Suplemento Educação outubro/2012

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Ano 7. Nº 6. ABC, sexta-feira, 19 de outubro de 2012. www.reporterdiario.com.br Cenário é promissor

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Suplmento Educação outubro 2012

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Ano 7. Nº 6. ABC, sexta-feira, 19 de outubro de 2012. www.reporterdiario.com.br

Cenário é promissor

Sexta-feira, 19 de outubro de 2012REPÓRTER DIÁRIO2

Técnica do autodidatismo é sucesso

A ânsia por captar, processar e trans-mitir informações com rapidez tem

alimentado a ideia de autodidatismo no Brasil. Estudar sozinho, descobrir o pró-prio ritmo de aprendizado e ultrapassar limites são desafios que muitos pais e até mesmo os estudantes tentam vencer e obter de forma rápida e eficiente bom resultado na sala de aula. Conhecido por complementar os estudos dos alunos, principalmente em Matemática, o méto-do japonês Kumon faz sucesso ao buscar suprir o déficit que muita gente tem de estudar ou aprender algo sozinho.

“O objetivo é desenvolver independên-cia, hábito de estudo, raciocínio lógico, gosto pela leitura, capacidade de interpre-tar. Tudo isso culmina no autodidatismo”, explica Rodrigo Rosa, gerente de consul-toria de campo do Kumon ABC. Segundo Rosa, conforme se avança na vida escolar, mais autonomia nos estudos é exigida. “Tem muita gente que chega à faculdade sem saber estudar por conta própria, o que o atrapalha porque a assessoria do professor é menor”, analisa.

A rede tem observado que muitos pais colocam os filhos de até três anos para estu-

Vote na Educação

Editorial

O Plano Nacional de Educação, que culminará em profundas mudanças no ensino do País, ainda não foi aprovado, mas o cenário hoje já é animador na região. Cada vez mais criam-se cursos e estreitam-se parcerias para atender à demanda do mercado, ao mesmo tempo que se tornou permanente a preocupação em reduzir a falta de vagas nas escolas e o número de turmas na sala de aula.

É verdade, porém, que as urgências ainda são muitas, como investir no salário, plano de carreira e formação dos professores, e na pesquisa, principalmente universitária. Mas o segundo turno das eleições municipais, neste 28 de outubro, está aí para nos ajudar a melhorar isso. Aluno tem tarefas diárias e frequenta o curso duas vezes por semana

dar no Kumon, que tem cerca de 1,5 mil franquias e 160 mil alunos no Brasil. “Nosso foco é a idade escolar, mas há crianças bem pequenas e idosos que nos procuram até por orientação médica”, conta Rosa.

A técnica oriental contempla Matemática, Português, Inglês e Japonês e os alunos têm planos individuais de estudo. No método, não existe um tempo definido

Rua Álvares de Azevedo, 210Centro – Santo André

Tels.: 4427-7800 / 4436-3965www.reporterdiario.com.br

Comercial: Claudia Polimeni Suporte: Pedro Diogo e Mirela Teixeira

Jornalistas responsáveis e editores: Airton Resende eMaria do Socorro DiogoTextos: Camila Bezerra, Cintia Alves, Marcelo Melo,Nathália Blanco e Renan SantiagoDiagramação: Flória Napoli - Projeto gráfico: Rubens Justo Fotos: Forlan Magalhães e divulgação Capa: alunos do EMEF Profª Alcina Dantas Feijão - São Caetano

Tiragem auditada por:

para que o aluno conclua o curso. Depende do ritmo de cada um.

O aluno do Kumon tem cerca de 20 minutos por dia de exercícios para fazer em casa e frequenta a unidade duas vezes por semana. Para matérias como Inglês e Japonês, não consideradas lín-guas-mães dos brasileiros, o método utiliza recursos de áudio.

Estudar sozinho, descobrir o próprio ritmo e ultrapassar limites estão em pauta

RDREPÓRTER DIÁRIO

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Faculdades ampliam grade de cursosCom a crescente demanda do merca-

do de trabalho e a concorrência entre as universidades, algumas institui-ções da região engordaram a grade de cursos para 2013. Exemplo é a ESAGS (Escola Superior de Administração e Gestão), em Santo André, que agora ofere-ce os cursos de Ciências Contábeis e Publicidade e Propaganda.

Antes direcionada para as áreas de Administração de Empresas e Economia, a faculdade ampliou o leque de atuação para atender novos perfis de mercado. “Já faz algum tempo que estudávamos abrir gra-duação em Publicidade e Propaganda. A universidade fez um planejamento e agora vai atender a mais essa demanda”, diz Marcélia Lupetti, coordenadora do curso de publicidade e propaganda da ESAGS. Para a coordenadora, Santo André necessi-tava de mais cursos na área.

Marcélia relata que o novo curso de comunicação terá a Administração como ponto focal. “Quando falamos em publici-dade e propaganda, pensamos somente no aspecto criativo e esquecemos que as empresas necessitam da gestão de negó-cios também. O profissional precisa enten-der o que as empresas querem e, por isso,

ESAGS incrementa com Publicidade e Propaganda,

enquanto a Umesp agora oferece Gestão de TI

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englobamos gestão, planejamento estraté-gico e marketing, que são o foco do nosso curso”, completa.

Em São Bernardo, a Umesp (Universidade Metodista de São Paulo) também oferece novo curso para os vesti-bulandos de 2013, o de Gestão da Tecnologia da Informação. Para a institui-ção, há carência no mercado por profissio-nais que lidem com a administração dos recursos de infraestrutura física e lógica de ambientes informatizados.

“Este foi um dos motivos que levou a Metodista a organizar o curso”, explica Carlos Eduardo Santi, diretor da Faculdade de Exatas e Tecnologia e coordenador do curso de Gestão da Tecnologia da Informação.

Para o professor, o ponto forte do curso de graduação é a certificação da Cisco, muito requisitada para profissionais da área de redes de computadores. O diferen-cial do novo curso é o primeiro módulo preparatório para a certificação CCNA da Cisco. “Vários candidatos procuravam algum curso com essas características e não oferecíamos. Agora vamos atender a uma demanda reprimida da região”, comemora o diretor da Umesp.

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Dia dos Professores é data para reflexão'É abraçar a causa'Em 15 de outubro de 1947 o Brasil come-

morou pela primeira vez o Dia do Professor. Desde então muito se discute sobre a profissão que muitos sonham e tantos outros desistem de seguir a área. Frequentes reivindicações, greves e muitas expectativas acompanham a rotina de quem acabou de chegar ou exerce há muito tempo o magisté-rio como vocação.

Formada no final de 2011, a professora Luciana Capelini, que leciona para crianças do maternal, em Santo André, conta que ser docente é um desafio, mas que adora o que faz. É um trabalho desgastante, física e emo-cionalmente, mas está satisfeita. “No meu momento de vida é a realização de um sonho, pois eu finalmente consegui o meu espaço de professora, que tem vontade e pode fazer a diferença na educação”, afirma.

Embora realizada, Luciana sabe que a profissão tem os prós e contras. Para a profes-sora, a questão salarial é um problema, prin-cipalmente na área pública. “Alguns traba-lham período integral e são registrados como auxiliar de professor, porque não têm escolha e abraçam essa condição. Acredito que o governo tenha sua culpa, mas os professores também aceitam tal situação”, avalia.

Rodrigo Altair Pinho, professor do INEC

(Instituto Educacional da Criança) e que dá aulas de geografia e informática educativa na rede pública, afirma que o papel do profissio-nal docente mudou com o passar dos anos. “Ser professor na realidade brasileira é lidar com problemas sociais e exercer o papel que a família deveria fazer. Hoje, o docente acaba sendo uma espécie de orientador, quase psi-cólogo, já que as crianças são totalmente vazias de referências familiares”, diz.

Sistema falhoPara o educador, o desinteresse dos alu-

nos é reflexo do sistema de ensino. “Os vários problemas com a questão da indisciplina existem porque a estrutura educacional apre-senta muitas falhas e exige pouca responsabi-lidade dos alunos. Os estudantes agem como querem porque têm certeza de que não sofre-rão nenhum tipo de penalização”, comenta.

Professor há 10 anos, Rodrigo defende a ideia de que a profissão precisa de uma mudança estrutural. “Não basta apenas o investimento de dinheiro público. É preciso repensar toda a filosofia de ensino e também o valor investido por aluno, que é muito baixo no Brasil. O dinheiro tem de ser aplica-do de forma mais efetiva, com projetos edu-cacionais quem funcionem”, conclui. Luciana adora a profissão

Docente há mais de 25 anos, a supervisora de ensino Marinei Chiorato, também de

Santo André, diz que escolheu a profissão por-que na época era um curso gratuito e as condi-ções econômicas não eram favoráveis. Foi para a área, mas não tinha o entendimento sobre a importância da profissão. “Com o passar do tempo, fui percebendo a responsabilidade, me apaixonei e, no final, me dei conta de que era o que realmente eu queria ser”, conta.

Após vivenciar tantos desafios, a educadora diz que além do ensino o professor faz a função da família. Cada aluno traz os seus valores pes-soais para a escola e lidar com isso é bem complexo, mas se não for assim, o professor não consegue dar aula. Marinei acredita na parceria entre família e escola para enfrentar os desafios na sala de aula. “Contudo quem esco-lhe a profissão tem de aprender a lidar com a diversidade existente neste contexto”, relata.

Marinei comenta que no governo existe uma visão inovadora e tentativa de reestru-turação, além de postura mais democrática. “Se o Dia dos Professores não for motivo de comemoração, então que seja para refle-xão”, complementa.

Novos prefeitos prometem investimentosSe cumpridas as promessas feitas duran-

te as campanhas eleitorais, 2013 será de grandes novidades na educação pública da região. Quatro prefeitos eleitos anunciaram solucionar problemas, como o déficit de vagas em creches e a falta de manutenção estrutural das escolas. Entre outros projetos, os recém-eleitos também prometeram ao eleitor municipalizar o ensino, fornecer mate-riais e uniformes escolares e aumentar a oferta de cursos profissionalizantes, além de atrair novas instituições, como Senai e ETEC (Escola Técnica Estadual).

Em São Caetano, o recém-eleito Paulo Pinheiro (PMDB) afirma que a prioridade da Pasta será a reforma estrutural das escolas, com melhoria das instalações e dos edifícios. O novo prefeito, eleito com 63,35% dos votos válidos, defende a continuidade da municipal-ização do ensino público, mas diz que a articu-lação com o Estado só vai começar a partir de 2014. “A gente vai ver com o governo do Estado para municipalizar mais escolas e pro-curar buscar mais espaços com ensino inte-gral”, diz. Segundo Pinheiro, não há tempo para tratar essas ações em 2013.

Paulo Pinheiro espera garantir o acesso ao ensino superior aos munícipes de São Caetano por meio de bolsas na USCS (Universidade de São Caetano do Sul). Eleito, o ex-vereador diz, porém, que antes de colocar o projeto em prática, terá de estudar a viabilidade. ”Quero ver se juridicamente dá para oferecer a gratui-dade e, caso não puder, conceder bolsa de 100% aos alunos”, afirma. Em contrapartida, o estudante terá de fazer estágio na Prefeitura. “Também é um projeto para 2014”, adianta.

Em Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) avisa que trabalhará para zerar a fila de espera por vagas nas creches, que hoje é de mil crian-ças. “Vamos construir imediatamente novas creches para zerar a fila”, diz o futuro prefeito, eleito com 58,31% dos votos válidos. Benevides estima que será necessária a construção de oito prédios, com capacidade para atender 90 crianças cada, para atingir a meta.

Outro desafio que o futuro prefeito de Ribeirão Pires tem para cumprir será atrair instituições de ensino técnico e superior para a cidade. “Precisamos melhorar os cursos profissionalizantes. Se a obra do SESI na cidade terminar em um ano, vamos fazer parceria para melhorar os cursos profission-alizantes. Vou tentar trazer um Senai e lutar com o Alckmin para termos faculdade de medicina. Com isso, Ribeirão pode atrair mais estudantes e, assim, aquecer o comér-cio”, calcula o peemedebista.

Em Rio Grande da Serra, o futuro prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) também disse que vai atacar o ensino profissionalizante, porque o município de 43,9 mil habitantes não tem escola técnica e faculdade. “Nosso primeiro

desejo é que a ETEC seja implantada e depois vamos aumentar o número de cursos”, conta.

Maranhão também diz que irá construir uma escola na vila São João e outra na região central, além de promover o monitoramento na saída das escolas pela internet, o que pos-sibilitará os pais acompanharem o movimento dos filhos nos arredores dos colégios.

Reeleito com 65,79% dos votos válidos, Luiz Marinho (PT) afirma que até o final deste

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Vanessa Damo

Donisete Braga

Mário Reali

Lauro Michels

Carlos Grana

Aidan Ravin

Gabriel Maranhão

Saulo Benevides

Luiz Marinho

Paulo Pinheiro

Se eleito, Carlos Grana pretende realizar 13 ações para promover a

integração do sistema de ensino público de Santo André. Entre os projetos estão a ampliação de vagas no ensino infantil, construção de duas escolas técnicas fede-rais, continuidade do fornecimento de material escolar e uniforme e mais inves-timento na formação do professor.

Aidan Ravin (PTB), candidato à reelei-ção, também em Santo André, afirma que manterá o nível da educação que acredita ser o melhor do País no quesito material didático. “Nós vamos ampliar toda a nossa rede. Fizemos 10 escolas da rede estadual, com a municipalização. Vamos construir mais três Emeifs (escolas muni-cipais de educação infantil e ensino fun-damental) e ampliar o número de cre-ches", diz.

Candidato pelo PV em Diadema, Lauro Michels defende a valorização dos professores, que hoje ganham R$ 13 a hora-aula. Já Mário Reali (PT), se reeleito, pretende ampliar a oferta de vagas em creches para atender 10 mil crianças até 2016. “Temos, ainda, vários

projetos como a escola técnica federal e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que lutamos para aumentar o campus”, afirma.

Mauá pode ganhar mais cinco CEUs (Centro Educacional Unificado), caso o petista Donisete Braga seja eleito. “Um no Oratório, um no Zaíra, dois no Eixo Barão, um no Parque das Américas e um vila Anchieta”, promete. “Também quere-mos uma universidade federal de enge-nharia e escolas municipais do governo federal, no bairro São Vicente e no Campo Verde”, diz.

Adersária de Doniste, Vanessa Damo (PMDB) tem planos de adotar o sistema de período integral, com ensino de idiomas estrangeiros, música, dança e outras atividades, além de retomar o fornecimento do uniforme escolar e transporte gratuitos, entrega de kit escolar, e fazer parcerias com as creches particulares para atender 2,5 mil crian-ças. "Planejo, ainda, buscar ajuda dos governos federal e estadual para cons-trução de creches, uma delas de perío-do noturno", afirma a candidata.

Centro Educacional Unificado Regina Rocco Casa até crianças em São Bernardo

ano, São Bernardo contará com sete mil vagas no ensino público, em creches e ensino infantil e fundamental. “Terminando este primeiro mandato, nós vamos fazer uma bal-anço de quantas mais precisamo. Já temos empresas contratadas para realizar novas obras, de forma que a gente vai diminuindo gradativamente as demandas, especialmente de creches”, garante Marinho, que se com-prometeu ainda a reformar escolas.

Candidatos 2º turno firmam compromisso

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FEI inscreve candidatos até 23 de novembro para provas no começo de dezembro

Vestibulares estão com inscrições abertasVárias universidades da região inscrevem para as provas tradicionais, digitais ou

agendadas. Veja as principais informações sobre alguns processos seletivos.ANHAGUERA – As inscrições para o ves-tibular da universidade custam R$ 25 e podem ser feitas pelo site www.vestibulares.br. As provas são agendadas e há várias datas em outubro disponíveis para escolha.

ESAGS – As inscrições para a Escola Superior de Administração e Gestão podem ser feitas até 8 de dezembro pelo site www.vestibularesags.com.br. A taxa é de R$ 45 e a prova será reali-zada dia 9 de dezembro.

FAINAM – As provas para o vestibular da Faculdade de Interação Americana serão reali-zadas nos dias 11 de novembro, 15 de dezem-bro, 12 de janeiro e 23 de fevereiro. Também há provas agendadas para dias úteis marcadas pelo telefone (11) 4128-2130 ou no campus. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site www.fainam.edu.br. Única no ABC a ter o cer-tificado da Microsoft, a FAINAM permite ao aluno escolher as disciplinas que vai cursar no semestre e pagar o valor proporcional com o método de créditos acadêmicos.

FEI – As inscrições para o vestibular da Fundação Educacional Inaciana poderão ser realizadas até 23 de novembro. Presencialmente o valor é de R$ 60 e pelo site www.fei.edu.br, a taxa é de R$ 50.

As provas serão dias 1° e 2 de dezembro.

FTT – As provas do processo seletivo da Faculdade de Tecnologia Termomecânica serão realizadas dia 9 de dezembro, às 14h. As inscri-ções vão até a 9 de novembro e devem ser feitas pelo site www.conesp.com.br. A taxa é de R$ 15.

MAUÁ – As inscrições para o vestibular da universidade custam R$ 60 e devem ser feitas até 5 de novembro somente pelo site www.maua.br/vestibular. A prova

será realizada dia 10 de novembro.

METODISTA – A taxa de inscrições para a Universidade Metodista de São Paulo varia de R$ 30 a R$ 70, que podem ser feitas no site www.metodista.br/vesti-bular. As provas tradicionais serão no dia 11 de novembro, já as digitais têm qua-tro datas diferentes. Quem optar por utilizar a nota do ENEM deve se inscre-ver presencialmente no campus Rudge Ramos, até 31 de outubro.

SENAC – Os candidatos devem acessar o site www.sp.senac.br até 18 de novembro para se inscrever no vestibular do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial da unidade de Santo André. A prova será realizada dia 1° de dezem-bro e a taxa de inscrição custa R$ 80.

SENAI – O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial inscreve até 21 de novembro para os cursos superiores de Processos Ambientais, Polímeros e Mecatrônica Industrial. As inscri-ções custam R$ 53 e podem ser feitas pelo site www.sp.senai.br/faculdades ou presencialmen-te na faculdade onde será ministrado o curso. As provas serão dia 9 de dezembro.

UNIP – A Universidade Paulista disponibiliza sete datas para realização da prova tradicional. Quem preferir pode agendar a prova até o dia 31 de outubro. Para verificar as opções e se ins-crever, acessar o site www.unip.br/vestibular. A inscrição custa R$ 40.

USCS – As inscrições presenciais da Universidade Municipal de São Caetano do Sul poderão ser feitas até o dia 6 de dezembro ou pela internet até 5 de dezembro no site www.uscs.edu.br. O valor da inscrição é de R$ 50 e a prova será realizada no dia 8 de dezembro.

Não há como ignorar que a edu-cação inclusiva e voltada para

crianças com algum tipo de deficiên-cia física ou mental é realidade no Brasil. Ainda que em processo de aperfeiçoamento e experimentação, quase todas as prefeituras do ABC possuem projetos de atenção aos estudantes com autismo, síndrome de Down, paralisia infantil, dificuldades auditivas, visuais e de locomoção e outras dificuldades, sempre na pers-pectiva da inclusão no ensino regular.

De uma forma geral, as secretarias municipais de educação apostam em grupos de profissionais especializados em educação inclusiva que fazem aten-dimento itinerante, uma a duas vezes por semana, aos professores com alu-nos especiais em sala de aula. São Bernardo, São Caetano e Diadema já podem atender alunos em todas as unidades municipais.

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Inclusão é realidade no setor públicoRealidade no ABC, educação para alunos com necessidades especiais precisa, porém, de aperfeiçoamento

Nas salas de aula, um estagiário ou auxiliar de professor, enviado pelo pro-grama, acompanha a criança nas tarefas. “Nosso projeto é voltado para o desen-volvimento da autonomia do aluno”, explica Cecília de Oliveira Prado, chefe de Divisão da Educação Especial de São Bernardo. Cecília conta que o tempo que o cuidador fica com o aluno depende do grau de comprometimento da realização de atividades corriqueiras, e isso é avalia-do pelos professores com formação específica que fazem o atendimento iti-nerante. O grupo também monta planos pedagógicos individualizados para cada área de deficiência.

Formação incompleta “Muitos professores reclamam que

não têm formação pra isso, mas não exis-te um curso que prepare o professor para incluir, assim o processo formativo acontece a partir da chegada da criança”,

diz Cecília sobre a formação dos profes-sores da rede municipal, que primeiro recebem o aluno especial em sala, para depois se informar e receber assistência.

Fernanda Sanmarone, diretora da Escola Paulista de Educação Especial, em São Bernardo, afirma que a formação deve ser contínua, porém desde o início. “Não pode incluir depois formar. O professor precisa ter formação desde o começo, mas na prática é totalmen-te diferente e ele continua aprenden-do”, analisa a diretora da Escola Paulista.

A mantenedora do Núcleo Terapêutico CrerSer, também em São Bernardo, Mariana Martin Bianco, criti-ca o curso superior de Pedagogia. “Na faculdade não temos respaldo sobre o assunto e na pós-graduação só recebe-mos teoria”, reclama. “A maioria dos professores está buscando informação por conta própria e aceitando este

aluno do jeito que dá”, conta. Rio Grande da Serra não respondeu ao ques-tionamento do Repórter Diário.

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É consenso entre Mariana Martin Bianco e Fernanda Sanmarone

que a aliança entre educação regular e especializada pode dar certo. “A ideia de escola de apoio favorece o social e reforça algumas especificidades”, explica Mariana. Fonoaudiologia, fisio-terapia, psicologia, terapia ocupacio-nal e musicoterapia são algumas delas.

Fernanda explica que a escola espe-cial dá aparato para as regulares. Uma dica, segundo a diretora, é fazer parte das parcerias entre governos estaduais e municipais e escolas particulares, que geram redução nas mensalidades.

Santo André e São Caetano comple-mentam o turno regular com atenção especializada nas Salas de Recursos Multifuncionais, que atendem deficiên-cias específicas, como as visuais. São Bernardo tem a Escola Polo para Alunos Surdos para os pais que opta-rem por este processo. Mauá tem cerca de 12 escolas polo.

Santo André mantém, ainda, convê-nio com a Fundação de Medicina do ABC, para que profissionais da área da

Especialistas sugerem parcerias

saúde integrem o trabalho multidisci-plinar nas unidades municipais. Outra frente são as avaliações multidiscipli-nares e os atendimentos clínicos, com fonoaudiologia, psicologia, orienta-ção familiar e psicopedagogia. O mesmo serviço é feito no CAEM (Centro de Atendimento Educacional Multidisciplinar).

Outro convênio permite curso de pós-graduação ao pessoal do magisté-rio na Fundação, com especialização na área de inclusão.

Atendimento multidisciplinar

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Ensino a distância ganha mais adeptosVista durante muito tempo como alternati-

va ineficaz e sucateada do ensino superior e técnico, o EAD (ou ensino a distância) ganha cada vez mais espaço entre os universitários do País, impulsionado pela flexibilidade da metodo-logia, pelas próprias inovações tecnológicas surgi-das na última década e, pelo investimento realiza-do pelas instituições de ensino.

De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2010, um em cada sete estudantes de graduação estudam na modalidade a distância. Ao todo são 930 mil universitários matriculados em cursos no formato, o que representa 14,6% do total de matrículas do País.

“Neste método, o aluno é ainda mais responsável por construir seu conheci-mento através de sua disciplina, já que a carga horária definida para que consiga um bom aproveitamento é de 20 horas semanais”, explica a pedagoga e professo-ra da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), Maisi Sathler Rosa. “Diferente de um curso presencial, em que o aluno pode sair da sala, no EAD é imprescindí-vel que o tempo seja totalmente direcio-nado aos estudos”, completa.

A pedagoga ainda explica que o estudan-

te interessado em cursar alguma graduação pelo método pode buscar referências sobre a qualidade dos cursos em levantamentos divulgados pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância). “As pesquisas rea-lizadas pela instituição avaliam as condições de ensino e de acesso aos materiais necessá-rios para que o rendimento dos alunos seja satisfatório”, define, ao ressaltar a democra-

tização do ensino como um dos principais aspectos da metodologia.

“A inclusão social que ela propícia talvez seja o fato mais importante de sua concep-ção, já que muitos não teriam a condição financeira de se locomover todo dia para a faculdade, assim como as pessoas com algum tipo de deficiência física, já que o EAD dimi-nui os obstáculos presentes na vida acadêmi-

ca presencial”, conclui Maisi Sathler Rosa.

Caso de sucessoCoordenadora do Núcleo de EAD da

Umesp, Adriana Azevedo, afirma que o núme-ro de alunos da modalidade na Metodista, que oferece 15 cursos de graduação e um de pós-graduação, acompanhou o grande impul-so verificado nos últimos anos no País. “Nosso projeto, que não é pautado pela mas-sificação, obteve grande aumento nestes seis anos de implantação, ao passar de 700 alunos em 2006 para 12 mil em 2012”, afirma, ao revelar que o formato também possui papel importante na expansão da Metodista. “Possuímos ao menos um polo de estudo em cada uma das regiões. Ao todo, são 37 cen-tros deste tipo, o que nos faz atingir cerca de três mil municípios”, completa.

Segundo a coordenadora do programa Metodista, o preço das mensalidades tam-bém é atrativo: em média 50% mais baixo em relação ao dos cursos presenciais. “A aceitação do mercado é muito boa e tenho certeza que este número crescerá ainda mais”, diz ao apontar para 8 mil alunos na graduação e cerca de 400 pós-graduados em EAD.

Metodista já oferece 15 cursos de graduação e um de pós-graduação em EAD

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ABC caminha para reduzir turmas Dirigentes da área de educação recebe-

ram com otimismo a proposta da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, aprovada dia 16 de outubro, que altera as turmas de pré-escola e dos dois anos iniciais do ensino fundamental para 25 alunos por sala de aula. Dizem que o ABC já caminha nesta direção. A média hoje de estudantes estabeleci-da pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é de até 35. A matéria, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), foi encami-nhada à Câmara dos Deputados.

Para Márcia Santos, coordenadora do Grupo de Trabalho Educação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e secretária de Educação de Diadema, o projeto é positivo, porque é mais uma medida que contribuirá para melhorar a qualidade da educação no País. No caso do ABC, Márcia afirma que o projeto não terá grande impacto, porque a rede munici-pal vem num processo de redução do número de alunos na sala. “Exemplo é Diadema, onde as turmas de 4 a 5 anos têm média de 27 crianças e no ensino fundamental, cerca de 30”, diz.

Márcia conta que na primeira quinzena de novembro haverá reunião do GT no Consórcio, para buscar um diagnóstico sobre a situação em cada município e o tempo necessário para se

ajustar caso o projeto seja aprovado. “Será fun-damental que cada cidade verifique o que a medida vai representar em termos de recursos financeiros para a reorganização da rede, inclu-sive em número de professores”, comenta.

Cleide Bochixio, secretária de Educação de Santo André, afirma que, embora represente um avanço no tocante ao serviço público de Educação do País, a medida, na prática, não

contempla a realidade de muitos municípios brasileiros que terão dificuldades para se ade-quar à nova lei.

Estrangulamento“O benefício para o aluno e o professor é

inegável, mas a questão orçamentária é um problema. Nos últimos anos, percebemos um estrangulamento nos recursos municipais,

além de cada vez mais encargos. Seria preciso uma medida republicana, que nos dessem recursos suficientes para arcarmos com essa mudança. É preciso uma reforma tributária. As coisas não são descoladas”, aponta Bochixio.

Ainda de acordo com a secretária de Educação, Santo André já adota a média de 25 alunos por sala de aula nas turmas da pré-escola. No ensino fundamental, no entanto, o número pode chegar a 30. “Já nas escolas da periferia, região mais populosa e com menos áreas construídas, o limi-te de 30 alunos pode ser ultrapassado”, diz.

Valdinéia Cavalaro, presidente interina da Associação das Escolas Particulares do ABC, sublinha a diferença na adequação à lei entre as escolas públicas e privadas ao afirmar que algumas escolas particulares da região já ado-tam o limite de 25 alunos por sala há décadas.

“Concordo com o teor da lei. Normalmente, escolas particulares já utilizam esse critério, diferente das escolas públicas, principalmente as que estão localizadas em bairros carentes, que lotam salas de aula. O número estabeleci-do pela nova lei é o ideal para um bom traba-lho em sala de aula. Não temos dados precisos, mas é pratica comum na maioria das escolas particulares da região”, diz a presidente da entidade, com cerca de 60 associadas.

Projeto do Senado tenta reduzir para 25 alunos as turmas na sala

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