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    Escola Secundria do Padre Antnio Martins Oliveira de Lagoa

    Tcnicas Laboratoriais de Qumica

    SNTESE

    DO

    CIDO ACETILSALICLICO

    Pedro Pinto N 14 11A

    12/02/2004

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    ndice

    Objectivo do Trabalho...................................................................................................... 2

    Fundamentos Teoricos...................................................................................................... 2

    Material............................................................................................................................. 4

    Reagentes / Produtos ........................................................................................................ 4

    Procedimento.................................................................................................................... 4

    Observao ....................................................................................................................... 5

    Registo de Medies......................................................................................................... 6

    Calculos ............................................................................................................................ 6

    Concluses........................................................................................................................ 7Bibliografia....................................................................................................................... 8

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    Objectivo do Trabalho

    O objectivo da experincia a sntese de cido acetilsaliclico (aspirina). Alm

    disso a experincia teve como objectivo determinar o rendimento da sntese.

    Fundamentos tericos

    As reaces qumicas tm como base a procura de novos materiais que tenham

    uso na nossa sociedade, de modificarem, melhorando os j existentes ou como meio de

    perceberem os segredos e os mecanismos destas reaces.

    Reproduzir em laboratrio aquilo que a Natureza produz ou criar aquilo que no

    existe na Natureza sintetizar. As snteses laboratoriais procuram a obteno de novos

    produtos com as suas propriedades mais acentuadas, mais concentradas do que as

    existentes na Natureza ou compostos com propriedades inexistentes nos produtos

    naturais ou ainda produtos em quantidades superiores quelas que so possveis extrair

    de fontes naturais. Podemos portanto afirmar que a sntese est presente em toda a nossa

    vida pois revolucionou o mundo ao permitir a produo em massa de compostos muito

    mais potentes dos que esto presentes na Natureza. Sem ela, a nossa vida no seria

    como hoje, no teramos televises porque no se podia sintetizar os plsticos que

    entram no seu fabrico, etc...

    Esta sntese teve como objectivo obter o cido acetilsaliclico, que um cristal,

    de cor branca. O cido acetilsaliclico prepara-se fazendo reagir o cido saliclico com o

    anidrido actico, e algumas gotas de cido sulfrico, que actua como catalizador

    (substncia que no participa na reaco mas aumenta ou diminui a sua velocidade).

    O cido acetilsaliclico um medicamento com propriedades analgsicas e anti-

    inflamatrias.Este cido foi sintetizado pela

    primeira vez em 1893, a partir do

    cido saliclico (analgsico

    inicialmente extrado da casca do

    salgueiro), pelo qumico alemo Felix

    Hoffmann quando fazia pesquisas para

    aliviar as dores reumticas do pai. O

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    novo produto possua as mesmas caractersticas anti-inflamatrias e analgsicas do

    cido saliclico, mas no tinha o seu sabor azedo nem era to irritante para as mucosas.

    Em 1899 a Bayer, companhia de produtos qumicos onde Hoffmann trabalhava,

    sintetizou-o e comercializou-o sob o nome registado de "Aspirina".

    As snteses podem ser classificadas como totais ou parciais. Nesta actividade foi

    realizada uma sntese parcial, isto , os reagentes so substncias elementares e

    compostas, ou s compostas.

    Nesta sntese foi necessrio efectuar quatro operaes unitrias: pesagem,

    filtrao, cristalizao e secagem.

    Uma outra operao que se realizou foi a filtrao, que consiste na separao de

    um slido em suspenso numa fase lquida ou gasosa, usando um meio poroso chamado

    filtro. Os filtros podem ser de diferentes materiais, tais como papel, tecido, areia,

    algodo, porcelana ou l de vidro, estando a sua escolha dependente das caractersticas

    fsicas e qumicas das misturas. Tambm a porosidade do filtro escolhida de acordo

    com as dimenses das partculas a reter (fase slida). As partculas que se encontram em

    suspenso num lquido, que ao ser filtrado, ficam no filtro constituem o resduo; a

    soluo constituda por partculas de menores dimenses que atravessa o filtro, chama-

    se filtrado.

    No laboratrio o filtro, que se usa com mais frequncia, o de papel, com forma

    circular, o qual deve estar bem ajustado ao funil que lhe servir de suporte. A filtrao

    pode ser feita por gravidade ou por presso reduzida, sendo a primeira mais utilizada,

    mas em contrapartida a filtrao por presso reduzida mais rpida. Tendo-se utilizado

    a filtrao por presso reduzida de forma a acelerar o processo.

    Para sintetizar o Sulfato de Tetraminocobre (II) Monoidratado recorreu-se

    tambm a outra operao unitria: a cristalizao, que a tcnica adequada para

    recuperar um slido que se encontra dissolvido num liquido. Para isso necessriodeixar a soluo exposta ao ar, para que o liquido se evapore (lentamente). Aps alguns

    dias, o lquido desaparece e obtm-se cristais do slido que estava dissolvido.

    O material slido a secar poder ter: gua ou outra substncia retida no interior

    ou aderente superfcie.

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    Material

    - Balana de preciso- Copos de 250 mL e 600 mL- Erlenmeyer de 500 mL- Esptula- Frasco de kitasato- Funil de Bchner- Papel de filtro- Pipeta de 5 mL- Placa de aquecimento- Provetas de 10 mL, 25 mL e 100 mL- Suporte universal com garra e noz- Termmetro- Trompa de vcuo- Vareta- Vidro relgio

    Reagentes / Produtos

    - gua destilada- C6H4COOHOH(s)- (CH3CO)2O(l)- H2SO4 (catalisador)

    Procedimento

    1. Pesou-se 5,00 g de cido saliclico e transferiu-se para o Erlenmeyer.2. Adicionou-se 10 mL de anidrido actico e agitou-se intensamente at formar

    uma mistura homognea.

    3. Fixou-se o Erlenmeyer no suporte universal e introduziu-se num banho degua, sobre a placa de aquecimento.

    4. Adicionou-se, com ajuda de uma pipeta, 6 gotas de cido sulfricoconcentrado; a temperatura elevou-se.

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    5. Aqueceu-se durante alguns minutos a cerca de 45 C, com agitao manual,at que a reaco cessou.

    6. Adicionou-se, cuidadosamente, 10 mL de gua destilada ao Erlenmeyer,agitando at no ser perceptvel a libertao de vapores de cido actico.

    7. Retirou-se o balo do banho-maria, adicionou-se 100 mL de gua destilada edeixou-se arrefecer em repouso; observou-se a formao de cristais de cido

    acetilsaliclico.

    8. Filtrou-se a vcuo, em papel de filtro previamente pesado.9. Lavou-se os cristais com alguns mililitros de gua fria.10.Secou-se ao ar.11.Determinou-se a massa de composto obtida.

    Observao

    Ao efectuar-se a reaco entre o cido saliclico e o anidrido actico, observa-se

    a formao de cido acetilsaliclico e cido actico.

    Ao adicionar-se 10 mL de anidrido actico ao cido saliclico formou-se um

    precipitado branco. Ao juntarem-se seis gotas de cido sulfrico o precipitado branco

    continua visvel mas nota-se mais transparncia, assim como a subida da temperatura,

    este facto mostra que uma reaco exotrmica.

    Quando em banho-maria o precipitado branco continua, mas agora, mais intenso.

    medida que vai aquecendo, comea-se a sentir um cheiro a vinagre.

    Comea a dissolver e a sair vapor. Aos 45 est completamente dissolvido.

    Manteve-se a temperatura at que a reaco cessou.

    Ao adicionar-se 10 mL de gua liberta-se vapor de cido actico. Teve-se de

    agitar, at se libertar todo o vapor.Quando se adicionaram 100 mL de gua comeou a formar-se cristais brancos

    slidos.

    Durante a secagem, os cristais comearam a ficar mais rijos, isto deve-se

    evaporao da gua.

    Para realizar a sntese do cido acetilsaliclico, necessrio ter em conta as

    condies em que tal feito, pois estas afectam significativamente o rendimento final.

    O rendimento calculado pela razo entre quantidade de produto obtidaexperimentalmente e a quantidade obtida teoricamente. Portanto, o valor do rendimento

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    nunca poder exceder os 100%, pois como bvio, a quantidade de produto obtida

    nunca superior que deveramos obter. Este facto deve-se s perdas ao efectuar-se o

    aquecimento e a filtrao, assim como possvel ocorrncia de reaces paralelas, m

    atmosfera de trabalho e at mesmo a m condio do material.

    Registo de Medies

    Massa dos cristais e do filtro

    Filtro

    gm

    gm

    cristais

    filtro

    86,5

    70,0

    =

    =

    Massa total de C6H4COOHOCOCH3 = 5,86 g

    Clculos

    Determinao da quantidade prevista do cido acetilsaliclico:

    mLOCOCHV

    gCOOHOHHCm

    00,10))((

    00,5)(

    23

    46

    =

    =

    molgCOOHOHHCM /13,138)( 46 =

    molCOOHOHHCn

    COOHOHHCnCOOHOHHCM

    COOHOHHCmCOOHOHHCn

    0362,0)(

    13,138

    00,5)(

    )(

    )()(

    46

    4646

    4646

    =

    ==

    Determinao do reagente limitante:

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    O reagente limitante o cido saliclico, este dado foi obtido por informao do

    professor.

    xCOOHOHHCmolCOOHOCOCHHCmolCOOHOHHCmol

    46

    34646

    0362,011

    3460362,0 COOHOCOCHHCmolx =

    molgCOOHOCOCHHCM /17,180)( 346 =

    gmCOOHOCOCHHCm

    COOHOCOCHHCM

    COOHOCOCHHCmCOOHOCOCHHCn

    52,617,180

    )(0362,0

    )(

    )()(

    346

    346

    346

    346

    ==

    =

    Determinou-se que a quantidade prevista do cido acetilsaliclico 6,52 g.

    Determinao do rendimento da reaco:

    %9010052,6

    86,5100

    .

    .===

    previstaqt

    realqt

    Determinou-se que o rendimento da reaco foi 90 %.

    Concluses

    Conclui-se que a reaco entre o sulfato de saliclico e o anidrido actico,

    obtm-se cido acetilsaliclico e cido actico.

    Os cristais obtidos so de cido acetilsaliclico e tem uma cor branca. O cido

    actico encontra-se no estado gasoso temperatura ambiente.

    A reaco exotrmica, devido subida da temperatura. O cheiro a vinagre

    devido ao cido actico formado na reaco, encontrando-se no estado gasoso.

    Pode concluir-se que o aumento da temperatura facilita a reaco.

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    A lavagem dos cristais de cido acetilsaliclico deve ser feita em gua fria

    porque o aumento da temperatura favorece a solubilizao dos cristais.

    Conclui-se que a evaporao da gua, faz com que os cristais fiquem mais rijos.

    Conclui-se que o rendimento obtido foi bom, sendo de 90%, no se obteve um

    valor mais prximo de 100%, devido s perdas durante o aquecimento e a filtrao,

    assim como a transferncia dos reagentes, outra causa poder ter sido a pureza dos

    reagentes.

    O reagente limitante nesta reaco o C6H4COOHOH.

    Conclui-se tambm, que o cido acetilsaliclico tem o nome comercial de

    aspirina.

    Bibliografia

    SIMES, Teresa; QUEIRS, Maria; SOMES, Maria Tcnicas Laboratoriais de

    Qumica Bloco I, Porto, 1. ed., Porto Editora, 2000.

    SIMES, Teresa; QUEIRS, Maria; SOMES, Maria Tcnicas Laboratoriais de

    Qumica Bloco II, Porto, 1. ed., Porto Editora, 2001.

    ROSENBERG, Jeromel; EPSTEIN, Lawrence Qumica Geral, Portugal, 1. ed.,

    McGraw-Hill, 2001.

    Diciopdia 2004, Porto Editora, 2004.

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