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FACULDADE 7 DE SETEMBRO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO NELSON LIMA HOUNSELL PLANO DE NEGÓCIOS E SUA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRO POR MEIO DE PROJETO DE INVESTIMENTO PARA FINANCIAR EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÃO DE UMA FILIAL NA EMPRESA N SOLUTIONS

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FACULDADE 7 DE SETEMBROCURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

NELSON LIMA HOUNSELL

PLANO DE NEGÓCIOS E SUA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRO POR MEIO DE PROJETO DE INVESTIMENTO PARA FINANCIAR

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÃO DE UMA FILIAL NA EMPRESA N SOLUTIONS

FORTALEZA - 2013

NELSON LIMA HOUNSELL

PLANO DE NEGÓCIOS E SUA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRO POR MEIO DE PROJETO DE INVESTIMENTO PARA FINANCIAR

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÃO DE UMA FILIAL NA EMPRESA N SOLUTIONS

Artigo científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Ricardo Coimbra, Me.

FORTALEZA - 2013

PLANO DE NEGÓCIOS E SUA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRO POR MEIO DE PROJETO DE INVESTIMENTO PARA FINANCIAR EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÃO DE UMA FILIAL NA EMPRESA N SOLUTIONS

Nelson Lima Hounselll Ricardo Aquino Coimbra

RESUMO

Este artigo visa analisar a viabilidade econômico-financeira de uma escola de cursos profissionalizantes por meio de um plano de negócios de investimento, que tem como objetivo, a aquisição de equipamentos para a modernização da sede e instalação de um anexo na cidade de Caucaia/CE. A sede situa-se na cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará. A pesquisa a campo e a revisão de literatura forneceram as bases para a elaboração do plano de negócios. Os indicadores financeiros, que permitem a análise da viabilidade do negócio, foram calculados após duas etapas. A primeira corresponde à pesquisas acadêmicas em livros, artigos na internet, a fim de obter base teórica sobre o assunto. A etapa seguinte foi a elaboração do plano de negócios em si, no qual se compreendeu a análise do mercado e de investimento (projeção de receitas e de custos e despesas). Portanto, o estudo concluiu que o projeto é viável econômica e financeiramente.

PALAVRAS-CHAVE: Fluxo de caixa. Financiamento. Investimento. Plano de negócios. Viabilidade econômico-financeira.

ABSTRACT

This article aims to analyze the financial feasibility of a school of vocational courses through a business plan investment, which aims at the acquisition of equipment for the modernization of the headquarters facility and an annex in the city of Caucaia / CE . The headquarters is located in the city of Fortaleza, capital of Ceará. Research the field and the literature review provided the basis for the preparation of the business plan. The financial indicators, which enable the analysis of the viability of the business, were calculated after two steps. The former corresponds to academic research in books, articles on the internet in order to get theoretical base on the subject. The next step was the preparation of the business plan itself, which is included analysis of the market and investment (projected revenues and costs and expenses).Therefore, the study concluded that the project is economically and financially viable.

KEYWORDS: Business Plan. Cash Flow. Economic and financial viability. Financing. Investiment. ___________________________________________________________________

1 Graduando em Administração de Empresas pela Fa7

2 Mestre em Economia pela UFC e Professor pela Fa7

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1 INTRODUÇÃO

Os riscos de abrir um novo negócio são grandes, pois é preciso lidar com

incertezas e fatores que não podem ser previstos. No entanto, há riscos que podem

ser eliminados com um bom planejamento do empreendimento e da análise da sua

viabilidade econômico-financeira.

A forma mais conhecida de planejamento de um novo negócio é o plano de

negócios. O plano de negócios é uma ferramenta extremamente dinâmica. Com ele

é possível identificar os riscos e propor planos para minimizá-los e até mesmo evitá-

los, identificar seus pontos fortes e fracos em relação a concorrência e o ambiente

de negócio em que você atua, conhecer seu mercado e definir estratégias de

marketing para seus produtos e serviços, analisar o desempenho financeiro de seu

negócio, avaliar investimentos, retorno sobre o capital investido. Enfim, o plano de

negócio é um poderoso guia que norteará todas as ações de sua empresa, mas que

pode e deve ser atualizado e utilizado periodicamente.

Quem começa um negócio ou deseja viabilizar novos recursos,

inevitavelmente, sujeita-se a riscos. Evitá-los totalmente pode ser um entrave na

hora de apostar em coisas novas que podem alavancar o empreendimento. Por

outro lado, correr riscos desnecessários ou mal calculados pode gerar grandes

prejuízos. Afinal, qual a melhor maneira de identificar mínimos e máximos dos riscos

que se pode e deve correr?

Os riscos são inevitáveis. Por isso, calculá-los adequadamente é fundamental

para quem quer prosperar. É interessante criar um mapa do que pode falhar e dos

impactos que o empreendimento pode sofrer caso isso ocorra. As chances de diluir

esses riscos são muito maiores se você tiver esse mapa em seu planejamento e

tomar as medidas preventivas. É interessante conhecer as variáveis

macroeconômicas que mais influenciam seu negócio, definir as premissas para

essas variáveis ao longo do tempo, determinar cenários otimistas, prováveis e

pessimistas em seu planejamento.

Ao se imaginar um montanhista, diante do desafio de escalar uma montanha,

ele precisa conhecer todas as técnicas de alpinismo, como saber utilizar

corretamente os equipamentos, ter o preparo físico adequado, conversar com

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pessoas que já escalaram montanhas, e principalmente daquela que foi escolhida

por você para ser conquistada.

Assim é o mercado empresarial para não sofrer um desastre, que pode ser

fatal, o empreendedor deve conhecer seus limites e potenciais, técnicos e

operacionais, além dos financeiros e administrativos, como também analisar e

reconhecer as particularidades da atividade empresarial e do nicho de mercado

escolhidos.

Uma pessoa que ignora estes fundamentos terá uma grande chance de

desaparecer prematuramente do mercado, pois segundo o SEBRAE-SP (2010),

62% das empresas fecham após 5 anos de atividade, seja por falta de planejamento,

dificuldades nas vendas ou em conseguir crédito nos primeiros meses de vida

empresarial.

Portanto, é necessário a elaboração de um plano de negócio a fim de auxiliar

o próprio empresário no planejamento e execução de um determinado investimento,

visto que é uma ferramenta que contém informações de fluxo de caixa, projeções

financeiras e planejamento do negócio.

O agente financeiro considera que o empresário está melhor preparado para

obter financiamento quando o mesmo apresenta um Plano de Negócio/Proposta

qualificada, facilitando a avaliação preliminar do pleito. Não importa a qual tipo de

instituição financeira você recorre para obter financiamentos, o mais importante é

elaborar um plano de negócios. Esse documento representa seu plano de vôo. Nele,

você detalha seus planos para os recursos, demonstra como esse dinheiro gerará

novas receitas, prova a existência de demanda no mercado para o produto e mostra

que sua empresa tem condições de cumprir as metas e honrar os compromissos

firmados com o banco.

A lógica do capitalismo é ‘eu não tenho dinheiro, mas tenho a ideia’. Mas, na

prática, isso tem algumas barreiras, apesar da Selic (taxa básica de juros) estar

atualmente em 7,25%, é muito difícil uma empresa conseguir um empréstimo

próximo a esses patamares, e mais complicado ainda é conseguir lucrar tanto no

começo do negócio para pagar o empréstimo. Se você não oferecer garantias reais,

bens que sejam liquidados, o banco não vai te dar dinheiro, ressalta o especialista.

Portanto, se o empresário, tiver um plano de negócios bem completo, os agentes

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financeiros perceberão mais facilmente a capacidade de pagamento da sua

empresa.

Em função da grande procura por cursos profissionalizantes, por todos os

públicos-alvo, desde estudante até empresários, foi identificado uma alta demanda

pela escola N SOLUTION, entretanto, também foi identificado um problema. A

capacidade instalada não estava sendo suficiente para atender esta alta demanda.

Através deste problema, foi detectado uma oportunidade da empresa se

expandir e gerar maior lucro, gerando assim, a necessidade de captar recursos para

investimento para instalação de uma filial e aquisição em equipamentos.

No entanto, o surgimento desta oportunidade não é suficiente para se iniciar

uma atividade empreendedora. É preciso um planejamento e uma análise da

viabilidade econômico-financeira do negócio proposto. O presente trabalho busca,

portanto, responder a seguinte pergunta: De que maneira o plano de negócios gerou a viabilidade econômico-financeiro por meio de projeto de investimento para financiar equipamentos e instalação de uma filial da empresa N SOLUTIONS?

Assim, para convencer o banco de que o negócio traria retorno financeiro, a N

SOLUTIONS apresentou o plano de negócio demonstrando a viabilidade financeira

do projeto de investimento para a aquisição de equipamentos para a modernização

da sede da empresa e a implantação de um anexo na cidade de Caucaia/CE, que

propiciará uma melhor estrutura de atendimento, ou seja, o investimento projetado

possibilitará a N SOLUTIONS uma maneira estratégica de atender de forma mais

eficiente os consumidores visando manter os elevados padrões de atendimento e

qualidade possibilitando o atendimento de novos clientes e o conseqüente aumento

das vendas.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Analisar se o plano de negócios gerou a viabilidade econômico-financeiro por

meio de projeto de investimento para financiar equipamentos e instalação de uma

filial da empresa N SOLUTIONS.

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1.1.2 Objetivos Específicos

1. Descrever plano de negócio.

2. Identificar as etapas de viabilidade econômico-financeira do plano de

negócio.

3. Descrever o plano de negócio da empresa N SOLUTIONS para financiar

equipamentos e instalação de uma filial.

4. Apontar os pontos positivos e negativos da utilização do plano de negócios

para financiar equipamentos e instalação de uma filial.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PLANO DE NEGÓCIO

O Plano de Negócios, é um documento que serve de planejamento e

estrutura as principais idéias e objetivos que se deseja atingir para um negócio. Ele

define os passos necessários que para que os objetivos sejam alcançados e diminui

os riscos e incertezas. De acordo com Dornelas (2008, p.102):

o plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que o sustenta. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e ainda permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.

Segundo Dornelas (2008, p.103), o plano de negócios tem algumas funções

bem definidas como:

Entender e estabelecer diretrizes para o projeto ou novo negócio; Gerenciar

de forma mais eficaz e tomar decisões acertadas; Conseguir os recursos

necessários internamente ou externamente; Identificar e avaliar oportunidades e

transformá-las em diferencial competitivo para a organização; Estabelecer uma

comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo

(fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.).

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O plano de negócio também é utilizado para a solicitação de empréstimos e

financiamentos junto a instituições bancárias. Com o plano de negócios o

empreendedor poderá analisar o mercado, comparar os negócios já existentes,

quais produtos serão oferecidos, quais os gastos e investimentos que deverão ser

feitos a curto, médio e longo prazo, qual a expectativa de retorno do investimento e

outras variáveis envolvidas em um empreendimento.

Em resumo, o plano de negócios pode ser escrito para atender a alguns

objetivos básicos relacionados aos negócios. Segundo Dornelas (2008, p.104), o

plano de negócios apresenta 5 objetivos:

Testar a viabilidade de um conceito de negócio, orientar o desenvolvimento

das operações e estratégia, atrair recursos financeiros, transmitir credibilidade e

desenvolver a equipe de gestão.

2.1.1 Estrutura do Plano de Negócio

De acordo com Dornelas (2008, p. 105), não existe uma estrutura rígida e

específica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem suas

particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo-padrão de

plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Porém,

qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de seções, as quais

proporcionarão um entendimento completo do projeto empresarial ou novo negócio.

Essas seções são organizadas de forma a manter uma sequência lógica que permita

a qualquer leitor do plano entender como a empresa é organizada, seus objetivos,

seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégica de marketing e sua situação

financeira.

Segundo Dornelas (2008, p.105-108), a estrutura para confecção do plano de negócios deve seguir o seguinte roteiro:

Capa – Deve ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e

pertinentes para se localizar os responsáveis pelo plano.

Sumário – Contém o título de cada seção do plano de negócios e a

respectivas páginas.

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Sumário Executivo – Nele contém a síntese das principais informações do

plano de negócios, deve ser dirigido ao público alvo e ser explicito no que refere-se

ao objetivo do plano de negócios. O sumário executivo e sempre a última parte a ser

escrita, pois depende das outras seções para ser preenchido.

Análise Estratégica – Nesta seção são apresentados os rumos da

organização e como o projeto está inserido dentro desse contexto. Uma boa análise

dos ambientes externos e interno é essencial, em que se observarão as

potencialidades e ameaças (riscos), as forças e fraquezas, e se definirão objetivos e

metas do projeto ou novo negócio. Esta seção é na verdade a base para o

desenvolvimento e a implantação das demais ações descritas no plano.

Descrição do Projeto/negócio – Nesta seção deve-se descrever o negócio,

seu histórico, áreas da organização envolvidas, perspectivas de lucro, sendo

importante observar a adequação do negócio perante a oportunidade.

Produtos/Serviços – Esta parte do plano se volta para a atividade

desenvolvida, pois efetua todo o levantamento dos produtos/serviços a serem

fornecidos evidenciando o custo de cada um deles, objetivando também a satisfação

dos clientes (feedback).

Plano Operacional – Esta seção contém as informações sobre o processo

produtivo, rotatividade do produto, prazo de entrega.

Análise de Mercado – Esta parte tem como foco fundamental a oportunidade

de mercado a ser perseguida. Deve conter conhecimentos sobre o mercado

consumidor, como está segmentado, as características do consumidor, qual a sua

localização e como agir diante aos obstáculos deste mercado competitivo.

Estratégia de Marketing – Mostra as estratégias de vendas e as

perspectivas para se conquistar clientes, aumentando cada vez mais os interesses

dos mesmos pelo produto/serviço oferecido.

Plano Financeiro – Esta face contém as informações em números do

resultado do projeto, evidenciando os investimentos realizados e a necessidade de

novos, suas disponibilidades, deve conter todas as informações financeiras através

de demonstrações aplicadas ao plano de negócios.

Anexos – neste item são anexados todas as informações julgadas relevantes

ao entendimento do plano de negócios.

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2.2 ETAPAS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PLANO DE

NEGÓCIO

Segun do Mancini (2010), o processo de viabilidade econômico-financeira por meio do plano de negócios se dá na seguinte maneira:

O plano de negócio é o principal documento de estruturação de um projeto

empresarial, pois além de analisar sua viabilidade constitui-se na base de

apresentação do projeto a terceiros.

A metodologia para a realização de um plano de negócios consiste,

inicialmente, em mapear a viabilidade mercadológica do empreendimento. Tal

pesquisa traz como benefício um melhor conhecimento do mercado de atuação da

empresa, sendo que este pode se referir aos potenciais clientes, especialistas da

área e concorrentes. A partir das informações obtidas com essa pesquisa, podem

ser tomadas decisões estratégicas para a empresa melhor se adaptar ao mercado.

É interessante que se descubra na pesquisa aspectos relevantes, tais como,

quem já se encontra no mercado de atuação, quais suas perspectivas de

crescimento do setor, possibilidade de entrada de novos concorrentes e se existem

produtos substitutos.

Todos os dados da etapa mercadológica são analisados e servem como

inputs para a análise da viabilidade financeira do empreendimento. Para saber a

viabilidade financeira de um investimento são necessários dois tipos de projeções,

projeções de gastos (incluindo aqui os gastos para abertura como para a

manutenção do negócio) e projeções das receitas (baseada na demanda esperada

para o empreendimento).

Com tais projeções em mãos, o consultor realizará análises financeiras sobre

empreendimento, podendo ser elas baseadas nas mais diversas metodologias. Os

especialistas em Finanças costumam aconselhar o uso do cálculo do Valor Presente

Líquido (VPL). Ele é a diferença entre valor presente dos fluxos de caixa futuros a

uma determinada taxa de desconto e o investimento inicial do negócio. Um

investimento que tem o VPL superior a zero é um investimento viável, pois seus

fluxos de caixa trazidos para o presente têm um valor superior ao valor investido no

negócio.

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Em geral, são utilizados mais de um tipo de indicadores para mensurar a

viabilidade financeira do negócio, mas o VPL é reconhecido como um dos mais

fidedignos, pois trabalha com os fluxos de caixa descontados.

O Plano de Negócios é então uma ferramenta eficaz para o reconhecimento

do perfil dos potencias clientes, servindo como subsidio para a elaboração de

estratégias de marketing e ferramentas para a fidelização dos clientes. Além disso, a

partir de um Plano de Negócios o empreendedor consegue prever os gastos com a

abertura e com a manutenção do negócio, sabendo o quanto custará tal

empreendimento.

Outra vantagem de realizar um Plano de Negócios é o conhecimento do

mercado que atuará, uma empresa que não reconhece as oportunidades e ameaças

do seu setor de atuação não pode ter estratégias eficientes para atingir suas metas.

Por fim, como principal vantagem, um Plano de Negócios consegue mensurar

a viabilidade mercadológica e financeira de um negócio, evitando que o

empreendedor invista e não consiga ter os retornos esperados para o negócio.

Investir uma fatia de seus recursos financeiros em um Plano de Negócios evita que

o empreendedor invista todos os seus recursos financeiros em um empreendimento

desconhecendo a viabilidade deste negócio, isto é, um Plano de Negócios minimiza

o risco do investimento sem impactar fortemente no lucro que este investimento irá

gerar.

2.2.1 Planejamento Financeiro

De acordo com Clemente (2004, p.89), o planejamento financeiro tem a

finalidade de formular um conjunto de projeções abrangentes e realistas de receitas,

investimentos, custos e despesas. Na implantação de um novo negócio, tais

projeções permitirão a comparação entre o montante de capital empregado e os

ganhos futuros, bem como o cálculo de índices de retorno do empreendimento.

2.2.2 Investimentos Fixos

Os investimentos fixos correspondem ao montante de recursos necessários à

implantação de toda a infra-estrutura do empreendimento. Fazem parte dos

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investimentos fixos, equipamentos e materiais e possíveis obras e reformas. O valor

dos investimentos fixos estará diretamente relacionado ao tamanho do

empreendimento. De acordo com Bernardi (2003, p.233), os investimentos:

são gastos necessários às atividades da produção, da administração e das vendas, que beneficiarão períodos futuros, portanto, ativos de caráter permanente e de longo prazo, que por meio de depreciação ou amortização tornar-se-ão custos e despesas, dependendo de sua origem e natureza.

2.2.3 Necessidade de Capital de Giro

A NCG (necessidade de capital de giro) compreende todos os recursos

necessários ao financiamento do ciclo operacional da empresa. A necessidade de

capital de giro, portanto, estará diretamente vinculada às operações e ao negócio da

empresa.

De acordo com Brasil e Brasil (1991, p.13) a NCG engloba e mede os

investimentos operacionais, ou seja, o conjunto de bens cíclicos necessários para

manter a firma funcionando em um determinado faturamento. Também segundo os

autores, a NCG é um ativo operacional a ser administrado, e resulta ele próprio de

um balanço entre as contas cíclicas, fontes ou aplicações de recursos.

De maneira geral, a NCG pode ser calculada pela seguinte fórmula abaixo:

(ncg = ativo operacional – passivo operacional).

O Ativo Operacional (AO) representa os recursos utilizados nas operações da

empresa que dependem das características de seu ciclo operacional. É composto

por: duplicatas a receber, estoques e outros valores a receber que possuem

natureza permanente. Já o Passivo Operacional (PO) representa as contas do

passivo vinculadas ao ciclo operacional da empresa, tais como fornecedores,

salários, encargos, impostos, taxas e outras contas a pagar.

2.2.4 Fluxo de Caixa

Para Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa é o instrumento que permite ao

administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos

financeiros da empresa para determinado período.

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Os principais ingressos de caixa são: vendas à vista, recebimentos de venda

a prazo, aumentos de capital social, vendas de itens do ativo imobilizado, receitas de

aluguéis, empréstimos e resgastes de aplicações no mercado financeiro. Já os

desembolsos de caixa são para financiar o ciclo operacional da empresa, amortizar

os empréstimos ou financiamentos captados pela empresa e investir em itens do

ativo permanente ou aplicar no mercado financeiro.

2.2.5 Análise de Investimentos

De acordo com Dal Zot (2006, p.141):

o objetivo principal da análise de investimentos é ajudar o empresário investidor a decidir entre alternativas de projetos de investimentos, no que se refere aos aspectos de rentabilidade ou remuneração do capital empregado.

Segundo Dal Zot (2006, p.142), um aspecto importante a ser considerado na

análise de investimentos é a taxa mínima de atratividade (TMA), que corresponde à

taxa de juros que um capital pode render no mercado financeiro, em aplicações de

risco equivalente, se não for aplicado em um projeto de investimento. O investimento

só será interessante, do ponto de vista econômico, se a taxa de rendimento (taxa

mínima de atratividade) que ele produzir for superior à taxa de custo de capital e

outros custos relacionados. Caso contrário, o investimento deverá ser rejeitado.

Além da taxa mínima de atratividade, existem também outros métodos de

análise de investimentos, dentre os quais serão utilizados neste trabalho: Período

de Retorno de um Investimento (payback simples e payback descontado), Valor

Presente Líquido (VPL) e Taxa de Interna de Retorno (TIR).

2.2.5.1 Período de Retorno de um Investimento

Conforme Ross (2000, p.218), período de payback, ou simplesmente

payback, é o período exigido para que um investimento gere fluxos de caixa

suficientes para recuperar o custo inicial. O autor explica que um investimento será

aceito se seu payback calculado for menor do que algum número predeterminado de

anos.

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O payback é muito utilizado devido à simplicidade de compreensão de seu

significado e à facilidade de cálculo. De acordo com Clemente (2004, p.98), ele pode

ser percebido como uma medida de risco: quanto maior período de retorno, maior o

risco de perda, associado a diversas instabilidades imprevisíveis.

No entanto, para Ross (2000, p. 219-20) a regra do payback possui algumas

desvantagens, entre as quais, estabelecer um período de corte arbitrário, sem

nenhuma base objetiva para escolher um número específico. Outra desvantagem é

não levar em consideração o valor do dinheiro no tempo. Essa deficiência, porém,

pode ser resolvida através do uso do payback descontado, que traz os valores dos

fluxos de caixa para valores presentes, para só então calculá-los.

2.2.5.2 Valor Presente Líquido

De acordo com Dal Zot (2006, p.144), o Valor Presente Líquido (VPL) de um

projeto é o cálculo do valor presente ou valor atual de um fluxo de caixa projetado de

um investimento, considerando-se todas as entradas e saídas de caixa, a uma taxa

de juros igual à taxa mínima de atratividade.

Na interpretação de Clemente (2004), o VPL é um importante indicador usado

para valorar o negócio e representa uma projeção do resultado futuro no tempo

presente. Também para Ross (2002) o Valor Presente Líquido é uma medida de

quanto valor é criado ou adicionado hoje por realizar um investimento.

Dal Zot (2006) explica que o projeto será viável economicamente se o VPL for

positivo; caso contrário, o projeto é inviável. Se o VPL for igual ou muito próximo a

zero, o projeto de investimento é tratado como indiferente do ponto de vista da

viabilidade econômica. Também segundo o autor, dentre diversas alternativas de

investimento, a melhor será aquela que possuir o maior VPL.

2.2.5.3 Taxa Interna de Investimento

Dal Zot (2006, p.143) explica que a Taxa Interna de Retorno, TIR, de um

projeto de investimento é aquela na qual, se forem depositadas as mesmas quantias

em uma aplicação financeira, nas mesmas datas, correspondentes às saídas de

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fluxo de caixa, obter-se-iam os mesmo rendimentos, caracterizados por retornos nas

mesmas datas e valores às entradas de fluxos de caixa.

Segundo Ross (2002) a TIR é obtida ao se igualar o VPL de determinado

investimento a zero. Em outras palavras, Clemente (2004, p.98) esclarece que a TIR

apresenta a taxa que iguala o VPL ao investimento inicial do projeto, ou seja,

representa a taxa de retorno que, usada para calcular o VPL, daria um resultado

igual a zero.

Para Dal Zot (2006, p.148), a avaliação da viabilidade econômica de um

projeto, a TIR deve, primeiramente, ser comparada com a taxa mínima de

atratividade. Se a TIR for maior que a TMA, o projeto é viável; se TIR for inferior a

TMA, o projeto é inviável. Na comparação entre diferentes alternativas de projetos

de investimento, os com maior TIR são preferíveis aos de menor TIR.

3 METODOLOGIA

Por meio do referencial teórico abordado, esta pesquisa foi desenvolvida

utilizando-se a técnica pesquisa de campo, que propiciará estabelecer, segundo

Marconi e Lakatos (2003, p.186), “as técnicas que serão empregadas na coleta de

dados e na determinação da amostra, que deverá ser representativa e suficiente

para apoiar as conclusões.”

A realização do trabalho está dividida em três principais etapas. A primeira

etapa corresponde à revisão bibliográfica, na qual se buscou nos livros e em

publicações via internet um embasamento teórico sobre o assunto. A segunda etapa

compreende a elaboração do plano de negócios, na qual foi desenvolvida toda a

concepção do negócio, bem como a análise do mercado e dos concorrentes. O

levantamento dos investimentos necessários, a projeção dos custos e despesas e a

previsão de venda também foram concebidas nessa etapa.

As informações geradas na etapa anterior foram fundamentais para a

realização da terceira e última etapa, que corresponde à elaboração dos fluxos de

caixa futuros e ao cálculo dos indicadores financeiros. Foi nessa etapa final que se

verificou a viabilidade econômico-financeira do projeto.

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3.1 CARACTERIZAÇÃO E ESTRATÉGIA DA PESQUISA

Este trabalho é caracterizado pela pesquisa descritiva. A descritiva visa

observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os dados sem interferência, sem

manipulação do pesquisador. Entre essas pesquisas estão as de opinião, as

mercadológicas, os levantamentos sócio-econômicos e psicossociais, em suma, a

maioria das pesquisas desenvolvidas nas Ciências Humanas e Sociais. Envolve

técnica padronizada da coleta de dados, realizada principalmente através de

questionários e da observação sistemática (GIL, 2006, p. 43).

Conforme Cervo e Bervian (2005, p.66),

a pesquisa descritiva observa, registra, analisa, e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. [...] Os dados, por ocorrerem em seu habitat natural, precisam ser coletados e registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito.

Nesse projeto, foi aplicado dois importantes métodos nas investigações

científicas: o qualitativo e o quantitativo. Segundo Marconi e Lakatos (2007, p. 268),

o método quantitativo é uma técnica de coleta de informações e o tratamento dos

dados são caracterizados pelo uso da quantificação, isto é, de técnicas estatísticas

(percentagem, média, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de

regressão etc...). E o método qualitativo, preocupa-se em analisar e interpretar os

dados em seu conteúdo psicossocial. Considera que há uma relação dinâmica entre

o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a

subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Na pesquisa

qualitativa, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são

fundamentais. É descritiva e não requer utilização de métodos e técnicas

estatísticas. O pesquisador, considerado instrumento chave, tende a analisar seus

dados indutivamente, no ambiente natural. O processo e seu significado são os

focos principais de abordagem.

Assim, como este trabalho teve o objetivo de analisar a viabilidade

econômico-financeira de um projeto de investimento, o método quantitativo foi

fundamental para realizar tal análise. E o método qualitativo, foi empregado para

analisar as variáveis internas e externas do mercado da escola profissionalizante N

SOLUTIONS.

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3.2 ESTUDO DE CASO

O estudo de caso em questão é a pesquisa de campo. Aplica-se o

instrumento de coleta de dados para que sejam testadas sua validade, seu nível de

compreensão e as dificuldades existentes e somente depois, é que se aplica o

instrumento na população / universo da pesquisa. A elaboração requer a observação

de alguns aspectos, como precisão, clareza, estruturação lógica, estética,

quantidade de perguntas, organização cronológica das perguntas.

As pesquisas de campo usam documentação direta, fazem o levantamento de

dados no próprio local onde os processos ocorrem, coletando o material através da

realização de estudos observacionais, como a aplicação de questionários, estudos

de campo, registro de dados exploratórios, etc. Nesse sentido, o ambiente ou os

mecanismos de percepção são controlados para que o fato/fenômeno/processo seja

produzido ou percebido adequadamente.

3.2.1 População-Alvo e Seleção de Amostra

Segundo Marconi e Lakatos (2001, p.108), “há duas grandes divisões no

processo de amostragem: a não-probabilística e a probabilística”.

A definição de critérios segundo os quais serão selecionados os sujeitos que

vão compor o universo de investigação é algo primordial, pois interfere diretamente

na qualidade das informações a partir das quais será possivel construir a análise e

chegar à compreensão mais ampla do problema delineado.

Portanto, nesta pesquisa, a amostra é não-probabilística composto por dados

econômico-financeiros e de mercado da empresa N SOLUTIONS.

3.3 INSTRUMENTO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS

3.3.1 Elaboração do Instrumento de Pesquisa

A pesquisa foi elaborada pela documentação direta, que consiste no

levantamento feito no próprio local onde os fenômenos ocorrem. Utilizou-se o

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procedimento Pesquisa de campo. Neste trabalho, foi aplicado o levantamento de

dados com formulários, medidas de opinião e atitudes técnicas mercadológicas.

3.3.2 Teste do Instrumento de Coleta de Dados

Com a finalidade de evitar erros no levantamento de dados, a Pesquisa a

Campo foi feito de maneira objetiva. A coleta de dados foi realizada diretamente à

Gerente financeira da N SOLUTIONS.

3.3.3 Aplicação do Instrumento de Coleta de Dados

Visando salientar a importância da veracidade dos dados financeiros da

empresa, a coleta de dados foi feito por meio de visitas in loco após confirmação via

telefone. Nas visitas, eram levantados os dados burocráticos da empresa, recursos

humanos, aspectos de mercado e financeiros (faturamento, compras, despesas,

imposto, etc.) através do preenchimento de um formulário em papel explicando a

necessidade de obter respostas dentro do prazo determinado.

3.4 MÉTODO DE COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS

3.4.1 Coleta dos Dados

Na pesquisa de campo e de laboratório, a etapa de coleta de dados

caracteriza-se pela aplicação dos instrumentos e das técnicas da pesquisa

previamente selecionadas. Utiliza-se documentação direta, isto é, levantamento de

dados no próprio local onde os fenômenos ocorrem. Para a coleta de material,

realizam-se estudos observacionais, estudos de campo, registro de dados

exploratórios, etc.

Оs dadоs que fоram cоletadоs na pesquisa sãо de dоis tipоs: primáriоs e

secundáriоs. Os dadоs primáriоs sãо аqueles dadоs que foram cоletados, tabulados

e analisados e que fоram оbtidоs através de pesquisa a campo. Já оs dadоs

secundáriоs sãо аqueles que foram obtidоs através de fоntes externas dispоníveis

18

cоmо IBGE, IPEA, revistas, assоciações оu аté mesmо fоntes internas cоmо seu

própriо bancо de dadоs.

3.4.2 Tabulação e Tratamento dos Dados

A tabulação dos dados é a organização de todas as respostas obtidas.

Realizada a pesquisa de campo, transcreveu-se os dados quantitativos da pesquisa

para o programa Excel visando a geração de gráficos e tabelas dinâmicas para

análise. E os dados qualitativos foram transformados em informações para o

embasamento do Projeto Complementar (Plano de Negócio) que é realizado no

Word.

3.4.3 Tratamento dos Dados

A análise consiste na organização e sumarização dos dados obtidos na

pesquisa, que fornecem respostas ao problema investigado. A interpretação, por sua

vez, tem o propósito de fazer a ligação das informações com outros conhecimentos

previamente obtidos, que devem ser separados em seus aspectos básicos e

submetidos a uma reflexão (GIL, 2006, p.185). Os elementos colhidos entre diversos

autores devem ser confrontados, contrapondo pontos de vista convergentes ou

divergentes, para escolher o que mais se adapta aos objetivos da pesquisa. A

informação básica pode ser resumida em quadros, gráficos, tabelas. Os dados

alcançados devem ser relacionados com outros conhecimentos já elaborados. Por

último, passa-se a uma reflexão sobre a informação já estruturada e efetua-se uma

busca geral das conclusões obtidas.

Neste trabalho, o tratamento dos dados observou os dois tipos de análise e

de dados: os qualitativos e os quantitativos.

4 RESULTADOS DA PESQUISA

A seguir, será exposto o plano de negócio em si. Está sendo utilizado o nome

fictício “N SOLUTIONS” para manter o sigilo da empresa em estudo, mas todas as

informações quantitativa e qualitativas são reais e foram utilizadas para a viabilidade

19

econômico-financeira do projeto de investimento. O projeto em questão foi

implementado em 2010.

4.1 OBJETO DE ESTUDO – N SOLUTIONS

A N SOLUTIONS é uma das escolas profissionalizantes que mais cresce em

todo o Brasil. Está entre as 10 maiores franqueadoras do país, segundo a

Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O presente plano de negócios tem como objetivo a aquisição de

equipamentos para a modernização da sede e instalação de um anexo na cidade de

Caucaia/CE. A N SOLUTIONS se diferencia dos muitos concorrentes por apresentar

um atendimento diferenciado e alta qualidade dos cursos oferecidos, com altos

índices de aproveitamento e colocação dos profissionais no mercado de trabalho.

A N SOLUTIONS é uma empresa que está sempre em busca de inovações

que façam a diferença. O sócio administrador realiza constantes pesquisas junto aos

clientes para superar as suas expectativas.

É com este objetivo que a N SOLUTIONS apresenta este plano de expansão

das suas atividades a esta CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, na certeza de que

possui a comprovada experiência para gerir o negócio.

4.1.1 O Projeto

A presente proposta de financiamento tem por objetivo pleitear recursos para

a aquisição de equipamentos para a modernização da sede da empresa e a

implantação de um anexo na cidade de Caucaia/CE, que propiciará uma melhor

estrutura de atendimento.

O projeto prevê a aquisição equipamentos e capital de giro associado,

importando no valor total do projeto em R$ 168.718,72, distribuídos da seguinte

forma:

Descrição do Bem Valor

Móveis e Utensílios 11.661,00

Equipamentos de Telefonia 987,00

20

Equipamentos de Informática 100.279,00

Estabilizadores 3.942,00

Equip. Condicionadores de Ar 15.164,72

Relógio de Ponto e Software de Controle de Ponto 3.685,00

Total 135.718,72

Capital de Giro 33.000,00

Total do Investimento 168.718,72

Fonte: Pesquisa direta.

Os recursos serão originados da linha de crédito do PROGER – FAT e de

aporte de recursos próprios da empresa, conforme segue:

Fontes dos Recursos Valores

INVESTIMENTO FIXO 135.718,72

PROGER – FAT 122.146,85

Recursos Próprios 13.571,87

CAPITAL DE GIRO 33.000,00

PROGER – FAT 29.700,00

Recursos Próprios 3.300,00

Total 168.718,72

Fontes de Recursos – Resumo Valores

Recursos Próprios 16.871,87

PROGER – FAT 151.846,85

Total 168.718,72

Fonte: Pesquisa direta.

21

4.1.1.1 Implicações do investimento

O investimento projetado possibilitará a N SOLUTIONS uma maneira

estratégica de atender de forma mais eficiente os consumidores visando manter os

elevados padrões de atendimento e qualidade possibilitando o atendimento de

novos clientes e o conseqüente aumento das vendas.

O aumento a ser atingido em produtividade e qualidade propiciará a

contratação de 01 (um) novo empregado, emprego direto, destinado ao atendimento.

4.1.1.2 Recursos Humanos

A experiência dos funcionários mais antigos será repassada para os novos

empregados com o objetivo de não perder a qualidade e o atendimento

diferenciados. Com a implantação do projeto, a empresa passa a contar com um

quadro de 23 empregados, distribuídos conforme o Demonstrativo de Pessoal –

Projeto, a seguir:

DEMONSTRATIVO DE PESSOAL - Projeto

   

Função Quantidade Vr Unitário Valor Total

Gerente Geral 1 2000,00 2000,00

Gerente Comercial 1 1000,00 1000,00

Coord. Pedagógico 1 1000,00 1000,00

Orientador Educacional 8 510,00 4080,00

Assistente Financeiro 5 510,00 2550,00

Assessora de Encaminhamento 2 800,00 1600,00

Controle de Qualidade 1 220,00 220,00

Auxiliar Pedagógica 2 510,00 1020,00

Serviços Gerais 2 510,00 1020,00

Totais 23  7.060,00 14.490,00

22

Fonte: Pesquisa direta.

4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A seguir, segue os dados tabulados na planilha do Agente financeiro

relacionado aos dados necessários para a contratação do produto. Essa etapa é

após a Pesquisa de Campo cuja documentação da empresa foi analisada e o

cadastro elaborado. Com o cadastro aprovado, é apresentado o Plano de Negócios

abaixo para o Banco analisar a viabilidade do plano, a capacidade de pagamento e

as garantias oferecidas da empresa.

Vale ressaltar que esta é a última etapa do plano de negócios, a análise

financeira do projeto de investimento.

4.2.1 Planilha de tabulação de dados

A empresa estabelece como objetivo a ampliação das vendas em 35% para o

primeiro ano (R$ 1.774.664,1) em diante, ficando assim estabilizado o projeto.

A elevação do faturamento para o Ano I em diante será alcançada devido à

aquisição de equipamentos para a modernização da sede e a instalação de uma filial

na cidade de Caucaia/CE, que atenderá de forma mais eficaz a demanda.

A relação custo/receita é pequena em função da empresa ser uma prestadora

de serviço em que o principal insumo é a mão-de-obra, aqui é somente informado os

custos com materiais, pois os salários foram lançados no quadro “Quantidade de

empregos/Despesa mensal”. Em termos de custos, o valor é irrisório já que a receita

bruta dos últimos 12 meses é bastante significativa, o que representa uma boa

23

lucratividade para a escola profissionalizante. Com o faturamento bruto e a previsão

de demanda estimada, os custos fixos e variáveis foram tabulados para gerar o fluxo

de caixa esperado e analisar a capacidade de pagamento da empresa, como se

pode observar na planilha abaixo.

Fonte: Pesquisa direta.

24

Em função da implantação da nova Unidade em Caucaia, as despesas com

Pró-labore dos Sócios serão elevadas em R$ 27.096,00, as despesas com Contador

e Outros Honorários Profissionais serão elevados em R$ 6.120,00 e R$ 52.524,00,

respectivamente. As despesas com Marketing irão aumentar em R$ 5.988,00

(devido a divulgação da marca por meio de panfletos e anúncios), as despesas com

comissão sobre vendas serão elevadas em R$ 16.680,00/ano (devido à contratação

de novos instrutores), as despesas de IPTU em R$ 252,00, as despesas com água

em R$ 1.008,00, as despesas com luz em R$ 15.408,00, as despesas com telefone

em R$ 8.112,00, as despesas com Combustível em R$ 1.548,00, as despesas com

Material de Limpeza em R$ 5.448,00, as despesas com Manutenção em R$

1.020,00, as despesas com Royalties em R$ 13.812,00 e as outras despesas gerais

irão aumentar em R$ 2.448,00.

25

Assim, de acordo com os dados do projeto tabulados na planilha, temos as

seguintes taxas e valores de retorno, analisados pelos principais indicadores, VPL

(Valor Presente Líquido) e TIR (Taxa Interna de Retorno). Como a planilha

apresenta os indicadores para o horizonte de 5 anos, apresentamos a TIR e o VPL

também para o período de 48 meses, conforme a realidade do projeto:

Resultados Líquidos

Períodos ANO 0 ANO I ANO II ANOIII ANO IV ANO V

Valores (16.871,9) 56.940,3 39.058,3 39.058,3 39.058,3 91.525,4

ANO I ao IV ANO I ao V

TIR 310,88% TIR 312,41%

VPL 119.598,74 VPL 173.186,52

De acordo com o Referencial Teórico abordado no trabalho, no que se refere

aos indicadores financeiros, é observado no quadro acima, o VPL é POSITIVO. Ou

seja, o projeto é viável ou aceitável, paga-se todo o projeto (despesas de

investimento e despesas operacionais) com o crédito solicitado e ainda sobra no

caixa R$ 119.598,74, tomando por base o período ANO I ao IV. Endente-se então,

que o investimento gerou retorno financeiro ou riqueza. Em relação a TIR do mesmo

período, observa-se que é bem superior à Taxa Mínima de Atratividade, que no

projeto, foi de 11,3%. A TMA foi composta pela taxa de juros anual do Banco (5%) e

pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 2010 (6%). Portanto, verificou-se

também a viabilidade. E quanto ao Payback Simples e Descontado, (3,18 e 4,44,

respectivamente), demonstra o retorno antes do período do projeto que é de 5 anos.

Fonte: Pesquisa direta.

26

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, com base nos fluxos de caixa e através do emprego dos métodos de

avaliação de investimentos apresentados neste plano de negócios, foi gerado a

viabilidade econômico-financeiro por meio de projeto de investimento para financiar

equipamentos e instalação de uma filial da empresa N SOLUTIONS. Portanto, um

dos pontos positivos foi que o plano de negócio serviu de instrumento para a N

SOLUTIONS verificar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento por

meio de suas etapas que evidenciam um negócio estável capaz de pagar todas as

despesas (investimento e operacional). E também sinalizou oportunidades de

expansão da empresa. Esse é o grande ponto positivo do plano de negócio ao

empresário, indicando também, que ao longo dos anos o mercado será estável sem

risco para o negócio. Ou seja, o comportamento do mercado, as pesquisas, a

demanda, bem como outros fatores descrito no plano de negócios, concederam

embasamento para o Agente financeiro realizar o financiamento solitado pela N

SOLUTIONS.

REFERÊNCIAS

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27

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DORNELAS, José C. A. Empreendedorismo Corporativo 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

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LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo : Atlas 2003.

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MATTAR, Fauzen N. Pesquisa de Marketing: edição compacta. São Paulo: Atlas, 1996.

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ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiro. 10 Ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004.

28

ANEXOS

Anexo A – Faturamento bruto dos últimos meses

Segue a tabela da receita dos últimos 12 meses, lembrando que o projeto foi iniciado em Agosto de 2010.

Fonte: Pesquisa direta.

Vale ressaltar que o valor apresentado é receita contábil. A receita total do

últimos 12 meses totalizou R$ 1.314.566,00.

29

Anexo B – Regime tributário e Quantidade de empregados

Fonte: Pesquisa direta.

O custo de pessoal será elevado em R$ 40.200,00/ano incluindo encargos

trabalhistas e previdenciários, correspondentes a férias, 13o. salário, alimentação,

vale-transporte, fardamento e outros, correspondente a aproximadamente 30% da

folha de pagamento. O empregado contratado está descrito no quadro

Demonstrativo de Pessoal – Projeto.

30

Anexo C – Imobilizado

Fonte: Pesquisa direta.

Toda a estrutura física da matriz ou o patrimônio importa no valor de R$

210.000. E o orçamento para se implantar uma filial em Caucaia, foi de R$

135.718,72 (conforme mencionado no plano de negócios acima) incluindo móveis e

equipamentos em geral.

31

Anexo D – Detalhamento do financiamento

Fonte: Pesquisa direta.

O projeto será realizado no prazo de 42 meses e 6 meses de carência.

Conforme se pode observar a CAIXA financiou 90% do projeto, o restante ficou por

conta da N SOLUTIONS.