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Anno VIII Rio de Janeiro, Quarta-feira, 23 de Abril den913 N. 394

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J^SA-SE^ÜA^TWFEI

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTE-S-~

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2 AS ORIGINALIDADES DE SUZANA O TICO-TICO

^9* ^ÂL Jtfkt. «?7tv\ '/ * '«• flfc f

I âiozna, ao voltar do collegio. JflKW jginaUm Vez de°s^ltíí-oTmaí" I¦ dirigiveis eTompríu um.

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jgM i..i ii.n-i.iii. ¦¦¦mim, -,^ ,,| ^—,,.... ._-.__ . xQt^ \Y Y^-VyM ^^^— ' ¦ ' ¦ ¦ ¦-¦¦¦ ¦• ¦ -.—-i- . , . ¦ yí ¦

X í. Querfa que os irmãos pensassem jJ /^1 que era um embrulho de doces e, quan- >K. /do estivessem reunidos para sabo-' [ /t~~\ real-os, ella largaria o balão. Jri /

I ,1. £?j£Z Sc lembrou ,Jo sou Z,a"' ?01 Preciso que o Sitio do jar- cor^oicV^^vi^moiò^íy^de cao Mtdoc que, ao vel-a. saltou-lhe dineiro trepasse a uma arvore.on- da a creança, pensando que ás ve^*"""^ ~

I aocoMo alc-firemente, fazendo com que de elle tinha ficado pn lo.afim de zes, a originalidade tem os seu« inaro balão subisse, mesmo embrulhado tiral-o da.li. vcnientes •

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EXPEDIENTECondições da assignatura:

interior: 1 anno 11$000 — 6 mezes 6§000exterior: 1 anno 20$000 — 6 mezes 11$000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis

O TICO-TICO

A importância das assignaturas deve ser remet-tida em carta registrada, ou em vale postal, para arua do Ouvidor, 164. — A Sociedade Anonyma OMalho.

As assignaturas começam em qualquer tempo.TOas terminam em Junho é Dezembro de cada anno,•ano Kcrào arreitas por menos de seis me/e*.

EDIÇÃO i 32 PAGINAS

/PrGARRAFA DAS CORRENTES

OCEÂNICASMeus netinhos :Chamo-lhes toda a attenção

para a nossa lição de hoje. Saibamdesde logo que ella a merece, in-teira. Vou dizer-lhes, com clareza,das correntes frias e quentes quevão e vem das regiões polares ásequatoriaes e vice-versa.

O conhecimento exacto das correntes é absolu-mente indispensável ao navegante, pois que toes -è.%-necessário afastarem-se o mais possível, para T^uc onavio não seja atirado á costa, evitando prejuízo.-;de toda a sorte.

O methereologo não é o menos interressado ne~-tas particularidades, representando ellas um papelimportante na modificação do clima das regiões peronde se vão abeirando. Eis porque foram emprega-dos numerosos methodos para o estudo das corren-tes. Um dos mais simples consistiu numa garrafaque os commandantes de navios atiraram aqui ealli, ao acaso, no mar.

Nessa garrafa, hermeticamente fechada, os ca-pitães dos navios indicaram em que dia, a que horae em que graus de longitude e de latitude atirarama garrafa ao mar.

Abandonadas ás ondas, tomaram com estas adirecção das costas. Notou-se, em seguida, tambémo dia, a hora e o logar onde a garrafa era reco-,lhida.

Com estes dois dados extremos conhecia-se adiiecção e a velocidade da corrente. Uma grandequantidade de taes garrafas foi ter ás costas daFrança.

Outras foram atiradas n'agua nas paragens dasAntilhas e na America do Norte, e logo depois deramnaspraisda Europa occidental, pelo Gulf Strcam,permittindo assim obter indicações exactas de seme-lhante grande corrente dágua quente.

Nossa gravura representa as principaes correntesque circulam pelos mares do globo. A velocidadede alguma é ás vezes considerável. Observando omappa, póde-se ter uma idéa da distancia percorridapelas garrafas. Uma d'ellas, atirada ao mar, na alturado estreito de Gibraltar, foi recolhida no fundo dogolpho do México, depois dum percurso de perto de6.500 k-ilometros.

Assim pois,se ficaram conhecendo todas as parti-cularidades, nesse respeito, das correntes marinhas.

Viram que o processo empregado para tal não foi~W*7X ti^M^

• * ' t 7$r' i 9 Q O fjí /Yf °+ IUZ7 > « 0 s t * *~^~~~\^J

ia m~^es enormes rios submarinos seguem sempie

^a direcção, que adoptam conforme os obsta-eest !PterPOstos pêlos continentes, ilhas, golphos.

CREPÚSCULO(A- Tico Tico:

z°THe S\}1 vae'sc escondendo pouco a pouco, noseu<; tV\Passarada sahc cm procura de abrigo

nada dispendioso. Somente o engenho humano tra-calhou. Quanto bastou para obter-se o melhor re-sultado.

Vovô

hori-nos

feitos nh°s onde lhas esperam os lilhinhos, ?atis-

fainas n°resta, os animaes ferozes procuram asCaht*"cn, descançam dos labores do dia. A noiteclUartr,Jrnp'etamente '• no ceu apparece a lua no seuu c,escente, rodeada de milhões de estrellas.

Aifonso de MagaIiiãesSobrinhoUrnno do 4- anno do Grupo Escolar delguape.

A OBEDIÊNCIAJorge e Nair estavam brincando no parque de

sua casa, quando a mama chamou para a merenda.Nair como é mais obediente foi; mas Jorgesinho,

o traquinas.não obedeceu; immediatamehte, a mamafoi fazer queixa a papá e Jorgesinho levou umagrande sova.Está ahi como se castigam creanças des-obedientes. Ao passo que Nair sempre obediente, eramais querida de seus pães; pois ella procura meio delhes agradar.Vemos pois o valor que tem uma creança-obediente.

Ai.cinade Moraes8 annos, rua da Bella Cintra n. 30 (S. Paulo)

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O TICO-TICO

SISR. X" E SUA PAGINACURIOSIDADES

O MUEZZIM

Falla-se todos os dias em Marrocos e na Tripoli-tania. E se vocês tem lido os jornaes que trazemartigos referentes a pátria do sultão, devem ter re-parado que faliam em muczzins.

São funecionarios importantes os muezzins navida mussulmana, mas, talvez, vocês não saibamquaes são as suas attribuições.

Os muezzins são escolhidos entre os velhos sa-bios e são, muitas vezes, por causa da sua sabedoria,familiares do sultão.

A sua funeção, entretanto, é toda ecclesiastica oureligiosa; são elles encarregados de cinco vezes pordia, nas cidades mahometanas, lembrar aos habi-tantes que c chegada a hora da oração.

A creação dos muezzins é uma das bizarrias dalei do Korao, ou Alcorão. Assim como ella -prohibe

—*»'¦' :¦¦' -—j -~ -h»—¦¦-«.—_ ,-w_ VSX^LH

a todo mussulmano desenhar o retrato de um homem,ou fazer-se photographar, ou beber vinho, prohitetambém o uso dos sinos.

Nada de sinos para annuncinr os exercícios re-hgiosos, porque os christãos empregam os sinos nassuas egrejas. Xada de trombetas, porque os Hebreusas empregaram. Nada de fogueiras, que se podessemver brilhar de longe, porque ha bárbaros e seiva-gens que adoram o logo.

Mahomet dicidiu-se, então, por um arauto, aquem encarregou d'essa missão.

Desdeaepocha longiqua da creação desta função,cinco vezes por dia, em ca Ia cidade mussulmana, osmuezzins, do alto dos minaretes gritam o ozam (prece)voltados para Mecca, ia cidade santa) de olhos fe-chados, as mãos abertas e levantadas, os pollegarestapando os ouvidos.

Acalma e o silencio das cidades orientaes levamao longe a voz dos muezzins, com uma grande solem-nidade e todos começam a resar.

Esta ordem dada-em voz alta em differenles horasdo dia, essa voz monótona, mas harmoniosa, é umadas características que commovem o europeu quevisita uma cidade mussulmana.

PF'S PEQUENOS E LINHAS GRAND1Trez característicos essenciaes aguçaram sempre

a curiosidade dos viajantes que iam á China: as com-pridas trancas que os chinezes uzam cahidas nascastas, as unhas que elles deixam crescer a um tama-nho imeiosimil e os pésinhos das chinesas.

E' interessante conhecei a origemd'essas trezsift-gulandades.

As trancas foram impostas aos chine/es ha mAtOS séculos pelos seus conquistadores mandchus.Era uma marca, um signal de servidão, uma cou-sa análoga a marca que se imprimia ojtrora, com o

MT—

farro em braza, sobre a espadua dos escravos e dosgalés.

Ora, por uma bisarra contradicção, quando o et-plendor da dynastia man-dchü havia feito esquecer< s horrores da conquista.orabicho, ao principio avil-tante, tornou-se depois umornamento querido doschinezes a tal ponto que,muitos d'elles,se consule-rariam deshonrados si lh'ocortassem.

Idênticas origens têmas grandes unhas e os pêsmutilados.

Os conquistadoresmandchus pretendiam vi-ver na ociosidade. El e;utarum trabalho manoal eracousa que julgavam rebai-xal-os. E, para mostrar quenão se rebaixavam nunca aum vil mister, deixavamcrescer as unhas desme-suradamenteno que signi-ficava que elles nao faziam .uso dos seus dez dedos.

Como as unhas, pela sua fragilidade, estão su-jeitas a se cobrarem quando são muito compros mandchus mettiam-nas em estojos de marfim oJde praia.

Este signal de nobreza foi. Hmmediatamente,i'111"tado pelos mandarins, pelos ricos negociantes e ot'j-ois por um considerável numero de chinezes.

Até os pobres, ao fim de certo tempo, segui"01também esse costume.

Os estojos de marfim ou de metal precioso foram-então, substituídos V'\tubosinhos de bamfJmuito finos.

Os mandchus acnavam também q"e /Lsuas mulheres eram»bres de mais para a»darem como ocomniu ^dos morlajs li e-'J "agulho levou-os a UIaberração maissingu'"ainda. Deformavam Jgi es das mc.unas Ja *0scasta, comprimindo

em pequenas e estreitas caixas de madei: josração, por vezes.dolorosa triumphava sobre os teci ,

' sseos em crescimento, e pouco resistentes. O res o3ta.io era a deformação horrorosa do pé que se Nü

nossa gravura. . daOs pés ficavam pequeninos, grossos, quaSI Lsãozidos a um coto e, calçados, davam a imrr<-"de um casco de cavallo. .^c

< >s seus sapatos eram, necessariamente, ^e^oasciaes e sua forma tão particular que, muitas Pü' qüeque os vissem teriam trabalho para adivinhar^eriam e para que se destinavam.

jfènj^f U**!^ V—i\&

a "n1l m credor muito infeliz escreveu um d,af,iiiiel<;seu devedor muito esperto, a seguinte carta'01ou postal „,*.-• en• Meu caro senhor—Queira lera bon-laJ^ "~sjta-\iar-meos 20$ que me deve, pois estou neu

mo—C.do O.brdo—jururu Kay Pira.»A resposta não se tez esperar , ^e•Querido amigo—Não lhe remetto os 20$ 1%^pede, por não ter recebido sua carta— Anuu'" c

Jucá Sá Hidão.» /n.c ^

Fm* leza -9-3-913

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B O TICO-TICO

01 Ma, a lavadeira

7«J\'UMA manhã muito fria, uma mocinha de^/ quinze annos dirigia-se para o rio, com uma

pezada trouxa de roupa para lavar e queJevava á cabeça. Estava pobremente vestida e tremia"e frio nc seu vestidinho muito fino, emquanto queas lagrimas lhe corriam pela faces.

A pobre menina nao era feliz. Orphã de mãe, foracon(ia Ia á guarda de um velho tio preguiçoso e mauQue passava os dias inteiros bebendo e jogandocartas,e que, de noite dava pancada afim de apossar-8e.do dinheiro que ganhara durante o dia. Nuncasatisfeito com a quantia que achava pequena, man-uava a pobre menina deitar-se para só comer umPedacinho de pão secco.

Olivia sofíria em silencio e não se revoltava contra° seu tutor. Comia triste nente seu peJaço de pão e«dormecia pensando nas crianças felizes que têm mãePara acaricial-as e dar-lhes bons conselhos.De manhã muito cedo, saltava da cama,arrumavacasa e ia para o rio lavar roupa para assim ganhara|gum dinheiro.Nessa manhã,ella estava ainda mais triste que de"rdinario, tanto que num momento de desespero,"e'xou cahir a trouxa de roupa, e sentou-se numaPedra muito desanimada.

..Emquanto se lastimava da sorte, passou pertoe"a uma velha que lhe pediu uma esmola.n

—Tenho frio e fome-disse a pobre, apoiando-seo seu bastão. Dá-me uma esmola por caridade. Ha°usdias que não como.tan» ia teve P'edade d'essa infortunada que soffriabo, ° quanto ella, e era velha e sem forças. Tirou dofai scu magro almoço: um pedaço de pão e umana de toucinho e deu á mendiga.ta J-Muito agradecida! murmurou a velha, affas-

e ri-^ menina levantou-se, pegou na trouxa de roupaUlr'giu-se para o rio.rjj ~~Essa pobre mulher é mais infeliz do que eu—mefe ella em voz alta. Nao tenho riqueza, mas tenho18 braços para trabalhar, emquanto que ella...'adawSO,utamente mergulhou as mãos na água ge-aconi estava escnpto que esta manhã so lhereo-f, i.eria infelicidades; de repente, o sabão escor-de|i»r e das m*oí:> e desappareceu na corrente. APara ^ era >rreparavel; não tinha mais dinheirolavar 0lTlprar outro pedaço e nem sabão; não podiara roupa. Desanimada por mais essa infelicidade,

ella se deixou cahir por terra e começou a chorar.E tanto que os soluços lhes sacudiam os hombro^.—Olivia. Olivia, 'murmurou uma voz fraca.

A lavandiirasinha levantou a cabeça e olhou nadirecção deponde vinha a voz.Ficou muitosurprehendi-da vendo no tronco de uma arvore um homenzinfn»com a barba muito comprida e as pestanas grandes.Era um anão que estava alli.

—Porque estás chorando? perguntou o anão,comvoz fanhosa. Conta-me a tua vida e nada temas, poisposso certamente dar-te um remédio para o teu mal.Sou baixinho de estatura, mas o meu poder e muitogrande.

Olivia encorajada pelo tom amável do pequeninohomem, abriu-lhe o seu coração e contou-lhe oseu infortúnio. Narrou-lhe a vida miserável que le-vava perto do tio e mostrou as marcas de pancadasrecebidas do bebedo.

Para terminar, fallou-lhe do sabão que havia des-apparecido na água. E começou a chur.tr de novo.—Não chores mais, minha filha.

E saltando da arvore veiu tomar a mão damenina.

—Vamos, enchuga os olhos e toma coragem. E\preciso ter animo e saber luetar contra as misériasda vida. Logo que se cumpre o dever e se trabalhacomo uma'menina corajosa, encontra-se cedo outarde a recompensa. Seguirás os meus conselhose verás como tua existência melhorará de dia paradia. Deixa a casa inhospita de teu tio, abandonaesta villa que te viu nascer e vae procurar trabalho nacidade.

Esta idéia, certamente te parecerá extranha, poisnada conheces, do mundo,se a cidade te é desconfie-

5Ei£:'^>Ficou admirada de ver um anão no tronco

de uma arvorecida. Parle assim e tem confiança no luturo. Ande deixar-te, quero fazer te um presentinho.Então elle lhe botou na mão um pedacinho muitopequeno de sabãp.

Olivia admirada, virou e revirou o sabão na mao»rersuadida que o velho estava caçoando ; mas, eUelhe advinhou o pensamento e a socegou :

—Este sabão te parece pequeno e inútil, mas ncasabendo que elle tem um poder mágico.

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O TICO-TICO 6

Primeiro, não se gasta nunca, e depois tira todasas manchas, tanto na fazenda como na pelle. Nadaresiste ao seu poder. Agora, adeus. Se fores boa eajuizada não te abandonarei e embora invisível tecobrirei com minha protecção.Se te desviaresdo bomcaminho, nunca mais te apparecerei.

A menina quiz agradecerão anão,mas este haviadesapparecido. Olhou no tronco da arvore e não viusignal algum do velhinho.

/ Apressou-se a experimentar o pequeno sabão la-vando a roupa. Que maravilha! Nunca seu trabalhohavia sido tão bem feito, nem tão rapidamente; aroupa estava clara como a neve. Correu ligeira paraa villa e entregou a roupa ao dono, depois encami-nhou-se para a cidade.

O movimento nas ruas, o barulho dos carros e oapito das machinas confundiram a pobre Olivia habi-tuada a solidão e a calma de sua terra. Mas vendouma velhinha que sabia de uma loja dirigiu-se paraella. Bôa mãesinha, onde poderei arranjar trabalho?Acabo de chegar e não sei a quem me dirigir: nãoconheço ninguém. Peço trabalho, sou lavadeira.

—Segue-me, minha filha, respondeu docemente abôa mulher, segue-me que eu te darei trabalho. Ga-nharás muito bem tua vida.

Muito alegre, a lavandeirasinha seguiu a boa mu-lher. Esta era a fiscal das lavandeirasdo palácio real.Olivia não podia ter achado cousa melhor. Ella comprehendeu sua felicidade quando depois de atra-ve-sar as ruas, jardins e pórticos, passou por umaporta, guardada por soldados, que dava entrada paraum palácio esplendido. A velha conduziu-a a umasa'a do edifício e disse que a partir d'esse dia ella fa-zia parte do pessoal da lavanderia, real.

Tenho confiança em ti, pequena, accrescentou.Teu rosto honesto e sympathico agrada-me; eu teprotejerei e morarás em minha casa.

Este offerecimento causou-lhe muita alegria eOlivia prometteu trabalhar o mais que pudesse, paramerecer a estima de sua protectora.

Fez todo o possível para contental-a. Graças aosabão mágico a roupa sahia de suas mãos perfeita-mente branca. Fazia o serviço com uma rapidez in-crivei e todas as lavandeiras admiravam-na e a co-briam de elogios. Mas, havia uma que não partilhavada opinião gerai, e morria de inveja de Olivia—eraLeonor—uma das peiores lavadeiras.—("orno trabalha tão depressa e tão bem? —dizia ella cheia de inveja. E para ver como era, insi-nuou-se traiçoeiramente nas boas graças de Olivia,que em pouco se tornava amiga de Leonor.

Um dia, num momento de expansão, a nossa la-vandeira contou a sua amiga toda a sua vida, sem es-

— Doa mãesinha — disse.

3ueccr de contar a intervenção do anão e o presenteabão milagroso.

Tendo arrancado o segredo a Olivia, a amiga falsacorreu para sua madrinha, uma velha sogra maluse.a. e perguntou o meio de se apropriar do talismande .'ua camarada.

.—A cousa é muito fácil, disse ella rindo. Paraconseguir teu fim não é preciso ser mauica. Irás,como de habito, lavar ; conversarás com Olivia e nomomento em que ella debruçar-se para molhar aroupa, tú a empurraras pelas costas e ella cahirádentro d'agua. Uma vez em teu poder o presente doanão, estarás com a vida ganha, poderás presen-tear o rei e elle te recompeusará pelo enorme serviçoque lhe prestarás.

Como! — exclamou Leonor —poderei prestar umserviço ao rei?—Já reparastes que o filho do rei não tira nuncaa luva da mão esquerda? A razão é simples; é paraque ninguém saiba que elle tem essa mão negra.

Sobre um tnrono de ouro eslavasentado o anão

Aquelle que der á mão do príncipe sua côr prim'*tiva, terá direito a todo o seu reconhecimento eobterá grandes favores.

—Corre,pois.ao palácio e pede para fallar á rainha-A malvada moça obdeceu cegamente a fada, sua

madrinha; ella atirou Olivia no fundo do rio e fic°ucomo sabão; obteve uma audiência da rainha e prc"metteu curar o príncipe.

Esta toi conduzida á presença de Leonor, duepropòz lavar-lhe a mão com um sabão, cuja virtude,dizia ella. embranqueceria a mão do príncipe.

Mas apenas este tocou no sabão, seu rosto tor^nou-se preto como carvão. Gritos de dôr ouviram-scno palácio e a lavandeira foi acorrentada e deita"'numa prisão para ahi terminar seus dias. . ?

Durante esse tempo, que fora feito de Oliva-Apenas desapparecera na água, dois braços robusto-a seguraram e tiraram d'agua. Depois, através oum subterrâneo, foi conduzida a uma immensa saia-onde, sobre um throno de ouro, estava sentadoanão, seu bemfcitor, rodeado de sua corte. .,___

—Seja bemvmda entre nósI—exclamou ei»'- .vendo apparecer a menina. Sei á condueta horrivde tua amiga ejá recebeu o castigo que merecia. ' 'bondade nao foi desmentida e vaes ter ainda a rcc0q0pensa que teus méritos lhe dão direito. ^r°,la1i0castello c supplica a rainha para que te de o saD^Logo que o liveres em teu poder, convencera^'príncipe para tentar uma nova experiência,garanta»o resultado. orn

Depois, deu-lhe uma escolta de anões que,mil reverências, ácorapanhou-a até á sabida.

Nessa oceasião, Olivia, perdeu cs sentidos- rCj« Logo que v.dtou a si, estava r.o palácio o ^,l3,no quarto da bôa velha, sua antiga patroa. Vit(cu

contou toda a sua aventura e a bôa mulher Pr°m''nli-intervir sem tardar junto da rainha para que anina fosse admittida em sua presença. nrP-"

Depois de muito supplicarconseíjuiu o fav* ( ,did ), e Olivia foi levada a presença da rain"nvC'1'com palavras do;es c persuasivas, chegou acoa

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O TICO-TICO

ccr a rainha de fazer com que seu filho tentasse umanova prova.

A protegida do anão íoi conduzida ao quarto dopríncipe que depois de sua desgraça, vivia longe detodos numa torre do castello. Olivia preparou umabacia cheia d'agua e mergulhou o sabão dentro d'elladizendo ao príncipe que se lavasse. Este convencidopelo modo doce da moça obedeceu.

O effeito foi rápido e maravilhoso; o príncipe deuum grito de alegria e sahiu dágua branco como umlyrio. A rainha, muito contente, beijou as faces deOlivia e prometteu conceder tudo o que ella pedisse.—Rainha, supplicou a bôa menina, conceda-me operdão de Leonor.—Todos ficaram muito admirados d'essa gênero-sidade. Arainhadeuordeme a pérfida Leonor,quando^e vio solta,veiu pedir perdão da sua falta.de joelhos.O príncipe encantado com a belleza de Olivia,e aindamais pela sua bondade, deitou-se aos pés de sua mãie pe.üu-lhe que lhe desse Olivia como esposa.

A rainha consentiu de bom grado e collocou nodedo da futura princeza um annel de grande valor.De repente.appareceu o anão sobre uma nuvem bran-ca. E tocando com o dedo na noiva, seus modestosvestidos mudaram em uma roupa exolendida tecidade ouro e enfeitada de pedras preciosas; sua cabeçafoi coroada com irm diadema resplandecente,formadopor três estrellas luminosas que tinham escripto no

i eus modestos veslidos tnudaram-se emesplendidas roupas

!5S'0: 01 iencía. dever. I ondade. Era o dote da novaceza. O povo muito satisfeito acclamou o feliz

e festas muito bonitas foram dadas cm honracasaia°s novos e iposos.- Leonor iLou sendo dama de honra de Olivia e foiaeiripre muita bôa.^ A bondade de sua rainha havia vencido a sua

¦e e inveja. O tio de Olivia ha muito não existiartills- '• i a noi'eque estava mais embriagado doqueí!u c stume puzera fogo na casa e morrera nasLnamr-mas A cada um a recompensa que merece.

jS kimplicio vai visitara Casa de Correcção e trocaSumas palavras com um prezo:— Você o que fêz ?

tv>..~~ Matei meu senhorio. Fui condemnado á prisãoPara l da a vida.Iav ^mplicio, commovido, consola-o com estas pa-

«Não 'o afilija. O tempo passa depressas.Luz Cavhndisk (11 annos)

orador á rua Nova 07, 2- andar — Recife, Per-co.

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Holophermes Ferreira—Dizem os médicos quea vaccina contra a varíolaimmuniza o indivíduo porespaço de sete annos, nominimo.

Silva Marques (Ma-náos, Amazonas) — MaxLínder é francez. Quemlhe disse que elle era bra-leiro?

São personagens românticos estes cuios nomeslazem a sua pergunta.

E' o methodo Berlitz o melhor.João Baptista do Carmo Júnior—Em tempo da

paz é o exercito allemão o maior. A França tem aarmada também maior em tempo de paz. A esquadraaérea desta nação é a mais numerosa.

A Liga Pró-Riachuelo continua observando osseus programmas.

Carlos Veiga—Fernão de Magalhães é um celebrecosmographo, astrônomo e navegador portuguez; ¦descobriu o estreito que tem o seu nome e morreu em1521, assassinado pelos indígenas.

Não ha outro carnaval este anno.Vovô vae dar-lhe uma lição a respeito.Alziia G.—O melhor remédio está numa operação

cirúrgica.Antônio Bento—A melhor machina de escrever é

a Underwood. Custa 450$000. Ha machinas mais ba-ratas; o preço destas variam muito.

Jolely Lopes—Os vales para concursos vão noslogares que achamos mais próprios. Em todo o caso,vamos ver se attendemos ao seu pedido. Quanto á suatelegraphia sem fio, parabéns 1

Hermogenes Araújo e Silva—Iakuto é o povo daprovíncia de Iakautsk, província da Sibéria, ás mar-gens do Leena.

Heyson é uma espécie de chá verde.Esmar é um verbo e quer dizer, arcar, avaliar a

esmo.Premoção é do dominio da Theologia.A acção ou

inspiração de Deus nobre a vontade humana.Marinha de Castro—As aventuras do Chiquinho

cada vez mais interessam aos seus amiguinhos eadmiradores. Todos os dias recebemos cartinhas deapplausos pela publicação que fazemos delia.

E' com o encarregado da secçao dos concursos.A Leitura para Todos tem uma secção destinada

ás senhoras. Lá encontrará magníficas instrucções arespeito do seu pedido.

Antônio Joaquim de Souza (Victoria)—Musas,temos dito muitas vezes, são as nove deusas filhasde Júpiter e de Menemosyna, as quaes presidiam asartes liberaes. Eram Celio, Eutherpe, Halia, Melpo-mene, Therpsychore, Erato, Palynonia, Herania eCalliope.

Poracé é uma dança dos ir.díos do Brazil.Waldemar Lobo — O fundador da cidade do Rio

de Janeiro loi Estacio de Sá. Os seus restos mortaesacham-se na egreja do Castello.

As commissões respectivas tratam de erigiruma estatua ao fallecido prefeito Passos. Ainda nãoestá marcado o dia da chegada nesta capital do seucorpo embalsamado.

Clarisse da Costa — Salonica (a antiga Thessalo-nica dos Gregos) era até ha pouco uma cidade e portoda Turquia Européa. situada fio golpho do mesmo,nome, com 200.000 de habitantes.

Na actual guerra, a Grécia arrrancou-a ao ores-cente. Numa das suas ruas.foi que cahiu morto o reiJorge 1, da Grécia.

DR. TUDO-SABE

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O TICO-TICO

Brinquedos para os dias de chuvaVamos, hoje, ensinar aos amiguinhos como se fazem

dous dos mais apreciados jogos de salão.Comecemos pelo:

|wff>?^ dous dos mais apreciados jogos de salão.lAiy^i^W Comecemos pelo: J é^-

?^^^ /^Zs^ O Jogo de Damas -- Fi*?. 1. 7".^ 2

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Ü Jogo de Damas — Fig. 1.Tomem um papelão branco quelenha 2í centímetros dosquatrolados ; de cada lado, marquempontos de trez cm trez centime-tios e reunam cada um d'essespontos ao ponto correspondentepor uma linha recta. Feito isso,o papelão terá 04 casas, domum pincel e tinta de qualquercór. pintem uma casa sim e ou-tra não, desencontrando as car-reiras, como vêem na íigura. Ho taboleiro de damas estaráprompto.

Faltam, apenas, as pedras, oque farão cortando 2i rodelascie rolha. Cubram-nas I2dcpa~pel branco e 12 de papel preto[figura A).

Assim.terão um bonito jogo emuito em conla. pois basta terum pedaço de papelão e algu-mos rolhas.

O Jogo de Dominó — Fig". 2.Tomem 28 rolhas, cortem-nascomo mostra a fig. C, dando ac.tda fatia de rolha a grossurade cinco millimetros. Idlas de-vem ter de largura a metade daaltura. Alisem todos com lixa.para que fiquem perfeitamentecguacs. Tracem, com tinta, nomeio de cada uma,um risco queas divida exactamente ao cen-tio. marquem os pontos comum pincel e tinta.

Para guardar as pedras da-,damas, façam um saquinho depanno (íig. í e para as pedrasdo dominó, serve uma lata debiscoutos vasiaou uma caixa depapel de escrever. Se estiver des-botada, cubriram compapel decor ou cretonc c enleitcm comlaços de íita (fig. 3).

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A ffw\A - K? ti li ^E^Hg9r' i*^_h_—r _- _. ...

1) O de/mano era um grandíssimopreguiçoso O maior sacrifício para elleera deixara cama quando, ás 11 horasdo dia, accordava.

2) Uma manhã, olhando a sua roupa,sobre uma cadeira disse;—Ah! Se tupodesses ir mesmo sem mim, tratar dosmeus negócios

:-íi Mal tinha acabado de fallar e já ascalças e o paletot se punham de pé so-sinhos; as botas, as luvas, o chapéu e abengala nos seus logares—um manequimsem cabeça

T^\ II f tÜHI^ r^.-i

Sahiupor alli a passo largo.- Bom.disse o Germano comaigo, emquanto aminha roupa trabalha por mim, eu voudjjVrm i r

"nOuando a roupa voltou Germano jáse havia levantado e recebeu uma cartadizendo que um seu amigo estava muitodoente. Com preguiça de ir visital-o ..

fi) .Germano mandou a sua roupque isso mesmo declarou ao amigo,qificou fazendo um péssimo juizo de fíe»mann.

7) Sua mãe mandou eonvidal-o para 8) Depois, habituada a sahir sem o dono, D) ...teve uma questão com um sujeum passeio eelle.com preguiça de ir. a roupa não parava mais em casa; andava e foi obrigada a bater-se em duello,mandou a roupa, de sorte que a velha por toda a parte, até que um dia qual sahiu cheia de... rasgõea e fusenh lia passeiou com um mafiequim dellas.

rano mandou iaque seguiu o exemplo

ia ate pela janella 'II) O preguiçoso estava, pois. eondemna-

do a não sahir de casa quando., accordou.Tinha sido um sonho. %

12) Levantou-se logo e fosua velha mãe. qife lhe dsonho veio te demonstrarmentes da preguiça e aviios teus negócios devem• tados por ti '

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«dOWN^ANDEGOLANDIA

-<r l mr^rYr»- ¦ /r . i i i.ii ..... — ¦¦.......¦¦ ¦ .¦— ..i. .._,_-¦_.i, I —..iifi ii ¦¦¦ #¦•.-__ _______ ...., .. „ , i , ,M

forAí

i ü primeiro acto do novo rei Ja Pandegolandianomear todo o pessoal da casa. Porém, S

Kaximbown tinha pouca...7 Àl _l **2).. memória e esqueceu o seu <Y*i l jflvalente cavallo de batalha, o que-, 'í\jv vvk_ /rido Sarrabulho que tanto servido lhe N^>K

prestara. " ^

M. Kaximbown tinha pouca... valente cavallo de batalha, o que-, '/IjVP\ rido Sarrabulho que tanto serviço lhe \~~T"--A. •

3) À'a vjwr>own nomeou-o logo mordomo da Casa Keal, e Pipoca teve quelhe engraxar os colossaes sapatões. Pobre Pípocj.'Que humilhação! PassarJc rei para engraxate ! Esta é a vida hoje burro, amanhã doutor!

txvnbown começou i ser enérgico e autoiajudante de ordens. So Sabnadorei—dizia elle—e eu sou lilho d'elle

nno E o. Tônica, coitado,tinha muito a ile todos, lazendo pouco caso da auetoridadede Kaximbown

¦nlinua )

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W TICO-TICO JOÀOSINHO, O DOMADOR 13

C|J> O Joãosinho, indo uma vez a um'_f°' ^cou maravilhado,ante os exer-tav'°s de um palhaço, que apresen-Va um porco ensinado.

2) Como o Joãosinho tivesse visto umgrande porco na fazenda do tio, disse :—Se eu ensinar esse porco, poderei tambémtrabalhar com elle num circo.

3)—Vou ensinal-o primeiro a andarsobre as patas dianteiras. Para isso euo amarro pelas trazeiras a essa cordada polia. .

ÍM" o- porco que não gostava d'esses%)f>^l?s acrobaiicos, começou a correraendn o Joãosinho

5) ...até que elle, não podendo passartambém pela polia, cahiu dentro do cô-cho da comida do porco que estava cheiode sopa. restos de cozinha e farello.

6) Num triste estado de limpeza, foique o mestre do porco conseguiu sahirdo cocho , poiém, não desanimou.

seguinte recomeçou os seusmontando no discípulo quecorrer a trote, depois a ga-

I % ^-—

ch

Hi. .por fim, tomou o freio nos dentes.Corria mais que um automóvel da Assis-tencia, causando medo a todos.

») Depois de correr por montes e valles,o porco resolveu voltar para a fazenda,com a velocidade de V) kilometros áhora

|nJ(f;;rta° C;J,?8[0u a casa e entrou

.alinha do porão, dei-a"etn, j0 |aJo de 1(,ra

111 . ,.om o nariz esborrEH.-hado.um gaitona testa, dous dentes arrancados, um braçopartido e uma costella quebrada

D'essa vez estava decidido a não reco-meçai senão com animaes menos fortes

lí) E como qaena, absolusinai um porco, procurounho da índiaconfiança

animalsinho d

tamente. enum porqm

toda a

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14 ZE' MACACO O TICO-TICO

1— Chocolate resolvera provocar uma indi-gestão no estômago do elephante e para isso prin-cipiou a distribuir soccos e pontapés, a torto e adireito. 2—u animal resentiu-se logo com essa re^

volução intestina, e foi acornmettidode náusea-c vontade de vomitar.

3—Zc Macaco, que acudira aos gemid°jjfp.^—_^_^^ ^_____^ elephante, tomou providencias junto coi»

^__?^ vIj? - \ * —, /H___JL_* \ í \ i IrJ'

4—Mas, como acontece nestes casosderme vomitou com estrondo tudo quantoherdade, são e salvo '

s o purgante de 95 litros não produziu o effeito desejado; pelo contrar' > fl sq3tinha no estômago,inclusive o Chocolateque, desta maneira, recupe»

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O TICO-TICO UM QUADRO VENDIDO 31

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1/7 PoT^Liài-£>

fam 1) Emeterio Phosphatina era um pintor dea mundial, tendo alcançado a celebridade,~,ilcl mundial, tendo alcançado a celebridPelo facto de nunca ter vendido um quadro.

:|r-|'2) Um dia, elle pintou uma verdadeira obra

d'arte, representando uma lebre, tão verdadeira,que parecia pintada, e sahiu para vendel-a.

:—

<*..

^ Êmm. # MrUlX0

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rou ' ° caminho, como estava com fome, pa-rnaPara descançar á sombra d'uma frondosav0re^Ue'ra e encostou o quadro ao pé da ar-

4) Ia caçando nas proximidades o celeberrimocaçador Rochinha. cujo único defeito era o de sermyope, como uma minhoca. O Rochinha logo ex-

•TOL \jX \ bre! Esta não escapa, pa- (\sÇ^â-^^x /J.1 ^-\ >ffki '^jk

^--~^_^_^ • tiro. \_ -

à6y O celebre pintor Emetenopediu tndemnizaçao

pelo quadro estragado e só assim conseguiu vendel-o.

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*V>I W»W^r\^^~—"V3~EO. àxaxaa. tí\vvs.-vc»acíSn ^

o ü \ í.> V. pegai a-t^-^e o» àous. \?o\\\.ai\\.a a água t\a ç\aVc\a c\ue. v>arc-Ac'\a um d.i\uv'\o. Os especVadoxea

\ m¦ i- s -

3) Papae, escorrendo água applaudiu a peçade um modo original: dando palmadas emvez de palmas. O autor do drama viu quehavia feito uma tragédia "...

^%%

L

4)—Afinal de con-tas essa gente nãofaz o minimo sacri-ficio para reerguer aarte dramática nacio-nal. Eu escrevo umapeça theatral,e porqueum pouco do effeitode chuva cae na pia-teia, sou mimoseadocom applausps con-tundenfes. Decidida-mente está morta aarte dramática nacio-naü. .

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Anno VIII Rio de Janeiro, Quarta-feira, 28 de Maio de 1913 N. 399

J?lJBM^-SMUA^

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1

AVENTURAS DE KAXIMBOWNNA PANDEGOLANDIA

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I wJ/í^ (r\ ___ ^l\ yTv_.^^~i /i'°w ú)> N\\_All_rC/r^\ tX___. /^XQut i1 /j/^-3f '>^"^>3K

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ifn ^ ^*j n/1%., ,„, i ff »§? g vj^-r-

' 0rdando o anniversario de S. M. Kaximbown, houve um banquete diplomático, durante o qual reinou a maior ale-gria _a mais perfeita... bebedeira, ü único que ficou frio foi Pipoca, por ter cahido com o nariz .

na caçamba do gelo. (Continua).

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO- RUA DO OUVIDOR 164 —RIO DE JANEIRO\um.io avulso. *_M) reis; alraiailo, 500 réisui»H*açíSo daO MALHO

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O GASTÃO QU O TICO-TICOm

ER SER MACACO.-. "1B '\jM ^fWÉMI

1 Lendo emumlivroastheorias de Dàrwin c|uediz ser o homem descen-dente do macaco, Gastãocomeça a rellectir.

2 Interessante sermacaco . . . Experi-mentemos. E começou aandar como se fosse um assanhadoquadrumano.

3 Depois se sentou no í) Internou-se, então,nachão e, cocando as costas, floresta, onde passou odava griünhos de macaco dia comendo nozes e co-

quinhos sylvestres.

G Lá em cima. sentou-õ Vendo uma linaa ma-cieira. resolveu trepar naarvore, servindo-sc dospés e das mãos.

se em um galho e come-ç< >u a comer maçãs. Masnesse momento...

... um grande ca-chórro, que guardava opomar, avistou-o e pustou-seem baixo, ladrandoameaçador.

8; Gastão olhou paxo e viu o canzarrdescesse,e!Ie< i pegavportanli >,de pássaroteiro alli trepado.

ra haião. Sea.Tevedia m-

tft Tir—w 11 ^ i t w "5—i ngj—W^^C^-¦ _4 Wmw ÊAm^Mm ÍVT W

fy (N. _ ^J Hf /7V->M j)i" n,,. ,

9) A"chorro.rar queemborasinha.

noitinha, o ca-cançado de espeelle descesse, foidormir na sua ca-

< iastão desceu da arvore,já noite fechada,e entrou emcasa onde todos o esperavamchorando,alarmados pela suaausência.

orem,omenino nao 12 Na ponta dacaU<*£se corrigiu, e lembrou-sede arranjar uma caudapostiça para parecer bemum macaco.

1amarrou um ganchodearv

aü'11melhor se segurarores. e..

nas

um macaco. __—r-"í!

lx .. subiu em umajaqueira, muni.Io da suacauda de- gancho.

11 Chegando ao alto,atirou se no espaço, ficando pres< i pel< i ganche».

15 Mcauda arrebentou se eGast&o cahiu.

16) Ao levantaicostas machucadabandonar a mama a<-caco

-"SPJk

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O TICO-TICO

EXPEDIENTECondições da assignatura:

interior: 1 anno IISOOO — 6 mezes. 6$000exterior: 1 anno 20$000 —6 mezes Í1$000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis

Pedimos aos nossos assignantes cujas assigna-turas terminam em 30 de Junho, mandarem reformai-as, para que não haja interrupção e não fiquem comsuas collecções incompletas.

A importância das assignaturas deve ser remet-lida em carta registrada, òu em vale postal, para a••ua do Ouvidor, IG-l. — A Sociedade Anonyma OMalho.

As assignaturas começam cm qualquer tempo.rnas terminam em Junho é Uezembro de cada anircKy-*•"«o serão acceilas por menos de seis mezep. /-5^ ty*'\EDIÇÃO» 32 PAGINAS |MCW\Afw,

A ETIQUETANão ouviram nunca seus

papás fallarem da etiqueta?Certo que sim. Ha mesmo ca-saes, onde se não diz uma sópalavra, sem antes observar oquequerque seja da etiqueta.E' uma palavra que^nos veiodo francez cliquclle—reformadado antigo francez— csliquer—de origem germânica (stecheni. o cerimonial de corte na graduação de

^ssòas que a compõem revestidas de certas honrasc merecendo serviços especiaes.i Tudo e lixado por uma etiqueta e os reis devemnchnar-se Jeante das exigências do protocoIlo.Exerce~°m tyrannia em tudo que toca á diplomacia Mos-a:se, ás vezes, tao complicada, que as pessoas, as."a's familiansadas com os hábitos da corte, se sen-crr> em embaraços inqualilicaveis.arí t ^° l1eterSDourg e \'ienna, principalmente, aSelst9cracia,sciosa de suas antigas prerogativas, con-t(-IVa /'morosamente os velhos hábitos; essas quês-r'frs ^m urna grande importância e os novos na car-a diplomática nunca estão a salvo de um rkücu-

A etiqueta é

•o..Obrigados asupportarem umas tantas exigências,

«ssc3sos

jpfent;ores da etiqueta o mais que fazem, nos^*-*S e,, viv.o vau i.ui.|uuia V 11 un j i{UV lua-.v-in,, ¦eni sahida, respondem fazendo espirito 1

Nxadn Ve " Proce iimento do general Fieur «ranccz do»2- impeno, na capital da Ru

com um grande camarista do czar, o qual pretenderadar-lhe uma lição.Depois de um jantar official, como lhe offereces-

sem assucar para o caie, sem reflectir, elle se serviucom a mão, em vez de tirar o assucar com a colher,conforme o uso. Isso nada tinha de offensivo á eti-queta, mas o camarista achou que devia fazer sentirisso ao embaixador. Foi direito á janella e, ostensi-vãmente, atirou fora o assucareiro que tinha em suamão. O general Fleury não disse cousa alguma, con-tentando-se em sorrir; mas, logo que acabou detomar o café, foi, por sua vez, á janella e atirou foraa chicara, o pires e a colher.

, —Que está fazendo? —perguntou o camarista,admirado.

—Mas, aqui não é da etiqueta atirar o apparelhodo café pela janella ? Pensei que assim era, vendo-opôr á rua o assucareiro.

O imperador, sabendo do facto, riu-se bastante.O camarista não tornou a dar lições ao general.

Eram, por fim, cousas da etiqueta I Porque a eti-queta foi, é e será isto.mesmo em todos os tempos,Idesde a corte de Bysancio, para a qual Constantino'imaginara toda unia hierarchia nobiliarchica deillus-Ires, de speclabiles, de egregii, de perfeclissimi e denobillissimi, com palavras as mais reverenciosas,ex-plicando aclos os mais servis, desde a corte de Bv-saneio, repito, até á sua entrada em França, na cortedos reis do XV século, crescendo e chegando ao au^ecom Luiz XIV; cahindo e sendo restabelecida, é factoque mais sóbria, por Napoleão; persistindo sob aRestauração e Luiz Fhilippe;e eclipsando-se em 1848,para reapparecer com Napoleão III.

A etiqueta, em França, existe ainda hoje, masconhecida pelo protocollo. Nos reinados e impérios,mesmos os mais liberaes, europeus, ella é praticadapor tradição como etiqueta (tem aqui seu outro sen-tido essa palavra—marca) de aristocracia e nobreza.

Vovô

O Zuza vae ao mercado e pede ao açougueirouma cabeça de porco.Então, gostaram da outra que você levou demanhã?Gostaram, sim. E se puder ser, eu quero essaoutra cabeça do mesmo porco, sim?

INGENUIDADE

-™ - -

*« U tb»CT»a—a» «aVflaVaVV

•V»*^«^<rr>w(Rs<=í^xid^;*ll*'^^s

em-SSÍJ,

O Papá—Mas, o que é que fazes, Lalú ?I.alu—Dou sopa ás nossas plantas, para que cll;*s

cresçam mais depressa !...

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O TICO-TICO

;' j\f W .AS DUA.S IRMÃS

ERA uma vez duas irmãs que se chamavam Alba

e Rosalinda. Esta não era nem feia nem bonita;Alra era maravilhosa de belleza.

Mas a pobre Alba não era feliz, pois não gosavasaúde. No momento em que menos esperava, vinhauma dor de cabeça horrorosa que durava ás vezesdois ou três dias.

Seus pães haviam consultado os melhores medi-cos que tinham experimentado todos os remédiossem nada conseguirem.

Rosalinda ao contrario de sua irmã nunca estive-ra doente. Devia por isso considerar-se feliz; mas deum natural ciumento, tinha inveja da belleza de sua

irmã e dos cuidados queos pães tinham com a sau-de de Alba,em cujos soffri-mentos nao acreditava porque Alba para não aug-mentar a aftlicção dellesnão se queixava.Ora, acon-teceu que o filho do rei es-tando em edade-de seca-sar. procurou para sua es-posa uma princeza. Mastendo percorrido todo omundo e não encontrandonenhuma ao seu gosto,obteve de seu pae auetori-saçãj para correr o seureino, afim de ver se entreos seus subditos encontra-va a pérola que procurava.Sua próxima chegada foiannuncia.ta na cidade emque moravam as duas n-mas; um baile foi organi-sado e como todas as m >¦

ças que estavam em edade d2 casar, ellas receberamum convite.^repararam-se os vestidos : um cor de rosa paraRosalinda e um branco para Alba.

O dia em que experimentaram os vestidos Rosa-linda exclamou despeitada :-Ohl como és feliz em ser bonita 1 O príncipenão olhará se não para você !

Alba sacudiu a cabeça tristemente :Estou certa que ficarei doente na noite do tai-le, disse ella. Demais, não desejo ser rainha...Es uma tola I respondeu Rosalin< 1 podesse trocar o meu rosto pelo teu l

Se fosse possível, disse Alba, eu te cederia deboa vontade esta belleza que invejas, contanto quegosa^e a tua saúde I

Í*jM Fflii^l^l^l^B^

Sou a fada dos sonhos

Ella ainda fallava quando uma moça muito bom-ta que não tinham visto e itrar, collocou-se entre ella-•—Sou a fad.i dos Sonhos, disse ella, e posso exe-cutar o desejo que tem. Querem realmente trocar ?

Queremos, sim ! exclamou Rosalinda com en-thusiasmo. Faça com que fique bonita como é mi-nha irmã !

E você, Alba, consente em ficar com o rostocomo o de Rosalinda.- enterrogou a fada.

Quero sim; somente receio que ella não las-time perder sua boa saúde. E' tão triste soffrersempre !...

Não lastimei cousa alguma! disse Rosalinda-Consin'o em soffrer para ^er bonita!

Rellictam tem as duas, respondeu a fada; po;,>não me será mais possível tornar a trocar, ficandocomo estavam.

Quero ser bonita! repetiu Rosalinda.Leu seria multo feliz se nao estivesss nuncamais doente, disse Alba.

A fada então tocou com a varinha e cilas ador-meceram.

-'¦Ir

A vista de sua maravilhosa belleza :

Quando aceurdaram. a fada dos Sonhos na.jranitava mais lá; mas logo qre ellas se olharam, vique a transformação se tinha operado. tir)h.i

Rosalinda correu para se olhar no espelho; « j^ficado bella como o dia e escapou de ficar louc»orgulho e alegria. c0n-

Alba tomava os traços da irmã ; mas, como £fítservava o seu caracter, sua doçura e bondade. ^0apezar de tudo ma s agradável do que Rosaim>Jafora até alli. tprnf0'

A alegria de Rosalinda não durou muito ?]a «cSua cabeça começou a doer horrivelmente. Ppoza gemer e a chorar. ond^3'—Minha pobre irmã ! exclamou Alba abraça' ^.jsabia bem que te arrependerias de tomarlogar. -iiíOi-13'

—Dei\a-me tranquilla ! respondeu |,:"\TriJ00empurrando-a. Não é possível que tivesse* so>que eu estou solTrendo. E' terrível \S par3

ava gritos que se ou\ ia pji toda a casa

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B O TICO-TICO

se consolar, collocou um espelho em frente da cama.No meio de seu softrimento, a vista de sua maravi-lhosa belleza a alliviava.

No dia seguinte estava melhor, o baile teria logarn'essa mesma noite, ella se achou bem feliz por terfeito a troca.

Ganharia o coração do príncipe eelle a escolheriapara esposa.

Mas, durante o dia, correu o boato de que tendoo rei cahido do cavallo quando caçava, o príncipenão o queria abandonar.

O rei melhorou e exigiu que seu filho continuassea viagem.

O baile teve logar. D'esta vez porém, a pobre Ro-salindaestavamuitodoen.ee não poude ir. O desgostoque teve com isso aggravou-lne o mal.

Alba quiz deixar de ir á festa, mas seus parentesnão consentiram e seu pae a acompanhou.

O príncipe danç<.u um pouco com cada moça.Antes de as fazer sentar dava uma volta na sala con-

EL-Fallou-lhe de seu pae

versando. E todas ellas empregaram toda a graça efaceirice que possuíam.

Alba se conservou o que era : simples e mo-desta. Em logar de chamar a attenção do príncipePara ella, fa*.lou-lhe do pae, indagando de sua saúde.

Nenhuma d_!las havia pensado nisso. E o prin-c;pe que era um bom lilho ficou muito reconhecido.Elle agradeceu dizendo:

. —Está quasi curado, graças ao medico da Corte,cuja sciencia é grande.-Ah! se elle pudesse curar minha irmãl exclamou,ngenuamente a moça...

O príncipe interrogou-a a respeito d'essa irmã*.oe ella tanto parecia estimar, Alba lhe disse :. --Ella é mais bella do que o dia. mas é sempreVlctima de uma grande dõr de cabeça.

Eoi o que a privou de vir es<a noite., —Eu enviarei o nosso medico, disse o príncipelevando Alba para sentar-se.

Ella quiz deixar logo o baile para levar essa es-Perança a sua irmã.

uous dias depois, um lindo carro com as armas°° rei parou á porta de sua casa. l'm velho de barbas^'do de rreto. desceu para v.r a doente e se an-nunciou como o medico dá Corte.

. Este dia justamente, Rosalinda estava mais do-j-nte do que nunca, tão doente que não podia res-'°nder ás perguntas do medico. Sua mãe e sua irmã**rsrondcram

por cila. Alba, sobretudo, não tinhaPais do que se lembrar do que havia sofTrido paraescrever o que sua irmã sentia.

ri, >> velho escutava gravemente, tomando o pulso°a doente.nu bepois, tirou de seu bolso uma caixinha de ouro,ck, u"a tirou uma pastilha que dju a Rosalinda parat_uPar. Ella se sentiu logo alliviada. Seus traçoso l-Pados distenderam-se, sua belleza surgiu em todoesr>lendor.naft"^An ' disse ella levantando-se. que infelicidadeDrii, _er tlJo uma dessas pastilhas no dia em que o

—Certamente, disse o velho, elle teria perdido acareça.

—Elle já escolheu a esposa ? perguntou faceira-mente Rosalinda.—Ainda nao.—Que ! em todos os Estados não ercontrou umamoça digna d'elle ?... Elle quer então uma belleza?—Não... nãoé a belleza que elle acha o dom maisprecioso para uma moça, e sobretudo, para umarainha respondeu o sabiõ.

Não vejo nada no mundo que seja preferível !exclamou Rosalinda.

—Ha a bondade..,A moça fez um gesto de desdém.—E que mais, per«untou%ella.—Uma boa saúde, respondeu o velho.—Oh I isso sim 1 exclamou Rosalinda, mas o se-

r.hor vae curar-me Jfião é ?—Posso deixar essa caixinha de pastilhas, quenlliviará immediatam.ntfe a dor, mas com uma con-

dição...—Qual doutor? perguntou a mãe de Rosalinda,

prometto lhe tudo o que pedir, sem que seja a me-tade de nossa.fortuna.

O velho sacudiu a cabeça.—Peço muito mais, disse elle.E dirigindo-se a Rosalinda :—Consente em ser minha mulher?A moça deu uma risada. Casar com esse barbado

quando esperava ser rainha !... O velho nao disseraque se o príncipe a visse perderia a cabeça ?... Demais, quando ella morasse na Corte, o sábio seriaobrigado a tratal-a em condições. *

Não, disse ella, prefiro antes soíTrer IO velho que esperava essa resposta não pareceu

oíTendido. Voltou-se para Alba e disse :*"E você Alba, quer ser minha esposa? A este

preçocomprarás a saúde de tua irmã...A moça não hesitou um instante; estendeu a

mão ao velho sábio e disse :O senhor parece tão bom, que eu accei to!Em seguida o velho arrancou a barba branca e

a cabelleira. Alba corou .econhecendo o príncipeElle se ajoelhou diante delia e beijou-lhe a mão

dizendo:É's digna de ser rainha porque és boa I

Deixamos aos nossos queridos leitores o direitode julgar o despeito e a confusão de Rosalinda...

Mme. Bernarda annunciou que precisava de um?ama secca. Ante-hontem, apresentou-se-lhe uma dita, di-zendo conhecer bem o serviço.

E você tem geito para lidar com creanças? Tempaciência?Tenho, minha siohasinha. Estive, ultimamente, to-mando conta de uma creança, durante 23 annos!

José de Almeida, com 14 annos de edadeResidente em S. Christovno, Capital.

TF___.__»_____IIO _>_<_. CBEANÇA\

í^Mrfigk

Princ,Pe veio aqui I

Baratinha em continência aqg seus amigut-nhos a admiradores.

(Pelo menino João Gimenes Fernandes)

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O TICO-TICO 6

A RAPOSA E O CAVALLO (^__:a)—¦• ¦¦¦.¦¦ ¦ ¦ i—i ¦—— '¦¦ -—¦ ¦ I i________i nu ,i ¦¦¦______.

I—A rapoza ao cavallo segredavaQue diariamente,ás pressas, sempre iaAo grande cannavial onde chupavaAs cannas mais bonitas que ella via.

II—Você não anda bem, diz o cavallo,—Por certo que tem dono o cannavial,E você, d'essa forma, indo roubal-o,Só lhe pôde trazer um grande mal.

I |l ¦ i- Vl.s «..—-¦

——

—¦ -—I— -

ili—Mas a raposa, do conselho amigo,Hiu, desdenhosa, com ar importante;—«Cavallo burro», disse lá consigo,E ao cannavial voltou no mesmo instante.

IV—O cavallo, espantado*da demoraDa amiga que ficara de voltar,Consulta o sol e vê, passada a horaEm que ella deveria regressar.

V—E, como ella tardasse, elle, ás carreiras,Lá se foi pelos campos á procura.Pulou vallados, scb.-s e porteirasAntes que as envolvesse a noite escura.

VI—Chegando ao cannavial, surpreso, ParA' vista do que alli toi descobrir:

> Aos seus olhos, segura se depara .A raposa num laço, e um velho a rir-

i

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O TICO-TICO

Hygiene do cabello nas creançasUma cabelleira abundante e bem cuidada consti-

tue o melhor adorno da mulher; um rosto de faces-regulares, clássicas, será menos attiahente se appa-rece rodeado de escassa cabelleira, sem côr e sembrilho, e ao contrario causa a melhor impressão umrosto menos bonito, porém favorecido por um for-moso cabello.

Infelizmente são muitas as mulheres que se des-cuidam por completo, ou não tratam bem d'esseadorno que a natureza lhes deu, limitando-se a pas-

sarem pela ma-nhã algumas ve-zes o pente e fa-zendo logo oponteado, queconservam du-rante todo o dia.

Antes de sedeitarem tiramos grampos,semque quasi nuncapensem em are-lar um pouco ocabello e em fa-zer d'elle tran-ças frouxas; mui-tas até, por pre-guiça, nem aomenos desman-cham openteadoquando vão dor-mir.

Para se con-vencercmde queuma hygiene ra-cional revigorae embelleza ocabello. man-tendo sua côr esua espessuraaté a uma edade

avançada, basta prestar attenção ás inglezas ; asr'lhas da Albion consagram aos seus cabellos os•nais solícitos cuidados: soltam-nos diariamente an-tes de se deitarem, esfregam o couro cabelludo comaSua íiLeiramente alcoólica, lavam a cabeça pelol-enos de quinze em quinze dias e usam o menosPossível os ferros de frisar.

As senhoras inglezas podem ser apresentadascOrno modelos,J10 ponto de vis-la do cuidado9ue dispensam^ cabelleiras.' seus filhos;I^pssimassãoasJ^es, naqucllePaiz, que faz emaaorm eccr osspüs pequenos

Ç-m desembara-hAi7lh"s "s ca~|£!1õs cem meio*todos os seas[ahaHi sdomes-

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Como deve lavar-se o ca-bello

empoarffic ' paracom asn,u-as Própriasd*0* o cabelloer,s seus fui o .n^Pr e:._ando on^ e a escov inàn^0s ""'Cninos

alei|0 rente.v5 ' °cha em que*nteS,ra e cola;

d esse tem-for'rv.Conver\am-no

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Medo de repartir o ca-lello

crespar todas as noites, quando a natureza não saencarrega de encrespal-o por si.

Para isso, dividem o cabello em cinco ou seisméchas e enrolam cada uma em uma tira de papel,que logo torcem em nó junto á cabeça; e, na manhãseguinte, desenrolam os cachos assim formados,ageilando-os com os dedos; ou melhor, com umpedaço de madeira roliço. Quando é naturalmentecrespo, não é preciso, como se deprehende, enro-lal-o, bastando ageitar cada cacho sobre o pequenobastão, para .separal-os bem pelas raizes emmara-nhadas.

tí__ *-et- *i^_________________________l *£_'

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aparado, não muito com.nao caches, que lhes cahem ás vezes prosequeas mamas tratam habilmente de en-

Tratando-se de meninas, é mais bonito usar ocabello solto, como um pequeno chalé que cobre oshombros; para isso, deve-se trançal-o á noite, depoisde bem desembaraçado.

Ate as mocinhas usam alli o cabello solto e nen-nhuma miss pensa em fazer um penteado propri-amente dito antes de usar vestidos cumpridos. Essecostume deve-se, cm grande parte ás formosascabelleira-, que as inglezas ostentam, pois o cresci-mento do cabePo nao é difiicultado neHas por atadu-ias nem grampos, nem pelos tão prejudiciaes ferrosde frizar.

Se a creança é dotada de um cabello forte e bo-nito.nãoé preciso applicar-lhe senão alguns cuidados' que correspondem ás regras da saúde e da esthetica.

As mais importantes d'essas regras, são as s_-guintes : lavar a cabeça uma vez por semana, e se ocabello e muito secco e o couro cabelludo não e-propnsoá formação decaspas.de duas em dua .ou ae trez cm trez semanas. Pentear c desembarao cabello todas as noites; e, de quando em quando,sobretudo depois da lavagem, untal-ocom um poucode óleo de oliveira perfumado.

Os melhores óleos ou pomadas podem fabricar-seem casa com azeite de oliveira puro, ou glvcerina.ajuntando-se-lhe umas gottas de essência de rosa,violeta ou lyrio, agitando o liquido antes de usai-o.

Para lavar a cabeça de uma creança de cabello»ásperos e sem brilho, é muito conveniente umiWi«-poo, preparado como se segue: em meio litro d aSlKl

v amente Tervida. dissolvem-se umas sessen.agrammas de sabão de azeite de oliveira.bate-ae uma

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O TICO-TICO 8

gemma de ovo com o sumo de um limão e sobre issose vae deitando a água de sabão, quente, agitando,sem parar, a mistura.

Colloca-se a creança com os olhos bem fechadose a cabeça inclinada sobre uma bacia (Fig. 1,\ e vaese deitando, pouco a pouco, com a mão esquerda amistura feita, de fôrma que caia sobre a cabeça empequenas quantidades, e, com a mão direita.' pri-meiro, fricciona-se tem o couro cabelludo e, depois,todo o cabello.

Depois de bem escorrida toda a cabelleira mo-lhada, submerge-se-a em uma vasilha cheia d'aguaquente á qual se juntou um pouco de álcool ammo-niacado ou de soda e se enxaguam muito bem o ca-l ello e o couro cabellludo, lavando-se logo em águalímpida e tepida.

Feito isto, enxuga-se o cabello suavemente comum panno enro-lado em volta dacabeça. Para ti-rar por completoa humidade, quefica no cabello,abana-se este idemaneira nenhu-ma o couro ca-beIludo) lenta-mente, com umlequefeito de pa-pel. (fig. 2).

Quando o ca-bello está bemsecco, passa-secuid adosamenteum pente pelolado dos denteslargos.

Para desem-baral-o, o modomais fácil e re-partir o cabelloem muitas me-chás e pentearcada uma destasde per si, come-çando de baixo esubindo pouco apouco.

Quando está bem desembaraçado, pode pentear-se, diyidindo-o ao centro.São muitas as creanças de tão pouco cabello queatravez delles está se vendo o couro. Nestes casos o

cuidado das mamas deve ser para conservar os cabel-los o melhor possível, c para isso são conhecidosvários meios, muito bons e efricazes, que sempre dãolesultados satisfactorios.

Não prescindindo da limpeza mais escrupulosado couro cabelludo, os meninos devem usar o cabellocortado desde os dez aos quatorze annos, aparando-ocom freqüência.

Para dar vigor á base do cabello são muito conveniente as fricções diárias com aguardente e, trez

por semana, com óleo de ricino.

Fig. A—Seccando o cabel Io comum leque.

A BANDEIRA NACIONAL1'allar da Bandeira Nacional é fallar da Pátria, dor em que nascemos, cm que nasceram nossos paes: é

levarmos o pensamento a terra em que primeiro vimosa natureza augusta, cm que apreciámos pela primeira0 bailar das borboletas polychromas e o voltear dospçtxcs prateados...

E* a nossa bandeira uma das mais bellas: symbolicas são;,s cores que se estendem por toda ella c que a represen-um especialmente—o campo vasto verde, muito verde, eum losango amareHo. V.' no centro d'esse losango" quecha um enorme globo cheio de estrcllas, que traduzem

, e uma faixa branca, na qua) seencontra a celebre divisa:—"Ordem e Progresso". K"no entremeado de ideia que figuram na bandeira do Ura-zil em cores c desenhos traduzidas, que residem lodo oencanto da mais bella representação da Pátria. EsMcampo verde-musgo lembra a nossa matta opulenta, co-i.irta de arvores seculares, entre ellas algumas esgui.i«.airosas, que apresentam no alto um punhado de folhas

grandes, largas e faceiras, offerecendo aos oihos dosadmiradores diversas tonalidades d'esse verde encanta-dor... verdes são as esmeraldas que arrancam do seioavaro de alguns rios do Brazil... verdes temos aindaas turmalinas dilectas, são verdes as luzes dos vagalu-mes que atravessam nossas moitas, os fuzis que zig-za-gueiam no espaço, não raro é do ceu infinito um trechoao longe completamente esverdeado.

As flores douradas do tronco do Ipé, que apparecemaqui e alli em blocos pelo mattagal viçoso, são amarellaScomo o ouro que se extrahe do seio da terra, como osraios íiammejantes do sol, que dão força e vida, anima-çf.o e calor.

Traduz a divisa que se lê em teu centro, minha ban-deira, uma grande verdade:—"Ordem e Progresso7'—*base solida da paz, do socego, da tranquillidade, para odesenvolvimento, para que surja o clarão—a luz.

* * ?

Quando passa a bandeira de minha terra, experimen-to dentro do meu peito uma ternura infinda. tenho iffl-petos de me ajoelhar e beijar as pontas d'csse panno ¦que fluetua, seguro por varonil soldado, que, orgulhoso,supporta, seu peso, como garbosa aperta a ma.r.ã em seusbraços o bébé querido.

Quando passa esse symbolo da Pátria, um tumultuarde lagrimas sinto em meu coração, traduzindo uma niei-guice de meu peito fraco, mas que cornprehcnde e sabe;.:..; r.

Bemdita sejas, ó bandeira querida de meu Era?1''bemdita sejas na guerra e mil vezes bemdita na paz! e senão posso cantar-te em versos, recebe em as dobras de teupanno r.uri-verde um beijo que te atiram meus lábios tre*mulos, c o olhar envaidecido de quem te honrará semprer.travcz dos tempos, das lutas e das convulsões na vida °eininha querida terra brazileira.

(Uma adjunta da Escola Modelo Gonçahcs Dias)

INFANTILIDADE

Que reboiço vae na casa de Marieta!li que fugiu Mignonne, a gatâffavorita,V. lanto chora, chora a pequenita.Que o papae manda pôr annuncios na gazc'a.Da visinhança alguém, com olho na gorgeta,A transfuga encontrou, que andava da visitaAo demo de um maltez philosopho. que habitaDe um canto de fogão á calida saleta.Marieta, ao ver Mignonne. es!ende-lhe os bracinh0 •Dá-lhe um banho de amor em beijos e carinhos,Nervosa, a soluçar, e ao mesmo tempo a rir,i: entre affagos lhe diz: Senhora, foi precisoP i um annuncio ! Veja o que é- não ter juiz

'E todo o annuncio lê para Miimonne ouvir..-

MCMXIIIErxesto Auai.ei (A!umrodo3- anno do Gr(u.K,

I-scolar «Prudente de Moraes» — S. Paulo. 28-i-1**;

^™_^ SLM NARCÓTICO ••à^B^BTà^H^P^^^""** fACtLITA A SA!«iCA CCS OCHTCS dP^^^RM

¦^rOU^ÕsííoÕlHAL lif.tot .,-:ii u >¦'..!< Its 'j.t -.-|i ¦' " "'""

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O TICO-TICO ZÈ MACACO 11" '"¦ '¦'¦¦»_'

Í9 \ (VAe. PEHr£/\f<\

,^Y 5£$J a^ac/icos'--!

Um áia.-Baratinha brigou com o Choco-lale e,no fim da descompostura, não saben-do mais que dizer-lhe, mandou-o pentearmacacos ..

Chocolate, que ás suas qualidadesJc coração, reúne também a de serburro tomou o insuflo como uma or-dem. é munido, de um peme. satvu aprocura de um macaco

^- Chegou correndo ao Jardim Zoológico, e, apro-?lrr>ando-se do Lulú. que é um macaco levado da principiou a penteal-o com

o maior empenho e sem a me-nor cerimonia.

S- Sá -^\ JihS-K _•—», ^*>í «A

ff'ceir? aco não gostou nada da brincadeira e aJr'Osci ' Suaria tentativa de penteação, pulou,' na cara do pobre Chocolate

O moleque viu-se, de um momento para outro, de baixo doLulú que, invertendo os papeis, principiou a penteal-o tunosa-mente, fazendo-lhe ver estreitas ao meio dia.

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ia¦

UM ESPIRITO INFAL.LIVEL O T1CO-1ICU

2KM

li Havia um velhote, que se dizia infnl-livel nos seus julgamentos, deduzindoloyo as conseqüências de um Cacto, áprimeira \ ista

Z) Vendo entrai em ^ui ca-a umaa. elle diste:—Ah I Se eu fosse

uma mov a. que entra em toda aparte, veria muitas coisas...

3 Nesse momento, viu segicamente trànslormado emmosca zumbidora...

uma~ õim I (§?/©> ^l^p^ JA"Wl

í) (..voando, entrou na cahana de unspobres lenhadores e viu que elles tiravamos ládrilhos do chão.—Não preciso ver mais—disse elle.

5 Essa gente finge que é pobre,mas esta tirando os tijolos paradesenterrar o dinheiro que temguardado.

6 Viu depois um velho lavrque ia visitar os filhos e foi con'1-'11'do, para ver como elle seriabido.

7 Atra/, da porta de casa estava: Bastai Disse o velhotetrans-filhos, armados de cacetes dizendo: formado em mosca; ia vio

elle chegar que nos lhe tante. Esses lilhos espancam omettemos o cacete de njo. ! obre pae.

'liando o lenhador foi lhe vende* .nha, sj — Vocês são avaque tém dinheiro enterrado, e eu ¦raíicand > os tijoli- i. ma lumnia—disselissc o pobi__^,,1

tírl i Iv - iVi I¦- li i ív~5v A /_n _-<• i *KÊi °\'In fi 11fv \ J±r Q SUM L^I '-Vo lipaia

I.ve

im

¦ i que arrancava os •um pedreiro, pois não

dinheiro em c

111 — E que é que vocês estavamesperando alráz aa porta.: Ei

- Não. Era uma raposa que temcomido as nossas gallinhas.

lá] O ilhote então viu que t'"11;'1,^^ilado noa seus julgamentos *

não fazer mais isso

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O TICO-TICO A VISITA DO INSPECTOR 18

1) () inspectór escolar foi visitar a classe de historia doprofessor Barbicacho e pediu para ouvir alguns aluirmos.

—Pois não—diz o professor. Venha oAntomco,

2 —Quem foi 0 .Marechal de Ferro -—(j .Marechal de Ferro? E' aquelle

.Marechal de Bronze que está deante doTheatro Municipal.

;; -E quem foi o indivíduo maiCelebre pelas suas tolices?

. —Ah : Es>e foi o grande Tolengno.

_/ —Sabe me dizer com que edademorreu Mathusalem ?

—.Morreu na dôr da edade'; masnão sei com que edade elle nasceu.

5—Porque motivo é chamado.Mar Vermelho, aquelle mar daÁsia -

— Porque nelle se pescam la-.. cozidasgostas..

^*- ^^jjj I

1 —————

n, -kHialll* escreve"^Foi o S

foi o autor dramáticon 0 Ladrão?r. Furtado.

7 —Diga-me algumacpusa sobreo massacre dos christfios...

—Não! Não é bom fallar nissodepois do almoço !...

s -Em que paiz está maienvolvida a c reação de avmestiças, como os raios, ei

—Na Patagônia.

desscs doc.

Sabekmhal -jiiom foi o .Marque/

PotnK01 llm ríi*ande creador de

10)—Bravo! Muito bem. profe> >s seus discípulos estão adeantadis-simos. Acceite os meus parabéns..

)hegando á casa, o Antomco dizia .—Hoje foi lá ao collegio 0 inspector

que n<>s fez umas perguntas e nós res-pondemos tudo, tudinho.

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14 MAX MULLER O TICO-TICO

le um11 Mister Greener, ferido na perna pelo tigre, precisavamedico, pois a fera lhe havia dilacerado as carnes.

Deitado na sua portátil cama. Gaudie-Ley escreveu a um seuamigo, o Dr. Gevelot, medico francez, que sè achava a duasléguas d'aquelle sitio. Joé foi o portador da missiva. [

2) Partiu como um gamo. O Dr. Gevelot,alem de excellentecirurgião,era um cavalheiro distincto e um fanático pela caC?'Fora em uma caçada, quando ia ser victima dos dentes deum crocodilo, que o coronel travara relações com o medico,derrubando o terrível amphibio com um tiro de espingarda^

3) O Dr. Gevelot assim que recebeu a carta e soube que o seu amigo estava ferido, mandou arreiar duas mulas •

juntamente com Joe, partiu a galope. Em menos de uma hora apeiaram-se á porta de mister Greener. Max fez as honf'da casa e. emquanto Joé tomava conta das mulas, elle levou o medico a presença do seu amigo e protector.

O Dr. Gevelot permaneceu á cabeceira do doente durante trez semanas, tratando-o com todo o carinho

ilNofimde um mez, como o coronel ia se acha-ssc quasi j .">, No dia seguinte, pela manhã, partiram, cavalgan^jíJibom, o Dr quiz dar um passeio ás margens do Ganges. Imulas, o Dr Gevelot e Max. Caminharam algumas uIf<rl

< i no está infestado de crocodilos !—disse-lhe mister Gre-lsem encontrar caça. o no estava deserto. O caioi (ajes|ener Não facilite, doutoi ! Max, acompanhe o doutor e tenhamlcava Emfim, nenhuma aragem para refrescar a- lUj^Mcüidad_^^^^^^^^^ luibra_dos«|rdorosos eaeadores. j_£^^^~^

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