Sumário - fisipe.pt · A China e muitos outros países do Médio Oriente tinham as suas divisas...

12
Presidente da Comissão Executiva Sumário Este é o meu IF Nº 124 Junho de 2009 www.fisipe.pt Editorial "Depois da tempestade vem a bonança" Notícias FISIPE 11 Espaço CIRFS / Espaço APEQ Perfil 10 Luis Pombo 9 Movimento de Pessoal Destaque 6 Perspectivas para o negócio de fibras acrílicas num cenário de crise Artigos 2 As "Vacas Sagradas" e a produção magra Qual é o produto que vem a seguir? Parece-me que este velho ditado se aplica com bastante rigor ao que se está a passar no negócio das fibras acrílicas e, nome- adamente, na FISIPE. O ano de 2008 foi de verdadeira “tempestade”, com os preços do petróleo, e consequentemente dos produtos petroquímicos, nossas matérias-primas, a atingirem valores historicamente elevados, que não se conseguiram repercutir inteiramente nos preços de venda. Deste modo, todo o Sector sofreu elevados prejuízos, a que a FISIPE não ficou imune e que levaram ao encerramento de mais unidades produtoras, uma das quais nossa grande concor- rente. Com a queda do preço do petróleo e dos produtos petroquímicos verificada no último trimestre de 2008 e após um período de “paragem do mercado”, que aguardava preços cada vez mais baixos, a procura foi recuperando e o primeiro semestre de 2009 foi de verdadeira “bonança” para a nossa actividade: o mercado a consumir, as matérias-primas a preços muito razoáveis e a concorrência menos agressiva devido a menores capacidades em actividade. Já merecíamos condições mais favoráveis, pois os últimos dois anos (2007 e 2008) foram muito difíceis, mas devemos reconhecer que as medidas tomadas e os sacrifícios assumidos nesse período nos prepararam melhor para sobreviver à crise e aproveitar da melhor maneira a “bonança” que agora vivemos. Vamos continuar a investir na prossecução da nossa estratégia de produzir fibras com cada vez maior valor acrescentado e assim assegurar o nosso futuro. 3 4 A crise económica (parte I) Recursos Humanos 5 G.D.C.T. FISIPE 8 Sugestões de sites da internet Informações Painel de Ambiente do Barreiro / Machada em família Protocolo com os Bombeiros / Apoio aos Bombeiros Licença de estabelecimento da CCB 12 João Manuel Dotti Destaque A recessão em curso vem agravar os desequilíbrios e excessos de capacidade à escala mundial, já crónicos no sector de fibras acrílicas têxteis, e pode inclusivamente trazer efeitos negativos nos sectores a montante...

Transcript of Sumário - fisipe.pt · A China e muitos outros países do Médio Oriente tinham as suas divisas...

Junho 2009

��������� �� � ����� ��������

Su

rio

Este é o meu IF

����������� ������

������������

Ed

ito

ria

l

"Depois da tempestadevem a bonança"

Notícias FISIPE11

Espaço CIRFS / Espaço APEQ

Perfil10 Luis Pombo

9 Movimento de Pessoal

Destaque6 Perspectivas para o negócio de fibras acrílicas num

cenário de crise

Artigos

2 As "Vacas Sagradas" e a produção magra

Qual é o produto que vem a seguir?

Parece-me que este velho ditado seaplica com bastante rigor ao que se está

a passar no negócio das fibras acrílicas e, nome-adamente, na FISIPE.O ano de 2008 foi de verdadeira “tempestade”, comos preços do petróleo, e consequentemente dosprodutos petroquímicos, nossas matérias-primas, aatingirem valores historicamente elevados, que nãose conseguiram repercutir inteiramente nos preçosde venda. Deste modo, todo o Sector sofreuelevados prejuízos, a que a FISIPE não ficou imunee que levaram ao encerramento de mais unidadesprodutoras, uma das quais nossa grande concor-rente.Com a queda do preço do petróleo e dos produtospetroquímicos verificada no último trimestre de 2008e após um período de “paragem do mercado”, queaguardava preços cada vez mais baixos, a procurafoi recuperando e o primeiro semestre de 2009 foide verdadeira “bonança” para a nossa actividade: omercado a consumir, as matérias-primas a preçosmuito razoáveis e a concorrência menos agressivadevido a menores capacidades em actividade.Já merecíamos condições mais favoráveis, pois osúltimos dois anos (2007 e 2008) foram muito difíceis,mas devemos reconhecer que as medidas tomadase os sacrifícios assumidos nesse período nosprepararam melhor para sobreviver à crise eaproveitar da melhor maneira a “bonança” que agoravivemos.Vamos continuar a investir na prossecução da nossaestratégia de produzir fibras com cada vez maiorvalor acrescentado e assim assegurar o nosso futuro.

3

4 A crise económica (parte I)

Recursos Humanos5

G.D.C.T. FISIPE8

Sugestões de sites da internet

Informações

Painel de Ambiente do Barreiro / Machada em família

Protocolo com os Bombeiros / Apoio aos Bombeiros

Licença de estabelecimento da CCB

12

� � ������ � �

D e s t a q u eA recessão em curso vem agravar os

desequilíbrios e excessos decapacidade à escala mundial, já

crónicos no sector de fibras acrílicastêxteis, e pode inclusivamente trazer

efeitos negativos nos sectores amontante...

Junho 20092

As "Vacas Sagradas" e a produção magra����������� � �� ���������� ������ ������������������������������ ������������������� �� ���������������� ���� �������� ��� ��

� �������� �� � �

A r t i g o s

��������� �� �����������������

��� ���� ������������������

���������

�� ������ ��������� ��� ��� ���� ������� ���� �� �������� ����������� ���� �� ������������������ �!���� �� ������� ���������� ��"� ������� ���� #��� "���$�������� �� �� "���%�&"��'������ ���� ��� ��"� �� ����� "����� (%������ �"������ �� ����)����� ���*� ����� ������ ��� �"���")���

�� (%������ �"������ ��� ��������

Cada vez mais, particularmente nosperíodos de crise, as empresas procu-ram fazer a diferença: mais rápido, maisbarato, mais personalizado, mais qua-lidade, mais…As empresas (NÓS) estão(amos) numambiente altamente competitivo.As empresas (NÓS) necessitam(os) desobreviver e gerar resultados.Existe o fantasma da deslocalização.Fazer bem não é suficiente.O Mercado exige produtos cada vez maisbaratos, mais personalizados, maiscomplexos.É necessário mais eficiência. Só osmelhores sobreviverão.Estes desafios não são novos. Nos anos50 do século passado a Toyota teve apercepção do caminho a seguir edesenvolveu a filosofia “LEANTHINKING”, que tendo sido inicialmentedesenvolvida para os processos demontagem, hoje é utilizada em processoscontínuos e nos serviços.A “LEAN THINKING” é uma abordagemsistemática para identificação e elimi-nação de desperdícios (actividades quenão acrescentam valor) através damelhoria contínua. Faz os produtosfluirem sempre que o cliente os “puxa”(Taiichi Ohno, engenheiro da Toyota quedesenvolveu o conceito).Trata-se de uma reacção à produção emmassa que “empurrava” os produtospara o mercado. Era a inversão daabordagem em que “todos podemescolher a cor do Ford T desde queescolham preto” (Henry Ford).As séries passaram a ser maispequenas, as renovações dos pro-dutos mais frequentes e a perso-nalização um requisito…Na FISIPE, o tempo do L11 e do L17já lá vai… A panóplia de cores do L25é cada vez maior e a do L28 tambémserá!... A diferença para a Toyota serátão grande assim?Taiichi Ohno considerava tratar-se de“uma filosofia de produção que reduzo prazo entre a encomenda e aexpedição através da eliminaçãosistemática de desperdícios”.Na Toyota foram identificados 8 tiposde desperdícios:- de superprodução: o desperdício que

decorre de produzir mais do que onecessário ou antes do necessário;- de espera: é o desperdício que resultade alguns produtos ficarem à espera deoutros para poderem ser processadosou entregues;- de transporte: as ineficiências queresultam, por exemplo, de lay out poucoadequado;- de processamento: são perdas noprocesso produtivo que resultam deavarias nas máquinas;- de excesso de inventário: o desperdícioque resulta de excesso de produto emcurso de produção ou de stocksexcessivos;- de movimento: perdas devidas amovimentação de pessoas que nãoacrescenta valor - motion is not action;- de não conformidade: perdas de-correntes da fabricação de produtosdefeituosos;- de talento humano: perdas que resultamda falta de envolvimento das pessoas.Estes desperdícios serão muito dife-rentesdos existentes na generalidade dasempresas?Para que esta abordagem não sejaapenas mais uma moda, é preciso queseja aplicada a todos os processos denegócio, identificar claramente a cadeiade valor e os “elos” que são realmentenecessários. Tudo isto baseado nos 5

Ws:- Why? Questionar “porquê”, repetidae incessantemente, até encontrar acausa do problema- Where? (Onde?)- Who? (Quem?)- When? (Quando?)- What? (O quê?)E adicionalmente: - How? (Como?).Em resumo, mudança de atitudeprecisa-se!A nossa percepção do “mundo real” éfortemente influenciada pelas “vacassagradas” em que acreditamos.Resistimos à mudança evocando asnossas “vacas sagradas”.Mas… estas “vacas sagradas” não dãobifes! É necessário "abatê-las"!...Isso irá facilitar a identificação dacadeia de valor, a simplificação dosprocessos e o início da viagem rumoà melhoria contínua…

Junho 2009 3

Qual é o produto que vem a seguir?

A r t i g o s

O Desenvolvimento de Novos Produtos ou Tecnologiasé quase sempre um processo com grandes alegriase grandes desilusões, avanços e recuos, soluções eproblemas sucessivos. Os projectos têm algumasvezes desfechos muito compensadores, outras semsucesso, mas são invariavelmente desafios muitoestimulantes.A FISIPE aprendeu a lidar de forma muito equilibradacom esta actividade: conseguimos que a curiosidadese sobreponha ao desinteresse e a tolerância à críticafácil. Aprendemos a lidar com o insucesso e a resolverem equipa as nossas dificuldades, com dores decabeça e vitórias salutarmente partilhadas pelasdiferentes estruturas da empresa.Este clima de confiança e respeito pela actividade deInovação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT)estimula a nossa criatividade e reforça a nossa perse-verança e capacidade de ultrapassar o insucesso. Oapoio interno à I&DT é actualmente inquestionável,desde a Administração até à equipa produtiva. Mas acereja em cima do bolo surge quando nos abordampara saber: “Qual é o produto que vem a seguir?”.Passou a ser "normal” e desejável inovar, a neces-sidade de mudança já faz parte da cultura da empresae portanto os novos Produtos e Tecnologias são bem-vindos.Recentemente a FISIPE conseguiu dar mais doispassos que consolidam o seu actual perfil de empresaInovadora, agora também com projecção no exterior:

1. A aprovação de 3 projectos num total de 4candidaturas submetidas ao programa Sistema deIncentivos a I&DT (SI I&DT) no âmbito do Quadro deReferência Estratégico Nacional (QREN).

2. O interesse revelado por empresas externas emadquirir serviços de Desenvolvimento Tecnológico àFISIPE.

Dos projectos de desenvolvimento aprovados eparcialmente financiados a fundo perdido pelo QRENresultarão certamente os Novos Produtos e Tecnologiasque virão a seguir:

� Projecto CARBOGEN – tem como objectivo odesenvolvimento de fibras precursoras de fibra decarbono (a matéria-prima da Fibra de Carbono).

� Projecto CARBOPAN – visa o desenvolvimento datecnologia de produção de Fibra de Carbono e exigiráa construção de uma Instalação Piloto para conversãodo precursor em Fibra de Carbono.

� Projecto POLYBLEND – combinando polímerossintéticos e naturais desenvolveremos uma fibra híbridainovadora mais eco-eficiente e que reduz adependência de matérias-primas derivadas do petróleopor recorrer a matérias-primas renováveis edisponíveis no nosso País.

Este último projecto (POLYBLEND) foi particularmenteelogiado pela Comissão de Avaliação do programa emereceu a excelente classificação de 4.65 (máximo5).A possível prestação de serviços de I&DT a outrasempresas será a confirmação de que a nossa estruturade I&DT é capaz de criar valor de forma ainda maisdiversificada e interessante. Passará a criar valor nãosó com os produtos e tecnologias que desenvolveinternamente mas também pelos serviços que podeprestar ao exterior.A imagem da FISIPE está a mudar. Mas esta mudançacomeçou internamente, porque acre-ditámos nasnossas capacidades, conquistámos a nossaindependência em termos de I&DT e assim passámosa comandar um importante factor que determina anossa competitividade.

O reconhecimento externo é muito estimulante maspor favor não deixem de nos perguntar qual é oproduto que vem a seguir…

Fig. 1 – Reactorespiloto para estudo dediferentes polímerosadequados para aprodução de fibrasprecursoras de fibrade carbono – projectoCARBOGEN

Fig. 2. – Nova Instalação piloto (15X100 m) a construirno terreno adjacente à actual Instalação Piloto e no âmbitodo Projecto CARBOPAN

Junho 2009

������� ��� �����

4

A r t i g o s

A crise económica (Parte I)

A crise económica actual "nasceu" há duas décadas!

Muito se tem falado e escrito sobre as causas e amplitudesda actual crise económico-financeira. Vamos tentar dar, emtermos simplificados, uma ideia sobre o que, na nossaopinião, aconteceu.

Durante muitos anos houve um excesso de liquidez nosmercados. Havia mais dinheiro do que oportunidades deinvestimento. Era comum ouvir dizer “dinheiro há muito, oque falta são ideias e bons projectos de investimento…”

Vejamos então os vários desenvolvimentos que pensamosterem levado ao resultado actual:� A China e muitos outros países do Médio Oriente tinham

as suas divisas “coladas” ao Dólar Americano. Poroutro lado, havia nestas economias muito dinheirodisponível (das vendas do petróleo e de exportações deprodutos), o que lhes permitia “segurar” a sua moeda,comprando em larga escala, através dos seus BancosCentrais, quando necessário, dólares Americanos evendendo as suas próprias divisas. Estes dólarescomprados eram depois aplicados no Ocidente,nomeadamente em Obrigações do Tesouro. Estespaíses, por outro lado, com menores hábitosconsumistas, poupavam muito, sendo essas poupançastambém investidas no Ocidente.

� A partir de 1980, altura em que a inflação e as taxas dejuro eram altas, conjugaram-se vários factores queexerceram uma tremenda pressão descendente nainflação:� Um excesso generalizado de oferta na economia.� A liberalização de muitos mercados e uma

revolução tecnológica que permitiu um aumentoanormal da produtividade.

� A queda do comunismo, a qual permitiu o acessoa mão-de-obra mais barata, nomeadamente noLeste Europeu e na Ásia, permitindo tambémimportações mais baratas.

A pressão descendente sobre a inflação foi tão grande quesurgiram períodos de quase deflação em 1998 e 2003. Estaconjugação de factores deu azo a uma política económicamuito pouco restritiva, nomeadamente a política da eraGreenspan. Por outro lado, no Ocidente, os Bancos Centraisinjectaram enormes quantidades de dinheiro na economia,criando um excesso de massa monetária.

Com menor poupança (especialmente nos Estados Unidos)e mais acesso ao crédito, a procura aumentou rapidamente.

Numa situação normal, isto levaria a um aumento da inflação.Em reacção a esta conjuntura, os Bancos Centrais deveriamimplementar uma política mais restritiva de acesso ao crédito,procurando aumentar as taxas de juro para travarem ainflação. Mas a inflação não aumentou e nalguns casos atédesceu!

O contínuo aumento das importações de baixo custo daÁsia, o aumento da produtividade à escala mundial e ospersistentes baixos aumentos salariais causados pelaglobalização (a mão-de-obra Ocidental cada vez menoscompetitiva em relação à mão-de-obra da Ásia e de outrospaíses emergentes) travaram a subida da inflação.

Estava criada a combinação ideal entre alto crescimentoeconómico e persistente baixa inflação. Teoricamente, esteaumento constante de importações levou a um enormedéfice na balança de pagamentos do Estados Unidos, o

que, em condições normais, conduziria a uma desvalorizaçãodo USD contra, por exemplo, a divisa Chinesa. Logo, asimportações do Extremo Oriente ficariam automaticamentemais caras, implicando a sua redução em termos de volume.

Isso não aconteceu, devido à política de “crawling Peg”seguida pelo Banco Central Chinês, o qual comprava osdólares vendendo Yuans, aplicando posteriormente asdivisas compradas em obrigações do tesouro americano.Com isto, os chineses conseguiram controlar a valorizaçãoda sua moeda.

Numa conjuntura de alto crescimento económico, baixainflação e excesso de liquidez, tornou-se fácil e barato pedirdinheiro emprestado. Seguiu-se assim uma política deconcessão de crédito irresponsável, em que os empréstimosforam contra garantidos por colaterais sem suficiente valorou por spreads excessivamente reduzidos. Quanto maisbarato e fácil era o crédito, mais crescia o volume deempréstimos, pelo que o crescimento económico continuoua subir, alimentado pela convicção de que o futuro seria“cor-de-rosa”.

Este movimento conduziu a uma redução ainda maior dosspreads num movimento que parecia não ter fim.

� Convém recordar que os spreads sobre as taxas dejuro base servem também para absorver eventuaisfuturos não pagamentos de dívidas bancárias (defaults)e que as contínuas reduções de spreads significavama assumpção de que cada vez menos defaultsocorreriam no futuro.

� Por um momento isto parecia fazer sentido, pois devidoao alto crescimento económico, baixa inflação eaumento do endividamento, o valor das casas e dasacções subiu rapidamente. Casas e acções começarama servir de colaterais aos empréstimos e pareciam sergarantias sólidas.

Chegamos finalmente ao cerne da questão: porque razãoas ultimas décadas foram tão anormais do ponto de vistado racional económico.

Já verificámos que foi uma coincidência de circunstânciasque provocaram a queda da inflação, apesar do alto crescimentoeconómico. Face à queda da inflação e ao excesso de liquideznos mercados, foi possível uma redução acentuada nas taxasde juro nominais e reais (taxa nominal acrescida da inflação). Istofoi tremendamente importante, já que quanto mais caiem estastaxas mais rapidamente sobem os activos reais – propriedades,acções, antiguidades, quadros, etc. Foi isto que causou a subidaanormal dos preços destes activos a partir de meados dos anosoitenta. Esta subida também teve como consequência que estesactivos passassem a servir de garantia para empréstimos.

Quando se constatou que a inflação já não podia descer maise que havia um sério risco de deflação, o valor dos activoscessou de crescer, acarretando com isso muitos problemaspara os Bancos, que tinham empréstimos cujos colaterais eramacções ou propriedades imobiliárias, subitamente desvalorizados.Por outro lado, estes empréstimos foram concedidos com spreadsexcessivamente reduzidos, o que fez com que essesfinanciamentos passassem a valer menos.

Foi o que aconteceu em 2006 e 2007 e isto significava o inícioda crise do sistema financeiro internacional, conhecida como acrise do subprime.

Junho 2009 5

R e c u r s o s H u m a n o s

EfectivoA recomposição do efectivo em várias áreas e funções, bem como a constituição da 5.ª equipa, determinaram uma alteraçãoconsiderável nos quadros de pessoal da FISIPE.Em 2005 atingimos o mais baixo efectivo instantâneo de sempre, já que fechámos o ano com 264 efectivos.A previsão para o ano de 2009 aponta para 320 efectivos.Em 4 anos, e apesar das dificuldades que atravessámos, aumentámos o emprego em cerca de 56 elementos, ou seja, 21,2%.

AbsentismoO absentismo constitui um gravíssimo problema para a organização do trabalho, pois origina injustiças, soluções de recursoe aumento de custos. Uma taxa de absentismo superior aos 6%, como hoje se verifica, significa que todos os dias faltammais de 20 pessoas. Não é justo nem sustentável para a empresa nem para os seus trabalhadores. É preciso valorizar cadavez mais a presença e, obviamente, o bom desempenho. São as duas faces inseparáveis do trabalho respeitável.

Trabalho suplementarO trabalho suplementar, originado especialmente pelo absentismo, é outra fonte de custos evitáveis que também, neste caso,penalizam a Empresa e os trabalhadores mais disponíveis.

Avaliação do desempenhoA avaliação do desempenho, que na FISIPE se pratica já desde 2000, constitui um precioso elemento na caracterização dosperfis de desempenho do pessoal da empresa. Embora a generalidade dos colaboradores apresente grande consistência naqualidade do seu desempenho, há uma franja (16%) que não atinge padrões aceitáveis.Ter bom desempenho é um imperativo de dignidade e constitui um dever para cada um, estando ao alcance de todos consegui-lo. Pode não bastar querer mas…é na vontade que o sucesso começa.

Junho 2009

D e s t a q u e

Perspectivas para o negócio de fibras acrílicasnum cenário de crise

6

���������� �� � !�"��� � � #$�� $%� !�� � &# �� �#�!&#��"��� !'

(� )� �$�� ��*�+, �� -�$%� �!.�� ��!� $ -��"!$�!� &# � / $� �� $#���� -�$% �"�",�� &# � ��!� ��� "�0

1� )� �$�� % �2 "��� -�$%� �!.�� ��!� � ��34 !� � � -�#!�5 2 "��� ��� � �� &# � � -"�"$�!� � 2�* $�!� � �!� !#�����!� �6�"��!0

����� ��� ����� ��� �� ������

Esta declaração foi feita nos anos oitenta, época em que aeconomia obedecia a regras supostamente conhecidas, eexprime uma abordagem ortodoxa, racional e objectiva dosnegócios e da gestão de empresas. Porém, a actual crisemundial, cuja extensão e profundidade ninguém aindaconseguiu prever, trouxe consigo imensas incertezas edificulta enormemente a tarefa de quem tem a respon-sabilidade de definir estratégias cujos cenários podem mudarradicalmente num curto espaço de tempo.No que diz respeito ao negócio de fibras acrílicas sabemosque as variáveis importantes continuam a ser:

������������������ �

Petróleo e Matérias-PrimasSegundo a EIA, até 2011, ano provável da retoma docrescimento económico, o preço do petróleo manter-se-ána faixa de 50-70 USD/barril como se observa no gráficoseguinte, embora sejam possíveis algumas oscilaçõessignificativas acima da curva de tendência provocadas poroperações especulativas:

Tendo em conta a gama de variação do petróleo, e excluindoefeitos de carências de oferta dos derivados, reais ouconcertadas, o preço do propileno, que é a matéria-primadeterminante do custo do acrilonitrilo, deveria situar-se entreos 700 e os 1000 USD/t, e o preço do acrilonitrilo deveria

Aquela diferença caiu significativamente nos primeiros mesesde 2009, reflectindo uma conjugação excepcionalmentefavorável de vários factores: descida do preço do petróleoe concomitante baixa do propileno e descida ainda maisacentuada do acrilonitrilo, pressionada pela quebra deactividade no sector de ABS, combinada com a redução daoferta de fibra acrílica decorrente do encerramento ouparagem de diversas fábricas (Montefibre em PortoMarghera, Mitsubishi em Ningbo e Japão) e com o aumentodo consumo industrial de fibra acrílica na China, sobretudopara reposição de stocks.É improvável que esta feliz conjugação se mantenha duranteo segundo semestre deste ano, pondo termo a um períodode recuperação de margens a que há muito não se assistiano sector de fibra acrílica. Com efeito, as margens unitáriasda fibra, que no primeiro semestre de 2009 tinham duplicadoface à média de 2008, deverão regressar a um nívelintermédio durante o segundo semestre, devido a aumentosde custo de matéria-prima, anunciados já para Junho.Quanto ao algodão, segundo o ICAC, o preço na campanha2009/2010 deverá cair para 57 cent/lb (USD 1,27/kg), devidoà quebra de procura ser ligeiramente maior que a quebrana produção e ao consequente aumento de stocks. Estaqueda vai ter efeitos directos no preço das ramas poliéstere indirectamente nas acrílicas.

��� �� �� ����� ������O gráfico seguinte demonstra que aumentos de preço deacrilonitrilo comprimem o spread (logo a margem) das fibras

situar-se na faixa de 1150 a 1400 USD/t, durante esteperíodo.

Poliéster e algodãoExistem duas causas principais para que a fibra acrílicaseja mais cara do que o poliéster:a) O custo das matérias-primas do poliéster (MEG e PTA)varia entre 60% e 80% do custo do acrilonitrilo;b) O custo de conversão de polímero em fibra poliéster,incluindo a energia consumida, é estimado em cerca de60% a 70% do custo correspondente em fibra acrílica wetspun.O spread da fibra poliéster é por isso invariavelmente inferiorao spread das acrílicas sobre o acrilonitrilo, sem que issosignifique margens mais baixas.A diferença de preço entre a fibra acrílica e a dupla poliéster/algodão na Ásia aumentou significativamente a partir de2003, prejudicando desde então a competitividade da primeiramas com maior gravidade em 2008:

Junho 2009 7

������������ ��� ������

����������������������No seu último relatório publicado em Abril, o FMI afirma quea presente recessão global, com uma queda de 1,3% noPIB mundial em 2009, é a mais grave desde a segundaguerra mundial e, podemos acrescentar, talvez a pior desdea grande recessão de 1929. Nessa época a taxa dedesemprego nos EUA ultrapassava os 25% e a dívida totaldo País representava 300% do PIB; em 2009, embora odesemprego ainda não chegue aos 10%, a dívida totaldeverá ultrapassar bastante os 350% do PIB! Os prejuízosdo sistema financeiro mundial entre 2007 e 2010 estãoavaliados em 4 biliões de dólares (4 milhões de milhões),sendo dois terços suportados pela banca e o resto repartidopor seguradoras, fundos de investimento, fundos depensões, etc. A retracção da banca internacional para aconcessão de créditos não terminará enquanto não seconhecer toda a extensão de créditos incobráveis e enquantoa injecção de liquidez iniciada pelos governos não chegara níveis que restabeleçam um mínimo de segurança econfiança no sistema financeiro.As previsões do FMI foram novamente revistas em baixaem Abril mas indicam que a retoma poderá ter início já em2011, com o aumento do PIB na União Europeia aindaabaixo dos 2% mas com os EUA a crescer já acima dos3%, enquanto a China vai ultrapassar de novo e rapidamenteos 10%, depois de manter um crescimento sempre superiora 6%. Importa salientar que na China, em 2000, o consumoprivado e as exportações representavam respectivamentecerca de 25% e 45% do PIB e que em 2009 as duascomponentes se equivalem, com cerca de 38%,representando no conjunto mais de 75% do PIB total, istoé, a economia Chinesa poderá compensar em parte odeclínio do consumo nos EUA e na Europa.

Passando à análise sumária dos saldos da balança detransacções, constata-se que a situação dos EUA é bastantemais frágil do que a da UE, o que pode indiciar também umamaior fragilidade estrutural do dólar relativamente ao euro.

���� ��������!���A quebra global no consumo privado não poupará a IndústriaTêxtil e de Vestuário, cujos excedentes de capacidademundial não constituem excepção ao que se passa emgrande parte das actividades económicas.

É portanto provável uma queda no consumo de fibras têxteisentre 2007 e 2011, tanto global como per capita. O consumode fibras acrílicas tem sido fortemente prejudicado pelaconcorrência de outras fibras, o que explica a perda dequota de consumo em fibras químicas, que em 1980 era dequase 15%, hoje não passa dos 5% e continuará a cairtendencialmente para os 3% pelas razões anteriormenteaduzidas. A taxa de utilização de capacidades sofreu umaqueda acentuada entre 2006 e 2009 e, mesmo após aretoma, vai manter-se perigosamente abaixo do nível mínimode rentabilidade, isto é, dos 75%, o que vai implicar um novociclo de racionalização.

������"�A recessão em curso vem agravar os desequilíbrios eexcessos de capacidade à escala mundial, já crónicos nosector de fibras acrílicas têxteis, e pode inclusivamentetrazer efeitos negativos nos sectores a montante, pelaredução da oferta de propileno e acrilonitrilo provocada peloprovável encerramento das unidades produtivas maisvulneráveis.A solução do problema não se esgota no já anunciadocongelamento das expansões de capacidade que estavamprogramadas na China, vai antes exigir novosencerramentos, em que as primeiras vítimas serão asempresas menos competitivas e as mais endividadas, porquehaverá muito menos crédito bancário disponível. Osprodutores sobreviventes serão aqueles que maisrapidamente conseguirem reduzir custos, garantir oabastecimento de matérias-primas e encontrar mercadosalternativos, nomeadamente no sector das aplicaçõestécnicas, cujo consumo será certamente menos afectadopela recessão.Como acima se explicou, entre as principais fibras têxteisquímicas, as acrílicas são as mais caras, devido não só aocusto das matérias-primas utilizadas mas também ao consumode energia e à complexidade do processo de produção. Amenos que se consiga aperfeiçoar o processo de fabrico de fibraacrílica por melt-spinning e avançar para a sua exploração àescala industrial, o que alteraria radicalmente os pressupostosda competição com as restantes fibras sintéticas, as fibrasacrílicas tradicionais estarão cada vez mais confinadas àsaplicações em que a sua substituição seja mais difícil,nomeadamente artigos de qualidade média alta comcaracterísticas de toque, volume e leveza, e têxteis expostos àintempérie ou, finalmente, como o precursor mais vantajoso parao fabrico de fibras de carbono.

acrílicas, de forma a manter o preço destas abaixo do limiarde 1800 �/t (2500 USD/t), que se pode considerar comolimite aceite pelo mercado, como se verificou no máximohistórico atingido no 3º trimestre de 2008:

Se analisarmos a taxa de desemprego nos principaisparceiros comerciais de Portugal, constatamos que é emEspanha que se atinge o nível mais preocupante, com umforte agravamento até aos 19,3% em 2010.

Junho 2009

G r u p o D e s p o r t i v o e C u l t u r a l d o sT r a b a l h a d o r e s d a F I S I P E

8

Aniversário Torneio de Futsal

S u g e s t õ e s d e s i t e s d a i n t e r n e t

No passado dia 4 de Fevereiro, o Grupo Desportivocomemorou o seu 26º ano de existência.Para divulgar e comemorar a ocasião, foi expostono átrio do Refeitório da Empresa um conjunto defotografias das várias actividades e modalidadesem que o Clube participou ao longo destes 26anos. Mostramos aqui uma pequena parte dessacolecção.

Recentemente, a nossa equipa de futsal participouno Torneio Interempresas do Concelho do Barreiro,conquistando o 1º lugar e o consequente apura-mento para a fase final a nível distrital, ondealcançou o 4º lugar.

�������������� �Com o aproximar das férias, e até mesmo para qualquerpasseio de fim-de-semana, fica a sugestão da páginada Via Michelin. Identificados dois quaisquer locais(partida e chegada) e o tipo de itinerário pretendido(rápido, económico ou aconselhado pela viamichelin)podemos gerar o percurso com todo o rigor e arespectiva estimativa de custos associados aocombustível e às portagens. Na mesma página temosainda acesso às sugestões do guia Michelin sobre osmelhores locais para visitar, onde comer e onde dormir.Boa viagem!

������� ���E porque se fala muito da Europa em tempo de eleiçõeseuropeias, talvez seja uma boa sugestão uma visita àpágina oficial da UE, onde, para além de um conjuntode informações institucionais, são disponibilizados meiosde divulgação para as diferentes faixas etárias.

Junho 2009

� � � � � � � � �

9

Renovando os votos de boas vindas e de êxitos profissionais e pessoais, publicamos neste número asfotografias e a identificação dos que, no 1º semestre de 2009, depois de um período de contrato a termo,passaram a integrar o nosso quadro de efectivos:

A profunda crise que atravessamose a necessidade de acompanharos grandes projectos em curso(Central de Cogeração e Precursorde Fibra de Carbono) determinaramalterações na macro estrutura daEmpresa. Neste âmbito, e entreoutras medidas, foi concretizada,

em 2 de Março, a admissão do ENGº SILVÉRIO

MANUEL PRATA CORREIA para exercer as funções deDirector de Operações, que assumiu plenamenteno passado dia 1 de Junho.

������������������

M o v i m e n t o d e P e s s o a l

�������� ����� ������� �������

� ���� �� ��

�����������������

Coroando um longo período deestreita colaboração com aFISIPE na área da AssistênciaTécnica, onde tem sido preciosa

a sua grande experiência e profundosconhecimentos da tecnologia têxtil, foi integradono nosso quadro de efectivos no passado dia 1de Janeiro.

����� ����� ������� ���������

Licenciado em engenharia demateriais pelo IST, exercefunções na área das fibrastécnicas não têxteis.

�� ��� �����

������ ����� ����� ������

�� � �� ��

�� ��� ��

�������� ������� ����� �����

���� �� ��

�� ��� ��

����� ������� ������� �������

�� � �� ��

�� ��� ��

������� ����� �������

��������

�� ���

�� ��� ��

������� ��������� ����� ������

��������

�� ��� ���

������������������������ ������������������������������

������ �������� �� �� �������� ����� ��� ����

�� � �� ��

�� ��� ��

Junho 200910

���� ����

��� ������ � �� � � �� ��� ������� ��� � ������� ����

P e r f i l

����# ���� ����������# �� ������$���� ��%�&# ������� � ������������'��(������#��� � � !��� � "��!� �� #������'��� &�%���# $��%��!� � ����������

Luís Pombo, de 30 anos, está prestes a completar 11anos de trabalho na FISIPE, numa Área que descrevecomo «uma peça ao lado do coração da fábrica, quea faz andar»: a Instalação Piloto. É aí que está desdeo início e confessa que não se conseguia ver atrabalhar noutra Área dentro da empresa, porquegosta do tipo de trabalho que ali realiza.Por ser a Área em que se desenvolvem novosprojectos para serem lançados na fábrica, énecessário «muito trabalho» e gostar de tudo o quelá se faz «para as coisas saírem em condições»,reconhece. Mas a grande vantagem é que «nunca seestá a fazer a mesma coisa muito tempo». «É umtrabalho muito interessante e temos uma chefiamuito empenhada, que faz com que as coisasandem bem e haja resultados».Esta não foi a primeira experiência profissional deLuís Pombo, desde muito cedo dado ao trabalho.Ainda a estudar, começou a trabalhar numa empresade camionagem aos 14 anos, primeiro sobretudo emtrabalhos de mecânica e, a partir dos 18 anos, comomotorista, percorrendo o país de norte a sul. Porsentir desde muito cedo o gosto de ter o seu própriodinheiro, caiu na tentação de deixar os estudos eacabou por não terminar o 12º ano, que hojeambiciona concluir.Mas o trabalho na empresa de camiões «não eravida», dizia-lhe o pai, que nessa altura trabalhava naFISIPE. Assim, o pai de Luís Pombo entregou ocurrículo do filho na empresa e, ao fim de poucotempo, surgiu a hipótese de ele entrar. «Vim ganharmetade do que ganhava mas pensei que mais tardeia ter mulher e filhos e ia ser complicado manter avida que tinha. Assim é mais estável, depois como tempo logo se vê, pensei na altura. E já lá vão 11anos».Luís Pombo apenas tinha passado por uma curtaexperiência na FISIPE (distribuição de correio interno)mas, ao regressar, a adaptação não foi difícil, atéporque foi integrado logo de início na Instalação Piloto,que na altura estava a arrancar.Mas, por ser uma Área nova e diferente, o Luís e oscolegas tiveram que enfrentar alguma desconfiançada parte dos outros sectores da empresa. «No início,

as pessoas tinham uma má imagem da InstalaçãoPiloto, achavam que tinha sido um investimentomal empregue e que não lançávamos nada. Mas ascoisas são mesmo assim, não se consegue lançarum produto novo de um dia para o outro, edemorámos talvez dois ou três anos paraconseguirmos começar a lançar alguma coisa nomercado», recorda.Para além do trabalho na FISIPE, Luís Pombo, naturaldo Barreiro e a residir no Lavradio, continua atrabalhar com camiões aos Sábados e em mecânicade automóveis à noite, por isso os tempos livres nãosão muitos. Mas, sendo um aficionado pelacolumbofilia, uma paixão que herdou do pai, acabapor conseguir sempre algum tempo para tratar dos 70pombos que possui actualmente.Por dois anos consecutivos já arriscou a participaçãoem concursos, que decorrem em Espanha. LuísPombo participa através da Sociedade ColumbófilaBarreirense, com perto de 35 concorrentes. «Aindahoje me surpreende como é que os pombos vãodentro de um camião, fazem 400 quilómetros, equando chegamos a Espanha, abrimos-lhes apersiana e eles voltam para o pombal». Alguns sóregressam alguns dias depois. No primeiro ano emque concorreu, o columbófilo lembra que teve «o azar»de terem ficado lá mais de 30 pombos. «Fico semprepara trás do meio da tabela, mas participo maispelo gosto». Este ano, Luís Pombo acabou por nãoter tempo para se envolver nestas competições maso objectivo é voltar a participar no próximo ano.O pouco tempo livre é partilhado com a mulher e comos filhos de sete anos e 16 meses. Os passeios pelaserra ou as idas à praia, sobretudo à Lagoa deAlbufeira, em Sesimbra, que é «uma maravilha paraos miúdos», são os passeios preferidos de Domingo.Mas, quando a família está de férias, divide o tempoentre o sol e o mar do Algarve e a calma e o sossegodo interior norte do país. «Gosto mais do Norte,porque não há tanta confusão. Conheço bemPortugal, mas gosto sempre de voltar a certaszonas depois de três ou quatro anos para ver comoestão», conta.

Junho 2009 11

N o t i c i a s F I S I P E

��� � ��� �������� ��� ������Decorreu no dia 2 deMarço, no Auditório daBiblioteca Municipal, aapresentação e as-sinatura pública da‘Magna Carta’ doPainel de Ambiente doBarreiro. A iniciativa,aberta à população,contou com as pre-senças do presidente

da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Carlos Humberto,do vereador do Ambiente, Bruno Vitorino, dos presidentesdas Juntas de Freguesia, do Delegado de Saúde e derepresentantes das empresas signatárias, entre outrasentidades. A FISIPE esteve representada pelo Eng. JoãoDotti, que discursou em representação das empresas.O objectivo da constituição deste Painel é promover odiálogo, a troca de informações e o desenvolvimento daconfiança entre as empresas do concelho do Barreiro e acomunidade envolvente.O Eng. João Dotti referiu o empenho das empresas emdesenvolver as suas actividades “de uma forma sustentável”.Realçou que “para além de pretendermos criar valor paraos accionistas, procuramos o equilíbrio entre os aspectoseconómicos, ambientais e sociais”, visando, assim, “contribuirpara resolução de questões críticas como o desemprego,o desperdício, a degradação ambiental, a segurança, asaúde e os direitos humanos”. E concluiu, resumindo,“diremos que como empresas nos recusamos a ser umproblema, pretendemos ser parte da solução!”.O Presidente da CMB, Carlos Humberto, referiu que “noactual contexto histórico é indispensável dinamizar odesenvolvimento económico e a criação de emprego”, queidentificou como o principal problema do município do Barreiro.Salientou que “tudo temos que fazer, com bom senso eequilíbrio e tendo em conta as várias componentes dodesenvolvimento, para aumentar a atractividade do concelhodo Barreiro para que aqui se localize todo o tipo de empresas,desde que respeitem todos os aspectos que têm a ver coma vida humana”. O Presidente manifestou o desejo de noBarreiro se localizarem novas empresas, ligadas à indústriatradicional mas, também, às tecnologias de ponta. O autarcaconcluiu ser fundamental “continuar a ter no concelhoempresas industriais… A indústria faz falta no Barreiro e ébem-vinda!”O Secretariado do Painel funciona nas instalações da CMB- Divisão de Sustentabilidade Ambiental, Rua Stinville, nº 14,2830 Barreiro. Telefone: 21 206 8042.

No dia 30 de Maio tevelugar a abertura dainiciativa Machada emFamília, que decorreu emsimultâneo com a inau-guração do Circuito deManutenção da Mata daMachada.A iniciativa “Machada em

Família” decorre desde 2006, acontece nos fins-de-semanado mês de Junho e tem como objectivo conciliar o potencialdeste espaço com as práticas de actividades ao ar livre,desporto, sensibilização ambiental e fortalecimento dos laçosfamiliares, entre outros. O dia 20 de Junho foi dedicado aosfamiliares e colaboradores das entidades aderentes ao Painel

�����������

������� �����������������

A FISIPE e a Associa-ção Humanitária dosBombeiros Voluntáriosdo Sul e Sueste(Barreiro) celebraramum protocolo que visadesenvolver a co-operação entre as duasentidades de forma a

prevenir e combater eventuais situações de emergênciaque possam ocorrer.O protocolo aplica-se ao relacionamento entre a FISIPE eos BVSS nas áreas relacionadas com treinos e exercíciosconjuntos, melhoria da operacionalidade e da articulaçãoentre as duas entidades, assistência pré-hospitalar emsituação de sinistro, transporte de eventuais sinistrados eserviços de verificação e manutenção do parque deextintores da FISIPE.No âmbito do acordo, a FISIPE atribuirá aos BVSS umaverba mensal, sob a forma de donativo, a qual contribuirápara que os bombeiros ganhem maior capacidade deinvestimento ao nível da melhoria dos meios materiais e dosrecursos humanos da corporação, de forma a melhorar aoperacionalidade necessária ao cumprimento da sua missão.

de Ambiente do Barreiro. A representação da FISIPE estevea cargo do Grupo Desportivo e, particularmente, do seuGrupo de Ginástica.

����������������A Associação Humanitária dosBombeiros Voluntários do Sul eSueste, com o apoio da CâmaraMunicipal do Barreiro e o patrocínioda FISIPE, organizou, no passadodia 5 de Junho, o Musical Dançante“Silêncio!!! Aqui há Fado”. Oespectáculo decorreu no antigocinema da Quimiparque e teve arealização de Fernando Ribeiro e aactuação de Rosa Maria, CristinaPicado e Luís Duarte, CarlosGonçalves na guitarra e Tony da

Costa na viola. A coreografia esteve a cargo de PaulaDahab, Daniela, Joana Grácio, Vera Inês, Carina Silva eMaria.Esta iniciativa da Associação Humanitária dos BVSS tevecomo objectivo angariar fundos para aquisição deequipamentos de protecção individual que serão instaladosnum novo veículo de combate a incêndios. O novo veículoterá o seu baptismo por ocasião do 115º aniversário daAssociação, que se comemora no próximo dia 23 de Julho.

������ ��� ����� �������� �� ���Em 25 de Março de 2009 foiconcedida, pela Direcção Geralde Energia e Geologia, a Licençade Estabelecimento da Centralde Cogeração do Barreiro, nostermos do DL nº 538/99, de 13de Dezembro. Desta forma, aCCB fica autorizada a procederà valorização de toda a energiaeléctrica produzida conforme oprevisto.

Junho 200912

������������

���������

I n f o r m a ç õ e s

No passado dia 27 de Maio teve lugar a Assembleia-Geral do CIRFS, em Bruxelas,com a presença de todos os produtores europeus de fibra acrílica (AKSA, Montefibra,Dralon, FISIPE e Dolan). A FISIPE esteve mais uma vez representada pelo seuPresidente, Engº João Dotti.

O CIRFS e a Tecnon (empresa consultora da Indústria Petroquímica) apresentaramuma análise ao comportamento do mercado em 2008 e as perspectivas para 2009, que são bastante pessimistas.No que respeita às fibras acrílicas, o mercado mundial caiu 22,3% em 2008 e prevê-se que caia mais 12% em2009. A retoma só deverá acontecer em 2010 e mesmo assim fraca (cerca de 8%).

Quanto ao futuro a médio prazo (ano 2012 e seguintes), os consultores da Tecnon estão convencidos de queos consumos de fibras sintéticas, especialmente do poliéster, retomarão o seu crescimento sustentado,acompanhando o crescimento do PIB a nível mundial (cerca de 2/3% ao ano). Esta previsão foi, no entanto, muitocontestada pelos representantes das empresas presentes. No caso das acrílicas, devido à concorrência interfibras,não se prevê uma recuperação da mesma ordem de grandeza, estimando-se que só em 2020 o consumo mundialde acrílica seja o mesmo do verificado em 1980.

�!�"��� ��� #�!��� ��� �������

No dia 26 de Março realizou-se mais uma reunião do Grupo de Ambiente da APEQ.Nesta reunião, que decorreu nas instalações da Ar Líquido em Miraflores, foram discutidasas últimas evoluções de temas actuais que preocupam a Industria Química,nomeadamente, emissão de Licenças Ambientais, o REACH (Registration, Evaluation,Authorization and Restriction) e os aspectos relacionados com o relatório sobre o processo de avaliação e oAnexo XI do Regulamento, Alterações Climáticas e Energia, Directiva ETS (Emissions Trading Scheme), garantiasfinanceiras no âmbito da Directiva Responsabilidade Ambiental, Taxa de Recursos Hídricos e Equipamentos sobpressão.

��$� �%��������!��%���&� �

Fazendo eco da posição dos seus associados, a APEQ tem tomado posição junto das entidades oficiaisportuguesas sobre a reformulação em curso da legislação relativa a:

- estabelecimento de novos Valores Limites de Emissão para as emissões atmosféricas

- embalagens e resíduos de embalagens.

Ficha Técnica

Propriedade: FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A.- Apartado 5 - 2836-908 Lavradio - Tel. 212066000 / Fax 212066085E-mail: [email protected] Editorial: Aurora CarreiraColaboradores habituais: Jorge Regino (Ambiente, Qualidade e Segurança), Mário Patrício (Movimento do Pessoal) eDirecção do Grupo Desportivo. A rubrica Perfil teve a colaboração da jornalista Cristina Pereira.Colaboradores neste número: Ana Paula Vidigal (“Qual é o produto que vem a seguir?”), João Castro Pereira (“A CriseEconómica”) e João Duarte David (“Perspectivas para o Negócio de Fibras Acrílicas num Cenário de Crise”)Produção: FOTOARTE – Artes Gráficas, Lda.Tiragem: 500 exemplaresPeriodicidade: SemestralDistribuição gratuita