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    Rudolf Steiner 

    A ARTE DA EDUCAÇÃOI

    O estudo geral do homem,uma base paraa Pedagogia

    (Curso de Antropologia Geral para professores Waldorf)

    Catorze conferências, proferidas em Stuttgart de 21 de agosto a 5 de Setembro de 1919, porocasião da fundação da Escola Waldorf Lire

    !radução de"#$%L& L'()

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    1

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    (%!' +(!"%$#!"+'a

    'p-s o t.rmino da /uerra 0undialb o $r "udolf Steiner, atendendo ao pedido dealguns membros da Sociedade 'ntropos-fica, proferiu tamb.m em Stuttgart suasabrangentes conferências sobre a trimembração do organismo social, as uais formam o

    conte3do de seu liro Die Kernpunkte der sozialen Frage 4%s pontos centrais da uestãosocial5c

    's sugest6es dadas então pelo $r "udolf Steiner fizeram amadurecer no consel7eirocomercial Emil 0olt a decisão de fundar uma escola ue pudesse representar uma esp.ciede c.lula germinatia de uma ida espiritual lire ' seu pedido o $r "udolf Steinerassumiu a direção espiritual dessa escola, tendo8se empen7ado incansaelmente em seuflorescimento

    inauguração da Escola Waldorf Lire precedeu um curso pedag-gico ue o $r"udolf Steiner ministrou durante três semanas, em agosto e setembro de 1919, aosprimeiros professores do estabelecimento e a uma s.rie de personalidades ue dese:aamatuar no sentido de sua pedagogia

    Esse curso abrangia três etapas +nicialmente foram proferidas catorze conferênciassobre antropologia antropos-fica como fundamento de uma pedagogia adeuada ; nossa.poca e ao futuro pr-stica, nas uais"udolf Steiner debateu com os professores a elaboração pr=tica de certas disciplinas e oscamin7os para uma solução de problemas educacionais Essas discuss6es foram tamb.mpublicadas

    %s ouintes ienciaram nesse curso um acontecimento espiritual ue ? realizando8secom toda a tran@ilidade num peueno c>rculo ?8 tencionaa serir ; Aumanidade em sua

    eolução superior %s professores da Escola Waldorf Lire dese:am, com o sentimento desua profunda gratidão, acompan7ar esta obra de "udolf Steiner em seu camin7o pelo mun8do, a fim de fecundar a educação e o ensino em todo lugar onde for acol7ida com plenacompreensão

    O Colégio de Professores da Esola !aldorf "i#re

    PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO (1932)a

     $a primeira edição do original B192D, sob o t$tulo #ma palara de gratidãoF B(ED b ' primeira B191G?191HD B(!Dc /' 2 BI ed $ornac7J "udolf Steiner Kerlag, 19ID B(!.)

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    %arie &teiner 

    MEstudo geral do 7omemF ? foi este o t>tulo escol7ido por "udolf Steiner para oprimeiro ciclo de conferências pedag-gicas ue proferiu aos professores da noa EscolaWaldorf Lire a ser fundada Nois sua arte educacional . constru>da sobre o con7ecimento

    plurilateral do ser 7umano ? não apenas do 7omem terreno, mas tamb.m do recOndito7omem an>mico e espiritual E para o mundo das manifestaç6es f>sicas, moldadas segundoaru.tipos, ele uer obter uma atenta formação da consciência mediante esse m.todoeducacional ue conta com o eterno cerne essencial iente no 7omem e com atransformação dos fenOmenos no deir natural e 7ist-rico

    MEsta noa escolaF, diz ele em seu pronunciamento na festa de inauguração, Mdeerealmente ser inserida nauilo ue . eficacomunidade social, para com o ser 7umano em formação e crescimento, um seriço ue sepode c7amar de comunit=rio no mais sublime sentidoQ

    M!udo auilo ue finalmente podemos saber do 7omem e do mundo s- ser=deidamente frut>fero uando pudermos transmiti8lo iamente ;ueles ue formarão omundo social uando não mais pudermos estar presentes com nosso trabal7o f>sico

    M!udo o ue somos capazes de realizar artisticamente s- se tornar= algo sublimeuando pudermos fazê8lo afluir para a 'rte maior, na ual não nos . entregue um materialart>stico morto como argila e cor ? nela nos . entregue sob forma inacabada o ser 7umanoiente, ue deemos transformar at. certo grau, de maneira art>stica e educatia, numser 7umano completo E acaso não ser=, afinal, um compromisso sublime, sagrado,religioso, cultiar na educação o aspecto diino8espiritual ue se manifesta e reela de

    forma renoada em cada ser 7umano ue nasceR (ão ser= esse seriço educatio um cultoreligioso no mais eleado sentido da palaraR (ão deemos todos n-s fazer confluir nossasemoç6es 7umanas, deotadas :ustamente ao sentimento religioso, para o of>cio cultualue realizamos ao procurar desenoler na criança em formação o elemento diino8espiritual do 7omem, ue se manifesta como algo predisposto neleR

    Ciência permeada de idaQ'rte permeada de idaQ"eligião permeada de idaQ

    ? eis enfim a educação, eis enfim o ensino ? Puando se compreende o ensinar e o educarneste sentido, não se tem a inclinação de eticas ao ue, de outro

    lado, . estabelecido como princ>pios, intuitos e fundamentos para a arte da educação S-ue a mim não parece ue algu.m possa discernir de forma correta :ustamente auilo uea cultura atual da educação e do ensino imp6e se não puder perceber o uanto .necess=ria, em nossa .poca, uma completa renoação espiritual ? se não for capaz derecon7ecer profundamente como ao futuro dee afluir, no ue fazemos como professorese educadores, algo totalmente dierso dauilo ue pode prosperar na esfera 7o:edenominada Meducação cient>ficaF Contudo, 7o:e o professor ue dee formar o 7omemdo futuro . introduzido na opinião, na mentalidade da ciência atualQ *amais me ocorreucensurar depreciatiamente essa ciência atual Estou inteiramente compenetrado doapreço por tudo ue essa ciência do presente alcançou de triunfos para a eolução daAumanidade, com sua opinião e seu m.todo cient>fico baseados :ustamente no

    con7ecimento da (atureza, e pelo ue ainda alcançar= no futuro 0as :ustamente por isso? assim me parece ?, o ue emana da opinião cient>fica e cultural atual não pode ser

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    frutiferamente transmitido ; arte da educação e do ensino, porue a grandeza dessa opi8nião reside em algo diferente do lidar com o ser 7umano e do insight no coração, na>ndole do 7omem Nodem8se fazer enormes progressos t.cnicos com o ue :orra da atualmentalidade Com ela pode8se tamb.m desenoler uma lire opinião da Aumanidade noaspecto social mas não se pode ? por mais grotesco ue isto possa soar ainda 7o:e ;

    maioria das pessoas ?, com uma opinião cient>fica ue, por um lado, c7egoupaulatinamente ; conicção de ue o coração 7umano . uma bomba e de ue o corpof>sico 7umano . uma engrenagem mecTnica, com os sentimentos e sensaç6es ue emanamdessa ciência, iificar a si pr-prio a fim de poder ser um art>stico educador da pessoa emdesenolimento *ustamente pelo fato de nossa .poca engrandecer tanto o dom>nio dat.cnica morta . ue . imposs>el desenoler a ia arte de educar Então . preciso ueum noo esp>rito interfira na eolução da Aumanidade ? :ustamente o esp>rito ueprocuramos por nossa Ciência Espiritual % Esp>rito ue conduz a er no 7omem iente oportador de instrumentos de pulsão e sucção ? um mecanismo ? s- pode sercompreendido segundo os m.todos cient>fico8naturais Cumpre introduzir na mentalidadeespiritual da Aumanidade a conicção de ue o esp>rito ie em toda endole, da ual dee emanar oentusiasmo, :ustamente na educação Enfrauece a ontade (ão coloca o 7omem7armoniosamente dentro da emico ?, como trabal7o ue se transpon7a principalmente ao io, ao ser7umano em formação Nrecisamos de uma noa mentalidade cient>fica Nrecisamos de umnoo esp>rito em primeiro lugar para todo e ualuer ensino, para toda e ualuereducação

    M' conicção de ue o c7amado ue ressoa da eolução da Aumanidade erito para a .poca atual, e de ue deemos lear esse esp>rito antes de tudo parao Tmbito da educação, . ue fundamenta es esforços da escola Waldorf, a ual deeriaser um eduo representa por si, de maneira concentrada, auilo ue toda a Aumanidaderepresenta no decurso de seu deir 7ist-rico

    M!ais pessoas sentem ue, no fundo, a ciência atual fal7a uando l7e compete dizeralgo sobre auelas grandiosas leis igentes atra.s da Aist-ria, e uando se deeriacompreender, no atual momento, aluilo ue emana para n-s dessas grandes eabrangentes leis 7ist-ricas da eolução da Aumanidade Puerer compreender o 7omemindiidual a partir da ualidade dos alimentos ue ele assimila desde o primeiro soprorespirat-rio at. ; morte seria uma pretensão e

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    M(o caso do 7omem . preciso saber como, por entimo ser o 7omem entimo car=ter na 7umanidade ciilizada apartir do s.culo VK E essa 7umanidade ciilizada se distingue dauela do s.culo V ou K+++da mesma forma como a criança de doze anos dierge dauela ue ainda não atingiu ossete anos E o ue ocorreu no s.culo VK como reiraolta produziu8se a partir do mais>ntimo cerne da Aumanidade, tal como da mais >ntima natureza 7umana se produz a

    regular eolução da troca de dentes E todo o clima em ue iemos 7o:e, no s.culo VV ?esse anseio por indiidualidade, o anseio pela estruturação social, o anseio peloaperfeiçoamento da personalidade ? . apenas uma conse@ência dauilo ue as forçasinerentes ; Aist-ria transmitiram desde o momento apontado acima

    MS- poderemos compreender como o 7omem uer situar8se no presente secompreendermos a tril7a ue a eolução da Aumanidade empreendeu da maneiradescrita

    MPuem obsera em profundidade a geração ue se forma tem um n>tido sentimentode ue os 7omens, :untamente com o ue elaboram, com o ue pensam e sentem, etamb.m com o ue anseiam para o futuro como adultos, despontaram do seio da Aist-riaE o ue 7o:e constitui as profiss6es, a organização estatal, nos uais os 7omens podem

    situar8se, nasceu desses mesmos 7omensQ (ão est= ane

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    an>mico do 7omem $a ciência morta s- pode emanar o saber da Ciência Espiritual iaemanar= metodologia, did=tica, um mane:o no sentido an>mico8espiritual Noder ensinar,poder educar, eis nossa aspiraçãoQ

    MEntretanto, obseraremos 7onestamente o ue louamosJ ue as diersas confiss6esreligiosas possam ministrar seu pr-prio ensino religioso, podendo trazer para dentro de

    nossa escola seus princ>pios ideol-gicos 'penas esperamos ue da mesma forma comoperturbaremos ao m>nimo as cosmois6es ue serão trazidas para nossa escola, tampoucose:a perturbado auilo ue ueremos introduzir da forma mais modesta ? apenasproisoriamente ? como uma arte Nois sabemos ue de in>cio a Aumanidade deer=entender ue de uma cosmoisão espiritual pode surgir uma arte da educação no sentidopedag-gico, met-dico, did=tico, antes de ir a ter uma correta compreensão das uest6esideol-gicas e suas inter8relaç6es Nortanto, não fundaremos uma escola ideol-gica #maescola art>stico8educatia . o ue estaremos esforçando8nos por fundar com a EscolaWaldorfF

    's conferências sobre o estudo geral do 7omem seguiram8se auelas sobremetodologia e did=tica da educação e, finalizando, um semin=rio decorrido em lirediscussão Com estes três ciclos seria transmitido o fundamento da arte educatia de

    "udolf Steiner, como um rem.dio redentor, ; nossa Aumanidade em ias de submergir emcarência an>mica e material

    PRIMEIRA CONFERÊNCIA*+ de agosto de ++ 

    Somente poderemos fazer :us ; nossa tarefa se não a considerarmos simplesmenteintelectual e emotia, mas .tica e espiritual, no sentido mais eleado portanto, osSen7ores ac7arão compreens>el ue, ao começarmos 7o:e este trabal7o, procuremos em

    primeiro lugar refletir sobre a relação ue dese:amos, logo de in>cio, estabelecer com osmundos espirituais atra.s desta nossa atiidade $eemos ter consciência, uanto a essatarefa, de não estarmos atuando simplesmente como pessoas ue iem aui, no planof>sico tal maneira de se proporem tarefas tem tido, nos 3ltimos s.culos, uma propagaçãosempre crescente, tendo ocupado as pessoas de maneira uase e

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    um estado superior de desenolimento em ensino e educação Sei ue o Sr 0olt est=cOnscio do fato de 7o:e s- dispormos de d.beis forças para realizar essa tarefa U assimue ele :ulga a situação mas :ustamente pelo fato de sentirmos, com ele, a grandeza datarefa e o momento no ual esta se inicia como algo solene da ordem c-smica, . ue elepoder= atuar com acertada energia em nosso meio $este ponto de ista, meus caros

    amigos, consideremo8nos a n-s pr-prios como entidades 7umanas ue o carma colocounum lugar a partir do ual se dee realizar não algo comum, mas algo capaz de suscitarem todos os participantes a sensação de encerrar em si um solene momento c-smico

    Pueremos iniciar com e

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    eu, e não desproido de essência +sso não deismo, embora maisrefinado U a ele ue, de maneira mais ampla, toda religião apela 7o:e ao abordar oproblema da imortalidade Nor este motio, a religião costuma dirigir8se aos 7omensesuecendo uma das esicos, deemos ter consciência de ue istotamb.m . uma continuação (ão e:amos, pois, apenas auilo ue o ser 7umano iedepois da morte, isto ., a continuação espiritual da ida terrestre tornemo8nos cOnsciosde ue a esica aui . uma continuação da espiritual, e de ue pela educaçãotemos de continuar auilo ue := foi realizado, sem nossa participação, por seressuperiores (osso sistema pedag-gico e educacional s- ser= impregnado de umamentalidade correta se nos tornarmos cOnscios de ue nossa atuação sobre o ser 7umanonada . senão a continuação dauilo ue os seres superiores := fizeram antes donascimento

    Em nossa .poca, na ual os 7omens, em seus pensamentos e sentimentos, perderamo contato com os mundos espirituais, acontece fre@entemente indagar8se de maneira

    abstrata algo ue, para uma cosmois;o espiritualista, não tem ualuer sentidoNergunta8se como se dee conduzir a c7amada educação pr.8natal A= muitas pessoas ue7o:e encaram as coisas de maneira abstrataJ uando se consideram as coisas de maneiracorreta, não se pode, em certos dom>nios, continuar a formular a pergunta de uma formaualuer #ma ez mencionei este eRF MNorue os passageiros ueriam c7egar em determinada localidadeF MNorue ueriam c7egar aliRF ? (a realidade, tal s.rie de perguntas dee c7egar a um fimNermanecendo8se na abstração, sempre se poder= continuar a perguntaJ MNor uêRF 'roda das perguntas pode sempre continuar girando % pensar concreto encontra sempreum fimJ o pensar abstrato faz o pensamento transcorrer sem um final, tal ual uma roda% mesmo acontece com perguntas relatias a Tmbitos não acess>eis %s 7omens refletem

    sobre educação e indagam a respeito da educação pr.8natal 0as antes de nascer, o ser7umano ainda est= sob a guarda de entidades supraf>sicas, a cu:o cuidado deemos dei con.m

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    lembrarmos ue o ser 7umano . realmente constitu>do de dois membros 'ntes de seuaparecimento na !erra, := se forma um >nculo entre o esp>rito e a alma entendemosaui por esp>rito algo ue 7o:e est= bem oculto no mundo f>sico, e ue na CiênciaEspiritual denominamos personalidade espiritual, esp>rito ital e 7omem8esp>ritoa  Essesmembros da entidade 7umana têm, de certa forma, eel

    ue deemos esforçar8nos por alcançar entre a morte e um noo nascimento, := estamos,de certa maneira, ligados ao 7omem8esp>rito, ao esp>rito ital e ; personalidadeespiritual ' força ue emana dessa tr>ade permeia a parte an>mica do 7omem, ou se:a, asalmas da consciência, do intelecto Bou do sentimentoD e da sensação

    Se os 'migos pudessem obserar o ser 7umano ue, terminada a esico, encontrariam essa parteespiritual ligada ; an>mica Como uma alma espiritual ou um esp>rito an>mico . ue o7omem passa de uma esfera superior para a esica Então, mediante a união do esp>rito an>mico Bou alma espiritualD e do corpoorgTnico Bou organismo corp-reoDb, noamente se ligam duas trindades (a alma espiritual

    estão ligados o 7omem8esp>rito, o esp>rito ital e a personalidade espiritual com oelemento an>mico, ue consiste em alma da consciência, alma do intelecto ou dosentimento e alma da sensação !odos estes estão ligados entre si e deem unir8se, aodescer para o plano f>sico, com o corpo das sensaç6es ou astral, o corpo et.rico e o corpof>sico 0as estes, por sua ez, estão ligados primeiro no entre materno e, mais tarde, nomundo f>sico ambiente, com os três remos deste 3ltimoJ o mineral, o egetal e o animal,de modo ue aui se ac7am unidas tambem duas tr>ades

    %bserem, sem preconceitos, a criança ue se em desenolendo no mundo, e osSen7ores constatarão ue ainda não estão unidas a parte an>mico8espiritual e a orgTnico8corp-rea (o sentido espiritual, a tarefa da educação consiste na 7armonização doesp>rito an>mico com o corpo orgTnico Bou organismo corp-reoD Estes deem 7armonizar8

    se e a:ustar8se reciprocamente, pois ainda não se adaptam uando a criança faz suaentrada no mundo f>sico ' tarefa do educador e tamb.m do professor consiste noentrosamento desses dois membros

    %ra, encaremos essa tarefa de maneira um pouco mais concreta $entre todas asrelaç6es do 7omem para com o mundo ambiente, a mais importante . a respiração Estacomeça :ustamente ao penetrarmos no mundo f>sico ' respiração intra8uterina ainda temum car=ter preparat-rio, não ligando totalmente o ser 7umano ao mundo ambiente'uilo ue realmente merece o nome de respiração s- começa depois ue o 7omemdeimembrado do 7omem f>sico

    Entre os membros do sistema tern=rio do 7omem f>sico conta8se em primeiro lugar ometabolismo 0as este se ac7a, numa euido encef=lico para dentro do c.rebro nae

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    ue a respiração . o mais importante intermedi=rio entre o 7omem ue entra no mundof>sico e esse mundo esica do7omem se:a mantida, especialmente de um ladoJ ao entrar na esica, o ser7umano ainda não tem estabelecida a correta relação entre os processos respirat-rio e

    neuro8sensorial%bserando a criança, deemos admitir ue ela ainda não aprendeu a respirar demaneira a sustentar corretamente, pela respiração, o processo neuro8sensorial '> se situaa mais sutil caracter>stica de como deemos agir com a criança Em primeiro lugar,deemos compreender o ser 7umano de um ponto de ista antropol-gico8antropos-fico 'smais importantes medidas no campo da educação consistirão, portanto, na obseração detudo ue transmite corretamente a organização do processo respirat-rio ao processoneuro8sensorial Em sentido superior, a criança dee aprender a acol7er em seu esp>rito ouanto l7e pode ser dado pelo fato de ela ter nascido para respirar Como os 'migospodem notar, essa parte da educação ter= uma inclinação para o an>mico8espiritualJ pelofato de 7armonizarmos a respiração com o processo neuro8sensorial, fazemos penetrar oelemento an>mico8espiritual na ida f>sica da criança &alando em termos simples, pode8

    mos dizer ue a criança ainda não sabe respirar interiormente de um modo correto,deendo a educação consistir em ensinar8l7e o respirar correto

    0as 7= outra coisa ue a criança ainda não sabe fazer corretamente, e isto dee sereuacionado para ue se estabeleça uma 7armonia entre os dois membrosJ o organismocorp-reo e a alma espiritual % ue a criança não faz corretamente no começo de suaelia ' criança

    tem toda esp.cie de esico usa seus membros, come, bebe erespira 0as enuanto faz tudo isso, em estados alternados de sono e ig>lia, não . capazde lear para o mundo espiritual tudo ue esico ? o ue ê com osol7os, oue com os ouidos, realiza com suas mãozin7as, e a maneira como esperneiatampouco poderia transform=8lo no mundo espiritual e trazer o produto dessa atiidade deolta para o plano f>sico % ue caracteriza seu sono . ser diferente do sono do adulto (osono do adulto ocorre uma transformação, mormente das erito an>mico, faz entre o adormecer e o acordar Como

    professores e educadores, nada podemos ensinar ; criança acerca do mundo superior Noiso ue, do mundo superior, . assimilado pelo 7omem penetra nele entre o adormecer e odespertar Nodemos aproeitar o tempo ue a pessoa passa no plano f>sico apenas demaneira ue ela consiga lear gradualmente para o mundo espiritual o ue com ela fa8zemos, e ue, por esse meio, possa refluir para o mundo f>sico a força ue ela pode trazerconsigo do mundo espiritual a fim de ser autentica8mente 7umana na esica

    'ssim, toda atiidade educacional e docente . dirigida inicialmente a um campo bemeleado, ou se:a, o ensino da respiração e do ritmo corretos na alternTncia entre sono eig>lia 's regras ue orientarão nosso ensino e nossa pedagogia não terão,eidentemente, a finalidade de adestrar a respiração, ou o sono e a ig>lia !udo issopermanecer= em segundo plano 's regras ue con7eceremos serão medidas concretas,

    mas deeremos ter uma profunda consciência do ue fizermos 'o ministrar ; criança estaou auela mat.ria curricular deeremos, pois, estar conscientes de atuarmos, de um lado,

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    sobre a integração da alma espiritual no corpo f>sico e, de outro, sobre a integração dacorporalidade orgTnica na alma espiritual

    (ão subestimemos a importTncia do ue acaba de ser dito, pois os 'migos nãopoderão ser bons professores e educadores se ol7arem para o ue fazem, em ez deol7arem para o ue são ' Ciência Espiritual 'ntropos-fica entima entre o professor e os alunos, e ementrarmos na classe conscientes de realmente etmica entre a ig>lia e o sono $eemos regular esse ritmo pormeio da educação e do ensino, de tal modo ue o Mcorpo orgTnicoF ou Morganismocorp-reoF se entrose corretamente no esp>rito an>mico ou alma espiritual Essa id.ia,naturalmente, não pode ficar diante de n-s como uma abstração, nem como tal poderia

    ser aplicada diretamente no ensino deeria, sim, sempre orientar8nos como pensamentoa respeito da entidade 7umana

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    SE/#($' C%(&E"[(C+'22 de agosto de 1919

    (o futuro, todo ensino deer= estear8se numa autêntica psicologia elaborada a partirde uma cosmoisão antropos-fica Pue o ensino e a educação em geral deemfundamentar8se na psicologia . um fato ue tem sido recon7ecido nos lugares maisdiersos e os 'migos bem sabem ue, por e

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    representação e ter um conceito embora não completamente adeuado ? da atiidadeenolida, o ue eocaria a id.ia de e

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    ue tal conte3do pro.m de uma representação ' rigor, por si s- a ontade não possuium autêntico conte3do Sendo assim, não eceis neste caso, porue a ontade carece de conte3do 0as o ue .ela, afinalR (ada senão := o germe dauilo ue, ap-s a morte, ser= em n-s uma realidadean>mico8espiritual Nortanto, se os Sen7ores imaginarem o ue, de n-s, ap-s a morte se

    tornar= realidade an>mico8espiritual, e se o imaginarem como germe em n-s, terão c7e8gado ao conceito da ontade Em nosso desen7o, o curso da ida acaba com a morte, e aontade a transcende

    !emos, pois, de imaginar o seguinteJ de um lado a representação mental, uedeemos encarar como uma imagem da ida pr.8natal de outro a ontade, ue deemosconsiderar como o germe de uma ida posterior Neço focalizar bem claramente adiferença entre germe e imagem Com efeito, o germe . algo supra8real, e uma imagem .algo infra8real um germe s- ter= realidade mais tarde, contendo, pois, a predisposiçãopara o real indouro, de maneira ue a ontade ., de fato, de natureza espiritual +sso foipressentido por Sc7open7auer, embora ele não 7ouesse, naturalmente, c7egado aocon7ecimento de ue a ontade . o germe do an>mico8espiritual, tal como estedesabroc7a, depois da morte, no mundo do esp>rito

    $e certa forma diidimos, portanto, a ida an>mica 7umana em duas regi6esJ a darepresentação pict-rica e a da ontade germinalJ entre a imagem e o germe 7= um limite? a esico, o ual, espel7ando o contemico8espiritualJ n-s criamos o germe da ida an>mica como um ritmo de simpatia eantipatia

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    %ra, o ue refletimos na antipatiaR "efletimos toda a ida, todo o mundo uepercorremos antes do nascimento ou, mais esualizaç6es sens-rias +sto emana da ontade

    %s 7omens cometem um grande engano ao dizer continuamente, na psicologia, ueol7amos para as coisas, em seguida as abstra>mos e obtemos as representaç6es mentais

    !al não . o caso Se, por e

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    em imaginação Puando, ao contr=rio, formamos um conceito, este tem origemtotalmente diersa, pois o conceito nasce da mem-ria

    Com isto eu l7es descrei o aspecto an>mico Ser8l7es8= imposs>el compreender o ser7umano se os Sen7ores não captarem a distinção entre os elementos da simpatia e daantipatia no 7omem Conforme := descrei, esses dois elementos se emico '> reinam a descoberto a simpatia e a antipatia*= l7es descrei o 7omem an>mico Ele est= ligado, no plano f>sico, ao 7omemcorp-reo !udo ue . an>mico esta, esse algo nunca pode tornar8seespiritualJ desintegra8se em sua corporalidade !emos em n-s algo ue . material, masue sempre uer transcender esse estado para tornar8se espiritual (ão o deielD sem uedeida pelos demais agentes f>sicos, eaporariacomo esp>rito Nara impedir o sangue de eaporar como esp>rito, e para conser=8lo emn-s enuanto estamos na !erra, isto ., at. ; morte, ele dee ser destru>do Nor isso temosem n-s a alternTncia cont>nua entre a formação e a destruição do sangue, graças ;inspiração e ; eneos, tendendo continuamente a lear nossa eneos Em contraste com o sangue,todos os neros são dispostos de tal forma ue tendem sempre a morrer, a materializar8se % ue se encontra ao longo dos neros ., de fato, mat.ria segregada o nero .

    realmente mat.ria eliminada % sangue uer tornar8se sempre mais espiritual ? o nerosempre mais material nisso consiste o contraste polar

    a Kide "udolt Steiner e +ta Wegman, Elementos fundamentais para uma amplia'(o da arte de urar B ed SãoNauloJ 'ntropos-fica]S\0', 2XX1D B(!D b Citação do Fausto, de /oet7e, + Narte B(!D

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    'compan7ando os princ>pios b=sicos aui fornecidos, eremos como isso poderealmente propiciar8nos algo 3til no tocante ; estruturação 7igiênica do ensino, a fim deconduzirmos a criança ; sa3de an>mica e corporal, e não ; decadência !antos erroseducacionais são cometidos por não se con7ecerem tais coisas (ão obstante a importTn8cia atribuida pela &isiologia ; distinção entre neros sensitios e motores, na realidadeisto não passa de um :ogo de palaras &ala8se em neros motores porue de fato o7omem não pode andar se certos neros são danificados, como por eduo não pode andar

    porue não consegue perceber as pr-prias pernas ' .poca em ue iemos tee deincorrer necessariamente numa uantidade de erros para ue noamente ti.ssemos apossibilidade de, como seres 7umanos, desenredar8nos autonomamente dos mesmos

    Nelo ue desenoli at. agora, os Sen7ores terão notado ue o ser 7umano s- poderealmente ser compreendido em relação com o Tmbito c-smico Com efeito, aorepresentar mentalmente temos dentro de n-s o c-smico Est=amos no c-smico antes denascer, e nossas iências de então espel7am8se agora em n-s e noamene estaremos noc-smico uando 7ouermos transposto o limiar da morte, sendo ue nossa ida futura see

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    sistemas da cabeça, do t-ra< e do abdome, incluindo os membros Neço, por.m, lear emconta ue essa diisão em sistemas articulados pode muito facilmente ser ob:etada,porue os 7omens, em seu atual afã de sistematizar, uerem ter cada membro bem certi8n7o ao lado do outro Nortanto, uando se diz ue no 7omem se distingue um sistema dacabeça, um do t-ra< e um abdominal com os membros, de acordo com a opinião das

    pessoas cada sistema deeria ter uma delimitação r>gida 'o fazer diis6es, as pessoasuerem traçar lin7as, e isso não . poss>el uando se trata de realidades (a cabeçasomos principalmente cabeça, mas todo o resto do 7omem . cabeça, s- ue nãoprincipalmente Nois assim como temos na cabeça os -rgãos dos sentidos propriamenteditos, temos e

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    7omem inteiro ao Tmbito pr.8natal, e o pre:udicarão se o educarem intelectualmente,pois confinarão sua ontade no ue ele realmente := percorreu, isto ., no pr.8natal %sSen7ores não deem introduzir muitos conceitos abstratos na educação ue leam ;criança $eem introduzir, de preferência, imagens Nor uêR +magens são imaginaç6es,percorrem a fantasia e a simpatia Conceitos abstratos são abstraç6es, atraessam a

    mem-ria e a antipatia, êm da ida pr.8natal Nortanto, se os Sen7ores impingirem ;criança muitas abstraç6es, estarão incentiando8a a dedicar8se com particular intensidadeao processo produtor do g=s carbOnico do sangue, ao processo do endurecimento do corpo,da eel deimaginaç6es, se a educarem falando8l7e por meio de imagens, então lançarão nela asemente para a cont>nua conseração do onuo desenolimento,pois l7e estarão indicando o futuro, o p-s8morte Como educadores, pois, retomamos asatiidades eel pr.8natal d= a todo ato de educar a necess=ria solenidade, sem a ual não se podeabsolutamente educar

    'dotamos, assim, dois sistemas de conceitosJ cognição, antipatia, mem-ria, conceito? ontade, simpatia, fantasia, imaginação dois sistemas ue podem serir8nos, naaplicação espec>fica, para tudo ue temos de praticar em nossa atiidade pedag-gica

    !E"CE+"' C%(&E"[(C+'2 de agosto de 1919

    % professor moderno deeria ter, como fundamento de tudo ue desempen7a naescola, uma ampla isão das leis do #nierso %biamente . nas primeiras classes, nosprimeiros graus da ida escolar ue o ensino e

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    mundo espiritual Como seres 7umanos somos, por um lado, afins ao mundo da (atureza,e por outro ao mundo espiritual, enuanto iemos na !erra, no plano f>sico, e realizamosnossa erito, conforme seueira c7am=8lo, sendo os termos MalmaF e Mesp>ritoF considerados uase sinOnimos b 

    Puase todas as teorias psicol-gicas são baseadas nesse erro da constituição bin=ria do ser7umano (ão se pode c7egar a uma real compreensão da entidade 7umana leando emconta apenas essa dupla constituição Nor isso, no fundo tudo ue 7o:e em dia se intitulaNsicologia constitui um total diletantismo, uando não um mero :ogo de palaras

    Nor.m, isto decorre geralmente dauele erro ue gan7ou porte apenas na segundametade do s.culo V+V, uando se interpretou erroneamente uma conuista realmente

    importante feita pela &>sica %s 'migos sabem ue os braos cidadãos de Aeilbronnerigiram no centro de sua cidade um monumento ao 7omem ue, em ida, elesconfinaram no manicOmio ? *ulius "obert 0a^er Sabem tamb.m ue essa personalidade,da ual os cidadãos de Aeilbronn são 7o:e obiamente muito orgul7osos, . inculada ;c7amada lei da conseração da energia ou da força $iz essa lei ue a soma de todas asenergias ou forças e

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    entidade 7umana, o ue tem proocado o erro da composição bin=ria do 7omem 'indaoltaremos a este assunto

    Se enfrentamos a (atureza por nosso lado cognitito, o das representaç6es, captamosdela apenas auilo ue . um cont>nuo perecer Esta . uma lei eel :untar os braços ; sua frente % caalo se encontra nessasituação, no ue concerne aos tent=culos supra8sens>eis de seus ol7osJ nunca o tent=culodo ol7o esuerdo pode ser tocado pelo tent=culo do ol7o direito Nor sua colocação ocularo 7omem est= em situação de estabelecer um contato cont>nuo entre os dois tent=culossupra8sens>eis dos ol7os (isto consiste a sensação ? de natureza supra8sensorial ? doeu Se nunca consegu>ssemos estabelecer um contato entre o esuerdo e o direito, ou setal contato tiesse tão diminuta importTncia como acontece nos animais, ue nunca usamtão corretamente suas patas dianteiras para, digamos, uma oração ou ualuer atiidadeespiritual semel7ante, tampouco c7egar>amos a uma sensação espiritualizada de nossaidentidadea

    % ue mais importa, nas sensaç6es sensoriais do ol7o ou do ouido, não . tanto o

    aspecto passio, mas o atio ue leamos olitiamente ;s coisas s ezes, a filosofiamais recente tee pressentimento de algo acertado, tendo então descoberto todo tipo depalaras ue no entanto, ia de regra, demonstram o uão distantes as pessoas estão dacompreensão do assunto 'ssim, nos signos locais da filosofia de Lotze e

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    +maginem os 'migos uão iida ser= sua relação para com a (atureza se learemdeidamente em conta o ue acabo de dizer Noderão então constatarJ ? Puando adentroa (atureza, o esplendor da luz e das cores em ao meu encontro ao acol7er a luz e suascores, aproprio8me dauilo ue a (atureza pro:eta em direção ao futuro e uando olto ;min7a sala de trabal7o e faço reflenuo perecimento (a (atureza,o perecer e o nascer são constantemente interligados Nodemos captar o processo deperecimento porue temos em n-s a refle

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    +sto não . correto Se o 7omem não estiesse presente na eolução terrestre, osanimais, na maior parte, tampouco enua das forças

    do cad=er 7umano, ue no momento da morte se separa da entidade an>mico8espiritualdo 7omem U por meio dessas forças recebidas continuamente pela !erra mediante aadição dos cad=eres 7umanos ue . mantida a eolução terrestre Com isto os mineraisse tornam aptos a desenoler ainda 7o:e suas forças de cristalização, as uais, sem taisforças, 7= muito se teriam desintegrado e dissolido Com isto, plantas ue 7= muitoteriam deisico(aturalmente, por.m, esse corpo f>sico . diferente, uando o 7omem o recebe emcriança, de uando, em ualuer idade, atraessa a morte '> algo sucedeu ao corpof>sico, algo ue s- pode realizar8se pelo fato de esse corpo ter sido permeado pelas forçasan>mico8espirituais do 7omem 'final, todos n-s ingerimos o mesmo ue os animaisingerem, isto ., transformamos as substTncias esico 7umano &azemos, pois, com assubstTncias algo diferente do ue fazem os animais ou plantas E as substTncias ue são

     b Kide "udolf Steiner, . i/nia oulta Bcit 8 nota na p=g 2XD B(!D

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    entregues ; terra no cad=er 7umano são substTncias transformadas, diferentes das ue o7omem recebeu ao nascer Nodemos, portanto, dizer ue o 7omem renoa as substTnciase as forças recebidas ao nascer transmitindo8as, transformadas, ao processo terrestre 'sforças e substTncias ue ao morrer ele entrega a esse processo não são idênticas ;uelasrecebidas ao nascer Com isto ele transmite, pois, ao processo terrestre algo ue, por seu

    interm.dio, flui constantemente do mundo supra8sens>el para o processo f>sico8sensorial'o nascer ele traz algo do mundo espiritual com sua morte a !erra recebe esse algoincorporado ;s substTncias e forças ue constitu>ram seu corpo durante a ida Com isso o7omem intermedeia o gote:ar do supra8sens>el no sens>el, no f>sico +maginem osSen7ores como ue uma c7ua cont>nua ue desce do supra8sens>el para o sens>el,permanecendo por.m essas gotas infecundas para a !erra, caso o 7omem não asacol7esse, transmitindo8as por si ; !erra Essas gotas ue o 7omem recebe ao nascer elibera ao morrer constituem uma fecundação cont>nua da !erra por forças supra8sens>eis,e são estas forças fertilizantes supra8sens>eis ue mantêm o processo eolutio terrestreSem cad=eres 7umanos a !erra estaria, pois, morta 7= muito tempo

    +sto posto, podemos indagarJ ual ., afinal, a atuação das forças mortas sobre anatureza 7umanaR 'tuam de fato sobre a natureza 7umana as forças mort>feras uepredominam na (atureza eferas irradiam para dentro den-sJ deineo, e em tudo ue com estes se relaciona %s neros s- nãosão ossos por estarem ligados de tal forma aos sistemas sang@>neo e muscular ue suatendência ossificadora se op6e ;s forças ue atuam no sangue e nos m3sculos % nero s-deineo e muscular se l7e op6em,impedindo a ossificação Se durante o crescimento enea e muscular, ; desitalizaç;o correta do

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    osso $a> a eneo, de um lado, e o -sseo8neroso, de outro medida ue o sistema-sseo8neroso aança em nosso ol7o ? o sistema -sseo ficando no enolt-rio e penetrandono ol7o apenas uma debilidade, ou se:a, o nero ?, surge no ol7o a possibilidade de umaunião entre a natureza olitia do m3sculo e do sangue e a atiidade representatia do

    sistema -sseo8neroso "emontamos assim a um fato ue tee papel importante na ciênciaantiga, mas ue . ridicularizado pela ciência moderna como id.ia infantil S- ue comcerteza ela o abordar= noamente, embora de outra forma

    %s antigos sempre sentiram em sua ciência um parentesco entre a medula nerosa, asubstTncia dos neros, e a medula -ssea ou substTncia dos ossos Segundo eles, o 7omempensaa tanto com os ossos uanto com os neros +sto, ali=s, . a erdade !udo uetemos em mat.ria de ciências e

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    -sseo ' consciência disso morreu, e . apenas refletida nas figuras da geometria, ue o7omem realiza como imagens % 7omem est= integrado no Cosmo Enuanto est= de8senolendo a geometria, imita o ue ele pr-prio faz no Cosmo

    Estamos, de um lado, ol7ando para um mundo ue tamb.m nos inclui, e ue se ac7anum processo cont>nuo de perecimento $e outro lado, emos tudo ue se estende at. as

    forças do nosso sistema sang@>neo8muscularJ este se encontra num moto8cont>nuo, emconstante flutuação, ir8a8ser, nascimento . totalmente germinal, nada 7= nele demorto Suspendemos em n-s o processo de perecimento e s- n-s, como 7omens, podemosfazê8lo, leando a ida ao ue . moribundo

    Se o 7omem não edio (em . preciso

    acrescentar este outro dese:o de Aartmann, fruto da limitação da cosmoisão cient>ficaJcomo o suic>dio coletio dos 7omens não l7e bastasse, ele ainda ueria fazer edio, e a !erra iria lentamente pelos ares demaneira espontTneaQ Nois sem auilo ue os 7omens implantam na !erra, a eoluçãoterrestre não pode prosseguir $eemos compenetrar8nos sentimentalmente dessecon7ecimento U mister ue essas coisas fiuem bem compreendidas na atualidade

    Em meus primeiros escritos8 repete8se um pensamento pelo ual eu pretendia dar ;cogniç;o uma base diersa da igente 7o:e (a &ilosofia emicointerior, ele não passa disso 'credita8se ue ? mesmo não estando ele presente ? não

    ienciando noamente a alma o ue acontece l= fora no mundo, nem por isso tudodeifero ue eu ueria salar a cognição (ão cessei derepetir ue o 7omem não . apenas um espectador, mas o palco do mundo, palco em ueos grandes acontecimentos c-smicos sempre oltam a realizar8se Sempre disse ue o7omem, com sua ida an>mica, constitui o teatro onde se desenrola o drama mundial +stopode ser reestido de uma forma filos-fica, abstrata E em particular no cap>tulo finalsobre liberdade em meu liro Kerdade e ciência os Sen7ores encontrarão este pensamentobem acentuadoJ auilo ue se passa no 7omem não . algo igual ao resto da (atureza oresto da (atureza penetra no 7omem, e o ue nele se realiza . ao mesmo tempo um

    processo c-smico ? de forma ue a alma 7umana . um palco de um processo c-smico, enão apenas 7umano E com esta afirmação, naturalmente, 7o:e em dia ainda somosdificilmente compreendidos em certos c>rculos 0as sem se compenetrar de tais id.iasningu.m poder= ser um erdadeiro educador

    % ue realmente ocorre na entidade 7umanaR $e um lado est= a natureza -sseo8nerosa, de outro a sang@>neo8muscular Nela atuação con:unta de ambas,constantemente são recriadas substTncias e forças ' !erra . preserada da morte pelarecriação de substTncias e forças dentro do pr-prio 7omem 'gora os Sen7ores podemligar o ue acabo de dizer ? ue o sangue prooca, por seu contato com os neros, arecriação de forças e substTncias ? ao ue eu disse na 3ltima conferência ? ue o sangueest= sempre a camin7o da espiritualidade, sendo por.m detido nesse afã Esses

    pensamentos obtidos nessas duas conferências serão correlacionados por n-s, para serirde base a um prosseguimento Contudo, os 'migos podem er desde := uão errOneo . o

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    conceito da conseração da força e da mat.ria, tal como normalmente . enunciado ? pois. refutado por auilo ue se passa no Tmago da natureza 7umana, constituindo apenas umobst=culo para uma erdadeira compreensão da entidade do 7omem Somente uando seobtier noamente o pensamento sint.tico de ue de fato nada pode surgir do nada, masuma coisa pode transformar8se a ponto de morrer para ue outra sur:a ? em lugar da

    teoria da conseração da força e da energia ?, . ue se poder= aduirir algo proeitosopara a ciênciaKemos, pois, em ue sentido muita coisa est= inertida em nosso pensar

    Nroclamamos algo como, por etulo de introdução, eu gostaria de ressaltar o seguinteJ s- uando se compreenderealmente a ontade . ue se pode con7ecer pelo menos uma parte dos outros impulsosemocionais, uma parte dos sentimentos Nodemos formular a n-s mesmos a seguinte

    perguntaJ o ue . de fato um sentimentoR A= grande afinidade entre um sentimento e aontade Eu diria ue a ontade . sentimento realizado, e ue o sentimento . a ontaderefreada ' ontade ue ainda não se manifesta, ue permanece na alma ? eis osentimento o sentimento . uma ontade embotada Nor isso s- compreendemos aessência do sentimento ao penetrarmos na natureza da ontade

    %ra, conforme se pode concluir de min7as esica, an>micae espiritual % ue nasce primeiro . o corpo, pelo menos em suas partes mais densas

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    B0ais detal7es encontram8se em meu liro !eosofiaD Nortanto, est= inserido na corrente7eredit=ria, trazendo consigo as caracter>sticas 7erdadas, e assim por diante *= o an>mico. principalmente auilo ue, partindo de uma e

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    en o instinto se transforma em impulso(o corpo f>sico, a ontade . instinto tão logo o corpo et.rico se apodera do instinto, aontade se transforma em impulso U muito interessante erificar ue ao se obserar oinstinto, ue pode ser captado de maneira mais concreta na forma eel se transformar em impulso% 7omem possui tamb.m o corpo das sensaç6es, ue . ainda mais interiorizado Este,

    por sua ez, apodera8se do impulso, dando origem não apenas a uma interiorização, mas auma eleação do instinto e do impulso ; consciência, onde são transformados em cobiça!amb.m a cobiça se encontra no animal, da mesma maneira como nele se encontra oimpulso, := ue o animal tamb.m possui estes três membros ? os corpos f>sico, et.rico edas sensaç6es 0as uem fala em cobiça := dee instintiamente concordar em consider=8la algo muito >ntimo Puando se fala em impulso, admite8se ue este se manifesta demaneira uniforme, do nascimento at. a idade aançada a cobiça, por.m, . referida comoalgo intensificado pelo an>mico, reigorando8se a cada ez #ma cobiça não decorrenecessariamente do car=ter não pertence necessariamente ao Tmbito an>mico ?

    simplesmente nasce e desaparece Com isso reela8se mais afim ; ida an>mica do ue omero impulso

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    &açamos agora a seguinte perguntaJ se o 7omem acol7e em seu eu, isto ., nas almasda sensação, do intelecto Bou do sentimentoD e da consciência ? o ue no animal não podeocorrer ? auilo ue ie em sua corporalidade sob forma de instinto, impulso e cobiça, oue resultar=R (este caso não fazemos uma distinção tão r>gida como no dom>nio dacorporalidade, porue no an>mico sempre 7= uma interpretação maior ou menor de tudo,

    mormente no caso do 7omem atual U precisamente essa a uestão crucial da psicologiamodernaJ os psic-logos não sabem se deem manter estritamente separados ou deigidas distinç6es entre ontade, sentimento e pensamento em outros, por eelNor isso a linguagem oral não possui oc=bulos para diferenciar os elementos olitios daalma ? instinto, impulso e cobiça ? uando captados pelo eu $e um modo geral, por.m,denominamos motio auilo ue como instinto, impulso e cobiça . captado pelo eu ? de

    forma ue ao referir8nos ao >mpeto olitio no campo an>mico propriamente dito, ao ue .pr-prio do eu, falamos de motio sabemos então ue os animais podem muito bem tercobiças, mas nunca motios U s- no 7omem ue a cobiça . eleada ao ser acol7ido nomundo da alma, e isso prooca o impulso de conceber intimamente um motio U apenasno 7omem ue a cobiça se transforma em autêntico motio da ontade 'o dizer ue no7omem iem os instintos, impulsos e cobiças proenientes do reino animal, mas ue eleos elea ao n>el de motio, estamos caracterizando a ontade do 7omem atual Puemobserar o 7omem no sentido de sua natureza olitia dir=J ? Se sei uais são os motiosnum 7omem, então eu o con7eço ? 0as não totalmenteQ Com efeito, algo late:asutilmente uando o 7omem desenole motios, e esse sutil late:o dee ser enfocadomuito criteriosamente

    Neço8l7es agora fazer uma distinção bem clara entre esse algo ue ressoa sutilmenteno impulso olitio e auilo ue . mais representatio (ão me refiro, neste momento, aoue, no impulso olitio, pertence mais ; representação %s Sen7ores poderiam ter, poresmoJ a pessoa gostariade ter agido mel7or para ser um indi>duo mel7or +sto . ego>stico (osso anseio s- deieis por Mdese:oFJ 6egierde Bno sentido de

    cobiça, apetiteD e !unsh Bno sentido de aspiração, otoD Esta 3ltima . a usada pelo 'utor neste conte

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    de ser ego>sta não uando gostar>amos ue a ação := emos alor bem maior a e

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    S- uando a alma estier liberta do corpo . ue a intenção se transformar= emresolução Essa intenção permanece na alma como um germe então a resolução seguemais tarde ' resolução tem sua sede no 7omem8esp>rito, tal como a intenção a tem noesp>rito ital e o dese:o na personalidade espiritual Nortanto, ao encarar o 7omem comoentidade olitia encontraremos todos estes componentesJ instinto, impulso, cobiça e

    motio e, como ue em surdina, auilo ue := ie na personalidade espiritual, no esp>ritoital e no 7omem8esp>rito sob forma de dese:o, intenção e resolução!udo isso tem grande significado para o desenolimento do ser 7umano Nois tudo

    ue ali ie em surdina, como ue conserando8se para a .poca depois da morte, pro:eta8se no 7omem em imagens durante o tempo entre o nascimento e a morte $esignamo8loentão com as mesmas palaras Em nossas representaç6es mentais ienciamos tamb.mdese:o, intenção e resolução 0as essas iências s- serão apropriadas ; natureza 7umanase essas coisas forem corretamente moldadas Nois auilo ue o dese:o, a intenção e aresolução realmente são na profundidade da natureza 7umana não aparece no 7omeme

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    inserido no socialismo'ui . preciso prestar especial atenção $eeria 7aer 7omens cOnscios de ue o

    progresso no sentido social entima do ser7umano Con.m saber ue cabe ao educador e professor do futuro captar o ue 7= demais >ntimo na natureza 7umana ue se ter= de conier com esse Tmago, e ue o

    relacionamento 7abitual entre os adultos não pode ser aplicado no ensino Puepretendem, pois, os mar

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    ida intelectual (esta, contamos sempre com o seguinteJ ensina8se a criança,considerando8a tanto mel7or uanto mais compreendeu o assunto 'tribui8se o mel7oralor a ensinar uma s- ez então o assunto dee apenas ser retido, lembrado 0as auiloue pode assim ser aprendido e lembrado de um s- lance não atua sobre o sentimentonem sobre a ontade sobre estes atua auilo ue . sempre repetido, e sendo

    considerado, pelas circunstTncias, corretamente e elas o farãocom base na autoridade, sabendo ue algu.m dee mandar na escola NortantoJ a cadaaluno um tipo de tarefa a cumprir por dia, e, se necess=rio, durante todo o ano escolar ?eis o ue atua fortemente sobre a formação da ontade +sso cria em primeiro lugar umcontato entre os alunos, depois reforça a autoridade do educador, al.m de constituir umaatiidade repetida ue atua fortemente sobre a ontade

    Nor ue o elemento art>stico atua tão especialmente sobre a formação da ontadeRNrimeiro porue o ecio consiste na repetição, e segundo porue a pessoa sente umprazer sempre renoado pelo ue aprendeu em mat.ria de arte 'precia8se o art>sticosempre noamente, e não apenas da primeira ez % elemento art>stico tem, := de per si,a propriedade de alegrar o 7omem não s- uma ez, mas sempre de noo $a> a relaçãoentre as nossas intenç6es pedag-gicas e o elemento art>stico

    P#+(!' C%(&E"[(C+'2I de agosto de 1919

    &alamos da natureza da ontade ; medida ue esta se entrosa no organismo 7umano'proeitemos agora o ue aprendemos sobre as relaç6es da ontade com o 7omem, para aobseração da restante entidade 7umana

    %s 'migos terão notado ue em min7as abordagens anteriores considereiprincipalmente, de um lado, a atiidade intelectual e cognitia e, de outro, a atiidadeolitia 0ostrei8l7es as relaç6es de ambas com a organização nerosa e com a atiidadesang@>nea, respectiamente Nensando sobre o assunto, os Sen7ores perguntarãoJ o ueacontece com a terceira capacidade an>mica, a do sentirR $esta temos falado at. agoramuito pouco Estudando8a, por.m, mais profundamente 7o:e, teremos tamb.m apossibilidade de penetrar mais intensamente nos dois outros lados da natureza 7umana ?o cognitio e o olitio

    Contudo, deemos ainda esclarecer8nos a respeito de apenas um pontoJ não .poss>el perfilar tão abstratamente as faculdades an>micas ? pensar, sentir e uerer ?,porue na alma ia uma atiidade sempre se transmite ; outra

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    %bserem, de um lado, a ontade %s Sen7ores poderão constatar ue não podemuerer o ue não ten7am azado em representaç6es, isto ., em atiidade cognitiaNrocurem concentrar8se em seu uerer, mesmo numa auto8obseração superficial, esempre 7aerão de constatar ue o ato olitio abrange sempre uma representação men8tal ualuer %s 'migos não seriam seres 7umanos se no ato olitio não estiesse

    presente a representação "ealizariam tudo ue emana da ontade a partir de umaatiidade instintia e embotada, caso não impregnassem essa ação com atiidaderepresentatia

    0as assim como o representar est= presente em toda atiidade olitia, a ontadepermeia todo pensar !amb.m a esse respeito uma auto8obseração, mesmo superficial,permitir8l7es8= constatar ue ao pensar sempre fazemos fluir a ontade para a formaçãodo pensamento ' maneira como formamos pensamentos, como ligamos um pensamento aoutro, como passamos ao :ulgamento e ; conclusão, tudo isso . permeado de umaatiidade olitia mais sutil Cabe8nos então dizerJ a atiidade olitia . MprincipalmenteFolitia, e cont.m a corrente sub:acente do pensar a atiidade pensante .MprincipalmenteF pensante, e lea como corrente sub:acente a atiidade olitia Nor8tanto, ordenar intelectualmente lado a lado := não . poss>el no caso das atiidades

    an>micas, pois uma transborda para a outraEssa intercomunicação das atiidades an>micas, obser=el na alma, ac7a8se emica se manifesta Ke:am, por eneos Em decorrência do prolongamento dos neros para o ol7o, nestepenetra a atiidade pensante ou cognitia o prolongamento dos asos sang@>neos fazpenetrar nele a atiidade olitia 'ssim, tamb.m no corpo, indo at. a periferia dasatiidades sensoriais, 7= uma interligação dos elementos olitio e ideatio ou cognitio% mesmo acontece com todos os sentidos, mas tamb.m com os membros motores ueserem ao uerer Em nosso uerer, em nossos moimentos penetra pelos neros oelemento cognitio, e pelas eias o elemento olitio

    Cumpre8nos agora inestigar a forma espec>fica da atiidade cognitia *= fizemosmenção a tudo ue constitui esse comple

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    como a Mcartilagem ensiformeF e o MleueF $a> se pode erificar ue o animal concentrano ol7o ? e tamb.m nos demais sentidos ? uma atiidade sang@>nea maior do ue o faz o7omem +sto significa ue o animal desenole em seus sentidos muito mais simpatia,simpatia instintia pelo mundo ambiente, ue o 7omem Este tem, na realidade, maisantipatia pelo mundo, a ual por.m não em ; consciência na ida normal !al s- ocorre

    se a contemplação do mundo se intensifica at. ; impressão ; ual reagimos com repulsaEsta . apenas uma impressão intensificada de toda percepção sensorialJ reagir ; impres8são ebrio pela adição da antipatia +sso faz com ue a simpatia permaneça num n>el

    subliminar ; consciência, penetrando apenas algo dela no dese:ado (os atos ? de fatomuito numerosos ? ue edo desimpatia, enuanto de outra forma parece algo ob:etio unido ao meio ambiente $amesma maneira como a antipatia s- se nos pode tornar consciente na cogniç;o de umamaneira e

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    forte, uerer igoroso 0as não pode permanecer assim dee permear8se, como ue sercontinuamente iluminada pela representação mental +sso se d=, em sentido mais amplo,uando integramos aos nossos instintos os ideais, os ideais morais E agora os 'migospoderão compreender mel7or o ue a antipatia realmente significa neste campo Se osimpulsos ue percebemos na criança peuena permanecessem durante toda a ida apenas

    simp=ticos como o são para a criança, n-s nos desenoler>amos animalescamente sob ainfluência dos nossos instintos Esses instintos deem tornar8se antip=ticos para n-s ?deemos implantar neles a antipatia &azendo assim agimos por meio de nossos ideaismorais, aos uais os instintos são antip=ticos e ue, em nossa ida entre o nascimento e amorte, introduzem antipatia na simpatia infantil dos instintos Nor esse motio, eoluçãomoral . sempre algo asc.tico S- ue esse elemento asc.tico dee ser compreendido nosentido correto ? trata8se sempre de e

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    especialista em l-gica Sigart, em Aeidelberg %s dois sen7ores discutiam sobre o ue .ue reside na atiidade a:uizante do 7omem Sigart opinaa ue na emissão do :u>zo M%7omem dee ser bomF 7= sempre a participação de um sentimento ? o sentimento . uetoma a decisão \rentano opinaa ue a atiidade do :u>zo e a atiidade do sentimento,ezo,

    não poderia absolutamente ser compreendida se acaso se acreditasse ue o sentimentotomasse parte nela 'c7aa ue com isso algo de sub:etio se introduziria no :u>zo, aopasso ue este dese:a ser ob:etio

    !al discussão s- sere para mostrar ; pessoa compreensia ue nem os psic-logosnem os l-gicos c7egaram aonde deeriam c7egarJ ; interpenetração das atiidadesan>micas Nensem no ue realmente dee ser obserado aui $e um lado temos aatiidade do :u>zo, ue naturalmente dee decidir sobre algo totalmente ob:etio % fatode ue o 7omem dee ser bom não dee depender de nosso sentimento sub:etioNortanto, o conte3do do :u>zo dee ser ob:etio Nor.m uando :ulgamos entra em cenaalgo totalmente dierso 's coisas ue são ob:etiamente corretas ainda não são, por isso,conscientes em nossa alma Nrimeiro temos de acol7ê8las a> conscientemente E nen7um:u>zo . acol7ido conscientemente em nossa alma sem a colaboração da atiidade do

    sentimento Nortanto, deemos dizer ue \rentano e Sigart teriam c7egado a umconsenso se ambos tiessem conclu>do ue o conte3do ob:etio do :u>zo se mant.medo da atiidade do sentimento e ue, no entanto, para surgir na alma 7umanasub:etia a conicção da ezo, . preciso desenoler8se a atiidade dosentimento

    $isso se eidencia o uanto . dif>cil c7egar a conceitos emica mediana entre o con7ecer e o uerer, irradiando sua natureza emambas as direç6es % sentimento tanto . con7ecimento uanto ontade ainda embrion=rios ? con7ecimento refreado e ontade refreada U por isto tamb.m ue o sentir secomp6e de simpatia e antipatia, s- ue estas se ocultam, como imos, tanto no con7ecercomo no uerer 'mbas, simpatia e antipatia, enea atuam em con:unto por.m seescondendo U no sentir ue elas se tornam eidentes

    Como se mostram, pois, as manifestaç6es corp-reas do sentirR Nor todo o corpo7umano se constata como os asos sang@>neos tocam de alguma forma os circuitos

    nerosos E em todos os pontos onde isto sucede, nasce realmente o sentimento S- uenos sentidos, por eneos ue seestendem para dentro dos ol7os ' sensação de car=ter sentimental dentro do ol7oencontra8se bastante reprimida

    0enos reprimido est= o elemento sentimental no sentido da audição ' audição est=,

    muito mais ue a isão, numa relação orgTnica com a totalidade do organismoEncontrando8se no ouido in3meros -rgãos bem diferentes dos -rgãos do ol7o, em muitos

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    aspectos o ouido . uma fiel imagem do ue ocorre em todo o organismo Nor isso, o ueno ouido sucede como atiidade sensorial . muito fortemente acompan7ado de atiidadesentimental E aui, mesmo pessoas ue compreendem muito bem o ue ouem terãodificuldade em distinguir claramente, nauilo ue ouiram ? especialmente se foi algoart>stico ?, o ue . simples cognição e o ue . sentimental ' isto se relaciona um

    fenOmeno muito interessante da .poca moderna, o ual se inseriu tamb.m na produçãoart>stica recente!odos os Sen7ores con7ecem, nos 0estres Cantores de "ic7ard Wagner, a figura de

    \ecmesser % ue \ecmesser representa, de fatoR "epresenta um entendedor de m3sicaue se esuece totalmente de como tamb.m o elemento sentimental do 7omem inteiroatua no elemento cognitio da audição Wagner, ue fez representar sua pr-priaconcepção em Walt7er, estaa imbu>do bastante unilateralmente de ue o elementosentimental deia predominar na m3sica % ue em Walt7er e \ecmesser se contrap6e, apartir de uma concepção euiocada ? uero dizer, euiocada em ambos ?, ; concepçãoacertada da colaboração entre o elemento sentimental e o cognitio na m3sica enicio uma assim c7amada teoria dos sentidos 'o inestigarem ue consiste a atiidade sens-ria, obt.m8se a atiidade sens-ria do ol7o, do ouido, donariz e assim por diante "esume8se tudo numa grande abstração denominada MatiidadesensorialF +sto . uma grande fal7a, um erro consider=el Nois basta obserarem ossentidos >nicialmente con7ecidos dos atuais fisi-logos ou psic-logos e os Sen7ores poderãoconstatar, ao obserarem o lado corp-reo, ue realmente o sentido da isão . algo

    totalmente dierso do sentido da audição % ol7o e o ouido são duas naturezas bemdiferentes E o ue se dir= da organização do sentido do tato, ue ainda não foi in8

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    estigado, nem ao menos da forma relatiamente satisfat-ria como no caso do ol7o e doouidoQ Nor.m, amo8nos ater ; isão e ; audição Estas são duas atiidades totalmentediersas, de forma ue resumi8las numa Matiidade sensorial geralF constitui uma teoriaobtusa Puem uisesse proceder corretamente neste Tmbito deeria apenas, com umaconcreta capacidade de obseração, falar da atiidade do ol7o, da atuação do ouido, da

    atiidade do -rgão do olfato etc Então encontraria uma ariedade tão grande ueperderia a ontade de estabelecer uma fisiologia geral dos sentidos, tal como a têm ospsic-logos de 7o:e

    (a obseração da alma 7umana, s- se c7ega a um discernimento permanecendo noTmbito ue procurei delimitar em meus argumentos tanto em Kerdade e ciência uantoem ' filosofia da liberdade Então se pode falar da alma 7omogênea sem cair emabstraç6es U ue a> se pisa em solo firme parte8se do fato de ue o 7omem se abre parao mundo e não possui a realidade toda %s Sen7ores podem ler isto em ambos os liroscitados $e in>cio o 7omem não possui toda a realidade Nrimeiramente ele se desenole,e nesse desenolimento auilo ue antes ainda não constitu>a realidade se tornaerdadeiramente real mediante a interpenetração do pensar e da obseração 'ntes demais nada o 7omem conuista a realidade ' este respeito o antismo, ue se imiscuiu em

    tudo, introduziu as mais terr>eis deastaç6es % ue faz, enfim, o antismoR 'firmadogmaticamente, a prioriJ o mundo ue nos circunda tem de ser primeiro obserado,sendo ue em n-s emico, ; medida ueessa compreensão se faz necess=ria para a educação da criança !eremos de diferenciar ostrês pontos de ista ? o espiritual, o an>mico e o f>sico ? e, para c7egar a umaantropologia integral, obserar o 7omem a partir de cada um deles ' obseração an>mica

    constitui a mais imediata, porue na ida comum . :ustamente o elemento an>mico ue .mais acess>el no 7omem E os Sen7ores tamb.m terão percebido ue apontamos o Tmbitoan>mico ao empregar a antipatia e a simpatia como conceitos principais para essa com8preensão do ser 7umano (ão nos ser= oportuno passarmos diretamente do an>mico aof>sico, pois a partir de nossas obseraç6es cient>fico8espirituais sabemos ue o corp-reo s-pode ser compreendido como uma manifestação tanto do an>mico uando do espiritualNortanto, ; obseração an>mica ue esboçamos em lin7as gerais acrescentaremos agorauma obseração do 7omem do ponto de ista espiritual, para s- então passar a abordarmais especificamente a assim c7amada antropologia, a obseração do ser 7umano talcomo este se manifesta no mundo f>sico

    Se uiserem obserar conenientemente o 7omem de ualuer ponto de ista, osSen7ores terão de recorrer sempre de noo ; diferenciação das atiidades an>micas7umanas entre con7ecer Bue decorre no pensarD, sentir e uerer 't. aui consideramoso pensar ou con7ecer, o sentir e o uerer dentro da atmosfera constitu>da por antipatia e

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    simpatia %bseremo8los agora do ponto de ista espiritual!amb.m na obseração espiritual os Sen7ores encontrarão uma diferença entre o

    uerer, o sentir e o con7ecer pensante \asta obserarem o seguinteJ ?   medida uecon7ecemos pensando, deemos sentir ? se me permitem usar uma met=fora, pois aimagem nos a:udar= uanto aos conceitos ? ue de certa forma iemos na luz (o

    con7ecer sentimo8nos, com nosso eu, inteiramente imersos nessa atiidade cognitia $ecerta forma cada parte, cada componente dessa atiidade a ue c7amamos con7ecer est=dentro de tudo ue nosso eu faz e maisJ o ue nosso eu faz est= dentro da atiidadecognitia Estamos totalmente na claridade, iemos numa atiidade plenamenteconsciente ? para usar uma e

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    por ue as duas estacas suportam a iga, estão apenas se iludindo !udo ue possu>moscomo conceitos de coesão, de adesão, de forças de atração e repulsão constituem, nofundo, apenas 7ip-teses para a ciência emico, e na ig>lia s-dormimos com nosso uerer 'o son7ar, como se diz 7abitualmente, entregamo8nos comnosso ser total ao estado an>mico ue denominamos sono, e na ig>lia s- nos abandonamosa esse sono on>rico enuanto sentimos

    $o ponto de ista pedag-gico, agora os Sen7ores não mais se admirarão ao constatarue as crianças diergem no tocante ao grau de ig>lia de sua consciência Nois

    descobrirão ue crianças nas uais predomina a ida dos sentimentos são criançasson7adoras, de forma ue, não l7es estando desperto ainda na infTncia o pleno pensar,

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    estarão facilmente entregues a um car=ter son7ador Então os Sen7ores tomarão este fatocomo motio para atuar sobre tal criança por meio de sentimentos fortes ? e poderãotamb.m ter a esperança de ue esses sentimentos fortes despertarão nela o con7ecerclaro, pois todo estado de sono tem a tendência, segundo o ritmo da ida, a acordar ap-salgum tempo %ra, se abordarmos com emoç6es fortes tal criança anin7ada

    son7adoramente na ida dos sentimentos, ap-s algum tempo essas emoç6es despertarãopor si mesmas como pensamentosCrianças ainda mais ap=ticas, mostrando8se at. mesmo embotadas face ; ida

    sentimental, eidenciarão estar fortemente predispostas especialmente para a ontade '>se ê ue, considerando estes fatos, pode8se enfrentar pela cognição muitos enigmas daida infantil %s Sen7ores podem receber na escola uma criança ue se comporte como umerdadeiro retardado Se imediatamente a :ulgassem d.bil mental, est3pida,inestigassem8na com a psicologia enio est= condenado amanifestar8se apenas mais tarde, cabe8nos então trat=8la tamb.m adeuadamente paraue ela possa depois ser estimulada a realizar algo com empen7o $e in>cio ela parece umautêntico retardado, o ue no entanto talez não se:a em absoluto E . preciso ue seten7a a isão necess=ria para despertar a ontade em tal criança isto significa inteferirem seu estado de sono acordado a ponto de despert=8la cada ez mais ? porue todo sonotem tendência a acordar ?, de forma ue seu sono enuanto ontade, ue talez se:abastante forte mas este:a dormindo, desperte em idade posterior !al criança dee sertratada apelando8se o menos poss>el ao seu racioc>nio e ; sua compreensão, mas sim, de

    certa forma, Mmartelando8seF algumas coisas atuantes sobre a ontade, fazendo8a andarao mesmo tempo em ue fala Leem tal criança ? não deer= 7aer muitas ? para afrente da classe Bpara as outras crianças isto ser= animador, e para esta ser= construtioDe façam8na dizer frases acompan7ando as palaras com moimentosJ M% BpassoD ? 7omemBpassoD ? . BpassoD ? bom BpassoDQF $esta maneira os Sen7ores ligarão a pessoa total, noelemento olitio, com o simplesmente intelectual no con7ecer, e poderão cada ez maisdespertar a ontade dessa criança para o pensamento Somente o discernimento de ueno 7omem desperto := . preciso lidar com diersos estados de consciência ? com a ig>lia,o son7o e o sono ? nos conduzir= a um real con7ecimento de nossas tarefas diante do ser7umano em eolução

    Cabe agora a seguinte perguntaJ como . ue o erdadeiro centro do 7omem, o eu, serelaciona com esses diersos estadosR Ser= f=cil respondê8la pressupondo8se a priori o ue

    . indiscut>elJ o ue c7amamos de #nierso, de Cosmo, . uma soma de atiidades Essasatiidades se nos manifestam nos diersos Tmbitos da ida elementar Sabemos ue nessaida elementar reinam forças, como a força ital ue, por e

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    ue, obserando o mundo não apenas superficialmente, deemos concluir ue iemosnum ambiente permeado de forças por toda parte

    %ra, esicos, andamos pelo mundo(osso corpo f>sico, sem ue o saibamos pelo con7ecimento 7abitual, . constitu>do de

    forma a suportarmos isso, e assim podemos camin7ar pelo mundoCom nosso eu, o mais :oem elemento de nossa eolução, não poder>amos atraessaressas forças do mundo caso esse eu tiesse de entregar8se ;s mesmas diretamente Esseeu não poderia entregar8se a tudo ue est= ao seu redor e no ual ele est= inserido Eleainda precisa ser resguardado de derramar8se nas forças do mundo, pois ainda deer=desenoler8se para um dia poder penetrar nessas forças 'gora ele ainda não . capazdisso, sendo por isso necess=rio ue, para o eu plenamente desperto, não se:amoscolocados no mundo real ue nos circunda, mas apenas na imagem do mundo Nortanto,em nosso con7ecer pensante s- possu>mos a imagem do mundo, o ue := indicamos doponto de ista an>mico %bseremo8lo agora tamb.m do ponto de ista espiritual (acognição pensante iemos em imagens e sendo 7omens no presente est=gio de eolução,situados entre o nascimento e a morte, s- podemos ier, com nosso eu plenamente

    desperto, em imagens do Cosmo, e não ainda no Cosmo real U por isso ue, em estado deig>lia, nosso corpo dee produzir8nos as imagens do Cosmo, para então nosso eu iernessas imagens

    %s psic-logos fazem imensos esforços para constatar as relaç6es entre o corpo e aalma &alam de ação rec>proca entre corpo e alma, de paralelismo psicof>sico e de outrascoisas mais !udo isso não passa, no fundo, de conceitos infantis, pois o processo real,nesse caso, . o seguinteJ uando, pela man7ã, o eu passa ao estado de ig>lia, penetra nocorpo f>sico ? mas não no processo f>sico do corpo, e sim no mundo de imagens dosprocessos entimo Com isto ocon7ecer pensante . transmitido ao eu

    (o sentir . diferente '> o eu := penetra no corpo real, e não simplesmente nas

    imagens Se, no entanto, durante essa penetração estiesse plenamente consciente, ele ?tomem isto agora animicamente ? literalmente se incendiaria Se em seu sentir ocorresseo mesmo ue em seu pensar enuanto os Sen7ores penetrassem com seu eu nas imagensproduzidas por seu corpo, então os Sen7ores se incendiariam animicamenteJ não osuportariam, pois s- son7ando, num estado de consciência obscuro, podem ienciar essapenetração representada pelo sentir Somente no son7o suportamos auilo ue no sentiracontece de fato em nosso corpo

    E o ue sucede no uerer s- podemos ienciar enuanto dormimos Seria 7orr>el sena ida cotidiana ti.ssemos de compartil7ar tudo ue ocorre em nosso uerer %sSen7ores sofreriam a dor mais terr>el, por erica e ig>lia dormente ?, ue eu caracterize auilo ue o eu, enuantoie no corpo em estado >gil 7abitual, e est= plenamente desperto Nor.m iea> somente em imagens, de forma ue o 7omem em sua ida entre o nascimento e amorte, caso não realize os ecios indicados em meu liro O onheimento dos mundossuperiores, ie continuamente apenas em imagens atra.s de seu pensar cognitio

    Então o eu, despertando, penetra nos processos ue condicionam o sentir Kier

    sentindoJ a> não estamos plenamente despertos, e sim son7ando despertos Comoienciamos, afinal, auilo ue perfazemos sentindo, no estado on>rico de ig>liaR

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    Kienciamo8lo de fato nauilo ue sempre se denominou inspiraç6es, representaç6esinspiradas, representaç6es inconscientemente inspiradas Este . o foco de tudo ue, noartista, ascende dos sentimentos ; consciência desperta, sendo nesse foco e estamos, por assim dizer,na lucidez da consciência, como := sabemos 0uitas ezes as pessoas, ao refletir sobre omundo, começam a dizer ue têm intuiç6es ' partir dessas intuiç6es fazem emergir algosentido de forma imprecisa % ue dizem então pode ser algo bastante confuso, mas podetamb.m estar inconscientemente ordenado E, afinal, uando o poeta fala de suas

    intuiç6es, . incontest=el ue ele não as eel ? das representaç6es inspiradas da ida dos sentimentos ? sendo elas

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    totalmente inconscientes, ele as retira da região do uerer adormecidoPuem obsera estas coisas constata, mesmo nas aparentes casualidades da ida, ue

    estas são regidas por leis muito profundas Lendo8se, por edo,

    não poderão tornar corretamente compreens>el por ue o elemento intuitio, do ual aspessoas falam instintiamente, ascenderia mais facilmente ao con7ecer pict-rico do dia8a8dia do ue o sentir inspirado, mais acess>el %ra, se desen7arem agora o esuemacorretamente ? pois o anterior est= errado ? tal ual o apresento agora, os Sen7orescompreenderão com mais facilidade o assunto, concluindo então ue na direção da seta 1o con7ecer pensante desce ;s inspiraç6es, ascendendo noamente ;s intuiç6es Bseta 2D0as esse con7ecer, indicado com a seta 2, . uma descida ao corpo E agora obserem8se asi mesmosJ estão em total repouso, sentados ou em p., dedicando8se apenas ao pensar

    cognitio, ; obseração do mundo ecio, o ue e

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    ue deesse andar com as pernas, mas ue sua cabeça possu>sse diretamente pernas etiesse de andar Então sua obseração do mundo e seu uerer se entreteceriam numacoisa s-, e como conse@ência os Sen7ores s- poderiam andar dormindo Estandoassentada sobre os ombros e o resto do corpo, sua cabeça repousa sobre ele ? e os 'migosa carregam, moimentando8se apenas com o corpo restante ' cabeça precisa repousar

    sobre o corpo, do contr=rio não poderia ser o -rgão do pensar cognitio $ee ser afastadado uerer dormente, pois no momento em ue os Sen7ores a pusessem em moimento,retirando8a do relatio repouso para um moimento pr-prio, ela cairia em sono % uererpropriamente dito ela deimico, atribu>mos ênfase principal adescobrir antipatias e simpatias dentro das leis uniersais mas se o obserarmos do pontode ista espiritual, teremos de atribuir peso maior a descobrir estados de consciência%ntem, ali=s, := nos ocupamos com os três estados de consciência reinantes no 7omemJ aig>lia plena, o son7o e o sono ? tendo mostrado como a ig>lia plena s- erito tomandoem consideração todo o curso da ida 7umana Contudo, . preciso lear em conta uenuma inter8relação tal como apresentarei aui os Sen7ores terão apenas os maisincipientes rudimentos para a compreensão "ecebendo os conceitos dessa forma, osSen7ores terão de desenolê8los posteriormente

    %bserando a criança rec.m8nascida, obserando8a em suas formas, em seusmoimentos, em suas manifestaç6es itais no gritar, no balbuciar e assim por diante,captamos uma imagem mais do corpo 7umano 0as s- obteremos essa imagem em suatotalidade relacionando8a com a idade madura e com a el7ice (a idade adulta o 7omem. mais an>mico, e na el7ice . predominantemente espiritual Esta 3ltima afirmaçãopoderia ser facilmente contestada (aturalmente muitos dirãoJ ? 0as muitos anciãos setornam totalmente imbecisQ ? #ma espec>fica ob:eção do materialismo contra o an>mico8espiritual . ue na el7ice a pessoa olta a ser imbecil e, com erdadeira obstinação, os

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    materialistas apregoam ue mesmo um esp>rito tão grandioso uanto _ant se teria tornadoimbecil em sua el7ice Esta ob:eção dos materialistas e esse fato são corretos, s- ueeles não comproam o ue pretendem comproar ? pois tamb.m _ant, ao enfrentar oportal da morte, era mais s=bio ue em sua infTncia apenas em sua infTncia seu corpoestaa apto a assimilar tudo ue procedesse de sua sabedoria ? e por isso pOde tornar8se

    consciente na ida f>sica Em compensação, na el7ice o corpo tornou8se incapacitado aabsorer tamb.m o ue o esp>rito l7e proporcionaa % corpo := não era um instrumentoadeuado ao esp>rito Conse@entemente _ant não podia mais, no plano f>sico, terconsciência dauilo ue iia em seu esp>rito 0algrado a aparente pertinência da ob:eçãorec.m8mencionada, . preciso ter bem claro ue na el7ice a pessoa se torna s=bia e plenade esp>rito, := ue . dos esp>ritos ue se aproel, naueles anciãosue at. a idade aançada conseram elasticidade e força ital para seu esp>rito,recon7ecer as capacidades espirituais em seus prim-rdios E

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    não nos conta teorias ? conta8nos o ue, de sentimentos, pOde conectar a seus conceitose id.ias (o ancião ue realmente ligou seus sentimentos ao pensar cognitio, os conceitose id.ias soam c=lidos, saturados de realidade, concretos, pessoais ? enuanto na pessoamais estacionada na idade adulta os conceitos e id.ias soam te-ricos, abstratos,cient>ficos U pertinente ; ida 7umana o fato de se percorrer um camin7o das

    capacidades an>micas 7umanas ; medida ue o uerer emotio da criança eolui para opensar emotio do ancião Entre ambos se situa a ida 7umana, e s- educaremos bem paraessa ida 7umana se pudermos enfocar psicologicamente tal fato

    %ra, deemos lear em consideração ue em todas as nossas obseraç6es do mundosurge algo em primeiro lugar ? tamb.m todas as teorias psicol-gicas o descreem como oprimeiro nessas ocasi6esJ . a sensação Se ualuer de nossos sentidos entra em relaçãocom o mundo circundante, passa a ter sensaç6es (-s sentimos as cores, os sons, o calor eo frio $esta forma, a sensação entra em cena em nosso intercTmbio com o ambiente

    $a maneira como de 7=bito a sensação . descrita nas psicologias correntes, não seobt.m ualuer id.ia correta de sua real natureza &alando da sensação, as teoriaspsicol-gicas dizemJ ? L= fora se desenrola um certo processo f>sicoJ ibraç6es no .terluminoso ou oscilaç6es no ar isto flui para o nosso -rg;o sensorial, estimulando8o ? &ala8

    se então muito bem do est>mulo, recorrendo8se a uma emulo prooca em nossa alma, mediante o-rg;o sens-rio, toda a sensação ualitatia ue surge do processo f>sico, por eelJ o7omem uer ser cientista ? e sustenta ue os psic-logos podem aprender algo dos poetasQE em terceiro lugarJ este 7omem . um cientista :udeu, e escree uma psicologia dedican8do8a precisamente ao padre e fil-sofo cat-lico da &aculdade de !eologia da #niersidadede Kiena ? ainda nauela .poca ? Laurenz 0@llner !rês coisas 7orr>eis, ue tornaamimposs>el os psic-logos profissionais learem o 7omem a s.rio 0as lendo sua psicologiaos Sen7ores encontrariam tantos ac7ados pertinentes e minuciosos ue fariam proeito

    deles, apesar de terem de re:eitar a estrutura global dessa psicologia, a mentalidadetotalmente materialista de 0oritz \enedit $o todo do liro não se aproeita nem um

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    m>nimo, por.m muito das obseraç6es isoladas 'ssim, dee8se procurar, no mundo, o me8l7or onde este se encontra Se algu.m . um bom obserador, e sente repulsa diante datendência global encontr=el em 0oritz \enedit, nem por isso precisa re:eitar suas boasobseraç6es em detal7es

    ' sensação, portanto, tal como se manifesta no 7omem, . sentir olitio ou uerer

    sens>el $eemos, pois, dizer ue no Tmbito onde a esfera sensorial do 7omem se situaedo deontade $esen7ando um esboço do 7omem, pode8se dizer ue em sua superf>cie ecie, se ambos se encontram presentes ; medida ue essa superf>cie corp-rea .aesfera sensorialR Erico, um son7o dormente, como podemos c7am=8los tamb.m Nois não dormimosapenas ; noite ? dormimos continuamente na periferia, na superf>cie eamos na ida comum(esta s- con7ecemos o sono pelo fato de sabermos ue ; noite, deitados no leito,dormimos (ão sabemos absolutamente ue

    esse sono . algo ue possui uma difusão muito maior, sendo efetuado por n-scontinuamente tamb.m em nossa superf>cie corp-rea s- ue a> son7os se imiscuemintermitentemente ao sono Esses Mson7osF são as sensaç6es sensoriais antes de seremcaptadas pelo intelecto e pelo pensar cognitio

    (o caso da criança, tamb.m deemos pesuisar a esfera olitia e sentimental emseus sentidos U por isso ue enfatizamos tão fortemente o fato de, ; medida ueeducamos a criança intelectualmente, termos de atuar tamb.m continuamente sobre a

    ontade ? pois em tudo ue a criança dee contemplar e perceber temos de cultiar tam8b.m a ontade e o sentimento, do contr=rio estaremos contradizendo eementemente a

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    sensibilidade infantil S- ao ancião no crep3sculo da ida . ue podemos falarpressupondo as sensaç6es como := metamorfoseadas (este caso a sensação := setransformou do uerer sens>el para o pensar emotio ou sentir pensante 'ui a sensaçãose modificou em outra coisa, assumindo um car=ter mais pensante e dispensando oirreuieto car=ter olitio, trazendo em si uma calma bem maior S- no caso do ancião .

    ue podemos dizer ue as sensaç6es se aprosica regularJ ue a luz tem algo a er com oscilaç6es no .ter,e assim por diante +sto podia ser considerado ao menos uma causa da luz 0eu e

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    nece, em nosso >ntimo, num sono on>rico'final, onde . ue igilamos plenamenteR (a zona intermedi=ria, uando estamos

    totalmente acordados Como êem, partimos agora do ponto de ista espiritual aoempregar os fatos da ig>lia e do sono tamb.m espacialmente ; configuração do 7omemsendo assim, podemos dizer ue, desse ponto de ista, ele dorme em sua superf>cie e em

    seus -rgãos interiores, s- podendo estar totalmente >gil na zona intermedi=ria na idaentre o nascimento e a morte Pue -rgãos, pois, estão desenolidos ao m= nos . dada a oportunidade de estarmos realmente bem despertos U onde osneros estão mais desenolidos ue estamos mais acordados 0as o sistema neroso temuma relação peculiar com o esp>rito Ele . um sistema orgTnico ue, atra.s das funç6esdo corpo, tem continuamente tendência a decompor8se, a tornar8se mineral Se osSen7ores pudessem isolar, num 7omem io, seu sistema neroso da restante entidadeglandular, muscular, sang@>nea e -ssea ? poderiam at. mesmo deimico8espiritual % sangue, os m3sculos etcsempre têm essa relação de forma direta, o ue não sucede, nem indiretamente, no casodo sistema neroso este s- tem relaç6es com o an>mico8espiritual pelo fato de desligar8secontinuamente da organização 7umana, não estando presente porue est= sempre emdecomposição %s outros membros orgTnicos iem, e por isso estabelecem relaç6es dire8tas com o an>mico8espiritual % sistema neroso est= sempre morrendo e dizendo ao7omemJ MNodes desenoler8te porue eu não te ofereço ualuer obst=culo, pois não mefaço presente com min7a idaQF U este o detal7e peculiar

    (a Nsicologia e na &isiologia os Sen7ores encontram emico8espiritual . o sistema neroso 0aspor ue este constitui esse -rgão transmissorR S- por estar continuamente retirando8se daida, por não oferecer ualuer obst=culo ao pensar e ;s sensaç6es, por não estabelecerligação alguma com os mesmos, por deimico8espiritual,no local onde se encontra Nara o an>mico8espiritual, os locais dos neros sãosimplesmente espaços azios, onde ele pode, portanto, entrar $eemos agradecer aosistema neroso o fato de não se interessar pelo an>mico8espiritual, de não fazer nada doue os fisi-logos e psic-logos l7e atribuem Caso sucedesse apenas por cinco minutos oue, segundo as descriç6es desses entendidos, os neros deem fazer, durante esse tempon-s nada saber>amos do mundo e de n-s pr-priosJ estar>amos dormindo U ue os nerosfariam como aueles -rgãos ue transmitem o sono, ue transmitem o uerer sens>el e osentir olitio

    % fato . ue 7o:e em dia se enfrenta alguma dificuldade ao descobrir o ue . aerdade na &isiologia e na Nsicologia, pois as pessoas sempre dizemJ MKocê p6e o mundode cabeça para bai

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    auele Tmbito >ntimo onde noamente sucedem processos f>sico8u>micos +maginem agoraestarem diante de uma superf>cie iluminada, de onde raios luminosos incidem sobre seusol7os '> ocorrem noamente processos f>sico8u>micos, ue prosseguem para o interior docorpo atingindo a natureza muscular e sang@>nea Nelo meio, uma zona permanece aziapela ação do -rgão neroso nela não se desenole ualuer dos processos ocorridos nos

    ol7os ou no interior do 7omem, processos ue são autOnomos ? a> tem continuidade o ueecie corp-rea, onde se localizam os sentidos, temos portanto processos reaisdependentes do ol7o, do ouido, do -rgão t.rmico etc Nrocessos semel7antes e n-s iemos com elas U s- em relação ; esfera sensorial ue estamosseparados de um mundo entimo iemos, como numa conc7a, com os pro8cessos elia, ao sono e ao son7o

    'prendendo algo, os Sen7ores o assimilam em seu estado de plena ig>lia Enuantose ocupam com isso e pensam a respeito, o assunto est= presente em sua ig>lia Então osSen7ores passam a outra esfera %utro assunto prende seu interesse, sua atenção % uese passa com auilo ue aprenderam antes, e do ual se ocuparamR Começa a adormecer,e uando os Sen7ores o recordam, desperta noamente

    %s Sen7ores s- compreenderão corretamente estas coisas se substitu>rem todo opalar-rio, encontr=el nas teorias psicol-gicas e

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    auferir as coisas da realidade Elas não ligam ualuer conceito a essa auferição 0enosainda o fazem, por emica 7umana 0as uando . ue o fazemosR Puando não somoscapazes de regular oluntariamente nosso esuecer e nosso lembrar E

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    Node8se remediar neste caso, e situar cada ez mais o esuecimento e a lembrançana esfera do arb>trio, sabendo8se ue o sono e a ig>lia tamb.m atuam na ida despertauando desse lembrar e esuecer Nois então se perguntar=J de onde em a lembrançaRKem do fato de a ontade, na ual dormimos, captar uma representação no inconsciente,trazendo8a ; consciência *ustamente da mesma forma como o eu e o corpo astral,

    estando fora dos corpos f>sico e et.rico do adormecer ao acordar, re3nem forças nomundo espiritual para renoar estes 3ltimos, do mesmo modo emana da força da ontadedormente o resultado do processo recordatio %ra, mas a ontade est= :ustamenteadormecida, e portanto os Sen7ores não podem fazer imediatamente com ue a criançaaprenda a utiliz=8la Nois se o uisessem seria como se pretendessem obrigar a pessoa aser sempre bem8comportada no sono, a fim de trazer esse bom comportamento para aida ao acordar pela man7ã (ão se pode, pois, e

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    tamb.m sentimental e olitio o ue . sentimental . principalmente sentimental, mastamb.m cognitio e olitio e assim tamb.m ocorre com o olitio 'gora := podemosaplicar isto ao ue ontem caracterizamos como esfera sensorial Puerendo compreenderum t-pico como o ue apresentarei agora, os Sen7ores deeriam deimico8espirituais completamente diersas (a primeira, em ue resumo min7asatiidades itais na s>ntese abrangente MeuF, dispon7o de algo puramente interior nasegunda, em ue encontro a outra pessoa e, por meu relacionamento com ela, e

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    então se sabe ue a gente pr-pria parece tão 7umana uanto essa pessoa, possuindo umser interior ue pensa, sente e uer, sendo tamb.m, portanto, um ser 7umando an>mico8espiritual Nor analogia se conclui, pois, ue Mtal como em mim mesmo eel e olitio, o mesmo ocorre com o outroF #ma conclusão por analogia .tirada a respeito do outro a partir de mim mesmo +sso não passa de uma tolice ' inter8

    relação de duas pessoas encerra algo bem diferente Se os Sen7ores estão diante de umapessoa, ocorre ue a percebem por bree tempo a seguir ela l7es causa uma impressãoEssa impressão perturba8os no >ntimoJ os 'migos sentem ue a pessoa, sendo realmenteum ser igual, causa8l7es a impressão de um ataue % resultado . ue se defendemintimamente repelem o ataue, tornando8se interiormente agressios contra elaEnfrauecem8se na agressiidade, e então o elemento agressio cessa de noo com istoela pode noamente causar8l7es uma impressão 'ssim os Sen7ores têm tempo de reatiarsua agressiidade, promoendo uma noa agressão Cansam8se outra ez, o outro causa8l7es noa impressão e assim por diante U  esta relação ue ebrioNossu>mos uma consciência sensorial de estarmos em euil>brio 0ediante uma percepção

    sens-ria interior sabemos como nos situamos com relação ; direita e ; esuerda, ; frentee a atr=s, como nos mantemos euilibrados para não cair E uando o -rg;o de nosso

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    sentido do euil>brio . destru>do, ca>mos então não podemos postar8nos em euil>brio, talcomo não podemos estabelecer relaç6es com as cores uando os ol7os são destru>dos E damesma forma como temos um -rgão para a percepção do euil>brio, temos tamb.m umsentido para o moimento pr-prio, por cu:o interm.dio distinguimos se estamos emrepouso ou moimentando8nos, se nossos m3sculos estão contra>dos ou não Nortanto, ao

    lado do sentido do euil>brio temos um sentido do moimento