8/3/2019 Tecnologia - Funerais Online

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TECNOLOGIA I internet

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NLIAs pessoas se vo. As informaes ficam. Uma nova ondade empresas aposta no mercado do ps-vida digitalLUIZA DALMAZO

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FUNDADORES DO1000MEMORIES:2,5milhes de dlaresem investimentos

ElSTEVlDAAPSAMORTE?NO MUNDO VIRTUAL, mui-tas vezes, possvel dizerque sim. Todos os anos,milhes de contas em re-des sociais e outras centenas de servi-os online continuam ativas depoisque seus donos passam para o outrolado. Sem os dados que do acesso scontas, quase sempre protegidas porsenhas, amigos e familiares pouco po-dem fazer para apagar ou cuidar defotos, mensagens e perfis de algumque morreu. O resultado so os maisvariados infortnios. OFacebook avi-sa sobre aniversrios daqueles que jmorreram; blogs pessoais continuamrecebendo comentrios tempos depois

de um fim abrupto; oLinkedln sugereadicionar contatos de gente que j sefoi.Estima-se que cerca de 5,7milhesde contas do Facebook, a maior redesocial domundo, sejam de pessoas queno esto mais entre os vivos. At ofinal de 2011, cerca de 1,7milho decadastros devero ficar na mesma si-tuao. "Quando criam contas, as pes-soas no pensam no que vai acontecerse morrerem", diz Gil Giardelli, pro-fessor de redes sociais da ESPM.Mas h quem enxergue a boas opor-tunidades de negcio. Nos ltimoscinco anos, pelo menos 40 startups deinternet foram criadas para lidar cominformaes pessoais deixadas porusurios na rede. Uma delas a En-trustet, com sede em Wisconsin, nosEstados Unidos. O servio funciona

o mundo, a empresa soma hoje maisde 5 000 clientes.Enquanto essas so solues para umproblema exclusivo do mundo virtual,o mercado do ps-vida digital tambmse ocupa de reproduzir cerimnias co-muns fora da rede. Fundada em 2010,a 1000Memories oferece espao paracriao de uma espcie de santuriovirtual. Em um site, parentes e amigospodem reunir lembranas, lbuns defotos e depoimentos sobre a vida dosque morreram. O servio representaum avano em relao a uma funolanada pelo Facebook em 2009, quepermite transformar perfis de mortosem "memoriais". No final de 2010, a1000Memories recebeu investimentode 2,5 milhes de dlares do fundo deventure capital Greylock Partners.

VIDA APS A MORTE NA REDEDe olho no legado digital de usurios de redes sociais, empresasexploram novas oportunidades de negcios pela internet1,7 5 40 20

milho m ilhes empresas dlaresde usurios do de contas do atuam no o valor anualFacebook Facebook so mercado de mdio cobradodevero morrer de usurios gesto de dados por serviosem 2011 mortos at 201 0 de mortos do gnero

como uma espcie de cofre digital.Dentro do site, clientes cadastram da-dos de acesso a suas contas de e-mailou redes sociais. No momento do re-gistro, cada cliente tem direito a apon-tar beneficirios para as informaes.Osvalores do servio variam entre 5 e300 dlares e podem ser pagos atravsde pacotes mensais, anuais ou por to-da a vida. Quando um cliente morre,seus dados so liberados a seus her-deiros mediante apresentao de al-guns documentos, como certido debito. "O mercado est crescendo r-pido", diz Nathan Lustig, cofundadorda Entrustet. "Cada vez mais, as pes- .soas percebem a importncia de sepreparar para o inesperado." Em todo

Fonte s : Entrus te t, The D igita l Bey ond e Ch ris Mohne y

Apesar do crescente interesse deempreendedores, usurios e investi-dores em negcios como esses, ainda difcil estimar otamanho que omer-cado de servios digitais ps-vida po-de alcanar. "H muitos investidoresde olho nessa indstria, mas amaioriaainda est esperando para ver qualmodelo ser mais promissor", afirmaEvan Carroll, pesquisador e coautordo livro Your Digital Afterlife ("SeuPs-Vida Digital", numa traduo li-vre), lanado recentemente. Mas, di-ferentemente de outros negcios nainternet, segundo Caroll, esse ummercado que tem clientela potencialgarantida. Basta estar vivo - e serusurio de internet. _

21 de setembro de 2011 I 213