Síria, Turquia, Israel e a Guerra da Energia no Grande ... · PDF fileSalafismo...

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  • 03/03/13 Sria, Turquia, Israel e a Guerra da Energia no Grande Mdio-Oriente

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    E

    Sria, Turquia, Israel e a Guerra daEnergia no Grande Mdio-Oriente

    por F. William Engdahl

    Apesar do falhano da operao militar secreta da OTAN contra a Sria, a

    retirada pelos ocidentais tropea em dois dilemas. Podem Washington e

    os seus aliados refrear-se de apanhar as reservas de gs Srias? E, podem

    eles deixar a Sria na posio de ser o nico estado na regio que escape

    ao controlo da Irmandade Muulmana?

    REDE VOLTAIRE | 23 DE FEVEREIRO DE 2013

    ENGLISH

    Numa sesso de emergncia a 4 de

    Outubro de 2012, o parlamento da Turquia

    aprovou uma lei a autorizar a aco militar

    contra a Sria.

    m 3 de Outubro de 2012, os militares Turcos lanaram repetidos ataques

    de morteiro para o interior de territrio Srio. A aco militar, que

    foi utilizada pelos militares Turcos para, convenientemente,

    estabelecer uma ampla terra-de-ningum, uma zona tampode

    10 quilmetros de largura dentro da Sria, foi-o em resposta s alegadas

    mortes, pelas foras armadas Srias, de vrios civis Turcos ao longo da

    zona fronteiria. H uma ampla especulao que um dos morteiros Srios,

    que matou cinco civis Turcos, pode muito bem ter sido disparado por

    foras da oposio, com apoio da Turquia, no intento de dar Turquia

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    um pretexto para se movimentar militarmente, em jargo da inteligncia

    militar uma operao de bandeira falsa. [1]

    O muito estimado pela Irmandade Muulmana ministro dos Negcios

    Estrangeiros Turco, o imperscrutvel Ahmet Davutoglu, o principal

    arquitecto governamental da auto-destrutiva estratgia Turca de derrube

    do seu antigo aliado Bashar Al-Assad na Sria. [2]

    De acordo com uma investigao, desde 2006, sob o governo do

    Islamista Sunita- Primeiro Ministro, Recep Tayyip Erdoan, e do seu

    partido pr-Irmandade, (muulmana NdT), AKP, a Turquia tornou-se

    uma nova sede para a Central da Irmandade Muulmana [3]. Segundo

    uma fonte bem-informada, em Istambul, diz o relatrio, que antes das

    ltimas eleies Turcas, o AKP de Erdogan recebeu um donativo de $10

    bilies-(de US dlares-NdT) da monarquia Saudita, o corao do

    Salafismo jihadista mundial, sob a estrita cobertura fundamentalista do

    Wahabismo [4]. Desde 1950, quando a CIA trouxe do exlio os membros

    liderantes da Irmandade Muulmana Egpcia para a Arbia Saudita, que

    tem existido uma fuso entre o ramo Saudita do Wahabismo e o

    fundamentalismo jihadista agressivo da Irmandade [5].

    A resposta Turca ao solitrio disparo de morteiro Srio, que levou a um

    imediato pedido de desculpas Srias pelo incidente, foi pr a zona de

    fronteira em completo estado de guerra entre duas naes, que at ao

    ano passado, eram historicamente, culturalmente, economicamente e

    mesmo em termos de religio, os mais chegados dos aliados.

    O perigo desta guerra ainda mais srio. A Turquia um membro

    pleno da OTAN cuja carta, explicitamente, declara, que um ataque contra

    um estado da OTAN considerado como um ataque contra todos os

    seus membros. O facto que, tanto a Rssia como China, estados com

    armas nucleares, tenham tornado a defesa do regime Srio de Bashar al-

    Assad uma prioridade estratgica coloca o espectro de uma Guerra

    Mundial mais prxima do que a maioria de ns gostaria de imaginar.

    Numa anlise, em Dezembro de 2011, das foras em disputa na regio,

    o antigo analista da CIA Philip Giraldi fez a seguinte presciente

    observao:

    A OTAN est j clandestinamente engajada no conflito Srio, com a

    Turquia tomando a dianteira como Proxy dos E.U.. O ministro dos Negcios

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    Turquia tomando a dianteira como Proxy dos E.U.. O ministro dos Negcios

    Estrangeiros de Ancara, Ahmet Davutoglu, admitiu abertamente que o seu

    pas est preparado para invadir, to logo surja o acordo entre os aliados

    Ocidentais para o fazer. A interveno seria baseada em princpios

    humanitrios, para defender a populao civil, baseada na responsabilidade

    para proteger, doutrina que foi invocada para justificar a Lbia ( a guerra da

    Otan contra Kaddafi-NdT). Fontes Turcas sugerem que a interveno

    comearia com a criao de uma buffer zone-(zona tampo,NdT)- ao longo

    da fronteira Turco-Sria, e depois seria alargada. Alepo, a maior e mais

    cosmopolita cidade Sria , seria a joia da coroa no alvo das foras

    libertadoras.

    Avies de guerra da OTAN, disfarados, esto a chegar s bases militares

    Turcas perto de Iskenderum, na imediao da fronteira Sria, trazendo armas

    dos arsenais do falecido Muammar Kaddafi assim como voluntrios do

    Conselho Nacional de Transio Lbio, que tm experincia em camuflar

    voluntrios locais contra soldados treinados, uma habilidade que eles

    adquiriram no confronto com o exrcito de Kaddafi. Iskenderum tambm a

    sede do Exrcito Srio Livre, o ramo armado do Conselho Nacional Srio.

    Instrutores das foras especiais Francesas e Britnicas esto no terreno,

    apoiando os rebeldes Srios, enquanto a CIA e as Ops Esp dos EU

    providenciam equipamento de comunicaes e inteligncia para apoiar a

    causa rebelde, permitindo aos combatentes evitar as concentraes dos

    soldados Srios. [6]

    Pouco notado foi o facto que no mesmo dia em que a Turquia lanou a

    sua desproporcionada resposta, na forma de um ataque militar ao

    territrio Srio, o qual ainda decorria ao tempo deste escrito, as Foras de

    Defesa de Israel (IDF- em ingls,NdT) lanavam o que, aparentemente, era

    uma aco para distrair a ateno Sria da aco Turca, e criar o cenrio

    pavoroso de uma guerra em duas-frentes, tal como aconteceu

    Alemanha em duas guerras mundiais. A IDF concentrou um nmero

    considervel de tropas nos estratgicos Montes Golan, fronteirios aos

    dois pases, os quais, desde que Israel os ocupou na guerra de 1967, tem

    sido uma rea sem tenses. [7]

    O desenrolar da nova fase de interveno militar estrangeira directa

    pela Turquia, apoiada, de facto, pelo regime Israelita de extrema-direita

    de Netanyahu, segue letra, de forma bastante curiosa, um cenrio

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    delineado por um proeminente neo- conservador Think Tank de

    Washington,The Brookings Institution. Na sua publicao corrente sobre

    estratgia, de Maro de 2012, Saving Syria: Assessing Options for Regime

    Change, os estrategas de geo-poltica do Brookings avanaram um plano

    para manipular a chamada preocupao humanitria com mortes civis,

    como no caso da Lbia em 2011, para justificar uma agressiva interveno

    militar na Sria, algo que no tinha sido feito antes disto [8].

    O relatrio do Brookings elabora o seguinte cenrio:

    Israel poder posicionar foras nos Montes Gol, ou na proximidade

    deles e, ao faz- lo, poder impedir as foras do regime de suprimir a

    oposio. Esta movimentao pode levantar receios no regime de Assad

    de uma guerra em vrias frentes, particularmente se a Turquia estiver

    determinada a fazer o mesmo, na sua fronteira, e a oposio Sria for

    devidamente alimentada com armas e treino [9].

    Isto parece corresponder, precisamente, ao que foi desenvolvido nos

    primeiros dias de Outubro de 2012. Os autores do relatrio do Brookings

    esto ligados a alguns dos mais proeminentes falces de guerra neo-

    conservadores, por trs da guerra Bush- Cheney no Iraque. O seu

    patrocinador, o Saban Center for Middle East Policy, inclui desde actuais

    conselheiros de poltica estrangeira ao candidato Republicano de

    extrema-direita Mitt Romney, o favorito declarado,dos candidatos, para o

    PM de Israel Netanyahu.

    O Brookings Saban Center for Middle East Policy que lanou o relatrio,

    a criao resultante do maior donativo de Haim Saban, um Israelita-

    Americano bilionrio dos medias que tambm controla a enorme gigante

    dos media Alemes Pro7. Haim Saban claro acerca do seu objetivo de

    promover interesses especficos de Israel atravs da sua filantropia. O The

    New York Times classificou-o uma vez como um incansvel lder-de-

    claque por Israel. Saban disse ao mesmo jornal numa entrevista em 2004,

    "Eu sou um tipo de interesses fixos e o meu interesse Israel. [10]

    Os acadmicos, assim como a direco do Saban, tm uma clara

    posio neo- conservadora e pr partido Likud. Incluem, antes ou

    actualmente, Shlomo Yanai, ex- chefe do gabinete do planeamento

    militar das Foras de Defesa de Israel; Martin Indyk, ex-Embaixador dos

    EU em Israel, e fundador do pr-Israel Washington Institute for Near East

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