tecninca memorização
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Primeiramente, o que é Curva do Esquecimento?
O grande estudioso Hermann Ebbinghaus foi a primeira pessoa a
estudar, de forma empírica, a memória humana. O método que ele
utilizava era o de decorar palavras desconexas e sem sentido, cada
uma constituída por duas consoantes separadas por uma vogal – rax,
paf, cas.
Durante seus estudos, ele chegou a algumas constatações
interessantes:
1. A memória é gradativa: há uma relação linear entre o número
de repetições realizadas no treinamento no primeiro dia e a
quantidade de material retida (a prática leva à perfeição);
2. Observou que uma lista de 6 ou 7 itens pode ser decorada e
conservada com uma única apresentação, ao passo que uma lista
mais longa requeria repetidas apresentações;
3. Descobriu que decorar novamente uma lista velha requer menos
tempo e um número menor de tentativas do que a
memorização original;
4. A curva do esquecimento: o esquecimento tem pelo menos
duas fases: (a) um rápido declínio inicial, mais abrupto nas primeiras
horas, seguido de (b) um declínio bem mais gradual que continua por
aproximadamente um mês.
Portanto, de acordo com Ebbinghaus, há um rápido declínio na
qualidade do que foi memorizado logo após o primeiro contato com
esse conteúdo, em nosso caso o estudo da matéria do concurso alvo.
Conforme o gráfico a seguir:
Como Modificar a Curva do Esquecimento?
Simples: revisões periódicas!
Outros estudiosos descobriram que se revisarmos o que estudamos
em períodos adequados, podemos alterar a curva do esquecimento da
seguinte maneira:
São recomendadas, pelo menos, 5 revisões – em laranja –
espaçadas para que o assunto estudado no começo do evento seja
mantido o mais próximo de 100% ao final do ciclo de 30 dias.
Mas Isso Funciona?Isso é bom demais para ser verdade, você deve estar pensando. No
entanto é a pura realidade!
As primeiras pessoas que eu li falando sobre essa técnica aplicada a
concursos, de forma comprovada (leia-se obtiveram resultado), foram
o Alexandre Meirelles – em seu Livro Como Estudar para Concursos –
e a grande Núbia Oliveira (aprovada em ótima colocação para AFRFB)
em uma coluna no e-concurseiro.
Então, eu resolvi aplicar essa técnica, à época, em meus estudos e
ver o que acontecia.
Antes, realizava revisões de forma solta, sem algum parâmetro ou
prazo. Isso quando revisava…
A verdade era que eu repassava o edital várias vezes antes da prova,
porém os períodos não eram corretos; o que favorecia o efeito da
curva do esquecimento em meus estudos.
Depois que comecei a seguir esse método de revisões periódicas em
meus estudos, obtive um salto significativo em QUALIDADE. Gostei
tanto que aplico hoje para tudo que irei estudar e que vou precisar
reter para a memoria de longo prazo – por exemplo em meus estudos
acadêmicos.
Como Aplicar o Método em Minhas Revisões?
Já começo dizendo que no início vai parecer meio estranho e
complicado, mas é assim mesmo. Até você se organizar a esta nova
metodologia, algumas coisas terão que ser modificadas em seu
planejamento e ciclo de estudos. Isso é normal, ok?
Outro ponto que alerto é que durante o período que você estará
utilizando essa nova metodologia, poderá achar que está perdendo
tempo; porém é justamente o contrário.
Ao revisar de forma cíclica e correta, você despenderá menos esforço
para manter aquela gama de conteúdo em sua memória. Em verdade,
depois de um tempo, você realizará apenas a manutenção do
conteúdo aprendido – e não vai ficar estudando o mesmo conteúdo
diversas vezes como eu fazia.
De acordo com Alberto Dell’Isola, colocando estrategicamente
revisões depois de 2, 7 e 30 dias do primeiro estudo da disciplina; sua
memória será capaz de manter o nível do conhecimento sempre
elevado.
Para facilitar a minha organização, montava uma grade no excel da
seguinte forma:
(clique sob a imagem para ampliá-la)
Vale ressaltar que revisão é diferente da primeira leitura do conteúdo.
Ela – a revisão – da um papel mais sumário ao estudo. Veja que no
gráfico o tempo de revisão vai caindo no decorrer do tempo: 10, 5 e
2-4 minutos.
Primeira Leitura do ConteúdoEntão, na primeira leitura do conteúdo, busque ler com bastante
atenção. Se for possível identificar os principais conceitos de cada
tema, marque-os!
Fez alguma reflexão que julgou interessante? Escreva ela em seu
material, pode ser na aba do livro, da folha ou em uma ficha. Livro de
concursando não deve ficar limpinho, sem anotações e marcações –
ok?
Se seu material de estudo contar com questões sobre esse tema
estudado, faça algumas apenas para ver como esse conhecimento é
cobrado na prática e já identificar pontos que são mais importantes
que outros.
Primeira Revisão do ConteúdoNo dia marcado em seu planejamento (um dia depois), leia as
anotações e marcações feitas. A leitura será mais rápida, porque você
teve contato com aquele conteúdo recentemente.
Nessa revisão, ficará mais fácil marcar novas partes do texto que você
agora julga importante e fazer novas analogias sobre o conteúdo –
lembre-se: quanto mais analogias seu cérebro realizar, mas ele vai
entender que aquilo é importante e memorizará com maior facilidade.
Se tiver questões sobre a temática, faça mais algumas. Se gostar de
fazer mapas mentais ou fichas, esse dia é essencial para isso. Você
terá uma visão geral sobre o assunto e saberá exatamente o que
colocar no esquema, para facilitar as demais revisões: de véspera de
prova e de manutenção.
Nas demais revisões, busque apenas ler suas anotações, esquemas,
fichas e marcações. Depois, termine os exercícios sobre o tema do
capítulo – caso ainda tenha ficado algum.