TecNews - 10/12/14

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10 | 12 | 2014 www.grupoastral.com.br .br O número impressiona. O Distrito Federal tem cerca de 8,5 milhões de ratos. Mas a quantidade não é motivo para desespero. O cálculo oficial, segundo o Núcleo de Zoonoses da Secretaria de Saúde do DF aponta que existam cerca de 8,5 milhões de ratos em todo o DF. Segundo o núcleo, e estimativa baseia-se em um cálculo, que serve para qualquer cidade, feito pela Organização Panamericana de Saúde, de que existam três ratos para cada habitante. Brasília é a cidade do DF com o maior número de reclamações sobre estes roedores. Segundo a Zoonoses, entre janeiro e outubro de 2014, foram registrados 616 atendimentos em Brasília devido a reclamações sobre ocorrências de ratos em áreas públicas. Em segundo lugar está Ceilândia, com 449 chamados e em terceiro, o Guará, com 294 registros. Recentemente, o núcleo recebeu chamados de moradores da quadra 407 Sul, em Brasília. No local, havia uma colônia de roedores, que ficavam em um gramado entre os blocos de aparta- mentos. De acordo com Ivanildo Oliveira, chefe do Núcleo de Zoonoses, afirma que os animais formam colônias em um raio de até 50 metros. — Eles se escondem em buracos nestes gramados e procuram por lugares com água e alimento. As caçambas de lixo descobertas fazem com que eles procurem alimento e possam se proliferar. Os atendimentos são feitos pelos funcionários da Zoonoses são realizados apenas em áreas públicas, como praças e gramados de quadras, de acordo com Oliveira. — Não podemos tomar medidas em propriedades particulares. Atendemos a problemas regis- rados em territórios públicos. Quando é acionado, o núcleo envia funcionários ao local e, se necessário, é colocado veneno para matar os ratos. Porém, o trabalho não pode ser realizado em dias chuvosos, porque a água da chuva pode levar o produto e causar contaminação ou intoxicação. DF TEM 8,5 MILHÕES DE RATOS E BRASÍLIA TEM MAIOR NÚMERO DE RECLAMAÇÕES SOBRE ROEDORES Fonte: R7

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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O número impressiona. O Distrito Federal tem cerca de 8,5 milhões de ratos. Mas a quantidade não é motivo para desespero. O cálculo oficial, segundo o Núcleo de Zoonoses da Secretaria de Saúde do DF aponta que existam cerca de 8,5 milhões de ratos em todo o DF. Segundo o núcleo, e estimativa baseia-se em um cálculo, que serve para qualquer cidade, feito pela Organização Panamericana de Saúde, de que existam três ratos para cada habitante. Brasília é a cidade do DF com o maior número de reclamações sobre estes roedores.

Segundo a Zoonoses, entre janeiro e outubro de 2014, foram registrados 616 atendimentos em Brasília devido a reclamações sobre ocorrências de ratos em áreas públicas. Em segundo lugar está Ceilândia, com 449 chamados e em terceiro, o Guará, com 294 registros.

Recentemente, o núcleo recebeu chamados de moradores da quadra 407 Sul, em Brasília. No local, havia uma colônia de roedores, que ficavam em um gramado entre os blocos de aparta-mentos. De acordo com Ivanildo Oliveira, chefe do Núcleo de Zoonoses, afirma que os animais formam colônias em um raio de até 50 metros.

— Eles se escondem em buracos nestes gramados e procuram por lugares com água e alimento. As caçambas de lixo descobertas fazem com que eles procurem alimento e possam se proliferar.

Os atendimentos são feitos pelos funcionários da Zoonoses são realizados apenas em áreas públicas, como praças e gramados de quadras, de acordo com Oliveira.

— Não podemos tomar medidas em propriedades particulares. Atendemos a problemas regis-rados em territórios públicos.

Quando é acionado, o núcleo envia funcionários ao local e, se necessário, é colocado veneno para matar os ratos. Porém, o trabalho não pode ser realizado em dias chuvosos, porque a água da chuva pode levar o produto e causar contaminação ou intoxicação.

DF TEM 8,5 MILHÕES DE RATOS E BRASÍLIA TEM MAIOR NÚMERO DE RECLAMAÇÕES SOBRE ROEDORESFonte: R7

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Mais de mil e trezentos casos da febre chikun-gunya foram registrados no Brasil em 2014. Quase todas essas pessoas contraíram a doença no Bra-sil, pois não viajaram para países onde a doença está sendo transmitida. Em Oiapoque, no Amapá, foram 531 casos registrados.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município, Geane Borges, diz o que está sendo feito no município para impedir que mais pes-soas peguem a febre chikungunya. “Primeiro nós trabalhamos a educação. Nós convocamos todos os agentes comunitários de saúde para comunicar a população de que nós estávamos sendo vítimas de um surto epidêmico da febre chikungunya, que foi detectado que era através do lixo. Aí começamos as medidas, com limpeza da cidade, orientação para a população, implanta-ção de mosqueteiros impregnados e começamos a intensificação do trabalho de notificação.”

O Ministério da Saúde recomenda o reforço de ações para eliminar focos de criação dos mosqui-tos transmissores da febre chikungunya em cada região do País, já que um deles é o mesmo que transmite a dengue.

O ministro da saúde, Arthur Chioro, ressalta que as medidas de prevenção devem ser responsa-bilidade de todos. “Nos lugares onde as pessoas forem fazer armazenamento de água é impor-tantíssimo que sejam tomadas as medidas de proteção: a cobertura com tela, tampar o vasilha-me que acondiciona a água, e assim por diante.”

O técnico em agroindústria José Alexandre Ferreira, 64 anos, mora em Oiapoque, Amapá. Ele soube da existência da febre chikungunya há pouco tempo, mas garante que está atento às medidas de prevenção. “De início eu mandei limpar todo o quintal, tirar todo o lixo, madeira, entulho que tivesse nele, mandei limpar tudo. E dentro de casa, água em vasilha eu deixo seco, agente usa o repelente e usa o inseticida.”

ESPECIALISTAS REFORÇAM AÇÕES PARA COMBATER A FEBRE CHIKUNGUNYAFonte: brasil.gov.br

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PASSAGEM DE GENES ENTRE AS ESPÉCIES PODE EXPLICAR CAPACIDADE DE MOSQUITO TRANSMITIR MALÁRIA Fonte: tvciencia.pt

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Existem em todo o mundo cerca de 450 diferentes espécies do mosquito Anopheles, mas ape-nas sessenta transmitem o parasita da malária aos humanos, provocando cerca de 200 milhões de infeções e mais de 600 mil mortes por malária todos os anos em todo o mundo.

Na tentativa de compreender porque existe uma tão grande variedade na capacidade de transmissão da doença entre este género de mosquito, investigadores sequenciaram o genoma de dezasseis mosquitos Anopheles que existem atualmente em África, Ásia, Europa e América Latina.

Estas dezasseis espécies de mosquito evoluíram a partir do mesmo ancestral há 100 milhões de anos, mas os cientistas quiseram compreender o que ocorreu em termos genéticos ao longo da evolução para que hoje uns mosquitos sejam vetores da malária e outros não.

Os resultados do estudo foram publicados em dois artigos na edição de 27 de novembro da revista científica Science, e os investigadores indicam que os resultados poderão vir a ajudar a desenvolver estratégias para melhor controlar e a travar a transmissão.

«Com as sequências dos genomas dos mosquitos Anopheles de linhagens diferentes, adapta-ções variáveis e diferentes capacidades de transmissão da doença, temos agora a oportunidade de melhorar significativamente o nosso conhecimento destes importantes vetores da malária e de desenvolver novas estratégias para combater a malária e outras doenças transmitidas por mosquitos», afirma Zhijian Tu, investigador do College of Agriculture and Life Sciences, da Virgi-nia Tech University, citado em comunicado da instituição.

Nos estudos, os investigadores analisaram as diferenças genéticas entre mosquitos que transmi-tem o parasita da malária e os seus “primos” inofensivos e compararam as diferenças no genoma

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destes mosquitos com a espécie mais perigosa, o Anopheles gambiae.

Desde 2002, quando investigadores da Universidade de Notre Dame sequenciaram o genoma do Anopheles gambie, que se sabe que a capacidade vetorial (variabilidade na capacidade dos mosquitos transmitirem malária aos humanos) está dependente de vários fatores como prefe-rências alimentares e de reprodução e respostas imunitárias a infeções.

Mas desde então faltavam dados, como os que são agora apresentados, sobre o genoma de outros mosquitos Anopheles para compreender as diferenças genéticas entre estes mosquitos da mesma família e perceber porque é que o Anopheles gambie tem uma capacidade vetorial mais eficiente.

Com base nos dados de sequenciação genómica dos dezasseis mosquitos, os cientistas pude-ram agora examinar genes específicos envolvidos em diferentes aspetos da biologia do mos-quito como processos reprodutivos, resistência a inseticidas, mecanismos químico-sensoriais ou respostas imunes.

Os cientistas puderam também fazer comparações genéticas entre os vários mosquitos Ano-pheles e outros insetos bem estudados, como a Drosophila melanogaster (mosca da fruta), para identificar genes semelhantes em cada uma das espécies, assim como, aqueles que são mais diferentes.

Os cientistas verificaram que a evolução genética do Anopheles apresentou taxas de ganhos e perdas de genes cinco vezes superior que a evolução genética da mosca da fruta. Alguns genes específicos como os envolvidos na reprodução ou os que codificam a proteína secretada na saliva do mosquito, demonstraram apresentaram uma alta taxa de evolução em subconjuntos de mosquitos Anopheles relacionados.

Daniel Neafsey, investigador do Broad Institute, em Cambridge, nos EUA, e um dos investigado-res principais do estudo, citado em comunicado da Universidade de Notre Dame, explica que «estas alterações dinâmicas podem oferecer pistas para compreender a diversificação dos mos-quitos Anopheles», ou seja, «porque alguns se reproduzem em águas salgadas enquanto outras precisam de piscinas de água doce permanentes ou temporárias ou porque alguns são atraídos por gado enquanto outros só se alimentam dos humanos».

Mas um dos mais importantes resultados do estudo indica que a capacidade vetorial dos mos-quitos mais perigosos como o Anopheles gambiea, não se verificou necessariamente nos mos-quitos mais aproximados geneticamente, mas antes que esta capacidade vetorial pode estar dependente da capacidade de passagem de genes ao nível cromossómico entre as espécies.

Nora Besansky, investigadora da Universidade de Notre Dame e outra das investigadoras principais do estudo, afirma que «os resultados mostram que os vetores mais eficientes não são necessariamente as espécies que estão mais próximas e que os traços que melhoram a capaci-dade vetorial podem ser ganhos pela passagem de genes entre as espécies».

No estudo na Science, a equipa de investigadores indica mesmo que «este dinamismo de genes e genomas de anofelinos podem contribuir para a sua capacidade flexível para tirar proveito dos novos nichos ecológicos, incluindo a adaptação para os seres humanos como hospedeiros primários