Texto Historia 1

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.' Moderno e pós-moderno, a controvérsia Gustavo Amarante Bomfim Ua MOnica Rossi Caminhos de uma discussão sobre a estética ea semântica do produto industrial. Qú8ndó' no- final dos -anos 50-começaram a surgir 09 primeiros projetos de -arA'Jitetu. ra-e de-design. que mais tardEfreceberiam a 'denominação de ~~. _a.reação da critica e nc po::':Iticodivid:u-:;e entre o en- IÜsiaSi1iOêõ~'Cé:icisino~ Eôfusiasmo,",pois o p6s-modemo.-,com suaJingu2gen) estárica e-~fldicsbdeStacou-~ ~~~,~~~e~~'i\as "llImas décadas. 10m Oj5OSiÇIoa-õtadura do -ângulo reto ..dO ,-éstiIO 'ihlerriadonal" ~';o p6&mOdem~ representaria _ a "liberdade d~ prátk;a esré~ a ~ac;:ão.~ expresst- vidade. a revak:iriz;aça.o do 'subjetivO: -enfim. a legitimaÇão da inguagem estética ""Pu' lar marginalizada J)e~-discurso do:rapona- lismO funcioOalistéL-Mas. 'por -outro._lado. o pós-modemo é'Yis1o com-cetidsnio~e -até . mesmo com pessimSno.',pois ,onKMmen- tõ-nãÕsenacr.arauto de urna ~_.~ éià esté~ -de reSto PaSSaoeira- comõ:&2n- . tás:ou!reS.-mas a expressão de. uma.soci~ . dade..que..c.desituc:f;da_._com ,2S-promessaS-. do neopositivismo~e _dg>~;._'()ptoU pe10 estetici$'no comp.uPa_forina!;t~e:~een- cherseu V2Zi0exis!ériciàl,.A fe\idtaestUdan- til de 1968 teria Sdoo_estertor'dÕ'~projeto rio iI1od~.Depoisvéió'ó f~'~t1k.. ;., darlc e- fi:nemente o cQõfórtnismo yupPie 1{~c!~~o-~_i@iI não.~~_I-"~~~~dãde.1T\8S ~~:~~~-(.~.!, f<.~' ,,;,..~_'.. " -.T A controvérsia entre O..modefnQe -o-~- moderno"isurgiu,' no,p'!~'~a f~~~._ o duelo entre,as ~as jje P8t1$(tybtaid. Kristeva. Baudrillard) íi dêFrOÍ1IdúIi(Hàber. mas) ". enquanto a ""!!;'ia da. Mmerva_ riã? rnrifra oenioma do~~nO;,o ~ ':;;;nto tOma-Se ~de"nas-ruás,'(fe'lás ~. nos fare$ oe Mii~ó'e até.~ na paisagem urbana da Alemanha. baluarte do Moderno.. Mesmo que não se possa de- terminar ainda se o pOs-modernoé umageo- -te-do-bem ou_do mal :".a1i~os_hE!r6isde nossa era parecem desconhecer vatOies- éticos -. stJa-impcrtãnc:i~ para-crde5igíi-és- tAJ'IC:Halcrde qt.<e .'?_~..DhP__para-uma'cfis.o c;ussão ~mais:-~~~~e:E,;I?!~es!!-ê!:9a é,sté:ica e da_~~~_PfgdvtQjnduS' Viái..foh:~~ pej5 muito rápido se parce- beu, qU~..J?~~ _En:ender:o...P6~rno ~ preçiso;anr~'d.e _-:u:9.0;.,esdarecer.o:que e 0L.f!!Qder~) E~~nda"se pós como .após. çontri! ou neo. a q\.'estão permanece .nalte- orada: 2pós. con1ra. neo, o Quê? Corj:nDct._Iõ-'~nos em 8etfm o;eraI. _de'" '. A.expr~*~'~:foi.~ .recenteinente:;pj!(8.f;UbStituif, a,~- çao ~g"I\Jrx:J<>""ista e..Com ÍSSi:>J~. tuar a dlferençà entre odesign do icimo'ao- gk»axão(Arts andCr,ll1s..Bauhaus.HfG-UIm etc:.) e:a nova~~pós-modema. Es- sasubsütuiÇaà(fe.'~r~es -temnatu..' mente~:~Ya;em_,tempoS de contrl> VérSa.entJ;e.-o,(~,:e o .p6s-mcx1erno. o luncionaf$l1<).é alVOfáêi1.de cn1icas-oo to- da espéciE!::.'~o.i:O "lriodemo_:'~iern um signiflCa~.~.noPre.compléxo- e. P<JIUU!IO. menoS\'IJIJ1e[ávet Em outraS pala. vras, OS defen~escfoclesignfuncionaJist8 prOcurámreSgatar SUas origens tuS:éricas e com isso saI,varo funcionalismo daNulga. rização e banaJizaçao em que parece ter in- corrido' nos últimos vinte anos. O termo moderno tem signifICados cf.veTSOS. ' dependendO- daquifo-que qualira. EmJilo- softa. por exemplo. moderno impfea uma 1 visão de mundo. européia e odden!al. Que : se iniciou com O humanisno da Renasce""" I Ç2. ganhou contornos definidos no ~um:nis- \ mo até chegar a sua forma plena na era io- \ dustrial, com duas variantes principais: o ! positívismo e o marxismo. No ramo c!'aeste.- i tica. moderno le~ sentido semelh2..~e, mas .:urna arte propnamenle moderna SÓ teria , nascido no momento em que o v2!cr es!éti- í co se tornou independente. ou seja. no mo- , .

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Mackenzie o lixo

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Page 1: Texto Historia 1

.'

Moderno e pós-moderno,a controvérsiaGustavo Amarante BomfimUa MOnica Rossi

Caminhos de uma discussão sobre a estética e asemântica do produto industrial.

Qú8ndó' no- final dos -anos 50-começarama surgir 09 primeiros projetos de -arA'Jitetu.ra-e de-design. que mais tardEfreceberiama 'denominação de ~~. _a.reação

da critica e nc po::':Iticodivid:u-:;e entre o en-IÜsiaSi1iOêõ~'Cé:icisino~ Eôfusiasmo,",pois op6s-modemo.-,com suaJingu2gen) estáricae-~fldicsbdeStacou-~

~~~,~~~e~~'i\as"llImas décadas. 10m Oj5OSiÇIoa-õtadurado -ângulo reto ..dO ,-éstiIO 'ihlerriadonal" ~';op6&mOdem~ representaria _a "liberdade d~prátk;a esré~ a ~ac;:ão.~ expresst-vidade. a revak:iriz;aça.o do 'subjetivO: -enfim.a legitimaÇão da inguagem estética ""Pu'lar marginalizada J)e~-discurso do:rapona-lismO funcioOalistéL-Mas. 'por -outro._lado. opós-modemo é'Yis1o com-cetidsnio~e -até .mesmo com pessimSno.',pois ,onKMmen-tõ-nãÕsenacr.arauto de urna ~_.~éià esté~ -de reSto PaSSaoeira- comõ:&2n- .

tás:ou!reS.-mas a expressão de. uma.soci~ .dade..que..c.desituc:f;da_._com ,2S-promessaS-.do neopositivismo~e _dg>~;._'()ptoUpe10 estetici$'no comp.uPa_forina!;t~e:~een-cherseu V2Zi0exis!ériciàl,.A fe\idtaestUdan-til de 1968 teria Sdoo_estertor'dÕ'~projetorio iI1od~.Depoisvéió'ó f~'~t1k..

;., darlc e- fi:nemente o cQõfórtnismoyupPie 1{~c!~~o-~_i@iInão.~~_I-"~~~~dãde.1T\8S~~:~~~-(.~.!,

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A controvérsia entre O..modefnQe -o-~-moderno"isurgiu,' no,p'!~'~a f~~~._o duelo entre,as ~as jje P8t1$(tybtaid.Kristeva. Baudrillard) íi dêFrOÍ1IdúIi(Hàber.mas)

".enquanto a ""!!;'ia da. Mmerva_riã?

rnrifra oenioma do~~nO;,o ~':;;;nto tOma-Se ~de"nas-ruás,'(fe'lás~. nos fare$ oe Mii~ó'eaté.~ napaisagem urbana da Alemanha. baluartedo Moderno.. Mesmo que não se possa de-terminar ainda se o pOs-modernoé umageo--te-do-bem ou_do mal :".a1i~os_hE!r6isdenossa era parecem desconhecer vatOies-éticos -. stJa-impcrtãnc:i~para-crde5igíi-és-tAJ'IC:Halcrde qt.<e .'?_~..DhP__para-uma'cfis.oc;ussão ~mais:-~~~~e:E,;I?!~es!!-ê!:9aé,sté:ica e da_~~~_PfgdvtQjnduS'Viái..foh:~~ pej5 muito rápido se parce-beu, qU~..J?~~ _En:ender:o...P6~rno ~preçiso;anr~'d.e _-:u:9.0;.,esdarecer.o:que e0L.f!!Qder~) E~~nda"se pós como .após.çontri! ou neo. a q\.'estão permanece .nalte-

orada: 2pós. con1ra. neo, o Quê?

Corj:nDct._Iõ-'~nosem 8etfm o;eraI._de'"

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A.expr~*~'~:foi.~.recenteinente:;pj!(8.f;UbStituif,a,~-çao ~g"I\Jrx:J<>""ista e..Com ÍSSi:>J~.tuar a dlferençà entre odesign do icimo'ao-gk»axão(Arts andCr,ll1s..Bauhaus.HfG-UImetc:.)e:a nova~~pós-modema. Es-sasubsütuiÇaà(fe.'~r~es -temnatu..'mente~:~Ya;em_,tempoS de contrl>VérSa.entJ;e.-o,(~,:e o .p6s-mcx1erno.o luncionaf$l1<).é alVOfáêi1.de cn1icas-oo to-da espéciE!::.'~o.i:O "lriodemo_:'~iernum signiflCa~.~.noPre.compléxo- e.P<JIUU!IO.menoS\'IJIJ1e[ávet Em outraS pala.vras, OS defen~escfoclesignfuncionaJist8prOcurámreSgatar SUas origens tuS:éricase com isso saI,varo funcionalismodaNulga.rização e banaJizaçao em que parece ter in-corrido' nos últimos vinte anos.

O termo moderno tem signifICados cf.veTSOS.

'dependendO- daquifo-que qualira. EmJilo-softa. por exemplo. moderno impfea uma

1 visão de mundo. européia e odden!al. Que: se iniciou com O humanisno da Renasce"""I Ç2. ganhou contornos definidos no ~um:nis-\ mo até chegar a sua forma plena na era io-

\ dustrial, com duas variantes principais: o

! positívismo e o marxismo. No ramo c!'aeste.-

itica. moderno le~ sentido semelh2..~e, mas.:urna arte propnamenle moderna SÓ teria, nascido no momento em que o v2!cr es!éti-

í co se tornou independente. ou seja. no mo-,.

Page 2: Texto Historia 1

.-.'

ProjeSOdecadeira.r~dos6C;lJoXOl

,;

c) a substituição da arte pela c;;ênOa comofundamef1lO no processo de c;riaçaO da lor'ma _ objeI~ indusIriaiS.< '

O surglmento do pc'ojeto '

NB o final da Idade Mêóa nao havia áde-rança signilica!iva o que se consIde-

ra hoje ccrriéi ÍIrt8e c;iênCia.-perten-

ciamà caII!goria das ~aíttIS",(OU,II!cnic8S;

óÔ~2IU8IIe-'~'um mesmoinCS'dcL.o."est,e.id;irma' e'l:'1iZaWum~ ,do,objeIo.OU seja. oprocesso dé cri2ÇI!O 8 j>r!>dUÇAOera

um,1O-

do 1nci.sveL cemodesenv<JMmenlO das

'manufa1ura'I.8 uridade entre lrabaIhI:>criati.

vo e tr2b2IhO produtiYO"""peU,se.poiS a

prOdu9i!O ~ li o pmgre5S0 da

óênda l!C<!f1\U8niIDaespeciafa:;êO do ~a'

baIh<>. '

Em 1563 criou-se. sol> a tutela _ Medicis.

a prirneira'"",,~ de'dese,nhO'--miadei~no', _se ensinavaadese-nhaÍ' mode!oSdeObjejoS,áltiSticOS para a

reprodu<;ao ...'teS2I1'".émpequenas sé~

NaIur~ ~11'j;eriodos""""""'esjise

desef1haV! O,çt:jatO'e~~ prodUZido. mas

esse esbOÇ<>~, à um ObjetO,Uni.e<>-Uma,\IéZ ~'o cli,eIO. OS esbo-

çosperéi2l:l1Súá~;;'váJOC "c"

Cónt a pri;d<iI;ão raturêra. os esboçostranSformaram-se'êlnmercà:dQriaS.

UfT1êS vez

que podiam ser vei1didos,ouáiugáQOs a

uma OUJ'J8is ~umamatiúfatu-

ra aJemi.-Po< -,;;jiIQ;pocia enc;omendar

a umartista~uinà"-. - . ser

o.. _,- !...,.-.,, j.~gernpara-utiiz2da '!X"""

!nétivO, JI8"! uma tapeçana.

Dependendo éolipo-de coÕtí"z!o est!'t e'eci-

do. a ma(1IJÍ...'\Jr8 ouo art$tà podiam. apósum de!enpinado pOriodo. repassar o,mes-

mo esboçO 2 oútraSmar.Jtaturas;' f'lão raro.

o arlis:aj2m2:scnegavaa ver o resultadO final.

com á éri.são entre trabalho de côàção etraba>'ho~e poduÇao surgiu. pois. o "proje-

to" como urna ~te e esse é oprim~.ro ever.:o que coritnbu:u

paiaa forma.

ção do c!es:g~ moderno.

A industrizfaação da produção

O segundO fç:or que deuodgem ao design

moeerr.o foi o processo deinduS.triaJizaçAo.

a CÕnse<1Qe~ a:e'eraçAo da divisão do tra-

balho prod1.9IO e a muttipr.cação da oferta

de merC2éor.zs. oque demandou em bre-

ve espaço c!e temPO uma enorme quantida-de ce neves "projetos".

Page 3: Texto Historia 1

o hiSiorismo da segunda metade do sécU. para a existência do desiçn e. ao mesmo10XIXfoi. em parte. resultadO desS3 reperr tempo façam pane do pro;eto do .mod~notina demanda. coberta com a utilização de

(J. Haberrna:>). a ~o pe&o racaonahsmo

códigos formais do ~. As novas ~ cientiflC? seria o ~ de ~uas entre um

nicas industriais e a utilização de matenatSpré-desiQO e o desàgn propriamente dito.

sintéticos permitiram também a ,~o As origens do design p6s--modemodo sontio de grande parte da borgu~. o'A arquitetura moderna morreu no dia 15

ou seja. possuit objetos. cujas lormas.1em- de ~ de 1972. às 15:32 h$."

brassem os slmbolos que. no passado. iden. . .. .

tiravam a nobreza.. Es1eanonoofúnebefoipubficadoporChar-

. _' Ies Jencks em seu MO The Language ofO que antes foi privilégio de uma mnona post-Modem AJr;hiIeCIure.referindo-se à im-estava, enfim. -ao a1canCe de todos. A anar. pIosIo de urncon;mto habitacional"moder*quia formal .esu.llante desse p~ de no". em St. Louis (EUA). Jencks. no entan-reprodoçaO . falsi~O - da históriapr~ to. enganou-se âJpIameOte. Primeiro.-

por-

cou a reaçao'{na teoria) ~ John ~n e que se for o caso de se taIat em morte da(na prática) de ~~ ~ ~ funda- arquiIeturamodema. essa ocorreu mui,toao-mentado e~ cntér~ étlCO-r.ertgt~ e M~- tes. no, iniciodos ar1QS30. com _onazjsmoris em outros ~e O21ureza

~poIiti. na ,AJemanhae cem o stalinismOna Uniãoca. lançaTaTT1as baSeS do movVnenIOAtts . Goviétiça.:;egur.n porque se os america.and Crafls e de uma "nova" 6nguagemfor.

tlirn{:>lOOtam constru<;ãOtipicadope-

mal. que hoje é~.como.opmt6-

. . modemO.Ib";"'.afisIa>. a lOrre Eiffel.

o:;~ ~"'; ."'l~""J:.!!'~

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em Nova

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faloéquetan\Oa'~"~!or.... ...~einBerfime.1T\uifaS

mal. inspirada:l1aauSleridade. como apró-'. oíJrn$~qué$;riíbé;fiiam'aarqu~e-pria organizaÇãO do trabalhO no /VIS anel.

.frtul8inOdema caiIinuam ~ sobre suasCrafIsnão passam de um indisf~veI

,..;.. ffundái;oes. A oçAo1re ,Iericks;'contu.vai da élica da Idade Mêó.a. tao Combati- do. é inócadooa do mMdosO niveI pára oda pela filosofoamodema. qual escorregou a 6so-'

-.on sobre' q~., uIizoUpelaprim8ravezótennolJ6s<nOder-.

no ou sobre qual seriaa,~obfa~.moderna: "espelho. espeI!Io meu.},Xi!õle áJ.guém ma;. p&ri ,10 do que...1'""A substituição da arte pela ciência

O terceiro momenIo da t>sIória que comple-Ia o cicto .de~ que rransfor.

rnaramo deSign ruM 'StividadeautOnomaé relativani8nte recente: a subsliluiçAo da

. arte pela Ciê/IóB. como fundamOI1IO do pro::jelO. falo qUB!JCQfTeu.apósaSegur1Cla G~-,.. ra.Mundiaf'em"~-'paIses..mas.do

qualaHf(3,Uim":'~"'fOrGestaftung .'.C'f-'

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Com a su~.da:áijé.Í>era~T1O,.

campod..'~;; "o_dE!S!gnk".";""acÇ\$Cag8-'::.

nhou u '"'-~vez que se. l'

procur ~ através...

de'fund '...~ ,-~~_::~bstitUF{.

çao~gni~]>, , --,_;:~~eorp/-:.;

a~' . .çcm'.

~~ez:~~':, ,,'_"

~~~~~~~demodo~iri1 __'CtiiritliÍivo.ESSe:!osen":',

.

tido da ad~o_~-~~:cdmoa":'m~'b)ÓoiogISt.,c!~j~QeIO':~~~~,,:~ inf.~::.ção~'. "érg~,~1 ~~'.." :!est,~tiÇa'-iUnériçã":~-entre outras;:no curricufo ,da HfGUIm._Ne57"se ponto;- ;1_00w_escofa alemarompe ~a tradiçao àrtiStica ,da"Bauhaus e_a -supera,embora a opção peta ciência como supor._ _te--te6riCO~PatéLo~design_não_sigrifq,le ~-cessaría.-neo,teumaopo;ãopelofurOonalis"OO.

EssacronOlOgia, semdüvidaberólundamen.tada. induz a uma f2lsa conctusão: o designsó poderia ser ~ como tal a par-tir de sua versao funcionaiista, pois somen.te com o funciQnaúsmo teriam siÇo supera-das as innuências<subjetivas da ãrte no de.senvolvimento dos produtos industriais- Indi-retamente. essa af:n-nação significa ainda

. que. embqra osd6s primeiros fafores {o sur-

gimento do projeto e a mustrialização daproduçãO) sejam pressupostos importantes'

22

!-!~

Uma definiçãO precisa sobre o pós-moder-no. sobre quem utilizou esse termo ~a

pn.

mera vez e com que intençãO é mUito 1m-provâvel. Como bem norou Teixeira Coelhoem seu livro Moderno, P6s.Moderno. as res.postaS a essas questOes sao quase tanlasquantas forem OS que tentarem resp?ndê--tas. Há. l!m ~t~'~JjteratO.rà:õutro~_t:irléma;~M":Om:.pos;modeVlO "afirmati-

VÜ~-OOITO~'~"< J1á'aind,nJln"mo-deÍôo-tardiÔ~ e um "p~é-p6s--mDdernO" e,

finalmente. há também o "neo-historismO",que se 'defme. ora corno um apêndice dopós.moderno, ora como um fenõmE!no

es,

sencialmente distinto. A ciranda de nomes,datas e OefiniçOeS,parece'nAoter flm.Toda-via. maiS importante que ,colecionar nomese datas- é a tarefa de tentar compreendera natureza e o si~nifJCado do pós-mode-rno.

Sobre as origens qo p6s-riaodemo hâ duasintE!(preta~, 'if:npgrtantes. Na primeiradeIaS:'õ pós-rr.odi!iôOéuina COTfenteda

~.,

.i".~i!1~""f2'1!T8<o (I1Oder-.

'.'. . ~conia1ll!U.' lun.

.

.

.

.

.

.

.~. .

..;i,.

~paIIJ>eJiê.''''".~.25-'r1''esselatósenamasstllUuunocam-

. -pp'do~es!gne da .~~ ou seja. em~â1!esque ir1I:íú&n uma prática estéIi.ca'nIô \utistica.Essa divisão entre uma eu!-tura -Sriistica e _umacúttvranão artistica temum pressuposto-t1islórico.

Alarme ao.iSIico. de OftoPI8__obeIg.

Page 4: Texto Historia 1

- '

--

\I

inlorrna sobre o conteúdO.sobre o grau

de complexidade recnoI6g\ca: enftm. é didã-

tica e esctareced0r3. A forma de um equipa-mento eleUOnicO de dalitograf-a

pode ain-

da ser determinadoatravés dOS componen-

teS de funcionamento. mas esses são minia-

turtzados e tão fle?ÚVeisemseusinter-relacio-

namentos. que nao determinam mais umaúnica forma- A (orma não é mais uma "cai-xa ~ansparenteU que it1Iorma sobre . Iun-ça.o. mas uma "caixa

preta", que contém.

mas .030 revela o conteúdo.

O resultado doesgotamento do

funciOnalismoEssa é a primeira

inrerpretação sobre 8 ori-

gem do pós_no no designo o resulta-

do previslvel do esgotamento do luncionafiS-mo. que pretendeu criar formas puras e ra.C~lJnaise que,' no momento em que estevepróximo de atingir esse ideal encontra. si-multan88""'nte. seu fim. A torma. entregue

a si mesma. vai buSC8I'em ouUOS CO('IIeXtOS

sua Iundam8l1lá<;Ao. Quando esse co<Ux'

to é ,fom18(Io peIa.cuftUr8 de massa ou pe-IQsCódigoS da perilaria.

cIo.design

pôs-modemo..7I

\

Page 5: Texto Historia 1

,Esse foi. por exemplo. o

programa de Eno-

re SottS3SS para oMenphi$: c;riat a IOfma

dos objetos a pat1ir ó!e!emen(os cullurais

da periferia aindã munes 0\ rac;ionaIidadefuncionafista. Quando esse contexto se refe-

re ao repertório de lofmaS do passado. tem-se o neo-hiSloris<nO

(p.J"""""'.

CharIes

MOOfe ete.), que alguns considefam comoum mero paslicho ou. de na maneifa ~sitiva.como uma arquedogia do moderno.um lembrar-se do tempo em que o moder-no efa.vanguarda e reo pertencia ainda àsala dos tesourOSda hist~Com a atual ~ moderno epós-modemO..~ertu$aSlaSdoseguodort'IO'Iimef1Ioa~' em conde08I' omodernOe rejeüar Ioda sua heraOÇ3-Essaabtude 6. no ft'inimO.preconceauosa e su-pe<fiéíál:pois o ~ não é um todOho-.mogêneOque possa aceito ou recusa-do

. .inteiro:' nem t2S ~ nemnas

amr' nem no désemo híàuSiriaI.5eriaetrsunio negât..,;-,~.p~.(l'-t.KIeepara a.~de 0>ap6nçu Búi'\UeIparà o ónêiná;"deSó!~

~. para a

música. de Fre\Jd. Man<. E'1!I!;feítI:apenaspara otar8Jgims exemP<>Sde lihoS Iegili.mos do mõdemó:At>s:óriadornodemo;n.

cIui rnon1e1itoSde. l são. ~ e auto-

crilicaqueiíAo\X)dem ~.ou:seja. no modemO.:~:.em toda boa

história de f~e. M moOr\hOSe bancj;dos.

A segunda;;""""~ ~J;6s-rn~mono design\~>~'t~;d~J~:<

o

~naqé ~.""""i>mo-demo.masumar~~.~:P"'.te domoderó<>q~,~ ~,f1Údeo criti-coein0V8doriese.~.~interesseS'~~'~s06eda-des ~e w-=~...~.~'O'Põs-rriOder.:'

c.as:H>" -, ,.--".~~-dé('-.nOse apreSé(da COQ'iO,~~~. -', '. ...~:valdo núdOO'cdticO~'..~'~. doplOprio.~;~-:ijg_.~~_:'~gn.

dos movifnet'\IOS'_<2~-cfé 20 e-inicio

da déc;ada."",,3Ó'~'..fjJiUris"

~~~,;~::~-~~:?<-

Com H;U",e Slafn r.opóder.O-~mentode~i..rmacul:l.'Q~.'~se

inviá-

veI.Avanguarda r#.à~';'~~en-~o para OS Esaadcs Ur_~ _e~,

encontrou.

após a vitóriaarne:icea i\a,~00a Guer-ra Mundial. 'contirw..'iéa.:e ãtt'àVês

de-movi:

mentos. como o bee. PCP., op. arte coOcei-tua! etc. Esses-fT"~';.r."e'..cs

(XiOStituiram-se

como oposição 2~ rr:ce-atnO':c:ãSsicO"dos .

anos 50. quepa::c;::c-u dO,_consenso de-uri\ã-erã1i~.sõ\.~~:eomo instru--

men10 da propê;a:-.capoli\icO;cutturat da

~.!2!r2Iria.

:

,

~ ?I!I'.deMar1ioeeec:;~e.=~~~temphl5.

2'

A conura de vanguarda americana das ck"-cadas de 50 e 60 objetivou principalmente?'a criticaà arte ofICial e elilista.aos museU$.às acactemias. enfm. à "grande ar1e" qu.:-leria se proslituido com as faoTIdades ofer,,""cidaS pelo capital. A nova vanguarda. aocontrário. aioli sua base através da cultu-ra poputar (música rock. teatro alternaivo.taappenings,etc.) e com ela se identiflCOlJ.Mas. a partif-do momento em que a ..arte~Iaf" alcanÇOU sucesso. foi imediata-mente absorvida pela indústria cultural c0n-tra a qual se rebefara. a exemplo de

pop

ar! de AnDy Warhol.

A partir .t::\oSanos 70. a vanguarctá. america-na perdeU sua força crilica ~ inovadora enadamais a identirtC8coro os movimenlosda vanguarda européia dos anos 20 e 30_O otímismo com o progresso da ciênCia.especialmente nos meios de comunicaÇão.tambérndesapa1eceu. O sonhOdesociafiza-ção da arte através da televisão na aldeiaglobal de Mcluhan lOmOlJ-SOum pesadelodehec6õserialadosàDen_CI4ouDallas-

A experiência americana. no entanto. criouuma nova situaçãO no pIano-culluTaI:o fimda grande õeotomia entre o culto e o vuI-

. gat. o legitimo e o falso. o originale a cópia.entre _ a boa Iotma e o .kil5Ch.Sem dúvida.

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'No Brasil. a herança do funcionalismoEsse fato tem. no Brasil. várias causas. dasquais quatro são mais importantes;

-a inftuência da ideologia funcionalista nafonnaçao acad6Thca dos cjes;gne<s:atra-vés de uma u-pretação confusa dessaideologia, a quafidade estética e semanti-ca dos objetos industriais foi interpretadacomo uma decorrência da função prática;a fórmula do arquiteto americano louós

. SuIivan-lonn_ funcôon. foiutiIiza-da como axiomado designoemboraa can.tra<içaoentreodogmalismodaargtrnenla-çao teórica e o iberalismo da prática fos-se mais que e-.ridente; na realidade. o reta-Oonamento entre a Ieoria do design fundo-naJista. ,como ele foi entendido no Bras>l,e sua prática t!ansforr:nou-se numa fermali '-,dada. pois essa ."teoria" sempre foi insufi.Oente parafundamenlaroucriticarapr;ltica;

- a busca de uma identidade para a profiS-sAodo deSignar numTl18lcado de 1rabeIho__,,,,.118 imitado. onde as Iteas Iéc-~dfMAsfcfaf11\r ~amaioriadd$deiigrierS~ enIalizarsuacapa-cidade iI!cnIcae' ámençao a problemas

"~"c:CmbestéficaesemAnlica1Or-.

nou-seindesejãvel; quandomuito,osejesig-nersse referiam'a,~esses,probIemas atra-vés "de .,'eufemisMos. como, '~coerência,1crmaf","équiIíbrioentre.ordef11 e coiiIpIe- .

)âd8de", ,.ta)êà'de LkQu.4Ç&o"etc...pois0.,.. como "boniIo" pertencem ao

vàcábUtãrio ~ artistas; ,

-a poIItica do ~~ responsável:'noperioijo do "n\iláQràeconomico brasi-Ieiro". 'em: que as"ciet1Cimfhumanas foramabandonadas: a esb!iIdtcomociência per'deu sjgr4ficado. ap.ãrtit<lessaépoca ocu-_~douniverS(.~;

. uma il4ta-I-'I~ rnlope do marxismo-Ie-niri!Irnà.!I\f8\1és da(jualo.sigooir.cado doesII!tiÇo foi negado: ,com essa .interpreta-

. çAO..à~o,com os lenOmenoses1étiCosem paiseS como o Brasil só deve-ria serac;eita, cju;Indo problemas corno odesé.j!pi8Q9, a. pobreza. Ó.anállabetismoele. tiVBSSen'1sido superado.; qualquer de-bate oújXÇjeto que.tivesse corno tema aestética"ói ii:ônSidéràdó dífefanIismo de in-fe!ectUa;. Q., insInJrner1'<>.da indústria capi-taIista:pára~incéntivar~o'consumo; certa-mente, esses criticos (!Aocompreenderama téórii~.póiS Mo se pode esque-cer qUe a 'estética mancisIa foi desenYOM-da em grande parte_pOr lênin num perio-do l!fT1que havia pobreza. fome, desem-preÇo e analfabetismo na União Soviética.ESSf!Scritiçqsj)~~_9~.~_.t:iéin aPrática eslética da poputação, Quese manifesta através 00 folclore. do artesa-nato, do carnavaf, da literatura de cordel,do cancioneiro popular e, principaJment~.do kilschdos galpOes da periferia suburba-na e do kilsch dos salões da Vieira Souto.

Esses fataes provocaram a seguinte si:ua..- çao: no nível da teoria. o relacionameõõto

do design com a estética e a semiótica r..cou reduZido à dimensão ditada pelo fun-cionalismo radical. Na prática. contudo. saoassimiladas indiferentemente tendências di-

versas. Se essa situaÇão pOde ser tarera.da até pouco tempo, tof1"lOlJ-se insuportã-,vai com o surgimento do pós-rnoderno,.pois este é a anb1ese do ~esign func,ãonaflS-

.ta. A relação entra a teoria e a prâbCa ror"nou-se.tao.contraditória.que o elo entre,

elas rompeu:se definitivamente,

A prática ~ do designe da arqui-tetura brasileiros, que- sempre deu enormeimportância à dimensão.~ e simbóli-

ca dos objetos. foi quase que invariavelmen-te rejeit3da pelo design e arquitetura Oficiaise enquãdrada na categoria de foldore ouIdfsch. ingenuidade ou ignorAncia popular.Com ó surgimento do pós-moderno. desig.ners e arquifefos .obsaróam a IPgitimaçâodos c;bjeIOSe conslruçOes produzidos pela .criaIMdade popuIiu: uma _ do gru-

'iIaIai1óMamphls -Iêm uma W1quietarie~ com móveis _,dos hâ anosnaÜ.."", da Creto. CE. Caruaru, PE, ouCanípina Grande, PB. A fachada de umacasa em Nova Iguaçu poderia ter sido umprojeto do grupo AJchimia.

O reconhecimento de.sse lato 1110 imp/'oeanecessariamente uma opçao pelo pós-mo-demo ou pela estéIica popufar, mas impfi-ca que o desig

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ner e o 8IqUiteto d

~, con-sida<aroufros critériospara a criaçã da for-mados objetos. qUe substituam 8 - . ia

da "boa forma" funcionafiSta. ~\,

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"Moderno, P_ a Controvérsia"foi tema de seminârio apresentado por Gus-tavo Amaiante. BoinIirne lia MOnicaRossino-L.aborát6rio Brasileiio'de,Desanho Indus-trial (03DQ, fIoriaI1óÍjor.s.com o patrociniodo'MCTICNPq. . ..

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