Texto Avaliacao Diagnostica
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A avaliação educacional diagnóstica e as práticas curriculares
Maria Auxiliadora Mattos Pimentel / Rosa Maria Corrêa
Introdução
É tarefa da escola, desde sua institucionalização, ensinar aos alunos conhecimentos considerados
importantes dentro de uma determinada cultura, formar para a cidadania e o mundo do trabalho. Para
que esse objetivo seja alcançado, as situações da sala de aula são sempre processos de ensino e
aprendizagem orientados intencionalmente para a aprendizagem de determinados conteúdos. Os pro-
fessores geralmente planejam seu trabalho em função de como pretendem desenvolver esses conteúdos
do currículo e, uma vez defi nidos, estabelecem as atividades de ensino e a forma pela qual pretendem
avaliar as aprendizagens dos alunos, destinatários das atividades. Assim, no cotidiano escolar uma das
atividades que o professor realiza e que é fundamental para a sua função de ensinar é a avaliação.
Em um sistema educacional de qualidade, todos os alunos são avaliados permanentemente, para verifi car
seu progresso em relação aos objetivos defi nidos pelos conteúdos do currículo. A avaliação educacio-
nal é aquela que os professores realizam para regular os processos de ensino e aprendizagem e para
conhecer, em diferentes momentos, aquilo que os alunos aprendem. É uma atividade intencional, cuja
fi nalidade é conhecer para tomar decisões em
relação ao ensino, a turma e o aluno. Embora
tenha tido tratamento diferenciado através dos
tempos, é consensual nos dias de hoje a sua
importância.
Numa escola inclusiva, além de ser capaz
de identifi car a aprendizagem dos alunos e
as possíveis difi culdades apresentadas por
alguns deles, os professores precisam saber
o que fazer para que cada um aprenda da
melhor maneira possível, ou seja, que apren-
dam com sentido. Aprender com sentido é um
processo onde o aluno constrói signifi cados,
a partir das interações que desenvolve com os conteúdos da aprendizagem, com o professor e consigo
mesmo. Na aprendizagem com sentido as atividades resolvem uma necessidade ou um desejo e se
constituem numa elaboração permanente das experiências vividas. A avaliação, portanto, deve enfocar
não só o aluno, mas também o currículo, o modo de ensinar e como cada aluno desenvolve sua apren-
dizagem em resposta às experiências que lhe são proporcionadas pela escola.
Numa abordagem tradicional, as necessidades educacionais especiais geralmente são avaliadas ape-
nas pelas equipes multidisciplinares. No entanto, nem sempre os especialistas, que compõem essas
equipes, conseguem ajudar o professor a entender “como o aluno aprende em sala de aula”, ou “que
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difi culdades de aprendizagem curriculares os alunos enfrentam”, “como o professor pode ajudar
o aluno a aprender melhor”, ou, mesmo, “como ajudar o professor a ensinar o aluno na turma”.
Sabemos hoje que a avaliação processual e formativa implica realizar uma avaliação diagnóstica na sala
de aula e, nesse sentido, os professores precisam desenvolver sua capacidade de fazerem sozinhos
ou com a ajuda da equipe escolar a maior parte dessas avaliações. Isso não signifi ca excluir o trabalho
dos profi ssionais especializados - psicólogos, médicos, assistentes sociais e outros -, mas os parceiros
mais importantes para o professor nesse trabalho de avaliação diagnóstica escolar, aqui proposto, são
seus colegas docentes, os profi ssionais de educação da escola, os pais e os próprios alunos. Este texto
pretende discutir algumas questões relacionadas à necessidade de uma avaliação a ser realizada pelos
profi ssionais da escola, para acompanhamento das atividades desenvolvidas em sala de aula, para
contemplar as diferenças dos alunos.
Quando falamos de avaliação diagnóstica, nos referimos a um processo onde se pretende identifi car as
causas apresentadas pelos alunos em relação a algumas difi culdades específi cas na assimilação das
experiências de aprendizagem, ocorridas em seu desenvolvimento pessoal, ou desadaptações em relação
ao currículo, para a tomada de decisões sobre o ensino para a turma e o aluno. Nessa defi nição, dois
aspectos importantes devem ser destacados: o fato de se falar em “avaliação diagnóstica” ao invés de
“diagnóstico” e o de se considerar, também, o “ambiente ou contexto educacional” como objeto de ava-
liação, e não apenas o sujeito. Na verdade, o objeto da avaliação é o sujeito em seu contexto escolar.
O uso do termo “avaliação diagnóstica” em lugar de diagnóstico é bastante recente e tem suas expli-
cações no deslocamento do enfoque clínico para o enfoque educacional. Segundo Verdugo, citado por
Sole (2001),
Quando falamos de diagnóstico, referimo-nos a uma atividade limitada à busca de patologias nos indivíduos como causa explicativa de seus desajustes ou difi culdades e, portanto, relacionada com um modelo médico explicativo da conduta (...). Se falamos de avaliação, referimo-nos a um tipo de informação muito mais amplo sobre a pessoa, que não fi ca centrado exclusivamente no indivíduo, mas também no seu ambiente e na interação entre ambos, e que não utiliza como procedimento principal e quase único os testes psicológicos ou a avaliação clínica. (SOLÉ, 2001, p.188)
A avaliação educacional diagnóstica, não é um acontecimento “isolado”, ou um recorte, ou momento no
trabalho do professor. É um processo contínuo que implica refl exão e interpretação dos acontecimentos
e atividades realizadas na sala de aula, à medida que ocorrem.
Em relação à avaliação educacional, a Resolução 451, de 27/05/2003 - que fi xa normas para a Educação
Especial no Sistema Estadual de Ensino -, deixa claro sua importância e defi ne procedimentos para sua
operacionalização. Em seu Artigo 8º. coloca:
O atendimento ao aluno na Educação Especial será efetivado com base nos seguintes proce-dimentos:
I. pesquisas e estudos científi cos para aprimorar os processos pedagógicos;
II. avaliação educacional realizada por uma equipe pedagógica composta no mínimo por professor, supervisor e/ou orientador educacional;
III. diagnóstico multidisciplinar, envolvendo profi ssionais da área de Educação e Saúde, quando for o caso, e com a participação da família;
IV. relatório cirscuntanciado das informações básicas que justifi quem a oferta;
V. plano de desenvolvimento individual do aluno.
A avaliação feita na escola é, pois, um processo contínuo que implica refl exão e interpretação dos
acontecimentos e atividades da sala de aula. Requer uma atitude mental que consiste em procurar o
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maior numero possível de informações relevantes para responder aos acontecimentos, à medida que
ocorrem.
Passaremos agora a discutir e analisar estratégias de avaliação diagnóstica e registro da aprendizagem,
com vistas ao atendimento as diferenças, mudanças curriculares necessárias às atividades em sala de
aula, para elaboração do plano de desenvolvimento individual do aluno (PDI).
Realizar uma avaliação diagnóstica na sala de aula é muito importante, pois ajuda o professor a organizar as atividades de ensino de forma que tenham sentido para os alunos e desenvolvam sua autonomia.
O Processo de Avaliação Diagnóstica na Sala de Aula
O processo de avaliação diagnóstica em sala de aula implica sempre o levantamento de informações
disponíveis, sua análise e a tomada de decisões. Para isso, a pesquisa é meio fundamental para nos
tornarmos melhores professores, pois nos permite obter informações, enquanto ensinamos, para co-
nhecer melhor a nossa prática e o desempenho de nossos alunos.
No levantamento de informações, é importante “defi nir o que se quer saber
e por que”; “como se pode vir, a saber”; “como interpretar a informação
obtida” e “que conclusões tirar”.
Muitas são os procedimentos que podem ser utilizadas para o levantamento
de informações sobre o aluno. Algumas estratégias apresentam características
que as tornam mais adequadas ao trabalho do professor como: a avaliação das
informações contidas no diagnóstico multidisciplinar apresentado por ocasião
do ingresso na escola e na fi cha pessoal do aluno; a observação em sala de
aula ou em outros espaços escolares; a análise das atividades escolares; os
registros e fi chas de avaliação; as entrevistas; os questionários e a análise da
aprendizagem.
A Avaliação das Informações sobre o Aluno
Os alunos com necessidades especiais que ingressam pela primeira vez na escola, podem trazer
uma avaliação realizada por uma equipe de profi ssionais - o diagnóstico multidisciplinar e o relatório
circunstanciado, com uma considerável quantidade de informações, muito úteis
para o professor.
A escola, ao formalizar a matrícula de um aluno, pode aproveitar esse mo-
mento para entrar em contato com as famílias e coletar algumas informações
importantes para a fi cha pessoal do aluno. Essa fi cha contém dados sobre
sua situação inicial e vai sendo atualizada e ampliada, ao longo da esco-
laridade, por meio de entrevistas com pais e familiares, registros feitos
pelos professores e pelas equipes de atendimento educacional especia-
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lizado e de saúde, Nela estão registrados os dados sobre a história pessoal e escolar do aluno, sua
composição familiar, aspectos socioculturais, condições pessoais de defi ciência (natureza, aspectos
etiológicos, neurológicos e de saúde), as difi culdades e as competências apresentadas nas diferentes
áreas curriculares, as ações realizadas para promover seu desenvolvimento e aprendizagem e outros
dados complementares relevantes. Usualmente, essa fi cha, está à disposição de qualquer profi ssional
da escola que a solicite e constitui sempre o ponto de partida da avaliação diagnóstica. É importante,
pois, que a escola construa esta fi cha.
A Observação
A ação de observar é necessária em todas as situações de avaliação, por ser um recurso que nos permite
analisar um problema dentro de certo contexto, desde que realizada com critérios e registros adequados.
A observação é a percepção seletiva e/ou sistemática de situações que ocorrem no dia-a-dia de uma
pessoa ou instituição. Assim, para a compreensão de uma situação de aprendizagem na escola, a saIa
de aula é o principal contexto onde o aluno com necessidades especiais deverá ser ajudado. Observar
um aluno em sala de aula nos possibilita perceber seu desempenho em situações concretas de ensino
e aprendizagem e obter informações sobre:
• como é proposta a atividade e a resposta da turma e do aluno a ela;
• que atividades despertam-lhe maior interesse;
• as difi culdades que o aluno apresenta ao realizar uma tarefa concreta;
• a adequação dos trabalhos que realiza em relação às suas capacidades e/ou difi culdades comparadas
aos outros alunos;
• a dinâmica, a comunicação e a relação entre o aluno e o professor, e entre o aluno e os colegas.
As observações podem ter objetivos diferentes: em alguns casos podem ser usadas para ter um contato
inicial com a aprendizagem apresentada pelo aluno. Há situações, por exemplo, em que o professor recebe
um aluno na sala de aula e as informações iniciais obtidas são bastante limitadas e pouco esclarecedo-
ras sobre a sua real condição e desenvolvimento. Assim, para obter mais dados, deveremos proceder
a uma observação com o objetivo exploratório de
buscar informações preliminares sobre a situação
que será analisada posteriormente. No entanto,
quando já sabemos o que queremos observar nas
situações pedagógicas, a observação deve ser sis-
temática e centralizada numa demanda concreta:
conhecer, por exemplo, quais atividades desper-
tam o interesse do aluno e como ele resolve situ-
ações-problema. Nesse caso, a observação deve
obedecer a um roteiro previamente estabelecido.
Esse tipo de observação é, comumente, a mais
realizada nas avaliações diagnósticas do aluno
com necessidades educacionais especiais.
Em alguns casos, é necessário trabalhar alguma coisa em conjunto com o aluno para verifi car como
ele aprende, como se organiza a partir de sugestões dadas, ou para verifi car qual a melhor forma de
introduzir uma atividade para que sua aprendizagem tenha sentido. Nesse caso, o observador pode ser
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participante. Quando o observador é não-participante mantém-se fora da situação observada, à margem
do que está sendo realizado pelo aluno, observando apenas, suas reações enquanto trabalha.
São recomendações importantes para realizarmos uma observação sistemática:
• conhecer, o máximo possível, a situação a ser observada, colhendo informações com pessoas envol-
vidas na situação, tendo o cuidado de não se deixar contaminar por opiniões e idéias preconcebidas
de outros;
• defi nir, com clareza, os objetivos da observação elaborando um roteiro básico que contenha os
principais aspectos a serem observados;
• selecionar e registrar os dados durante a observação, concentrando-se nos fatos que estão aconte-
cendo efetivamente em lugar de procurar outros que espera que aconteçam;
• optar por uma escuta paciente e interessada e um olhar adequado para saber distinguir o importante
do secundário, tomando notas de detalhes importantes;
• analisar e interpretar os dados obtidos e, em casos de dúvidas, após a observação, procurar escla-
recê-los.
Para o professor obter bons resultados com a observação, podendo então, utilizá-la de forma satisfatória
ele deve:
• Conhecer as vantagens e desvantagens da observação, para poder defi nir a sua adequação em
relação ao objetivo esperado;
• determinar a metodologia específi ca a ser utilizada, especialmente o tipo de observação a ser fei-
ta;
• selecionar o contexto, os aspectos a serem observados, como o espaço físico, as condições neces-
sárias à sua realização, delimitando a freqüência e duração da observação;
• defi nir os meios ou instrumentos utilizados para registrar a informação;
• realizar a observação colocando em prática todo o planejamento previsto;
• registrar as informações recolhidas para procedimentos de análise e tomada de decisões;
• registrar a informação da forma mais objetiva possível, sem valorizações subjetivas ou cargas emo-
cionais;
• manter uma boa relação com a pessoa que deve observar.
Qualquer observação deve ser planejada tendo como foco o que se quer observar. Por essa razão, não existe um modelo padrão de observação.
Uma proposta bem ampla de observação em sala de aula pode ser encontrada no capítulo 3 do livro Intervenção educativa e diagnóstico psicopedagógico, de Eulália Bassedas e outros, publicado pela Artes Médicas1. O modelo apresentado deve ser adaptado aos objetivos da avaliação a ser realizada.
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1 BASSEDAS, Eulália e outros. Intervenção Educativa e diagnóstico psicopedagógico. Trad. De Beatriz Affonso Neves, 3ª Ed. Porto alegre, 1996.
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A Análise das Atividades Escolares
A sala de aula é o espaço privilegiado para a investigação da aprendizagem dos alunos, pois as ativi-
dades educativas que lá acontecem favorecem ou não a aquisição de conhecimentos e a apropriação
dos conteúdos curriculares. Estes resultam de uma tríade pedagógica formada pelo professor, respon-
sável pelo ensino; pelo aluno, e seus processos de aprendizagem e desenvolvimento; pelo conteúdo
escolar, mediado pela intervenção que são os componentes didáticos.
Assim sendo, obter informações sobre o domínio dos conteúdos do currículo, sobre o comportamento do
aluno em relação ao desenvolvimento de suas diferentes capacidades (intelectuais, motoras, emocionais)
e sobre a ação do professor é de suma importância para uma avaliação que considere as diferenças e
a necessidade de se conhecer a situação particular de cada aluno.
Com respeito a esse aspecto, Bassedas et al (1996) comentam:
o domínio dos conteúdos do currículo, entendidos como atitudes, procedimentos e conceitos, - refere-se àquilo que o aluno sabe, às estratégias usadas por ele diante da tarefa, assim como aos conteúdos que poderá chegar a dominar, se receber uma ajuda potencial de aprendizagem. (BASSEDAS, 1996, p. 88)
Essas autoras, em seu trabalho de avaliação psicopedagógica desenvolvido na Espanha, propõem
situações de avaliação de aprendizagem que levem o professor a compreender o que e como o aluno
aprende, verifi cando assim, os resultados alcançados e os processos que concorreram para isso.
Afi nal, comentam as autoras,
interessa-nos poder observar o processo seguido pela criança durante a solução de uma tarefa: como a ordem é recebida, se planeja previamente os passos que seguirá, quais as estratégias utilizadas diante de uma difi culdade, se é capaz de retifi car, se fi ca bloqueada e deixa o trabalho sem terminar, quais os resultados que obtém, etc, (BASSEDAS et al, 1996, p. 88)
Mas, voltemos à análise das atividades escolares. Essa estratégia oferece informações complementares
às obtidas por meio da observação. O desempenho em sala de aula nos fornece dados para a investi-
gação das competências e habilidades manifestadas pelos alunos, orientando-nos na compreensão de
suas difi culdades. Nessa medida, parece-nos importante apontar
alguns aspectos que devem ser observados em situações de ava-
liação diagnóstica, tais como:
• qualidade do raciocínio (diferencia causa e conseqüência, é
capaz de dar um exemplo, automatiza, utiliza conceitos, tira
conclusões);
• aprendizagem dos conteúdos (compara, relaciona, classifi ca,
defi ne, conceitua, memoriza);
• compreensão de linguagem oral (escuta e compreende, não
escuta, atribui um sentido diferente ao solicitado, por difi culdade
em se descentralizar em relação às suas idéias);
• leitura (lê e compreende; não lê; lê mas não compreende;
interpreta parcialmente instruções escritas);
• produção escrita (grafi smo, vocabulário, qualidade da escri-
ta);
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• ortografi a (natureza dos erros, se conceitual, construtivo, por distração, por difi culdade na interpre-
tação da instrução, etc.);
• resolução de tarefas (repete modelos conhecidos, automatiza, utiliza novas estratégias, faz inferên-
cias);
• participação em sala de aula (atento, concentrado, interessado, distraído, tenso, inquieto, displicen-
te,
• elaboração dos trabalhos (completos ou incompletos e organização do material escolar)
• atividades que realiza com mais freqüência, mais esporadicamente ou quase nunca realiza.
A maioria desses procedimentos faz parte do trabalho de avaliação da aprendizagem, de modo geral.
Seu uso, porém, é bastante apropriado para a avaliação diagnóstica realizada pelos professores em
sala de aula, pois, desenvolve sua competência profi ssional, permite uma análise refl exiva sobre sua
prática e pode corrigir aspectos que eventualmente estejam interferindo na qualidade do seu trabalho,
em relação aos resultados esperados. Assim fazendo, poderá discuti-los com seus colegas professo-
res, com a coordenação pedagógica, com os pais e outros profi ssionais que participam das decisões
educativas.
O Registro Escrito
O uso de registros escritos tem sido muito utilizado na escola, pelos
professores, que hoje reconhecem sua importância e necessidade. São
tarefas que podem ser realizadas de modo relativamente informal e
pouco estruturadas, como anotações feitas em diários dos professores,
ou obedecer a esquemas previamente estabelecidos para atender a
objetivos propostos pelo ensino. É o caso dos portfólios, onde os alunos
são levados a fazer os seus próprios registros.
Um outro tipo de registro escrito são as fi chas de avaliação, utilizadas para
estruturar o registro oral ou escrito, quando se deseja reduzir o tempo
dedicado aos mesmos. São formas de avaliar o progresso dos alunos
e, por se apresentarem, via de regra, sob a forma de esquemas com
perguntas, podem se tornar restritivas. Em caso de opção pelo seu uso, o ideal é que a sua elaboração
seja feita pelos professores, pois isso contribui para que o registro refl ita as orientações curriculares da
escola e o seu trabalho.
No caso dos professores elaborarem suas próprias fi chas de avaliação é necessário levar em conside-
ração alguns critérios. Os itens devem:
• ser formulados em termos de comportamentos observáveis e cada item deve descrever apenas um
comportamento. Por exemplo: “A criança brinca bem com os colegas”;
• refl etir as fi nalidades e os objetivos do currículo da escola, o planejamento das atividades para o
grupo, a idade dos alunos e as suas possibilidades de aprendizagem.
As atividades a serem observadas devem ser descritas com precisão, para auxiliar na observação das
mesmas.
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O Registro Audiovisual
O registro audiovisual é uma forma valiosa de recolher informação, pois possibilita
fi xar momentos instantâneos da sala de aula. Pode ser usados por professores,
alunos, e, em alguns casos, por pais, para que possam analisar e refl etir sobre o
que acontece na escola. É um instrumento valioso numa avaliação, podendo ser
particularmente útil para outras situações, tais como:
• ajudar os professores a analisar sua prática de sala de aula e também o comportamento dos alunos
durante as atividades propostas;
• permitir que grupos de professores discutam experiências de trabalho e aprendam com seus pa-
res;
• estimular os alunos a refl etir sobre seu comportamento;
• fornecer meios de analisar as diferenças entre o desempenho observado e o desejado;
• apresentar as atividades realizadas em sala de aula aos pais, em reuniões pedagógicas, para que
conheçam o trabalho da escola e dele participem.
Esses registros têm limitações porque necessitam equipamentos
especiais e aparatos tecnológicos como fi lmadoras, máquinas
fotográfi cas, gravações em vídeo e áudio. Costumam, às vezes,
interferir no trabalho, pois deixam os alunos curiosos para verem
seu funcionamento, querendo manipula-los. Além disso, a falta de
condições ambientais e de isolamento acústico interferem na qua-
lidade sonora dos aparelhos.
A Entrevista
Como sabemos, a entrevista é um procedimento de coleta de dados para obter informações do próprio
informante. Dependendo da natureza da informação que pretendamos obter, podemos usar a entrevista
aberta ou não-diretiva, ou seja, não orientada para um tema proposto. Adotamos a fechada, diretiva ou
estruturada, quando temos um conjunto de questões previamente determinadas a serem respondidas.
E quando desejamos coletar informações tomando como ponto de partida vários aspectos relacionados
a um tema específi co, devemos usar a entrevista semi-estruturada.
Conforme podemos observar, numa avaliação diagnóstica, a entrevista nos possibilita aprofundar a
defi nição do problema a ser analisado e ampliar as informações referentes ao aluno em relação a vários
aspectos, como, relacionamento pessoal, hábitos, linguagem, aprendizagem, contatos entre pais e escola
e outros. Pode ser realizada com alunos, com os pais, com professores, com profi ssionais especialistas
da escola, do atendimento educacional especializado e atendimento clínico, além de outros. Pode ter
por objetivos, a coleta de dados e/ou opiniões ou uma anamnese.
As entrevistas para coleta de dados e opiniões podem ser individuais ou grupais (de foco). O objetivo
desse tipo de entrevista é saber o que o(s) entrevistado(s) pensa(m) ou sente(m) sobre o problema
apresentado. As entrevistas de anamnese têm como objetivo obter informações sobre a vida do en-
trevistado, em relação a vários aspectos, para, então, reconstituir uma seqüência de experiências em
relação a sua aprendizagem e desenvolvimento.
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No entanto, para que uma entrevista tenha êxito, ela deve ser
planejada e para planejá-la é necessário:
• ter bem claros os objetivos que se pretende alcançar com
ela;
• determinar o tipo de entrevista mais adequado para a ob-
tenção das informações necessárias:
• escolher as pessoas a serem entrevistadas, em relação a
sua representatividade para o esclarecimento das questões;
• defi nir os aspectos específi cos a serem tratados;
• preparar a entrevista (local, material para registro, etc.);
• criar ambiente favorável para o desenvolvimento da entrevista;
• organizar e processar as informações recebidas;
• analisar as informações que levem às conclusões fi nais sobre os dados coletados.
E para que a entrevista seja produtiva, sugerimos:
• levar em consideração o tempo disponível para a sua realização; se o tempo é curto, deter-se apenas
nos pontos centrais;
• demonstrar interesse pelos temas que o entrevistado aborda, retomando sempre os objetivos da
entrevista, sem forçar a situação;
• não fazer perguntas cujas respostas estejam implícitas ou sejam induzidas pelo observador;
• evitar extrair do entrevistado informações contra sua vontade ou sem seu consentimento;
• ter cuidado para não empregar um tom insinuante ou impertinente;
• deixar que o entrevistado fale por si mesmo, dando-lhe tempo para que possa pensar suas respos-
tas;
• evitar técnicas de ordem ou mando;
• concluir a entrevista, tendo o cuidado de perguntar ao entrevistado se ainda há alguma coisa que
queira falar.
Para orientações sobre roteiros de entrevistas, consulte: Bassedas e outros, cap. 3, já mencionado anteriormente.
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O Questionário
O questionário é um instrumento muito utilizado numa avaliação diagnóstica pedagógica. É elaborado
para se obter do sujeito um relato, por escrito, de suas próprias experiências. As perguntas são previa-
mente elaboradas e respondidas por escrito pelo próprio sujeito, diferentemente da entrevista, em que
a resposta é oral e o entrevistador é quem a transcreve no papel. Embora à primeira vista a utilização
dos questionários possa parecer um meio relativamente simples e direto de colher informações, seu
uso costuma apresentar muitas difi culdades, pois, se não forem bem elaborados, poderão desqualifi car
as informações desejadas.
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Os questionários podem conter questões que levem a respostas abertas ou fechadas. As questões
abertas não são muito indicadas para os questionários, pois, em algumas situações, costumam produzir
respostas tão imprevistas que tornam difícil sua análise. Os melhores questionários são aqueles cujas
respostas solicitadas estão claramente defi nidas e o conteúdo das perguntas abordam um assunto que
o informante possa e saiba relatar.
Para elaborarmos um bom questionário, necessitamos defi nir o conteúdo das perguntas, a maneira
como serão formuladas, as formas utilizadas para respondê-las e a seqüência delas. Uma boa prática
consiste em submeter o questionário à aprovação de alguns avaliadores antes de sua forma defi nitiva
e sempre utilizá-lo com o apoio de outras estratégias complementares.
A análise da aprendizagem
Durante muito tempo, os testes foram usados na escola como um dos
únicos instrumentos confi áveis de avaliação diagnóstica. Hoje, os testes
padronizados, que comparavam os alunos uns com os outros, como por
exemplo, as medidas de inteligência, e de Q.I., foram substituídos por
estratégias utilizadas para saber o que o aluno já conhece de forma que
o professor possa decidir quais as melhores maneiras para ampliar o seu
conhecimento. Avalia-se, pois, os conhecimentos e competências do alu-
no, tomando como base os objetivos específi cos defi nidos no currículo.
Hoje, avaliar a aprendizagem buscando informação nas tarefas realizadas
na sala de aula tem sido uma prática muito utilizada pelos professores.
As atividades orais ou escritas feitas em classe, as tarefas de casa e as
perguntas formuladas durante as aulas são informações que nos ajudam
a compreender o que as crianças aprenderam, ou não, em relação aos
conteúdos curriculares que estão sendo dados.
De posse das informações coletadas durante a avaliação diagnóstica, pode-se ter uma idéia do aluno, da
sua forma particular de aprender em relação aos conteúdos curriculares trabalhados Essas informações
são elaboradas de forma progressiva e o professor não precisa esperar que o processo de avaliação
diagnóstica esteja concluído para intervir. Poderá, no decorrer do seu trabalho, ir fazendo o acompa-
nhamento escolar e efetuando os ajustes necessários para se obter melhores resultados. Entretanto,
espera-se que, ao fi nal dos procedimentos de avaliação diagnóstica, esteja de posse das informações
que vão permitir o planejamento das atividades de ensino, a elaboração das mudanças curriculares e
o Plano de Desenvolvimento Individual, quando necessários.
A avaliação diagnóstica realizada na escola permite ao professor um conhecimento das características particulares de seus alunos para or-
ganizar o seu processo educativo, planejando as atividades de ensino de acordo com a proposta curricular e as diferenças existentes na sala de aula.
Assegurar um ensino atento às diferenças implica tomar decisões que envolvam o projeto curricular e as atividades cotidianas de ensino e aprendizagem.
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O projeto curricular é o instrumento de que dispõem os profi ssionais de uma escola para defi nir e con-
cretizar decisões, em relação aos componentes curriculares que devem ser adotados coletivamente,
garantindo que a proposta educacional realizada seja adequada às características e necessidades de
cada um dos alunos. Portanto, para que o trabalho pedagógico permita uma efetiva participação e o
aproveitamento de todos, é necessário o planejamento do currículo escolar.
A proposta curricular é defi nida por cada escola, com base nos princípios norteadores contidos no
Projeto Político Pedagógico. Para uma escola que pretenda ser inclusiva, o currículo deve, entre outros
aspectos, ser fl exível, dar atenção as diferenças, estimular a heterogeneidade, contemplar as necessi-
dades educacionais especiais dos alunos e favorecer processos de formação e colaboração refl exiva
entre os profi ssionais.
Desde a promulgação da Lei 5692/71 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que o princípio
constitucional da igualdade de oportunidades para as pessoas, colocou no cenário educacional o direito
à educação para todos, independentemente de suas características e condições pessoais e sociais. Essa
amplitude de oportunidades traz, conseqüentemente, o reconhecimento das diferenças e a necessida-
de de atendê-las a partir de todas as dimensões possíveis. Embora a legislação tenha estabelecido o
atendimento às pessoas com defi ciência, seria ingênuo pensar que isso é sufi ciente para que as coisas
aconteçam. As leis contribuem para defi nir as condições necessárias para alcançar um objetivo, mas
a sua consecução dependerá de inúmeros fatores, dentre eles, os recursos com que se conta para
alcançá-los e o envolvimento dos agentes encarregados de implantar a legislação.
Evidencia-se, portanto, a importância de se considerar as diferenças como fator primordial na educa-
ção, em função das interações que se estabelecem entre as características das pessoas e o ambiente
educacional em que se inserem. Por isso, levar em consideração as diferenças no campo educacional
signifi ca criar mecanismos variados de ensino e de situações e respostas educacionais, que permitam
o máximo ajuste possível às características dos alunos para promover seu desenvolvimento.
As mudanças paradigmáticas vêm conduzindo o nosso pensamento, para a idéia de que, diante de uma
determinada situação de aprendizagem os alunos apresentam disposições intelectuais, características
afetivas emocionais e estratégias de aprendizagem diferentes, condicionadas ao ambiente social em que
essas aprendizagens se desenvolvem. E a pluralidade de situações com que nos deparamos nas esco-
las demonstra a elevada complexidade de um projeto curricular coerente com as diferenças existentes
na sala de aula. Se privilegiarmos a heterogeneidade, vamos encontrar no mesmo grupo alunos com
interesses e experiências diversas, em níveis diferentes de aprendizagem, que necessitam atividades
diversifi cadas para que possam aprender com sentido.
Os professores às vezes entendem atividade diversifi cada como uma atividade diferenciada/específi ca
para o aluno diferente. O trabalho diversifi cado deveria ser uma oportunidade para todos os alunos
aprenderem, de forma variada, o que muitas vezes só é trabalhado de um jeito na sala de aula. Normal-
mente, os professores transmitem o conteúdo e pedem que os alunos repitam. Atividades diversifi cadas
trabalhariam as diferentes linguagens e, de formas variadas, o mesmo conteúdo, dando oportunidade
para que todos os alunos possam reconstruir o conhecimento. Atividades diferenciadas acabam por
discriminar os alunos, que aprendem, de modo diferente do que é esperado pela escola, daquele outro
aluno que se adapta a ela. A atividade diversifi cada dá autonomia ao aluno de fazer a escolha do trabalho
que melhor ajusta a seus interesses e, portanto, propicia a aprendizagem.(CORRÊA, 2009)
Na atualidade, em relação ao atendimento as diferenças na escola, encontramos duas posições diferen-
tes; há os que defendem a necessidade das adaptações curriculares e dos planos de desenvolvimento
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individual, e os que acreditam que a adaptação ao conteúdo escolar é realizada pelo próprio aluno por
um processo de auto-regulação da aprendizagem.
As adaptações curriculares constituem um conjunto de modifi cações realizadas, nos conteúdos, nos
objetivos, nas atividades e nos procedimentos de avaliação, para atender as diferenças individuais dos
alunos. Nos conteúdos, propõem-se a introdução de conhecimentos essenciais e instrumentais para
outras aprendizagens, como, por exemplo, as habilidades funcionais de leitura, escrita e cálculo, assim
como a priorização de objetivos que enfatizem as competências básicas de atenção, adaptação à vida
social e a participação em grupos, dentre outros. Em relação à metodologia é necessário programar
atividades especifi cas para os alunos e estabelecer critérios de seleção e adaptação das mesmas para
cada conteúdo trabalhado; em relação à avaliação, devem-se adotar critérios compatíveis e adequados
a cada aluno em particular.
Os que defendem a segunda posição partem do princípio de que o aluno é ativo na construção dos
seus conhecimentos independentemente de ter defi ciências ou não, pois toda criança começa a apren-
der quando nasce. Isto quer dizer que no momento de iniciar qualquer atividade, o faz sobre as bases
do que já conhece. Por outro lado, não existem crianças iguais; todas são diferentes. Embora existam
algumas regularidades evolutivas que determinam alguns estados de desenvolvimento, cada ser humano
tem uma dotação genética que não é repetível, assim como também não o são, as experiências vividas
e os recursos desenvolvidos para resolvê-las.
A ação educativa baseia-se, portanto, em três hipóteses fundamentais;
a) quando inicia a escolarização, a criança já sabe alguma coisa, pois ela nunca parte do nada;
b) a inteligência modifi ca-se e enriquece por reorganização, portanto, o conhecimento baseia-se sempre
em outro conhecimento e avançar signifi ca aprofundar e reorganizar o que já conhecemos;
c) o aluno atingirá os níveis mais elevados possíveis com a colaboração do professor, ou seja, os
processos de ensino e aprendizagem desenvolvem-se por meio de uma interação monitorada e
permanente entre o professor e o aluno. Dessa forma não são necessárias adaptações curriculares;
o conteúdo curricular deve ser o mesmo para todos, trabalhado em atividades diversas para que os
alunos as escolham de acordo com seu interesse.
Um trabalho pedagógico que priorize uma construção permanente dos alunos, em situações úteis das
quais participam, de forma que possam aprender com signifi cado e sentido, requer dos professores
um desenvolvimento profi ssional contínuo e uma refl exão constante sobre sua prática, que resultam
de um longo percurso de formação. E, uma formação individual ou em equipe requer tempo e trabalho
pessoal. Avançar na análise sobre a prática e no aperfeiçoamento das estratégias de intervenção exige
ler, estudar, comparar resultados, refl etindo sobre a ação para modifi cá-la caso necessário.
Consideramos que a formação permanente, em todos os níveis, está a serviço do aperfeiçoamento do
profi ssionalismo. Mediante essa formação, os profi ssionais adquirem conhecimentos que aumentam
sua competência no trabalho, permitindo-lhes vincular-se a alguns projetos ou temas específi cos, assim
como conhecer as suas próprias capacidades e limitações.
Atender a diversidade, ensinar a alunos com necessidades educacionais especiais não é tarefa fácil
para as quais temos propostas já concluídas. Sua construção é o resultado de um processo onde não
devem ser descartadas, a priori as diferentes possibilidades de trabalho. Essas duas posições devem
ser consideradas de tal forma que o conhecimento de que dispomos sobre a aprendizagem em certos
tipos de difi culdades seja usado a favor de um processo de aprendizagem bem-sucedido.
PUC Minas Virtual 13
Conclusão
Ao longo desse texto, procuramos discutir a compreensão que temos do processo de avaliação diag-
nóstica que ocorre dentro da escola, realizado pelo professor e pela equipe pedagógica. Se assim o
fazemos é por julgarmos que essa avaliação, além daquela que é realizada pela equipe multidisciplinar,
permite que dados sejam esclarecidos e ações sejam efetuadas, promovendo um maior conhecimento
dos professores em relação aos problemas apresentados pelos alunos, ampliando suas competências
para o ensino. Acreditamos, pois, que a avaliação diagnóstica escolar deve ser conduzida pelos pro-
fessores e para isso apresentamos algumas estratégias.
As difi culdades de aprender se relacionam, quase sempre, às necessidades cognitivas dos alunos e a
um processo educacional que não considera as diferenças existentes na sala de aula. É fator essencial
para diminuir as difi culdades e as desvantagens apresentadas por eles, considerar as diferenças. Nesse
sentido, o currículo deve ser estruturado de forma que sua aplicação possibilite o acesso de todos os
alunos e, quanto mais fl exível e inclusivo, mais exige dos professores uma formação continuada.
De uma avaliação diagnóstica na sala de aula, depende a elaboração de um plano de trabalho que aten-
da às necessidades de cada aluno, em particular, e conseqüentemente, uma educação de qualidade,
direito de todos, e também dos alunos com necessidades educacionais especiais.
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Referências
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TOLCHINSK Liliana et al. Processos de aprendizagem e formação docente em condições de extrema diver-sidade. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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