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PFiEÇOS:

3500$600y^y i ! ___ ¦ ^=J

m^Êm^Éi/íi :__* í_^_%3_1SEMANÁRIO DAS CREANÇAS PUBLICA.SE AS QUARTAS FEIRAS .

RIO DE JANEIRO, 31 DE OUTUBRO DE 1928 v

ANNO XXIII 3antar oe casamento NUM. 1.204

Mm _ _______ a0^\ ^B ___________ _______F^______f^*_.

I ¦ \ % » V"^__Í__^^A_I __F _r ____________s^^^*^

__r ^T_P%^^ ___J_^^^ ____"~___E —*

EUa de fita vermelha.Elle de cravo rajado.Vão ao jantar do PindobaQue faz annos de casado..

Mas. Pindoba mora longe,

Bem no alto da montanha..E. elle e ella. cansadosVão perdendo tcda a banha

Certos negócios a genteP ra fazer deve pensar:Nem todo jantar contentaQuem vêm de longe a suar!.

"DO

iÓ MALHOPARA1929

^ OO ^L"0 TICO-TICO'

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O TTílíP (TV —171 IP O

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA O MALHO)Redaclor-Chefc: Carlos Manhães — Dircctor-Gerente: Antônio A. de Souza e Silva

Assicnnlurns — Ilr.-i-.lli 1 nnno. **.".-f UDlij 6 mcir». 13 í"0" — E«l rnnsrelroí 1 anno. 00$000; 6 mezes, 35TO00As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que c °rf m *°madas e serão acceltas annual ou semestralmente.TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser telta por vale postal ou carta registradacom valor declarado), deve ser dirigida a Sociedade Anonj-ma O MALHO — Rua do Ouvidor, 164. Endereço telegraphlco:O MALHO Rio. TfclephOD.es: Gerencia: Norte. 6402. F.sc.rlptorlo: Norte: 6818. Annunclos: Norte. 6181. OfCicInas: Villa. 6217.

Succursal em S. Paulo, dtrlelda pelo Dr. Plínio Cavalcanti — Rua Senador FelJÔ n. 27, 8* andar. Salas 86 e 87.

•6LUZ

MEUS KETIXIIOS

As propriedades especiaes que va-rios animaes possuem são, ás vezes,tão maravilhosas que nos enchem deadmiração. E essa admiração, mensnetinhos, c tanto :nàior quanto me-nor c o animal, o verme, o insectoque nos encanta com as suas tnara-vilhas. Observem a formiga, porexemplo, e vejam se as suas habili*•nades de operaria diligente, de ex-cellentc construetora não assombram° mais exigente dos homens. Adtni-rc-"n a mosca, na surprchendente (arcetação do seus olhos. Esse peque-nino insecto possue sc» dois olho:.,constituídos por facetas que lhe per-•nittem ver simultaneamente em to-dasasdircçcões. Vejam, depois, asborboletas, mágicas flores aladas, decores tão variadas, tão bem conibi-•••idas que fariam inveja ao -mislaureado dos pintores.

E o pyrilampo? Você? o conhe-ccni, já o viram á noite, piscapís-cando entre o arvoredo, como sef°55e uma cstrellinha que fugisse

T*» /h sfT*\^ **^s%»x^«r

mfèjK3*J$^Jmmw^sr iKmSry^^ji -^N^-****-* ' *r *¦

DOS PYRILAMPOS

produzila por certas cellulas degordura, onde chega, por uma se-rie de tubos, o oxygenio necessárioao effeito. O homem pode obterluz por meio do gaz, da electricida-de mas nuncaj o poderá fazer semo auxilio do calor. Pois o pyrilam-po. meus netinhos, produz a luzmaravilhosa que vocês conhecemsem despender a menor energia decalor. E isso devido ao contacto daoxygenio, que elle aspira, com o

phosphoro que'está nas cellulas a

que Vovô acima alludiu.

A quantidade de luz que os py*.rilampos emittem é bastante gran-dc se attendermos ás suas pequenasdimensões. Collocado na escuridãoinsectozinho maravilhoso ctiiittetanta luz que com ella podemos ler

qualquer papel impresso. E como o

pyrilampo com a sua usina de luztão delicada, ha outros animaes pe-queninos capazes de prodigios quebem revelam a sabedoria do Crea-

d > céo para colher flores no cerradoda vegetação. O pyrilampo. meusnetinhos, é um dos insectos mais in-teressantes que se conhecem. A luzemittida por esses pequeninos inse-ctos é devida á phosphorescencia

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O T I í. O - T I G O - ü — .'!! — Outubro — 1923

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OTICOTICO *^MIJílíD/kílO¦"»¦•»¦»-»•» » ¦*^****»-.

ANNIVERSARIOS" I .17. anno-; hoje o menino Ladro, filho do Dr.

Castro Vieira.•$ 9 Pedrina de Almeida, ru . amiguinha,

festejou hontem a passagem de seu anniversario natalicio.P Completou seis annos sabbailo ultimo o nosso in-

ttlli.qjcntc amiguinho Ismar de Mello.• J-'e/. annos hontem a menina Sara de Miranda.

*$ ? Festejou no dia 18 do corrente o seu anniversarionatalicio o intelligente menino Hcrmofienio dos Santos,nosso constante leitor.

....NASCIMENTOS

• José é o nome do menino queacaba de nascer, filho do Sr. AvelinoCorrêa, conhecido cnnimerciantc destapraça c dc D. Francesca GcraldiCorrêa.

? ? Nasceu a menina Dilza, fHliatio Sr. Amir Coelho c de sua e posaD. Diva Coelho,

N A li E R L 1 X D A . . .

np_o «Ias meninas; Abigail, por ter uma ex-traordinaria belleza; Mozart, por .ser uni morenoCicinh r um modelo de rapaz; Eduardo, por serum estudante de verdade; Duqninha, por ser amadonovellas; Mario, por ler unia elegância de pavão D

er um papagaio; Avany, por ser a amiguinha dc todoo mundo e tambem de mim, que sou linguaruda«

E M I. E I L A O . . .

O PRESEPE D**0O" EM SAO

• Estão

. . . .

TICO-r.\ULO

• Estão na berlinda os alu-mnos do 1* anno normal de Guaratin-gnei.i: Hilda, por ser leitora d'0 rico-Tico; Paulo C, por ser engraçadinho;Edison, por ter a "pose" dc RamonNovarro; Odette, por fazer pilhérias;Antônio C, por ser um grande RuyBarbo a; Yolanda R., por ser uma ex-cellenfe collegninha; Santa, por seruma seduetora morena; Geraldo B.,por ser simplesmente adorável; Mari-n.i, por cer uma linda lourinha; Al-cbiiiin, por ser o 1* alumno da I .i-mique, por and ir

icycleta no Pedregulho. Vicentina, por ser linda; Ma-rio, por ter um morcninbo da "ponta"; Lourdes C, por

graciosa; Plorasà, por -er irympatbico; Maria I".. porrer gorducha; Paulo G., por ser nef»090j Maria V., porser boa alimina; N"il". poi onhado; Olivia, por terboa vo/; Nel-son. por -er bonito; Zaira. por ser elegante, ceu, por ser a colleguínha cujo nome st- encontra nesta cba-rada: Pronome francês a quem dó o meu amor,

* Berlinda dos meninos c meninas da Rua dosAi anjo-: Milton M. Senna. por -cr sympathico; Min dl.>Tavares, por ser forte; Geraldo, por -er rompiW:ilter P. Mi-Po. por nato Rt;querido: Zêzinho T>., por (ei levado; Apollo RezW. por ser

%t Diuai er delicado; Antônio Dfnana,por ser bpnitíhho; Maurício Diuana, por -er engraçado;Rachido Haddad, por -er estudioso; Myriam M. Senna, i«.r

;• Nil/a M. Senii dinha; Elvira Mo-rado. por ser sympathica; Edith Morado, por ser delicada;

im Canário, por 'er muito bonita: Elvira D., por serDiana Rezk. a. — Pila.

? ? E-tão na berlinda ns -uihoritas e rapazes quemoram na Roa l.nic-iina (Lins de Vasconcellos-: Lourdes,

tf amadora do Çyclismo; Geza, por ter uma cal-inin, i, por ser uma figura dvinal; Maria Anna,

A Casa Fuchs, cn: São Paulo,está expondo numa dc suas ad-mirados vitrines, o Prescpc doNatal dc i</í8 quc O Tico-In o estó publicando parccllada-mente. Têm assim os pequeno*leitores d'0 Tico-Tico residen-les na Paulicéa, um modelo porquc se poderão guiar para ar-mar móis facilmente o lindo emajestoso Prestpt deste annoComo tem acontecido com csla-bclccimcntos commen iaes qneaqui estão expondo o Prcsepc

11 Tico-Tico, muito visitadotem sido d Casa Puclis, em SãoPaulo, pelos incontáveis amigosque lá conta o Chiquinho.

cm leilão as seguintes meninas da F colai da Fon . bon-

dade de Alayde? . de Lêa?pila applicação dc Anuita? pelaíentia de Aracy? pela delicadeza deLúcia? pela belleza ile Ludma? pelaaltura de Hilda? pela sympathia de Do-lores? pelo andar de Joaquina? i-clobijouzinho de Carmen ? pelos olho deLourdes? pelo modo dc da Di-nah ? — Maria Rodrigues.

? * E-tio cm leilão os seg iutesalumnos do Gymna io Arte e Jn-ini-cçio: Quanto dão pela intelligei i<lc Licio M.? pela vivacidade de Ma-ria A. ? ia-lo< olho- dr Wándir C ?pelo dentinho de ouro de Anti-inio M ?peloí cabellos dom ido dc Helena?pela gordura d. -.i T. ? •in*ça <!' M. ? pelas lobrance*lha dc o,nau B.? pelai macaquicesdc Ernayde S,? pela habilidade deWablemar A.r péJos olhos de Volan-da C? |>eloíred., C.? —

*****??*?*??* 1

casaco dcP. G. R.

. dc AI«

<' 1 X E M A

? ? Quen ml í-i/'-. um íilm ii, . f/-<imi>r. escolhi rapa nborinhai di i D

Iva: Dinho. o querido Antônio Moreno; Etlith,cantad raylor; Vara, a ingci B Danicú;Maui.i. a interessnlc Laura La Plante; Eduino, o .

Ricardo Cortei. Mauro, o adorado Ramon MoJuracy, a delicada Vihna Banky; ,,.,r_ Mae"Murray; Doca, a sympathica Betty Bron oquerido Haroldo Lloyd; João. ó hndo Charle» Farrell,Ortavio, o delicado O Bricu. Augusto, o sedJoiih Gilbert; Octavio Augusto, o elegante Conrad Nc eu, a dona do fdm. — Clair.

* '• Desejando fazer um íilm e não querendo po auxilio da "Metro", re-olvi fazer com „s afamnEscola WenceUio Braz, do 2T anno: Ostn&rina, a in.civd - ; Nilza, a gentil Constánce Talmadge; Irene,

idosa Rmh Roland; Pérola, a impcccavel Pola Negri;Crameii, a elegante Alice Terry: Georgina. a endialBebe Daniel-: Julieta. a impagável Collecn Moorc; Vera.:, -ednetora Nita Naldi; Ivone a encantadora AnuitaLandis l.ean: Lniinircnc. a linda Coria Swanson; Ze-

intelligente Janet Gaynor; Rmh. a sempre alertaGarbo; Zuleika, a amoro ',¦ Putti; Arlclte. a

ueira Yilnia BaiiU. e eu, o teu diacípulo e receptorRonald Colman.

31 — Outubro — 1928 — 7 ,- O TICO-TICO

SVt7l¦____..- _f_k- / -•t"\i?J\ ^V^Á

o C È O

Eu vi um fio de fumaça sahindo da chaminé da casa e corren-do lá para o alto, para o céo azul! Juro que tive inveja da fumaça,tão branca, tão graciosa que parecia uma renda clara enfeitandoo vestido do céo. E pensei no lindo passeio que aquelle fumobranco ia fazer pelo espaço sem fim. Que maravilhas não iriaencontrar a fumaça que meus olhos Seguiam!...

Se eu pudesse ir com ella, lá para cima, vêr as estrellas, osmundos illuminados da mansão celeste, voltaria contente e poderiadizer a todos que o céo é mais bonito do que a erra. E' maior, tem

mais luz, é a casa de Nosso Senhor...

Mamãe não gosta de me ouvir falar do céo. Ella diz que as

creanças nâo deviam pensar em subir, como a fumaça, lá paracima. O céo é muito bonito, mas toda a creança que vae até elle

doixa morrendo, de dôr e dc saudade, um coração de mãe.

R O M A N H

O TICO-TICO — 8 31 — Outubro — 1028

Cya//<zafacJ*

Historia de um Boneco de PauCAPITULO 16

•Emquanto Pinocchio eslava dcpendura-fio na Peroba Grande, parecendo mais

«riorto do que vivo. a bella Fada de cabe!-los azues chegou a janella. Tendo com-

xao do pobre enforcado, baleu palmasIres vezes e appareceu um grande Falcão

ique se empoleirou no peiloril da janella.

"Quaes são as suas ordens, minha gra-osa Fada?" perguntou o Falcão abai-

xando a cabeia em signal de reverencia.

<A Fada dos cabellos azues era uma bella,j que vivia naquella floresta ha mais de.

mil annos,•Você eslã vendo aquelle pobre boneco.

aVpcidurado na Pcrobra Grande «7"Vejo'.

¦ depressa até lá. desamarra , comt> teu bico lorte a corda que o prende.

' i-o coro muito c«i:Jado r.o chio"'.O Falcão partiu voando e em dois minu-

«s regressou dizendo:"As suas ordens estão cumpridas a» t'Como encontrou, vivo ou morto?"'Parecia morto, mas penso que não esta,

'pois quando desamarrei a corda e o deitei

r.o chio. disse: "Agora estou melhor''.!A Fada bateu palmas outra vez e appa-

receu o Cão Barbado, andando r.as patas.;as como ger.te. O Cio Barbado es-

t fardado. O kepi era enfeitado comrenda dourada e trazia na cabeça uma ca*

beUeira postiça "toda branca; usavj

casaca de veiludo marron, com botões de

brilhante» e dois grv íes l

¦r ossos.

,..a bcus dè vclludo vermelho e

carregava uma espécie de guarda-chuva'.para cobrir a cauda quando chovesse.

"Meu valente Fiel', disse a Fada ao

cio". corre depressa ás minhas cochara».

arranja a mais bella carruagem e parte1

.pela estrada que leva á floresta.• Quando chegar debaixo da Peroba

Grande, você encontrará um bor.eco quasimorto.

Toma-o com cuidado e tral-o aqui.

comprchende "'(

O Cão Barbado, para mostrar que com-

preheridera. abanou a «-juda varias vezes

e sahiu apressadamente.Pouco depois sahiu da cocheira utij bella

carruagem toda enfeitada de pennas de

canário e forrada de seda crem?, puxid*

por cem pares de ratos brancos. *

Quando a carruagem voltou, a Fada que* esperava á porta, tomou o boneco nosbraços e car;egou-o para uma caminha dc

e preparara para elle. A

umer.te mandou chamar

Ires médicos, que chegaram logo. Eramelles o Corvo, a Coruja e o GriUo Falante.

"Desejo saber, doutores"', disse a Fada,¦do-se aos médicos, que estavam ao

redor da cama de Pinocchio. "desejo sa*- este pobre bor.eco está vivo'ou

mor'A esta proposição, o Cervo ciei um pas»

•oil ou o pulso do boneco. ip»l,pou-lhe o c.-4-.'.i e o dedir.ho do pé Dc-poij de ajsc.!tal-o todo. disse?

"A minha, opinião i que o bor.eco estarr.orto, mas, se por qua'. ,

nio estiver morto, er.tào se-á e^IJeste )UCCSlJ vivo"'

'Aborrece-me. disse a Cotu j", t;r quecontradizer o Corvo, meu iltuslre amigo ecollega. mas. pira mim. o boneco estávivo; se. er.trcianlo. por qualquer pheno*rr.éno nio 3. cnlio é certo queestá morto'.

"Nada tem a dizer?'' perguntou a FaJaao Grillo Falante,

"Eu digo que um medico prudente deve:e calar quando não sabe o que dizer; alémdisso, este boneco tem uma cara cor.hecida.Eu o conheço um pouco.

Pinocchio que até tr.tio estivera ir:vel começou a tremer com Untl força qutsacudia a cama.

"Aquelle boneco"' cor.tir.uou o CI

Falante, "não presta para nac.Pinocch:o abriu os olhos, mas fechou o»

logo.'E' um velha»), um ladrão, um vag».

bundo'*--chio escondeu • cabeça debarxo das

cobertas Aquelle boneco é um desobedi-ente que está matando o seu pobre pae".-

Neste momento Ojv;ram soluços nojuarto. Avaliem qual não toi o'espanto,quando tiraram as cobertas e viram quet:a I.r.occio que chorava e so'.-,

_"Quando os mono» choram, disse oCor.o. é signal que estio convaiesrenJo.

''Sinto rr..;ia ter que contradizer o meu(Ilustre amigo e collega. d^jse a Coruja".mas a minha opinião e qae. quando os mor.lo» choram, é poraue nio qjerem morre».

íCo-tifltoj

AM_©yDMlKI©g Í8____^ D'® ÍÍC®ÍÍB€®

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=^~ ____k *Lygia e Alipio

filhos do casal Amilcar Camello. São Paulo ^

/__•• n ril_______t /*< */Jtfe\ viu ^Carmen Irem*, filha ,1., Sr. Vicente ;" T""^ -loaquina Nazareth-

De Stnt-ne. G,_fondaFrc*sLipi .,

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fl Mr ^M\ ^K__«*_K _K

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Hernaiu Ourar, filho do tusalCustodio da Rocha Kalleiro»

Lucianofilho do casal F. Bardelli — S Pa"'°

«^nhorinhas Leonor Mar.arida e

jacy T Amendola Sao Paulo

Ú1•li. .

WmWÊM Çft3!-ffi8ãM55»*:'*~

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Luiz. João e Carlos Priuli

Margot e AliceCarrasco.

__F *^_____ ______S -rr ar 1

_¦ _t_ --_____ ^______

Wanderlino Santos

OS NOSSOS

PEQUENOS

LEITORES

/milRolando e Virgilinho

Castello.

_P* ' i

Phantima Nunes Gabra Aryobar Mesquita.

ai _ Outubro — 1!)28 — 11 — O TICO-TICO

^ilá

77

AHISTORIAS • *StB

BATALHA Episod.» «a w|___,,

Dn,HLn" GUERRA DO'!

NOSSA PÁTRIA PARAGUAY

~v *-._-.....___ __ Üesenho dc Ci-RIACHUELO '«Valladares

_y) ^^—C—tS^J^n^^^^ vç jr

Almirante Barroso

Solano Lopéz invadindo oRio Grande lenta ao mesmotempo um golpe de forçacontra a nossa esquadra.

Foi no dia 12 de Junho dc1865 que se feriu, no RioParaná, a primeira batalha"aval entre as forças brasi-'ciras e as do dictador

Os navios inimigos, namanha daquellc dia. desce-ram até o Riachuelo e m\cs-•iram contra a nossa esqua-

jdfa. Na'noite precedente as'orcas paraguayas de terraMnham levantado baterias

^â_i__i/

nos barrancos c dahi deviam cooperar com

os seus navios. Passaram e desceram o no,

pela nossa esquadra, quasi sem hostilidac.es.

E quando chegaram junto ás baterias mas-caradas romperam fogo com terrível violen-

ceia, procurando rechassar para cima os nos-

sos navios A tactica dos nossos inimigos

era tremenda e teria produzido o maior ae-

sastre naval de toda a historia militar da Ame-

rica, se não fosse a bravura indomita dosnossos.

Dispunham os paraguayos ae seis bate-

nas formidáveis fluetuantes, oito vapores e

innumeras chaianas ou grandes canoas de

guerra.As chusmas de paraguayos fanáticos

investiam contra as nossas embarcações com

impetos ae loucura e inesperado ataque pro-du-indo desordem e confusão com extra"-1*-

.leuma. ,L)ez noras durou a batalha.

A coragem épica do commandante Barro-

so manobrando rapidamente com o seu na-

vio. pondo a pique tres vapores ao inimigo,

assegurou a victoria das nossas armas, es-

crevendo uma das paginas mais gloriosas de

nossa historia naval."Desde esse momento um oraaor achillea-

no inflamma o peito do velho guerreiro; seus

olhos dardejam relâmpagos através da nu-

vem de sua longa barba branca agitada pelo

vento a lança aue só elle pode maneiar.

como o heróc /le Homero, é a piõ.i do

vO

//// ,1•' cVJ|flda.t_y.

'Amazonas , e Gustavino é

o seu Automedonte.

Uma vez envolvido na peleja. elle renuncia ao mando

á distancia, além das bordas.

do "Amazonas"; nem um

novo signal da capita: et: —i

QUE CADA UM CUMPRA

O SEU DEVER; elle com-

manda pelo exemplo, pela

presença do seu vulto nu pas*sadiço do navio; elie sente

que a unidade tactica que

obedece á sua voz immcdiat.i

basta para exterminar toda 2

esquadra inimiga "

Com a victoria de Ria-

chuelo ficou quasi completamente -nniquilado o pudernaval do inimigo. E a Patna

premiou seu grande servidor

engmdo-lhe. annos depois,

um monumento em memória

desse grande feito!

— 12 — :>1 — Oiilubro — 1028O TICO-TICO" (39 {^ _3_i__D_4(ú_^-íi__0

*._-_._ __*_» r___. _/^\'T^O DOENÇA

/ _nví /WS \TA ^E A^-\ ^i\x_v_7v_3N0PNEu'-

w) E PNEUMONIA

y—* 1

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AlNDCv NAO PER-Ü-RRV 89 Al k»»-0-METRO) E O PNEUM ATI CO ií_.'53-r_x'DAM DO O PF-EGO

iY) E* PRECISO ENCMEL-0ANfES DE CMXL-

(x AQ AO JAPÃC

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?ARECE QUE ESTOlJCNW6N00 0E f&-UMA PEHE\RA ...MAS-AH»T€M0S»

UM pNEUM-íTlCO

x VTr\T<.£'

Já__f______ã

NAO. E' NAO A .CAMARÃO-»VOCÊ MAI ME SeRMR,

DE PNeUKATl -GO--SIM.

UM POUCO MA.S 0€pAC«EMC<tV. E NÊX.

«V^ (3UFE

,X .

___________v__xy x}( i] V\ ....

oi Outubro !!_?*. -13- O TICO-TICO

Historia de um vaso egypciolia muitos annos atrás, antes da constrticção

das pyramidcs e dos templos, morava no Egyptouma menina que se chamava Leta.

A casa de seu pae ficava junto do rio Nilo emuitas veze- Leta brincava na beira do rio, fazendopasteis e outras iguarias do limo cinzento do rio.Naquelle tempo o rei comia os alimentos todos etn-"tentos, descorados — e ninguém ainda aprendera a

coloril-os com cores vivas. Certa manhã Leta brm-cava na beira do rio e ouviu um tiro estrondoso adistancia e experimentando vêr o que era achou-sena presença de muitas pessoas que estavam ouvindoo que diziam os soldados do rei, vestidos com gar-ridos uniformes.. Leta ouviu tambem e viu o que setratava — o grande e bondoso rei que sempre en-sinava ao seu povo novas e interessantes cousas,offerecia um premio aquelle que fizesse um vaso debeber com cores differentes do limo cinzento do rioNu,,. O vencedor além <\o premio seria tambemmordomo das rerfumarias Reaes. De hoje a um mez,disseram os soldados, o rei dará um festival no pateo,fôra do palácio, e então dará a recompensa.

Leta ficou excitadissima quando ouviu isto e

tambem todas as pessoas presentes, pois o logar dc

mordomo das rerfumarias do Hei era um posto dehonra no palácio.

Quando viajava afim de trazer novas essênciasc perfumes para o Hei c a Rainha, o mordomo erasempre tratado com honras como se fosse o próprioRei Os soldado* apregoavam o edital do Rei emtodas as cidades c villas. Todos os dias, via-se innu--•ner, as prcoecupadas cm fazer vasos de todos°s geitos c feitios. Tanto como os nobres¦té mesmo o mais pobre dos cria-

ejavam ganhar o premio.Mesmo dc noil t um

correr de luzes a beira do rio? chomens e mulheres experimen-tavam mudar em cores brilham

' cinzento limo do rio Nilo.A pequeua Leta gostava de ob-serviu- o e>forço que todos faziam•"' trabalho, c finalmente na ves-

do dia cm que os candidatosunham que .- ntar, cilatambem teve vontade de concor-rcr ao premio, fazendo um vaso.

r7^C\W^\ _£%—T ^

Ir frkx5? óA'»L M"mmmW^^^/zA \\_ _. }\ UL-

.Alas quando foi á beira do rio e tomou uma porçãodo limo, as pessoas fizeram muita troça delia, ridi-cularisando-a, pois, ella não era mais que a pobrefilha de um fazendeiro.

Ella teve tanto medo, que correu o mais quepoude, tanto quanto puderam as suas perninhas. Pormuito tempo correu, correu sem parar, sem olhaiaonde estava, até que, cansada, tropeçou e cahiu.

Quando se levantou viu que se achava no altode umas grandes rochas que nasciam a beira do rioNilo. O sol estava se escondendo e ella viu que nãochegaria em casa antes da noite. Olhando em torno,afim de encontrar um logar onde passar a noite, viuum cantinho debaixo deu mas palmeiras e um pe-queno riacho. Com folhas seccas das palmeiras ellafez fogo e com a argilla a qual ella trouxera aper-tada na sua pequenina mão, durante a sua fuga, co-meçou a modelar o vaso

Não era muito grande, mas Leta fel-o cuidado-samente. Pobre pequena, com tanta fome e tão can-sada que não podendo suster o somno cahiu ador-mecida ao mesmo tempo que o seu vaso cabia dssua ínãozinba nas labaredas «Io fogo.

Na manhã seguinte o sol penetrando por entreas rochas, acordou Leta.

Ella levantou-se esfregando os olhos e olhandoem volta. De repente, fechou os olhos, abrindo-osdepois desmesuradamente, pois no meio das cinzasvia-se o mais lindo vaso. Não era cinzento, mas ver-melho, um vermelho brilhante, resplandescente, o

qual primorosamente scintillava naquella' manhã dísol, c tinha sido polido pelas chammas do fogo. LeUrV«- surpreza e pegou no vaso.

Não era uma chimera, ma;a realidade, seu próprio vaso.

Mas como havia mudado!Que maravilha!

Então ella pensou que oDeus do Sol havia tirado o ver-melho das rochas e pôl-o no seuvaso. Leta não podia descobrirque as labaredas haviam mudadoa côr do vaso. Cuidadosamenteenrolou o vaso no seu vestido edesceu em direcçao á cidade

Havia uma grande multidãono pateo do palácio do Rei. mas

O TICO-TICO - 14 - .'ÍI - Oiít.i.io !)__S

íst- I

Leta era tão pc-rjuena que cinpouco tempoconseguiu alia-

ar aquellain ti r a 1 li a dcgente e collo-car-sc na pri-nicira fila.

D c í r o n-te delia, no centro

dú pateo, estava armadoÚtil throno no qual estavao Rei e a Rainha.

Escravas com formo-sos leques conservam por detraz delles,refrescando o ar. Em torno do thronohavia grupo de soldados e toda a corte.

Próximo ao Rei, mesas e caixas, e sobre o gramadohavia irai grande numero de vasos. Muitos delleseram originaes e bonitos. Alguns como leões e ser-pentes, outros como botões da flor de lotus. Haviavasos grandes e pequenos, estreitos e largos — mastodos elles eram da côr cinzenta do limo do rio Xilo— a côr que todos conheciam.

O rei olhou em todos os que lhe eram apresen-tados. A' proporção que examinava-os carregava ossobrolhos. "Não ha ninguém no meu reino, ielle, que possa me fazer um vaso em cores vivascomo uma jóia? Estou enfarado da côr cinzenta."

Assim que elle falava, Leta arrastou-se por en-

tre os soldados e*chegou-se aos dc-grãos do throno.

Ajoelhando de-ante do Rei, cila to-mou o seupôl-o sobre a cabeçapara que todos o

pudessem ver.Eis aqui, O' Rei,

vaso que vos fiz c

que o Deus do Soldeu tão lindas cores.

I ,\ espargia sobre"o pequeno vaso,inundando-o de in-tensa luz como uma

jóia, diante dos olhoscnbrados do Rei, emquanto que a multidão gri-

tava delirantemente.Oh! meu povo, exclamou —- c a sua voz

ecoou como notas de órgão através do pateo — estapequena falou a verdade. O grande e poderoso Deusdo Sol, abençoou este vaso com unia das suas maisricas bênçãos. Deixae-vos lembrar que a bôa vontadee a fé, são a felicidade para o futuro.

Depois voltando-se para a pequena I.cta, disse:E tu, oh! pequenina, daqui em diante serás

o mordomo dos meus perfumes e neste lindo vaso,conservarás o mais raro de todos os perfumes.

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¦Si-

«ORR_E*PO_WD_EWCI/\DO D*-. ?ABI TUDO

COI.UMBINA — Sua letra aindaestá muito indecisa com traços degrande infantilidade. Entretanto o ar-arredondado das letras indica doçura,bondade, cre«Iuli«Iade. Ha tambem ai-guns indícios de economia c senso pra-tico

MARTHA DF. SOUZA (Santos)"— Os livros a que sc refere súj en-contrados em qualquer boa livraria aquino Rio e em São Paulo. Medianteva!c postal que nos envie, ; oderei-.esnos encarregar da ccn._iiap ren.metien-do-os para o endereço que nos deu. Opreço dos dois primeiros é 10*000 e doterceiro 5$ooo.

TOM MIX (Maceió) — O "PathéBaby" tem fitas especiaes para a suamadrna <!« projecção. não se podendoailaptar á mesma a< fitas com a bito-Ia comnium das machinas grandes. Os

"films" para os apparclhos "PaUiéBaby" variam dc preço conforme ametragem e o assumpto. Algumas ca-Ml alugam, porém a maioria vende.,

VVANDA (Nictheroy) — Sua calli-graphia revela já grande energia, von-taile firme, decisão c teimosia. Con-

ando com isso, alguns traços de-notam prodigaüdadc c espirito fanta-

i, quando o commum das pessoasenérgicas e resolutas é serem tambemmuito praticas c econômicas. Algumavaidade « "c<y,uetterie" próprias dosexo e da edade.Jl. DA SILVEIRA (S. Paulo) —

Xão recebemos a carta de que nos falana que nos chegou ás mãos agora.Quanto ás consultas que faz responde-nos: á i*. itm; á 2a, está dependendodo temperamento mais ou menos im-

vo do consciente* ás 3* c 4*, oão;

;l 5*> queira explicar mais claramente,pois não conseguimos apprehcndcr *-cupensamento e o que pretende d;zcrcom aquelle: "no "caso" vertente cmque me acho embaraçado"? Que "ca-so" <• esse?

NELSON — Temos publicado ulti-nianiente diversas musicas. c o Alma-nade, que se está imprimindo, trarámusicas tambem. Quanto a rced:taralgumas publicadas em números já es-goíados, é um assumpto que iremosestudar. Mande dizer o titulo <Ic ai-gomas dessas.

LULU' DA POMF.RAXIA — Xãodeve «lar nenhuma carne, e sim leiteemquanto forem pequeninos. Dcpo:ssopas de pão, mingáos ou bolos de mi-lho, _, etc. O banho diário iindispensável e com um sabão ant" e-

e para*iticida.

yi — Outubro 1ÍI2S -15 — TICO-TICO

HISTORIA DO Z E MAC0 CONCERTO DA FAUSTINA

O

ci>NCC*ro'^ yW canto1 GRanOE CfN.tRTO t/n taxi L )cíy/vo wolao xZÃ$\ errAõ ¦r_ macaco «lw.nha -. SL_7 _¦ ^-.«^J

Cl/r Ce/toro C0Mf>AA, aY^> , Í>uaoc?0 ^^sc/sa Gu£ ''°*"UQ<

tvr oo*t»o co*,^*0M£s-f '**> "ta-CAcmr* \ ' "•«*-..._.-QU*. ffuiocro cor+r

^^^^(c^^TJ (?\,*« *' _<«*>.' /0/,ss'a ro"A' /—«t ¦>

/ . &^PÍ^^ __S^ *'*/*? VL/Ar"i0 I *Ac S''*''" ^40 "^" / I VX^^l^K * sr—^f^ (~^9 coMPANueir^o' -^f-K -*" èAmrrjLÍ~- ,fc_g_7 ^^c^. 'v° *v

': JL- W j!_Em Dezembro, CINEÀRTE-AtBlJM,

1 u x u o s a publicação pinematograpli-ca.

O TICO-TICO -- 1G — :;i Ouluhro I«J25i

O LOBIS HOMEMA festa de S. Benedicto e de Nossa Senhora do

Rosário corria no Lagarto, Estado de Sergipe, e aprocissão seguia vagarosamente com o seu acompa-nhamento de negros e mulatos, congos e tageras,cantando em cadência:

"Fogo da terrarego do mar,Que a nossa rainhaNos ha-de ajudar'-.

As raparigas vestidas de branco e enfeitadas defitas, dansavam na frente das imagens, esganiçandojuntas a este coro:

'•Virgem do RosárioSenhora do mundo,

Dai-me um coco d'agua,Senão vou ao fundo...

Inderê, rê, rê, rê...Ai Jesus da Nazareth!"

Ao que respondiam os negros:

Meu S. BenedictoNão tem mai coroa;tt_m uma toalha,

Inderê, rê. rê, rê...Ai Jesus da Nazareth!

De súbito rompeu uma rixa e cruzaram-se gritos,ameaças e vociferações, interrompendo a marcha daprocissão. Um negro velho, de carapinha branca,avançou para o tumulto e indagou autoritário qual acausa do distúrbio.

Aquillo era uma falta de respeito! E a tarde iacahindo. Queriam elles que anoitecesse com as ima-gens no campo, longe da capellinha?

"Ai pae Chico!'' exclamou uma negra já edosa,approximando-se: "aquillo é a minha desgraça! São osmeus dois filhos Cazuza e Januário que estão se desa-fiando por cusa da Rosa, com quem os dois queremcasar-se!" ,

Neste momento o alarido tomou ainda maioresproporções, ouviu-se o estalido de violas partidas eservindo de arma para dar pancada, e apparcceram lu-tando dois mulatos destemidos e assomados, em cujacamisa se alastravam já algumas nodoas de sangue.•Pára! pára!" gritavam. O negro velho de cara-pinha branca, interpoz-sc e conseguiu agarral-os pelo

braço, desenvolvendo uma força de espantar naquellaedade avançada. E conservando agarrados os doishictadores, berrou para a procissão, que se apinhava,desordenada:

'•Fôrma, rapazes! E para a frente! Seguir! Nósvamos daqui a pouco".

Em breve, a longa fila de gente e de imagens esten*dia-se pelo caminho e pouco a pouco sumia-se naprimeira dobra, ao som dos cantares e das dansas; c osihncio restabeleceu-se sobre o grupo de pae Chicosegurando os dois mulatos, agora mais calmos e atten-dendo ás reprehensões da negra edosa, que era a mãed'elles.

A tarde ia escurecendo. De repente um latido agudoe lastimoso cortou o espaço,- e viram passar a galopepara os lados do sertão um grande cachorro negro, comolhos de braza que desferiam faíscas luminosas.

•Credo! Te esconjuro! O lobishomem!..." brada-ram todos, abaixando a cabeça e persignando-sc. Oslatidos foram-se afastando lentamente.

Então o velho pae Chico virou-se para os doismulatos, e disse-lhes:

"Vocês sabem quem vai ali? E' o cabra Lcocadio,.coitado! que matou o irmão por causa da Virgínia. Am-bos queriam casar com a mulatinha, e sai briga que puxabriga, até que na noite de Reis, na festa da Lapinha,Lcocadio enterrou a faca no peito de seu irmão*'.

"S. Benedicto nos acuda!" exclamaram os outros.-'•Pois foi mesmo S. R-enedicto que castigou Leoca-

dio", tornou o negro, "virando elle em lobishomem, quetodas as noites é condemnado a girar sem descanço por,todo o sertão. A esta hora já vai o desgraçado cumprira sua sina até o alvorecer da madrugada...

'Ah! pae Chico!"' interromperam os dois mulatos"por Deus que nós não brigaremos mais por causa daRosa".

"Eu juro por esta cruz!" disse o Cazuza, cruzando osdedos e beijando-os.

"Eu vou para o Rio dc Janeiro sentar praça!" disseo Januário.

"E eu?" choramingou a negra velha", então eu vouficar sem meus filhos?"

"Quer antes que elle mate um homem?" perguntouo pae Chico encolerizado.

A preta então resignou-se. E o Januário partiumais tarde pata o Rio de Janeiro e nunca mais brigoucom o irmão.

O cabra Leocadio, coitado! esse continua sempre aser lobishomem.

31 _ Outubro — 192S — 17 O TICO-TICO

Na bondade dos raáos ninguém se fia

uii junto de nos e nãomenor arreganri

Mal sabiam que a sucury nadapoFque n§o tiiin e quan-tem a barriga cheia até os p' is delia pproxim

11 dia, o porco caminhava paraviu a ea'

OndePassear!

— 1. não tens medo da sucury?O mdeu, seguiu viagem c a poucos pi

e Hera na bondade «lus rnái.iro

Y ^___£__§*

__^—a^íON" «r_r ei/, mwsStè,__5____^__a____ K"^*^" - ^.s.

' if - ' ___fU_A_*V^*_**y --Sr/ Xvr.íáW w\ . __E_r—__v71Í_=J_____^_í_5-^ ^/ /*' ''^^Imm^^r^k^^m, w__fi__^_j__J__w \_ T_jkJí?_y____=S[ L *jy "/mW/mm\Wt\vn ltfc-S?.iMÉK-J7>» iA -.^f^r^^,-^ \

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O TICO-TICO — 20 — :J1 — Outubro 1ÍI2S

NAS MARGENS DO ARAGUAYAVIAGEM ENCANTADORA

II PARTE(Maria Ribeiro dr Almeida)'

O principe encantado e o joven índio achavam-sc -ábeira do grande rio Araguaya, verdadeiro mar, de águasvermelhas e revoltas, cuja imponência e vastidão sópode calcular quem tem a fortuna de visilal-o.

Mais ou menos no logar onde está situada a cida-de de Leopoldina, havia uma espécie de residência ouestação, ao ar livre, onde os indios de varias tribusamigas faziam o ponto inicial e terminal de suas via-gens, rio acima... rio abaixo...

Havia ali, portanto, grande quantidade de embar-cações, variadas em tamanho e qualidade.

Em primeiro logar, a canoa leve, chamada ubá, apredilecta dos indios, que consiste simplesmente emum tronco de arvore, com um buraco no meio. Destaespécie, algumas chegar ¦ a ter doze metros de compri-mento. O piloto fica dv ,.(•, e dirige a sua embarcaçãocom um comprido bambu'. E' extraordinária a veloci-*dade destes botes primitivos. Mas é preciso ser indio

a navegar em taes canoas!Sabem -por que?...E' necessário ficar ímmovel, sempre em determina-

da posição, para não deslocar o centro de gravidade,•íão... é uma cambalhota certa! "

Depois, vem a montaria, semelhante ás pirogas dosnegros da África. E' ainda um tronco de arvore; po-rém, mais curto, mais largo, e menos fácil á cambalho-ta. Mas também, não tem a velocidade que tem a ubá.

A igarité, o mais sympathico dos vehiculos fluviaes,é uma canoa bera acabada, muito elegante e de formaalongada.

O bahlã.i, menos elegante e mais pesado que aigarité, é bastante solido para affrontar os travessõese as corredeiras, que se encontram freqüentemente, noAraguaya e no Tocantins.

Por fim, o bote, que é a maior e a mais solida detodas as embarcações indígenas.

Algumas destas embarcações, para não serem .tas, c escaparem á cubiça de uns, ou á espionagem deoutros, achavam-se amarradas, no fundo do rio, aosbambuzaes que tinham raizes dentro d'agua.

Sépé reconheceu logo a ubá querida na sua tribu,que os meninos, e mesmo as meninas, aprendiam a fa-bricar, desde pequeninos, não havendo nenhum que nãopossuísse a sua ubázinha em miniatura... Ah! comoelle gostaria dc filar, com a rapidez da flecha, para aterra onde nascera!

r Mas, vendo que o principe Horus desdenhava o"tronco furado", como elle dizia, preferindo um bombatelão, o indiozinho calou-se, deixando o outro resol-ver sozinho. E como o egypcio tinha no cinturão um sa-quinho cheio de moedas de ouro, não foi difficil arranjarimmediatamente um piloto e quatro remadores.

Já iam soltar a embarcação, quando viram chegarcorrendo um indio, que trazia "agrados" aos viajantes:abacaxis, batatas e parasitas. Queria elle fazer parteHa caravana.

E, de facto, faltava o marisqueiro. Este é o nomeque dão ainda hoje, nos sertões de Goyaz e Matto-Gror>so, ao que se encarrega da dispensa. Elle tem de estar

rempre attento, para que não falte aos — companheiros,nem peixe, nem frueta.

Finalmente, chegou a hora da partida. O piloto fazum signal, os remos se levantam, para recahir c.ciadamente... o batelão, move-se com presteza,guindo bem pelo meio do rio, onde a corrente é maisforte...

Sépé, commovido, aperta cm silencio as mães deseu bemfeitor.

O batelão corre com Incrivel rapidez, sobreáguas vermelhas do incomparavel -rio-mar. E o princi-pe egypcio pergunta a si mesmo se não foi ahi que pe-receu a caravana do Pharaó, quando perseguia osbreus...

E considerando a figura nobre e bem conformadado seu companheiro de viagem, elle estremecia, pensan-do nas torturas infligidas pelos seus, a um povolhido... que era o povo de Deus!

'Povo escolhido, predilecto do Altissimo!... E en-tretanto, em quarenta annos de torturas e privaçõe?.xando em meio da jornada, sem contar os mortos, tri-bus inteiras, cujas civilisação e illustração, já tão adi-antadas, se perderiam nas trevas de r-eculos vindou-ros!..."

Assim pensava o principe Horus, emquanto Séextasiado ante a belleza e variedade do panorama, pro-curava, naquellas paragens saudosas, uma reminiscenriada sua primeira infância.

Ao meio-dia, o batelão parou junto á maYgem dorio. O sol estava ardente.

E uma séstazinha, depois do almoço, nüo í.a ninguém...

Um vento quente annuncia a tempestade.Os veados, os guarás (*) e os tapitys correm para

suas tocas, fugindo ao perigo, emquanto os jacarés c asarinhanhas (*) se escondem debaixo d'agua.

Mas os bichos que mais parecem temer os índios,são as terriveis piranhas e as mais terriveis arraias.As piranhas, com seus dentes de serrote, mais afiadosque as machinas da mais bem montada serraria, cila-ceram em pouco tempo o infeliz que cahe no meiod'ellas. As arraias são peixes, talvez únicos, que pó-dem viver fora d'agua. Escondem-se na areia; e sãoverdadeiros demônios, com a tesoura de pontas combarbatanas, finíssimas c traiçoeiras, que possuem nacauda. Pisar uma arraia, é expôr-se a um ferimentohorrível, de que muitos morrem; e poucos não ficamaleijados para toda a vida, porque rasga os tendões, osnervos e até os ossos.

Fora estes perigos, a viagem sobre o Araguaya éum verdadeiro, encanto.

(*) Guarás — cachorro do matto, espécie de :a-posa vermelha.

(*) Arinhanhas — lontras enormes, que vivemnos nossos grandes rios.

(Continua**

;tl _ Outubro — 1928 21 « O. TICO-TICO

t^Wm^^^ nl vW

A MODA INFANTILi° — Combinação dc contil encarnado com bo-

linhas brancas. Su.pensorios. Bhtsinha de ba-tista branca. 2o — Calça de panno bois de rosee blusa dc linho branco bordado com ponto de.cadeia rosa velho. 3o — Traje gris listado debranco. Calça de uma só côr. 40 — Calça develludo preto e blusa de jersey doirado. Ado. 110:gravata de cordão prateado. 50 — Costume ámarinheiro de ílanella encarnada e branca, laçode fita branca. 6o — Costume de panno e.cossezazul c branco com collete branco finamente plis-sado. Chapéo de linho branco.

BORDADOS. — Guarnição á Richelieu. De-senho em miniatura uara stóre. Letras para rou-na branca.

T/íffiiJ» _nf i/r

O TICO-TICO 22 —. «1 — Outubro — 1..28

0M Gb. c%áí

ANDROCLES E 0;LEÀ'0Androcles era um pobre escravo romano a quem

o seu ame» levou ao Norte <le Aflita lia já muitosséculos. Como o amo era um homem muito cruel,a vida do escravo era muito má, e por isso elle (le-cidiu fugir pára ver se chegava á costa e se dalipoderia voltar a Roma.

Sabia muito bem que se o prendessem o mata-riam, e por isso esperou uma noite escura c sem luapara sahir secretamente <le ca>a do amo; atra\« ia cúJade e sahiu para o campo.

No meio da escuridão apressou a marcha, mas,com a \\\/. do dia, viu que em logar de ter fugidopara a costa, tinha penetrado no interior do paiz, nosolitário deserto. Estava abatido, cheio dc fome e desede: descobriu a entrada duma caverna na faldaduma colina, entrou naquclle antro, deitou-se nochão e dormiu tranquillamente.

De repente despertou-O um terrível rugido, edum salto pOZ-se em pé, vendo á entrada da cavernaum enorme leão. Androclcs tinha dormido no covildaquclla fera e logo comprehendeu que já dali nãopoderia sahir, pois o animal impedia a passagem,Esperava horrorizado que a fera saltasse sobre elle.e o matasse. Mas o leão não se movia.

Queixava-se e lambia uma pata, da qual corriasangue. Androclcs esqueceu o seu terror e, vendo osoffrimentó da fera, approximou-se.

O leão levantou a pata como que a pedir-lheauxilio. Androcles viu que o leão tinha nella umgrande espinho, que já lhe produzira grande inflam-inação. Num rápido movimento extrahiu o espinho,deteve a marcha da inflammação e estancou o sangue.

Alliviado da sua dôr, o agradecido leão sahiu dacaverna e, «lahi a poucos minutos, voltou com umcoelho morto que poz junto de Androcles.

Q pobre escravo assou, o coelho c comeu-o; dc-conduziu-o a um sitio onde brotava da

terra um manancial dc água fresca.Durante tres annos, homem c fera viveram jtm-

tos, caçaram juntos c juntos comeram e, durante a

noite, o leão repousava extenclido ao lado d«> scubemfeitor e movia a cauda dum lado para o outro,como um cão ou ura gato que se deita aos pés dodono e se sente feliz.

Finalmente, Androcles sentiu desejos de contmu-D tear com os seus semelhantes e deixou a caverna,sendo logo pre-" por uns soldados e mandado paraRoma como escravo fugitivo.

Os antigos romanos não tinham piedade com osescravos fugi ti vos,, e Androcles foi condemnado a serdespedaçado pelas feras no primeiro dia de festa nocirco.

Uma grande multidão correu a presenciar otriste espectaculo, e entre o> espectadores via-se opróprio imperador dc Roma; que tinha no Colysetl asua cadeira imperial. Rodeado pelos seus senadores,dali contemplava a cruel festa:

Deitaram Androcles para a arena c mctterani-lhena mão uma lança para elle se defender dum tremeu-«lo leão «pie tinham conservado durante alguns diassem comer para o tornar ainda mais feroz. Ao pobreescravo restava bem pouca esperança dc poder con-servar a vida.

Estremeceu quando o leão esfomeado sahiu dajaula, c a lança caliiu-lhc das mãos ao ver que oanimal, aos saltos se dirigia para elle. .Mas. em vezde o atacar c o derrubar, o leão agitou amigável-mente a cauda c lambeu-lhe as mão.-. Então, Andro-cies, viu que o leão era o seu companheiro da ca-verna; acariciou-o, inclinou-se sobre a sua cabeça echorou.

ü povo ficou maravilhado com aquella prodi-a scena c o imperador mandou chamar Andro-

cie-, pedindo-lhe a explicação do (pie se tinha pas-tado.

I >«¦ tal fôrma o encantou a narrativa, que lheconcedeu a liberdade.e a dignidade «le homem livre,e deu-lhe uma importante somma dc dinheiro. Dc-pois, Androcles costumava pa eai pelas ruas d«Roma acompanhado pelo scu leão, (pie o seguia par;toda parte como um cão fiel.

^*^^Ailysk

X

31 _ Outubro — 1!)2S - 23 - O T I CO - TI C 0

H I S T O R I M U D(DESENHO DE MARTINIANO)

^>

A PRESSA OA MARGARIDA

Mi parida é engraçadinha,l:-p rta, viva, atilada;

Porém faz tudo ás carreiras.Vivendo sempre aprossada.

Pir et*c oo-tume seu,Muito t-Miuisito, aliás,

Margarida não tem calmaE troca tudo o que faz.

A"s vtzeti I u próprio nome.Nona pri- a desmedida,Ella troca e d», assim,Que se cliama Garmarida.

Quando vae a algum passe'o'> (az dc modo apressado,De sorlc que Margarida"Toma sempre o bon-íe errado

Si conversa é trapalhona,Io o que diz.

Chama "'camáco" ao macacoE mr.a bica é chafariz!

Foi á mU<a no dacniiE na volta, sem eu 'Disse; — Quando cheguei 15Jj estava o "víral missado".

(MONÓLOGO).Na me.-a cila, então, é única;Sua pressa nunca falha,Passando um prato a0 vismhoSempre o entorra na toalha.

sobre-mesa ella falaCom o maior espalha fato

E em vez de prato do doce,j íz: _ Dè-mc o doce do prato.

\u no jardim um ca'angror-xclamou: - Q»" **» bichai

Uu na presM ajuntet- logo:_ Pan-ce uma ga.arlixal

Quando c:ta algum provérbioAs phrases assim «11a muda:_ - ^a;s vale qtmn D«us madrugaDo quo quem cedo Elle ajuda".

Ou d'z mtão. multo rápida;S.-m que enganada pareça:_ "Quem com muitas pedras caeUma bole na cabeça.

Outras vezes, convencida.Exclama, quasi a correr:

_ a Omm vê as barbas ue molhoTõc o s*u visinho a arder".

uu então repete bem seriaYMe grande disparate:

"Água dura em pedra molleTanto fura até que bate!"

No seu exame de historiaElla disse, em prova oral:

" Foi Pedro Alves BrasilQuem descobriu o Cabral.

Na prova de geographiaProclamou esta belleza :Capital de FortaláE' o Estado de Ceareza!

Margarida! Margarida!Diz a gente a aconselhando,Não fales assim depressaPorque acabas sempre errando.

Ao que ella replica logo:— Falar ligeiro é tão bello!Todos erram quando falam,!Somente eu falo ç não rêlo!

U. MAIA

O TICO-TICO — 24 31 — Outubro — 1928

[fc^G^^^^^M©AMBULÂNCIA

As ambulâncias mais ou menoscompletas que de facto possam pres-tar serviços são caras, e assim ou atropa fica desprovida destes recnr-mis ou os seus escoteiros confeccio-liam uma <)tie sairá fatalmente oumuito frágil ou muito voluiuo-a tpor conseguinte, pouco pratica.

Offerecemos hoje, aqui. um modeloque parece satisfará á tropa maisexigente.

E' bem de vêr que no confecciona-mento podem ser feitas modificaçõesna disposição e no conteúdo.

A CAIXA — Cortar em .abo _ dó5 m/m de diâmetro,

— de 20 cms x 12 cms. para aparte trazeira.

— de 12 cms. x 5 cms. para oslados.

— de 20 cms. x 12 cms. para afrente.

— de 20 cms. x 6 cms. para c.fundo e outra para a parte de cima.

Aplainar e lixar depois pregarcom pequenos pregos: o fundo, osb-dos e a parte trazeira.

Reunir depois a parte de cima ápai te trazeira com duas pequenasdobradiças o mesmo fazendo com ofundo e a parte da frente.

Para fechar a caixa collocar umtri-.ico de gancho na parte da frenteque prenda a parte de cima.

Laqtieai a caixa interna e exter-(lamente com tinta esmalte branca e

a frente uma cruz vermelharipta num circulo verde.

Com um pedaço de couro fazer na

parte de cima uma alça para servirle empunhadura.

No interior-da caixa pregar hori-zontalmente a 4 cms. do fundo umataboa de 19 cms. x 5 cms. perfura-da no lado direito, em duas ordensde 3 furos de 12 n^m de diâmetro,destinados a manter verticalmente 6tubos de vidro (face-s de encontrar

/•_ \ íi/_^~4qVf i m*

no commercio;, que serão cheios de:Io Comprimidos de Bromoquinino, 2'Comprimidos de Cafiaspirina, 3o Aci-do picrico em pó, 4o Ácido boricoem pó, 5° Antipyrina em ' pó, 6oPermanganato de potássio em crys-taes.

Esta taboa supportará do lado es-

querdo 5 vidros sendo 2 grandes e3 menores que serão mantidos poruma tira de elástico ou borracha pre-gada pelas pontas á taboa da partetrazeira.

Os vidros são destinados a: Tin-tura de Iodo, Ether, Elixir Parego-rico, Balsamo Catholico, e ÁlcoolCamphorado.

Acima dos tubos fixar na parte.razeira por meio de elástico 2 ou 3pacotes de gaze de larguras diver-sas e acima dos vidros um pacotede algodão bydropbilo.

No lado interno da parte da fren-te fixar pelo mesmo meio, duas la-tinhas tendo: vaselina boricadanuma e pomada de oxydo de zincon'outra; uma pinça; uma thesoura;um tubo de vidro tendo um pincelpara a tintura de iodo; alfinetes desegurança, linha, agulha e um ca-derno com instrucçoes para o uso dosmedicamentos.

SENSAÇÕES ESCOTEIRAS

Como te parece a pinguela...

pâsis•~*.r

'ÊSt.

í YplP^

.. .quando os outros _in .quando tu atra

SI — Outubro — 1ÍI28 O TICO-TICO

* -Và-*' II, \l VV ^S-¦!/£- *>&

A4# JL^ ¥ UTHEATRO D O

^& A S"O TICO-TICO"

VIRTUDES^r^

Enscenaçao: — bão tres meninas symbühzando aFé, a Esperança e a Caridade. Vestem túnicas vaporosas, dc cores, respectivamente, azul, verde e rosa.Trazem ao cabello, em forma de diadema, fitas da côrdas vestes e ao peito os objectos svmbolicos, prateados:a cruz, a ancora, o coração.

O panno em cima, apparece, do fundo, a «que repre-senta a Fé, e declama:

Sou a luz, que as aimas puras illumina,E dentro das consciências, sou clarão.Quem na vida commigo peregrinaTem por Deus earantida a salvação!

Commigo lutareis sempre de pé:Eu sou a Fé.

Minhas obras são tantas, são tamanhas,Que commigo podeis transpor montanhas!

Tudo que eu valho está contido nisto:'Crêde, que sereis salvos" disse o Chnstc.i

Sou o único caminho que conduzAos paramos luminosos de Jesus!

Na Vida, em parte alguma,,Encontrarei rival... Quem pôde, em summa,Sem mim, viver na calma c na bonança?

A ESPERANÇA (que surge da esauerda)

Irmã, sou a Esperança!Sou luz, tambem. de bella resplendencta,Que illumina os caminhos da ExistênciaApontando aos caminheiros o porvir...Eu sou este calor que arde, a fulgir,

Nos corações dos crentes.

A FE'

Eu sou a Fé: eu curo até os doentes.

A ESPERANÇA

Sem crença e sem confiança no amanhã,Não obrareis milagres, minha irmã!O espirito sem mim se exhaure, ficaSem forças que o arrastem sempre avante:Sou o balsamo que as almas vivifica;Sou como vós, tambem, muito importante...Fé, dá-me a tua mão, irmã querida,E, juntas, caminhemos pela Vida.

de mãos dadas, vão á bocca da scena, declamando,alternativamente).

A ESPERANÇA

A Esperança na Fé se identificaE formam, desse modo, eterna alliança;A alma, que espera e crê, é sempre rica:Seia um velho, um adulto, ou uma creança...

A FE*

O espirito, que espera em Deus, de certo.Ha de sahir triumphantc em toda a lida,Do Progresso encontrando-se mais perto...

A ESPERANÇA

E vai, dentro da lei de Evolução,De planeta em planeta, vida em vida,Ao ultimo dos graus da Perfeição...

A FE'

Agora, minha irmã, a nós quem ha deIgualar oara a pratica do Bem?

OutubroOTICO-TICO — 26 31 — J!)2.3

A CARIDADE (que vem da direita)

Eu sou a Caridade:Acalmo dores, sem olhar a quem.

A' sombra do meu vultoAbriga-se o infeliz, o que padece...Eu sou graça e perdão, amor e culto,

A minha voz é prece;Sou pão que mata a fome.

Dou agua a quem tem sede e visto os nus.As almas boas abrem-se ao meu nome;Illumino corações como Jesus.

Tenho para quem choraBalsamo que allivia todo o pranto.Andar fazendo o bem a Vida cm fora,E' fazer o que na Vida ha de mais santo!

A FE'

Vós completai apenas meu valor.

A CARIDADE

Irmã, eu sou o amor!

A ESPERANÇA

Só se chega até vós por minha mão.

A CARIDADE

Irmã, sou o Perdão»

A ESPERANÇA

Crendo, esmerando e dando o céo se alcança:Eu espero alcançal-o: sou a Esperança.

A FE

Eu dou, espero e creio: sou a Fé.

A CARIDADE

Somos, pois, de Jesus de Nazareth,As três virtudes máximas, supremas,

Suas jóias melhores, suas gemmas...Bem haja quem por nós só vive em lida!

(apontando a Fé)A Fé, empresta forças para a Vida...

A FE' (apontando a Esperança)

A Esperança conduz para a Victoria...

A ESPERANÇA (para a Fé, apontando a Caridade)

E a bôa, e a meiga e a doce Caridade?

A FE'

Leva á Divina GloriaPor toda a Eternidade!

(De mãos dadas, recuando um passo largo a cada veno,até o fundo da scena).

A CARIDADE

Dá força a Fé...

A FE'

E vida a Esperança...

A ESPERANÇA

E luz a Caridade...

A FE' (largam-se as mãos)

Somos bem os três soes da Humanidade!

A CARIDAD1?

As três filhas dilectas de Jesus!

PIO D'ALVARES

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Oracilio e Mario.filhos do

Sr. Mario Volpe

J.0Se. «lho «Io Sr._nt°nio Sênos.' Ara rua ma —

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VSBBSBB ^BBBBBBBBBBt * *n^#VBBs!

•ibbbbbbI bbb^ ^-^sssl "^ ^B

Eda e Celse, filhosdo Dr. Antônio

G. Lanna.

Edmo, filhinho doSr. Antônio M. Henriques

Celeste, filhinha doSr. Manoel Sênos.

— Araruama —

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_. 1

"PINDOBINHA"

ESTA' FAZENDO

UMA DECORAÇÃO

FUTURISTA NA

PAREDE. PREPA-

RA A CASA PARA

RECEBER OS

AMIGUINHOS

GENTE DE

NATALIE KINGS-

TONE VAE DAN-

SAR UM TANGO.

AO AR LIVRE.

COM O SIMÃO —

O MAIS FEIO DOS

MACACOS

31 — Outubro — 1928 — 29 — O TICO-TICO

mo ( OI E O DO B I C H o s—r i-ii ¦ ^^^_mm ¦' - ¦ —¦¦¦-- --,_¦ i""1 —————-——_——_—___________

— Vou tomar o aeroplar.o para ir á cidade! — dissea mestra. — E nós iremos também! — disseram bai-xinho os alumnos.

—IE sem que a mestra os visse, correram para o

aerodromo e tomaram logar no aeroplar.o que iapartir.

Felizmente o aviador voltou logo ao aerodromo e osbichos estavam tão assustados que não quizeram maisseguir a mestra á escola.

Apenas haviam embarcado, o aeroplano alçou ovôo á toda velocidade e o piloto começou a fazer'looping the loops'', aterrorisando os bichos.

^¦*-"-v-.vv-.-.«.v-.-.-.-.v.-.,v-.-.'v-.-.-.-.---.-.v^^AS IDÉAS DO ANTONICO

MONÓLOGO

.-.-.-.-.---.-.---.-.-.-¦-jn

Mas vejam só, que oussadalPois toda c»:a papeladaI'-u tenho que decorar,Para na escola cantar.

Eu só queria saber"~" Façam favor de dizer —<'• 9t«e adeanta v-tudar.Sem o dinheiro ganhar?

E" sei q;.e só dão valorA q«em se chama: "Doutor".1 *•• quando a gente é sabida,° »ber, nos dá comida?

"•" ?«i de um doatorzinho.J»e até mesmo o jornalzinho,

ifm que j-cdir ao vendei ro.l0rqiic nunca tem dinheiro...

A mama diz sempre assim.".Meu filho, escuta-me. sim?Você precisa estudarPara o dinheiro ganhar.'-

Aqui p'ra nós. meu padrinhoNão é nada sabidinho...Mas... quando conta o dinheiro,

Leva Disso, um dia inteiro...

O papá diz: tfArtonico,

Não te compro "O Tico.Tico".F. eu que sou bem^doidinhoTelas artes do Chiquinho,Trato bem de saber lèr.Tara com elle... aprender.

Adens, vou estudarPara meus pães agradar;Pois. assim, veio o ChiquinhoE ganho sempre um beijinho.

Maria Alda.

( A ^1 &

$$£_• i_«k***v5\>^ Jn__5_DIGA.meu filhinho:a-MO-MItil-NAEVITA OS ACCIDENTES DAda DENTlÇAOe FACILITAa SAHIDA DOS DENTES.£m todas ai Phnr/nacias

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CONTOS PRIMAVERISD E

Rachel Praúo .Lindo livro illustrado — Próprio para a infância 5

. -a» juventude. T _A venda nas Livrarias: Alves, Gabnie* e LeitsRieeiío. CONCURSO DE NATAL

O TICO-TICO — 30 31 — Outubro — 1323

MANUELITAQuem não conhece a formosa praia de icarahy,

que dizem so- a mais linda do mundo?.,.Quanto, vão responder que nunca tomaram abarca para atravessar a Guanabara e chegar em pou-cos minutos á terra «le» grande Ararigboia?!Pois olhem que vale bem uma entrada dc cinc-

ma, a passagem para o outro lado da nossa babia!O que é a praia de Icarahy, mima linda manhã

de ceo azul, só -abem apreciar aquelles que anda-vam correndo unas estrangeiras e* voltavam sai;de paizagens nunca vistas, cm que só a mão deDeus trabalhou!A praia de Icarahy, formando uma enseada pro-

pna para banhos, para a pesca e passeios em pe-quenas embarcações, descreve um vasto semi-circulo,contornado por montanhas cobertas dc vegetailuxuriante, offerecendo ao turista regalos sem fim.E o banhista não sé encontra, como nas praias de< opacabana, ante a monotonia de um horizonte in-tc'r,Ilin inpre igual, sempre grandioso, massempre infinitamente' melancólico!...

(' eontoi o verdejantes, como os recortes dasmontanhas, embellezando o horizonte, alegram avista e repousam o espirito.

Aí ilhas e as pedreira iradas e as gruta=,que apre i ntam a cada passo novas surprezas e novos

So o pouso preferido, não só dos pescado-res como dos collecckmadores dc conchas, algas, po-e outros predileto, do mar.Ahi <_ que vamos encontrar Manuelita. Em fren-

te á muralha de pedra que tem o nome de Itapucaha um verdadeiro archipelago de recifes, que o marnão che;;., a cobrir <le todo, quando a maré estácheia; <• por onde se pas .,., a pé enxuto, durante avasa n te.

Manuelita, conhecedora de todos os segredo; dapraia onde nasceu, onde seus pães sempre viveram

de morreram seus avós, percorre ósinha icanto- predilectos.

Um dia, sentou-se a hV. em cima da cabeça dcíndio (ilha assim chamada, porque lhos imita asformas), e, distrahida-, não se apercebeu da hora ouetrazia as cheias... n8o se lembra das marés, senho-ras das cercanias... „cm via que a água lhe invadia....

Ê a menii.a_.nha, mais alegre que consternadacom este imprevisto, tratou de tirar as meias ,- ossapatos, e correu para o cães com água pelos joelhos!Mas hoje ella não está di_trahida. Ella viu umobjecto medito na historia de suas explorai..Uma rede afunilada, semelhante a uma sua, fiatremendo das borboletas.

Era o ^irerê" de um velho pescador, moreno,typo de mdio, que se dizia neto de um valete ca-Cique.

Manuelita conhecia o velho, e gostava de i -versar com elle. Sabia que andava a vender maric camarões; mas nunca tinha visto como os apanha-va. Chegando perto da rede triangular, q„e pareciaum brmquedmho de criança, lembrou-se dc suspen-dela, e viu que estava cheinha dc mariscos c cama-rões.

.Manuelita comprelicndcu que aquillo era uniaarapuca, onde o velho fazia as sua ões parao mercado.

B, brejeira, na inconscicncia dos bci.s oitolembrou-se de prégar-lhe uma j

_______________ (Continua)

31 — Outubro — 1!):>S - 31 — O TICO-TICO

A CAIXA MYJ^T fMUO<*fí*

de

Eram 7 horas. Tilim tilim suou a cineta, e áquel-le signa] a familia do Sr. Augusto reuniu-se para ojantar. Edgar penteou o cabello, lavou as mãos epassou pela sala dc estudos, para descer junto com

..Olá!

•— Celso não deu resposta. Edgar entrou e ba-teu-lhe no hoinbro.

Que é isso, Ccl o, você está com uma carapoucos amij

Estou de um máu liuoior horrível, unia raiva...E*? pois a minha, vocação de futuro medico me

pcrniitte diagnosticar que i^o é íome.Pôde muito beui ser. l'elo sim, pelo não,

vamos jantar.Durante a refeição, Edgar, percebendo que o

amigo já estava alegre, ousou bulir com cllc.-Sr. Augusto, o Celso anda nervoso; acho

bom que elle tome tunas duchas frias e suspenda 0uso do café.

Perfeitamente, atalhou Celso. Prompto paraa hicta, mas, como ainda lhe falta a "pedra verde,seus sábios couselhos só serão devidamente aprecia-dos depois de você sc formar.

Ah! nl iso que sejam apreciados, baS-,a quc os sigam ou por bem ou por mal. E o snovo reginauí começa já.

juntando á acção as palavras. Edgar aprisionoua chicara de eaf< P rapaz não se alteioi,assim quc o pae ¦<¦ levantou da mesa elle se dingi Çosinha de ultou triumphante com uma novschicara.

., — O meu cliente c rebelde, mas eu saberei usardc energia: vou esconder todo o pó de cale quc naaqui.

, - Ainda que sua vigilância sc es^ndessea

'"'a a cidade, eu seria o ultimo lesado: você conJiece0 cafeeiro mascote cá da chácara, pois elle é meu, ene,« você nem ninguém, pôde tocar-lhe sem meuc"»semimc*

, - Você ê destemido, Celso! Quc lhe adianta,

sue yocê fará com uni pê de café?

"por causa de un\a

chicara de ca/éEu farei de conta que sou um proprietáriode uma fazenda em miniatura. Primeiramente rezo

paia não gear, depois, eu mesmo sou o colono dafazenda, capino a terra em redor da saia.Eu quero ver a saia que tem esse pé de café.Xão diga tolice Elsa, saia, nós fazendeiros,

chamamos os ramos mais baixos dos cafeeiros, por-tanto o.: que cobrem o pé do tronco. Depois esperoa florada; e quando os grãos estiverem vermelhinhoseu os colho, e deixo seccar. Finalmente mando bene-liciar, torro môo e... não reparto o meu cate comvocê.

Disso eu já sabia; mas minha vingança sãoas pragas, eu trago uns casaesinhos de "Stephano-deres"...

Nem brincando fale nisso! Praza aos céosque morram todos esses besourinhos. Imagine quedesgraça para o Brasil se essa praga se espalha portodos os caíezaes.

Eu bem sei que, além do extenso consumointerno essa planta representa mais da metade dovalor total da nossa exportação.

Sim, porque reúne o útil e o agradável, alémde conter innumeras propriedades medicinaes, é umhcòr delicioso.

Como você se empertiga para falar da "pre-ciosa Rubbiacea"!

Sou justo, meu caro: mas imagine você, quena Abyssinia onde o café é natural, não lhe reconhe-ciam prestimo algum.

E' lógico; pois que ninguém é propheta emsua terra!

E o uso do café como bebida foi iniciadepelos árabes Yemem entre os annos 600 e 700. Omais interessante é que só depois da descoberta daAmerica, o café foi introduzido na Europa.

Não comprehendo porque!Explica-se essa morosidade de sua expansãocommercial; houve gente perversa que attribuia aocale o desenvolvimento da lepra e até todas as des-

graças oceorridas nos paizes quc haviam consentidona sua entrada e consumo!

Caramba! do quc é capaz a inveja e omo!

Que importa? Hoje elle é nosso e ainda h?pouco celebramos o segundo centenário de sua ac-climação no Brasil.

Xasceti na África, educou-se na Arábia e na-turalizou-se brasileiro!

'Para bem dc todos, e prosperidade geral danação."

TIO NOUGUI

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O mais antigo, completo e artístico "magazine" mensal do Brasil, divulgando Li-teratura, Arte, Sciencia, Historia, Viagens, Thfcatro, Cinema, Musica, Sports, Agro-Pecuária. Cento e muitas paginas de texto, .Ilustradas, trazendo sempre reproducçõesde quadros celebres em duas e tres cores.

Á VENDA EM TODA A PARTE

31 _ Outubro 1.928 33 — O TICO-TICO

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omtmoi&3cA

RESULTADO DO CONCURSO N. 3271

\ ÍT^fe^r??

í. (li /

Hão exacta do cor.

Solucianistas: — Américo da Costa Ca-I, Maria Antonia de Jesus Medeiros,

Antomnfto .-Arpa, Lüurdes de Menezes,João dc Almeida, Odette Vieira, Alba d:Avellar Costa, Octaviano Galvão, Clari-¦dia de Almeida Costa, Sylvia de Men.-zes,Nocm a de Castro, Carlos Vieira Lop.s,Antenor Carvalhei.a, José Lopes d-r Aguiar,Antônio da Cruz Guimarães, Jorge daCruz Guimarães, Celeste Montenegro Soa-res, Corina Montenegro Soares, JoaquimNovaes, Sérgio Graner, Paulo Graner, Ma-fma Graner, Arnaldo Graner, Maria The-rcza Sá Bandeira, Vedda Regai Posso'o,Heloísa de Carvalho, Maria Amélia Be.-fort, Pauio Belfort, Antono Carlos Bel-fOft, Alberto Borges dc Almeida, OctavioMaurício de Magalhães, Maria AmebaGonçalves, Osmarino Pereira de Oliveira,-™"' Marilda Barradas Moniz,Cecilia Arantes do Amaral, Mauro SimasMoreira, Antônio Guedes Marques, Clcan-«no Denys S., Aurella Wilch s, ClomarNazareth Bezerra Alves da Cunha, IzauraA!v,v Rosa, Paulo José dc Oliveira.

IFoi o seguinte o resultado final do con-

curso:

10 PiernV.

AURFI.IA WII.CHF.S

TALCOBOROASSI9M*P

Parag-ssadur-asgas creanças

d- 9 annos de idade e moradora á ruaMerma Barreto n. £3, nesta Capital.

2" Prêmio:

ANTÔNIO GUEDES MARQUES

dc 8 annos de idade e resideste á ruaMart"m Francisco n. 29, em São Paulo.

l:i:.<L"LTADO L>3 CONCURSO N. 3274-: isr

2" — Cravo — Crava.2« — Uaia.

3» _ Pé _ Ré..4* — Lima.

5* — Tucano.Solucionistas: — Stelia Vieira, Odette

Saldanha, Antônio Pinheiro da Costa, Zcnode Miranda Carvalho, Nyla Freire Pinto,Luiz Villasbõas Telles Ferreira, MariaFernandes da Costa, Gualter M. Leão,Athayde Bresser de Luna, Iracema Pc-

o, Maria dc Lourdes Carvalho Ta-wira, Niva Franco, Jud-ith Guedes Nar-quês, Maria Telles, Jorge Silveira, WalterLucas, João Machado, Eunic; Velloso Bar-roso, Jorge de Barros Barreto, AyrtonLeal, Joaquim de Oliveira, Paulo Graner,

HsV àmm Jê b n 8 iJ9> Bs\| Syí<i-'^» m

O TICO-TICO 31 — 31 — Outubro — 1928

Marina Grani r, Arnaldo Grancr, SérgioGraner, Alice Garcia Barros, MariaRan].5 Ferreira, Maria Amai ia Gonçal-ves. Antônio Rufino, Murillo Marcondei.Jay ma 'I ij ia* (le Mello, Alcio Ga-liul Neves, Aracy Walter , Al-

:. dc Figueiredo, Lumiy FormigaMoura i, Paulo Leitão da Cunha, Paula\V< liaria G. Luiz\ ' r Formiga Mourào, Alberto Dotnin-

-lipjiina Vieira de Albuquerque.Paln . Vyrton Sá dos

Ir.ui-i-.io d'l: . Wil on Pereira, Edu' Sch-aeffcr,

- Daddario, Maria l.ucia Ribeiro l'e-reira, Hamilton di Silva c Costa, Lourdes

Muni*;, 1 , CorrêaM.ii.i, Alcides Me-

. ') lavio Maurício dc Magalhães.Man™ 1 Zoroa itrq S. Fir-

D Ri bello, Heloisa P.idas Moniz, Paulo

Franrhro, Delphim P reira da Silva. DinaMaria das Neves, Antônio de Mattos, Al-

IToiinr de Carvalho, Zuleick Ramos,Ofcliidca Pereira dc Oliveira. J ny Mar.

Simões, Maritza Dias, Anryra Ma-' C"sta, Iiclio <la Fonseca Rodríj

-ilva Manguald**, I.uciai eitcl, Rubem Dias

nar Ludu-jg. Custodio d<* A!-i, T.irilo I.'-iic de Carvalha e. Silva,

M.li I1 \n-l

nia ("v-i ¦ d. Niem . r Portocarrcro, Heitor

,] Se-i-e-i_ Milmn da Silva Ferreira, Auxibio deSnuza Valente, \. d<* Vn=<-onr.-l!os Cha*a- ' ¦ •>• Ribeiro Sobral, Felix I'1 ralRangel liiTil..r, Januário Malzoni, OsmarSoares de Gama. Anna Augusto CordeironV Mello, Muno F< rrcira do Amaral, Nairde IV. ii-ii. Antônio Luiz Bnavista Nerjr,Si rj;in Sorelli. Danli- Sorclli, OcUvioMello, Maria das Victorias de Souza l:er-l ra, Maria Apparcc'da B. Santos, Flz.i

I -uciredo Ferreira, Aryr Pitanga Selvas,¦i- CartH-iro Leão, Vslrogilda Carv.i-

Hin Paes de Andrade. Maria Tliereta SáD -,;. :r.i, Yedda Regai Poi olo, Luiz PM-Knpc de Can ilho, Mexandre Montai to,

1 ¦ Carlos Martins, Ruy de Abrea C<iu-tini rsonV

Foi premiada a concorrente;

ANNA AUGUSTA CORDEIRO DFMELLO

¦le idade -* residente á ruaGeneral Pereira da Silva n. 13O. < ni Ni-ctheroj', Estado do Rio 'le Janeiro.

CONCURSO N . 3 • - 8 4

Para os i.i:itores dcsta capitai r nosF.STAD0S PRÓXIMOS

Perguntas:!¦ — Qual o-astro que c~tá na musica?(1 syllaba)

Amelinlia Duarte2* — Qual c a peca do vestuário que è

t- mjjo de \ ilio?(2 syllabas)

Antônio Vicente3* — Qual o adjectivo <|iie c

i' mpo de vcrlxj?(2 sjllabas)

Américo Duarte4* — Que acontecimento histórico na-

cional ve verificou a 13 de Maiu de 1888?_' — O que é numero prín

'l^rN\ll#VV«*MAAAAA'«<\A^A^^AAA^AA/-«*«rVV

As soluços devem Ias á reda-rção iVO Tico-Tico devidamente assigna-das c acompanhadas do vale 3-2S'4.

Rara c>tc concurso, (pie será encerrado110 da 25 Novembro, daremos como pre-mio, por sorte, er.trc as soluções t rias,um rico livro de '•'turas infantis;

PARA A SYPHILIS E

SUAS TERRÍVEIS CCN-

SEQÜÊNCIAS

USAE C

PODEROSO DEPURA-

TIVO DO SANGUE

ELIXIR DE NOGUEIRADO PHAKlf. CHIM.

JOÃO DA SILVA SILVEIRAMilhares de attestados médicos e de

curados!SI annos de prodígio»»

GrandeDEPURATIVO DO SANGUE

AS TOSSES, BRONCHI-

TES, CATHARROS DO

PULMÃO E FRAQUEZA

GERAL DESAPPARE-

CEM COM O TÔNICO

DOS PULMÕES

VINHO CREOSOTADODO FHAEM. CHIM.

JOÃO DA SILVA SILVEIRA

1- _ -

h»jj

: O N CURSO N. 3.285Para os leitores desta cAriTAL e dos Estados

! 9 \'T \ • 1 "* l A ) ** í Ar—) —rJ~=:=r^~-~r~i v——v

41 T o ' c / o

P L I *\ HE^araPÍLULAS

(pílulas de pafaina e podo*phvlina;

Empregadas com successo na$ moléstiasdo estômago, f ;-ado ou intestinos. Estaipilulas além de tônicas, são indicadas na>

¦-psias, dores de cabeça, moléstias do;í e prisão dc ventre. Sao um pode-

roso digestivo e r< gularisador das fun-

A" ver.da em todas as pharmaclai. De.,: J. FONSECA & IRMÃO. -

Rua Acre. 38 — Vidro 2*500. feio correio— R;o de Jane."-'

Io erah > iiui/ i

no muro do quintal. Parece ahiquinho embaralhou

:!. formar o nome dai dc interesse da in-

. a appar- 'as do Nz-tal. Vejam

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. d'0 Tico-Tico devidamente assigna-piradas das dc outros quaesi

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Aaa} YNi^H' V^ \"7 \ irwwfsk edição para 1929 do

^Xyo\ IL-^ V \\ \\ ^ P(j ~) \ \\ -\\\ rC"^ ^s ed'Ções deste maravilhoso antmano in-

C\ \ ÒA± --ij\\ K\ 1-int'l lém sido esgotadas em annos e annos\ \ y^ \>\ ^vLí seguidos, e muito* meninos imprevidentes

Íf^Ay\/y i^^^^^^9/ deixaram de poder adquiril-o por não oV-'-^AjL ' 1 T~ Ti" terem leito com antecipação.

Envie-nos desde já \Aj \ \\ jA^~~~~~<~~>\I cm carta registra rV/ S^~ K \\ X N,

da, cherjue, vale pontal ou ^""w' /\\

\ / \em sellos do correio, para V ^-A'A-,{

IX \\ \\ \que reservemos o seu exemplar. N. IS ¦• í A\ \\ v>>. \\ <f• Anonyma O .MALHO -. ^^^S^—^ \v/\ \\ f \ /^ \ /

Roa do Ouvidor. HA — Rio. /^^^i-L/ i /^C^Jl í «V

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.. .ás refeições. Elle não admittiaque o ferrador espetasse cravos nocasco do pobro animal.