Sustentabilidade e Responsabilidade Social

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Saindo na Frente As vantagens de uma empresa sustentável O que é mesmo sustentabilidade e Responsabilidade Social? Qualidade de Vida Atitudes sustentáveis na vida dos funcionários & Responsabilidade Social SUSTENTABILIDDE Companhia Vale Mocinha ou Vilã? Um estudo aprofundado sobre a maior mineradora do Mundo 1ª Edição / 2013 TIDIR

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Analisando a Companhia Vale

Transcript of Sustentabilidade e Responsabilidade Social

Saindo na Frente

As vantagens de uma empresa sustentável

O que é mesmo sustentabilidade e Responsabilidade Social?

Qualidade de Vida

Atitudes sustentáveis na vida dos funcionários

& Responsabilidade Social

SUSTENTABILIDDE

Companhia Vale

Mocinha ou Vilã?

Um estudo aprofundado sobre a maior mineradora do Mundo

1ª E

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TID

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2

Resumo : O conceito de responsabilidade social nas empresas é entendido como

um compromisso contínuo da organização para agir de forma ética e contribuir pa-

ra o desenvolvimento econômico enquanto melhora a qualidade de vida da sua for-

ça de trabalho e suas famílias, bem como da comunidade local e da sociedade co-

mo um todo.

As empresas cada dia mais, reconhecem que iniciativas que geram valor para so-

ciedade ou para o meio ambiente pode trazer-lhes vantagem competitiva no longo

prazo.

O objetivo do trabalho é avaliar as empresas, em específico a Vale, com um olhar

sobre suas ações sustentáveis e de responsabilidade social. Sendo assim, esco-

lhemos a Companhia Vale, pois a empresa destaca-se pela implementação de di-

versos projetos e programas socioambientais. Buscaremos analisar quais são e

que retorno à organização recebe na prática e aplicação de tais ações.

Abstract: The concept of corporate social responsibility is understood as an on-

going commitment of the organization to act ethically and contribute to economic

development while improving the quality of life of its workforce and their families as

well as of the local community and society as a whole.

Companies increasingly recognize that initiatives that create value for society or the

environment can bring them competitive advantage in the long run.

The objective is to evaluate companies in specific Vale, with a look on their sustai-

nable actions and social responsibility. Thus, we chose the Vale, as the company

stands out for implementation of various projects and environmental programs.

Seek to analyze what they are and what return the organization receives the practi-

ce and application of such shares.

3

Para Savitz (2007), sus-

tentabilidade é o respeito

dos seres vivos entre si

e em relação ao meio

ambiente, significa ope-

rar a empresa, sem cau-

sar danos ao seres vivos

e sem destruir o meio

ambiente, mas, ao con-

trario, restaurando-o e

enriquecendo-o. O autor

ainda considera como

conceito de sustentabili-

dade, a observância da

interdependência de vá-

rios elementos da socie-

dade, entre si e em rela-

ção ao meio social.

A maneira de como ge-

rir um negocio a fim de

promover o crescimento

e gerar lucro, reconhe-

cendo e facilitando a re-

alização da aspirações

econômicas e não-

econômicas das pesso-

as de quem a empresa

depende dentro e fora

da organização é consi-

derado um ato sustentá-

vel. ( SAVITZ ;2007)

Desde a última década,

a sustentabilidade faz

parte da agenda das

principais empresas

brasileiras públicas e pri-

vadas. Empresas do se-

tor privadas, ou estatais

no setor produtivo, têm

englobado diversas pre-

ocupações com a esfera

pública, como ações am-

bientais e sociais, que

ate pouco tempo não

eram encaradas como

responsabilidades de

empresas. conforme

sustentaPUPPIM (2008).

SAVITZ( 2007) acredita

que a conscientização

quanto à sustentabilida-

de também está ajudan-

do as empresas a pen-

sar de maneira criativa

sobre como conquistar

acesso a novos merca-

dos com enorme poten-

cial,

que

no

pas-

sado

foram

des-

cartados como não lu-

crativos ou impossíveis.

Puppim (2007) acres-

centa que muitas empre-

sas têm percebido que

podem ganhar com a

melhoria socioambiental,

incluindo uma melhor

relação com os stakehol-

ders. Com o aumento da

competição, empresas

estão buscando alterna-

tivas de melhorar a com-

petitividade através de

um melhor desempenho

econômico-financeiro.

Com isso, passaram a

perceber que muitas

ações socioambientais,

na realidade, não eram

custos e podiam se

transformadas em ativi-

dades com retorno finan-

ceiro.

4

A Vale mineradora glo-

bal, com sede no Brasil,

é líder na produção de

minério de ferro e a se-

gunda maior produtora

de níquel e trabalha com

a missão de transformar

recursos naturais em

prosperidade e desen-

volvimento sustentável A

organização considera a

sustentabilidade como

um de seus pilares estra-

tégicos.

A Companhia Vale do

Rio Doce (CVRD) foi cri-

ada em 1909,quando os

ingleses compraram to-

das as reservas de miné-

rio de ferro de Minas Ge-

rais e formaram uma em-

presa de capital inglês

que se tornaria, depois

de ser encampada pelo

governo de Getúlio Var-

gas em 1942, a maior

mineradora do mundo.

Entre 1969 e 1979, a

empresa se consolidou

como a maior exportado-

ra de minério de ferro do

mundo, posição que ocu-

pa até hoje. Em 1995,

Fernando Henrique Car-

doso incluiu a CVRD no

Programa Nacional de

Desestatização. Final-

mente, em 7 de maio de

1997, a empresa foi pri-

vatizada e comprada por

um consórcio liderado

pela CSN (Companhia

Siderúrgica Nacional),

que adquiriu 41,73% das

ações ordinárias do go-

verno federal por US$

3,338 bilhões. Em 2003,

a Vale apresentou o mai-

or lucro líquido de sua

história: R$ 4,5 bilhões,

recuperando em um ano

o valor pago no leilão de

privatização. Em janeiro

de 2003, o valor da em-

presa superava a barrei-

Companhia Vale

Sustentabilidade. O que é mesmo?Sustentabilidade. O que é mesmo?Sustentabilidade. O que é mesmo?

O modo de vida pós-

capitalista levou não

apenas o homem, mas

também o próprio espa-

ço urbano a degrada-

ções. A desigualdade

social, o uso excessivo

dos recursos naturais

por uma parte da popu-

lação enquanto a outra

cresce desmedidamente

são fatores que são ex-

tremamente combatidos

no âmbito da sustentabi-

lidade social. Um primei-

ro passo que deve ser

tomado para a resolução

dos agravantes sociais é

justamente a responsa-

bilidade social e a agre-

gação a sustentabilidade

desses setores.

(TACHIZAWA;2008) A

visão de sustentabilida-

de evoluiu e, agregou ao

conceito a gestão ambi-

ental, a busca de solu-

ções para problemas

sociais, práticas de res-

ponsabilidade social e,

mais recentemente, as

certificações socioambi-

entais Pode-se dizer que

a empresa socialmente

responsável e sustentá-

vel é aquela que “atua

nas três dimensões: pro-

teção ambiental, apoio e

fomento ao desenvolvi-

mento local, regional e

global, e estímulo e ga-

rantia da equidade soci-

al” (MELO NETO E

FROES;2001).

Sustentabilidade ambi-

ental é a manutenção do

meio ambiente do plane-

ta Terra, é manter a

qualidade de vida, man-

ter o meio ambiente em

harmonia com as pesso-

as. O próprio conceito

de sustentabilidade é

para longo prazo, signifi-

ca cuidar de todo o sis-

tema, para que as gera-

ções futuras possam

aproveitar. Atitudes co-

mo separar o lixo, não

poluir a água, são algu-

mas atitudes sustentá-

veis. ( PORTI-

LHO ;2005)

Melo Neto e Froes

(2004), destaca que

quando as empresas

perceberem a importân-

cia da preservação am-

6

ambiental, e começarem

a utilizar tecnologias lim-

pas, produtos e energias

renováveis, não poluen-

tes, naturais, contribui-

rão para assegurar um

futuro mais promissor

para a humanidade e

para as gerações futu-

ras.

Algumas adotaram práti-

cas de gestão ambiental

dentro de um modelo

preservacionista, de

educação ambiental, de

reciclagem e reaprovei-

tamento de embalagem,

produtos e resíduos. O

meio ambiente evoluiu

de objeto de preserva-

ção para foco de ação

sustentável. Contudo,

nestes moldes, a susten-

tabilidade era dimensão

da gestão ambiental e

não social. Uma empre-

sa socialmente sustentá-

vel era ecologicamente

responsável (MELO NE-

TO E FROES;2001).

Consequentemente, um

projeto social será sus-

tentável quando preveja

ações de eliminação,

prevenção ou minimiza-

ção de riscos sociais e

ambientais e de geração

de emprego, renda e tra-

balho, além da promo-

ção da cidadania e defe-

sa da ética nos negócios

(SAVITZ,2007).

Segundo Dias, (2006),

quando se fala

em Sustentabilidade, as

pessoas normalmente

pensam, apenas, na pre-

servação do meio ambi-

ente e dos espécimes

em extinção. Na verda-

de, a sustentabilidade

Participantes do projeto Somar criado pela Viasolo Engenharia Ambiental.

7

vai muito além disso,

pois abrange um concei-

to mais ampliado, que

trata também da figura

do homem e, conse-

quentemente, sua pre-

servação. Para Savitz

(2007), áreas como meio

ambiente, relações com

a comunidade, práticas

trabalhistas, responsabi-

lidade social e outras,

sempre foram tratadas

de maneira isolada pelas

empresas, umas em re-

lação às outras, tratando

de questões especificas

com base em suas ne-

cessidades.

O conceito de sustenta-

bilidade social, se preo-

cupa em promover

ações voltadas para o

resgate da cidadania da

pessoa humana, garan-

tindo seus direitos uni-

versais: saúde, educa-

ção, moradia, trabalho,

etc. Dias, (2006) acres-

centa que, para um pro-

cesso sustentável, o

bem-estar do homem é

objetivamente necessá-

rio, pois é ele o principal

responsável por imple-

mentar as demais ações

de sustentabilidade que

garantirão o futuro para

a sua e para as novas

gerações.

Dias,(2006) destaca co-

mo principais benefícios

obtidos através das

ações de sustentabilida-

de social são: dos direi-

tos humanos dos cida-

dãos; garantia de segu-

rança e justiça, através

de um sistema judicial

eficaz e independente;

melhoria da qualidade de

vida dos cidadãos, que

não deve ser reduzida

ao bem-estar material;

promoção da igualdade

de oportunidades; inclu-

são dos cidadãos nos

processos de decisão

social, de promoção da

autonomia da solidarie-

dade e de capacidade de

autoajuda dos cidadãos;

e garantia de meios de

proteção social funda-

mentais para os indiví-

duos mais necessitados.

Savitz (2007) acrescen-

ta que a sustentabilidade

visa também o bem-

estar da sociedade de

hoje e a de amanhã em

iguais medidas. Para

que ela de fato se con-

Aula de dança de rua “Floripa Viva Hip Hop”. Projeto promovido

pelo Instituto Nexxera em Florianópolis.

8

-cretize é necessária

grande campanha de di-

vulgação, instalada tanto

pelas macroestruturas

(setores políticos e bási-

cos) quanto por empre-

sas que visem os proje-

tos e a aplicação da

mesma. A mobilização

social para esse fim tam-

bém é um fator determi-

nante para a melhora da

qualidade de vida. A Berkeley, em parceria com o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro e o SAMU, realizam o projeto "Jovem Pró-Vida", que visa educar crianças e adolescentes na correta utili-

zação de serviços de emergência.

Reserva Natural Vale (RNV) é uma das maiores áreas protegidas de Mata Atlântica brasileira. Está localizada em Linhares, Brasil, e tem ao todo 23 mil hectares, é aberta ao público. Temos um hotel e áreas de lazer, como piscina, hidromassagem natural e quadra esportiva. Além disso, há espaço para caminhadas em trilhas e um Centro de Visitantes com informações sobre educação

ambiental.

9

Responsabilidade Social

De acordo com Melo

Neto e Froes (2002), a

responsabilidade social

de uma empresa consis-

te na sua decisão de

participar mais direta-

mente das ações comu-

nitárias na região em

que está presente e mi-

norar possíveis danos

ambientais decorrentes

do tipo de atividade que

exerce. Contudo, apoiar

o desenvolvimento da

comunidade e preservar

o meio ambiente não

são suficientes para atri-

buir a uma empresa a

condição de socialmente

responsável. É necessá-

rio investir no bem-estar

dos funcionários e de-

pendentes e em um am-

biente de trabalho sau-

dável, além de promover

comunicações transpa-

rentes, dar retorno aos

acionistas, assegurar a

sinergia com seus par-

ceiros e garantir a satis-

fação dos seus clientes

e/ou consumidores.

Segundo Melo Neto e

Froes (2002), pode-se

relacionar responsabili-

dade social nas empre-

sas com fatores como, o

apoio que recebe das

organização do Estado,

fruto da mobilização da

sociedade, o consumo

pela empresa dos recur-

sos naturais de proprie-

dade da sociedade, e o

consumo pela empresa

dos capitais financeiros

e tecnológicos e pelo

uso da capacidade de

trabalho que pertence a

pessoas físicas, inte-

grantes daquela socie-

dade, e Melo Neto,

(2002) ainda afirma que

a responsabilidade soci-

al de uma empresa é

um compromisso com

relação á sociedade,

uma forma de prestação

de contas do seu de-

sempenho, baseada na

apropriação e uso de

recursos que original-

mente não lhe perten-

cem. É através da socie-

dade que a empresa se

viabiliza, investindo em

projetos sociais a em-

presa assume a sua res-

10

-ponsabilidade social e

oferece algo em troca do

que ela utiliza.

Segundo Tachizawa

(2011) responsabilidade

social nas empresas re-

laciona-se ao conceito

de governança corporati-

va e da gestão empresa-

rial em situações cada

vez mais complexas, nas

quais questões ambien-

tais e sociais são cres-

centemente mais impor-

tantes para o êxito e a

sobrevivência nos negó-

cios. Insere-se ainda, no

contexto internacional da

globalização dos merca-

dos, o que amplia as

possibilidades e trocas

internacionais ao mesmo

em que impõe barreiras

e desafios nos campos

éticos, cultural, político,

comercial.

De acordo com Melo Ne-

to e Froes (2001), uma

empresa Responsável

não incorpora apenas

conceitos éticos, mas

uma série de outros con-

ceitos que lhe proporcio-

na sustentabilidade. Co-

mo estratégia de marke-

ting institucional, foca na

melhoria da imagem ins-

titucional da empresa.

São os ganhos institucio-

nais da condição de em-

presa-cidadã que justifi-

cam os investimentos em

ações sociais encetadas

pela empresa. Como es-

tratégia empresarial é

vista como uma ação so-

cial estratégica que gera

retorno positivo aos ne-

gócios, ou seja, os resul-

O projeto Ser Criança, uma iniciativa da Fundação Vale em parceria técnica com o CEDAPS, este-ve mais uma vez no Pará, tendo como foco a promoção da saúde de crianças de 0 a 14 anos, atra-vés da informação, mobilização, participação, e, principalmente, da ação dos moradores das resi-

dentes nas localidades de Bom Jesus, Vila Planalto e Nova Jerusalém .

11

-tados são medidos atra-

vés do faturamento, ven-

das, market share.

Visando pessoas, obser-

vamos como estratégia

de recursos humanos

tem suas ações focadas

nos colaboradores e nos

seus dependentes, com

o objetivo de satisfazê-

los e consequentemente

reter seus principais ta-

lentos e aumentar a pro-

dutividade. Já como es-

tratégia social de desen-

volvimento na comunida-

de: A responsabilidade

social é vista como uma

estratégia para o desen-

volvimento social da co-

munidade. Dessa forma,

a organização passa a

assumir papel de agente

do desenvolvimento lo-

cal, junto com outras en-

tidades comunitárias e o

próprio governo.

Os empresários mais

atentos às exigências da

moderna concepção de

responsabilidade social,

e que de fato incorpora-

ram esses valores, le-

vam considerável vanta-

gem na competição com

aqueles que insistem

nas antigas posturas ad-

ministrativas. As empre-

-sas devem, portanto,

adaptar-se rapidamente

às novas exigências de

responsabilidade social

na geração de riqueza.

(SAVITZ ; 2007)

O programa Brasil Vale Ouro busca promover a inclusão social de crianças e adolescentes e, ao mesmo tempo, fortalecer o esporte nacional, por meio da formação de cidadãos-atletas, da qualifica-ção de profissionais do esporte e da sistematização das práticas de treinamento e da ciência do esporte .

Programa Petrobras Esporte & Cidadania, tem como objetivo estabelecer um planejamento plurianual com vistas à Olimpíada Rio 2016, transformando o esporte numa ferramenta de inclusão

social.

12

No contexto de susten-

tabilidade, se coloca a

noção de desenvolvi-

mento sustentável que,

surge de uma constante

tomada de consciência

da necessidade de pro-

teger os recursos natu-

rais, nos aponta para a

possibilidade da adoção

de uma racionalidade

ambiental.

(PUPPIM ;2008).

Dentro do conceito de

PUPPIM (2008), temos o

quadro institucional bra-

sileiro para a constitui-

ção de

uma gestão pública mu-

nicipal que garanta a

qualidade de vida e a do

meio ambiente e, ainda,

como a sociedade civil,

mais especificamente o

movimento ambientalista

que se organiza para dar

respostas à crise ambi-

ental. Vieira (1999)

acredita na necessidade

de implantar uma ética

do meio ambiente, com a

finalidade de submeter a

economia e a política à

perspectiva ecológica,

para apontar soluções

ao conflito entre a repro-

dução da sociedade e a

conservação da nature-

za.

Estado, Empresa e Sociedade.

Quem são os responsáveis?

Marcha a favor da preservação do meio ambiente dia 25.07.2012 no Rio de janeiro.

13

Enquanto a humanidade

dá os primeiros passos

para essa necessária

mudança de cenário, po-

demos pensar sobre o

papel do Estado brasilei-

ro, focando na estrutura

institucional referente às

políticas públicas de

meio ambiente, verifican-

do as condições apre-

sentadas pelos poderes

locais com o objetivo de

fazer face ao planeja-

mento, às estratégias,

como recursos e legisla-

ção, e às ações específi-

cas para a gestão que

garanta a qualidade am-

biental e o desenvolvi-

mento sustentável

(PHILIPPI; 2005).

A participação da socie-

dade, tem sido relevante

no âmbito das políticas

ambientais, porém, para

ser efetiva, requer envol-

vimento da comunidade

em todas as etapas do

processo

de formu-

lação e

gestão de

políticas

ambien-

tais e

acesso

de todos

à informa-

ção, além

da institu-

cionalização de mecanis-

mos de poder

sobre a tomada de deci-

sões. Dessa forma, um

sistema de gestão ambi-

ental resulta na legitima-

ção do processo de to-

mada de decisão, não se

restringindo somente a

uma estrutura adminis-

trativa formal

(BURZTYN; 2001).

O objetivo principal da

atual etapa da gestão

ambiental é a criação de

condições para que o

processo de desenvolvi-

mento socioeconômico

seja atingido com o míni-

mo possível de degrada-

ção ambiental. Conforme

"Marcha Contra a Economia Verde - em defesa da vida e do meio ambiente", organizado pela ONG ambientalista Rede Alerta

na cidade de Vitória, ES em 05/06/2012.

14

Ribeiro (2000), é uma

postura que exige articu-

lação da gestão ambien-

tal com a gestão susten-

tável de cada um dos re-

cursos naturais - solo,

fauna, água, flora, ar -,

valorizando-os e evitan-

do desperdício. Exige

além de controle e licen-

ciamento ambiental e

também ações preventi-

vas e a identificação pre-

cisa dos problemas tec-

nológicos existentes nos

pequenos empreendi-

mentos industriais, agrí-

colas, minerários, das

soluções tecnológicas

limpas já disponíveis e

que precisam ser disse-

minadas e de programas

de inovações tecnológi-

cas para despoluir os

processos de produção.

O papel da empresa

na sociedade, tema in-

tensamente discutido na

atualidade e que influen-

cia diretamente na vida

das pessoas e nas estra-

tégias das organizações,

aflorou no início deste

século XXI, quem come-

çou a ser notado um

crescimento da valoriza-

ção de uma nova postura

empresarial, voltada não

só para a obtenção de

lucros, mas para o relaci-

onamento com a socie-

dade em geral e para os

impactos gerados sobre

a mesma. (LEMME;

2007)

Savitz (2007) afirma

que há uma crescente

atenção por parte do pú-

blico em geral sobre os

temas-chave da susten-

tabilidade. As empresas,

quando questionadas

sobre os motivos pelos

quais preparam relató-

rios sobre temas da sus-

tentabilidade, tem res-

postas diferentes, mais

que visam a mesma coi-

sa, o crescimento da em-

presa de maneira mecâ-

nica, sem entender a real

importância de atos sus-

tentáveis, o que pode ser

um grande fator de risco

para a empresa.

Toda empresa ne-

cessita, em última análi-

se, da licença da socie-

dade para iniciar e man-

ter suas operações ao

longo do tempo. Parte

dessa licença é formal

(baseada em leis, regula-

mentos, etc.) e outra,

mais ampla e intangível,

é informal e traduz o

grau de aceitação e

aprovação de suas ativi-

dades.

15

Uma forma de as empre-

sas se manterem politi-

camente corretas, além

das leis que devem ser

cumpridas, é através dos

incentivos fiscais do go-

verno.

As empresas sempre

influenciaram na organi-

zação social e geraram

impactos ambientais.

Atualmente, o contexto

em que as mesmas ope-

ram está se alterando

em ritmo acelerado, le-

vando a novas perspecti-

vas que enfatizam a for-

ma como essa influência

é administrada. Há uma

mudança na postura

adotada, que deixa de se

focar apenas na obten-

ção de lucro e passa a

valorizar o relacionamen-

to com a sociedade e a

sustentabilidade dos ne-

gócios.( Savitz; 2007)

Segundo o Instituto

Brasileiro de Governan-

ça Corporativa os temas

ligados

à sus-

tentabilidade podem ser

agrupados sob os títulos

econômico, ambiental e

social. É importante que

as empresas sejam ca-

pazes de relatar os im-

pactos econômicos que

suas operações ocasio-

naram, tanto positiva co-

mo negativamente, so-

bre a comunidade na

qual operaram durante o

ano. A empresa deve,

também, ser capaz de

relatar como pretende

aperfeiçoar os aspectos

positivos ou melhorar os

aspectos negativos das

suas operações na co-

munidade onde irá atuar

no ano seguinte. Ela de-

ve relatar os impactos

nos ecossistemas da co-

munidade, pois, as pes-

soas, o planeta e os lu-

cros não podem mais

estar separados.

A Algar Telecom foi um dos destaques especiais por sua ação ambiental. Cristiana Heluy recebeu o Prêmio Época Empresa Verde de 2013., que tem tem como objetivo destacar as companhias e ou-tras organizações brasileiras com as melhores práticas ambientais e estratégias para combater as

mudanças climáticas com os negócios.

16

Dru e Lemberg (1997)

afirmam que as organi-

zações estão mudando

em todas as direções.

Após o confronto com a

realidade, muitas organi-

zações têm alterado pro-

fundamente a forma de

se ver e a forma de tra-

balhar. O crescimento e

expansão de corpora-

ções, a tecnologia da in-

formação, o crescimento

de demanda por produ-

tos e serviço a um baixo

custo levaram ás empre-

sas a tomarem transfor-

mações radicais

Para Kanter (1995) as

empresas devem buscar

a vantagem de ser a pri-

meira. Se não for a

primeira com alguma coi-

sa nova, alguma melho-

ria, algo que os clientes

desejam, talvez seja tar-

de, porque a concorrên-

cia já terá pegado o cli-

ente. Observando esse

novo ambiente em que

se encontram as organi-

zações optam por mu-

danças que podem apre-

sentar diferentes formas

e dimensões dependen-

do dos motivos que as

levaram a alterar suas

práticas organizacionais.

Segundo Porter

(1989), uma empresa a

fim de obter vantagem

competitiva, não pode ou

não deve procurar ser

excelente em tudo, de-

vendo identificar quais

funções ela pode desem-

penhar com excelência

para, então, centrar seu

negócio nessas funções

ou, seja, competir em

campos relacionados a

essas funções. Então, a

determinação da teoria

dos negócios da empre-

sa é de fundamental im-

portância para a formula-

ção de suas estratégias

competitivas e operacio-

nais. Para isso, ela leva

em consideração a com-

preensão sobre o ambi-

A Sustentabilidade é um fator competitivo?

17

-ente da organização, ou

seja, a sociedade e a sua

estrutura, o mercado, o

cliente e a tecnologia; a

missão específica da or-

ganização e também, a

competência essencial,

que é necessária para

que se cumpra a missão

da organização.

Atualmente, tema mais

comentado e que é visto

como fator competitivo

entre as empresas, é a

sustentabilidade. Uma

empresa sustentável,

classificada por Savitz

(2007) como ‘’aquela que

gera lucro para os acio-

nistas, ao mesmo tempo

em que protege o meio

ambiente e melhora a

vida das pessoas com

que mantém interações’’.

Os gestores do Brasil já

entendem que a adoção

de soluções sustentáveis

e ecologicamente res-

ponsáveis são muito im-

portantes não apenas

para melhorar a imagem

de suas empresas, como

também para aumentar a

competitividade e renta-

bilidade dos negócios.

(http://

revista.brasil.gov.br/

especiais/rio20/

desenvolvimento-

sustentavel/

sustentabilidade-nas-

empresas-brasileiras)

Todas as empresas gos-

tariam de afirmar que

seus produtos e serviços

oferecem benefícios po-

sitivos à comunidade e,

nesse sentido, a ideia de

que as empresas são

responsáveis perante a

comunidade, não é algo

novo. Porém ate a déca-

da de 1990 as empresas

encaravam como compo-

nente importante de sua

abordagem geral.

(SAVITZ;2007)

Segundo Tachizawa

(2011), as estratégias

adotadas pelas organiza-

ções atualmente para

tornar-se mais competiti-

vas, é baseada na de-

manda da sociedade por

empresas responsáveis

e que atendam aos seus

apelos, tais como:

“reciclagem, controle am-

biental, projetos sociais,

educação, saúde, cultu-

ra, apoio a criança e ao

adolescente e o volunta-

riado” .

Savitz, (2007) acredita

que a sustentabilidade

promova a lucratividade

para a grande maioria

18

das empresas. A susten-

tabilidade é como um

guia de orientação para

fazer negócios num mun-

do interdependente, indi-

cando novas maneiras

de proteger a empresa

contra riscos ambientais,

financeiros e sociais, de

dirigir a empresa com

maior eficiência e produ-

tividade e de promover

seu crescimento, por

meio do desenvolvimen-

to de novos produtos e

serviços e da abertura de

novos mercados. A sus-

tentabilidade gera bene-

fícios, em que se incluem

a reputação da empresa,

o moral dos empregados

e a boa vontade dos cli-

entes. A sustentabilidade

traça o curso para o su-

cesso duradouro.

No mercado competitivo,

a qualidade de vida no

trabalho é um recurso

que gera produtividade.

Ações ligadas às práti-

cas de sustentabilidade

nas empresas, envolven-

do cuidados como ali-

mentação e um clima

organizacional saudável

podem envolver a rotina

do empregado.

(ROSSI;2009)

Para Fernandes (1996),

pode-se entender QVT

como um programa que

visa a facilitar e satisfa-

zer as necessidades do

trabalhador ao desenvol-

ver suas atividades na

organização, tendo como

ideia básica o fato de

que as pessoas são

mais produtivas quanto

mais estiverem satisfei-

tas e envolvidas com o

próprio trabalho.

Segundo Feigenbaum

(1994), a Qualidade de

Vida Total é baseada no

princípio de que o com-

prometimento com a

qualidade ocorre de for-

ma mais natural nos am-

bientes em que os cola-

boradores se encontram,

intrinsecamente, envolvi-

do nas decisões que

Qualidade de Vida Total e Sustentabilidade

Como garantir a qualidade de vida de seus funcionários.

19

influenciam diretamente

suas atuações. Já para

França (1997), a qualida-

de de vida no trabalho é

um conjunto de ações de

uma empresa que envol-

ve a implantação de me-

lhorias e inovações ge-

renciais e tecnológicas

no ambiente de trabalho.

A meta principal do pro-

grama de QVT é melho-

rar a satisfação do traba-

lhador dando o devido

valor a seu colaborador,

incentivando-o no seu

trabalho. A QVT envolve

toda a empresa e, princi-

palmente, a qualidade de

vida, pois o que mais se

deseja na vida é a felici-

dade, constituindo-se em

uma busca antiga do ho-

mem. Porém, para ser

feliz, é necessário ter sa-

úde, satisfação consigo

próprio e com seu traba-

lho, e tudo isso compre-

ende a qualidade de vida

(RODRIGUES; 2000).

A qualidade de vida,

está relacionada com a

qualidade de vida futura

dos trabalhadores na or-

ganização, obrigando as

empresas a adotarem

condições de trabalho

que forneçam qualidade

de vida sustentável, con-

siderando os aspectos

relacionados à seguran-

ça econômica, o bem-

estar social e a qualida-

de ambiental, definidos

pelos valores das pesso-

as envolvidas ou afeta-

das. (SAVITZ ; 2007)

20

Para Yin (1989), estudo de caso "é uma forma de se fazer pesquisa empírica

que investiga fenômenos contemporâneos dentro de seu contexto de vida real, em

situações em que as fronteiras entre fenômeno e o contexto não estão claramente

estabelecidas, onde se utilizam múltiplas fontes de evidências".

No estudo de caso será analisado os programas de sustentabilidade da Vale atra-

vés de uma visita a uma unidade de exploração de minério, informações colhidas a

partir da mídia e dados secundários.

Estudo de caso Empresa Vale Sustentabilidade e impactos da mineração

A Vale no Estado e na Sociedade

Na Economia

Participação da indústria da mineração no Saldo Comercial Brasileiroofe

rece a

seus

fun-

cionários oficinas para líderes, empregados e familiares, palestras sobre principais

21

vParticipação da indústria da mineração no Saldo Comercial Brasileiro:

Saldo Brasil em 2006 US$ 46 Bilhões, Setor Mineral = 14%

Saldo Brasil em 2007 US$ 40 Bilhões, Setor Mineral = 25%

Saldo Brasil em 2008 US$ 24 Bilhões, Setor Mineral = 53%

Saldo Brasil em 2009 US$ 25 Bilhões, Setor Mineral = 50%

Saldo Brasil em 2010 US$ 20 Bilhões, Setor Mineral = 136%

Saldo Brasil em 2011 US$ 23 Bilhões, Setor mineral = 143%

(Fonte: http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00001669.pdf)

No Brasil, a mineração,

setor de mineração en-

volve desde a extração

das matérias-primas, in-

cluindo a produção de

minérios, até a logística

para a sua comercializa-

ção, tem sido um impor-

tante pilar de sustenta-

ção da economia nacio-

nal. A atividade de mine-

ração engloba, sob uma

perspectiva ampla, todos

os setores da economia:

primário (pesquisa e ex-

tração mineral), secun-

dário (metalurgia, side-

rurgia, química etc.) e

terciário (transporte, co-

mércio, reciclagem). Por

essa razão, atividade de

mineração movimenta

grandes quantidades de

recursos na economia,

impactando significativa-

mente o crescimento

econômico. (http://

www.mhag.com.br/

osetor/index.html)

A partir do ano 2000, a

procura maior por mine-

rais, principalmente pelo

elevado índice de cresci-

mento mundial impulsio-

nou o valor da Produção

Mineral Brasileira. No

(Fonte: www.mme.gov.br/sgm/galerias/arquivos/publicacoes/Sinopse/SINOPSE-2011-2010.pdf )

22

período 2001/2011 o

valor da PMB teve cres-

cimento de 550%, saindo

de US$ 7,7 milhões para

US$ 50 bilhões. (http://

www.ibram.org.br/

si-

tes/1300/1382/00001669

.pdf)

A indústria extrativa mine-

ral foi a atividade produti-

va que registrou o maior

crescimento em 2010, IB-

GE. Favorecida pela dis-

parada dos preços das

commodities, a indústria

extrativa, subiu 15,7% no

ano de 2009.

Dentro do setor de extra-

ção, foi a produção de mi-

nério de ferro o grande

destaque do ano de 2010,

quando atingiu 370 mi-

lhões de toneladas e cres-

cimento de 19% sobre

2009, segundo dados do

Instituto Brasileiro de Mi-

neração (Ibram). A produ-

ção brasileira em 2010

representou 16% do total

mundial (2,3 bilhões de

toneladas)

As vendas de ferro para o

exterior somaram US$

28,912 bilhões em 2010,

cerca de 14% de todas as

exportações. O cresci-

mento em 2010 levou a

Vale, maior empresa de

minério de ferro do mun-

do, a obter em 2010, lucro

recorde de R$ 30,1 bi-

lhões e a alcançar em

2010 o posto de principal

exportadora brasileira,

desbancando a Petrobras,

líder desse ranking desde

2002. (http://

g1.globo.com/economia/

noticia/2011/03/industria-

extrativa-e-destaque-do-

pib-em-2010-com-alta-de

-157.html ; 03/03/2011

12h49)

Em 2012 foram aplica-

dos aproximadamente

U$$ 110 milhões em

gestão ambiental, 11%

do total de gastos da

Vale voltados ao meio

ambiente. Nesse ano, a

empresa também deu

continuidade a expansão

e à consolidação do

SGA que ocorre desde

2010, em todas as locali-

dades em que atua. A

Vale realiza a gestão

embasada no monitora-

mento e na avaliação

permanente e suas ope-

rações com estabeleci-

mento de requisitos de

mínimos incluindo a rea-

lização de auditorias

anuais.

A Companhia promove

a geração de emprego e

renda por meio dos seus

resíduos recicláveis, que

são destinados pelas

unidades para as associ-

ações de catadores nos

locais onde atuam em

Minas Gerais. A empre-

sa destinou, em 2012,

496 toneladas de reci-

cláveis ( papel, papelão,

plástico, vidro e madei-

ra) para oito instituições,

que contam com um to-

tal de 144 colaborado-

Empresa Sustentável

23

-res.

A Companhia tem com-

promissos com suas par-

tes interessadas como

resultado do processo de

materialidade, como des-

taque para:

Comunidades: promo-

ver o desenvolvimento

local, com educação, sa-

úde e segurança, dei-

xando um legado positi-

vo nas regiões onde

atua.

Governo : atuar no

promoção do desenvolvi-

mento sustentável junto

aos governos por meio

da participação em políti-

cas públicas e do valor

econômico gerado e dis-

tribuído.

A partir do conhecimento

da realidade local, por

meio do diálogo social,

manifestações da comu-

nidade, estudos socioe-

conômicos, são possí-

veis o planejamento das

ações sociais e imple-

mentação do Plano Pluri-

anual de Ações Sociais

(PPA). O PPA, com du-

ração de cinco anos, é o

principal instrumento de

gestão dos dispêndios

sociais, cuja governança

está a cargo dos comitês

que integram o Modelo

de Issues e Stakehol-

ders. (Site da Vale, Rela-

tório de Sustentabilidade

acessado em

25/10/2013)

Em 2012, a Empresa

aplicou U$$ 1,342 bilhão

em ações socioambien-

tais, sendo U$$ 317,2

milhões em ações soci-

ais. Os recursos da área

social (71% voluntários e

29% obrigatórios) foram

aplicados em ações vol-

tadas para o engajamen-

to de partes interessadas

e o estabelecimento de

parcerias, que valorizam

o conhecimento e a ca-

pacidade do poder públi-

co, da iniciativa privada e

da sociedade civil de

construírem soluções em

comum acordo. (Site da

Vale, Relatório de Sus-

tentabilidade acessado

em 25/10/2013)

A Vale tem como com-

promisso reduzir 5% das

suas emissões globais

de gases de efeito estufa

(GEE) projetadas pra

2020 (Meta Carbono). A

empresa acredita na im-

portância de engajar sua

cadeia de valor, e essa

foi uma das suas princi-

pais frentes de atuação

em 2012, capacitando

55% de fornecedores

convidados por meio de

treinamentos sobre in-

ventários de emissões

de GEE.

A Fundação Vale contri-

bui para o desenvolvi-

mento integrado dos ter-

ritórios nos quais a Com-

panhia atua, articulando

e potencializando os in-

vestimentos sociais. Em

2012, a Fundação Vale

teve como frentes de

atuação: Cultura, Desen-

volvimento Urbano, Edu-

cação e Esporte segun-

do dados divulgados no

24

Relatório de Sustenta-

bilidade da Vale.

Segundo dados do rela-

tório de mudanças climá-

ticas CDP - 500 Climate

Change Report, a Vale é

a empresa que menos

emite Gases do Efeito

Estufa (GEE) por receita

no setor de mineração. A

Companhia faz parte do

ranking das empresas

líderes mundiais em

transparência no reporte

climático A empresa

também atua diretamen-

te na sua cadeia de va-

lor. Só no ano passado,

170 fornecedores foram

treinados em inventário

de emissões de GEE.

(http://

jornalempresari-

all.com.br/vale/vale-

destaque-transparencia-

gestao-emissoes ;

18/09/2013 ;16:37 hrs)

Qualidade de Vida dos Funcionários

A Vale investe nas pes-

soas, afim de construir

um relacionamento de

qualidade e confiança

com seus empregados,

criando um ambiente de

trabalho que valoriza o

talento de cada um e

permite que todos pos-

sam contribuir para os

objetivos da empresa.

Tem como foco as se-

guintes áreas:

• Educação – com pro-

gramas focados na redu-

ção do déficit educacio-

nal;

• Segurança – com pro-

jetos focados na qualida-

de de vida de funcioná-

rios que trabalham pró-

ximos à ferrovias, visan-

do reduzir a ocorrência

de acidentes nestas

áreas, e visando constru-

ir uma base para gestão

de riscos da empresa.

• Saúde - a Vale oferece

a seus funcionários ofici-

nas para líderes, empre-

gados e familiares, pa-

lestras sobre principais

problemas de saúde pú-

blica no país, como de-

pendência quí-

mia ,câncer, diabetes,

HIV e grupos de apoio

visando um amparo aos

portadores e familiares

dessas doenças;

(Site da Vale, Relatório

de Sustentabilidade

acessado em

25/10/2013)

A Vale tem o compro-

misso de investir nas

pessoas e construir um

relacionamento de quali-

dade e confiança com

seus empregados, crian-

do um ambiente de tra-

balho que valoriza o ta-

lento de cada um e per-

mite que todos possam

contribuir para os objeti-

vos da empresa.

A Vale assumiu, em

2011,o desafio de elimi-

nar as deficiências de

educação básica de cer-

25

Os resíduos dos processos de extração da Vale

Com os intensos impac-

tos dos processos de mi-

neração, a empresa pro-

cura sempre aperfeiçoar

os processos para redu-

zir tais impactos. Uma

delas, por exemplo, é a

recuperação e o aprovei-

tamento dos materiais

para sua utilização em

outros processos indus-

triais, como na produção

de cimento e cerâmica.

Também buscaram im-

plantar as melhores al-

ternativas para recicla-

gem, reaproveitamento e

destinação correta dos

resíduos não minerais.

Segundo dados da

Companhia Vale, foram

aplicados em 2012 apro-

ximadamente US$ 281,5

milhões em barragens,

diques e pilhas de estéril

para a gestão de resí-

duos minerais, o que re-

presentou o maior dos

investimentos ambientais

da empresa (27%).

A Companhia foca na

recuperação e o aprovei-

tamento de resíduos pa-

ra sua utilização em ou-

tros processos industri-

ais, como na produção

de cimento e cerâmica,

para produção de fertili-

zantes, para reaproveitar

o estéril como material

de pavimentação de pis-

tas, suplementos de nu-

-ca de 4.800 emprega-

dos próprios no Brasil

sem certificado de con-

clusão dos ensinos fun-

damental e/ou médio. A

redução do déficit edu-

cacional dos emprega-

dos apresentou progres-

sos. Parcerias foram am-

pliadas para fortalecer o

cumprimento dessa me-

ta.

Um projeto desenvolvido

pelo Instituto Tecnológi-

co Vale (ITV) busca ofe-

recer segurança e me-

lhorar a qualidade de vi-

da dos empregados da

Vale que atuam nas fer-

rovias da empresa e das

comunidades próximas a

elas, visando reduzir o

impacto de acidentes.

Em 2012, a Vale conti-

nuou os esforços em

prevenção de doenças/

lesões severas. identifi-

cando situações de ris-

cos à segurança dos

empregados através do

Sistema Global de Ges-

tão de Saúde e Seguran-

ça (SGSS), com inten-

ção de evitar fatalidades

envolvendo empregados

próprios ou contratados

a serviço da empresa na

execução de atividades

em operações ou proje-

tos, causadas por des-

carga atmosférica, que-

das de material em mina

subterrânea, descargas

em rede elétrica de alta

tensão entre outros.

(Relaório de Sustentabi-

lidade da Vale; acessado

em 25/11/2013)

26

nutrição animal.

Em 2012, houve um

crescimento de aproxi-

madamente 2% na gera-

ção de resíduos de mi-

neração, que atingiu 884

milhões de toneladas.

(Relatório de Sustentabi-

lidade da Vale; acessado

em 18/11/2013)

Através do Sistema de

Gestão de Barragens e

Pilhas (SGBP), a Vale

realiza auditorias cons-

tantes no intuito de ge-

renciar os resíduos e im-

plantar planos de ação,

iniciando em 2012 um

processo de implantação

do Plano de Segurança

de Barragens, que teve

como base a Lei Federal

12.334/2010, que esta-

belece a Política Nacio-

nal de Segurança de

Barragens, no Brasil.

A Vale desenvolveu uma

tecnologia para reapro-

veitar o minério que ficou

durante anos depositado

em barragens de rejeitos

de Minas Gerais. O ma-

terial depositado possui,

em média, um teor de

ferro de 35%. Após pas-

sar pelas novas plantas

de concentração, vai

atingir o nível de 62%

facilitando o processo.

(http://www.em.com.br/

app/noticia/especiais/rio-

mais-20/economia-

verde/2012/05/30/

notici-

as_internas_economia_v

erde,297366/mineracao-

contribui-com-solucoes-

para-economia-verde-em

-minas.shtml;

30/05/2012; 16:16)

27

Balanço Social Companhia Vale

((Fonte: www.vale.com/PT/aboutvale/sustainability/links/LinksDownloadsDocuments/relatorio-de-sustentabilidade-2012.pdf)

Dispêndios socioambientais

(Fonte: www.vale.com/PT/aboutvale/sustainability/links/

LinksDownloadsDocuments/relatorio-de-sustentabilidade-2012.pdf)

29

Investimentos por tipo

(Fonte:www.vale.com/PT/aboutvale/sustainability/links/LinksDownloadsDocuments/

relatorio-de-sustentabilidade-2012.pdf)

A Vale é uma empresa sustentável? Como identificar ações sustentáveis da Companhia Vale...

Sustentabilidade e Res-

ponsabilidade Social são

os assuntos mais co-

mentados no momento,

tanto por parte de em-

presários, como pela so-

ciedade no geral. O pri-

meiro, podemos definir

como a relação entre os

seres humanos e os ele-

mentos da natureza, de

forma a utiliza-los sem

comprometer as futuras

gerações, enquanto o

segundo, utilizado pelas

empresas através de

ações, projetos que be-

neficiem de alguma for-

ma a comunidade em

que elas se encontram.

A participação da so-

ciedade é muito impor-

tante para realização

de políticas ambientais,

porém, para ser efetiva,

requer envolvimento da

comunidade em todas

as etapas do processo

de formulação e gestão

de políticas ambientais,

pressionando o Estado a

colocarem em vigor leis

que obriguem as empre-

sas a realmente serem

sustentáveis.

30

A mineração, em todos

os seus processos cau-

sam intensos impactos

ambientais. a empresa

procura sempre aperfei-

çoar os processos para

reduzir tais impactos. Em

todas as etapas

(pesquisa, lavra, benefi-

ciamento, infraestrutura,

etc.) é consumido um

grande volume de água.

Esse aspecto é preocu-

pante, visto que a água é

um bem essencial para a

manutenção da vida na

Terra.

Depois desta série de

estudos e pesquisas a

respeito da Vale é

possível enxergar

a importância da

sustentabilidade

para o crescimento

da empresa. Usan-

do a sustentabili-

dade como peça

fundamental, a

Vale conseguiu

com o passar dos

anos exercer a

melhor ideia da

sustentabilidade

que foi cada dia mais

melhorar a qualidade de

vida dos funcionários e o

meio onde vivem e ao

mesmo tempo conseguir

aumentar seus lucros

cada vez mais.

Podemos afirmar então

que diante dos

danos que a mi-

neração causa ao

meio ambiente,

ela é essencial

para a civilização.

A infraestrutura

das cidades, e

comodidade de-

pende dos produ-

tos e serviços da

mineração, que é res-

ponsável pela maior par-

te da matéria-prima usa-

da na construção civil.

Da rodovia à brita no

quintal das casas, os

produtos e serviços da

mineração estão presen-

tes na nossa vida, no

nosso dia-a-dia, e muitas

vezes não nos damos

conta. A Vale procura

reduzir ao máximo os

danos ambientais, e so-

ciais causados pelos

seus processos, focando

em ações sustentáveis e

de responsabilidade so-

cial.

Nos processos de ex-

tração, a Vale considera

importante a a recupera-

31

-ção e o

aproveita-

mento dos

materiais pa-

ra sua utiliza-

ção em ou-

tros proces-

sos industri-

ais, como na

produção de

cimento e ce-

râmica. Tam-

bém buscaram implantar

as melhores alternativas

para reciclagem, reapro-

veitamento e destinação

correta dos resíduos não

minerais. a Vale utiliza

de tecnologias a favor do

uso e- ciente dos recur-

sos naturais para a práti-

ca responsável de uma

mineração sustentável.

Iniciativas de reutilização

de água já atinge o índi-

ce de 77% em nas ope-

rações da Vale, 25 proje-

tos de eficiência energé-

tica implantados em

2012 e a gestão das

emissões de gases de

efeito estufa.

A Empresa percebeu

também que além do fa-

tos externo, é importante

focar também em fatores

internos, como a valori-

zação de seus funcioná-

rios, e procurou proporci-

onar um ambiente agra-

dável e seguro dentro e

fora da empresa. Investi-

mentos na saúde, edu-

cação e lazer dos funcio-

nários e de suas famílias

são grande parte de

seus dispêndios, o que

sem duvida é um fator

decisório para quem bus-

ca qualidade de vida no

trabalho.

Outro fator que faz

com que a Vale seja uma

empresa em destaque

no tema sustentabilida-

de, é a importância dada

pela mesma para que

suas atividades gerem o

menor dano possível à

natureza, como por

exemplo, a meta de re-

dução de 5% na emissão

global de gases de efeito

estufa, além disso, a em-

presa se mostrou preo-

cupada com os resíduos

deixados pelos proces-

sos de extração, inves-

tindo assim certa de US$

281,5 milhões em diques

e barragens para a ges-

tão desses resíduos, co-

mo por exemplo, o uso

em outros processos in-

dustriais.

32

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