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SUMRIO
INTRODUO........................................................................................................... 04
OBJETIVO................................................................................................................. 04
DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 04
RAA GUZER.......................................................................................................... 04
RAA NELORE........................................................................................................... 08
RAA TABAPU........................................................................................................ 13
RAA BRAHMAN...................................................................................................... 17
RAA ANGUS............................................................................................................. 19
RAA LIMOUSIN....................................................................................................... 23
RAA HEREFORD..................................................................................................... 27
RAA CHEROLESA................................................................................................... 31
CONCLUSO.............................................................................................................. 32
SITES CONSULTADOS.......................................................................................... 33
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1. INTRODUO
As raas bovinas podem ser separadas em dois principais grupos: taurinos (Bos taurus) e
zebunos (Bos indicus).
1.1 RAAS ZEBUINAS. Contabilizam as raas puras, como Sindi, Nelore, Gir e Guzerat,
Indubrasil, Tabapu, Brahmam atualmente constituem mais de 8% dos animais criados no
Brasil. Sua principal destinao econmica a produo de carne. As raas zebunas se
adaptaram e se difundiram bastante no Brasil, sobretudo nos estados de clima tropical e
subtropical. E inicialmente foram selecionadas para trao e trabalho, o que provocou um
aumento da massa muscular e do peso adulto. As raas so conhecidas pelo elevado peso
no nascimento, grande potencial de crescimento, alto rendimento de carcaa aliada a pouca
gordura de cobertura e por isso selecionado para gado de corte, esses animais so
bastante resistentes ao calor e escassez, e foram apelidados por sua caracterstica marcante
de boi de corcova. Tem especial habilidade para o aproveitamento das forragens, mesmo
grosseiras. um gado muito vivo, ligeiro e manso, desde que convenientemente cuidado.
No Brasil, pas onde a subespcie demonstrou grande potencial de adaptao e foi
largamente utilizado em cruzamentos com os rebanhos de gado crioulo no pas.
1.2 RAAS TAURINAS. So os bovinos de origem europeia, so mais conhecidas as
raas leiteiras Holands, Jersey e Pardo-Suo. Dessas, a mais difundida e utilizada no
Brasil e no mundo a raa Holands. Contudo, as raas taurinas exigem melhores
condies de ambiente e alimentao, e essas exigncias aumentam tanto quanto maior for
o volume de produo voltado para a produo de leite.
2. OBJETIVO: Identificar as principais caractersticas morfolgicas, estimando
tendncias genticas de padro racial e produo.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1. RAA GUZER:
HISTRICO DA RAA A histria do Kankrej, ou Guzer, perde-se na origem da humanidade, tendo sido
encontrados pelos impressos em cermica e em terracota nos stios arqueolgicos de
Mohenjo-Daro e Harappa, na ndia e Paquisto; e sua imagem em peas diversas nas
regies da antiga Assria e Mesopotmia.
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O hbitat do Guzer a regio predesrtica de kutch, em Gujarat, sequenciado ao norte
pelo deserto de Thar e pelo deserto de Sind. No Brasil, o Guzer est espalhado por vrias
regies, mas notria sua presena na regio nordestina, onde foi a nica raa que
sobreviveu, produtivamente, durante os cinco anos consecutivos de seca (1978-1983), alm
de ter enfrentado tambm outras secas histricas (1945, 1952, etc). Tambm muito criada
no Rio de Janeiro onde constituiu o primeiro ncleo de Zebu no pas em Minas Gerais, So Paulo e Gois, e vem se expandindo para todas as regies, com notveis resultados.
O GUZER NO BRASIL A raa Guzer (Fig.1) foi a primeira raa zebuna a chegar ao Brasil. A raa foi trazida da
ndia, na dcada de 1870, pelo Baro de Duas Barras, logo dominando a pecuria nos
cafezais fluminenses. Surgia como soluo para arrastar os pesados carroes e at vages
para transporte de caf, nas ngremes montanhas, e tambm para produzir leite e carne.
Com a abolio da escravido, em 1888, os cafezais fluminenses entraram em decadncia,
levando os fazendeiros a buscar maior proveito do gado, por meio da seleo das
caractersticas produtivas.
Depois da importao de 1962/63, o Guzer ganhou novo impulso, principalmente quando
a Maldio dos 100 Anos liquidou grande parte do rebanho nordestino (Grande Seca de 1978-1983, que se repete de 100 em 100 anos). Era comum ouvir a frase: quando um Guzer cai para morrer, todos os demais gados j morreram. Caractersticas zootcnicas da raa
No Brasil, o Guzer est espalhado por vrias regies, mas notria sua presena na regio
nordestina, onde foi a nica raa que sobreviveu, produtivamente, durante os cinco anos
consecutivos de seca (1978-1983), alm de ter enfrentado tambm outras secas histricas
(1945, 1952, entre outras).
Figura 1: Guzer
Fonte: Google 2014
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Tambm muito criada no Rio de Janeiro - onde constituiu o primeiro ncleo de Zebu no
pas, em Minas Gerais, So Paulo e Gois, e vem se expandindo para todas as regies do
pas.
O Guzer uma raa de dupla aptido, com algumas linhagens definidas para leite e a
maioria do gado selecionada para carne. Mesmo as linhagens de leite so de grande porte,
tendo j registradas fmeas, com peso vivo acima dos 900 kg e produo leiteira de mais
de 5.000 kg na lactao, bem como inmeros reprodutores com avaliao gentica positiva
tanto para peso quanto para produo leiteira. Na idade adulta, as fmeas pesam entre 450-
650 kg, com recorde de 1.120 kg da matriz Madre TE S e muitos animais acima de 800 kg;
os machos pesam entre 750-950 kg, com recorde de 1.372 kg do reprodutor C.Iacob
Arranjo TE.
Os resultados do Guzer em termos de animal de corte so muito conhecidos, basta
observar os diversos cruzamentos obtidos com a raa. Nas grandes extenses do Brasil
Central ou do Centro-Oeste, a rusticidade e a habilidade maternal do Guzer podem ser
atributos valiosos, explicando sua crescente utilizao.
Assim sendo, o Guzer apresenta seis caractersticas marcantes:
Rusticidade; Converso alimentar; Rendimento de carcaa; Habilidade materna;
Fertilidade e Precocidade.
Atualmente vem sendo muito usada nos programas de melhoramento gentico para gado
de corte. A procura pela raa crescente em parte porque os animais mestios "Guzonel"
(Nelore-Guzer) apresentam como caractersticas de interesse a notvel habilidade
materna, unindo-se rusticidade, boa carcaa e precocidade.
Rusticidade: caracterstica de um animal que suporta e se adapta a condies bastante
adversas;
Carcaa: o animal depois do abate e sangria, sem o couro, sem cabeas e patas e sem os
rgos, restando apenas a gordura muscular, ossos e o msculo. Uma boa carcaa aquela
com maior proporo de msculo em relao a ossos e gorduras, quando comparadas a
outras carcaas;
Animais precoces: so aqueles que esto prontos para o abate bastante cedo (cerca de 12 a
14 meses de idade).
A fmea guzer, dada sua grande habilidade materna e produo leiteira foi utilizada em
inmeros cruzamentos com outras raas levando formao de outras raas mistas ou
sintticas, tais como: Lavnia (pardo-suio), Pitangueiras (RedPoll), Indubrasil (GIR),
Brahman (raas europias), Santa Gertrudes (raas europias), Guzolando (Holands),
Guzonel (nelore), etc.
Essa raa teve importante papel no azebuamento do rebanho brasileiro. Ressaltamos a
superioridade zootcnica desta raa independente da sua localidade e grau de sangue nos
cruzamentos. Seu notvel desenvolvimento nas mais adversas condies do nordeste
brasileiro, atraiu a ateno de criadores de todo o Brasil e at do exterior, para produo de
carne e leite a pasto, pois suas caractersticas nicas propiciam excelente aproveitamento
tanto para corte como para leite.
PRINCIPAIS CARACTERSTICAS
Constituio robusta. Ossatura forte. Musculatura compacta e bem distribuda por todo o
corpo.
Temperamento ativo e dcil.
Cabea com perfil sub-cncavo a retilneo.
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Fronte moderadamente larga, com ligeira concavidade, (semelhana de um prato) entre os
olhos e a marrafa. Menos larga nas fmeas.
Chanfro reto. Largo e proporcional, nos machos. Mais estreito e delicado, nas fmeas._
Focinho Preto. Dilatado. Um pouco achatado para o chanfro, de contorno saliente. Narinas
dilatadas.
Olhos pretos e elpticos. rbitas ligeiramente salientes. Nos machos, bem protegidos por
rugas da pele, nas plpebras superiores. Olhar vivo. Clios pretos.
Orelhas mdias e pendentes, relativamente largas e de pontas arredondadas. Vista de
frente, mostra-se medianamente voltada para a face. Bordo inferior com ligeira reentrncia.
Face interna de cor alaranjada, com ou sem manchas pretas.
Chifres desenvolvidos. Simtricos. De seo circular ou elptica, na base, dirigindo-se
horizontalmente para fora ao sair do crnio, curvando-se para cima, em forma de lira ou
torqus, com as pontas voltadas para dentro e para trs.
Pescoo Mdio. Linha superior ligeiramente oblqua, com ligeira convexidade ao se
aproximar da nuca. Bem musculoso e com implantao harmoniosa ao tronco. Delicado
nas fmeas.
Peito largo, com boa cobertura muscular.
Cupim ou giba bem implantado sobre a cernelha. Desenvolvido. Em forma de rim ou
castanha de caju, apoiando-se sobre o dorso nos machos. Menos desenvolvido e
caracterizado, quanto forma e apoio, nas fmeas.
Regio dorso-lombar larga e reta. Levemente inclinada, tendendo para a horizontal.
Harmoniosamente ligada garupa, apresentando boa cobertura muscular.
Ancas bem afastadas e no mesmo nvel, moderadamente salientes. Garupa comprida, larga,
tendendo para a horizontal, no mesmo nvel e unida ao lombo, sem salincias ou
depresses e com boa cobertura muscular.
Cauda com insero harmoniosa e ultrapassando os jarretes. Vassoura preta.
Trax amplo, largo e profundo. Costelas compridas e largas, bem arqueadas, afastadas,
com espaos intercostais bem revestidos de msculos e sem depresso atrs das espduas.
Membros anteriores de comprimento mdio. Com ossatura forte. Bem musculosos
colocados em retngulo, afastados e bem aprumados. Espduas compridas e oblquas, bem
cobertas de msculos, inserindo-se harmoniosamente ao trax.
Membros posteriores De comprimento mdio. Coxas e pernas, largas, com boa cobertura
muscular, descendo at os jarretes; com culotes bem pronunciados. Pernas bem aprumadas
e afastadas.
Cascos pretos, bem conformados e resistentes.
bere de volume mdio, coberto por pele fina e sedosa. Tetos, de pequenas a mdias e
bem distribudas.
Pelagem de cinza clara a cinza escura. Teros anteriores e posteriores, geralmente mais
escuros, atingindo, s vezes, o negro. Nas fmeas, a pelagem mais clara.
Plos finos, curtos e sedosos.
Pele preta ou escura, solta, fina e flexvel. Macia e oleosa. Rsea nas partes sombreadas.
O GUZER NOS CRUZAMENTOS LEITEIROS
A fmea leiteira Guzer apresenta um bere muito bonito, na mdia. Os ligamentos so
fortes, o bere do Guzer constitudo por uma pele fina e sedosa que, quando ordenhado,
parece um saco murcho. De fato, o bere do Guzer encolhe e praticamente desaparece,
como se a fmea nada produzisse.
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Alm de ser utilizado na formao do Brahman, o Guzer tem sido bastante exportado para
diversos pases, tais como Estados Unidos, Costa Rica, Honduras, Mxico, Nicargua,
Panam, Venezuela, Colmbia, Equador, Paraguai, Costa do Marfim, Senegal, Angola, etc.
Quando a pecuria de corte mundial estiver "globalizada", o Guzer ter seu lugar como
reprodutor eficaz nos programas de cruzamentos.
A tendncia da "globalizao" na pecuria irreversvel.
3.2. RAA NELORE:
CARACTERIZAO RACIAL
A raa Nelore (Fig.2) passou por intenso melhoramento gentico no Brasil, sendo
direcionada quase que exclusivamente produo de carne, embora na sua origem a raa
tenha sido utilizada para a explorao leiteira.
PRINCIPAIS CARACTERSTICAS RACIAIS
Animais Nelores apresentam estado geral sadio e vigoroso. A ossatura leve, robusta e
forte, com musculatura compacta e bem distribuda. A masculinidade e a feminilidade so
acentuadas. O temperamento ativo e dcil.
Figura 2: Gado nelore.
Fonte: Embrapa.
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Apresentam pelagem branca ou cinza-claro, sendo que os machos apresentam o
pescoo e o cupim normalmente mais escuros. A pele preta ou escura, solta, fina,
flexvel, macia e oleosa. Os pelos so claros, curtos, densos e medulados.
A cabea tem formato de atade, com a cara estreita, arcadas orbitrias no salientes e
perfil ligeiramente convexo. A fronte descarnada, apresentando uma linha mdia no
crnio, no sentido longitudinal, uma depresso alongada (goteira).
O Chanfro reto, largo e proporcional nos machos. Nas fmeas, estreito e delicado.
O focinho preto e largo, com as narinas dilatadas e bem afastadas, outra caracterstica da
raa. A boca tem abertura mdia e lbios firmes.
As orelhas do nelore so curtas, com boa simetria entre as bordas superior e inferior,
terminando em ponta de lana, e a face interna do pavilho deve ser voltada para frente e
apresentar movimentao.
A raa pode ser dividida em animais que apresentam chifres e mochos. Os chifres so
de cor escura, firmes, curtos de forma cnica, mais grossos na base, achatados e de seo
oval, de superfcie rugosa e estrias longitudinais. Nascem para cima, acompanhando o
perfil, bem implantados na linha da marrafa, assemelhando-se a dois paus fincados
simetricamente no crnio. Com o crescimento, podem dirigir-se para fora, para trs e para
cima, ou curvando-se para trs e para baixo.
Nos machos, o pescoo musculoso e com implantao harmoniosa ao tronco. Nas
fmeas, delicado. A barbela comea debaixo do maxilar inferior e se estende at o
umbigo, sendo mais abundante e pregueada nos machos. O peito dos animais largo e com
boa cobertura muscular.
Outra caracterstica dos zebunos o cupim. Ele tem papel fisiolgico fundamental,
servindo com reserva de energia em situaes emergenciais. Nos machos, deve ser bem
desenvolvido, apoiando-se sobre o cernelha, Nas fmeas, deve ser reduzido.
A regio dorso-lombar larga e reta, levemente inclinada, tendendo para a horizontal,
harmoniosamente ligada garupa com boa cobertura muscular.
O Nelore possui ancas bem afastadas e no mesmo nvel. A garupa comprida, larga,
ligeiramente inclinada, no mesmo nvel e unida ao lombo, sem salincias ou depresses e
com boa cobertura de gordura. Sacro no saliente, no mesmo nvel das ancas.
A cauda inserida harmoniosamente, estendendo-se at os jarretes e vassoura preta. O
trax amplo, largo e profundo. As costelas so compridas e largas, bem arqueadas,
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afastadas e com espaos intercostais revestidas de msculos e sem depresso atrs das
espduas. O umbigo deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal.
Membros anteriores e posteriores devem apresentar comprimento mdio, com ossatura
forte e msculos bem desenvolvidos. As coxas e pernas so largas, com boa cobertura
muscular, descendo at os jarretes, com calotes bem pronunciados. As pernas devem ser
bem aprumadas e afastadas. Os cascos devem ser pretos e bem conformados.
As fmeas devem ter o bere de volume pequeno, com o formato das tetas de maneira
que facilite a aproximao dos bezerros. A vulva deve possuir conformao e
desenvolvimento normais.
Os machos devem possuir a bolsa escrotal fina e bem pigmentada, com os dois
testculos bem desenvolvidos. A bainha deve ser proporcional ao desenvolvimento do
animal e bem direcionada. O prepcio deve ser recolhido.
PRINCIPAL CARACTERSTICA DE PERFORMANCE PRODUTIVA E
REPRODUTIVA
O Nelore se adaptou muito bem s condies tropicais brasileiras, por possuir
excelente capacidade de aproveitar alimentos grosseiros.
Apresenta resistncia natural a parasitas, devido s caractersticas de seus pelos, que
impedem ou dificultam a penetrao de pequenos insetos na superfcie da pele ou que a
tentam se fixar. A pele escura, fina e resistente, dificulta a ao de insetos sugadores, alm
de produzir secreo oleosa repelente, que se intensifica quando os animais esto expostos
ao calor.
O Nelore muito resistente ao calor devido sua superfcie corporal ser maior em
relao ao corpo e por possuir maior nmero de glndulas sudorparas. As caractersticas
de seus pelos tambm facilitam o processo de troca com o ambiente.
Alm disso, o trato digestivo 10% menor em relao aos europeus. Portanto seu
metabolismo mais baixo e gera menor quantidade de calor. Os machos e as fmeas
apresentam elevada longevidade reprodutiva.
Touros Nelores possuem instinto muito forte de proteo de seu harm de matrizes. As
vacas apresentam facilidade de parto, por terem garupa com boa angulosidade, boa
abertura plvica e, principalmente, por produzir bezerros pequenos, o que elimina a
incidncia de distocia. Outras caractersticas das fmeas so a excelente habilidade
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materna, oferecendo condies de desenvolvimento aos bezerros at o desmame; instinto
de proteo ao bezerro; rusticidade; e baixo custo de manuteno.
Os bezerros Nelore so espertos. Logo aps o parto, j procuram as mes para fazer a
mamada do colostro, que lhes fornece imunidade nos primeiros 30 dias de vida.
CARACTERSTICAS DA CARCAA E DA CARNE
O Nelore a raa, no Brasil, que possui a carcaa mais prxima dos padres exigidos
pelo mercado, por apresentar porte mdio, ossatura fina, leve, porosa e menor proporo de
cabea, patas e vsceras, conferido excelente rendimento nos processos industriais.
Precocidade de terminao garante nas carcaas Nelore distribuio homognea da
cobertura de gordura, sendo esta carcaa muito valorizada no mercado. Alm disso, a
cobertura evita que, durante o resfriamento, ocorra o encurtamento das fibras pelo frio.
Carne Nelore tem como principais caractersticas o alto teor de sabor e o baixo teor de
gordura de marmoreio.
CARACTERSTICAS INDESEJVEIS NA RAA NELORE
Existem caractersticas do Nelore que so indesejveis, como: chifre excessivamente
longo no macho, clios brancos; orelhas muito pesadas, com pontas curvas e faces internas
voltadas para a cara; barbela reduzida no macho; peito estreito, giba tombada para um dos
lados, pequena ou mal colocada nos machos; trax deprimido; umbigo grande e penduloso;
garupa excessivamente cada lateralmente ou para trs, ancas muito estreitas, cascos
brancos, monorquidismo ou criptorquidismo, vulva atrofiada, cor preta, malhada de preto,
vermelha, malhada de vermelho, amarela ou malhada de amarelo; despigmentao.
NELORE MOCHO
O Nelore mocho (Fig.3) possui as mesmas caractersticas da raa Nelore, com exceo
do chifre e surgiu no Brasil nas dcadas de 40 e 50. Houve um grande interesse por parte
dos criadores, pois a ausncia do chifre uma caracterstica desejvel. Chifres podem
oferecer perigos, seja pela agresso a outro animal do rebanho, seja em relao ao homem.
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3.3. RAA TABAPU:
ORIGEM
Como se pode conhecer, a raa Tabapu foi assim denominada pelo Ministrio da
Agricultura ao consider-la oficialmente como raa, e a primeira genuinamente brasileira,
por ter tido sua origem na Fazenda gua Milagrosa, municpio de Tabapu - SP, seguindo
assim uma tradio mundial de dar a uma raa o nome da regio ou municpio de onde se
originou.
O Tabapu, portanto, originrio do gado baio nacional mocho que, por sua vez,
oriundo do cruzamento do Mocho Nacional com um gado anelorado ou com o
prprio Nelore. No futuro, tambm seria a presena de sangue Guzer, em outras
linhagens.
Em consecutivos 30 anos de seleo, vrios outros criadores resolveram aderir com
seu gado tambm mocho, formado a partir do Mocho Nacional e do Zebu. Os animais
Figura 3: Nelore Mocho.
Fonte: Instituto Federal do Rio de Janeiro
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convergentes para o mesmo padro morfolgico e racial passaram a adotar a
denominao Tabapu. Dessa unio surgiu a Associao Brasileira dos Criadores de
Tabapu (ABCT) e com ela, a rpida uniformizao do rebanho que se formava.
O Tabapu foi a terceira raa neozebuna a ser formada no mundo (antes houve
o Brahman norte-americano e o Indubrasil), mas foi a primeira fundamentada nos preceitos
de rigoroso planejamento zootcnico. UMA RAA QUE NASCEU PARA DAR
CERTO.
CARACTERSTICAS DA RAA
Os animais desta raa so de grande porte. Sua pelagem de colorao branca ou cinza,
com variaes de tonalidade; os plos so fino, curtos e sedosos; a pele preta, fina, oleosa
e flexvel.
A cabea de comprimento e largura mdios, em forma de ogiva, oval ou circular, sendo
mais curta nos machos e mais comprida nas fmeas; o perfil subconvexo ou retilneo;
formando nos machos uma leve convexidade entre os olhos e a marrafa; a fronte
relativamente larga nos machos e mais estreita nas fmeas; chanfro reto, curto e largo,
sendo que nas fmeas mais alongado; os olhos possuem colorao negra, com rbitas
ligeiramente salientes e clios pretos; esta uma raa mocha, portanto no possui chifres;
as orelhas so de tamanho mediano, relativamente largas, um pouco voltadas para a face e,
com leve reentrncia na extremidade do bordo inferior; o espelho nasal completamente
preto, as narinas so dilatadas.
O pescoo musculoso nos machos e mais delicado e comprido nas fmeas; a barbela se
inicia no maxilar inferior e acaba no umbigo, sendo bem desenvolvida, solta e pregueada.
Possui constituio robusta, com um corpo amplo e comprido; o peito saliente, largo e
profundo; a giba (cupim) bem desenvolvida e firme, possuindo formato de castanha de
caju, localizada sobre a cernelha, nas fmeas menor e possui formato mais arredondado;
o dorso e lombo so longos, compridos, retos e com boa cobertura muscular, estendendo-se
da cernelha at a garupa; as costelas so compridas, bem arqueadas, largas e afastadas
entre si; os espaos intercostais possuem uma boa cobertura muscular e no possuem
depresso atrs das espduas; os flancos so cheios e o ventre cilndrico; o umbigo possui
tamanho mdio ou reduzido; as ancas so cheias e largas; a garupa comprida, larga e
-
tende para a horizontal; a cauda da vassoura bem inserida, fina e possui comprimento
mdio, com vassoura preta;
Os membros anteriores so curtos e com bons aprumos; os membros posteriores possuem
coxas e pernas com musculatura bem desenvolvida; culote musculoso e bem descido, as
extremidades so curtas e bem aprumadas; os cascos so escuros e bem conformados; a
bainha mdia e voltada para frente; o prepcio mdio e firme; a bolsa escrotal possui
tamanho mdio e os testculos so simtricos; a vulva normal; o bere possui
desenvolvimento mdio, com tetos bem separados entre si. Possui temperamento vivo e
manso, sendo muito semelhante ao do Brahman.
FERTILIDADE E HABILIDADE MATERNA
As vantagens do Tabapu para reproduo se destacam entre os zebunos. Com pouca
idade no primeiro parto, as matrizes apresentam alto ndice de fertilidade e a habilidade
materna da raa garante bom desenvolvimento para os bezerros.
Entre os 14 e 16 meses, as fmeas atingem em mdia 25% de fertilidade. Entre os 16 e 18
meses, 50% e entre 18 e 20 meses, mais de 60%. Algumas fazendas j registram 95% de
Figura 4: Zebuno da raa Tabapu
Fonte: http://www.abspecplan.com.br/catalogos/pdf/cz/2014/116.pdf
-
sucesso em inseminao artificial. As matrizes Tabapu tambm apresentam boa produo
de leite. Essa caracterstica faz com que os bezerros da raa tenham desempenho superior a
outros zebunos da mesma idade. Aos 120 dias, por exemplo, eles chegam a 118 Kg em
mdia e na desmama j esto com 200 Kg.
A idade do primeiro parto e o intervalo entre os partos seguintes so a base do ndice de
natalidade. Bons resultados nesse campo significam maior lucro para o produtor. Nesse
quesito, o Tabapu comprova seu valor todos os anos nas feiras e exposies de que
participa.
Facilidade de Manejo
A docilidade uma das caractersticas mais prezadas pelos criadores. Sem chifres, a raa
mansa e por isso no se estressa ou perde peso durante vacinaes, pesagens e
Transporte.
O Tabapu tambm no se envolve em brigas e lida melhor com alimentao no cocho.
Por isso, aceita com facilidade o confinamento. Todas essas caractersticas se unem
rusticidade e resistncia da raa e formam o gado ideal, que d menos trabalho e mais
resultado para o pecuarista.
Precocidade
O Tabapu considerado o zebu mais precoce. Os animais so campees de peso j aos
205 dias e mantm essa vantagem ao longo do seu desenvolvimento. Em mdia,
os bois chegam fase de abate aos 30 meses. O Nelore, por exemplo, costuma ser abatido
a partir dos 40 meses de idade.
Essa uma caracterstica prpria da raa. Seja no pasto ou em confinamento, os animais
tm bom ganho de peso e demonstram acabamento de carcaa exemplar. A precocidade do
gado um fator valioso e o Tabapu mostra suas vantagens na balana.
Cruzamento
A taxa de inbreeding elevada, que o processo de extirpar os defeitos e consolidar somente
as virtudes em diversas geraes consecutivas, d ao Tabapu a habilidade de extinguir os
defeitos e perpetuar as qualidades. Por isso, sua utilizao em cruzamentos com outras
raas tem crescido vertiginosamente. Seja em gado de leite ou de corte, as melhorias que
o Tabapu pode trazer ao rebanho so de interesse de muitos criadores.
Experincias com o Nelore tm produzido grandes resultados. O Tabanel, fruto desse
cruzamento, exemplo das possibilidades e benefcios da gentica Tabapu. Outro
destaque o Tabolando, vindo da cruza com o gado holands e voltado para a produo
-
leiteira. Animais mais fortes, dceis e com melhor desempenho so o objetivo dessas
iniciativas, que tm sucesso confirmado.
A raa tambm tem sido utilizada para melhoria do gado europeu. Entre os zebus, a que
melhor se adapta regio sul do pas. Por isso, tem participao importante em
experimentos com o Hereford, por exemplo. O sangue do Tabapu tem reduzido a
mortalidade e aumentado a longevidade dos rebanhos gachos. Ou seja, tem gerado mais
lucratividade para o produtor. (ABCT).
Aptido
Esta raa destaca-se pela mansido, boa produo leiteira, fertilidade, boa qualidade da
carne e adaptabilidade vrias regies. No entanto, sua criao voltada para corte, pois
possui caractersticas muito favorveis para esta finalidade. tambm muito usada nos
cruzamentos com outras raas, gerando animais rsticos e de boa produtividade.
CARACTERSTICAS INDESEJVEIS DA RAA:
Cabea extremamente pesada;
Perfil convexo ou cncavo;
Crista exagerada na fronte em machos;
Chanfro acarneirado ou torto;
Olhos com exoftalmia e clios brancos;
Linha de marrafa horizontal;
Orelhas excessivamente grandes ou curtas;
Lbio leporino;
Barbela reduzida;
Peito pouco profundo;
Giba tombada para um dos lados;
Dorso deprimido e costelas pouco arqueadas;
Umbigo muito grande e penduloso;
Ancas e garupa excessivamente estreitas e cadas;
Vassoura da cauda despigmentada;
Defeitos de aprumos;
Cascos rajados ou totalmente brancos;
Prepcio relaxado e penduloso;
-
Vulva atrofiada;
Pelagem de colorao pintada de amarelo ou vermelho.
3.4. RAA BRAHMAN:
ORIGEM
A raa Brahman foi desenvolvida nos Estados Unidos no sculo XIX, como
resultado do cruzamento das raas Guzer e Nelore principalmente, e em menor proporo
com raas de origem europia (Hereford, Shorthorn e Angu) conferiu precocidade que,
somado adaptabilidade das raas zebunas, produziram animais mais adaptados s
condies tropicais, com melhor eficincia produtiva e reprodutiva, que pudesse suportar
calor, umidade, insetos, parasitas e doenas tpicas do Golfo do Mxico na penltima
virada de sculo. Esses pioneiros eram criadores que gostavam das caractersticas das raas
inglesas (Angus, Hereford e Shorthorn) como produtoras de carne, mas no podiam fazer
com que elas tivessem sucesso e prevalecessem na inspita regio subtropical do Sul dos
Estados Unidos. A raa foi introduzida no Brasil em 1994 e na atualidade o terceiro
maior rebanho do mundo, mostrando que ganha cada vez mais importncia na pecuria
Brasileira, segundo a ASSOCIAO DOS CRIADORES DE BRAHMAN DO BRASIL
ACBB (2013 apud CARREO et al.).
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Figura 5: Zebu da raa Brahman.
Fonte: SEMEX BRASIL. Zebu, Catalogo de raas de corte, 2010.
Com razes no prprio Brasil, a raa - que apresenta dois tipos de pelagem: branca e
vermelha - conta agora com mais de 100 anos de desenvolvimento, com tecnologia
gentica voltada para produtividade, e aprimorada nos Estados Unidos. Hoje, a raa est
presente em mais de 70 pases e com timos resultados. Aquele que inicialmente era um
bicho curioso, considerado somente para jardins zoolgicos, passou a ser o agente
modificador para acrscimo na produo de carne e at em cruzamentos de gado de leite
para aumentar a rusticidade desses plantis.
O REBANHO DO BRAHMAN NO BRASIL
Oficialmente, o Brahman foi introduzido no Brasil em meados de 1994, quando chegou a
primeira importao vindas dos Estados Unidos sob todo o acompanhamento do Ministrio
da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Aqui no Brasil o registro do Brahman e feito
pela Associao Brasileiras dos Criadores de Zebus ABCZ.
ESTGIO DA RAA NOS DIAS ATUAIS
Hoje, existem aproximadamente 1.127 criadores do Brahman divididos em 22
estados da federao brasileira.
Em 2012, a raa esteve presente em exposies de praticamente todas as regies do pas,
isso levando em considerao o crescimento no numero total de registros que foi de
-
81,97% quando comparados o perodo entre 2005 a 2012. J o crescimento no numero de
nascimentos de bezerros da raa Brahman no perodo entre 2005 a 2012 foi de 97,49%.
Isso levou a ABCZ a atingir a marca de 245.501 registros de animais da raa Brahman no
ano de 2012 (Quadro 1).
Ano Fmeas Macho Total
1994 a 2006 47.255 24.958 72.213
2007 a 2008 35.508 20. 324 55.832
2009 a 2010 34.895 22.865 57.760
2011 a 2012 35.603 24.093 59.696
Total 153.261 92.240 245.501
Quadro 1: Animais registrados da raa Brahman.
Fonte: ABCZ.
3.4. RAA ANGUS:
PORQUE INVESTIR NA CRIAO DO BOVINO DA ESPCIE ANGUS?
Figura 6: Angus (pelagem vermelha e preta).
Fonte: Manual do Criador da raa Aberdeen angus Red angus.
-
A raa Angus (Fig.6) Por um conjunto de fatores que proporciona para seus criadores um
maior rendimento econmico, tanto pelo nmero de terneiros quanto pelo fcil manejo e
adaptao s diversas condies atmosfricas e ambientais. Apresentam boa acumulao e
distribuio de gordura na poro intermuscular, que garante a resistncia em perodos sem
chuvas, manso, apresenta precocidade, fertilidade e habilidade materna, mocho e essa
qualidade apresenta vantagens econmicas porque facilita o transporte dos animais, e por
sofrerem menos traumatismos na carcaa, ficam mais dceis e ocupam menos espao no
cocho quando arraoados. Esta uma das raas a qual produz possivelmente a melhor
carne do mundo, levemente marmoreada, suculenta e este um dos atributos excepcionais
da raa garantindo-lhes uma posio de liderana entre mercados mais importantes do
mundo. As vacas atingem o peso entre 550 a 700 kg, a idade de reproduo por volta dos
15 meses de idade, apresentam facilidade de parto. Os bezerros chegam ao estado de abate
com peso entre 340 e 400 kg por volta de um ano. Peso dos machos adultos de 900 a
1000 kg.
CARACTERISTICAS PERMISSVEIS PARA OBTENO DO
REGISTRO DO ANGUS.
Manchas Brancas e Lunares
Manchas Brancas
Consideram-se manchas brancas quando os pelos brancos esto sobre a pele branco-rosada.
S sero permitidas manchas brancas nas seguintes regies:
Machos:
Na linha ventral (inferior) na regio compreendida entre o saco escrotal e o prepcio,
excluindo estes, e na face medial (interior) das pregas de pele da virilha (sem sobressair
lateralmente);
Somente no colo do saco escrotal (insero no corpo), no sendo admitidas manchas no
corpo do saco escrotal;
-
Fmeas:
Na linha ventral (inferior) entre o umbigo e o bere, excluindo o umbigo, e na face medial
(interior) das pregas de pele da virilha (sem sobressair lateralmente);
Lunares
So consideradas lunares as regies com plos brancos ou de outra colorao sobre pele
pigmentada de colorao normal (pigmentada). Os lunares no constituem um defeito.
Nota: Plos brancos sobre pele pigmentada so permitidos nas seguintes condies:
- uma srie fina de plos brancos na regio perineal;
- presena de plos brancos no prepcio;
- presena de plos brancos na parte inferior da vulva;
- alguns plos brancos entremeados na cola.
CARACTERSTICAS DESCLASSIFICATRIAS.
Os animais que as apresentarem no podem receber registro:
Chifres, batoques ou rudimentos crneos;
Manchas brancas fora da regio permitida (peito, umbigo, escroto, etc.);
Defeitos congnitos (bragnatismo, criptorquidismo, lordose, defeitos srios de aprumos,
etc.).
CARACTERSTICAS NO DESEJVEIS.
Os animais que possurem um somatrio destas caractersticas no podem ser registrados:
Pregas de pele pronunciadas no pescoo (papada) ou ventre;
Pregas de pele pronunciadas no umbigo ou prepcio;
Cabea sem caracterizao racial (sem o tpico Polled, orelhas frouxas ou cadas,
conformao atpica);
-
Presena de mais de uma mancha branca ou de dimenso maior do que a 1/3 da distncia
compreendida entre o umbigo e bere/escroto, principalmente para machos;
Tetos brancos (no pigmentados);
Presena excessiva de plos brancos na cola ou no perneo.
PADRO RACIAL DA PELAGEM
O Angus pode apresentar-se nas variedades preta e vermelha, sendo que a pelagem
vermelha manifestao de um gene recessivo e no h diferenas de performance nos
animais em funo da sua cor. Porm, o que mais importante o volume de plo
presente, o dimetro da fibra do plo e a capacidade de rpida perda do plo
(pelechamento) nas trocas de estao do ano do que a colorao da pelagem.
A probabilidade do nascimento de animais pretos ou vermelhos pode ser entendida
observando o quadro 2 a seguir.
Quadro 2: Variedade de cor da pelagem quanto ao cruzamentos entre raas.
Fonte: Google.
-
3.5. RAA LIMOUSIN:
ORIGEM
A raa Limousin se originou na regio Centro-Sul da Frana. bem provvel que a
histria desta raa no Brasil, tenha incio nos tempos do Imprio em 1850, sendo presente
de um engenheiro francs a um criador mineiro, um touro desta raa. Tempos depois,
alguns animais da raa foram importados e utilizados tambm em cruzamentos nos estados
de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
No ano de 1937, foi criado o livro de registro genealgico para animais Limousin puros de
origem pela a Associao do Registro Genealgico Sul Rio-grandense. Em 1991, se
transformou na Associao Brasileira dos Criadores de Limousin, que tem sede em
Londrina, no estado do Paran. Atualmente, o pas conta com um grande rebanho desta
raa, chegando a aproximadamente 10.000 animais puros registrados.
CARACTERSTICAS RACIAIS
A raa Limousin caracteriza-se por um conjunto de qualidades fundamentais que
entre as quais se destacam a facilidade de partos, a rapidez de crescimento, a rusticidade e
a docilidade.
A necessidade de reduo de perdas e de custos com os recursos humanos afectos
s exploraes, resulta na necessidade de garantir que as vacas no apresentem
dificuldades no momento do parto. A facilidade de partos da raa Limousin enorme,
sendo uma das suas maiores qualidades e que transmite descendncia, com animais
nascena entre 35 kg e 45 kg e com reprodutores selecionados h dcadas pela grande
dimenso da bacia, aspecto fulcral para a facilidade de partos. Neste contexto tambm
importa salientar as excelentes qualidades maternais das fmeas Limousin (Fig.7),
associadas a uma grande e duradoura capacidade leiteira.
So animais de mdio porte, sadios e vigorosos apresentam um desenvolvimento bom de
acordo com a idade, a ossatura forte, mas no pesada e a musculatura bem
desenvolvida. As fmeas pesam entre 550-750 kg; os touros entre 950 e 1.200 kg. Sua
pelagem de cor vermelho cereja, podendo tender para o marrom; os pelos so finos,
curtos e sedosos; a pele macia, fina, flexvel e de colorao rosa; as mucosas so rosadas;
a vassoura da cauda rsea clara.
-
A cabea possui tamanho mdio, forte e proporcional ao corpo; perfil retilneo;
fronte mdia, plana com leve depresso entre as rbitas; o focinho rseo, largo com
narinas separadas e dilatadas (Fig. 8); o chanfro reto, sendo mdio nos machos e, curto
nas fmeas; orelhas pequenas e finas; chifres de comprimento mediano, finos nas
extremidades, claros ou escuros, ovais ou cilndricos; os olhos so vivos, no entanto no
so salientes; pescoo musculoso, mdio e com boa implantao cabea e ao tronco
(Fig.9); barbela pouco desenvolvida, acabando no externo.
Figura 9: Limousin da cabea ao tronco.
Fonte: Infoescola
Figura 7: Fmeas Limousim
Fonte: ABCL
Figura 8: Focinho rseo
Fonte: ABCL
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Possuem corpo amplo e profundo; tronco em formato cilndrico, profundo, longo e
com boa cobertura de musculatura; o dorso reto, largo e horizontal; giba pequena e um
pouco frente, na cernelha; garupa uniformemente larga, plana e comprida; costelas longas
e arqueadas; flancos profundos e harmoniosos com o resto do corpo do animal; cauda bem
inserida, sendo larga na base e fina na extremidade; umbigo reduzido; bere
discretamente volumoso na vaca em lactao, com tetas bem distribudas; os membros,
tanto anteriores quanto posteriores, so mdios, bem aprumados e de ossatura slida;
cascos bem conformados e resistentes; traseiro bem desenvolvido.
APTIDO
Este animal criado e melhorado para a produo de carne. Possuem precocidade
reprodutiva e velocidade no ganho de peso muito altas, tanto nos machos quanto nas
fmeas. A coleta de smen pode ser iniciada em um touro puro aos 16 a 18 meses de idade;
a fmea pode ser coberta ou inseminada dos 15 aos 18 meses de idade.
CARACTERSTICAS INDESEJVEIS DA RAA
Peso e tamanho reduzidos para a idade;
Ossatura muito longa e pesada;
Excesso de gordura na carcaa;
Temperamento nervoso;
Cabea extremamente leve e com perfil convexo ou sub-convexo;
Chanfro torto;
Focinho despigmentado ou preto;
Orelhas grandes com plos pretos;
Pescoo muito comprido e com excesso de barbela;
Peito muito estreito e pouco profundo;
Problemas de cifose ou escoliose;
Ancas e garupas muito cadas;
Trax, costelas e flancos com depresso;
Umbigo muito longo e com hrnia;
Monorquidismo ou criptorquidismo;
Prepcio muito exposto
Membros muito longos
-
Defeito de aprumo;
Cascos despigmentados;
Pelagem com malhas, branca, preta ou com manchas;
Pele sem pigmentao.
OS REGISTROS PARA A RAA LIMOUSIN CLASSIFICAM-SE EM:
A) PUROS DE ORIGEM - PO - So animais em que na sua ascendncia no consta
nenhum outro tipo de acasalamento a no ser de animais Limousin, ou seja, com Grau de
sangue 100% Limousin.
B) PUROS POR CRUZAMENTO - PC - So animais provenientes de cruzamentos
absorventes que preencham as exigncias da A.B.C.L.
* FEMEAS PC - So obtidas a partir da 4 Gerao de Cruzamento absorvente, acima de
93.75% de Sangue Limousin, ou seja, com grau de sangue acima de 15/16.
* MACHOS PC - So obtidos a partir da 5 Gerao de Cruzamento absorvente, acima de
96.87% de Sangue Limousin, ou seja, com Grau de Sangue acima de 31/32.
C) MESTIOS OU CRUZAMENTO SOBRE CONTROLE DE GENEALOGIA
"CCG". - So obtidos a partir do Cruzamento de um Animal Limousin (PO ou PC) com
Animais de outras Raas.
A seguir, quadro 03 sobre tipos e resultados de cruzamentos:
Fmea PO
Limousin
Fmea PC
Limousin
Fmea 7/8
Limousin
Fmea 3/4
Limousin
Fmea 1/2
Limousin
Fmea
base
Macho PO
Limousin
PO
Limousin
PC
Limousin
PC Fmea
15/16 macho
7/8 fmea
--------
3/4 fmea
--------
1/2 fmea
Macho PC
Limousin
PC
Limousin
PC
Limousin
PC fmeas
15/16 macho
7/8 fmea
-------
3/4 fmea
-------
1/2 fmea
-------
Obs: 1) At 7/8 de sangue Limousin, somente as fmeas recebem registro (certificado de
controle de genealogia).
2) No grau de sangue 15/16 as fmeas so consideradas PC e os machos continuam no
CCG, recebem certificados, sendo vedada sua descendncia.
3) Somente a partir da 5 gerao, os machos recebem registros de PC.
Quadro 3: Tipos e resultados de cruzamentos.
Fonte: Manual de registro da raa Limousin.
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4) Para as observaes 1, 2 e 3, somente alcanaro o Registro Definitivo de "Puro por
Cruzamento" os animais vistoriados e aprovados pela performance e pelo fentipo.
IMPORTANTE
01-Para os animais provenientes de qualquer tipo de cruzamento, sero emitidos
certificados aqueles que foram comunicados A.B.C.L. nos prazos previstos.
02-As fmeas Limousin, de qualquer grau de sangue, no tendo sido comunicadas
A.B.C.L., podero ser registradas no livro CCG, mas somente como 1/2 sangue Limousin e
desde que comprovada aquisio de smem (Nota Fiscal de Compra) ou possuir touro PO
ou PC.
3.6. RAA HEREFORD:
A raa Hereford originria do condado ingls, o melhoramento da raa comeou com
Benjamim Tomkins (1714-1789), e seu filho, destacando-se como mtodo seletivo a busca
de precocidade de abate empregando consanguinidade estreita. Hoje difundida de forma
to ampla por todo o mundo, que impossvel definir os tipos de solo que melhor se
adaptam raa. Os primeiros criadores de Hereford moldaram seu gado com a ideia em
uma raa de alta produo de carne e eficincia produtiva, e tambm pelo sabor e maciez
de sua carne, sendo hoje sua aptido principal.
O primeiro animal que chegou ao Brasil foi por volta de 1906, sendo institudo pelo Livro
de Registro Genealgico brasileiro em 1907, permitindo nascer os primeiros animais
Hereford brasileiros. A partir da a raa se expandiu no nosso pas, principalmente na
regio sul onde encontrou clima e topografia mais semelhante a sua origem, adaptando-se a
regio. O Hereford representa atualmente 65% do rebanho do estado do Rio Grande do
Sul, sendo tambm presente em outros estados de clima temperado da regio Sul e Sudeste.
Gradualmente, a pelagem "pampa" foi se impondo, sendo hoje considerada como "marca
de pureza" da raa. Com suas Caractersticas de pelagem vermelha, com cara, ventre e
extremidades da cauda e partes inferiores das patas totalmente brancas. A cara branca
dominante nos cruzamentos permanecendo nos mestios por vrias geraes. Por possuir
um desempenho, praticidade e lucratividade combinadas tornam o gado de corte
reconhecida como a raa bsica. Fertilidade, rusticidade, eficincia alimentar, longevidade
-
e adaptabilidade so as caractersticas de corte bsicas, que asseguram que o gado de cara
branca (Fig. 10 e 11) continuar a desempenhar um papel de destaque na indstria de carne
bovina.
As fmeas adultas pesam em mdia 450 kg em regime de criao, sendo precoces
produzindo terneiros fortes e saudveis. Entram em ciclo produtivo a partir dos 15 meses,
com peso mdio de 280 Kg, at mesmo em regimes de baixa qualidade alimentar. Possui
habilidade materna, excepcional fertilidade, bom desempenho na recria e alta longevidade.
Os novilhos so capazes de estarem prontos para abate em regime exclusivamente a pasto
com 20 meses e 460 kg, e em confinamento com 13 meses e 420 kg, com excelente
acabamento de gordura, marmoreio (maciez) e rendimento de carcaa. Engordam bem em
boas pastagens, tem vida til de aproximadamente 12 a 15 anos.
Padro Racial Hereford e Polled Hereford
ASPECTO GERAL:
O Hereford deve apresentar vivacidade, com bom tonus muscular e facilidade de
movimentos; nobreza no porte, tanto em equilbrio, como ao caminhar; olhar vivo, mas
dcil, com boa aceitao do trato humano.
Fsicos: Porte mdio grande, de aparncia forte, com boa massa muscular e
equilbrio entre os quartos traseiro e dianteiro.
Esqueletos: Ossatura forte, sem excessos e bem coberta pela musculatura.
Exterior:
Figura 10: Gado de cara branca.
Fonte: ABHB
Figura 11: Gado de cara branca.
Fonte: ABHB
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Cor: conhecido pela cor vermelha, com a cabea, extremidades e baixo ventre brancos.
Ressalvadas nos machos as variaes de tons mais escuros do pescoo, paletas e
costilhares, designativos de masculinidade, o branco preferencialmente deve limitar-se
linha inferior do corpo. Com a cor branca nas extremidades, os animais apresentam os
cascos naturalmente brancos.
Mucosa: Preferencialmente pigmentada. Na rea perifrica dos olhos e da boca, no nariz,
bere e testculos, ser dada a preferncia aos animais que apresentarem pigmentao, com
vantagens para aqueles que tiverem mancha vermelha em cobertura aos olhos, desde que a
cabea permanea com sua caracterstica cor branca em superfcie no inferior a 70%.
Plo: Discreto, com facilidade de pelechar, apresentando-o, quando pelechado, liso,
brilhante e sentado no couro.
Couro: Fino e solto nas regies carnudas, mas aderido na cabea e nas extremidades. No
pescoo a pele deve aderir, caindo naturalmente em direo ao peito. A equivalncia do
prepcio dos machos , nas fmeas, o umbigo, que tampouco deve ser muito dilatado. A
virilha deve ter um desenho anguloso, desprezando-se as formas suaves e cheias.
MORFOLOGIA:
A raa apresenta boa distribuio de marcadas massas muscular, num corpo retangular, de
linhas definida por um lombo reto e nivelado, e patas aprumadas.
Cabea: Forte e expressiva nos machos; descarnada e leve nas fmeas; chanfro de
comprimento mdio, plano, ou cncavo.
Orelhas: de tamanho mdio, providas de pelos internos de proteo, firmes, atentas e com
boa mobilidade.
Olhos: Olhar vivo, mas dcil.
Chifres: Na variedade aspada, os chifres so simtricos e dirigidos em curva, para a frente
e para baixo.
Pescoo: De aspecto cilndrico nas fmeas, com a pele ligada; forte nos machos, cheio no
cupim coberto este por plos diferenciais masculinos, mantendo economia de carnes no
plano inferior.
Dianteiro: Omoplatas harmonicamente desenvolvidas, em volume proporcional ao
posterior, sem excessos musculares que as destaquem excessivamente do pescoo e do
trax.
Trax: Alongado e forte, com linha superior paralela ao solo; o bastante despegado do
cho como para permitir, atravs dos membros, uma boa mobilidade do animal.
Peito: Discreto volume nas fmeas e pouco profundo nos machos, no ultrapassando a
meia distncia do comprimento do brao.
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Costelas: Longas e arqueadas, dando volume ao trax para abrigar os rgos internos.
Lombo: Longo, nivelado e firme.
Posterior: Quartos traseiros volumosos, com musculatura naturalmente alongada cobrindo
os ossos longos, prevenindo-se contra a formao de "msculo duplo".
Quadris: Bom comprimento do osso ilaco, emprestando comprimento aos quartos; visto
pela retaguarda, o animal deve mostrar sua maior largura de quartos a meio da
musculatura, entre o garro e a anca; deve aparecer mais o msculo do que o osso.
Insero de cauda: A cauda cai, desde a sua insero nos quartos, naturalmente
perpendicular ao dorso e a poro posterior do osso da bacia plvica deve ser de nvel
inferior ao mesmo em sua poro anterior.
Aprumos: Patas mediamente longas, de ossatura forte, com boa postura sobre o solo,
emprestando segurana sua sustentao e sua aparncia nobre; perpendiculares ao
corpo, sem serem excessivamente separadas, ou demasiadamente juntas. O ngulo doa
garres, por isso, no pode ser acentuado, desprezando-se, no entanto os animais de garro
com ngulo raso.
REGISTRO DE ANIMAIS HEREFORD
O registro a garantia de que aquele animal da raa Hereford, sendo portador das
caractersticas peculiares da raa e, pela sua pureza racial, capaz de transmitir suas
qualidades genticas com maior eficincia e confiabilidade.
Animais Hereford podem se encontrar registrados como:
Puros de Origem (PO): animais provenientes de geraes controladas h dcadas,
descentes de animais puros da Inglaterra.
Puros Controlados (PC)- Tambm conhecidos por Puros por Cruzamento, apesar de manter
a pureza racial de seus animais, o controle de geraes foi abolido por algum perodo, no
podendo estes animais retornarem a classificao de PO, mesmo tendo sido retomado o
controle de genealogia pelo criatrio.
O registro de animais da Raa Hereford realizado pela Associao Nacional de Criadores
"Herd-Book Collares" (ANC), sendo que, a ABHB a responsvel pela avaliao e
controle dos animais Puros Controlados em todo territrio nacional e, por ser a Entidade
Oficial que cuida dos interesses dos criadores de Hereford no Brasil.
A Marca H
A marca a fogo "H" no couro da paleta esquerda do animal utilizada pela ABHB para
realizar a seleo dos animais Puros Controlados. Podendo ainda utilizar a Dupla
Marca (HH) ou da marca HD para alguns ventres selecionados.
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IDADE PARA MARCAR: de 18 meses a 36 meses de idade.
3.7. RAA CHAROLESA
ORIGEM
A raa charolesa j existia h mais de 50 anos a.C., onde evoluiu lentamente no
passado, e com muita rapidez no sculo XX. O gado habitava a comarca de Charolais, na
regio central da Frana, entre os rios Loire e Sone.
CARACTERSTICAS RACIAIS
Pelagem uniformemente branca, apresentando-se por vezes creme. Mucosas claras,
sem malhas. Morfologicamente a raa bovina Charolesa comprida, larga, com linha
superior dorso lombar direita e volumosa. Os membros so fortes e bem aprumados, com a
ndega bastante volumosa, arredondada e cada. A anca ligeiramente apagada, mas
bastante larga, assim como a garupa. Trax profundo, bem arqueado e com uma boa
ligao espdua. A linha abdominal paralela linha dorso-lombar.
A cabea relativamente pequena, curta, fronte larga, rectilnea ou ligeiramente
cncava.No que se refere em termos ponderais, uma raa bastante corpulenta, com pesos
em adulto entre os 650 a 800 Kg para as fmeas, e de 950 a 1200 Kg para os machos.
CARACTERSTICAS REPRODUTIVAS
Tem performances reprodutivas superiormente reconhecidas na precocidade sexual
(14 meses); na fertilidade (91,9 %) e na prolificidade (106 %). Elevada produo leiteira, o
que permite ao vitelo exteriorizar ao mximo o seu potencial gentico para o crescimento.
Grande longevidade devido sua robustez. frequente vermos num ncleo puro,
reprodutoras com 10 e mais partos. Boa aptido para o parto, devido elevada presso de
seleo que foi alvo nos ltimos 20 anos.
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CARACTERSTICAS PONDERAIS
sem dvida a raa que apresenta a maior velocidade de crescimento, o menor ndice de
converso dos alimentos grosseiros em carne e consequentemente, o maior potencial de
crescimento. Associado a estas caractersticas zootcnicas, a sua excelente conformao
morfolgica em peas nobres, o seu grande rendimento em carcaa e a sua rusticidade,
garantem ao produtor uma produtividade excelente e um rendimento elevado.
NO CRUZAMENTO
A raa Charolesa em linha pura considerada como sendo uma raa raceadora, devido
sua grande homozigotia para os caracteres de crescimento e de morfologia. Esta
caracterstica possibilita uma transmisso elevada aos seus descendentes das suas
qualidades genticas, o que permitir aumentar a precocidade das raas tardias, reduzindo
o perodo de engorda, e aumentar a conformao da carcaa em peas nobres, obtendo-se
assim, um produto de qualidade e de valor superior.
EM LINHA PURA
A pureza e boa qualidade dos animais produzidos em Portugal, rigorosamente controlada
e garantida pelo Livro Genealgico Portugus da raa Bovina Charolesa, atravs da
emisso de Certificados Genealgicos. neste conjunto de caractersticas que se baseia,
sem dvida, o grande xito da utilizao do Charols em Portugal, tanto para obteno de
animais puros, como na obteno de produtos industriais, nomeadamente atravs do
cruzamento com as nossas raas autctones.
-
4. CONCLUSO
Atravs do conhecimento dos padres raciais de bovinos voc pode observar vrios fatores
como a produo de carne bovina, o processo produtivo, a alimentao do animal,
sanidade, manejo e o potencial gentico. Os sistemas de criao, o tipo de pastagens mais
adequadas, e seu desenvolvimento e sua eficincia reprodutiva, os problemas que voc ira
enfrentar, resultando e baixa produtividade, sazonalidade de produo e,
consequentemente, baixa disponibilidade de protenas de origem animal para o consumo
humano.
A pecuria de corte de grande importncia contribuir de maneira significativa na promoo
do desenvolvimento do setor de produo de carne bovina no Pas, uma vez que favorece a
utilizao racional dos fatores de produo e do potencial e da diversidade gentica animal
e vegetal.
5. SITES CONSULTADOS
ABCZ - Associao Brasileira de Criadores de Zebu. Site:www.abcz.org.br
ABCT - Associao Brasileira dos Criadores de Tabapu. Site:www.tabapu.org.br
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABhAIAG/racas-bovinos
http://www.aberdeen-angus.pt/conteudo.php?idm=10.
http://www.cnpc.org.br/pecuaria.phphttp://www.uesb.br/ppz/defesas/2013/mestrado/julio-
jaat.pdf
http://racasepecuaria.blogspot.com.br/2007/01/raas-charols.html
http://www.limousin.com.br/pages/abcl/historico.asp.
http://www.foa.unesp.br/pesquisa/centros_e_nucleos/zootecnia/informacoes_
tecnicas/bovinocultura/Ra%C3%A7as%20Zebuinas.pdf