Teoria Das Estruturas I Parte 1

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ UNOCHAPECÓ 3010059 - Teoria das Estruturas I. Evandro Paulo Folletto

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Teoria Das Estruturas I Parte 1

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  • UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC

    UNOCHAPEC

    3010059 - Teoria das Estruturas I.

    Evandro Paulo Folletto

  • Avaliaes

    1 avaliao G1 - contedo parcial;

    2 avaliao G1 - contedo parcial;

    Prova G2 - todo o contedo;

    Prova G3 - todo o contedo.

  • Referncias

    Os slides a seguir esto baseados nas seguintes referncias:

    SSSEKIND, Jos Carlos. Curso de anlise estrutural: estruturas isostticas. 5. ed. Porto Alegre: Globo, 1980-1981. 366 p. : (Tcnica universal globo).

    SORIANO, Humberto Lima. Esttica das estruturas. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Moderna, 2010. 402 p. ISBN 9788573939095 (broch.).

    UANG, Chia-Ming; GILBERT, Anne. Fundamentos da anlise estrutural. 3. ed. So Paulo: McGraw Hill, 2009. xxii, 790p. ISBN 9788577260591 (broch.).

    HIBBELER, R. C. Resistncia dos materiais. 5. ed. So Paulo: Pearson, 2004. 670 p. ISBN 9788587918673 (broch.).

    BEER, Ferdinand Pierre; JOHNSTON JNIOR, E. Russell. Resistncia dos materiais. 3. ed. So Paulo: Makron Books, 1996. xx, 1255 p. ISBN 85-346-0344-8.

  • Etapas do projeto estrutural

    -Concepo estrutural

    -Definio dos elementos estruturais (posies, dimenses iniciais);

    -Definio dos materiais e suas propriedades;

    -Definio das aes;

    -Anlise estrutural

    -Comportamento da estrutura perante as aes aplicadas;

    -Clculo e anlise dos esforos e deslocamentos;

    -Dimensionamento e detalhamento

    -Etapa onde so dimensionados e detalhados todos os elementos estruturais.

  • Classificao das aes

    -Quanto a frequncia

    -Estticas

    -Dinmicas

    -Quanto a durao

    -Permanentes

    -Variveis

    -Excepcionais

    -Quanto a forma de aplicao

    -Concentradas

    -Foras

    -Momentos

    -Distribudas por unidade de comprimento

    -Distribudas por unidade de rea

  • Tipos de elementos estruturais

    Quanto s dimenses e s direes das aes os elementos estruturais podem ser classificados em unidimensionais, bidimensionais e tridimensionais.

    -Unidimensionais (ou reticulares)

    Estruturas em que uma das dimenses prevalece sobre as outras duas dimenses. Estruturas formadas por barras.

    -Bidimensionais

    Estruturas em que duas das suas dimenses prevalecem sobre a terceira.

    -Tridimensionais

    Estruturas em que as trs dimenses se comparam.

  • Apoios

    A funo dos apoios de restringir graus de liberdade

    das estruturas, fazendo com que apaream reaes nas

    direes dos movimentos impedidos.

  • Apoios

    -Apoio de primeiro gnero apoio mvel.

    Reao: vertical

    Deslocamento livre: horizontal e rotao (2 g.l.)

  • Apoios

    -Apoio de segundo gnero apoio fixo.

    Reao: vertical e horizontal

    Deslocamento livre: rotao (1 g.l.)

  • Apoios

    -Apoio de terceiro gnero engaste.

    Reao: vertical, horizontal e rotao

    Deslocamento livre: nenhum (0 g.l.)

  • Apoios

    -Luva guia de deslizamento.

    Reao: vertical e rotao

    Deslocamento livre: horizontal (1 g.l.)

  • Apoios

    -Patim.

    Reao: horizontal e rotao

    Deslocamento livre: vertical (1 g.l.)

  • Apoios

    -Rotulado fixo.

    Reao: rotao

    Deslocamento livre: vertical e horizontal (2 g.l.)

  • Convenso de sinais Esforos internos

    -Esforos normal:

    -Esforo cortante:

    -Esforo de flexo:

    -Esforo de toro:

  • Reviso de estruturas isostticas

    VIGAS

  • Vigas - Definio

    O modelo de Viga tem barras dispostas sequencialmente em

    uma mesma linha reta horizontal.

    Carregamento: plano vertical.

    Esforos: Momento fletor, cortante e normal.

    Exemplos de vigas:

  • Vigas - Exemplos

  • Vigas - Estaticidade

    -Classificao quanto ao equilbrio esttico (plano XY):

    No plano, tem-se 3 equaes de equilbrio:

    Fx = 0

    Fy = 0

    MA = 0 , onde A um ponto qualquer desse plano

    A equao Fy = 0 pode ser substituda por MB = 0 desde

    que o segmento AB no seja paralelo ao eixo Y.

    Tambm, as equaes Fx = 0 e Fy = 0 podem ser

    substitudas por MB = 0 e MC = 0, desde que os pontos A, B e C sejam pertencentes ao plano XY, mas no colineares.

  • Vigas - Estaticidade As vigas podem ser classificadas em hipostticas, isostticas e hiperestticas.

    -Hiposttica: os apoios so em nmero inferior ao necessrio para impedir todos os movimentos possveis da estrutura.

    N Equaes > N Incgnitas condio necessria e suficiente

    -Isosttica: os apoios so em nmero estritamente necessrio para impedir todos os movimentos possveis da estrutura.

    N Equaes = N Incgnitas condio necessria, mas no suficiente

    -Hiperestica: os apoios so em nmero superior ao necessio para impedir todos os momentos da estrutura.

    N Equaes < N Incgnitas condio necessria, mas no suficiente

  • Vigas - Estaticidade

    Exemplo: Classificar as seguintes vigas em hipostticas,

    isostticas e hiperestticas.

  • Vigas - Exerccio

    Exerccio: determinar as reaes de apoio e os

    diagramas de esforos internos da viga abaixo:

  • Reviso de estruturas isostticas

    VIGAS GERBER

  • Vigas Gerber - Definio

    A viga Gerber composta por uma associao de

    vigas simples, biapoiadas e em balano, apoiando-se

    uma sobre as outras e em apoios externos, de maneira

    a formar um conjunto estvel isosttico. Nessa

    composio, as ligaes so feitas por meio de rtulas.

    E pelo menos um dos apoios dessa viga deve ser

    projetado para absorver eventuais foras horizontais.

    Carregamento: plano vertical.

    Esforos: Momento fletor, cortante e normal.

  • Vigas Gerber

    Exemplo:

  • Vigas Gerber

    As rtulas utilizadas podem ser classificadas da

    seguinte forma:

    Permite deslocamento horizontal e rotao.

    (comportamento semelhante ao apoio de

    primeiro gnero)

    Permite apenas rotao.

    (comportamento semelhante ao apoio de

    segundo gnero)

  • Vigas Gerber - Estaticidade

    A classificao das vigas Gerber seguem os mesmos

    critrios mostrados para o caso das vigas simples,

    podendo ser classificadas em:

    - Hipostticas (estruturas sem estabilidade);

    - Isostticas (estruturas com estabilidade);

    - Hiperestticas (estruturas com estabilidade).

    Lembrando que cada rtula presente na estrutura

    adiciona uma equao de equilbrio ao sistema.

  • Vigas Gerber Exemplos

    Exemplos de vigas Gerber isostticas:

  • Vigas Gerber - Exemplos

    Outros exemplos de vigas Gerber hipostticas:

  • Vigas Gerber

    Considerando a figura acima, nota-se que tem-se uma

    rtula sobre o apoio B.

    Prossegue-se o clculo da seguinte forma: considera-

    se como se fossem duas vigas biapoiadas AB e BC

    independentes.

    A reao vertical de B obtida somando-se as duas

    reaes VB dos trechos AB e BC.

  • Vigas Gerber

    Exemplo de utilizao (Sssekind, 1981): construir

    uma ponte em concreto, que se apoie nos pilares A, B

    C, D.

    1 Soluo:

    2 Soluo:

  • Vigas Gerber

  • Vigas Gerber

    Exerccio: determinar as reaes de apoio e os

    diagramas de esforos internos da viga Gerber abaixo:

  • Reviso de estruturas isostticas

    PRTICOS PLANOS

  • Prticos planos - Definio

    So estruturas em barras retas ou curvas, orientadas

    segundo qualquer direo, em um plano usualmente

    vertical.

    Carregamento: plano vertical.

    Esforos: Momento fletor, cortante e normal.

    Obs.: a conveno dos sinais dos

    esforos a mesma utilizada

    anteriormente. Porm,

    necessrio escolher uma posio

    de observao de cada barra,

    para se ter os correspondentes

    lados superior e inferior.

  • Prticos planos - Exemplos

  • Prticos planos - Exemplos

  • Prticos planos - Tipos

    Biapoiado Engastado

    Triarticulado Biapoiado com rtula

    e tirante (ou escora)

  • Prticos planos

    Exerccio: determinar as reaes de apoio e os

    diagramas de esforos internos do prtico plano

    abaixo:

  • Prticos planos

    Exerccio: determinar as reaes de apoio e os

    diagramas de esforos internos do prtico plano

    abaixo:

  • Reviso de estruturas isostticas

    PRTICOS PLANOS BARRAS CURVAS

  • Prticos planos barras curvas

  • Prticos planos barras curvas

    Exerccio: determinar as reaes de apoio e os

    diagramas de esforos internos do prtico plano

    abaixo:

  • Prticos planos barras curvas

    Fazendo-se uma seo, obtemos as equaes de

    esforos internos:

    M() = P2. (R R.cos()) ; V() =

    P2. sen() ; N() = -

    P2. cos()

  • Reviso de estruturas isostticas

    PRTICOS PLANOS COMPOSTOS

  • Prticos planos compostos

    Semelhantemente s vigas Gerber, certos prticos

    podem ser decompostos em partes isostticas que se

    apiam entre si.

  • Prticos planos compostos

    Obs.: As equaes para

    obteno dos esforos

    internos podem ser obtidas

    considerando o prtico

    plano decomponto

  • Prticos planos - Estaticidade

    A classificao dos prticos planos segue os mesmos

    critrios mostrados para o caso das vigas, podendo ser

    classificadas em:

    - Hipostticas (estruturas sem estabilidade);

    - Isostticas (estruturas com estabilidade);

    - Hiperestticas (estruturas com estabilidade).

    Lembrando que cada rtula presente na estrutura

    adiciona uma equao de equilbrio ao sistema.

  • Prticos planos compostos

    Exerccio: determinar as reaes de apoio e os

    diagramas de esforos internos do prtico plano

    composto abaixo:

  • Reviso de estruturas isostticas

    TRELIAS PLANAS

  • Trelias planas - Definio

    Estruturas formadas por barras retas birrotuladas, sob foras externas apenas nas rtulas, desenvolvendo, assim, apenas esforos normais.

    Trelias so idealizaes, pois assume-se:

    - rtulas perfeitas;

    - cargas apenas nas rtulas.

    Contudo, em estruturas que:

    - rigidez a flexo pequena em relao a axial;

    - carga peso prprio pequena em relao s nodais;

    - eixos geomtricos concorrentes em pontos nodais.

    O modelo de barras birrotuladas conduz a resultados muito bons em comparao com dados experimentais, mesmo nos casos de ligaes entre barras que sejam semirrgidas, desde que os eixos sejam concorrentes em pontos nodais.

  • Modelo de trelias - Exemplos

  • Modelo de trelias - Exemplos

  • Trelia plana - Estaticidade As trelias so classificadas em hipostticas, isostticas e hiperestticas. Para analisar a estaticidade das trelias, necessrio comparar o nmero de incgnitas (r + b) e o nmero de equaes de equilbrio (d.n).

    Onde:

    r = nmero de reaes de apoio;

    b = nmero de barras;

    d = Trelia plana, d = 2

    Trelia espacial, d = 3

    n = nmero de ns.

  • Trelia plana - Estaticidade

    -Hiposttica (r+b < 2.n):

    N Equaes > N Incgnitas condio necessria e suficiente.

    -Isosttica (r+b = 2.n):

    N Equaes = N Incgnitas condio necessria, mas no suficiente.

    -Hiperesttica (r+b > 2.n):

    N Equaes < N Incgnitas condio necessria, mas no suficiente.

    Grau hiperesttico: r + b 2.n

  • Trelia plana mtodos de resoluo

    Mtodos para resoluo de trelias planas:

    - processo de equilbro dos ns;

    - processo das sees (processo de Ritter);

    - processo de substituio de barras;

    - processo de Cremona.

    Vamos nos ater aos dois primeiros mtodos:

    - processo de equilbro dos ns;

    - processo das sees (processo de Ritter).

  • Processo de equilbrio dos ns

    Consiste em determinar os esforos normais em cada barra da trelia atravs do somatrio das foras transmitidas por cada barra a um n especfico.

    Desta forma, em cada n tem-se duas equaes:

    Fx = 0

    Fy = 0

    Em suma:

    -deve-se comear por ns com apenas 2 incgnitas;

    -resolver as duas equaes de equilbrio para encontrar os esforos normais atuantes;

    -transmitir os vetores invertidos para as outras extremidades das duas barras.

  • Processo de equilbrio dos ns convenso de sinais

    O mtodo de equilbrio dos ns avalia o esforo que

    cada barra transfere para os ns analisados, desta

    forma, os vetores analisados durante a resoluo

    representam as reaes das barras ao esforo sofrido

    por elas.

    Ou seja:

    - o esforo de trao est puxando os ns;

    - o esforo de compresso est empurrando os ns.

  • Exerccio mtodo do equilbrio dos ns

    Exerccio: Determinar, via mtodo do equilbrio dos

    ns as reaes de apoio e os esforos atuantes nas

    barras da trelia plana abaixo:

  • Processo das sees (mtodo de Ritter)

    Este processo, em geral, utilizado quando deseja-se

    descobrir os esforos em apenas poucas barras.

    Esse processo baseia-se no fato de que, como a trelia

    esta em equilbrio, cada uma de suas partes est em

    equilbrio tambm.

    Calcula-se as reaes de apoio com as equaes de

    equilbrio (Fx = 0), (Fy = 0) e (M = 0), para,

    ento, supor algumas barras seccionadas, cujos esforos

    normais so calculados atravs da aplicao de equaes

    de equilbrio a uma das partes em que ficou dividida a

    trelia.

  • Processo das sees (mtodo de Ritter)

    -A seo deve interceptar trs barras no paralelas nem

    concorrentes no mesmo ponto, para podermos

    determinar seus esforos com as equaes universais

    da esttica.

    Podem, entretanto, ocorrer sees de Ritter que

    interceptem mais de trs barras e a partir das quais

    consigamos determinar os esforos normais em

    algumas das barras.

    -As sees podem ter formas quaisquer, no

    precisando ser retas, desde que sejam contnuas.

  • Exerccio mtodo das sees (Ritter)

    Exerccio: Determinar, via mtodo das sees, as

    reaes de apoio e os esforos atuantes nas barras

    destacadas da trelia plana abaixo:

  • Reviso de estruturas isostticas

    GRELHAS

  • Grelhas - Definio

    Grelhas so constitudas de barras retas ou curvas

    situadas em um plano, sob aes externas

    perpendiculares a este plano, de maneira que tenham

    apenas esforos de toro, flexo e cortante.

    o caso do comportamento integrado das vigas de um

    mesmo andar de um edifcio, quando se consideram

    essas vigas apoiadas nos pilares.

  • Grelhas Equaes de equilbrio Levando em conta que as grelhas so estruturas espaciais e o seu carregamento ortogonal ao seu plano, as equaes de equilbrio se modificam.

    Tomando como exemplo o sistema abaixo:

    Tem-se as seguintes equaes de equilbrio:

    Fy = 0 Mz = 0 Mx = 0

    A primeira equao pode ser substituda por outra de um somatrio de momento nulo em relao a um eixo no plano XZ, no coincidente com os eixos das outras equaes de momento.

  • Grelhas - Estaticidade

    Para identificar o tipo de equilbrio, recorre-se as

    equaes de equilbrio de grelha como um todo, alm

    das equaes devido a eventuais articulaes internas.

    Por se tratarem de estruturas em barras, as grelhas

    podem ser:

    - Hipostticas (estruturas sem estabilidade);

    - Isostticas (estruturas com estabilidade);

    - Hiperestticas (estruturas com estabilidade).

  • Grelhas Estaticidade

    - Grelhas com 2 ou menos apoios:

    - Grelhas com 3 apoios colineares:

  • Grelhas Exemplos

    Os tipos mais comuns de grelhas so:

    Grelha engastada

    Grelha com 3 apoios

  • Grelhas

    Como as grelhas so, de uma forma geral, dispostas no

    plano horizontal, a identificao do lado inferior e

    superior de cada barra. Mas, para definir o sinal do

    esforos cortante, necessrio definir o lado de

    observao de cada barra.

  • Grelhas

    Exerccio: baseando-se na grelha abaixo, determinar

    os diagramas de esforos internos e as reaes de

    apoio.

  • Grelhas

    Exerccio: baseando-se na grelha abaixo, determinar

    os diagramas de esforos internos e as reaes de

    apoio.

  • Grelhas

    Exerccio: baseando-se na grelha abaixo, determinar

    os diagramas de esforos internos e as reaes de

    apoio.

  • Vigas-balco [carga pontual]

    As grelhas constitudas por barras curvas so

    denominadas vigas-balco. Para estes casos, a

    obteno dos diagramas solicitantes um pouco mais

    trabalhosa.

    V() = -P

    M() = P x AC = P.R.sen() trao fibra superior

    T() = P x CS = P.R(1-cos())

  • Vigas-balco [carga uniformemente distribuda]

    Neste caso, a resultante da carga atuante no arco AS aplicada no ponto M, que o centro de gravidade do arco.

    V() = -q.R.

    M() = q.R. x MC = 2.q.R.sen(/2)

    T() = q.R. x CS = q.R.( - sen())

    C.G. arco