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ÓTICO Ético N.° 2.053 Dezembro de 1956 Ano \ 5. /Ti M ^^^. ^^_u/A______ ______Y } X.__r/ V.__f_____________ ___r

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ÓTICOÉticoN.° 2.053 — Dezembro de 1956 — Ano

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AGORA, UM POUCO DE BOM-KUMOR^M____H________________I______^|_____HHEM QUE DEU SER ENGRAÇADINHO

-íhPW^^ .-^-^-X^L^C^*****^--^- jê

TROUXE UM OSSO BATERISTA ENTUSIASMADO

O ESCULTOR GOSTAVA DA BRINCADEIRA

*—A&d£wiúr. <>_-"__¦* >nvNiiir__3 '/¦

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QMeus netinhos:

UANDO circular esta edição de O TICO-TICO, mui-tos de vocês já estarão em férias.

As férias são uma boa ocasião para grandes leituras,para vocês travarem conhecimento-com os bons livros daliteratura universal, formando, assim, um lastro de cul-tura que de muito lhes servirá um dia.

Donos de todo o seu tempo, agora, procurem arranjarlivros para ler. Escolham bons autores, indaguem, per-guntem, aconselhem-se a esse respeito com alguém quevocês conheçam e que esteja à altura de bem os orientar.Há livros famosos cujo conhecimento o homem de media-na cultura não pôde dispensar. A oportunidade de sua lei-tura é esta, pela idade em que vocês estão e pelo vagar dcque dispõem.

Habituem-se aos bons livros e acabarão sabendo esco-lher por si mesmos. Livros que têm atravessado anos, sem-

pre atuais, sempre lidos, apreciados, ei-tados, alguma coisa, evidentemente, de-vem ter de bom e atraente. Se não fosse

y J / | \ assim, como resistir e sobreviver?Ir í (^ Aproveitem as férias pro-

curando conhecê-los e verãoquanta narrativa bonita,empolgante, emocionante eelevada existe, fora das his-

> tórias em quadrinhos...VOVÓ

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^_v^. .

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¦Antes d> AI ATA L

'wÊÈÊIkJ^mi^ y~~~~°OBRE um armário poeirento, as peque-

nas estatuetas estavam perto umas dasoutras, sem cores e des? stosas. Para

mostrar que elas ainda estavam à venda, o cai-xeiro colocou um letxeiro dizendo que "liquidavatudo"

As vezes um freguês se aproximava. Apanhava uma das menores personagens eom a ponta dosdedos, depois a recolocava no lugar e, virando as costas, se aproximava das estatuetas novas.

Quem teria pensado em colocar no presépio aquele pequeno grupo de garatujas?E nós, e nós? — lamentava-se o tamborineiro.

A cigana, que nem sonhava em tocar seu pandeiro, virava-se para êle com os olhos cheios delágrimas.

Bonitos ou feios, pouco importa. — disse certo dia o pastor. — O que me desespera é que nósnunca veremos Jesus. Tu te recordas, moleiro, como estávamos felizes e orgulhosos enquanto o mon-ge nos pintava? Nós aceitávamos com alegria que êle pintasse nossos olhos e nossa boca, pensando querodearíamos Jesus, e que estas cores vivas alegrariam seus olhos... Tu te recordas? ... Eu me sentiafeliz e dizia: "Que direi ao menino Deus para lhe exprimir meu amor, eu que não sei' dizer coisasbonitas?" E tu me respondias: "Se Jesus quiser, falarás como um professor" Ah! como sou infelizde estar aqui! Não ver Jesus é tão duro como, para um camponês, não ver o sol.

Aí foi interrompido pelo tamborineiro que, com o pequeno punho fechado, batia no irístru-mento:

O TICO-TICO

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Ifttf,̂.., — Não e não ! — gritava èle — Não e não ! Não quero ser a estatue-

ta que nunca foi ao presépio !— Ninguém quer nos levar! suspirou a dançarina.

Será que é preciso ser enrolado em seda, para sair desta loja? Vamos, então sozinhos !A fazendeira, muito medrosa, gemeu:

Não sabemos o caminho que nos conduzirá até Êle...0 Pastor fez um gesto largo:~~ Para os pastores sempre há uma estrela; será preciso apenas segui-la.

a - ü,n 'regues entrou neste momento. Temendo que alguma delas fosse levada, as estatuetas seeraram no canto mais escuro do armário e pareceram mais desbotadas."¦ Oh ! Como são feios ! — disse unia voz clara. — Nem de graça, eu os quereria.

s estatuetas se olharam, aliviadas.É verdade, pastor, já não tens mais a tua bela blusa listada — disse o moleiro.

~" E tu, meu pobre amigo, parece que levas um saco de carvão em vez de farinha...operaram, prudentemente, que a loja se fechasse, para pôr o projeto em execução. Se o caxeiro

Vç. se descer do armário, seria capaz de apanhá-los todos e fechá-los a chave no fundo de uma ga-

resta ¦ a VCZ 'ora'tlveram medo. As pernas dos transeuntes lhes davam a impressão de uma fio-Pgantesca e móvel. A fazendeira quase ficou em baixo de um pé."~ Vamos montá-la no burrinho, disse o marido.

0reI, an«mal respondeu com um "hi-han" desesperado. U'a mãozinha acabava de pousar sobre suas*** e èle estava dentro de um bolso...— Onde está a estrela? — perguntou o tamboríneiro."~ As casas são altas e a escondem, — respondeu o pastor. — Nós a veremos daqui a pouco.u>»ia isto confiante. No entanto, quando chegaram no campo, o céu estava tão pesado e tão ne-°EZEMBRo - 1956 5

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— gTO que se perguntavam se uma estrela eo-S*-uiria um lugar para passar. De repente o pastor exclamou!

— Lá está!Um grande ponto dourado se destacava sobre a abóbada es*

eura. A noite tornava-se cada vez mais negra. De repente gran*des gotas de água cairam sobre os bonecos. Ensopados, puseram*se a correr, como se esperassem deixar a tempestade para trás-

Logo as gotas dágua pararam de cair. A meia-noite ae apro*ximava. Uma extraordinária claridade se estendia sobre o campa-Então os bonecos soltaram ao mesmo tempo uma exclamação o-surpresa. A chuva os havia lavado tão bem que suas cores brilhan*tes tinham votado.

Não longe, havia um estábulo. de onde vinham cantos mes»"diosos e eles compreenderam que estavam chegando ao pres-P*0-Ousariam entrar? S«tir_m-se, de repente, indignos de estar p**1*de Jesus.

Vamos olhar o Menino Deus pela pequena abertura, •*"**o pastor, e depois nos afastaremos sem faxer barulho. Tal****esteja dormindo: é preciso não O acordar... ^

Mas a Virgem Maria avistou os pequenos espüJes que,¦p<is outros, passavam diante da estreita abertura. Segredo**gumas palavras a Jesus, que fe. um sinal. E as estatuetas •*

eontraram em volta do presépio como se tivessem sido transp»das pelas asas de um anjo.

.E, súbito, viram chegar o burrinho: . p(l"Havia um buraco no fundo do bolso do menino, a*1espaço... e eis-me aqui" #_»*>*

Jesus nâo quisera que a mais modesta das estatuetastange do presépio, e, para li-bertar o burrinho, o rasgãotinha crescido sozinho...

-W^- __^ --^^_______¦¦*¦i••,¦-,^^^,"

TlCOo rico-

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COMPROU UM COELHOPARA A NOITE DE NATAL...

ffsr

A LÍNGUA DOS ANI M A I S,^^^ITITTpnresenta um papel impor-

Na vida de certos animais a líne^lrirefêm a nngua maior do que^ntíssimo. Certas borboletas, por exemplo, têma g0 corpo, para poderem sugar o nectar das u

ent0) é soldadaA língua dos sapos também de 9*°™j£ o sapo usa a língua

n* ponta do maxilar inferior, e para caçar insetos _~c°m.o se fora verdadeiro laço. j7

DE2EMBRO — 1956

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6>r.9$ <_^ VfeitiliQg

O TICO-TICO

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9Lembro _ 1956

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RZCOMW. BOIÂVe AZ€tTO/VAQUASE SEMPRE SOU A"VITIMA"

,DAS BRINCADEIRAS DO RECORECO E DO AZEITONA...

HOJE VAI SER DIFERENTE. VOUPREGAR "UMA PEÇA" AO PRIMEIRO

QUE ENCONTRAR^—r QUE ENCONTRAR*-'—r"{

^LA' VEM O AZEITONA. VAI SERXA MINHA PRIMEIRA "VITIMA"/

'AZEITONA, VOCÊ QUER VER JUM MACACO GUARIBA ?

/>'

c^uÈRÕ^siíi^ \( /

W\\^ A ***¦ i_^PIPrENTÃO OLHE NESSE ESPELHO QU£

VOCÊ VERA" REFLETIDA A IMAGEM DE UM MACACO GUARIBA.

10

ENGRAÇADO, BOLÃO/ALÉM OO ^GUARIBA,VEJO TAMBEM, AO LADODELE,UM GRANDE ELEFANTE.'

O TICO-TICO

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I I m1^' ^^^am\lf^mamc* ^^m\ \m

u\ \ B **' V. 'iHL. Vv*3fl ________ -V». \ BC. * e i |T«j7>M _^* ^«^^^H

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UM ESTRANHOMANJAR...

D.ANDO-SE crédito aDiodoro da Sicilia,

existiu, perto da Etiópia,ura povo que não se dedi-cava nem à agriculturanem à criação, e cujosúnicos recursos alimenta-res consistiam em diversasespécies de gafanhotos, queeram comidos polvilhadoscom sal.

Se a existência desses entomófagos nunca foi estabelecidahistoricamente, não deixa de ser verdade que os acrídios trouxe-ram sempre ao homem, como parca compensação aos prejuizosQue lhe causam, um pequeno auxílio alimentar. O Talmud, li-vro sagrado, fala na alimentação com gafanhotos, e autorisa essaalimentação. Os antigos consideravam os gafanhotos como comi-da bastante saborosa.

Ainda hoje os saltões, espécie de gafanhotos, servem de ali-toento em numerosas regiões da África e da Ásia. Em Bagdad,são vendidos no mercado, prontos para serem saboreados. Nobarrocos, são comidos fritos, depois de retiradas as pernas e asasas. Entre os hottentotes, os gafanhotos são devorados crus oufervidos, como comemos os nossos camarões, e dizem que o saborde uns e outros é o mesmo. Enfim, em Madagascar são prepara-dos com arroz, e fazem com eles também uma espécie de fritada,e até paté.

Como a maior parte dos insetos, os ortópteros, na antiguida-de, serviram para a preparação de composições farmacêuticas.

Dióscoro assegura que as pernas dos gafanhotos, misturadas^m sangue de bode, curavam a lepra e as picadas de escorpiões.** usavam também ovos de louva -a-deus para a cura da asma, e^ pomada contra as írieiras.Dezembro — i__e 11

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Gavetinha do Saber _•!_•¦!_ .íí?!

O grande norte-americano A br a AoLincoln, qu« tantolutou pela abolição°* escravidão, se ate-*e sempre ao se-«uinte preceito: Comcaridade para todose »era malevolénciaPara ninguém.

Um Uvro ensina o<we você quiseraprender; está aem-Pre a sua disposição,como um amigo fiel* deslnteres-*ado; custa pouco.Porém o seu valor étaeaknlaval; nàoatrapalha, nunca, poiscabe em qualquertacar; é nm mestre•Ne dá generosamente«nas lições; « a chave*> saber, quando é««a bom livro.

•A falta de pontua-bdade é uma falta de

Reação.

Se a gente colocar-"a nm copo de água•m alfinete, tato IráPaim o tudo. Mas se

cento quiser «na"• flutue, • <rne pa-*•*««. lmpoe_vel, éPto em cima da água_* pedaço de papel**» de f aier cigarro,»òbre a papel, en-_•, o alfinete, roa-** depois • papel"««Tulha e o alfinete"«a bolando.

Os barcos usadosnas cruzadas paratransportar ao Orlen-te aa pessoas queiam liberar o SantoSepulero, eram multograndes, tendo umacapacidade para con-duzjr 1.000 expedi-rtontrVf cada um.

• Oerontocraela è

nome dado a nmgoverno dirigido poranciãos

Oolombofllla é onome dado à criaçãode pombos-correlos.

Cinegetlca é a arteda caça.

•A água de alguns

poços que contémsubstancias calcáreas"corta" o sabão a nioprodua espuma nalavagem. Por que?Forque a cal e o sa-bào formam um com-posto qua nao é so-lúvel.

•A lagarta chamaria

processianarla do ro-ble (espécie de car-valho) produs uma'picada multo doloro-sa, cansando umaurtlcaria incomodati-va. Logo que se sln-ta a picada de umadessas lagartas éaconselhável colocar-se, sobro a parteafetada, compressasd« algodão molhadoem álcool.

O sal de cozinhase dissolve mais fa-cilmente em águafria do que em águaquente.

O verdadeiro nomede Obandl era Mo-handas Karamchand.

O xadres é o jogomais antigo que seconhece.

A famosa cidadeda São Francisco«a Cahfomia tava

quele lugar P°r *•"Ugtssisem 177*.

Os _gastam «a abrartartado, chamam a ei-dade da "Frise»".

Nos montes Wralsexisto um topaalo queem ves de ser ama-relo claro ou escuro,como os que vemoscomumente, é de umabela cor verde-asu-toda. tV multo valio-so pela sua raridade,pois só existo naque-ia região.

•Oa Jesuítas • os

franclscanos foramwtrdadelroa apóstolosda canqulsta esplri-tual da América amuitos deram suasvidas pela cuusa ttt-Tina.

•Na mg—terra nao

se pode ser sócio denenhum chibe náun-co se nio se soubernadar.

A jarda, medida In-glosa, tem 91 centl-metros.

•— Mímica é a arte

de fazer-se entenderpor melo de gestos.

•Você, menino, que

deseja ser um homemde valor, precisa ali-mentor seu cérebro eter sentimentos no-bru. Procura, pois,os bons livros e seráo que quer ser, o quedeve ser e o que pre-rica ser: — um ho-mem do bem.

nomes maisUm dos ifamosos da igreja é,sem dúvida, a do Car-dial Verdler, francês,grande teólogo, ajasfai Areabispe da Pa-ris.

Bra um sacerdoteda reconhecida vir-toda a foi, par toso,Jnsta a soa Investida!-ra «orna chefe. daIgreja católica naFrança.

A mosca transmitoos germes de mais de80 doenças. K* Insetoimundo, qua devemoscombater semcanso

Dezembro — 1956 13

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go príncipe encantadqj

ifir^K. r \ \A^ 'jRià ' _ \J5_^L >\ \

JtmTsÜ

I_f AVIA, num desses países longín-quos, um príncipe célebre pela sua

tirania e crueldade, e que se compraziaem Infligir as mais cruéis torturaspelo simples prazer de deleitar-se comas dores alheias, que constantementeprovocava.

As vezes chegava mesmo às raiasda loucura ao sentir as tais sensaçõesde prazer, que eram o temor do povo.

Nada lhe escapava. Nem um sim-pies animal ou inseto... Infligia aSmais lentas agonias, mas tão lentas,que as vítimas, antes de morrerem, co-nheciam o inferno, nas mãos de tão ter-rivel algoz.

Ora, num desses momentos, en-quanto maltratava um pobre bichinho,subitamente ouviu uma voz misteriosaa dizer-lhe:

— Príncipe, pela tua malvadez, serástransformado em cavalo, até o dia emque te arrependeres das tuas malda-des...

E quando a última palavra foi pro-nunciada, o príncipe, o belo e terrívelpríncipe, viu-se transformado em cava-Io. Mas num cavalo horrível, magro eesquelético. Quis gritar, mas somenteconseguiu rinchar desesperadamente, o

que chamou a atenção de uns criadosdo palácio, que, vendo um cavalo tãohorrível, enxotaram-no dali a ponta-pés.

> Triste e cabisbalxo começou a va-gar sem destino certo até que um lavra-dor, vendo-o, agarrou-o e o levou con-sigo, dizendo satisfeito:

15 O TICO-TICO

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Nem de propósito. Justamente quando me acaba de morrer o burro, aparece-me

este "magriço". e sendo assim não precisarei gastar o meu rico dinheirinho.

Mas o tal lavrador era justamente um usurário, que além de fazê-lo transportarcargas pesadas, mal lhe mitigava a fome, espancando-o a cada instante.

Assim decorria a sua vida até que, um dia, resolveu fugir.Perambulou vários dias sem destino, curtindo fome e sede, pois por ali não havia

sequer gota dágua, nem uma planta para enganar a fome.Subitamente notou um pequeno poço e mais adiante «^ «J^*™^.^

reu ao poço, mas no instante em que ia beber notou junto a si um coelhinho se-mi-morto.

Sacudiu-o um pouco e, tomando um pouco dágua, despejou-a no animalzinhopara o reanimar.

O efeito foi rápido. O coelhinho reanimou-se um pouco com gjdeategadocavalo, que fê-lo beber toda a água e obrigou-o a comer aservas --&«*£JÍ_S_

de comer, o coelhinho caiu inerte. Desesperado o príncipe nao sabia o que fazer, tal asua dor, pela morte do animalzinho e pôs-se a chorar sentidamente.

Neste instante a mesma voz lhe disse:Príncipe, tomaras a ser o que eras, porque, com este teu gesto, te redimiste

por completo, mostrando que te transformaste.Imediatamente êle voltou à sua primitiva fôrma e ao seu lado já se

achava uma linda moça que lhe sorria, enquanto lhe dizia:'— Sou o coelhinho que tão bondosamente so-

correste, príncipe.E hoje ambos são corhpletamente felizes, e tendo,

do casamento muitos filhos que saberão gover-nar o país com mui-ta sabedoria ejustiça.

OLGA

JANISZEWSKA

—--éíí_____í^.7x___5-jE

DEZEMBRO — 195614

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A HISTORIA REGISTRAEM DEZEMBRO

0 IMPERADOR D. PEDRO 11 — A 2 deDt'»-ml>ro de 1825 nascia no Rio de Janeiro opríncipe I). Pedro, que seria mai» iarde o in»-pendor Pedro 11. Filho de Pedro 1 e da impe-ralriz D. Leopoldina, tinha êle, por extenso, bseguinte nome: Pedro de Alcântara João Cario»Leopoldo Salvador Bihiano Francisco Xavier dcPaula I,eocádio Miguel Cabriel Rafael Gonzaga.Pedro II íoi um grande monarca. Subindo aoIrôno em 1840, tendo apenas 15 ano» de idade,êle governou o Brasil durante mai» de meio »é-culo, com a maior dignidade, e patriotismo. Noseu governo a Nação brasileira evoluiu e pro-grediu sensivelmente. Tolerante e liberal, PedroII ouvia toda» a» críticas e sugestões c nuncaprocurou tirar vinganças dos insulto» que rece-Iria. A propaganda republicana fez-se livremente.O nome do Brasil êle sempre defendeu com tô-das as forças de sua alma. Foi um cidadão proboe digno do respeito de todos o» seu» compatrio-tas. Faleceu o no»»o grande monarca, em Pari»,a 5 de Dezembro de 1891.

A BATALHA DE 1TORORÓ — A batalhade Itororó íoi um do» grandes feitos da» arma»brasileiras na guerra do Paraguai. Travou-se a6 de dezembro de 1868. Antes que os paraguaiostivessem tem|K> de destruir a ponte, contra elaavançou o general Argolo com o Segundo Cor-po, levando na vanguarda a» forças do coronelFernando Machado dc Sousa. A luta ali foi bo-inérica: três vezeg caiu a ponte em poder das ar-mas aliada» c tre» vezes a retomou o inimigo.Até que, deiteis de um longo, e mortífero com-bate, o» paraguaios tiveram de entregá-la, fugin-do em debandada.

GONÇALVES LEDO — Jou.piim Conçulvi-sLedo nasceu a 11 dc Dezembro de 1781. Fo» êle

um ilu- mais ilustres pugnadores da nossa Inde-pendência. Jornalista vigoroso e brilhante pôs-seao serviço da grande causa. Depois da indepen-deliria, Ledo, inimizado com José Bonifácio, íoiperseguido e exilado, regressando depois ao Bra-sil,com a queda do seu rival. Apegar de separa-dos por questões política-', Ledo e José Bonifá-cio são duas figuras que devem estar colocadasno mesmo plano na história da independênciabrasileira.

A BATALHA DE AVAÍ — A 11 de Dean»bro de 1868 travou-se a batalha de Avaí. Depoisde quatro horas de fogo, o inimigo retirou-se,perdendo o campo. Mas, então estupendas car-ga» de cavalaria tornaram a retirada em destro-ço. O inimigo perdeu 3.000 homens, além de 800prisioneiro» c 600 ferido», e abandonanndo Vi-leta acolheu-se ao campo fortificado dè LomasValentina». A batalha de Avaí custou enormessacrifícios aos vencedores. O legendário Osório,então Visconde de Herval, foi ferido gravementeno rosto por uma bala, sendo forçado a retirar-se da ação.

A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS— A Academia Brasileira de Letras foi funda-da a 15 de Dezembro de 1896. Seu verdadeirofundador íoi Lúcio de Mendonça. Os primeirosmembro» desse sodalicio foram os seguintes: Ma-ehado de Assis I aclamado presidente), ArturAzevedo, Araripc Junior, Coelho Neto, Felinto deAlmeida, Graça Aranha, Guimarães Passos, In-glês de Sousa, Joaquim Nabuco, José do 1'ulro-cinio, José Veríssimo, Luis Mural, Medeiro» tAlbuquerque, Olavo Bilae. Pedro Rabelo, Rodri-go Otávio, Sil\u liamos, Teixeira de Melo, Valeu-tini Magalhães e o Visconde de Taunuy.

TOSSI ?

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PREFERIDO PELAS CRIANÇAS POR SERDE OÔSTO AGRADÁVEL.PREFERID06 PELOS MfiDICOS POR SER OREMÉDIO QUE ALIVIA, ACALMA E CURA.

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16 O TICO-TICO

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O MOISÉS A8UELE MlUON/iRIO.rettÜ-rtep-t^U__2 UH'GÜXDTC _ V>H CEOTO II^TITUTTOj---^

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CAttOrt B^ OINSriTUTO DE/ JAIXOTE .^, T_tVK-^ ^g ©g£.

^SâüeiESUltlTboU-lEVANOOUMlfl ^.^aEP^aAJR^I BUTAnTAN T_ÇitXffr£ QUt -EME Tflt IW»TOJ \MREMOSCM&°^JT T^^^ ?ONDE TO» J

~~ vENTCEfiÜE ESSA CAIXA.-OUJ^^ .-7 Vi ^%

DEZEMBRO — 195617

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QUAL O CAMINHO CERTO?

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_______ ^^__ \___ ^^^^^^^^V^_____^^_^^_ ^^^_E__^^( ^^^ _}

_5-^^^_____NlMah^i___b___!_____í^^^v—í^e^^wTO

vaqueiro quer voltar ao rancho mas não sabe que es-trada tomar. Também, coitado, com tantos caminhos

à sua frente, é o caso de ficar, mesmo, indeciso. Você, queé "vivo" pode ajudá-lo a encontrar a boa estrada que o le-vara ao fim de sua jornada. E' só tomar um lápis e expe-rimentar.../^N "ANUÁRIO DAS SENHORAS" é um bonito e útil^^ presente de Natal para as mamães. Peça ao papai eêle compra um para você dar à mãezinha no dia de Natal.Ela vai ficar encantada !

18 O TICO-TICO

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(Continuação do número passado)

MAS não pôde concluir. A Princesa, adiantando-se para

ela, agarrou o braço que a Rainha erguera paraamaldiçoá-la e teve a inaudita coragem de levantar a mao paraa mãe.

Não teve tempo, porém, para consumar o horrível gesto;nesse instante um estrondo formidável se ouviu, quatro jane-Ias da sala do trono voaram em estilhaços e, no meio de umanuvem deslumbrante, apareceu a Rainha das Fadas.

Vinha vestida com um pano tecido de diamantes e traziana mão direita uma varinha, que luzia como fogo. Uma esme-ralda de fulgor extraordinário cintilava no diadema que lhe co-roava a fronte. Mais de vinte fadas a vinham acompanhando.

A Rainha, aterrorisada, cobriu o rosto com as mãos; todosos fidalgos caíram de joelhos. O pagem Sem Malícia, vendo isto,

precipitu-se para junto da Princesa, pronto a defende-la.

Maravilhosa estava paralisada de horror. Ficara de pe no

meio da sala; seus olhos, dilatados pelo medo, olhavam f.xamen-te para diante, e todo o seu corpo tremia.

Filha perversa e sem coração, criatura cruel !... — ex"clamou a Rainha das Fadas, com voz terrível. — Chegou a horado teu castigo.

E dizendo isto, agarrou pelos cabelos a Princesa e ergueu-a do chão.

A Rainha soltou um grito. Sem Malícia ainda tentou agar-rar a Princesa, mas só conseguiu passar a mão no seu veu.

Perdão, Sra. Fada — dizia êle chorando. — Perdão !

Se quer castigar alguem, castigue-me a mim !

DEZEMBRO — 1956 19

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SimIn fl \\ ví

A Fada, com um gol-pe da sua varinha lu-minosa, cortou o véuque Sem Malícia fi-nha preso entre asmãos e, levando a Prin-cesa pendurada peloscabelos, dirigiu - separa o lado do mar.

A Rainha, o pageme todos os fidalgos,correram às janelas,para vê-la.

A fada foi pelosares, sobre o mar, atéque, chegando ao lu-gar mais fundo, largoua Princesa, que veiocaindo pelo espaço e

sumiu-se en-Tre as ondas.

Ao mes-mo tempo, avoz da Rai-

nha das Fadas se fezouvir, dizendo:

— Para que tua fi-lha saiba que não sedeve desprezar os hu-

mildes, nem maltratar os infelizes; para castigá-la pelo seu or-gulho, condeno-a a ficar transformada no mais imperfeito detodos os animais, conservando a lembrança de que já foi, nes-te mundo, a filha de um Rei. Agora, não é mais do que a Prin-cesa Medusa.

Imediatamente, no lugar em que a linda princesa haviamergulhado, viu-se aparecer no mar um monstro horrendo, de

20 O TICO-TICO

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formas indecisas e gelatinosas e cheio de tentáculos, como um

POlV°; Princesa Maravilhoso estava transformada em uma

enorme Medusa.CAPITULO IX

_ Ah' meu Deus. — soluçava o pagem Sem Malícia. —

Antes fizessem agora como faziam antigamente, quando eu

sempre é que era castigado em lugajJaPrmceso^A Rainha estava ainda trê-

mula de horror pelo que ouvira. Noseu amor louco pela filha, não com-preendia a justiça da Fada e ti-nha-lhe ódio pelo que fizera. Mascomo nâo se podia voltar contra aFada, voltou o sua cólera para os

que a rodeavam. E a primeira vi-timo foi Sem Malícia.

— Guardas ! — exclamouela — agarrem este pajem maldi-to, que no meio de uma desgraçatão grande ainda me vem aborre-cer com as suas lamentações,Metam-no na mais profundo emais escuro dos calabouços do

palácio... _/'-._Mas, a pobre Rainha ja pas-

sara por tantas emoções nesse dia,

que estava sem forças ...Mal disse estas palavras, fe-

chou os olhos e caiu, sem sentidos,no trono. . .

Toda a gente se precipitou aacudí-la e Sem Malícia, aprovei-tando esse momento de confusão,

passou por entre os soldados, atra-

DEZEMBRO — 195621

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rS°nnl C°rrend0í Um° P°rÇÕ° de "adores, saiu para os jardins

atôd__' PUl0U Um mUr°' »»>¦»« «««o cerco e, posando

Chegando ali, depois de correr, cansado, com fome e tristerecomeçou a chorar. O fatal destino do Princesa cousovó-lhémais magua do que a sua própria desgraça.— Por que razão a fada não me levou com a princesa? —con muou Sem Molício. - Ao menos eu estaria jSnto de Ma-ravilhosa e nao me sentiria tão infeliz !Depois, pensando no seu próprio destino, murmurou:

Hnc Z p GUl Qüe V,0Í SGr de mim ? Se sair da "o"-^, os guar-

_,_.,. _ _"n«0 me le¥<,râ0 paro ser -"po-codo; se ficar aqui,

Pobre dé mimT'°U $erei devorodo "el°- «"'""-i* nmtkmT'.

r»nl ?-í.nfe,ií,raPaz cnorava sem cessar. Já a noite ia escure-cendo todo a floresto e êle ouvio oo longe os uivos dos lobos,que começavam a acordar.

r^nlT Ma,'CÍa ,evIant0Ju-se- £¦"<» tal o pavor que sentia, que

dionte ,?. Se a.r,ePender de nâ° *< ido paro a prisão. Viu que

Ini 'I aV,° Um Caminho' Dor enfre « orvores. Foi an-

doÜÍ- iü ; T ° eSCJUrÍdâ° Se tornava coda vez maior. Empoucos instantes f.cou tudo tão escuro, que Sem Malícia, não po-dendo ver coisa alguma, esbarrava nas árvores. Os uivos dos lo-bos eram cada vez mais repetidos. Sem Malícia já não chora-

LrlZT? °' ™l °«íerror fazia-,he correr Pe,° te** umsuor gelado. Seus pes feridos pelos espinhos do caminho, já es-comam sangue O pobre rapaz estava tão cansado que ia an-dando com os olhos fechados.

nlhne0/ ^a^Í T''" Um UÍV0 mais forte- O pojem abriu os_!m_ LZ p,0 l.d .

*¦' "" fSCUrÍdâ0' d0ÍS 0lh0S' O-" '*-*¦¦"como fogo. Sem Malic.a quis seguir para o outro lado mas emtodos os pontos v.a olhos fulgurantes. Eram os lobos famintosque o rodeavam. Era impossível fugir; os lobos eram mais de-íUU e cercavam o rapaz completamente.

22DEZEMBRO — 1956

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Sem Malícia, recobrando a coragem, diante do perigo, en-

costou-se a um tronco de árvore e esperou o ataque das feras^

Imediatamente um lobo mais audacioso aproximou-se. O

pajem agarrou-o pelo pescoço, quebrou-lhe a espinho e at.rou-o

em cima dos outros lobos, que estavam tão esfomeados que logo

devoraram o companheiro. Um segundo e um terceiro lobo tive-

ram igual sorte. À vista disso três lobos se atiraram ao mesmo

tempo sobre o valente pajem; mas este graças a sua força co-

I k-***^^***~ '-^.^^-— f "m\\\m/mWm m^^^^lrs/ ^^^B**^^^

V ^(ist •"^***H KX^***"»*^

lossal, estrangulou umcom cada mão e re-bentou a cabeça do

terceiro com um ponta-pé.Entretanto, não podia conti-

nuar a lutar assim; os lobos eram

muitos fado vez avançavam com mais fúria. Sem Malícia, já

muito ferido ia perdendo as forças, pouco a pauco.Por im o rapai, fotigado, desanimado, cruzou os braços

dispôs» a:U deixar dava™ pelas feras. Os lobos atira,.-» to-

d°S fãs netse momento o tronco da árvore se abriu de repente

e Sem Malícia desapareceu. Os lobos esbarraram todos no tron-

co da árvore, que se fechara de novo e por ma.s que procuras-

sem Dor toda parte, não encontraram o pajem.VamoPs explica? no capítulo seguinte como se deu ess^prod.g.o.

O TICO-TICC23

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BUCÉFALO

QUANDO o futuro Alexan-

dre "o Grande", filho dePhilipe da Macedônia tinha 15anos, um tessalliano pretendeuvender a seu pai um magníficocavalo. Este, porém, não deixounenhum dos escudeiros reaiscavalgá-lo, revelando-se indo-mável, sendo, por isso, recusa-do pelo soberano. O menino la-mentou a perda, de tão bom

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mente domado e o pai lhe dis-se: — Filho, procura um remo

que seja merecedor de ti. A Ma-cedônia não te é suficiente 1

O cavalo foi chamado Bucé-falo e foi a montada de Alexan-dre em suas campanhas vito-riosas, não consentindo em ser

cavalgado senão por êle. Foiferido na batalha de Porus,vindo a morrer. Em sua honrafoi fundada uma cidade, Buce-falia, na Ásia Menor.

animal e o pai lhe perguntou,irônico, se êle seria capaz de odominar. — Claro que sou ! —

disse Alexandre, que havia re-

parado que o animal estavaamedrontado pela própria som-bra ,que lhe ficava à frente. —

Pois tenta! — disse Philippe.Alexandre virou o cavalo

com a frente para o sol, acari-ciou-o para o acalmar e saltouno seu dorso, partindo em dis-

parada.Quando regressou, trazia o

cavalo pela rédea, absoluta-

Míl ll\\w____-/^v\ ll/a)l_r^JÍ___-ll li i/A-Bbt —_ \ __a / _fll) ___3va5

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ALGUMAS NOÇÕES ÚTEISSOBRE OS MINERAIS

RAYMUNDOGALVÃOzimo

Tyr UITA contradição existe em torno do zinco, especialmente da* época em que passou a ser conhecido da humanidade, servindo-ae sendo-lhe útil à existência. Já na Idade Média, por exemplo, BasilioValentim, o célebre alqúimista a quem cabe a glória de ter sido o intro-dutor do antimônio como medicamento, citava em seus trabalhos otermo "zinken", referindo-se, porém, não ao metal que hoje conhece-mos, mas confundindo-o com outras substâncias.Na Sagrada Escritura, por outro lado, é muito citado o latão, em-bora não se consigne a menor referência a um dos seus constituintes,

que é o zinco.Nos princípios do século XVII, procedente da China, chega à Eu-ropa um metal algo estranho, com o nome de "tutanaga", sabendo-sehoje tratar-se do zinco. E foi somente em 1697 que Lohneyes teve opor-tunidade de empregar a palavra "zink", pelo menos para designar ometal que é hoje mundialmente conhecido com este nome.O zinco é um metal de côr branca-azulada, muito bom condutor decalor e eletricidade, mais duro que a prata e o cobre. É, não obstante,muito frágil à temperatura ordinária, razão pela qual deve ser aque-cido antes, para poder ser laminado.Exposto à unidade do ar, cobre-se de uma tênue camada de oxidocuja finalidade é preservá-lo da corrosão.Não é encontrado em estado nativo, mas sob a forma de compôs-

tos, dentre os quais se destacam o sulfeto,ou blenda, carbonato, oxido e silicatos.

O seu oxido, ou "branco de zinco",antigamente conhecido como "flores,de zinco" "lana filosófica" e outros no-mes estranhos, pelo fato de não ser tó-xico pode e deve substituir, com vanta-gem, o alvaiade, nas pinturas.

O cloreto de zinco é um ótimo con-servador das madeiras, impedindo a suaputrefação.

Sob a forma de sulfeto, tem o zincoa propriedade de, pelo calor e mediante

Jj .3j ihii»i

26 O TICO-TICO

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r certas reações, tornar-se fosfcrescente, quando, então, e conhecido

com o nome de Blenda de Sidot, em homenagem ao seu descobri-

dor É com esta substância fosforescente que se marcam os pon-teiros e números dos relógios de pulso, certos sinais luminosos do trân-

sito interruptores elétricos, etc. E se ao zinco fosforescente juntarmosuma substância radioativa - a fosforescência se exerce sem que ha]a

necessidade de expor o objeto previamente à luz, como acontece com

as substâncias fosforescentes ordinárias.O zinco possue, ainda, um sem número de aplicações. Combinado

ao cobre, na proporção de 40 por cento, constitue o latão, que é uma

Uga bastante branda, utilíssima na fabricação de arames, maquinánas

e objetos de adorno.Em lingotes, lâminas e limalhas, sob qualquer das formas como

saia das fábricas, o zinco vai ser útil ao homem, ^sde o cobnr-lhe a

casa até à preparação das pilhas elétricas. O ferro, teo facilmente su-

jeito à oxidação ou ferrugem, teria a sua integridade ameaçada, nao

fosse o auxilio do zinco. Com efeito, após uma operação de limpeza da

peça é ela submersa em zinco fundido, obtendo-se com isso o ferro gal-vanizado ou zincado, inatacável e resistente à ação do ar e da água.

E como se todas essas utilidades não bastassem, uma so lhe da va-

lor inestimável Ê que se o zinco não existisse, talvez até hoje muitos

crimes estivessem sem elucidação e com seus autores impunes. Graças

a ele é que se fazem os exames toxicológicos nos envenenamentos peloarsênico e antimônio, seguindo a técnica de Marsh, obscuro operário

inglês.

^ ffifl I

Ib^ X1 ~*

DEZEMBRO — 195627

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UM PASSEIONO

JARDIM ZOOLÓGICO

V AMOS imoginor que vo<ê vá ao Jardim Zoológico e, lá, depore o ceno que aqui reproduzimos

E que um omigo lhe fpse esto pergunto: Qual o animal mais representado na cena . yual

aquele cujos representontes °qui são vistos em maior numero .Conte os leões, conte ^macacos, conte os pingüins ... Conte os anima.s todos e ... cont.ra

a sua-solução com a que pecaremos em Janeiro vindouro.

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PEDROLUIZPedro

Luiz Pereira de Sousa perten-ceu a uma gloriosa geração de in-telectuais e políticos brasileiros.

Poeta, jornalista, orador, diplomata epolítico, náo viveu o bastante para darao Brasil tudo o que po-deria tirar do seu talentovigoroso e do seu carátermagnífico. Teve uma exis-tencia de quarenta e qua-tro anos. Nasceu a 13 de __*_>Dezembro de 1839 e mor-reu a 16 de Julho de 1884.

Natural de Cabo Frio,fez os primeiro sestudosem Friburgo. Formou-seem Direito pela Faculda-de de Sãc Paulo. Sua Pro-vincia natal elegéu-odeputado em 1864. A es-tréia de Pedro Luiz na tribuna parla-mentar, foi um sucesso retumbante.

Logo a Câmara reconheceu possuirum dos seus mais vigorosos polemistas.Foi deputado até 1878. Dois anos de-pois, era nomeado ministro dos Nego-cios Estrangeiros, no Gabinete Saraiva.

Em 1882, presidiu a Província da Ba-hia, com uma grande dignidade quemereceu louvores dos seus adversáriospolíticos. Essa foi a vida política doilustre brasileiro.

*Como poeta, Pedro Luiz é uma alta

expressão.Os seus poemas são conhecidos por

todo o Brasil. "A Vítor Hugo", datadode 1858, quando o genial autor de OsMiseráveis" esteve exilado, foi escritopelo poeta aos 19 anos.

"Nunes Machado" é a evocação dochefe liberal, morto na revolução prai-eira. 'A Sombra de Tiradentes", admi-rável página de inspiração e de pátrio-

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tismo. "Os voluntários da Morte", úm hi-no à Polônia gloriosa e mártir das. ambi-ções de duas grandes potências, poemaque parece escrito para hoje.

"Terribilis Dea", talvez a mais conhe-cida e popular produção do poeta, é umaarrebatadora concepção, lapidada dian-te da visão da batalha de Riachuelo.

As poesias líricas dePedro Luiz tiveram, naépoca, grande aceitação,sendo recitadas nos solõese festas familiares.*

A Academia Brasileirade Letras reuniu em vo-lume, sob o título de"Dispersos*' a obra literá-ria de Pedro Luiz, de quese encarregou o roman-cista Afranio Peixoto.

Nesse volume, além daprodução poética, encon-tra-se o que escreveu o

notável brasileiro, em prosa. Ali está asua formidável página "Voz do Deser-to", sobre a guerra do Paraguai.

A obra literária de Pedro Luiz não égrande, mas é pura. e nobre.

Puro e nobre foi o seu caráter.E daí a grande expressão do seu no-

me na vida brasileira.A posteridade não consagrou em Pe-

dro Luiz o político, o ministro de Es-tado.

Consagrou-lhe o espírito fulgurante,o poeta iluminado, o gladiador queamava a liberdade acima de tudo, o ho-mem que repudiava as ditaduras, o ta-lento poderoso que fez da pena do Jor-nalista e da poesia arrojada os fortesinstrumentos de luta, que outros apa-nharam depois de sua morte para con-tinuar a campanha de solidariedade hu-mana pela Abolição da escravatura.

AMÉRICO PALHA

30 O TICO-TICO

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AVENTURAS DE FAUSTINA

Lá chegando, Faustina quis ver tudoO casal Macaco, domingo úl-timo, foi ao Jardim Zoológico, quanto foi bicho, e.. ¦ bem de perto.

Aconteceu porém, que o macaco ... achando-o, talvez, parecido com umaenfezou com o nariz dela... banana, e... avancouj

tiTranixtla

DEZEMBRO — 1956 31

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32 O TICO-TICO

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tí] STE célebre pintor e escultor nasceu nas imediações de Florença, na Itá-lia. Extraordinário desenhista, Leonardo da Vjnci foi também arquiteto

dos mais afamados em sua época, filósofo de rara compreensão e se distin-

guiu em todos os ramos da ciência e da arte, deixando obras imorredouras àposteridade.

Figura ainda da Vinci na galeria dos pioneiros da aviação, visto ter proje-tado e construído a primeira máquina de voar, de conseqüências funestas, comotodas as que se construíram anteriormente ao século vinte.

Seus mais famosos quadros foram "A Ceia", "A Gíoconda" e "São JoãoBatista"

Várias das invenções e descobertas de Leonardo da Vinci revolucionariamas ciências da época em que viveu, si tivessem sido divulgadas.

0 segredo delas permaneceu intacto devido aofato de que, sendo canhoto, escrevia seus do-cumentos às avessas, começando as palavras dadireita para esquerda.

Muito tempo depois de sua morte seus manuscritosforam decifrados e puderam os homensvalorisar a grandeza das suas obras.

Leonardo da Vinci, artista da escolaflorentina, nasceu em 1452, falecendono Palácio de Clos-Luc, perto de Am-boise, em 1519, portanto com apenas67 anos.

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DEZEMBRO — 1956 33

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O NATALO

Natal é uma festa de alegria. Co-incide com o começo das "fériasescolares, com a época em que os

longos dias de s_-l convidam a passeios,e os campos e as praias se enchem depessoas, as famílias vão passar tempo-radas fora, e todos estão contentes, ani-mados, esperançosos dc acontecimentosbons no ano novo que em breve seiniciará.

Mas, nem por isso devemos passareste período sem considerar a sua sig-nificaçáo, verdadeira.

Jesus veio ao mundo redimir os ho-mens, isto é, salvá-los, com o seu mag-nífico exemplo de abnegação, de doçu-ra. bondade e humildade. Para isso con-seguir sofreu cruelmente e acabou sen-do sacrificado em uma cruz, entre doisladrões.

Se o Filho de Deus se sujeitou a tan-tos sofrimentos, tantas dores e humilha-ções, foi para que os homens aprendes-sem que é pela cordura, pela bondade,pela paciência, que se conquista o céu.

Principalmente pela bondade, quali-dade que todos devemos cultivar.

A alegria das festas da Natividadenão nos deve impedir de ver o sofrimen-to que vai pelo mundo, a miséria quereina em outros lares menos felizes queos nossos.

Por isso, o Natal de vocês não serácompleto se cada um de vocês não dis-tribuir um pouco de alegria entre osmenos favorecidos da fortuna, não derum presente, um brinquedo, um livro,uma roupa a um menino pobre.

DEZEMBROSt.0 Eloi1.° DO ADVENTOS. Francisco XavierSt.a BárbaraS. PelinoSt.a LeônciaSt.0 AmbrósioIMAC. CONCEIÇÃO

St.a Valéria10 N. S.a DE LORETO11 S. Dâmaso12 N. S.a DE GUADALUPE13 St.a Luzia14 St.a Josefa Rosselo15 S. Lúcio16 St.a Adelaide17 S. Lázaro18 St.a Julieta19 St.a Fausta20 St.0 Eugênio21 S. Tome22 S. Flaviano23 St.a Vitória24 Stos. Adão e Eva25 NATAL26 St.° Estevão27 S. João Evangelista28 STOS. INOCENTES *29 S. Davi30 St.a Anésia31 S. Silvestre

_¦ __^^H _r 0ãSoX NAO FALHAFAZ DOS FRACOS FORTES. INFALÍVEL NOSCASOS DE ESGOTAMENTO:

ANEMIADEBILIDADE NERVOSA — INSÔNIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMAS DE FRAQUEZA OROA-NICA DE CRIANÇAS E ADULTOS.

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CONCURSO N.° 354

O concurso deste mês encerra uma surpreza para os leitores.

Damos abaixo uma frase, que o concorrente deverá decompor nas lç-trás que a formam, e com essas mesmas letras compor outra frase, alias

muito oportuna no momento.Em outras palavras: com as letras que formam a frase abaixo, escreva outra

frase, boa para ser escrita durante o mês de Dezembro.

SÊO FILENO FAZ BOTAS NOVASA frase pode ser simplesmente escrita em uma folha de bloco sem precisar

utilizar as letras que aí estão, recortando-as, o que seria demasiado trabalhoso.Remetem as suas soluções, com seus ende*-*ços completos, à Redação de "O

Tico-Tico"" Nossos Concursos — Rua Senador Dantas, 15-5° andar — Rio —O, f, — A solução aparecerá em feversiro.

COISAS DO MUNDO DO ESPORTE

No ano 776, antes de Jesus Cristo,efetuaram-se os primeiros JogosOlímpicos da antiga Grécia. Os elea-tas abrem um registro cronológico

1.» Olimpíada — com a inscriçãode Coerebus, seu compatriota, comovencedor da corrida de estádio, pro-va única de que se compunha o pro-grama olímpico da época.

Esta é a primeira data positivanão só da história grega, mas tam-bém da história européia.

Pausanias diz que os parentes,amigos e admiradores de Coerebuserigiram-lhe uma estátua de pedra,das primeiras que deste material sefizeram na Grécia, pois até entãosó se esculpia a figura dos deuses, eem madeira.

Um dos mais notáveis pugilistasingleses de outrora — época doboxe a punhos nus — foi John Gullyque figura no dicionário inglês debiografias nacionais com a seguinteepígrafe: "John Gully, nascido em1783 e falecido em 1863. Foi cam-peão de boxe, legislador e proprietá-rio de um haras de cavalos de cor-rida". Gully disputou seu primei-ro combate nas vésperas da batalhade Trafalgar e retirou-se do boxesete anos antes de Waterloo paradedicar-se ao turfe, no qual ganhoutrês vezes o Derby de Epsom.

Representou, no Parlamento in-glês, durante os últimos anos de suavida, o distrito de Pontefrac.

Morreu aos oitenta arios, sendopai de 24 filhos".

36 O TICO-TICO

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QUADRO DE MUIforam classificados, por sorte, para sairno quadro de honra, os seguintes concor-Rentes que enviaram soluções certas deum dos dois últimos torneios.

__ EUCLIDES MOREIRA RIBEIRO PontaGrossa — Paraná.

— RITA DE CÁSSIA RUBIM — Porto Alegre —R. G. do Sul.

— ALDO P. SANTOS ROCHA — Teresópolis —E. do Rio.

— DIRCE MADUREIRA — Santos — S. Paulo.— MOEMA A. DOS SANTOS — Ramos — Dis-

trito Federal.— CARMELIA DA CONCEIÇÃO — Jacarépaguá

Rio — D. F.— PAULO ROBERTO FONTOURA — Belo Ho-

Horizonte — Minas Gerais.— MARIA AMÉLIA M. GONDIM Natal —

Rio Grande do Norte.—¦ SÉRGIO CARVALHO PIRES Grajaú —

Rio D. F.10 — BALBINO AMANCIO DA COSTA — Petrópo-

lis — Estado do Rio.11 _ SUZANA TONELOTO — São Paulo — E. de

São Paulo.12 _ JOÃO CARLOS PA VEIGA — Rezende —

Estado do Rio.13 _ TITO LIVIO S

Rio. —D. F.14 — JULIA DA SILVA TELES — Tijuca — Rio

Distrito Federal.15 — MARY ANN WINTER — Niterói — E. do Rio.16 — CECÍLIA CLAUDIA PINHEIRO — Belo Hori-

zonte — Minas Gerais.17 — MARIO DOS PASSOS JÚNIOR — Taubaté —

São Paulo.18 — LUIZ FELIPE OMENA — Pelotas — R. Grande

do Sul.19 — FREDERICO DE GÓIS BANDEIRA São

Paulo — S. P.20 — CLARISSE MEDEIROS TORRES — Lapa —

Rio — D. F.

MONTEIRO — Cascadura —

PAIS, ATENÇÃO !Certos defeitos da visão

fazem a criança mostrar faltadc gosto e incapacidade emrelação aos estudos., Entre-tanto, desinteresse pelos tra-balhos escolares, preguiça cdesleixo podem desaparecercom a correção de tais deíei-tos, a qual muitas vezes scfaz unicamente com o usode óculos adequados.

S. N. E. S.

SOLUÇÃO EXATADO CONCURSO N. 352sREVISTA INFANTIL MENSAL

FaaMl «¦> 1905

UMA PUILICAÇAO DA S. A. "O MALHO*

«i.fo.o i, "TIQUINHO-,

"CUtANDINHA" • "flNGUINHO"

1'IIITOI

WW.W 4. MC BOVM K ItLYA

>rM*Tto A-rvLao- .jUMWtTVIU

.DEZEMBRO — 1956 37

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O chá de líakcna ae naKouraUM CONTO DE MALBATAHAN .

OT AVIA outróra na cidade de Tóquio — conta-nos o famoso escri-¦*"*• tor japonês Hakouseki — um juiz tão sábio e tão íntegro, quegozava da justa fama de ser o mais perfeito magistrado de todo oImpério Nipônico.

Itakoura Sighehidé — assim se chamava o bom juiz — tinhapor costume ouvir as partes, interrogar os queixosos e proferirsuas sentenças, fazendo girar ao mesmo tempo, com a própriamão, um pequeno moinho de pedra, no qual pulverizava o chá deque se servia.

Esse curioso costume do grande magistrado a todos causavacerta estranheza.

Um dia dois homens ricos da cidade, que contendiam à contade uma rixa de grande vulto, foram ter à presença de Itakoura, afim de que o magistrado decidisse sobre qual dos dois querelantestinha razão.

O digno Juiz ouviu as razõesaduzidas pelo primeiro conten-dor, atendendo depois à defesaque fez o segundo — e sem pro-ferir a sentença habitual conti-nuou a mover, despreocupado,vagarosamente, o seu pequenomoinho de chá.

Um nobre japonês,que se achava perto,indagou, curioso, omotivo pòr que o inte-gro magistrado tarda-va tanto a sentençaque os dois rivais tãoansiosamente aguar-davam.

— É que o chá estásaindo grosso ! — ex-clamou o juiz.

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38 O TICO-TICO

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_ Mas que tem o chá com a sentença? Em que póde a maiorMas, que wm nessa palpltan.ou menor grossura do cha ae seu muim*

te pendenga a resolver?Sorriu o bom do ItaKoura, -P-J^^^T^

joven fidalgo. E como tinha por habito esclarecer as a

se lhe apresentavam, assim respondeu:

_ Este moinho é construído de tal modo que *ffi*£

zir o ehá fino e perfeito, quando o *™—da ™ \^

sado e regular. Ora, quando eu me _nt» aptado, co P

perturbado, o movimento da nunha mao torna-se uregu

ehá necessariamente começa a sau- grosso em» *£e ^

provar que o meu espirito, dommado V"^™*™™^inclinação egoista qualquer, nao esta

^'J^^rmmcondições, sinto que não devo resolver acerca de coisa aigu

proferir a menor sen- wyjj^ SORTE, MESMO!tença.

Espero, portan-to, que o meu coraçãovolte à tranqüilidade,que a calma se resta-beleça em meu espíri-to, para que eu possafalar com segurança eimparcialidade!

E concluiu, bon-doso:

— E isto, meu ami-

go, eu reconheço fácil-mente quando o chádo meu moinho come-ça a sair fino e per-

• feito !

DEZEMBRO — 1956

^^Ê^M^Mk

— Estará dizendo, aqui ao amigo, que •

sorte, achando um lugar vago na primeira lila.e te te rrinitu

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m m i ¦ " _ Jp i— ¦ ¦ pp ¦ i ¦ i. .. .11 i ,. .,. .1. .._ _._.„_,, -.

XAORUBIXABA dos índios Manaus ao tempo da colonização portuguesa, Ajuricabapossuia um grande senso de liberdade. E mais ainda por isso era combatido pe-

los portugueses, que viam no altivo indígena um obstáculo à colonização. ¦»Várias vezes os portugueses haviam atacado os Manaus no intuito de extermina-

los sem, no entanto, o conseguir. E para enfrentá-los, Ajuricaba organizou uma confe-deração de todos os índios da região do Rio Negro. Foram, porém, vencidos e Ajurica-ba f<y preso. Foi, então, levado, acorrentado, para Belém, numa pequena ubá. O chefeíndio ia olhando para os céus: os pássaros voavam, felizes e livres...! Depois olhavapara os águas do rio: corriam livremente... E viu, nos pássaros que voavam e nas águasque corriam, a imagem da liberdade.

Pensou: — Que adianta a vida, sem a liberdade? Tomando então, inabaláveldecisão, o indígena derrubou a cabeçadas seus algozes e, num salto acrobático atirou-se às águas do Rio Negro.

As pesadas correntes que o agrilhoavam levaram-no para o fundo. Preferiu mor-rer a perder a liberdade.

40 O TICO-TICO

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DEZEMBRO — 195641

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O GATO ESCALDADO

Nos provérbios, por capricho,Há muitos que, geralmente,Sendo aplicados a um bicho,Servem também para gente.Vou lhes fazer um relatoEm que, por experiência,Se vê a astúcia de um ratoE de um gatinho a sapiência:Para furtar um peixinhoQue estava numa panelaUm gato do meu vizinhoMeteu a mão dentro dela.Como a panela fervia,Teve a munheca queimadaE ficou, desde esse dia,De cara muito espantada.Do fogo sempre distantePassava, todo encolhido,Pois receava, — o farçante, —Ser, novamente, atingido.Nunca mais, nem por brinquedo,Quis saber de um fogareiro;De uma brazinha tem medoCorre dela um dia inteiro.

Os ratos, que descobriramO fraco do gatarrão,Também nunca mais saíramDe bem perto do fogão...Achavam-se garantidosAli, sem receio algum...Há bichos muito sabidosE deles o rato é um.Não são somente as raposasQue têm artes de enganar;Os ratos sabem de cousasQue fazem admirar!Mas, um dia, um descuidado,do fogão se afasta um pouco...E eis o gato, alvoroçado,Perseguindo-o como um louco.Assim, corre atrás do rato,Ligeiro, sem descansar,O nosso famoso gato,Tendo o fito de o pegar.Mas o rato uma baciaViu, cheia dágua num canto,E pensou: — E' o que eu queria!Estou salvo, por enquanto...Pensando,assim, bem ladino,Pra dentro dágua saltou;E o gato, com um ar mofino,Nem dela se aproximou.Dando as costas, para um lado,Repetiu, quase em segredo:— Meu caro, "gato escaldadoTé d'agua fria tem medo..."

f | Qm W /, E. WANDERLEY

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4Z DEZEMBRO — 1956

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O TICO-TICO43

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£tám

NARCÓTICOEsta palavra tem origem na lingua

grega. Vem da raiz grega Narke, tor-por.

O vocábulo significa precisamen-te: que produz torpor. Os narcóticosfazem dormir, são entorpecentes. Oópio é um poderoso narcótico.

R I N GChama-se ring, o local — espécie

de estrado, ou palanque — eleva»do onde se realizam as lutas de box.

Ring vem do saxão. Primitivamen-te significava anel. Depois passou asignificar "recinto fechado, circularou quadrado".

_^_fe^r-í^PTíi HW Y/ar/A4k&í-

LACÔNICODeriva esta palavra do grego, la-

kon, que.significa espartano. De fato,os espartanos eram famosos pelo seuestilo breve, conciso, mas, ao mesmotempo, arguto e conceituoso.

Lacônico, hoje, é: "de poucas pala-vras".

44 O TICO-TICO

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45DEZEMBRO — 1956

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O galoDESENHOSoDE

\ à \ <__)^

Tͧy ^*P*^ / I vH^^ftfl

'<5fe>^>^

Há muito tempo, viviam em boa amizade um menino chamado A.minio e um galo qu* tinha o nomede Meio-Noife. ,

Nenhum dos dois era felix; o rapazinho porque sua modra.ta lhe batia quase todo dia * o galo por-qu* todo o mu d*sej_ era s«r gente . . .

J_U_u.46 O TICO-TICO

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Sim, mas sou um animal ... Su-portaria dei madrastas, passaria fome,com a condição de ser gente. Nào terias . . . J Há dias encontrei um nigromante na

floresta e lhe pedi que me fizesse gente.Êle riu e disse: — "Se acha res um homem

que queira trocar contigo, posso realizar a

, troco. /

YKyy_r ) I \ *.wih\\i*. y__ 7 y^y / G)_>*^ / --A-I/miU 1° J

f Poi» eu quero froc<"' \ y*y^LDeixa-me conti- \ \^ Wff™m

\. nuar ... I *™K

E ainda disse: "Ao homem que ficar

sem^i galo, concedo um dom: Basta sa-

cudir as asas e gritar: "Pela minha crista e

meu esporão" e verá realizados todos osL seus desejos. J

' cs. \ ^-^ V_i ^^ \J 1 //yy^KYMf-____!-m ®

DEZEMBRO — 1956

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Como o principal era o boa vontadede ambos a troco se fei. Como por encanto,surgiu do solo um anõozinho . . .

— Tonto melhor ! Troque-

e' 4íámWK S5vx'y''7 ' S ®

L__c_—AA>\ (e| Isfe^ ~.~ ^J~ztfxiç$rfli

... que bateu com uma Tarinba de con-dão na crista do galo e na cabeça de Arminioe logo Arminio virou galo e o golo ficou sendoArminio.

Ass*. se v* que i bem certo que ninguémesto contente com a sorte. Ora, Arminio fugiuda madrasta e foi correr oventuras e o Meia-noite foi opor.har.do pela tal madrasto, que ofoi vender no mercado.

•»*•"••"*.. li A(\y r^^y •*""*"

48 O TICO-TICO

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Aconteça* que uma criança qye poisovo

pela estrada, na suo carruagem mandou parar

o cache t comprou o galo.

lÈÊÂOf//ft".. \_ ^-*f %

Era a filha do Marque» da Seta Estréias

qua passeava com a govamanta. Doí am diante

a vido da Maia-noita foi orno síria da prazeres

e ele bandixia o hora am qaa trocara da

pai*-

\X\\C ^1

No quintal nado lha faltava a a própriomorquesi^hp Clotilde ero quam lha troxta o me-

Ity milho, o melhor orrox e hortoliçoi fresqtii-

nhos.

I-

Z^ÊJí'-- "~ A 7^"""*? ^''''"''"áêks «i.ÇQNTINUR.«»(\Í

Mas o tempo foi passando e a marquesi-

nho, \i moço, ero qaoso diariamente pedido em

casamento. O galo Meia-noite vio, com verdo-

deiro peior, que, móis dia, menos dio, elo se

casario... a, antão, quol seria a sorte, o destino

d*le, galo privilegiado, mo», ofinal, um golo ?

«Wf/if//,,,^

i7Fn<lfon?<mpswCONTlNUR .«~(\Z

DEZEMBRO — 1956 49

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® ©^@m3@

Cangurú é natural da Aus-trália. Quando o Capitão

Cook descobriu este continente, em 1770, seus marujos trouxeram para bordo um animal nunca dan-

tes risto, cujo nome desconheciom.^Enviados novamente à terra, poro indogor dos locois "que bicho

era aquele", voltorom dizendo que se chamava "cangurú".

Só muitos anos depois é que se verificou o seguinte: "cangurú", no idioma daqueles indígenas,

significava simplesmente: "Que foi que o senhor disse?

Pertence o congurú ò familio dos morsupiois. Tem a cobeço pequena, afundada, com orelhas

relativamente grandes. Os pêlos dos costas, das pernos e da caudo, são pardos, contrastando com os

do peito e do ventre, que são broncos. As pernos são extraordinariamente grandes, cinco vezes mais

compridas que os braços • dispostos poro saltar, pois é aos pulos que se locomovem esses estranhos

bichos. Têm bigodes, como os gotos e, em conjunta, dão o impressão nauseante de ratazanas enor-

mes. Alimentam-se de tolos, ervos, folhos, como os cabritos.

A maior curiosidade que apresenta o cangurú, entretonro, é umo bolsa ventral, onde a fêmeo

guordo os dois filhotes, elementos de que consto, em gerol, o sua prole. Nesso bolso eles se ali-

mentam, dormem, passeiam com a cabeça de fora . ..

Não querem outro vido. Dali, só soem quando já podem prover a própria subsistência e, assim

mesmo, o muito custo, e aos safonões !

'• S II V t I IA 1 H 0 H A Z50 O TICO-TICO

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DEZEMBRO — 1956 51

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FAÇA

\X

/"\ole o coração em papelão forte e^"^ recorte-o cuidadosamente. Nos

pontos indicados, faça dois entalhescom um canivete bem afiado e abratambém um furo no ponto em negrosobre a figura (para dependurar).

Tome um bloco de folhinha para1957, cole nele uma tira de cartolina,como no modelo, envolvendo a partesuperior, e deixe 2 dobras que serãoenfiadas nos entalhes, dobrando e co-lando na parte de trás. Pendure o ca-lendário e... feliz 1957 !

52 O TICO-TICO

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l\IVllU£cwf|£l' /> i ú_j ü 'L/íi?

GRAFITA£^ J\ f\y\^

MÁRMORE

DEZEMBRO — 1956

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^mmMiaMÁRMORE ,

(Ilustração na página anterior)

O mármore é uma rocha calcárea que apresenta na superfície defratura uma textura cristalina e brilhante.

A variedade de côr branca apresenta, quando partida, a apa-rência de um pão de açúcar'e é compacta, o que a torna largamenteusada na escultura. Quando se apresenta menos pura, é empregadaem construção.

Em nossa terra, ao longo dos rios, especialmente do São Fran-cisco e do Rio das Velhas, existem enormes formações calcáreas deonde se extrai mármore e pedra calcárea de ótima qualidade.

O mármore é explorado principalmente em:Minas Gerais — branco (em Ouro Preto) e vermelho (ein

Rodrigo Silva).Mato Grosso — em Corumbá-São Paulo — preto (em São Roque).Bahia — mármore amarelo, vermelhão e azul-preto.Paraná — verde e rosa (em Lapa).Rio Grande do Sul — rosa e azul (em São Gabriel)Rio de Janeiro e Santa Catarina.

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GRAFITAAgrafita

é formada por carbono natural quase puro. Seu nomederiva do grego e significa escrever.

A grafita é macia ao tato e mancha de negro o papel. E'encontrada nas rochas cristalinas e o seu principal uso está no fa-brico do lápis.

Os Estados onde há maior exploração de grafita são:1 — Minas Gerais (nos municípios de Guanhães, Aiuruocà

e Jequitinhonha).2 — Rio de Janeir» em São Fidclis.

(Continua)

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O TICO-TICO

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¦PffiEES^ g^^S

Chiquinho não pode ver Benjamincontente, sem sentir logo vontade de lhefaze. uma pirraça.

Estão ambos em férias e como Benjaarranjou um barco...

... o nosso peralta logo Imaginou um meio de lhe pregar um belo susto.

Colocou a sua nova máscara de "caça submarina"bem colocada, e tratou de mergulhar. Seu plano era cseguinte: Iria. .*.

por baixo dágua, silencioso e sorrateiro, até ficar bem sob o escaler em que Benjamin remava, elá chegando, daria umas pancadlnhas misteriosas no fundo da embarcação... O pretinho, na certa,ficaria com medo .. Ora se ficaria... Ia ser um bocado divertido...

A distancia a nadar não era grande e êle é bom nadador. Num instante chegou lá, e viu, em ei-ma, a sombra escura do bote do amigo. (Conttau» n» ».* c»t*)

GRAFICA PIMENTA DE MELLO S. A. BIO

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DE CHIQUINHOCONCLUSÃO DA

4 * C AFAVENTURAS

— É agora — pensou... Vou bater as pancadas misteriosas... Um ! Dois ' E- • •

Nesse instante, porém, um peixe apareceu e, sem mais aquela investiu contra o nosso herói.

K^^5 ^^Q^fr^^^M^E^^^r^HH^E^pC^IEí^H l^^Baü^fc»i^iHi^.^te.^-i-»^^^^^^,^lfc a^»-—-O susto que Chiquinho levou foi tal, ... dentro do bote de Benjamin ! Claro ! Este se assus-

* I que ele pulou fora dágua... e por sorte foi tou, mas não como Chiquinho esperava...