Fundamentalismo Cristão
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UNIVERSIDADE DA BBLIA
Matria: FUNDAMENTALISMO
PROPSITO DESTE ESTUDO:
1. Criar um discernimento espiritual crtico capaz de destinguir entre Verdade e Falsidade, entre Cristianismo Autntico, Teocntrico, Vivo e Redentor, e Cristianismo Adulterado,
Contextualizado antropocentricamente [tendo o homem e a cultura como o centro e ponto
de partida], Mistificado, Ecumenizado e Sincretizado, portanto, falso. E para que, alcanando
maturidade na vida, no servio cristos, como tambm, unidade na f genuna, no se
deixem levar por todo o vento de doutrina, pelo contrrio, a identifiquem e denunciem. (I
Jo.2:21; 4:1-6; Mt. 7:15,21-23; Ef. 4:13-15; 5:11).
2. Exortar cada crente fiel a Cristo e Bblia a"...batalhardes pela f diligentemente pela f que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jud.3). A vida cristo no uma praia de
lazer e relaxamento, mas, sim, um campo de batalha em constante tenso com os poderes
das trevas, liderado pelo pai da mentira;
3. Mostrar que a F a ser defendida todo o conjunto de DOUTRINAS e ENSINOS BBLICOS, que algo COMPLETO E UMA VEZ POR TODAS REVELADO para orientar a caminhada da
igreja nesta dispensao antes do arrebatamento. De modo que, no preciso buscarmos
novas doutrinas e revelaes via experincias msticas-carismticas, e nem nos apegarmos a
apenas uma parte desta f. (Gl.1:9,9; Ap.22:18-20)
4. Mostrar que os perigos contra o verdadeiro evangelho e a igreja produto dele, o ataque tanto de fora [o perigo externo: o mundo descrente], quanto de dentro [o perigo interno: os
falsos mentres e falsos profetas que si dizem "crentes"]. Fica claro pelo estudo da histria da
igreja, que os mais destrutivos inimigos da f crist verdadeira, foram pessoas que surgiram
dentro prpria das igrejas crists (At. 20:28-30; II Tm. 2:15-19)
5. Mostrar que os VERDADEIROS CRENTES, no so aqueles que em nome da unio e comunho crist sacrificam doutrinas bblicas [fazendo separao arbitrria entre o que
relevante e o que no importante na s doutrina bblica]. Os CRENTES VERDADEIROS so
semelhantes aos antigos ANABATISTAS, que o historiador eclesistico EARLE E. CAIRNS diz
que eles por causa de sua fidelidade ao que criam: "foram cruelmente vitimados, tanto pelos
protestantes como pelos Catlicos Romanos. Eles foram forados a pular para a morte, de
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penhascos, e foram afogados, queimados e enforcados". Isto, se chama SER COERENTE COM A F, e somente os crentes fiis podem s-lo (Hb. 11:36-40).
6. Mostrar que nem todos que so inimigos da f crist fundamentalista, negam as doutrinas fundamentais, alguns chegam a t a ensin-las, alm disso, alguns deles parecem ser crentes
sinceros, santos, esforados no evangelismo, mas que no esto interessados em defender
as doutrinas fundamentais da Bblia, nem esto prontos a se separar dos que negam tais
fundamentos. Estes indivduos, talvez at sejam realmente crentes salvos [s Deus o sabe],
porm eles representam, a falta de compromisso com a genuna f crist, o afrouxamento
nas convices crists, a rendio e deposio de armas diante do inimigo; um incentivo ao
crescimento livre da apostasia, pois toda neutralidade no campo da luta contra as artes e
artimanhas das hostes do mal, torna-se de fato uma colaborao com o mal. Estes indivduos
"neutros" e que ainda querem dialogar com o mal [os apstatas], depois de repetidas vezes
advertidos devem ser excludos de nossa comunho, segundo nos ordena a Bblia. [Quanto a
neutralidade veja: Tg. 5:12; Mt. 5:37; [veja a repreenso de Deus a Josaf por colaborar com
o infiel rei de Israel Acabe. II Cron. 19:2]; Esdras 4:1-4 [veja a atitude que crentes fiis tomam
quanto a trabalhos conjuntos com os infiis: Esdras 4:1-4].
7. Mostrar que discernir entre verdade e erro, lobo e cordeiro, verdadeiro profeta e falso profeta, mestre verdadeiro, e falso mestre, ensino de Deus e ensino de demnios, no
tarefa fcil, tudo isso pode se apresentar exteriormente de modo muitssimo semelhante,
com uma sutileza satnica to enganosa, capaz de enganar o mais experiente dos
fundamentalistas, que abaixou a guarda e comeou a descuidar de sua espiritualidade
pessoal. exigido um constante exerccio das faculdades espirituais, em prol do prprio
crescimento no conhecimento da Palavra de Deus, numa constante busca de um
conhecimento real e pessoal de Deus atravs de todos os meios que a graa coloca a
disposio do cristo, numa percepo crescente do valor supremo e preeminente de Cristo,
num despojamento constante do "Eu malvado e egocentrizado", no cultivo incessante da
humilde, numa constante atitude de servo, totalmente dependente da vontade de Deus,
com o propsito inegocivel de fazer tudo para agradar a Deus e glorific-lo para sempre.
Apresentando sempre, frutos dignos de arrependimento, e frutos evidentes de uma vida de
labor no reino em prol das almas perdidas, num constante discipular das almas novas
convertidas. /ainda, no gastar todo o nosso tempo na luta e descuidar de cultivar a seara do
Senhor, que a razo de estarmos lutando [proteger a semente que vai ser semeada, e ao
mesmo tempo semea-la e depois colher os frutos quando surgirem. Somos igualmente
responsveis de defender a igreja e ao mesmo tempo edific-la. Nos separarmos do mundo e
ao mesmo tempo ganh-lo para Cristo] (Mt.7:15, 21,23; 13:3-8,19-23, 24--30, 36-43; 24:24; II
Cor. 11:2-4, 13-15; Apoc. 22:11-12).
TESE: O CRISTIANISMO E SEUS FUNDAMENTOS.
q O Cristianismo uma religio que se alicera nos pressupostos da Revelao Bblica, cujos fundamentos no so apenas coerentes com a verdade e a realidade da vida, mas so a
prpria verdade, desde que so a prpria, autoritativa e indestrutvel Palavra de Deus. O
Cristianismo como um corpo de verdades fundamentais, tem resistido ao teste da
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COERNCIA COM A REALIDADE, ou seja, quando testado na vida prtica se mostra coerente e funcional, e esta prova e aprovao tem sido feita atravs dos sculos com sucesso.
Enquanto que todas os outros sistemas filosficos e religiosos, conquanto mostrem
sofisticados e fantsticos sistemas de idias e princpios, nenhum deles resistem ao impacto
com a simples realidade da vida. No so coerentes, no funcionam, e nem podem
funcionar, por que so feitos a a partir da prpria elucidao humana, que no onisciente e
muito menos infalvel, como o a Bblia Sagrada.
O Cristianismo Bblico difere de tudo o mais , porque mais que um conceito ou filosofia, de fato, como j disse Francis schaeffer, a "relao pessoal com o Deus pessoal que existe...
relao esta baseada na comunicao escrita e proposicional de Deus para os homens e no
trabalho completo de Jesus Cristo na histria espao-temporal". A genuna experincia de
converso a Cristo difere de todas as outras converses religiosas, porque infinitamente
mais que a compreenso e adoo de um sistema religioso ou ideologia filosfica, e muito
mais que uma experincia mstica inexplicvel, ainda citando Schaeffer, "uma experincia
final, porm pode ser verbalizada e de tal natureza que pode ser discutida racionalmente"
(Francis A. Schaeffer "O Deus que Intervm" pg.27).
O Cristianismo como um sistema de crenas baseado nos pressupostos do tesmo cristo, ou seja, baseado em conceitos que tm de ser admitidos antes de se comear qualquer
discusso. Eis estes pressupostos, so os verdadeiros fundamentos da verdadeira religio, e
que distingue o Cristianismo de tudo o mais. A metodologia do Cristianismo presuposional.
Comea com o Deus da Bblia.
Deus existe, e Ele como Ele prprio se auto-revelou na natureza, na conscincia humana, na histria [revelao natural], e na Bblia [revelao especial escrita e encarnada]; A partir
da crena que o Deus da Bblia existe, segue-se todas as implicaes de se crer num Deus
Trino [Pai, Filho e Esprito Santo], Tem Absoluto domnio de todo poder, cincia e presena
no Universo, Pessoal-Infinito-Eterno, Criador-Sustentador-Governador do Universo,
Imanente e Transcedente a criao, esta depende dele e Ele no depende de nada e nem de
ningum, Soberano-Absoluto com Liberdade Perfeita, Legislador-Juiz-Redentor, Verdade-
Justia-Santidade-Retido, Amor-Bondade-Graa-Misericrdia. Possui todas as Perfeies em
Grau Infinito. Criou o homem a sua imagem e semelhante para como Ele se comunicar, e
para tornar possvel sua auto-revelao.
A Verdade existe, porque o Deus que existe a Verdade e garante que a verdade ser sempre verdade, por isto toda verdade que existe a verdade de Deus e ela se expressa em
categorias Absolutas de causa e efeito, de certo e errado, de tese e anttese, encontrando
sua expresso mais perfeita, aqui na terra, to somente na Bblia. De modo que, se algo
verdadeiro, o seu oposto falso; se algo bom o seu oposto ruim, no dizer do apstolo
Joo: "...porque mentira alguma jamais procede da verdade." (I Jo.2:21b); Portanto, o tesmo
cristo trata com verdades absolutas, e no com um conceito de verdade relativista, que
uma coisa pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo dependendo das circunstncias e
dos motivos.
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A Bblia a Palavra e a Verdade de Deus Revelada e Inspirada verbal e plenariamente por Deus, por isso infalvel, inerrante, nica regra de f e prtica. Quando ela fala, Deus que
fala.
A possibilidade de se ter uma TEOLOGIA BBLICA FUNDAMENTAL, ou UM CREDO DOGMTICO, ou uma TEOLOGIA SISTEMTICA BEM DEFINIDA que expresse o que a Bblia
chama de a S DOUTRINA ou OS FUNDAMENTOS CRISTOS; Uma teologia fundamental e
no existencial mudada conforme o contexto.
A Queda do Homem uma fato, derivando este conceito da realidade humana e da
revelao bblica, junto com todas as implicao como Total Inabilidade Humana quanto a
salvao.
A Salvao exclusivamente pela GRAA e F em Cristo.
A Igreja, como Corpo de Cristo, formada somente de Crentes Regenerados, santificada e separada de todas as manifestaes do mal. Local, Militante, Evangelista, Discipuladora,
Missionria e Triunfante.
A concretizao DO FUTURO ESCATOLGICO das profecias Bblicas, com todos os eventos que envolvem a Igreja, Israel e o mundo [apostasia, arrebatamento pr-tribulacional, Grande
Tribulao, Parousia, Reino Milenar, Juzo do Grande Trono Brando, Lago de fogo para os
perdidos e Novos cus e nova terra para os salvos eternamente].
FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO FILOSFICO SECULAR QUE CRIARAM A FILOSOFIA EXISTENCIALISTA QUE POR SUA VEZ RESULTOU EM RELATIVISMO PRAGMTICO
Diz-se que a investigao para se chegar a verdade no pode partir de preconceitos ou pressupostos, ou seja, no se deve partir de nenhuma fonte de autoridade fora da
experincia do prprio homem. Isto implica que se deve tentar achar Deus e chegar a
verdade religiosa, sem se basear em nada a no ser nos resultados da prpria investigao
que fez, com os dados conseguidos e interpretados pela mente humana [teologia natural em
contraste com a teologia revelacional]. Alguns filsofos, "telogos" e cientistas tentaram em
vo defender tal teoria da Verdade e do Conhecimento. Meu professor de teologia no
Seminrio Batista do Cariri, gostava de dizer que: "ningum pensa num vcuo", ou seja, no
se pode desenvolver uma idia a partir do nada. Tudo que um ser inteligente pensa est
baseado em algum pressuposto, alguma coisa lhe provocou e deu base para tal pensamento,
mesmo que seja uma coisa fictcia. Portanto, desonesta a firmao do pensar no
pressuposicional.
Aqueles que dizem que comeam seu sistema de pensamento do nada, na realidade esto comeando seu pensamento a partir de si mesmos, ou seja, a partir do homem. E o que
acontece, quando uma filosofia ou teologia comea seu sistema ideolgico a partir do
humanismo ? O Grfico a seguir mostrar o que aconteceu com o conceito de verdade na
filosofia, teologia, artes e cultural em geral depois que o homem fracassou em tentar
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explicar o universo e tudo que est implicado nele, partindo do homem, e de um universo fechado, onde no h lugar para o Deus da Bblia:
COMEANDO A PARTIR DO HOMEM [HUMANISMO]
importante entender como e quando isto aconteceu, pois a filosofia existencialista, ao abandonar o conceito de verdades absolutas com resultados certos de causa e efeito e
adotar um conceito de verdades relativas [Relativismo Pragmtico], destruiu os prprios
fundamentos da verdade, inclusive os fundamentos do cristianismo, para os que adotam
esta filosofia. Esta tragdia [a ltima grande cartada de Satans] afetou todas as reas do
conhecimento humano, no s na filosofia, mais inclusive e principalmente a teologia, pois
no tardou muito e alguns telogos tentaram o casamento entre a teologia e a filosofia
existencialista, o resultado a teologia existencialista, no mais baseada nos fundamentos
de verdades absolutas do cristianismo, mas numa contextualizao filosofica-cultural-
existncial onde tudo relativo.
Francis Schaeffer [um dos telogos fundamentalistas que muito tem influenciado o movimento fundamentalista] tem alertado aos cristo para esta terrvel mudana de
metodologia e conceituao da verdade. Ele fala que houve um hiato entre o tempo em que
at os descrentes agiam como se existissem verdades absolutas, e o tempo em que o
homem perdeu totalmente essa crena, e mergulhou num desespero profundo, pois j no
havia certeza de nada, apenas o que sobrou foi a sua prpria existncia, da, o nome
"existencialismo". A nica coisa que lhe sobrou era o fato que, ele prprio, estava ali, existia,
e tinha de encontrar uma maneira de autenticar aquela existncia. Como no podia fazer isto
racionalmente, porque abandonou o processo racional de verdades absolutas e de causa e
efeito, tenta atravs do que Kierkegaard chamou de "um salto de f", ou seja, experimentar
atravs de uma experincia mstica no racional algo lhe d motivos para continuar
existindo.
Escutemos o Schaeffer tem a dizer sobre isso:
" ...Quais eram estas pressuposies? A bsica era que na realidade existem coisas tais como absolutos. Aceitavam a possibilidade de um absoluto na rea do Ser (ou conhecimento) e na
rea da Moral. Por isso, porque aceitavam a possibilidades de absolutos, ainda que
pudessem discordar no que estes fossem, poderiam contudo argumentar entre si na base
clssica da anttese . Assim, se algo era verdade, o contrrio era falso. Na moralidade, se algo
era verdade, o contrrio era errado. Este o primeiro passo na lgica clssica: Se A certo,
ento no-A falso. Se voc entende at que ponto isso no tem mais influncia, voc
entender a nossa situao atual... A mudana foi tremenda. H trinta ou mais anos atrs,
voc poderia dizer coisas como Isto verdade ou Isto certo e estaria sintonizado com
todos."
* No que todos concordassem com o que voc achava ser a verdade, mais que era possvel
se chegar a verdade, e o que voc dizia, tinha chance de ser verdade. Porm, depois da
criao da filosofia existencialista, a sociedade moderna, perdeu a esperana na existncia
de uma verdade que sempre verdade em todas as circunstncias. Se tentar dizer que voc
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tem a verdade, ela entende que voc conhece algo que funciona naquele momento para voc somente, e isso autentica sua existncia, mas que no serve pra todo mundo.
Analisando esta situao Schaeffer diz a seguir:
" A tragdia da nossa situao hoje que homens e mulheres esto sendo fundamentalmente afetados por esta nova maneira de encarar a verdade e, contudo, nunca
sequer analisaram o desvio ocorrido. Os jovens nos lares cristos so educados dentro da
velha estrutura da verdade e depois so submetidos estrutura moderna. Com o tempo
ficam confusos porque no conseguem compreender as alternativas que lhe esto sendo
apresentadas. A confuso se transforma em perplexidade e em pouco tempo esto
completamente subjugados [pelo relativismo pragmtico]. Isto infelizmente a verdade no
s para os jovens, mas tambm para muitos pastores, educadores cristos e mesmo
missionrios. Assim, esta mudana no conceito de como chegamos ao conhecimento da
verdade o problema mais crucial, conforme entendo, que o Cristianismo enfrenta
atualmente". (Do livro: "O Deus que Intervm", Pg. 13,14).
* Francis Schaeffer tem razo ao dizer que esta a questo mais importante que o Cristianismo enfrenta atualmente, pois sem esta filosofia existencialista, os telogos liberais
modernos no teriam como implantar suas teologias liberais que destroem os fundamentos
do Cristianismo sem serem imediatamente identificados como hereges. Mas como o
conceito de verdade ficou relativizado, tudo depende do contexto socil-cultural-humanstico,
eles podem deformar e descaracterizar o cristianismo impunemente sem serem
identificados como verdadeiros destruidores da s doutrina e do verdadeiro Cristianismo.
RESULTADOS DA TEOLOGIA EXISTENCIALISTA E DE SEU RELATIVISMO PRAGMTICO
DESESPERO Quanto a Possibilidade de se Encontrar Verdades Absolutas.
* O homem moderno, teve seu nascimento provocado pelo surgimento da filosofia existencialista, que lhe roubou toda a certeza em relao as verdades absolutas, tirando-lhe
toda a ESPERANA de encontrar um sentido lgico para a sua vida.
* Seguindo este raciocnio: Se no h VERDADES ABSOLUTAS (verdades que sempre so verdades e no mudam nunca), ento, raciocinaram os telogos existencialistas, nem as
verdades da Bblia, so absolutas, mas so relativas, logo, tambm no podem ser a Palavra
de Deus.
Resultado deste Desespero: Grande Preconceito Contra DOUTRINA.
- Se no h verdades absolutas, e doutrina baseada em tais verdades, ento pra que se aferrar a doutrinas dogmticas? Chegam at a chamar de "neurtico" quem ensina e
defende com convico. - Este o raciocnio do telogo modernista, liberal e neo-evanglico.
* Vejamos as seguintes citaes que comprovam isto:
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H.C.THIESSEN - "At recentemente, a Teologia era considerada como a rainha das cincias e a Teologia Sistemtica como a coroa da rainha. Mas hoje em dia a maior parte dos chamados
estudos teolgicos nega a idia de que ela seja uma cincia [cincia aqui igual as verdades
absolutas], e ainda mais que possa ser a rainha das cincias... ... a duvida dos dias de hoje
quanto a podermos chegar a qualquer concluso neste campo, que possa ser considerada
como certa e final. Influenciada pela filosofia corrente de pragmatismo, o telogo moderno
comea com o dictum de que em teologia, como em todos outros campos da pesquisa, a
crena nunca deve ir alm do mero estabelecimento de uma premissa bsica; nunca deve ser
enunciada como algo considerado fixo e final.". (Palestras em Teologia Sistemtica, Pg. 4)
JAMES ORR - "Todos devem estar cientes de que h nos dias de hoje um grande preconceito contra doutrina - ou, como muitas vezes chamada - "dogma" - na religio; uma grande
desconfiana a e averso ao pensamento claro e sistemtico a respeito das coisas divinas. Os
homens preferem, no se pode deixar de notar, viver em uma regio de nebulosidade e
indefinio com relao a esses assuntos. Querem que seu pensamento seja fluido e
indefinido - algo que possa ser muda com os tempos, e com as novas luzes que eles acham
estarem constantemente aparecendo para ilumin-los, continuamente adquirindo novas
formas e deixando o que velho para trs". (idm, pg. 4).
3. Rejeio da BBLIA como Inerrante, Infalvel e Suficiente Palavra de Deus.
* Raciocnio da Teologia Existencialista: Se no h verdades absolutas, o que torna impossvel a definio de doutrinas dogmticas, logo, o contedo da Bblia, no pode ser
infalvel nem inerrante.
H.C. TIESSEN - "...Tendo rejeitado a Bblia como a infalvel Palavra de Deus e tendo aceitado a idia de que tudo est fluindo, o telogo moderno afirma que no seguro quaisquer idias
permanentes a respeito de Deus e da verdade teolgica. Se ele fizer isto hoje, amanh pode
ser obrigado a mudar sua opinio. Por isso, escritores modernos raramente expressam
qualquer certeza com respeito a qualquer idia que no sejam das mais gerais em teologia."
(idm, Pg. 5).
4. CONTEXTUALIZAO EXISTENCIALISTA QUE ADULTERA O VERDADEIRO CONTEDO DA BBLIA E FRAGMENTA A TEOLOGIA BBLICA NUMA TORRE DE BABEL, ONDE CADA NOVA
TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA TEM SEUS DISCURSOS E LINGUAGEM PRPRIA, GERANDO
GRANDE CONFUSO.
* Levando o pensamento existencialista as suas conseqncias lgicas: Se no h verdades absolutas, e no possvel definir doutrina dogmtica, o que implica que a Bblia no
inerrante, ou seja, tem um contedo baseado em um contexto social-cultural muito antigo,
atrasado tecnologicamente, com mitos, com normas e preceitos que se aplicavam bem
quelas sociedades provincianas dos tempos bblicos, logo se queremos que a Bblia tenha
alguma valor pra modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para
cada cultura, para cada contexto, onde nem um ensino absoluto, mas tudo relativo,
variando conforme o contexto socio-cultural. Isto o que o Apocalipse chama de "MISTRIO:
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BABILNIA, A GRANDE, A ME DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAES DA TERRA", Pois o sentido, teolgico da palavra Babilnia exatamente, "mistura" e "confuso" religiosa.
(Apoc. 17:5). Percebemos como todas estas coisas conduzem a formao da Grande Igreja
Ecumnica do Fim.
5. A TEOLOGIA EXISTENCIALISTA, AINDA CRIOU A POSSIBILIDADE DE UM ECUMENISMO MUNDIAL SUPER ABRANGENTE E SUPER-INCLUSIVO.
*Levando ento as ltimas conseqncias o pensamento existencialista ns temos o seguinte: Se no h verdades absolutas, no possvel definir uma doutrina dogmtica, por
sua vez a bblia falvel, seus ensinos para ter alguma validade tm de ser contextualiazados
conforme e a partir de cada cultura, logo, nenhuma igreja tem um cristianismo que possa se
apegar como definitivo, ou seja, no h nada que impea que todos se juntem e com suas
teologias fragmentadas possam tentar construir uma cocha de retalhos teolgica que
produza um discurso que d relevncia a atividade religiosa do Cristianismo nos tempos
modernos.
6. O LTIMO RESULTADO, CONSEQNCIA DO ANTERIOR A POSSIBILIDADE ATUAL DA CRIAO DA IGREJA GLOBALIZADA DO ANTICRISTO.
* Todas os setores da humanidade partem para um globalizao cada vez mais crescente. A globalizao no apenas Politica-Ecnomica-Cultural-Filosofica, mas tambm Religiosa. O
mundo anseia pela unificao de todos os pases, economias, culturas e religies, sob a
administrao de um sistema que controlem todas as coisas (Apoc. 13:7,8, 11-18).
FUNDAMENTALISMO
q "Movimento surgido nos Estados Unidos durante e imediatamente aps a 1 Guerra Mundial, a fim de reafirmar o Cristianismo protestante ortodoxo e de defend-lo contra os
desafios da TEOLOGIA LIBERAL, DA ALTA-CRTICA ALEM,, DO DARWINISMO, e de outros
pensamentos considerados danosos para o Cristianismo norte-americano. A partir de ento,
o enfoque do movimento, o significado do termo e as fileiras dos que se dispem a usar o
termo como identificao mudaram vrias vezes. O fundamentalismo, at ao tempo
presente, j passou por quatro fases de expresso, embora mantenha uma continuidade
essncia de esprito, crena e mtodo." [Enciclopdia histrico Teolgica, Vol.II, Pg. 187, C. T.
McINTIRE]. Veremos as 4 fases histricas:
1 Fase do Fundamentalismo. Durante a Dcada de 1920
* " O termo "FUNDAMENTALISTA", talvez tenha sido usado pela primeira vez em 1920, por Curtis Lee Laws, no jornal batista Watchman-Examiner, mas parecia surgir em todos os
lugares no comeo da dcada de 1920, como identificao de algum que acreditasse nos
fundamentos da f e os defendesse ativamente".
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* "A fase inicial envolveu a articulao daquilo que era fundamental ao cristianismo e o incio de uma batalha urgente para expulsar das fileiras das igrejas os inimigos do protestantismo
ortodoxo. A srie de doze volumes chamada THE FUNDAMENTALS ("Os Fundamentos "-
1910-1915)forneceu uma lista ampla dos inimigos - o romanismo, o socialismo, a filosofia
moderna, o atesmo, o eddyismo, o mormonismo, o espiritismo e outros semelhantes, mas
acima de tudo, a teologia liberal, que se baseava numa interpretao naturalista das
doutrinas da f, a alta crtica alem e o darwinismo. ...Os escritores dos artigos provinham
de um grupo amplo...As doutrinas que definiam e defendiam abrangiam toda a gama dos
ensinos cristos tradicionais. Apresentavam suas crticas com eqidade, argumento
cuidadosos e devido apreo por muitas coisas que seus oponentes diziam" (idm, pg. 187)
* Vrias tentativas foram feitas para determinar quais eram os FUNDAMENTOS INEGOCIVEIS DO CRISTIANISMO. "Quase que imediatamente, no entanto a lista de inimigos
tornou-se mais estreita, e os fundamentos, menos abrangentes. Os defensores do
fundamentos da f comeavam a organizar-se fora das igrejas e dentro das denominaes."
Os 5 fundamentos [ou doutrinas essenciais] para os PRESBITERIANOS do Norte dos Estados Unidos:
[1] A Inerrancia das Escrituras; [2] O nascimento Virginal de Cristo;
[3] Sua Expiao Vicria;
[4] Sua Ressurreio Corprea; e
[5] A Historicidade dos Milagres.
OS BATISTAS e INDEPENDENTES PR-MILENISTAS, colocavam como quinto fundamento: [5] A Ressurreio e a 2 Vinda de Cristo; Outros simplesmente colocavam assim o 5 fundamento:
[5] PREMILENISMO. Outra verso colocou em lugar do Nascimento Virginal: [5] Divindade de
Cristo.
As grandes batalhas eram travadas dentro das grandes denominaes histricas, pois muitos pastores que tinham sado dos Estados Unidos para fazerem curso de ps-graduao nas
grandes universidades teolgicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que A
Teologia Liberal, abranando as teorias destrutivas da ALTA CRTICA produzida pelo
racionalismo humanista, voltavam para os Estados Unidos completamente descrentes nos
fundamentos do Cristianismo Histrico. Os liberais devido a tolerncia inicial dos fieis a s
doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominaes, e conseguiram tomar para
si os grandes seminrio, rdios, igrejas, de modo, que no deixou alternativa para uma
grande parte dos fundamentalistas, seno sair destas denominaes e se organizao em
novas denominaes. Da surgiram os Batistas Regulares que formaram a Associao Geral
das Igrejas Batistas Regulares (1932), Batistas independentes, Igrejas Bblicas, Igreja Crists
Evanglicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (1936), que mudou seu nome para
Igreja Presbiteriana Ortodoxa, a Igreja Presbiteriana Bblica (1938, a Associao Batista
Conservadora dos Estados Unidos (1947), as igrejas Fundamentalistas Independentes dos
Estados Unidos (1930) e muitas da denominaes fundamentalistas que ainda existem
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atualmente. "Em todas as partes dos Estados Unidos , os fundamentalistas fundavam novos ministiros de reavivamento, agncias missionrias, seminrios bblicos, conferncias
bblicas e jornais.
--> Da tiramos uma grande lio: A tolerncia com os apostatas, eqivale a dar tempo ao inimigo fermentar toda massa, tornando-a imprestvel. Ainda, nos adverte, quanto a esses
cursos de ps-graduao em universidades apstatas. Poucos tm a estrutura para no se
deixar contaminar pelo ambiente infectado dos modernistas. O mesmo podemos dizer
destes congressos para pastores e lderes promovidos pelos liberais, igualmente esto
infectados pela metodologia relativista da verdade .(Mt.16:6,12; I Cor.5:6-9; Gl.5:7-9).
Machen em 1923, chamou a nova religio que tentava destruir os fundamentos da f,de "liberalismo", mas posteriormente seguiu a moda mais popular, chamando-a "modernismo".
2 Fase do Fundamentalismo. Fim da Dcada de 1920 at o incio dos anos 40. - "Durante este perodo, a lio telogica distintiva que os fundamentalistas ensinavam era
que representavam o cristianismo verdadeiro, baseado numa interpretao literal da Bblia,
e que essa verdade devia ser expressa concretamente de modo organizacional, separada de
qualquer associao com liberais e modernistas.
3 Fase do Fundamentalismo. Incio da Dcada de 1940 at a Dcada de 1970. - "A partir do incio da dcada de 1940, os fundamentalistas...dividiram-se , paulatinamente
em dois arraiais."
1 Grupo de Fundamentalistas: Os genunos fundamentalistas.
Continuavam a se chamar "fundamentalistas", equiparando-o com o verdadeiro cristianismo fiel a Bblia. Em 1941, este grupo fundou o Conselho Americano de Igrejas Crists. Este
Conselho de Igrejas, junto com outras igrejas fundamentalistas no includas em nenhum dos
dois grupos foi que deram continuidade ao genuno movimento fundamentalista. O termo
"funtamentalista" era usado com orgulho por vrias escolas, tais como a Universidade Bob
Jones, O instituto Bblico Moody e o Seminrio Teolgico de Dallas, e por centenas de
evangelistas e pregadores de rdios. Alm de aderir a doutrinas tradicinais da Escritura e de
Cristo. Promoviam a evangelizao, reavivamentos, misses e uma moralidade pessoal
contra o fumo, a bebida, o teatro, o cinema e o jogo de baralho. Eram militantes contra a
apostasia na igreja, contra o comunismo, contra os vcios pessoais. Tendiam a opor-se ao
ecumenismo do evangelista Billy Graham, a no lerem o jornal Cristianity Today ("O
Cristianismo Hoje" ). No apoiavam a Faculdade Wheaton nem o Seminrio Teolgico Fuller
(Que atualmente um dos maiores promotores do Movimento de Crescimento da Igreja,
baseado em sinais, milagres e prodgios carismticos-pentecostais, movimento encabeado
pelo Dr. Donadl A. McGravran, pelo professor C. Peter Wagner e da Coreia do Sul pelo Pr.
Paul-Davi Yang Cho).
O CONSELHO INTERNACIONAL DE IGREJA CRISTS-CIIC (1948) procurou dar ao termo aceitao mundial, em oposio CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS -CMI [O CMI rgo
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internacional promotor do ecumenismo mundial, de fato, o CMI pode ser considerado um antro de apstatas, e se parece demais, com a grande prostituta do apocalipse, a grande
igreja apostata do fim". Ap 18.
2 Grupo de Fundamentalistas: Os aparentemente fundamentalistas.
Deixaram o nome "fundamentalista", por achar que a palavra dava idia de "divisor", "intolerante", "anti-intelectual", "despreocupado com os problemas sociais" e at mesmo
"tolo" e passaram a ser chamados de "evangelical" ou "neo-evangelical" . Isto aconteceu por
que este segundo grupo comeou paulatinamente a afrouxar e finalmente a abandonar a
doutrina bblica da separao eclesistica. Que abandonar a doutrina da separao
eclesistica tende a se tornar progressivamente ecumnico e liberal em doutrina, e foi isto
que aconteceu como os "neo-evaglicos" . Em 1942, este 2 grupo funda Associao
Nacional de Evangelicais. Esta diviso no fundamentalismo persiste at hoje, pois ainda h
muitos que dizem estar sobre os fundamentos da f crist, num entanto, na pratica, a sua
incoerncia fica estabelecida.
4 Fase do Fundamentalismo. Fins da Dcada de 1970 at a Dcada de 1980.
- Nesta fase os fundamentalista "Destacaram-se nacionalmente (Nos E.U.A), por oferecerem uma resposta quilo que muitos consideravam uma suprema crise social, econmica, moral e
religiosa nos Estados Unidos. Identificavam um novo inimigo , mais disfuso: O HUMANISMO
SECULAR que...era o responsvel por subverter escolas, universidades, o governo e, acima de
tudo, as famlias. Lutaram contra todos os inimigos que considerassem rebentos do
humanismo secular - o evolucionismo, o liberalismo poltico e teolgico, a moralidade
pessoal frouxa, a perverso sexual, o socialismo, o comunismo e qualquer diminuio da
autoridade absoluta e inerrante da Bblia. Conclamaram os norte-americanos a voltarem aos
fundamentos da f e aos valores morais fundamentais dos Estados Unidos. Na liderana
desta fase, encontrava-se uma nova gerao de fundamentalistas que usavam a televiso e a
palavra impressa, principalmente Jerry Falwell, Tim La Haye, Hal Lindseu ... A base deles era
Batista e sulina, mas alcanaram todas as denominaes".
- Em 1976 num Congresso Mundial de Fundamentalistas, o termo "fundamentalista "foi assim definido como " "algum que adere ao seguinte:
1. Manter um fidelidade incondicional bblia inerrante, infalvel e verbalmente inspirada; 2. Acreditar que o que a Bblia diz verdade [e verdade absoluta, que verdade sempre, em
todo lugar];
3. Julgar todas as coisas pelo Bblia e ser julgado unicamente pela Bblia;
4. Afirmar as verdades fundamentais da F Crist histrica: a doutrina da trindade; a
encarnao, o nascimento virginal, o sacrifcio expiatrio, a ressurreio fsica, a ascenso ao
cu, e a Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo; o Novo nascimento mediante a regenerao
do esprito Santo; a ressurreio dos santos para a vida eterna; a ressurreio dos mpios
para o juzo final e morte eterna; a comunho dos santos, que so o corpo de Cristo.
5. Praticar a Fidelidade F e procurar anunci-la a toda criatura;
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6. Denunciar e se separar de toda negativa eclesistica dessa F, compromisso com o erro, e apostasia da F; e
7. Lutar firmemente pelo F que foi uma vez concedida.
Portanto, Fundamentalismo ortodoxia militante que se enche de zelo pela conquista de almas."
John E. Ashbrook - "Fundamentalismo a crena militante e a proclamao das doutrinas bsicas do cristianismo, que levam separao bblica daqueles que as rejeitam. H trs
chaves para definio: [1] "CRENA MILITANTE - As doutrinas bsicas so sustentadas com
convico de f; [2] "PROCLAMAO No somente cr-se nestas doutrinas, mas so
ensinadas e pregadas aos perdidos; [3] "SEPARAO - No se pode denominar algum um
fundamentalista at que este pratique a separao onde necessrio" ( "Axiomas da
Separao" Pg. 14).
Um dos inimigos atuais do FUNDAMENTALISMO o NEO-EVANGELICALISMO. Vejamos o seu conceito:
NEO-EVANGELICALISMO (A cumplicidade com o erro, conduz e eqivale ao erro)
* Citao de John E. Ashbrook - "Axiomas da Separao" Pg.14-15
- Dr. Harold John Ockenga [Neo-evanglico] que criou o termo NEO-EVANGELICALISMO assim o definiu: "O neo-evangelicalismo surgiu em 1948... [como] um repudio do
separatismo e s convocaes ao envolvimento social, pois divergia do fundamentalismo no
repdio separao e na determinao em comprometer-se com o dilogo teolgico atual".
* 3 Pontos acima mostram a diferena entre Fundametalismo e Neo-Evangelicalismo: (Comentrio de Asbrook)
[1] Repudia o separatismo; sendo esta a sua premissa mais fundamental; [2] Convoca ao envolvimento social; o que nos leva de volta ao evangelho social modernista.
[3] Expressa determinao em comprometer-se como o dilogo teolgico atual .
* Citamos a seguir, partes do estudo "Os perigos do Neo-Evangelismo do Professor
J.B.William:
" O surgimento do Comprometimento - O Neo-Evangelismo. Ironicamente, o Neo-
Evangelismo comeou como resultado desta perda. um movimento para acomodar o
humanismo com o liberalismo. O evangelismo das massas do Fundamentalismo perdeu a
atrao das massas. O Neo-Evangelismo, juntando-se em um esforo evangelstico com os
liberais e os catlicos, descobriu que a freqncia melhorou grandemente. Uma vez que no
se enfatizava todo o conselho de Deus e considerando que o liberalismo era tolerado,
resultou um grande nmero de "profisses de f". Os convertidos eram encorajados a
retornar s suas igrejas apstatas ou a se juntarem a qualquer igreja de sua escolha [mtodo
usado nas campanhas de Billy Graham, Luis Palau, no Brasil vemos alguns afamados
pregadores tipo Caio Fabio].. Do evangelismo inclusivo, o Neo-Evangelismo passou para os
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seminrios, para os plpitos, para as juntas de misses e outras organizaes . ... Os perigos do Neo-Evangelismo [ou Neo-Evangelicalismo]: [1] Tornar o "amor cristo" mais importante
do que a s doutrina como base para comunho crist, leva ao desastre...Sem a s doutrina
no h amor crist (I Jo 5:2,3; [2] A constante reconsiderao, reinvestigao e a "mente
aberta" para com os fundamentos da f, inclusive a inerrncia das escrituras, leva a
deteriorao da f...; [3] Torcer as Escrituras em um esforo de acomodar as chamadas
descobertas e cientificas, inclusive a evoluo, intelectualmente desonesto... [4] Pregar
apenas uma assim chamada "mensagem positiva" (geralmente expressa pela declarao
"Deus me chamou para ganhar almas, no para criticar os outros") ignorar o fato de que
estamos batalhando pela f (Jd.3); [5] Preferir a comunho com os apstatas em lugar dos
fundamentalistas confunde as linhas de batalha. D impresso que a apostasia deve ser
aceita como bblica... [6] Torna a igreja cada vez mais um instrumento de alteraes sociais
atravs de programas de interesse humanitrio perder completamente o conceito bblico
do homem perdido e a responsabilidade da grande comisso; [7] Considerar a oposio
apostasia uma coisa inaceitvel porque "cismtica" errar o alvo completamente e cheira
a covardia; [8] Permitir a possibilidade dos dons-sinais, lnguas, cura, etc. - neste perodo da
igreja pode dar vantagem junto aos carismticos, mas leva a um grande engano dos crentes
ingnuos e incultos e canaliza os fundos para a extorso religiosa.
" A sobrevivncia do Cristianismo histrico ser por causa dos seus defensores e no dos seus defensores e no por causa dos que fazem concesses. Depois de 30 anos, o Neo-
evangelismo um fracaso; no atingiu o alvo pretendido [que era dialogar com os
totalmente liberais, para traz-los para um cristianismo mas conservador]. No h indicao
de um retorno f Bblica histrica por parte dos liberais. A Neo-Ortodoxia continua usando
a linguagem conservadora para com a incredulidade liberal. A criao de novas palavras para
descrever a mesma incredulidade, entretanto no a torna bblica. Dentro do grupo de Neo-
Evanglicos tem aparecido um grupo radical que apoia o movimento da libertao feminina,
ordenao de mulheres para o ministrio cristo e advogando a aceitao de homossexuais
dentro da igreja. O Neo-Evangelismo, no seu estgio de afastamento da f histrica, vai,
dentro de uma gerao, diferir do liberalismo apenas no nome
" Do lado positivo, os fundamentalistas militantes no podem ceder terreno chamada
cincia, filosofia ou intelectualismo, onde houver conflito com a Palavra de Deus. Como
tambm os fundamentalistas no vo considerar a Bblia numa estrutura humanstica para
determinar a verdade. O Fundamentalismo no usa a cincia e a arqueologia para "provar"
que a Bblia a Palavra de Deus. Ningum tem esta prerrogativa. A Bblia a Palavra de Deus
apesar da "falsamente chamada cincia" (deve referir-se aqui a teoria da evoluo, que
ensinada no como teoria, mais como cincia) [Este estudo saiu originalmente em Janeiro de
1991, no "FAIT FOR THE FAMILY, e em junho de 1982, no jornal o "Presbiteriano Bblico"].
Pelo que vimos o chamado protestantismo evanglico, pode ser divido em 3 grupos:
1 Grupo -> OS FUNDAMENTALISTAS [Ortodoxia clara e assumida]- Que vivem, ensinam e defendem os fundamentos histria cos, tendo como principal distintivo a Separao de todos
os infiis a esses fundamentos;
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2 Grupo -> O NEO-EVANGLICOS [apostasia incipiente e no assumida]- Que, ainda se dizem conservadores em relao aos fundamentos da f, mais repudiando a doutrina Bblica da
Separao, promovem o ecumenismo e o comprometimento com a apostasia declarada e
assumida pelos liberais. Os Neo-evanglico, fazem parte daquela turma de chamados
"evanglicos" que querem contextualizar a doutrina Bblica para que haja crescimento da
igreja. Para isto, usam msica e ritmos que caracterizam o mundo, at fazer shows de rock
com toda a parafernlia do mundo do rock, so frouxos no s na separao eclesistica,
como tambm na separao do mundo: De fato, sua contextualizao uma mundanizao
da igreja. As coisas que eram chamadas de "mundanismo" tais como, crente vestir a roupa
lasciva e erotizante do mundo, crente ir a cinema, teatro, circo, ou lugar de diverso
caracterstico dos descrente, crente tomar bebida alcolica, seja champanhe, vinho ou
cerveja, divorcio facilitado... Tudo isto natural nas igrejas que adotam o Neo-Evangelismo.
3 Grupo -> OS LIBERAIS [apostasia plenamente desenvolvida e assumida] - O liberalismo em sua apostasia nega a validade de quase todos os fundamentos da f, como a Inerrancia das
Escrituras, A Divindade de Cristo, A necessidade da morte expiatria de Cristo, assim como
negam seu nascimento virginal, e sua ressurreio, chegam at a negar que existiu
realmente o Jesus narrado das Escrituras. A doutrina escatolgica. So universalistas (todos
mundo vai ser salvo um dia, Deus vai dar um jeito at na situao do Diabo), logo, para eles
no existe inferno, o conceito de pecado no existe. O liberalismo um sistema racionalista,
que s aceita o que pode ser "provado" cientificamente pelo prprios conhecimentos
falveis, fragmentados e limitados do homem.
Na realidade se seguirmos uma ordem cronolgica, o LIBERALISMO TEOLGICO apareceu primeiro, como reao a ele os fieis a s doutrina, iniciaram o movimento
FUNDAMENTALISTA, depois, em reao ao FUNDAMENTALISMO, surgiu o NEO-
EVANGELISMO, que enganosamente diz estar em uma posio de neutralidade entre o
Fundamentalismo e o Liberalismo. No realidade o Neo-Evangelismo ou Neo-Evangeliscalimo
um Liberalismo mais sutil e enganoso.
A CONSTEXTUALIZAO CULTURAL DA TEOLOGIA E O FUNDAMENTALISMO O PROBLEMA DA COMUNICAO TRANS-CULTURAL E AS SOLUES PROPOSTAS TANTO
POR
FUNDAMENTALISTAS E TELOGOS LIBERAIS
*DEFINIO DE NECESSRIA DE TERMOS:
q CULTURA HUMANA-> " sempre um processo dinmico para o enredo da vida. Rene as tradies do passado, corresponde e se acomoda modernidade de uma sociedade
tecnolgica e cada vez mais urbana, e est em interao constante com os principados e
potestades supraculturais. ...Cada gerao aprende de novo e formula sua prpria cultura.
H, portanto , um grau considervel de flexibilidade e relatividade no centro focal da cultura
humana"[Bruce J. Nicholls em "Constextualizao: uma Teologia do Evangelho e Cultura"
Pg.42,43]
CULTURAL -> Relativo a Cultura humana, o algo ligado a Cultura deste lado de c do mundo natural em contraste com o mundo sobrenatural.
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SUPRA-CULTURAL -> Relativo a coisas, seres e fatos do mundo sobrenatural, ou seja, que influnciam a cultural, mas esto acima e alm dela, e de uma percepo e explicao
cultural. Por exemplo a influncia dos demnios.
TRANS-CULTURAL-> Termo missionrio relativo a comunicao entre duas culturas diferentes.
q TEOLOGIA BBLICA DOGMTICA -> Teologia baseada nos fundamentos bblicos, tendo-os
como verdades absolutas e eternas.
TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA -> No julgamento de Bruce J. Nicholls: "A teologia constextualizada de modo distinto da teologia bblica dogmtica, sempre relativa". Bruce
acrescenta um aspecto importante da contextualizao. Qual deve ser o ponto de partida da
contextualizao ? Pparte-se o evangelho para a cultura, ou da cultura para o evangelho?
Examinemos estes aspectos:
[1] O RELATIVISMO DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA.
A teologia constextualizada sempre relativa , pois segundo este mesmo autor o centro focal da cultura a flexibilidade e a relatividade . Aqui est em jogo algo mais profundo do que a
cultura, mais o prprio conceito de VERDADE, e a prpria natureza do EVANGELHO, se so
semelhantes a cultura, algo cuja flexibilidade e relativismo mudam conforme o contexto
onde est inserido, ou se a verdade e o evangelho como expresso desta verdade algo
absoluto e permanente como vemos em JUDAS captulo trs: "uma f uma vez por todos
entregue aos santos"
[2] O PONTO DE PARTIDA DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA . PODE GERAR DUAS TRAGDIAS PARA O CRISTIANISMO:
a) Transform-lo em "RELIGIO NATURAL" baseada na "TEOLOGIA NATURAL"; -Esse perigo visto na seguinte citao: "...Com o enfraquecimento da certeza do
conhecimento do contedo da f crist [isto devido as teologias liberais que pem em
duvida a autoridade da Palavra de Deus], muitos telogos e comunicadores esto fazendo,
na prtica, com que o contexto cultural seja o ponto de partida. Este o caminho da
"teologia natural", e leva a um beco sem sada. Mas conforme tem demonstrado a histria
da teologia natural desde Toms de Aquino at ao tempo presente, no possvel fazer um
salto do Deus dos filsofos para o Deus de Abrao, de Isaque e de Jac, que o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo". [Bruce J. Nicholls]
* isto que vem sendo tentado, com fracasso absoluto, desde o tempos dos apstolos aos telogos e comunicadores modernistas de hoje, eles querem, comunicar o evangelho e ser
igreja, partindo dos conceitos de filosofias da moda, ento, tentam contextualizar, encaixar e
adaptar o evangelho quele contexto cultural-filosofico-poltico-religioso, produzindo um
"outro evangelho", completamente distante da simplicidade do evangelho apostlico. O
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produto ou resultado da constextualizao a partir da cultura e filosofias humanas sempre um evangelho sofisticado, desfigurado, reduzido na sua excelncia. Um "outro evangelho"
que inclusive pode produzir resultados, para o crescimento do rol de membros da igreja,
porm um resultado questionvel, pois engana e ludibria milhares de almas com um
evangelho descentralizado de Cristo e do fundamento de sua Palavra e centralizado no
homem e suas vs filosofias. Da fazemos, a pertinente pergunta: pode semelhante
evangelho salvar? Ou um instrumento de Satans para manter os perdidos descuidados
quanto a salvao, pensando que so salvos, por fazerem parte de uma destas igreja da
moda, at o dia em que abriro os olhos no inferno ? (Mt.7:15-27). J foi dito: "O mistrio da
f comea com o conhecimento de Cristo e no com a filosofia e a tradio humana (Cl.2:1-
8).
b) SINCRETIZAR O CRISTIANISMO S RELIGIES DAQUELA CULTURA.
- O perigo deste sincretismo visto na seguinte citao:
" O Segundo aspecto quanto ao ponto de partida, se partindo da cultura adapta-se o evangelho a ela, ou partindo-se do evangelho transforma-se os pontos malignos da cultura?
Outra questo deve ser tambm, levantada agoira: Qual o resultado destas duas
metodologias diferentes ? - Ouamos o que o prprio Bruce tem a dizer:
"A contextualizao da teologia bblica num mundo em mudana exige uma reconsiderao
do processo inteiro de fazer a teologia. Mas a prpria Bblia insiste que o ponto de partida
deve ser de dentro do crculo da f e da dedicao auto-revelao de Deus em Cristo...".
Ainda dentro desta temtico do ponto de partida, Bruce, traz a tona um elemento muitas
vezes esquecido quando se fala na necessidade de contextualizao da teologia bblica
[culturalizar a telogia bblica], o elemento esquecido que a cultura humana do homem
como seus elementos malignos precisa ser em grande parte DESCULTURALIZADA. voltemos a
citao: "...O mistrio proftio do evangelho exige uma desculturalizao, em toda cultura,
dos acrscimos a f verdadeira. Desde Mises at Joo Batista, os profetas bblicos
condenavam os elementos de cultura que eram contrrios a Palavra de Deus... O evangelho
renova e transforma aqueles elementos da cultura que so revelao geral de Deus... O
ponto de partida no a cultura, mas sim, a Palavra de Deus".
-De fato, O evangelho tem o pontencial de mudar os elementos nocivos da cultura
humanstica, e isto tem acontecido na histria. Todavia, o esforo feito apartir da Bblia, no
foi para santificar uma cultura com pontos divergentes da Bblica, mas o esforo era feito
para se transformar o indivduo, e ele uma vez transformado pela graa de Deus, ira ser um
fator de transformao cultural. Foi o que aconteceu com a igreja primitiva: ela se
preocupou no com as extruturas culturais e sociais do contexto filosfico-religioso-pago do
imprio Romano, mas sim com a transformao do indivduo atravs da pregrao teo-
centrica do evangelho, com todos os seus obstculos: que de antemo j se sabia, que seria
"LOUCURA" para os GREGOS [pessoas inseridos naquele contexto cultural pago] e
"ESCNDALO" para os JUDEUS [pessoas inseridas contexto cultural e religioso do judasmo
farisaico]. E Paulo, aqui est trantando do problema da COMUNICAO TRANSCULTURAL,
porm, no prope uma CONTEXTUALIZAO DA PALAVRA DA CRUZ, mais diz:
"CERTAMENTE A PALAVRA DA CRUZ LOUCURA PARA OS QUE SE PERDEM... VISTO COMO,
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NA SABEDORIA DE DEUS, O MUNDO NO O CONHECEU POR SUA PRPRIA SABEDORIA, APROUVE A DEUS SALVAR AOS QUE CREM, PELA LOUCURA DA PREGAO". Sabemos que
para atingir esse indivduo temos de falar numa linguagem que ele possa assimilar [a prpria
questo da linguagem crucial na contextualizao e comunicao do evangelho]. Todavia,
neste ponto, bom lembrar o que que convencesse algum "do pecado, da justia e do
juzo". Veja a citao abaixo:
"O ESPRITO SANTO sempre o missionrio transcultural. Vai adiante para preparar o caminho para o evangelho... Convence do pecado e do juzo, at mesmo aqueles que nunca
ouviram falar do nome de Cristo.." ****Vale dizer que o Esprito Santo uma realidade
supra-cultural, que operou e tem operado em todas as culturas provocando o novo
nascimento em todas a etnias, e extruturas sociais, em todas as pocas. A prpria realidade
da salvao uma realidade supra-cultural, est alm do que o homem pode compreender
por meio culturais, por isto a salvao uma obra de Deus e no do homem. Como nos diz
Joo 1:12-13 "Mas a todos quantos receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus a saber os : aos que crem no seu nome os quais no nasceram do sangue nem da
vontade da carne, mas de Deus.
* OS PROBLEMAS DA COMUNICAO TRANS-CULTURAL - Como comunicar o evangelho em uma cultura totalmente diferente da cultura do missionrio ou pregador? Como ensinar
coisas que esto na Bblia, mas no tem algo equivalente na cultura do ouvinte do evangelho
? Que ponto de partida usar para comunicao do evangelho?
* AS POSSVEIS SOLUES PARA A COMUNICAO TRANS-CULTURAL 1. NUNCA ABRIR MO DOS PRESSUPOSTOS CRISTO-BBLICOS EM FAVOR DE ELE. . .
MENTOS
CULTURAIS.
a) Quanto a DEUS
Deve ser mostrado o Deus da Bblia sem retorques ou maquiagens, na esperana de que o Esprito Santo convencer a o ouvinte da diferena entre o seu Deus e o Deus da Bblia.
b) Quanto a VERDADE:
Deve-se ajudar a pessoa a ver a questo do conceito de verdade e lev-la a perceber que Toda Verdade a Verdade de Deus, Pois o prprio Deus a Verdade e somente Ele poderia
comunic-la ao homem com perfeita fidedignidade, e Ele o fez nas pginas da Bblia. Esta
verdade se expressa em conceitos ABSOLUTOS, numa linha de pensamento horizontal de
CAUSA e EFEITO, cujos resultados so garantidos pelo prprio Deus da Verdade. Por
exemplo: roubar sempre um erro, ser honesto sempre certo, independente se uma
cultura acha certo ou errado roubar. Deus garantir que o ladro sempre se dar mal, embora
parea que no. Se o ouvinte no concordar sobre o conceito de verdades, ser difcil
evangeliz-lo.
c) Quanto a BBLIA:
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necessrio ajudar o ouvinte a entender a AUTORIDADE ABSOLUTA da BBLIA. D evidncias que mostrem que ela a perfeita expresso da VERDADE de Deus na terra, e que por ser A
PALAVRA DE DEUS INERRANTE E INFALVEL, NICO TRIBUNAL que define finalmente toda
questo sobre f e prtica. Se o ouvinte no aceita a Bblia como AUTORIDADE FINAL em
questes religiosas, ser difcil evangeliz-lo.
d) Quanto ao HOMEM:
preciso faz-lo entender a QUEDA e suas conseqncias. Que o homem foi criado inocente e livre, mas mediante UMA QUEDA REAL, em que ficou com uma natureza pecaminosa to
corrupta e corruptora, que corrompe todas as coisas, at as suas melhores obras, esto
maculadas pelo mal, dai serem "trapos da imundcia".
Como a CULTURA HUMANA criada pelo homem cado e escravizado ao demnio, toda cultura humana, em todo lugar e em todo tempo corrompida pelo mal e pelos poderes
supra-culturais satnicos. De modo que quem trabalha com a cultura humana, trabalha com
um esquema secular corrupto e maligno. Paulo nos adverte para "No nos conformamos
[assumir a forma ou o esquema] deste sculo [ou cultura] (RM.12:2). Ainda, Paulo, nos
chama a ateno, que o "homem natural", [no nascido de novo pela operao do Esprito
Santo], para quem devemos pregar o evangelho, "...No aceita as coisas do Esprito de Deus,
porque lhe so loucura; e no pode entend-las porque elas se discernem espiritualmente" (I
Cor. 2:14). Por este texto, percebemos que por mais que contextualizemos o evangelho, se o
fizermos de um modo espiritual ["coisas do Esprito"], mesmo assim, o "homem natural" no
conseguir aceit-lo e nem mesmo entend-lo. Se fizermos uma contextualizao no
espiritual do evangelho, o Esprito Santo, no tomar parte nisso, e sem o Esprito Santo no
h verdadeira converso.
Talvez, seja por isso, que estas igrejas que pregam um "evangelho contextualizado e secularizado", atravs de msica mundana [samba, rock, e outros bichos], danas, roupas, e
jeito do mundo fazer as coisas, logo crescem o seu rol de membros, porm, so elas mesmas,
que enchem o mundo e o Brasil de crentes "professos" [que j fizeram uma deciso pblica,
mas nunca passaram pela obra regeneradora do Esprito Santo, da a razo de tantos
escnda-los e afrouxamento espiritual nas igrejas (crentes e at pastores roubando,
enganando, fornicando antes de casar, traindo e adulterando depois de casados, se
divorciando levianamente, praticando aborto secretamente, homossexualismo, bebendo
lcool, e tantas coisas indizveis que at o Diabo se surpreende, numa prova de que o
nmero de joio est aumentando e talvez j tenha passado do nmero de trigo. Tem sido
sempre assim na histria eclesistica, quando a igreja afrouxa seus padres doutrinrios e
troca o evangelho genuno, por outro sincretizado e contextualizado pelas filosofias
mundanas e costumes seculares da poca, o resultado sempre desastroso para a igreja,
sobra somente um pequeno remanescente fiel, que teima em no arredar dos velhos
fundamentos da f, ou, o velho, mais todo eficiente evangelho eterno de Cristo.
e) Quanto ao MUNDO:
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Do grego "Cosmos" [sistema organizado, em que os homens devolvem mtodos e esquemas para obter sucesso nas vrias reas da vida: trabalho, lazer, moradia, educao, sade,
finanas, religio, poltica etc... - A expresso "mundo", pode ser traduzida como "o jeito do
homem cado fazer as coisas debaixo do senhorio do maligno". Por isto, a Bblia adverte:
"No ameis o mundo nem as coisas que h no mundo. Se algum amar o mundo, o amor do
Pai no est nele... Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno" (I
Jo.2:15; 5:19).
O mundo e sua cultura (orientada pelo maligno) tem seu foco central na flexibilidade e na relatividade, como afirmou Bruce j. Nicholls, quando definia a palavra "cultura". Joo fala
desta relatividade e efemeridade das coisas do mundo ao dizer "Ora, o mundo passa, bem
como a sua concupiscncia; aquele, porm, que faz a vontade de Deus permanece
eternamente" (I Jo.2:17). Eis, ento, impossibilidade de contextualizar um "evangelho
eterno" cujo corpo de verdades foi dado "uma vez por todas", cuja, modificao e
adulterao chamada de "antema", sem tornar este evangelho em algo, efmero, relativo
e mutante como o por definio a cultura humana.
A conseqncia terrvel disto tudo, que, assim como a cultura que pelo seu carter flexvel, relativista e mutante, algo descartvel, assim tambm o evangelho associado e baseado
nela tambm se torna descartvel e irrelevante. A ironia disto, tudo que os telogos
liberais usam a cultura com suas filosofias e costumes para comunicar o evangelho ao
homem moderno de modo relevante, porm, ao adulterarem o evangelho, sincretizando
com as vs filosofias mundanas, s conseguem tornar o evangelho algo ridculo, sofisticado,
relativo e descartvel, portanto, irrelevante. Fazemos bem em seguir Colossenses 2:6-8 "Ora,
como recebeste a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados e edificados, e
confirmados na f, tal como fostes instrudos, crescendo em aes de graas. CUIDADO que
ningum vos venha a enredar com sua filosofia e vs sutilezas, conforme a tradio dos
homens, conforme os rudimentos do mundo, e no segundo Cristo.
2. O LUGAR DA EQUIVALNCIA DINMICA:
- A Equivalncia dinmica, em sua funo de procurar na cultura do evangelizado algo equivalente ao objeto, ou assunto, do texto bblico, nunca deve amputar nada do texto
bblico para se fazer entender pelo nativo da cultura a ser evangelizada. A equivalncia
dinmica no tradues modernas da bblia algo perigoso, pois acaba subtraindo ou
substituindo termos da bblia, que no julgar falvel dos tradutores no so relevantes.
Acredito, que a equivalncia dinmica menos perigosa quando aplicada a Hermenutica ou
interpretao do texto Bblico, ou seja, pela exegese do texto descobrir o que ele significava
para seus leitores originais dos tempos bblicos, e pela Hermenutica encontrar situaes e
questes do homem atual, que em principio so equivalentes ao contexto daquela poca.
- Caio Fabio d um exemplo do que o Neo-Evangelicalismo faz com a equivalncia dinmica que de fato uma contextualizao que fere, mutila e adultera termos e palavras bblicas.
Por exemplo. No seu livro "Novos Ministros p/uma Nova Realidade" ele diz: " sabem o que
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circunciso? ... sabem o que aio? Sabem, porventura o que significa graa?... Estou pensando at em escrever uma carta aos Romanos (logicamente no inspirada). Uma carta
contempornea, onde a circunciso seja substituda por uma outra questo equivalente a ela
hoje. Quem sabe se a nossa circunciso o batismo?".
CONCEITOS SOBRE DEUS: O DEUS DA BBLIA - VISO GLOBAL DO CRISTIANISMO FUNDAMENTALISTA CONTRASTADA COM A VISO NO FUNDAMENTALISTA: UM EXEMPLO
DO CONFRONTO ENTRE ORTODOXIA E APOSTASIA
Colin Chapman - [Livro: "O Cristianismo no Banco do Rus"] "A indagao sobre Deus envolve duas partes: [1] Quem Deus? (questo de definio]; [2] Ser que Deus existe de fato, se O
concebemos como um Deus Pessoal? (questo da sua existncia). Na prtica, porm, no
podemos discutir sobre a existncia de Deus sem discutir o que entendemos pela palavra
Deus."
Colin Chapman - [Livro: "O Cristianismo no Banco do Rus"] Fala das 5 respostas possveis a questo: QUEM OU O QUE DEUS? DEUS EXISTE? "[1] Deus realmente existe; Ele como a
Bblia O descreve; (Resposta Crist); . Podemos sumariar a compreenso bblica de Deus nas
proposies abaixo. Elas no exau. . . . rem o sentido de Deus para o cristo, mas postulam
certas diretrizes fundamentais. . . . 1) Deus pessoal e Deus infinito; . . 2) Deus o
Criador do universo e Deus o Sustentador do Universo; . . 3) Deus amor e Deus santo;
4) Deus um e Deus trs "pessoas" . . . . *As Correspondentes proposies de cada par
dever ser consideradas juntamente, para que . se equilibrem entre si
[2] Deus existe mais Ele bastante diferente do que a Bblia O descreve; . Resposta segundo:
A RELIGIO PRIMEVA, O JUDAISMO, O ISL E O DESMO . . . . O conceito de Deus, nestas
religies, difere do conceito cristo em trs aspectos importan. . . tes: . 1) Alguns no tm
conhecimento de certos aspectos da compreenso crist de Deus; . 2) Alguns ignoram
alguns destes aspectos . 3) Alguns negam alguns destes aspectos (que Deus infinito...ou
que h trs pessoas. . as . em um s Deus, ou que Ele pode ser conhecido de maneira
pessoal).
[3] Nunca poderemos saber se Deus existe ou no; . . . Reposta segundo: O AGNOSTICISMO E
O MISTICISMO. Alguns dos maiores pensadores europeus unem-se ao HINDUSMO e ao
BUDISMO ao darem a resposta "no sabemos" inquirio sobre a existncia de Deus.
[4] Deus no existe; (Resposta do ATESMO) . Ao passo que o agnstico diz: "Deus talvez,
exista, mas nunca poderemos sab-lo, o ateu afirma categoricamente: "Deus no existe. no
h nenhum Deus aqui." Jean-Paul Sartre disse: "Quando falamos em abandono - um
vocbulo favorito de Heidegger - queremos dizer to somente que Deus no existe, e que
necessrio levar at ao prprio fim as conseqncias da sua ausncia" Michael Harrington
fala das conseqncias da ausncia de Deus no pensamento e vida do homem do sculo XX.
Mostra que uma passagem do JBILO para o PROFUNDO PESSIMISMO: " Depois da morte de
Deus, o Homem, que suspostamente deveria substitulo, enfastiou-se de si mesmo. Isso
resultou em uma crise de crena e de descrena, que esvaziou espiritualmente ao sculo
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* Pergunta que mostrar a incoerncia do atesmos: "Como voc sabe com certeza que Deus no existe? H alguma base razovel para o seu atesmo? Sobre que bases voc alicera a
sua crena? Como voc sabe que o seu atesmo diz a verdade?
[5] Deus no existe; mas o vocbulo til se redefinirmos o seu significado. . . . Resposta
segundo: O PANTESMO, COMUNISMO, EXISTENCIALISMO, HUMANIS. . . MO E ALGUNS
TELOGOS MODERNOS. Certas Concluses parecem seguir-se do atesmo ou do
agnosticismo radicais: . 1) O que temos no universo tudo quanto existe; nada existe alm
daquilo que podemos ver . . ou tocar - nenhum mundo sobrenatural invisvel. . 2) A morte
o fim do indivduo; no h vida no alm-tmulo. Mas para aceitar essas concluses como
inevitveis, a viver com a idia que nada existe alm das aparncias, nada seno o presente.
* Robert Brow cita quatro variaes de pantesmo que subjaz esta quinta resposta: 1. "Tudo
quanto existe Deus." (Pantesmo absoluto.) 2. "Deus a realidade do princpio por trs da
natureza." (Pantesmo modificado) 3. " Deus est para a natureza assim como a alma est
para o corpo" (Monismo modificado) 4. " S Deus realidade. Tudo o mais imaginao."
(Monismo absoluto).
5. CONCEITO DE DEUS PARA OS TELOGOS LIBERAIS.
*** Aqueles que enveredam por esse caminho [da 5 resposta - Deus no existe; mas o vocbulo til se redefinirmos o seu significado] tendem por reter a palavra Deus, bem
como termo divindade e transcendncia, apesar de lhes darem novas significaes. essa
posio contm muitas formas diversas de expresso, mas todas essas formas encerram
certas caractersticas em comum: 1. "Deus" no significa um Ser Pessoal distinto do universo,
que j estivesse ali "antes" do universo ser criado. 2. "Deus" identificado de alguma
maneira com o universo como um todo, ou com uma parte ou aspecto do mesmo (i.e, o
esprito ou conscincia do homem, o aspecto "pessoal" do universo).
*** Defesa dos Telogos Liberais [No fundamentalistas]: "Alguns desses escritores
afianariam que no esto se esto desviando da compreenso crist histrica de Deus, mas
que esto meramente reinterpretando as idias tradicionais em uma forma que mais
inteligvel e aceitvel na atualidade". * a velha conversa de CONTEXTUALIZAO CULTURAL
que vemos hoje: " temos de adaptar o evangelho as filosofias e culturas atuais para que o
homem moderno possa aceit-lo".Todavia, o evangelho produzido por esta adaptao,
quase sempre "outro" evangelho.
*** OS GRANDES TELOGOS LIBERAIS e/ou NEO-ORTODOXOS, historicamente, com sua
CONTEXTUALIZAO FILOSFICA-CULTURAL exerceram e exercem grande fora destrutiva
contra a s doutrina ou fundamentalismo histrico cristo. BATIST MONDIM [Telogo e
escritor apologtico catlico Romano], cita alguns destes grandes telogos liberais da ala
protestante, comeando por Barth, mas por julgar que todos beberam da fonte
existencialista e liberal de Kierkegaard, eu comeo a lista com Kierkegaard. Mondim, antes
de cit-los faz uma breve anlise sobre sua hermineutica e teologia. diz MONDIN:
" ...a teologia protestante, que tambm ousou valer-se dos instrumentos hermeneuticos que
lhe eram oferecidos pelo pensamento filosfico moderno , fazendo isto teve de empobrecer e
falsificar gravemente a Palavra de Deus, e os seus resultados foram julgados no menos
desastrosos do que os da teologia catlica." - Para Mondin, e ele esta certo nisto, a teologia
liberal protestante to destrutiva a Palavra de Deus, quanto a teologia liberal catlica.
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HEGEL (1770-1831 - Filsofo alemo que segundo Francis Schaeffer abriu a porta para o desespero, no sentido filosfico e mudou o mundo [filosofia, artes, msica, Cultura Geral e
teologia]. Schaefer imagina a situao em que HEGEL abandonou as verdades absolutas em
favor de uma sintese relativista: " Tenho uma nova idia. De agoira em diante pensemos da
seguinte maneira: em vez de causa e efeito, pensemos numa tese e em oposio a ela, uma
Anttese. E a resposta quanto relao entre as duas no est num movimento horizontal de
causa e efeito, porm sempre uma sintese." ... Ele pensava ser prticavel chegar sntese
pela razo. Isto ficou provado ser impossvel e, assim o prximo homem [Kierlegaard,
seguindo HEGEL]... colocou-se abaixo da linha do desespero.
KIERKEGAARD (1813-1855 - Telogo Dinamarqus )- [Ele foi o pai do EXISTENCIALISMO
SECULAR e RELIGIOSO, que abandonou verdades objetivas e absolutas por uma sintese no
racional alcanada por um salto de f. Segundo Schaeffer: "... ele separou de maneira
absoluta o racional e lgico da f. O racional e a f no tm nenhuma relao entre si.] "Para
KierKegaard, as verdades proposicionais no so suficientes; no basta concordar com uma
srie de formulaes religiosas. Kierkegaard cria que as asseveraes teolgicas da f eram
paradoxais. Assim, o crente deve manter "verdades" opostas em tenso. Sua harmonizao
ocorre por um ato existencialista gerado aps ansiedade, tenso e crise, em que a mente d
um salto de F". (F. SCHAEFFER, "O Deus que intervm" Pg. 25) e ( R.V. SCHNUCKER -
Enc.Hist.-Teo da Ig.Cr. -Pg.13). * Da fonte apstata de Kiekgaard beberam os telogos
liberais, neo-ortodoxos.
BARTH (1886-1968 -Suia) - Ele foi o pai da NEO-ORTODOXIA [ou Teologia Dialtica, ou ainda,
Teologia de Crise], movimento reacionrio ao movimento liberal histrico do Sc. XIX [que s
cria no que fosse racionalmente explicvel], e que acabou se tornando uma forma diferente
de liberalismo, pois desviava-se dos fundamentos cristos histricos, atravs de sua
hermineutica baseada na filosofia dialtica de HEGEL e Kierkgaard numa tentativa de
harmonizar os paradoxos cristos atravs de uma crise existencialista. De fato, "Bath
rejeitava a f crist como uma srie de verdades proposicionais... seu mtodo teolgico
dialtico propes a verdade como uma serie de paradoxos. Isto produziu conceitos tais
como: "o Deus soberano transcendente absoluto, em contraste com a humanidade
dominada pelo pecado"; " A Bblia a Palavra de Deus na medida em que Deus permite que
ela seja a sua Palavra", ou que "A Bblia contm a Palavra de Deus, mas no a Palavra de
Deus", isto implica que a Bblia no necessariamente a Palavra de Deus, pode vir a tornar-
se, isto um tipo de rejeio da "sola scriptura".. Os neo-ortodoxos tentaram ser o meio
termo, nem queriam ser o que se chamava na poca de liberal, nem queriam ser
convervadores, todavia no conseguiram a neutralidade, pois um erro puxa outro, tentando
contextualizar a f bblica com a filosofia dialtica existencialista afastaram-se dos
fundamentos da f bblica.
Francis Schaeffer declara: "Karl Barth foi a porta de entrada da teologia na linha do
desespero. ...Mas assim como Kieregaard abriu com o seu salto a porta para o
existencialismo em geral, assim Karl Barth abriu a porta para o salto existencial na teologia.
Como nas outras disciplinas, o problema bsico a mudana na epistemologia [mtodo de
se chegar a verdade]. ... O fato unificador da nova teologia a sua metodologia errada. O seu
conceito de verdade est errado e por causo disso aquilo que parece correto, na verdade,
seguidamente significa algo inteiramente diferente daquilo que o cristianismo histrico quer
dizer com a mesma frase. ingnuo discutir questes teolgicas como questes teolgicas
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antes de considerarmos o que a verdade significa para a pessoa que est fazendo as afirmaes teolgicas". Os telogos neo-ortodoxos e neo-liberais que vieram aps Barth "...
Eles podem no concordar nos detalhes, mas a sua luta a mesma: a luta do homem
moderno que desistiu de encontrar um campo unificado de conhecimento. No que se refere
aos telogos, eles separaram a verdade religiosa do contato com a cincia por um lado e a
histria por outro. Seu novo sistema no se encontra aberto a verificao. Deve somente ser
crido. ("O Deus que intervm" Pg. 68,71,72)
A QUESTO DA AUTORIDADE BBLICA COMO FUNDAMENTO INARREDVEL.
- Quando tratamos sobre autoridade, podemos dividi-la como Inerente (autoridade em si mesma) e atribuda (dependente de fatores externo).
- No Conceito Liberal e Bartiano das Escrituras a autoridade da Bblia como Palavra de Deus
no inerente a ela mesma, depende de fatores externos, como a atitude do seu leitor, ou
seja, no tem autoridade do Palavra de Deus, mas pode vir a ter. Devido a esse ponto de
vista Barth e seus seguidores ensinavam "que a Bblia tinha uma autoridade atribuda por
Deus mas, ao mesmo tempo, insistiam em dizer que a prpria Bblia essencialmente uma
produo humuna". Rudolfph Bultimann e Paul Tillich, levaram o pensamento de Bath as
ltimas conseqncias, ou seja, consideram a Bblia como "uma coletnea falvel de escritos
religiosos sobre a qual a igreja primitiva arbitrariamente imps uma autoridade que a
piedade evanglica continuou a sustentar".
- H. D. MCDONALD [Enc. Hist-Teol. da Ig. Crist. Pg. 173], expe a incoerncia dos conceitos
liberal e bartiano das Escrituras:
" ...ao negar Bblia como uma autoridade ontolgica [em si mesma, ou inerente], a teologia
liberal desmascara sua prpria inconsistncia fundamental, pronunciando, assim, a sua
prpria condenao. Porque, enquanto ela deseja a aceitao das suas prprias
especulaes no-bblicas, tem que desfazer da autoridade da Bblia. Mas quando ela se
preocupa em manter para o rtulo de "crist", apela Bblia como uma fonte autorizada".
Isto, faz-me lembrar a anedota em que Ado aps devolver e ir buscar Eva das mos de Deus
devido a problemas conjugais, Deus acabou por lhe dizer: "j que voc no pode viver com
ela e nem sem ela, no a recebo mais de volta. O mesmo acontece como os telogos liberais,
neo-ortodoxos e outros modernistas de plato, que devido a sua teologia e prtica, se
chocam com a Bblia [que lhes um tropeo e no um fundamento], porm, para manterem
a fachada de "cristos" tem de acabar apelando para ela como "uma" fonte de autoridade.
- Fazemos a seguir um resumo e enxertos ao tpico "AUTORIDADE BBLICA por H.D.
MCDONALD:
1. A "autoridade Bblica deve comear com o prprio Deus, porque nele se localiza toda a au
. toridade em ltima analise. (Hb. 6:13)
2. A Revelao ou auto-revelao de Deus a chave da autoridade de Deus. Na revelao
Deus declara sua autoridade. Os profetas do AT acharam sua certeza na revelao de Deus,
ou sua vontade autorizada, em contraste com os falsos profetas que falavam o que lhes
vinha ao corao. (Dt. 10:5; Ne. 1:7-9; Isa 1:10; 2 Re. 17:13 com Ez.13:2-17; Jr.14:14;
23:16,26)
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3. Para a f crist, Cristo conhecido como a revelao final de Deus. ... Cristo a suma de tudo quanto divinamente autorizado para a vida do homem. (Jo.1:14; Rm 9:5; 1 Tm 3:16;
Hb.1:1,2)
4. Esse desvendar progressivo de Deus [revelao] que culminou em Cristo, recebeu uma
forma perptua nos escritos bblicos ( Dt. 29:29; II Tm. 3:16-17; I Jo.5:9-13; Jd. 3)
5. As Escrituras, consequentemente, participam da autoridade de Deus, de modo que o
relacionamento de Cristo com elas decisivo para autenticar a autoridade delas.
6. Mediante sua atitude para com o AT e o uso que fez dele, Cristo realmente validou a
divindade das Escrituras (Mt. 4; Jo. 5:39; Lc 24:25-27)..
7. Os apstolos no NT reivindicavam uma autoridade divina para seus escritos (2 Co 12:19;
10:11; 1 Ts 2:13; 5:27; 2 Ts 2:15; 3:14; 1 Ped 3:15--16).
8. Quanto a Veracidade e fidedignidade da Bblia, podemos afirmar que as Escrituras (no AT e
NT) so a VERDADE DE DEUS para a humanidade. O atributo de Deus como verdade, o
mesmo aplicado a Sua Palavra. No AT, o termo hebraico emet, traduzido por "verdade" (Nm.
23:19; Sl 31:5; 119:160); No NT, o termo grego "aletheia ", traduzido por "verdade" (relativo
a Deus:I Jo 5:20; Jo 3:33; 7:28; 8:26; 17:3; 1 Ts.1:9; relativo a Sua Palavra (Jo. 17:17; 2 Co. 6:7;
Gl. 2:5; Rm 3:7).
** Concluso FUNDAMENTALISTA SOBRE A BBLIA: "A Bblia , portanto, o Livro da verdade
de Deus; e esta verdade, conforme diz o Catecismo de Westminster, "verdade infalvel", o
prprio Cristo disse: "... a Escritura no pode falhar." (Jo.10:35). Da mesma forma que
totalmente fidedigna no que diz respeito verdade, assim tambm deve ser totalmente
confivel no que concerne aos fatos. Sendo as duas coisas, ela a nossa [nica] autoridade
em todas as coisas pertencentes [ f], vida e piedade"
HEIDEGGER, Martin (1889-1976 -Filsofo Alemo) - [Um figura central no pensamento
EXISTENCIALISTA CONTEMPORANEO]. Tambm influenciado pela filosofia dialtica de
HEGEL, e consequentemente pelo Existencialismo de Kierkegaard. "Acreditava que o
cristianismo no redimia, mas, sim, que destruia a cultura genuna. Juntamente com outros
movimentos, o cristianismo fez da verdade uma questo de proposies mais do que de
existncia." Heidegger tentou encontrar algo que autenticasse sua existncia, desse validade
a mesma, e props que o sentimento de "medo" que pode autenticar a existncia do
homem moderno. "A influncia de Heidegger na filosofia e teologia contemporneas
fenomenal. Influenciou profundamente linhas de pensamento neo-ortodoxo, especialmente
na obra de Bultmann e Tillich... Sob a influncia de Heidegger, alguns tm abandonado a
hermenutica gramtico-histrica e favorecido uma revelao mais potica e aberta da
existncia. (P.H.DEVRIES Enc.Hist-Teol. da Ig.Crist. Pg. 244-245)
Gosto de arquivar recortes de jornal e revistas me interessam e tenho comigo uma pgina da
revista veja de 21 de outubro de 1987, com um artigo intitulado: "Heidegger, Filsofo
alemo foi nazista convicto", onde Victor Farias, um ex-aluno de Heidderger desmacara as
mentiras e vida falsa de Heidegger. Assim comea o artigo: "Um dos maiores filsofos deste
sculo, orculo do pensamento existencialista no qual se formariam, entre outros, os
franceses Jean-Paul-Sartre... ...deixou uma dvida sua trajetria na vida real. ...S MENTIRAS
-... [conta episdios em que ficaram provadas as mentiras de Heidegger] e conclue: "... O
mestre mentia. ... No h dvidas de que, depois do livro de Victor Farias, no possvel
mais pensar em Heidegger como antes... No mnimo, porm, para os que acreditam ser
possvel filosofar de um jeito e viver de outro, escrever de uma maneira sublime e, ao mesmo
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tempo, comportar-se na vida real como um delator e um mentiroso, preciso pensar em Heidegger como se pensa no mdico doutor Jekil e o monstro mister Hyde. luz do dia ele
era um, na sombra do noite outro". ( VEJA 21/10/87,Pg. 91.)
* Na realidade as filosofias do mundo so assim, so bonita nos ouvidos quando faladas, e ou
no papel, quando escritas, porm no resistem ao choque da realidade. Embora Heidegger
com seu pensamento existencialista, tentasse dar autenticidade a sua existncia, fracassou,
assim como os muitos telogos modernos que aliceraram sua teologia sobre Heidegger.
BULTMANN, Rudolph (1884-1976 - Alemanha - Um dos telogos mais influentes do Sc. X).
Para Bultmann " a tarefa mais urgente dos telogos do sculo XX era a de descobrir um
"conceptualismo" segundo cujos termos o NT pudesse tornar-se compreensvel ao homem
moderno... Bultmann acreditava que tinha achado semelhante conceptualismo na filosofia
existencialista de Martin Heidegger, e passou praticamente toda a sua vida lendo o NT como
um documento Heidggeriano, e usando mtodos histrico-crticos para eliminar do texto
elementos resistentes ao existencialismo". Ou seja, o que no texto do NT no combinasse
com filosofia herege de Heidegger, Bultmann chamou de mito, fantasia dos apstolos e
escritores do NT, da a sua teologia ser chamada de "desmitologizao.
UMA ANLISE DO DILOGO TEOLGICO ATUAL ENTRE OS NEO-EVANGLICOS E OS APSTATAS
CAIO FBIO DE ARAUJO FILHO [Ministro Presbiteriano desde 1978, pensador, escritor, metido a telogo, que tem usado largamente das teologias liberais, neo-ortodoxas e neo-
evanglicas, cuja verborragia elegante com falso ar de modernidade, j produziu mais de 55
ttulos publicados. Presidente da VINDE - Viso Nacional de Evangelizao (rgo de caracter
ecumnico e ecumenizante, que iria lev-lo a realizar seu grande sonho, uma super entidade
ecumnica a nvel nacional, atravs de congressos ecumnicos para pastores e lderes, e pelo
curso VINDE-SAT por satlite, onde fez a cabea de um grande nmero de pastores e lderes
descomprometidos com o fundamentalismo, e que esperavam apenas o surgimento de um
lder carismticos que os guiasse. Caio Fbio era esse homem). Presidente da AEvB -
Associao Evanglica Brasileira (a super-organizao nacional sonhada por Caio Fabio e
outros pastores neo-liberais e neo-evanglicos). Ainda membro da Fraternidade Teolgica
Latino-Americana, 1 Vice-Presidente da Misso Portas Abertas, membro do CONSEA -
Conferncia Nacional de Segurana Alimentar da Presidncia da Repblica e membro do
Comit de Lausane. Com exceo do CONSEA, todos os outros rgos so ecumnicos e
ecumenizantes. Em um panfleto que divulga um de seus livros , seu ministrio chamado de
"holstico" (do grego "holos", que significa inteiro ou unificado. Termo muito usado pelo
Movimento Nova Era, embora no estamos querendo dizer que ele tenha algo com este
movimento, mas que ao aplicar a seu ministrio este termo, percebe-se a presuno
ecumnica dele e de seus seguidores.)
Caio Fabio tem sido no s o lder do movimento ecumnico no Brasil, mas tambm, tem sido um dos maiores promotores do carismtismo-pentescostal entre os evanglicos. Pois, a
experincia pentecostal carismtica maio fora ecumenizante que existe. Um exemplo
disso ocorreu no Congresso para lderes de todo Norte e Nordeste do Brasil presidido por
Caio Fbio em setembro de 1994 em Fortaleza que reuniu 1.400 participantes com lderes
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das mais diversas denominaes evanglicas. Numa entrevista ao jornal "O POVO" de 30/09/94, um dos participantes do congresso disse ao jornal: "Entre as questes debatidas
no encontro esto a misso global e o aprofundamento teolgico dentro de um maior
desenvolvimento carismtico. Segundo ele, os participantes chegaram a traar rumos de
ao para os prximos anos em relao ao trabalho evangelizador... alm de uma maior
aceitao dos dons espirituais". *Caio Fabio no 16 desafio aos "Novos Ministros para uma
Nova Realidade" em livro seu com este ttulo desafia cada ministro a: "16. Desenvolver um
carismatismo ministerial... uma viso carismtica... [e acrescenta] ...Ento, no tem esse
negcio de lngua acabou ontem, e que agoira no se fala mais. ... preciso desenvolver todo
esse lado dos carismas, da graa, dos dons; estarmos abertos a isto, praticarmos isso."(Pg.
65).
* O dilogo teolgico atual envolve inclusive catlicos romanos e telogos declaradamente apostatatas. Um exemplo disse o Pr. Caio Fbio em seu livro "Novos Ministros para uma
Nova Realidade", onde ele se enche de admirao por Dietrich Bohoeffer [1906-1945 - O
telogo alemo do "Cristianismo sem Religio" ou da interpretao no religiosa do
Cristianismo, que serviu de base, para os tologos que criaram a "Teologia da Morte de
Deus", propondo a completa retirada do nome e da pessoa de Deus e da religio. Caio Fabio
usa um homem deste como modelo para os novos ministros brasileiros. Ouamos o que ele
diz:
"...tenho uma profunda admirao por Dietrich Bonhoeffer... Ele v tudo ao longe, percebe que a maneira mais prpria de comunicar Cristo nos seus dias era a forma irreligiosa; era
transformar a linguagem religiosa em cdigos de assimilao seculares, para o homem do
seu tempo o percebesse. Mas ele faz isso tudo sem perder o vnculo profundo com a
comunidade" (Pg. 38).
- Absorvendo esta cosmoviso secularizante de Bonhoeffer, Caio Fabio prope um
rebaixamento da Teologia claramente e exclusivamente fundamentadas nas Escrituras
Sagradas por uma cosmoviso, ou maneira de ver a vida fundamentadas nas cincias
seculares. Vejamos o 17 desafio que ele lana "Aos Novos Ministros Para uma Nova
Realidade": "Discernir que, num tempo como este nosso, o que menos interessa Teologia
ela mesma. ... importante olhar a vida em perspectivas antropolgicas, sociolgicas,
psicolgicas; importante olhar a vida em ticas polticas; fundamental ver a vida por
ticas distintas. E a Teologia serve apenas para amarrar as pontas" (Pg.68).
*Na citao acima ocorre uma destrutiva contextualizao do evangelho, pois Caio Fabio prope olhar a vida, partindo no da teologia bblica, mas do contexto cultural. H uma
terrvel inverso metodolgica, em vez de transformar a cultura humana partindo da
teologia Bblica, faz exatamente o contrrio, quer transformar a teologia bblica partindo do
contexto cultural-filosofico-cientifico e religioso do momento. Vemos aqui uma mal
disfarada rejeio a Verdade claramente derivada da Bblia, a s doutrina ou Palavra de
Deus. o cumprimento de 2 Tm. 4:1-2. Prope trocar a tica TEOLGICA pela
ANTROPOLGICA (A partir do homem e cincias que centralizam o homem: SOCIOLOGIA,
PSICOLOGIA, POLTICA, etc..). Para os ouvintes atentos, d para perceber que os sermes de
Caio Fabio, embora aparentemente se baseiem num texto bblico, esto recheados de
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