TEORIA DA ELASTICIDADE E DA PLASTICIDADE · Teoria da Elasticidade e da Plasticidade – TEP Prof....
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Teoria da Elasticidade e da Plasticidade – TEP Prof. José Divo Bressan
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TTEEOORRIIAA DDAA EELLAASSTTIICCIIDDAADDEE EE DDAA PPLLAASSTTIICCIIDDAADDEE INTRODUÇÃO Atualmente, na prática da engenharia, os processos industriais de fabricação estão sendo modelados matematicamente de modo crescente com o emprego de computadores. O modelamento analítico ou numérico dos processos de fabricação tem grande potencial para aumentar a velocidade e qualidade dos processos, como também reduzir os custos atravez dos seguintes fatores :
- redução do número de iterações nas tentativas experimentais (erro-acerto), - permite a construção rápida de um modelo ( ou prototipo), - gera um embasamento físico para um controle de tempo real do processo, - melhora a visualização do processo. Os processos de fabricação envolvem algumas das combinações dos seguintes
tipos de comportamento dos materiais : - escoamento do tipo fluido (fundição de metais, injeção de polímeros, etc.) - transferência de calor (solidificação de metal fundido, conformação a
quente de metais, compactação a quente e sinterização de pós metálicos ou cerâmicos, soldagem, tratamentos térmicos de aços)
- deformação plástica (conformação de metais, usinagem dos metais) - evolução da microestrutura e propriedades (fundição de metais, soldagem,
conformação a quente de metais, tratamentos térmicos ) . O Modelamento do Processo termo-mecânico requer a formulação matemática
adequada para as seguintes condições : a- comportamento do material durante o processo analisado (deformação
elástica e/ou plástica, escoamento de fluido e transferência de calor) , e b- condições de contorno apropriadas para o problema (tensões e
deformações em extremidades livres ou de contato, atrito na interface peça-matriz de conformação ou cavaco e ferramenta, etc.)
O modelamento matemático analítico ou simulação numérica permite o cálculo das "variáveis de campo" como tensões de escoamento plástico, componentes de tensões e de deformações, temperatura, etc., das quais podemos prever os seguintes resultados de interesse na análise dos processos como :
- distorções geométricas do produto e tensões residuais, - parâmetros da microestrutura para previsão do limite de escoamento,
tenacidade, etc. : tamanho de grão, estado do precipitado, etc., - defeitos microestruturais : acabamento superficial, porosidades e trincas. Os métodos ou técnicas de solução matemática dos modelos de processos
podem ser classificados em, - métodos analíticos - simulação numérica com malhas (elementos finitos e diferenças finitas) A técnica apropriada depende do tipo de condições de contorno e do nivel de
precisão desejada na solução do problema. A análise dimensional também é uma ferramenta util para verificar a consistência
da solução e para transferir as soluções de um material para outro. Concluindo, podemos definir o Modelamento do Processo como sendo uma descrição matemática do comportamento físico do material durante o seu processamento.
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1. ANÁLISE TENSORIAL
Embora os processos de conformação de metais sejam diversos, o principal objetivo é produzir uma mudança de forma desejada e uma peça sem defeitos internos. Portanto, como mencionado acima, os aspectos de maior importância para o engenheiro são: calcular as forças e tensões necessárias para produzir a operação, calcular as deformações produzidas internamente no material trabalhado bem como suas propriedades. Deve-se reconhecer que as propriedades do material afetam o processo, e o processamento altera as propriedades do material. 1.1 Tensão e Tensor Tensão
A conformação de metais involve deformação, e portanto, a análise dos processos de conformação requer o estudo de tensão e da deformação.
Geralmente, a tensão é definida considerando-se o “estado de tensão num ponto” como mostrado abaixo:
δF P δA
A força δF atua no ponto P dentro da área δA. A definição de tensão é dada por :
S = lim δF δA→0 δA
Considerando-se as componentes normal e tangencial da força,
temos a definição de tensão normal,
e tensão tangencial ou tensão de cisalhamento,
δA
δFn δF
δFt P
AFt
δδ
=τ
AnF
n δ
δ=σ
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Exemplo: tração simples Se o ponto P for representado por um cubo elementar de dimensões dx , dy e
dz , e que se encontra em equilíbrio, o caso geral será: Cada uma dessas forças F1, F2 e F3 poderão ser decompostas nas componentes
paralelas aos eixos de coordenadas x, y, z .
Portanto, o Estado de Tensão no ponto P dentro do material, no cubo elementar, é dado por 9 componentes de tensão: σxx, σyy, σzz, τxy, τyx, τyz, τzy, τxz, τzx. Esse conjunto de tensões é chamado Tensor Tensão de Cauchy e é designado por σij.
Na notação tensorial temos:
z
y
x
dz
dy dx
F1
F2
F3
• P
z
y
x
zzσ
F F
y
x
AF
x =σ
A
Tensor Tensão de Cauchy
σττ
τστ
ττσ
=σ
zzyzxz
zyyyxy
zxyxxx
ij
Fig.1 – Cubo elementar do sólido em equilíbrio com as componentes de tensões.
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Definição de Tensor: “é uma grandeza física que se transforma, de acordo com determinadas Leis, com a mudança do sistema de coordenadas”. O número de componentes do tensor é dado por c = 3n onde n é a ordem do tensor. Por exemplo: massa → tensor de ordem zero → c = 30 = 1 componente força → tensor de primeira ordem → c = 31 = 3 componentes tensão → tensor de segunda ordem → c = 32 = 9 componentes módulo de elasticidade → tensor de quarta ordem → c = 34 = 81 componentes 1.2 Tensão Resultante num Plano Qualquer
seja o plano ABC com normal N e cuja tensão resultante é σR. Essa tensão σR poderá ser decomposta em σRx , σRy , σRz , de modo que :
O equilíbrio implica na ausência de efeitos de translação e rotação, pois estamos considerando apenas os efeitos de mudança de forma. Para equilíbrio de forças devemos ter:
sabendo-se que temos as relações entre as áreas projetadas e a área ABC,
AOBC = AABC cos AOAC = AABC cos AOAB = AABC cos
A
C
B
x
y
z
σR
σRz
σRy
σRx
NDaqui em diante simplificaremos a notação para :
σx = σxx
σy = σyy
σz = σzz - σ y
- σ z
- σ x
σR2 =
∑Fx = 0 → - σx . AOBC + σRx . AABC - τzx . AOAB - τyx . AOAC = 0
∑Fy = 0 → = 0
∑Fz = 0 → = 0
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substituindo acima e rearranjando teremos:
σRx = σRy = σRz =
ou na notação tensorial:
( )( )( )
=
σ
σσ
z,Ncosy,Ncosx,Ncos
Rz
Ry
Rx
Cossenos Diretores
Define-se os Cossenos Diretores da direção normal ao plano qualquer como, temos que: = 1 1.3 Equilíbrio de Momentos
Para equilíbrio de momentos, isto é, não levando em conta a rotação e a translação, devemos ter :
ΣMx( P ) = 0 , isto é,
( N , x )
( N , z )
( N , y )
x
y
z
N ( l, m, n )l = cos m = cos n = cos
δy
δz
δx
• P
y
z
x
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=
∂
∂
∂−+
∂
∂
∂+
221
221 yzxy
yyzxy
yyx
yxyx
yxδδδ
ττδδδ
ττ
221
221 xzyx
xxzyx
xxy
xyxy
xyδδδ
ττδδδ
ττ
∂
∂
∂−+
∂
∂
∂+=
simplificando, temos, Portanto, a condição para equilíbrio de momentos é que as tensões de cisalhamento sejam simétricas. De modo análogo temos: τyz = τzy e τxz = τzx. Portanto, o Tensor Tensão tem somente seis componentes independentes, a saber : σx, σy, σz, τxy, τyz, τzx .
1.4 Equações Diferenciais de Equilíbrio
As equações diferenciais de equilíbrio de forças válido para qualquer ponto dentro do corpo sólido, conforme Fig.1 acima, são as seguintes ,
Onde X, Y e Z são as componentes das forças de campo como
gravitacional, centrífuga ou magnética. Na ausência das forças de campo, as equações acima se simplificam para as seguintes ,
No caso de Estado Plano de Tensão as equações se simplificam ainda mais pois temos σz = τxz = τyz = 0 , e portanto, as equações se reduzem para as duas primeiras.
=σ ij o Tensor Tensão é
simétrico
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1.5 Tensão Normal Num Plano Qualquer Portanto, σN = Obs: ângulo entre duas retas no espaço: 1.6 Tensão de Cisalhamento Num Plano Qualquer
=σ
=σ
R
R
v
v
Portanto, o módulo da componente σRx deverá ser igual a soma da
decomposição de σN e τ no eixo x, isto e’:
sN
xNxRx
l.l. τ+σ=τ+σ=σ
então, τσ−σ
=l.l NRx
s
de modo análogo,
τσ−σ
=τ
σ−σ=
n.nem.
m NRzs
NRys
N ( l, m, n )
σR
σN
τ
( l’, m’, n’ ) σN
σR
τ
ϕ
σN = σR cos ϕ = σR ( ll’ + mm’ + nn’ ) = ( σRl’ ) l + ( σRm’ ) m + ( σRn’ ) n
( l, m, n )
σN
σR
τ ( ls, ms, ns )
Pela soma vetorial:
x
y
z r ( lr, mr, nr )
s ( ls, ms, ns )
cos ϕ =
ϕ
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( ) ( ) ( ) ( )
=τ
σ+σ+σ=++σ=τ∴=τ
sRsRsRsssR n'nm'ml'l'nn'mm'll
Na notação matricial, a tensão de cisalhamento no plano considerado é dado por,
[ ]
[ ]
=τ∴
σ
σσ
=τ
..nml
.nml
sss
Rz
Ry
Rx
sss
De modo análogo,
[ ]
σττ
τστ
ττσ
=σnml
..nml
zzyxz
zyyxy
xzxyx
N
ou =σN 1.7 Rotação do Sistema de Coordenadas Dado o Tensor Tensão σij no sistema de coordenadas x, y, z, queremos determinar o Tensor Tensão σij’ de um movimento para novas coordenadas x’, y’, z’.
σij → σij’
( l, m, n ) ( l’, m’, n’ )
( ls, ms, ns )
ϕ
σN σR
τ
Portanto,
z z’
y
y’
x x’
σ′Rx
σ′Rz
σ′Ry
Plano π O plano π é perpendicular a x’, logo, x’ = N ( l1, m1, n1 )
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No plano π atuará uma resultante σ’R tal que N ( l1, m1, n1 ) e :
Por outro lado, a componente de σR′ na direção x’ será σx que e’ coincidente com a normal a π.
1Rz1Ry1RxxRx n'm'l''' σ+σ+σ=σ=σ
substituindo-se as equações acima, temos,
11xz11yz11xy2
z2
y2
x,
x nl2nm2ml2nml111
τ+τ+τ+σ+σ+σ=σ
De modo analogo temos σy’, σz’, etc…
Da análise matemática, sabemos que a mudança de coordenadas pode ser determinada por:
∑∑ σ=σσ=σ mnjnimijT
ijij ll'ouR..R' onde R e’ a matriz rotação,
321
321
321T
nnnmmm
lllReR == “Matriz Transposta”
l1 = cos ( x’, x ) l2 = cos ( y’, x ) l3 = cos ( z’, x ) m1 = cos ( x’, y ) m2 = cos ( y’, y ) m3 = cos ( z’, y ) n1 = cos ( x’, z ) n2 = cos ( y’, z ) n3 = cos ( z’, z ) 1.8 Tensões Principais Girando o plano ABC até que σN ≡ N , isto e’ τ = 0 neste plano , então :
σN = Neste caso, a tensão σi = σR será chamada de tensão principal. A tensão principal atua no plano principal cuja direção de sua normal e’ a direção principal. Ou seja, para qualquer estado de tensão sempre existirá um sistema principal de coordenadas cujas direções atuam as tensões principais σi , i = 1, 2, 3. Isto e’, existem
zyzxyRz ' σ+τ+τ=σ
xzxyxRx ' τ+τ+σ=σ
yzyxyRy ' τ+σ+τ=σ
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tres direções principais distintas. As componentes de cada tensão principal com relação ao sistema de coordenadas x, y, z qualquer, sera’: σNx = σRx = σi cos ( i, x ) σNy = σRy = σi cos ( i, y )
σNz = σRz = σi cos ( i, z ) Por outro lado temos: σRx = σx cos ( i, x ) + τxy cos ( i, y ) + τxz cos ( i, z ) = σi cos ( i, x ) σRy = τxy cos ( i, x ) + σy cos ( i, y ) + τyz cos ( i, z ) = σi cos ( i, y ) σRz = τxz cos ( i, x ) + τyz cos ( i, y ) + σz cos ( i, z ) = σi cos ( i, z ) Este sistema de equações escrito na forma matricial fica:
( )
( )( )
=
σ−σττ
τσ−στ
ττσ−σ
000
)z,i(cos)y,i(cos)x,i(cos
izyzxz
yziyxy
xzxyix
cuja solução trivial e’ : cos A solução não trivial requer que:
( )( )
( )
=
σ−σττ
τσ−στ
ττσ−σ
000
izyzxz
yziyxy
xzxyix
Desenvolvendo temos:
σi
3 - ( σx + σy + σz ) σi2 + ( σx σy + σx σz + σz σy - τxy
2 - τxz2 - τyz
2 ) σi - - σx σy σz - 2 τxy τxz τyz + σx τyz
2 + σy τxz2 + σz τxy
2 = 0 ou, de modo simplificado:
é uma equação do 3o grau com 3 raizes : σ1, σ2, σ3 que são as tensões principais.
O Tensor Principal será:
=σ00
0000
ij
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Portanto, reduzimos de 9 para 3 componentes distintas. Isto é, o Estado de Tensão fica determinado conhecendo-se as tres tensões principais. Obs.: se σ1 ≠ σ2 ≠ σ3 → se σ1 = σ2 ≠ σ3 → se σ1 = σ2 = σ3 → 1.9 Tensões Normal e Tangencial em Termos das Tensões Principais
n.n.00
m.0m.0l.00l.
33Rz
22Ry
11Rx
σ=σ++=σ
σ=+σ+=σσ=++σ=σ
por outro lado, σN = σRx l + σRy m + σRz n , então: σN = de modo análogo, para τ com direções ( l’, m’, n’ ), τ = σRx l’ + σRy m’ + σRz n’ τ = σ1 l l’ + σ2 m m’ + σ3 n n’ temos também que: σR
2 = ∴ τ2 = = ∴ τ2 = 1.10 Invariantes do Tensor Tensão Os coeficientes I1 , I2 , I3 da equação principal são chamados de invariantes pois não se alteram com a mudança do sistema de coordenadas, isto e’: I1 =
σ3 Seja o plano ABC com direções ( l, m, n ) em relação ao sistema principal de coordenadas 1, 2, 3. A resultante σR no plano ABC tera’ as componentes:
σ1
σ2
σN τ
N ( l, m, n )
B
A
C
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I2 = I3 = em outras palavras, I1 = σx + σy + σz = σ1 + σ2 + σ3 e’ invariante à transformações de coordenadas ortogonais, assim como também I2 e I3 mantém o valor constante. 1.11 Pressão Média Define-se Pressão Média ou Pressão Hidrostática,
pm −===σ
portanto, I1 = - 3 p = 3 σm 1.12 Tensor Esférico e Tensor Desviador Podemos decompor o tensor σij em duas componentes a saber: σij = onde: σij
E = Tensor σij
D = Tensor
=σ
=σ D
ijE
ij
000000
chamando σx’ = σx - σm ; σy’ = σy - σm ; σz’ = σz - σm , podemos reescrever σij
D da seguinte forma:
os invariantes do Tensor Esférico são:
3m
21E
3
2m
21E
2
m1E
1
33
II
33
II
3II
σ==
σ==
σ==
σττ
τστ
ττσ
=σ
'
'
'
zyzxz
yzyxy
xzxyxD
ij
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os invariantes do Tensor Desviador são:
( ) ( ) ( ) 0'''I mzmymxzyxD
1 =σ−σ+σ−σ+σ−σ=σ+σ+σ=
[ ]=
τ+τ+τ+σσ−σσ−σσ−=−= 2xz
2yz
2xyzxzyyx
21
2D
2 ''''''3
III
( ) ( ) ( ){ } 2xz
2yz
2xy
2xz
2zy
2yx6
1τ+τ+τ+σ−σ+σ−σ+σ−σ=
( ) ( ) ( ){ } 0222271
I272
3IIII
213312321
31
213
D3
=σ−σ−σ+σ−σ−σ+σ−σ−σ=
+−=
1.13 Tensão Equivalente ou Representativa O Estado de Tensão pode ser definido pelo invariante de 2a ordem I2
D como, ( ) =σ 2 onde: σ = Tensão Equivalente ou representativa do estado de tensão. então: σ = para tensões principais: σ =
Exemplos:
a) Para tração simples: σ2 = σ3 = 0 ∴ σ =
b) Cisalhamento puro: σx = σy = σz = 0
σ = ( ){ } ==τ+++ 21
2xy6000
21
σ =
=σ=σ
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1.14 Círculo de Mohr O Círculo de Mohr também é conhecido como círculo das transformações, i.e’, representa o lugar geometrico das tensões de todos os planos possíveis dentro do cubo elementar. Já sabemos que: σR
2 = σN2 + τ2 (1)
para eixos de coordenadas principais temos: σR1 = σ1 cos ( N, 1 ) σR2 = σ2 cos ( N, 2 ) (2) σR3 = σ3 cos ( N, 3 ) substituindo (2) em (1), σR
2 = σN2 + τ2 = σ1
2 cos2 ( N, 1 ) + σ22 cos2 ( N, 2 ) + σ3
2 cos2 ( N, 3 ) sabemos também que: σN = σ1 cos2 ( N, 1 ) + σ2 cos2 ( N, 2 ) + σ3 cos2 ( N, 3 ) e cos2 ( N, 1 ) + cos2 ( N, 2 ) + cos2 ( N, 3 ) = 1
Temos então 3 equações com 3 incognitas, e portanto:
)()(
)()1,N(cos1312
3232N22
N2
σ+σσ−σσσ+σ+σσ−τ+σ
=
)()(
)()2,N(cos2123
1313N22
N2
σ+σσ−σσσ+σ+σσ−τ+σ
=
)()(
)()3,N(cos3231
2121N22
N2
σ+σσ−σσσ+σ+σσ−τ+σ
=
rearranjando, temos:
322
3121
2322
232
N )1,N(cos)()(22
σσ−σ−σσ−σ+
σ+σ
=τ+
σ+σ
−σ
132
2123
2132
213
N )2,N(cos)()(22
σσ−σ−σσ−σ+
σ+σ
=τ+
σ+σ
−σ
212
3231
2212
221
N )3,N(cos)()(22
σσ−σ−σσ−σ+
σ+σ
=τ+
σ+σ
−σ
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A primeira equação define um círculo no sistema de coordenadas τ , σN para certo valor de cos ( N, 1 ). O raio correspondente do círculo será :
=1R ,
cujo centro do círculo terá coordenadas ( ); . Os valores máximo e mínimo serão:
( ) ( )2
R2
)1,N(R 21min1min1
σ−σ=→
π=→
( ) 0)1,N(R max1 =→
2
32 σ+σ
de modo análogo temos R2 e R3. Então podemos construir os 3 círculos: A localização do ponto P que representa o estado de tensão no plano dado, e' obtido através da representação geométrica. O método de construção geométrica e' mostrado na figura abaixo. Partindo-se dos cossenos diretores que definem o plano considerado, obtem-se os ângulos entre a normal ao plano e as direções principais 1 e 3, isto e', traçamos os ângulos (N,1) e (N,3) conforme figura abaixo. Os pontos de cruzamento das retas dos referido ângulos com os círculos, definem os raios dos arcos que são traçados até se cruzarem no ponto P.
0
R1
1 2 3 0
( R3 )min
( R2 )max ( R1 )min
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Qualquer plano dentro do cubo elementar estará representado por um ponto P dentro do círculo maior e fora dos outros dois circulos menores:
231
maxσ−σ
=τ
Obs.: as direções principais são determinadas pelas equações:
=++=++=++
000
onde: 1nml 2
i2
i2
i =++
( ) ( ) ( )iiiiii ,zcosn;,ycosm;,xcosl σ=σ=σ= O círculo de Mohr para o Tensor Desviador será :
1 0
σN
P •
••
R1
R3
τ
Representa as tensões no plano ABC cujos cossenos diretores são: l = cos ( N, 1 ), m = cos ( N, 2 ),
σ1; σ2; σ3 são tensões principais
0 σ3 σ1 σN
τ
τmax
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=σ
Círculo de Mohr para “Estado Plano de Tensões” Se uma das tres tensões (σx, σy, σz) for zero, por exemplo σz = 0, temos o estado plano de tensões. Nesse caso, as transformações de tensões serão como segue:
0
σN
para σij → τ
τ ← para σijD
σ1’ = σ2’ = σ3’ =
σx σx
σy
σy τyx
τyx
τxy
τxy φ φ
σx’ τx’y’
0
τ
2 φ
σN
σy, τyx
σy’, τy’x’
σx, τxy
σx’, τx’y’
φ
x
y
σy’
σy’ σx’
σx’
τx’y
τx’y τy’x
τy’x
x
y
z
σz = 0 τxz = τyz = 0 σ
σ
τxy
τyx
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1.15 Tensões no Octaedro
( ) ( ) ( )
( )
=
===
1,Ncos
'3,N2,N1,N
A tensão normal à face do octaedro será :
==σ∴
=σ
oct
oct
A tensão do cisalhamento será : 2
oct2
Roct2 σ−σ=τ
mas,
23R
22R
21R
2R σ+σ+σ=σ
)3,N(cos)2,N(cos)1,N(cos 223
222
221 σ+σ+σ=
3
23
22
21 σ+σ+σ
=
substituindo-se acima, temos:
31
oct
2oct
2Roct
=τ∴
σ−σ=τ
σ3
σ1
σ2
3
2
1
N
σoct
τoct
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na forma geral (sistema x, y, z qualquer):
3
zyxmoct
σ+σ+σ=σ=σ
31
oct =τ
portanto, D2oct I
32
=τ também é um invariante. Em outras palavras, a tensão
equivalente σ será :
( ) ( ) ( )213
232
221oct 2
12
3σ−σ+σ−σ+σ−σ=τ=σ
Isto é, a Tensão Equivalente σ representa a tensão de cisalhamento no plano da face do octaedro. Pelo critério de Von Mises, o escoamento plástico se inicia quando a tensão de cisalhamento τoct atinge um valor crítico que pode ser determinado pelo teste de tração simples :
oct0 23τ=σ=σ
onde σ0 = Limite de Escoamento. 2. ANÁLISE DAS DEFORMAÇÕES Quando um solido e’ deformado, pontos dentro dele sao deslocados. A deformacao é definida em termos de tais deslocamentos, mas de tal modo que os efeitos de movimentos de corpo rigido como translacao pura ou rotacao pura sao excluidos. Considere inicialmente um segmento AB de comprimento 0l no solido. Com a ação do carregamento, A move-se para A’ e B para B’, e todos os pontos entre A e B também se movem para posições relativas entre A’ e B’, então um estado de deformação existe quando 0ll ≠ . Embora ocorre ambos translação e rotação, e’ a mudança de comprimento que é utilizada para definir deformação normal como :
00
ell
==
A
A’ B’
B
l0
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Para grandes deformações, uma definição alternativa mais conveniente foi proposta por Ludwik: deformação verdadeira ou logarítmica : ε ,
ln
d
=ε∴
=ε
Essa definição é fisicamente mais razoável que a definição anterior de engenharia pois para uma barra de comprimento 0l corresponderia a mesma
deformação ε = para um 02ll = de extensão, ou 2
0ll = de compressão, pois
ambas produzirão o mesmo grau de encruamento. 2.1 Deformação Uniaxial ou 1-D A deformação uniaxial pode ser representada pela deformação uniaxial em uma barra como mostramos abaixo. Os pontos A e B iniciais mudam para A’ e B’. Deformação em uma barra : du
dxxuu∂∂
+
dxxudx∂∂
+
A Deformação Normal ou Linear de engenharia é dada por :
=−
∂∂
+==
dx
dxdxxudx
ex
isto é , se u = u ( x ) , então =∆∂∂
=∆ xxuu
2.2 Deformação Biaxial ou 2-D A deformação em duas dimensões ou 2-D é representada pelas deformações normal e de cisalhamento ou angular que se verificam no plano.
• • A B
• • A’ B’
u
P
x dx
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Deformação no Plano
yx
yx
uuu
uuuvvv
vvv
∆+∆=∆
+=
Nesse caso, ux = u ( x, y ) , então
∆+∆=∆∂
∂+∆
∂
∂=∆
∆+∆=∆∂∂
+∆∂∂
=∆
yexeyy
ux
xu
u
yexeyy
uxx
uu
yyyxyy
y
xyxxxx
x
Na notação matricial:
∆∆
=
∆∆
yx
uu
y
x
2.3 Deformação Triaxial ou 3-D : O Tensor Deformação Para o caso geral de deformação, analisamos a deformação num cubo elementar do sólido como mostrado abaixo. O sólido está sob estado geral de tensão . O ponto A no centro da face z do cubo muda para A’ e assim por diante. Deformação em um cubo elementar
A
A’
B
B’
u + ∆u
∆y
∆x 0
x
y
z
∆x
∆y
∆z
∆u A
A’ ∆u
∆ux
∆uy
∆uz
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22
Admitindo-se ux = u ( x, y, z ) , uy = u ( x, y, z ) , uz = u ( x, y, z ) funções continuas então, para u pequeno, isto e’, ∆u , temos da análise matemática : =∆ xu
=∆ yu
=∆ zu na notação matricial :
∆∆∆
=
∆
∆∆
zyx
eee
eee
eee
u
uu
zzzyzx
yzyyyx
xzxyxx
z
y
x
Tensor Deformação Geral
onde: ∆∆
≅∂∂
=xxe desprezando-se os termos de segunda ordem
∆∆
≅∂∂
=yye ″
∆∆
≅∂∂
=zze ″
∆∆
≅∂∂
=xye ″
∆∆
≅∂∂
=xze ″
etc. O Tensor Deformação Geral é :
∂∂
∂∂
∂∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂∂∂
∂∂
∂∂
=
=
zu
yu
xu
zu
yu
xu
zu
yu
xu
eee
eee
eee
e
zzz
yyy
xxx
zzzyzx
yzyyyx
xzxyxx
ij
onde exx , eyy , ezz são Deformações Normais ou Lineares e exy , exz , ezy , ezx , eyx , eyz são deformações de Cisalhamento ou Angulares.
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23
yu
yu
DA'DDe xx
xy ∂∂
≅∆∆
≅≅
x
uBA
'BBe Yyx ∂
∂≅≅
Destacamos tres tipos de mudança angular de forma: Através das propriedades de adicao de matrizes, podemos decompor o Tensor Deformação Geral em duas partes:
( ) ( )
=∴
−++=
ij
jiijjiijij
e
ee21ee
21e
onde :
∂
∂−
∂∂
=ω
∂
∂+
∂∂
=ε
i
j
j
iij
i
j
j
iij
xu
xu
21
xu
xu
21
Portanto, o Tensor Deformação no sistema de coordenadas cartesianas é dado por :
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
++
++
++
=
=ε
21
21
21
21
21
21
ij
Observar que o Tensor Deformação εij é um pois εxy = εyx, εyz = εzy, εzx = εxz e o Tensor Rotação ωij é , i.e, ωij = - ωji . Se ωij = 0 a deformação é dita irrotacional.
y
x
C’
C
B’
B
D’
D
A ∆x
∆y
∆ux
∆uy
exy eyx
x
y
x
y
x
y exy = eyx exy = - eyx exy = γ eyx = 0
γ
Tensor Deformação Geral
Tensor Rotação i = 1, 2, 3 j = 1, 2, 3
Tensor Deformação i = 1, 2, 3 j = 1, 2, 3
u1 = ux u2 = uy u3 = uz
x1 = x x2 = y x3 = z
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24
O Tensor Rotação é :
∂∂
+∂
∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂
∂
∂
∂+
∂∂
∂∂
+∂∂
∂
∂+
∂∂
=
ωωω
ωωω
ωωω
=ω
0y
uz
u21
xu
zu
21
yu
zu
210
xu
yu
21
xu
zu
21
xu
yu
210
zyzx
zyyx
zxyx
zzzyzx
yzyyyx
xzxyxx
ij
Define-se a Deformação de Cisalhamento de Engenharia γ como sendo a mudança angular total de um ângulo reto das faces do cubo elementar, portanto: xyyxxyyxxyxy 2ee ε=ε+ε=+=γ ou
∂∂
+∂∂
=γ
∂∂
+∂∂
=γ
∂∂
+∂∂
=γ
yz
xz
xy
γxy = exy + eyx
∆∆
≅=∴
∆
∆≅
∆+∆
∆=θ
tge
xu
uxu
tg
yx
y
x
y
Obs.: As componentes do tensor deformação εxx , εyy , εzz são chamadas de componentes da Deformação Linear pois representam a mudança no comprimento da linha. O Tensor Deformação Pura pode ser escrito como:
εγγ
γεγ
γγε
=
εεε
εεε
εεε
=ε
zzyzxz
yzyyxy
xzxyxx
zzyzxz
yzyyxy
xzxyxx
ij
21
21
21
21
21
21
y
x
C’
C
B’
B A
exy eyx
•
eyx
γxy
A
B’
B ∆ux
∆uy
∆x
θ
eyx
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25
Representação Geral de um Sólido em Movimento com Deformação O Estado Geral do Movimento com Mudança de Forma ou Deformação de um sólido pode ser decomposto nos seguintes tipos simples de movimento e deformação: = + + + Deformação Não-Linear O Tensor Deformação Não-Linear pode ser escrito da seguinte forma, considerando-se os termos de segunda ordem ou quadráticos. Definindo-se as componentes do deslocamento como sendo u = ux , v = uy , w = uz teremos :
∂∂
+
∂∂
+
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
∂∂
+
∂∂
+
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
∂∂
+
∂∂
+
∂∂
+
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
=ε
222
222
222
ij
zw
zv
zu
zw
yw
zv
yv
zu
yu
zw
xw
zv
xv
zu
xu
zw
yw
zv
yv
zu
yu
yw
yv
yu
yw
xw
yv
xv
yu
xu
zw
xw
zv
xv
zu
xu
yw
xw
yv
xv
yu
xu
xw
xv
xu
21
zw
yw
zv
21
xw
zu
21
yw
zv
21
yv
xv
yu
21
xw
zu
21
xv
yu
21
xu
Tensor Deformação em Coordenadas Cilíndricas Definindo-se ur , uθ e uz como sendo as componentes do deslocamento nas direções r , θ , z no sistema de coordenadas cilíndricas, temos as seguintes deformações :
ru r
r ∂∂
=ε
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26
O Tensor Rotação wij é : Para Estado Plano de Deformações , isto é, εz = 0 , temos,
zu
ruu
r1
zz
r
∂∂
=ε
+θ∂
∂=ε θ
θ
∂∂
+∂∂
=ε
θ∂
∂+
∂∂
=ε
−
∂∂
+θ∂
∂=ε
θθ
θθθ
zu
ru
21
ur1
zu
21
ru
ruu
r1
21
rzrz
zz
rr
∂∂
−θ∂
∂==− θ
θθ zuu
r1
21ww z
zz
∂∂
−∂∂
==−r
uz
u21ww zr
zrrz
θ∂
∂−
∂∂
==− θθθ
rrr
ur1
r)ur(
r1
21ww
Z
εz
εr εθ
ru r
r ∂∂
=ε
ruu
r1 r+
θ∂∂
=ε θθ
−
∂∂
+θ∂
∂=ε θθ
θ ru
ruu
r1
21 r
r
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27
2.4 Rotação do Sistema de Coordenadas Do mesmo modo que para tensões, o tensor deformação pode ser transformado com um movimento do sistema de coordenadas x, y, z → x’, y’, z’ , de acordo com: T
ijij R..R' ε=ε também, do mesmo modo que tensões, obtemos: cujas raízes são : ε1 , ε2 , ε3 → deformações principais
=ε
000000
ij Matriz Principal
Invariantes do Tensor Deformação Os coeficientes da equação acima são os invariantes do tensor deformação, isto é :
3211J ε+ε+ε==
1332212J εε+εε+εε==
3213J εεε== Deformação Média Normal
33
321zzyyxxm
ε+ε+ε=
ε+ε+ε=ε
Direção ( l, m, n ) das Deformações Principais ε1 , ε2 , ε3 :
( )( )
( )
=ε−ε+γ+γ
=γ+ε−ε+γ
=γ+γ+ε−ε
0n2ml
0nm2l
0nml2
izzxzzx
yziyyxy
xzxyixx
portanto, para cada deformação principal temos tres cossenos diretores, isto é : 333122221111 n,m,l;n,m,l;n,m,l →ε→ε→ε
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28
2.5 Deformação Normal (linear) num Plano Qualquer Dado o tensor deformação εij, determinamos a deformação normal εnn numa direção qualquer ( l, m, n ) pela equação: =εnn 2.6 Tensores Deformação Esférico e Deformação Desviadora Podemos decompor o tensor deformação em: D
ijE
ijij ε+ε=ε onde tensorEij =ε
tensorDij =ε
εε
ε=ε
m
m
mE
ij
000000
ε−εγγ
γε−εγ
γγε−ε
=ε
mzzyzxz
yzmyyxy
xzxymxx
Dij
21
21
21
21
21
21
Propriedade da deformação normal desviadora:
0''''''
zzyyxx
mzzzz
myyyy
mxxxx
=ε+ε+ε⇒
ε−ε=ε
ε−ε=εε−ε=ε
Tensor Desviador para deformação principal será :
ε−ε−ε
ε−ε−ε
ε−ε−ε
=ε
3200
03
20
003
2
213
312
321
Dij
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29
Os invariantes do Tensor Esférico são: zzyyxx1
E1 JJ ε+ε+ε==
3
JJ2
1E2 =
27JJ
31E
3 =
Os invariantes do Tensor Desviador são: 0J D
1 = →
3
JJJ2
12
D2 −=
31
213
D3 J
272
3JJJJ +−=
2.7 Deformação Volumétrica
Considere o cubo elementar do sólido como visto anteriormente, cujas dimensões são l1 , l2 , l3 como mostrado abaixo,
321 JJJvv
vv
++==∆
∴
=∆
desprezando-se os produtos de ordem superior, a razão de variação no volume e' ,
=≅ε=∆
vvv
onde εv é a deformação volumétrica ou dilatação cúbica que é a mudança no volume por unidade de volume:
3v
mε
=ε
Portanto o tensor deformação será a soma do tensor desviador mais o tensor
dilatação, isto e’:
ε ε ε ε εij i jD
i jE
i jD
m= + = +
(isto é, o volume é constante apesar de haver deformações)
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30
2.8 Círculo de Mohr das Deformações De modo análogo às tensões, podemos construir o Círculo de Mohr das
Deformações como apresentado abaixo : deformação de cisalhamento máximo: γmax = 2.9 Deformações no Octaedro De modo análogo à tensões, a deformação normal ou linear no plano do octaedro é,
3
1)3,(cos)2,(cos)1,(cos === lll
3
J3
1oct ==ε
a deformação angular ou de cisalhamento,
32
oct =γ
2.10 Deformação Equivalente ou Representativa
=γ=ε oct22
2.11 Trabalho de Deformação Plástica
octoctoctoct d.23d
22.
23d.d γτ=γτ=εσ=ω
0 (linear)
• • • •
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31
2.12 Comparação entre Deformação de Engenharia e Deformação Logarítmica
1e00
0 −=−
=l
l
l
ll → deformação de engenharia
( )e1lnln0
+==εl
l → deformação logarítmica
1e0
−=l
l
0
lnl
l=ε
0l
l
εe
Deformação de Engenharia ( para valores pequenos na Elasticidade )
εγγ
γεγ
γγε
=ε
xxyzxz
yzxxxy
xzxyxx
ij
21
21
21
21
21
21
Deformação Logarítmica ( aplicação em Plasticidade )
εγγ
γεγ
γγε
=ε
xxyzxz
yzxxxy
xzxyxx
ij
dd21d
21
d21dd
21
d21d
21d
d
dε = incremento de deformação plástica
1,0
-1,0
0
são iguais para valores pequenos
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32
Deformação Equivalente: material isotropico,
( ) ( ) ( )232
231
221 dddddd
32d ε−ε+ε−ε+ε−ε=ε
em tração simples, 2
ddd 132
ε−=ε=ε , então ε=ε dd ,
2dγ
Portanto existe uma analogia completa entre os círculos de Mohr para tensões e deformações pequenas: deformação linear corresponde a tensão normal e deformação angular à tensão de cisalhamento. Da teoria da elasticidade,
( )2211e.E σ+σν−σ= , rearranjando,
( )2121
m11
eeG2
E3
G2e
−=σ−σ∴
νσ−
σ=
de modo análogo,
)ee(G2)ee(G2
3232
3131
−=σ−σ−=σ−σ
Isto é, os círculos de Mohr das tensões e das deformações são proporcionais.
0 dε2 = dε3 dε1 dε • • •
Círculo de Mohr para deformação plástica em tração simples
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33
2.12 Representação Geral da Deformação
A deformação geral pode ser decomposta nos casos simples de translação, rotação, deformação linear e deformação angular ( ou de cisalhamento ) como visto abaixo,
Introduzindo-se os angulos, a Deformação de Cisalhamento Geral pode ser dividida em,
Deformação Geral
x y
y x
=
e
e
ε =x ye + y xe
2
ω =y xe + x ye
2
Deformaçãocisalhamento puro
x yε = x ye + y ze2
= 12
γ x y
z
cisalhamento simples cisalhamento puro rotação
Rotação
=φ φ
2
φ2
+
+φ2
Translação
+
Deformação Linear
+
y
Deformação Geral
x
=
+
Rotação
Deformação de Cisalhamento
+
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34
2.14 Equações de Compatibilidade As componentes do Tensor Deformação devem satisfazer as igualdades matemáticas vistas abaixo. Partindo-se das definições de deformação, e aplicando a derivada parcial vem,
yxv
yxu
yx
yxv
x
yxu
y
2
3
2
3xy
2
2
3
2y
2
2
3
2x
2
∂∂∂
+∂∂∂
=∂∂
γ∂
∂∂∂
=∂
ε∂
∂∂∂
=∂ε∂
e portanto,
2y
2
2x
2xy
2
xyyx ∂
ε∂+
∂ε∂
=∂∂
γ∂
isto é, as funções u(x,y,z) , v(x,y,z) e w(x,y,z) não são quaisquer, mas devem satisfazer as igualdades acima. Continuando o processo de derivação das equações de definição das deformações, obtemos as seis equações da compatibilidade visto a seguir. Equações da Compatibilidade :
Para o caso da Elasticidade, aplicando-se as Lei de Hooke, as equações da compatibilidade podem ser transformadas nas relações entre tensões. As equações da Elasticidade que relacionam tensões e deformações sao as seguintes :
∂
∂−
∂∂
+∂
∂
∂∂
=∂∂
∂
∂
∂+
∂∂
−∂
∂
∂∂
=∂∂
∂
∂
∂+
∂∂
+∂
∂−
∂∂
=∂∂
∂
+
∂∂∂
=∂∂
+∂∂
∂∂
∂=
∂∂
+∂
∂
∂∂
∂=
∂
∂+
∂∂
zyxzyx
zyxyzx
zyxxzy
zxzx
zyyz
yxxy
xyxzyzz
xyxzyzy
xyxzyzx
xzxz
yzzy
xyyx
γγγε
γγγε
γγγε
γεε
γεε
γεε
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
[ ]
[ ]
[ ] xzxyyxzz
yzyzzxyy
xyxyzyxx
GT
E
GT
E
GT
E
τγασσυσε
τγασσυσε
τγασσυσε
1)(1
1)(1
1)(1
3
2
1
=∆++−=
=∆++−=
=∆++−=