de produtos, que variam entre carrinhos de supermercado, cestinhas, expositores, dentre outros. Atuando principalmente no estado do

Ceará, abastece também o mercado de algumas cidades no nordeste do país, onde seus

produtos são sempre destinados a lojas ou atacadistas;

b) Visão geral do PCP da empresa

Atualmente, a empresa não possui um setor especifico de PCP, sendo essa função realizada

pelo próprio gestor da empresa, ou Diretor Geral. O PCP na empresa é feito como em boa

parte das pequenas e médias empresas, sem método algum e baseado completamente na

experiência do proprietário e através da observação do excesso ou ausência de estoques de

produtos acabados. O relacionamento da função PCP com a área comercial é considerado bom, já que as informações das necessidades de produtos para o mercado fluem bem. O relacionamento com a Produção pode ser considerado regular, pois a presença de muitos estoques intermediários

ou superprodução denunciam certo desajuste de informações entre os setores. No que diz

respeito ao setor de Manutenção não pôde ser observada alguma ação relacionada à manutenção preventiva dos equipamentos, motivo pelo qual pode notar - se que a função PCP

pouco atua nesse sentido. Com relação ao setor de Compras, o relacionamento da função PCP

pode ser considerado excelente, pois, de um modo geral, não se observam paradas de produção por falta de material.

A empresa trabalha com o sistema de produção repetitivo por lotes, atendendo aos pedidos de

clientes e também na manutenção de um estoque mínimo de cada produto. Na área produtiva

os setores estão divididos basicamente em:

Corte;

Montagem;

Solda;

Pintura;

Expedição.

O arranjo físico dessa estrutura em sequência é linear, exceto no processo de pintura das

peças, onde é em “U”. Os produtos são padronizados por tipo ou categoria;

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c) Planejamento estratégico da empresa

A empresa não possui um planejamento estratégico voltado para toda a corporação. De uma

forma geral não são executados planos de produção de longo e médio prazo.

O planejamento se dá de acordo com os níveis de pedidos dos clientes, ou variações negativas

dos estoques. Não são levados em consideração os principais pontos a serem considerados

num plano de produção, como estoques, recursos humanos, maquinário, todos em conjunto.

Alguns desses pontos são considerados mais importantes isoladamente dentro da realidade da

empresa, como níveis dos estoques, ou disponibilidade de máquinas, por exemplo.

Com relação aos critérios de desempenho os pesos são igualmente divididos em custo,

qualidade e desempenho de entrega, como sendo mais importantes. Já inoperatividade e não

agressão ao meio ambiente recebem menor atenção, com pesos imediatamente inferiores.

Formalmente, não são utilizadas técnicas ou filosofias de produção para auxílio no

rendimento produtivo. A direção da empresa enfatiza apenas a necessidades de se ter o

mínimo de paradas de produção. A demanda de produtos não é sazonal, já que a natureza dos

mesmos independe dos períodos do ano em que serão utilizados.

O planejamento da produção é feito baseado na experiência de produções anteriores e nas

oscilações esperadas do mercado, sem o uso de técnicas apropriadas. Geralmente, o que deve

ser produzido o e quanto produzir depende dos novos pedidos dos clientes que chegam à

empresa. Como o planejamento é voltado para uma família de produtos, após o recebimento

do pedido são calculadas as condições ideais dentro da realidade da empresa para a produção

e entrega do pedido em tempo oportuno;

d) Planejamento agregado da empresa

O plano- mestre de produção não é feito em períodos bem definidos. Dependendo dos níveis

de estoques dos produtos acabados, ou das quantidades de pedidos de produção de gaiolas,

carrinhos de supermercado, expositores, o plano-mestre é definido semanalmente,

mensalmente, ou o tempo necessário para a entrega dos produtos.

É determinado um plano de produção por família de produtos, o qual raramente sofre

alterações, a não ser por motivos de falta de matéria-prima, quebra de equipamentos,

mudanças nos pedidos, dentre outros. As quebras nos planos-mestres podem ocorrer a

qualquer momento da execução do plano, não podendo assim, ser ligados a um único tipo de

problema.

Apesar dos processos obedecerem a uma seqüência bem determinada e conhecida por todos

os colaboradores, essa seqüência não possui documentação específica quanto aos tempos dos

processos. Há ausência de documentação e cronometragem na produção;

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e) Gestão de estoques

Não é utilizada a classificação dos estoques do tipo ABC, bem como não é calculado o lote

econômico de compra. O lote econômico de fabricação leva em conta apenas o histórico das

quantidades produzidas nos últimos períodos, ou do feeling do gestor. O que é calculado a partir dospedidos dos clientes é, então, revertido em matérias-primas necessárias.

Os itens em estoque para produção são repostos de acordo com os níveis encontrados na

empresa. Conforme os níveis dos insumos vão baixando de acordo com a produção, gera-se

então, um pedido de reposição de estoque. O mesmo acontece para o estoque de segurança,

que é controlado pela quantidade de insumos existente. Não é utilizada a lógica do MRP na

empresa;

f) Sequenciamento e ordens de produção

O sequenciamento da produção é feito pelo próprio gestor da produção ou diretor industrial

baseado em critérios de mercado, de acordo com os pedidos de clientes recebidos pela

empresa. Os critérios de escolha são feitos pela prática ou bom senso, segundo o grau de

importância dos produtos, data de entrega ou quantidade a ser produzida.

As ordens são emitidas de forma simples pelo gestor, que geralmente utiliza a ferramenta

PEPS para sequenciamento da produção. As ordens de compra são emitidas em papel;

g) Acompanhamento e controle da produção

Não existem meios formais de registro de produção, como planilhas físicas ou eletrônicas.

As informações são obtidas ao final de cada dia (período produtivo) a partir da medição da

variação nos níveis de estoque dos produtos acabados. Assim, o responsável por esse registro

é o próprio gestor do estoque dos produtos destinados aos clientes. Qualquer variação entre o

programado e o produzido resulta em um replanejamento da produção, que poderá acarretar

em programação de horas-extras a fim de suprir as necessidades produtivas.

Geralmente, problemas que envolvam o não cumprimento das metas de produção não

são investigados a fim de que não ocorram em outros períodos ou condições. Nenhuma

ferramenta de controle e acompanhamento da produção ou da qualidade é utilizada. Da

mesma forma ocorre com o sistema Kanban.