TÁSSIA SELL FERREIRA - 9º PERÍODO DE GRADUAÇÃO (UFV) Esporotricose Grupo de Estudos de Animais...

25
TÁSSIA SELL FERREIRA - 9º PERÍODO DE GRADUAÇÃO (UFV) Esporotrico se Grupo de Estudos de Animais de Companhia - GEAC

Transcript of TÁSSIA SELL FERREIRA - 9º PERÍODO DE GRADUAÇÃO (UFV) Esporotricose Grupo de Estudos de Animais...

TÁSSIA SELL FERREIRA - 9º PERÍODO DE GRADUAÇÃO (UFV)

Esporotricose

Grupo de Estudos de Animais de Companhia - GEAC

INTRODUÇÃO

A esporotricose é uma micose subcutânea piogranulomatosa, causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, que acomete o homem e uma grande variedade de animais.

(KWON-CHUNG & BENNETT, 1992)

INTRODUÇÃO

1º caso: EUA (Schenck, 1898);

Brasil: ratos e humanos (Splendore e Lutz, 1907);

Veterinária brasileira: burros (1934);

Trasmissão felino/homem: São Paulo (Almeida, 1955);

ETIOLOGIA

Sporothrix schenckii;

Distribuição cosmopolita;

Encontrado em: folha, cascas de árvores, madeiras, roseiras, espinhos de plantas, algas, bambus, terra, insetos, poeira, em animais marinhos e até na atmosfera.

ETIOLOGIA

Fungo dimórfico: Micelial (saprófita); Leveduriforme (tecidos infectados);

Fatores de virulência: Dimorfismo; Termotolerância; Melanina.

“Sporothrix na fase bolor.”

“Sporothrix na fase levedura.”

vet.uga.edu

vet.uga.edu

EPIDEMIOLOGIA

Distribuição mundial;Regiões tropicais e subtropicais;Micose subcutânea mais comum na América

Latina;Brasil: São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de

Janeiro; Estudo IPEC-Fiocruz:

1987 a 1997: 12 casos (1,2/ano) 1998 a 2000: 66 casos (80% trasmitidos por felinos) 1998 a 2000: 117 felinos, 7 cães

Notificação obrigatória

EPIDEMIOLOGIA

Espécies suscptíveis;

Cães: Animais em contato com solo, plantas.

Gatos: Macho, não castrado, 1 a 5 anos, livre acesso à rua.

Humanos: Doença ocupacional.

EPIDEMIOLOGIA

Papel do felino na cadeia epidemiológica:

Hábito de irem à rua; Grande quantidade de fungo nas lesões; Habito de afiar as unhas:

Estudo feito no Rio Grande do Sul: isolamento do Sporothrix das unhas de gatos saudáveis: 24 gatos saudáveis.

O fungo foi isolado da unha de 7 gatos (29,1%). Gatos saudáveis como fonte de infecção para humanos.

PATOGENIA

Sporothrix schenckii

Contato com a pele lesionadaContato com a pele lesionada

Tecido sub-cutâneoTecido sub-cutâneo

Sistema linfáticoSistema linfático

Corrente sanguíneaCorrente sanguínea

cutânea fixacutânea fixa

linfocutânealinfocutânea

cutânea disseminadacutânea disseminada

InalaçãoInalação

extracutâneaextracutânea

ASPECTOS CLÍNICOS

Síndrome Cutânea fixa: Forma mais comum em felinos; Lesões nodulares, centro necrótico-ulcerado (câncro

esporotricótico), crostas e exsudação purulenta; Pápula ou placa infiltrada, verrucosa, ulcerosa,

macular, erupção descamativa.

Síndrome linfocutânea: Forma é mais comumente observada em humanos e

cães. Difusão do microrganismo para o sistema linfático,

produzindo cadeia de nódulos subcutâneos firmes (rosário esporotricótico), às vezes ulceram.

ASPECTOS CLÍNICOS

Síndrome cutânea disseminada: Aspecto variável distribuem-se pela pele; Geralmente comprometimento do estado geral do paciente; Felinos: auto-inoculação.

Síndrome extracutânea: Comprometimento de um ou mais órgãos: fígado,

pulmão,TGI, SNC, olhos, baço, ossos, articulações, rins, coração;

Letargia, anorexia, prostração, hipertermia. Humanos: terapia imunossupressora, transplantes ou

decorrentes de doenças debilitantes;

ASPECTOS CLÍNICOS

Fel, SRD, 5 anos. Lesões ulceradas ,

crostas hemáticas, disseminadas ;

Regiões cafálica, pavilhões auriculares e membros;

Evolução:4 meses, hábitos querenciados.

sbd

v.co

m.b

r

ASPECTOS CLÍNICOSsb

dv.

com

.br

sbd

v.co

m.b

r

pg

od

oy.

com

pg

od

oy.

com

ASPECTOS CLÍNICOS

Tumor de centro necrótico-ulcerado e exsudação purulenta

Tumor de centro necrótico-ulcerado e exsudação purulenta

Tumor encimado por crostas hemato-melicérica em aspecto vegetante

Tumor encimado por crostas hemato-melicérica em aspecto vegetante

Tumor de centro necróticoTumor de centro necrótico

lesões cutâneas, ulceradas e crostosas, e tumefação do plano nasal

lesões cutâneas, ulceradas e crostosas, e tumefação do plano nasal

FA

RIA

S, 2

00

0

FA

RIA

S, 2

00

0

FA

RIA

S, 2

00

0

MA

DR

ID, 2

00

7

ASPECTOS CLÍNICOS

Nódulos eritematosos, após mordida de gatoNódulos eritematosos, após mordida de gato

Disseminação linfática, 4 semanas de evoluçãoDisseminação linfática, 4 semanas de evolução

avm

a.o

rgd

erm

ato

log

y.cd

lib

.org

Nódulos ulcerados, eritematososNódulos ulcerados, eritematosos

Disseminação das lesões pelo sistema linfático, Disseminação das lesões pelo sistema linfático,

DIAGNÓSTICO

Anamnese;Aspectos epidemiológicos;Aspectos zoonóticos;Exame físico e dermatológico;Exames complementares:

Citológico; Cultivo e identificação; Inoculação em animais experimentais; Sorologia; Histopatologia.

DIAGNÓSTICO

Micológico direto: Aspirados, esfregaços, diretos Coloração: PAS, Gram, Giemsa, Gomori

Imprint de lesão de um gato. Grande número de S. schenckii em forma de leveduraImprint de lesão de um gato. Grande número de S. schenckii em forma de levedura

avm

a.o

rg

Citologia de uma lesão ulcerada. Algumas leveduras de S. schenckiiCitologia de uma lesão ulcerada. Algumas leveduras de S. schenckii

Svd

cd.c

om

DIAGNÓSTICO

Isolamento e identificação: Inoculação de material (crosta, pêlos, pele) em Ágar

Sabouraud.

myc

olo

gy.

ad

ela

ide.e

du

.au

myc

olo

gy.

ad

ela

ide.e

du

.au

DIAGNÓSTICO

Isolamento e identificação: Inoculação de material (crosta, pêlos, pele) em Ágar

Sabouraud.

myc

olo

gy.

ad

ela

ide.e

du

.au

myc

olo

gy.

ad

ela

ide.e

du

.au

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Lesões ulcero-gomosas - LECMN;

L = Leishmaniose E = Esporotricose C = Criptococose M = Micobacteriose N = Neoplasias (granuloma)

TRATAMENTO

Iodetos inorgânicos, cetoconazol e itraconazol:

Iodeto de Potácio: 20mg/kg a cada 12 a 24 horas (gatos*), 40mg /kg a cada 8-12 horas (cães);

Itraconazol: 10mg/kg a cada 24 horas;

RECOMENDAÇÕES FIOCRUZ

Para o profissional de saúde: Avental impermeável, descartável, de manga longa; Máscara cirúrgica descartável; Luvas de procedimentos, lavagem das mãos

(clorexidina 2%, PVPI 1% degermante); Óculos de acrílico; Sapatos fechados; Cabelos presos cobertos por touca; Caso de acidentes: permitir o sangramento e,

posteriormente lavar a região lesionada com água e sabão.

RECOMENDAÇÕES FIOCRUZ

Manejo do paciente: Transporte em caixas de plástico; Contenção adequada; Dejetos do animal descartados em sacos brancos com

identificação de risco biológico; Desinfecção da caixa de transporte: hipoclorito 1% ou

água sanitária 1:3 por 10 min. Secar ao sol.

RECOMENDAÇÕES FIOCRUZ

Manejo do local, do material e dos instrumentos: Mesa de atendimento: hipoclorito de sódio 1% + álcool

70%; Piso e paredes: hipoclorito 1%; Descarte de materiais perfurocortantes; Descarte de luvas, máscaras, toucas, aventais e outros:

saco branco, com identificação de risco biológico; Instrumentos cirúrgicos: lavagem e esterilização; Animais submetidos à eutanásia ou necropsia: sacos

brancos, com identificação de risco biológico até incineração.

DÚVIDAS??