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NEGROS (histria, cultura africana e afro-brasileira, escravido, negros ilustres)

100 ANOS DE CARNAVAL NO RIO DE JANEIRO, de Haroldo Costa. Rio de Janeiro, Vitale, 2001. 253p. ilust. Conta a histria do carnaval desde o "entrudo", trazido pelos aorianos no perodo colonial, passando pelo "Z Pereira", que abria a folia carioca e pela contribuio dos cantos e danas do candombl dos negros, at a atualidade da maior manifestao cultural brasileira dos tempos atuais. Fartamente ilustrado. AFRO-BRASILEIROS HOJE, de Darien J. Davis. Rio de Janeiro, Selo Negro/Minority Rights Group International, 2001. 140p. ISBN 85-87478-09-5 O historiador afro-caribenho Dr. Darien J. Davis, diretor de Estudos Latino-americanos no Middlebury College, em Vermont, USA, incide sobre a sociedade brasileira e faz um diagnstico estrangeiro a respeito da populao negra no Brasil, tendo como base levantamentos demogrficos, entrevistas, livros e artigos. Retrata a situao dos afro-brasileiros e demais brasileiros quanto aos ndices de mortalidade infantil, educao, situao nas reas rurais, emprego, violncia policial. Publicao feita em parceria tambm com o GELEDS Instituto da Mulher Negra, uma das mais importantes ONGs brasileiras. AFRO-DESCENDENTE: identidade em construo, por Ricardo Franklin Ferreira. Rio de Janeiro, Pallas/Educ, 2000. 288p. Tese de Doutorado em psicologia, trata da desvalorizao da cultura africana frente europia, resultando em uma auto-imagem negativa que alimento o processo de excluso. Estuda as possibilidades de "construo de uma identidade afrocentrada", que supere os danos do preconceito racial auto-estima e tambm oferece subsdios para uma afirmao positiva e o exerccio da cidadania pelo negro no Brasil. AGUDS; os "brasileiros" do Benin, de Milton Guran. Rio de Janeiro, Nova Fronteira/Ed. Gama Filho, 2000. 290p. ilust. Antroplogo, o autor pesquisou na comunidade de brasileiros a "abrasileirados" da Repblica do Benin (frica). Fotos, palavras e imagens se elucidam e se completam naturalmente. O ALMIRANTE NEGRO (REVOLTA DA CHIBATA A VINGANA), de Moacir C. Lopes. Rio de Janeiro, Quartet, 2001. 224p. ISBN 85-85696-30-3 O autor, ex-marinheiro e escritor de mrito reconhecido no exterior brinda os leitores com o melhor romance histrico at hoje escrito sobre Joo Cndido, e a rebelio que o transformou em heri de luta pelos direitos humanos, a Revolta da Chibata, em 1910. O ANJO DA FIDELIDADE, por Jos Louzeiro. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 2000. 551p. ilust. O temido comandante da Guarda Pessoal do presidente Getlio Vargas (negro e filho de um ex-escravo) cresceu junto essa famlia e foi, na verdade, um "testa-de-ferro" que encobriu todas as falcatruas do cl Vargas. Foi chamado de "um facnora que nomeava e demitia civis e militares". Tem agora sua primeira biografia, fruto de 3 anos de pesquisa do autor, provando que ele foi o "bode expiatrio" que acabou pagando, sozinho, pelos crimes de todos os Vargas. BARES E ESCRAVOS DO CAF: UMA HISTRIA PRIVADA DO VALE DO PARABA, de Sonia Sant'Anna. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2001. 180p. Estudo sobre 124 anos de histria da regio, desde as minas de ouro at a decadncia do caf. BRASIL AFRO-BRASILEIRO, org. por Maria Nazareth Fonseca. Belo Horizonte, Autntica, 2000. 352p. Artigos sobre as representaes de negros que circulam em diferentes suportes da memria cultural; livros, objetos de culto, objetos de arte, pesquisas etnogrficas e criao literria. A cara de um Brasil mestio que no se pode esconder. BRASIL: COLONIZAO E ESCRAVIDO, org. por Maria Beatriz Nizza da silva. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001. 418p.

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Professora Titular de Histria na Universidade de So Paulo rene 24 ensaios de historiadores brasileiros, portugueses e americanos sobre os principais aspectos do modelo escravocrata instalado no Brasil, diferenciados do estudo tradicional da escravido negra. Novas e originais contribuies de diversos especialistas discutem a questo do cativeiro indgena, colonizao e escravido sob a legislao e condio de negros e ndios, a herana africana e o posicionamento da Igreja em relao ao tema. BRASIL DE TODOS OS SANTOS, de Ronaldo Vainfas e Juliana Beatriz de Souza. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2000. (Coleo Descobrindo o Brasil). 76p. Os autores, professores universitrios no Rio de Janeiro, contam a histria das mltiplas crenas que se cruzaram no perodo colonial. Descortina a religiosidade indgena, os cultos afro-brasileiros e o mundo dos hereges. Mostra como o catolicismo foi se impondo, convivendo com bruxos, sortilgios e oraes erticas, tudo encenado no espetculo barroco das festas religiosas. A BUSCA DE UM CAMINHO PARA O BRASIL: A TRILHA DO CRCULO VICIOSO, de Hlio Santos. So Paulo, SENAC, 2002. 462p. ISBN 85-73592-34-6 O racismo examinado aqui, mostrando como o negro e o negro-mestio voltam sem cessar aos mesmos constrangimentos, prisioneiros de um crculo vicioso. Introduz conceitos como o da tecnologia da incluso, instrumento para desenvolver e implementar polticas massivas de incluso, formando passos do caminho que conduz unificao dos dois Brasis descritos pelo autor. CANDOMBL: religio do corpo e da alma, org. por Carlos Eugnio Marcondes de Moura. Rio de Janeiro, Pallas, 2000. Coletnea de textos de diversos estudiosos sobre o candombl, seus mistrios e peculiaridades. O CANDOMBL DA BAHIA, de Roger Bastide. So Paulo, Companhia das Letras, 2001. 480p. ilust. Lanado em 1958 esse clssico da sociologia da religio realiza anlise pioneira do candombl, estudando o transe e a possesso, os cnticos, as danas e os ritos dessa religio afro-brasileira. A CAPOEIRA ANGOLA NA BAHIA, por Mestre Bola Sete. 2.ed. Rio de Janeiro, Pallas, 1999. 200p. ilust. Busca preservar a Capoeira Angola, como luta, jogo, dana e filosofia de vida, apresentando cantigas, fotos dos golpes e ritmos para tocar o berimbau. A CAPOEIRA ESCRAVA E OUTRAS TRADIES REBELDES NO RIO DE JANEIRO (1808-1850) de Carlos Eugnio Libnio Soares. Campinas, SP, Ed. da UNICAMP/CECULT, 2001. 606p. Resulta da pesquisa sobre a capoeira na capital fluminense e outras manifestaes culturais dos escravos na poca do estudo. Nos captulos iniciais o autor trata do papel dos africanos que contriburam para a evoluo da capoeira. Esses novos africanos que acabavam presos por praticar o jogo acrobtico, geralmente vinham de pases da frica Centro-Ocidental, como Angola, Congo e Cabinda. Outros temas discutidos so as mudanas de estilo da capoeira e sua importncia cultura. CENAS DA ABOLIO: ESCRAVOS E SENHORES NO PARLAMENTO E NA JUSTIA, de Joseli Nunes Mendona. So Paulo, Fund. Perseu Abramo, 2001. 120p. (Coleo Histria do Povo Brasileiro). ISBN 85-86469-59-9 Retoma uma das questes centrais da Histria do Brasil, a abolio da escravatura, abordando o tema a partir dos debates parlamentares e das aes judiciais movidas por escravos contra seus senhores. CONFLITOS SOCIAIS E MAGIA, de Liana Trindade. So Paulo, Hucitec/Terceira Margem, 2000. 176p. Estudo sobre as origens da religiosidade popular brasileira, destacando a tradio do esoterismo em confronto com a cultura africana. CONSCINCIA NEGRA EM CARTAZ, de Nelson F. I. Silva. Braslia, DF, Ed. da UnB, 2001. 135p. Trata da evoluo do movimento negro no Brasil. COR, PROFISSO E MOBILIDADE: o negro e o rdio de So Paulo, de Joo Baptista Borges Pereira. So Paulo, Ed. da USP, 2001. 279p.

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Os negros eram bem-vindos nas emissoras de rdio de So Paulo nos anos 50-60 por causa de sua mobilidade, bossa, talento, ginga e outras habilidades e isso era um canal de mobilidade social para eles. Relanamento de um clssico de 1967, escrito por professor da Universidade de So Paulo a partir de pesquisas em rdios populares paulistanas entre 1958 e 1963. DEVOTOS DA COR, de Mariza de Carvalho Soares. Rio de Janeiro, Civilizao Brasileira, 2000. 303p. Trata da identidade tnica, religiosidade e escravido no Rio de Janeiro do sculo 18, numa abordagem "africanista", que possibilita deixar de pensar o escravo como um marciano negro que, de repente, desembarcava nos portos na poca colonial. O DRAGO DO MAR E SEU TEMPO, de Audifax Rios. Fortaleza, Ed. Livro Tcnico, 2001. 96p. ilust. (No tem ISBN) Enfoca a personalidade do lendrio lder do movimento pela abolio da escravatura negra no Cear, Francisco Jos do Nascimento, mais conhecido como O Drago do Mar. ESCRAVIDO E CIDADANIA NO BRASIL MONRQUICO, por Hebe Maria Mattos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2000. Traa um paralelo original entre intelectuais negros e escravido. ESCRAVOS, ROCEIROS E REBELDES, de Stuart Schwartz: trad. de Jussara Simes. Bauru, SP, Ed. da USC, 2001. 300p. ilust. bibliog. ISBN 85-74601-25-X Livro de Brazilianist norte-americano, professor da Yale University, reafirma que, ao invs de virar a pgina da escravido, necessrio aprofundar os estudos sobre diversos aspectos do triste regime no Brasil. Vasta bibliografia com cerca de 250 ttulos. A FOGUEIRA DE XANG, O ORIX DO FOGO, de Jos Flvio Pessoa de Barros. Rio de Janeiro, Ed. da UERJ/Intercom, 2001. 247p. Estudo de antroplogo pesquisador de msica sacra afro-brasileira dos terreiros de macumba, a expresso musical litrgica jje-nag, estabelecendo associaes com as criaes de compositores como Gilberto Gil, Baden Powell, Caetano Veloso, Pixinguinha, Vinicius de Moraes, etc. GROS VERMELHOS NO VALE, de Clair de Mattos. Rio de Janeiro, Razo Cultural, 2001. 182p. Escritora revive, em fico, o impacto da abolio da escravatura na economia do Rio de Janeiro, no final do sculo 19. HERI POR NS - ADHEMAR FERREIRA DA SILVA, o ouro negro brasileiro, por Tnia Mara Siviero e Victor Burton. So Paulo, DBA, 2000. Em edio bilnge ingls-portugus, com prefcio de Carl Lewis, e patrocinado pela Bolsa de Mercadorias e Futuro de So Paulo, a biografia do nico atleta brasileiro, at hoje, a conquistar 2 medalhas olmpicas consecutivas. A HIERARQUIA DAS RAAS: negros e brancos em Salvador, por Jeferson Bacelar. Rio de Janeiro, Pallas, 2000. Aborda a presena hierarquizada dos grupos raciais e tnicos na sociedade baiana, revelando e desmistificando os mitos da democracia racial e o ideal de branqueamento, mostrando a discriminao e a desigualdade vigentes na cidade mais negra do Brasil. Apia o esforo para compreender essa questo nacionalmente. O INFAME COMRCIO: propostas e experincias no final do trfico de africanos para o Brasil (1800-1850), de Jaime Rodrigues. Campinas, SP, Ed. da UNICAMP/CECULT, 2000. 238p. Originalmente dissertao de Mestrado em Histria Social do Trabalho. Revisita a clssica extino da escravido e apresenta personagens conhecidas e outras sempre esquecidas quando o assunto o fim do trfico: senhores de escravos e seus representantes no Legislativo, autoridades policiais, populao livre que assistia passivamente ao desembarque clandestino dos cativos, etc. A INVENO DO SER NEGRO: UM PERCURSO DAS IDIAS QUE NATURALIZARAM A INFERIORIDADE DOS NEGROS, de Gisleine Aparecida dos Santos. So Paulo, EDUC/FAPESP: Rio de Janeiro, Pallas, 2002. 176p. ISBN 85-28302-39-3

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Doutora pela Universidade de So Paulo e professora na Universidade Estadual Paulista mostra como ser negro significou - e ainda significa ser inferior aos demais membros da sociedade, discutindo sobre o futuro do negro e sua insero em nossa sociedade. JOAQUIM FIRMINO, O MRTIR DA ABOLIO, de Jcomo Mandato. Campinas, SP, Ed. do Autor, 2001. 158p. Autor reconstitui o assassinato do lder abolicionista Joaquim Firmino, ocorrido em fevereiro de 1888 e cometido por fazendeiros escravocratas. JOGO DE BZIOS: um encontro com o desconhecido, de Jos Beniste. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2000. 294p. O autor, historiador, pesquisador, integrante de movimentos que procuram resgatar a dignidade afro-religiosa e iniciado no candombl-ketu, explica como se processa o jogo de bzios (pequenas conchas de mar) na modalidade odu. O adivinho manipula 16 bzios como forma de consulta nos cultos afro-brasileiros, para saber dos problemas dos integrantes da sua comunidade. LARY, por Mrio Cravo Neto. So Paulo, ries, 2000. 200p. ilust. fotos Tendo como ttulo uma saudao ioruba ao orix Exu (a quem o livro dedicado), foram reunidas 141 imagens feitas pelo famoso fotgrafo, desde a dcada de 70, "clickadas" na capital baiana, Salvador. No so um simples registro ou documentao de uma cidade, mas a interpretao de um cotidiano, de procurar compreender o que vai pela mente das pessoas que transitam pela rua. A LEI DO SANTO, de Muniz Sodr. Rio de Janeiro, Bluhm, 2000. 142p. 15 contos com elementos contemporneos brasileiros e negros, alguns do ambiente rural e outros decididamente urbano, porm todas as histrias com algo a ver com a religiosidade da maioria dos afro-brasileiros, suas divindades trazidas para o Brasil em seu exlio forado. MADE IN AFRICA, de Lus da Cmara Cascudo. So Paulo, Global, 2001p. 188p. Delicioso livro de Cascudo, publicado pela primeira vez em 1966, e que encerra as reedies de sua obra.. O andar rebolado de nossas mulheres, a banana (que, segundo ele, foi a fruta do paraso e no a ma), a capoeira e muitas outras coisas e comportamentos herdados dos negros so analisados nesse "Feito na frica". MAMMA ANGOLA: sociedade e economia de uma pas nascente, de Solival Menezes. So Paulo, EDUSP, 2000. 409p. Ex-residente em Angola, o autor traa um panorama econmico daquele pas. Apesar de rico em minerais e de ter um dos solos mais frteis do mundo, a realidade angolana semelhante a de outros pases africanos. Tambm so reforados e identificados os laos de Angola com o Brasil, sendo l uma importante matriz de costumes e cultura brasileira. MITO E ESPIRITUALIDADE, por Helena Teodoro. Rio de Janeiro, Pallas, 2000. 216p. A autora mostra mulheres negras que conseguiram sobrepujar a sociedade machista e preconceituosa, tornando-se smbolos de resistncia religiosa, cultural e tnica. MITOLOGIA DOS ORIXS, de Reginaldo Prandi. So Paulo, Companhia das Letras, 2000. 591p. ilust. Socilogo reuniu a mais completa coleo de mitos da religio dos Orixs: deuses iorubas, histrias sobre Exu, Ogum, Ed, Iemanj, Logum, Oxossi, Ians e outros, apresentados ao lado de registros fotogrficos. Tambm dedica captulos aos leitores que desejam se iniciar no estudo do candombl, religio que vem ganhando adeptos nos USA e Europa. OS NAG E A MORTE, de Juana Elbein dos Santos. Petrpolis, Vozes, 2001. 264p. ISBN 85-32609-23-6 Examina e desenvolve algumas interpretaes sobre a concepo da morte, suas instituies e seus mecanismos rituais, tais como so expressos e elaborados simbolicamente pelos descendentes de populaes da frica Ocidental no Brasil, nas comunidades, grupos ou associaes Nag e que a etnologia moderna chama de Yorub. A NEGAO DO BRASIL: o negro na telenovela brasileira, de Joel Zito Arajo. So Paulo, Ed. SENAC, 2000. 323p.

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Primeiro livro brasileiro a contar a histria da teledramaturgia a partir da participao de artistas negros, analisando de 1964 (quando apareceu a primeira telenovela diria) at 1997. O negro nelas retratado como reflexo da sociedade brasileira que centrada no branqueamento da populao. O NEGRO BRASILEIRO, de Arthur Ramos. So Paulo, Graphia, 2001. 376p. Aps 50 anos fora do mercado editorial, esse estudo clssico de etnografia reeditado. Referncia indispensvel ao estudo das religies africanas transplantadas ao Brasil pelos escravos, com descries minuciosas dos cultos e recuperao da histria dos orixs e outras divindades afros. O NEGRO BRASILEIRO E O CINEMA, de Joo Carlos Rodrigues. Rio de Janeiro, Pallas, 2001. 224p. ilust. ISBN 85-34702-53-5 Ensaio onde o autor-pesquisador que soma experincia na imprensa, no cinema e na produo musical, enriquece seus primeiros estudos, publicados h 13 anos atrs. Com minuciosa filmografia e fartamente ilustrado, o livro busca responder que tipo de imagem o cinema nacional transmite dos negros e se essa imagem prejudica ou ajuda a auto-estima dos afro-brasileiros. E tambm se ela reflete a realidade atual ou repete os mesmo esteretipos do tempo da escravido, retratando a posio do negro na produo cinematogrfica nacional . Sua atuao na frente e por trs das cmeras. NEGRO, MACUMBA E FUTEBOL, de Anatole Rosenfeld. 2.ed. So Paulo, Perspectiva, 2000. 112p. (Coleo Debates Antropologia) ISBN 85-27300-62-1 Trs ensaios que se interligam numa viso multidisciplinar considerando o homem, sua atitude, sua insero social e econmica, sua f e suas equipes favoritas. NEGROS NAS TERRAS DO OURO: COTIDIANO E SOLIDARIEDADE NO SCULO 18, de Julita Scarano. So Paulo, Brasiliense, 2002. 150p. ISBN 85-11131-12-4 Denominados, na poca, gente de cor, os escravos negros e mulatos nas Gerais do sculo 18 tm aqui pesquisado o seu cotidiano o que comiam, como se vestiam, onde moravam aprofundando questes do passado da histria do Brasil. Mostra a luta pela sobrevivncia e solidariedade entre os negros, que buscavam uma maneira de tornar a vida mais suportvel durante a escravido. OGUM: o rei de muitas faces e outras histrias dos orixs, de Ldia Chaib e Elizabeth Rodrigues, ilustraes de Miadaira. So Paulo, Companhia das Letras, 2000. 80p. ilust. Os orixs so deuses... quem so essas divindades, de onde surgiram, como vieram parar no Brasil? Um lado muito especial de nossa cultura. Fartamente ilustrado. ORFEU E O PODER: O MOVIMENTO NEGRO NO RIO DE JANEIRO E SO PAULO (1945-1988), de Michael George Hanchard, traduo de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Ed. da UERJ, 2001. 246p. O autor, professor na Universidade do Texas, empreendeu pesquisa cuidadosa sobre o movimento social negro no Rio de Janeiro e So Paulo e o livro tornou-se um marco da recente reflexo africano-americana sobre a poltica racial no Brasil aps a II Guerra Mundial. PAJENS DA CASA IMPERIAL; jurisconsultos e escravido no Brasil do sculo XIX, de Eduardo Spiller Pena. Campinas, SP, Ed. da UNICAMP, 2001. 328p. Doutor em Histria pela UNICAMP discute as longas polmicas dos homens de casacas, participantes da Ordem dos Advogados Brasileiros, fundada em 1843 e procura desvendar o significado do idealismo jurdico que os levava a conciliar a defesa da liberdade e manuteno da propriedade, penetrando nas profundezas do pensamento conservador das elites brasileiras. O PAPEL DA LIDERANA RELIGIOSA NA CONSTRUO DA IDENTIDADE NEGRA, de Maria Salete Joaquim. Rio de Janeiro, Pallas/EDUC/FAPESP, 2001. 185p. ISBN 85-34702-47-0 A autora, doutora em Psicologia Social pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo fez dedicado trabalho de campo com mes-de-santo do candombl. Para ela o candombl se constitui num foco de resistncia negra s presses exercidas pela escravido, pelo poder e pela religio dominante o catolicismo. Traa um panorama dos conceitos religiosos do candombl e traz, nas palavras das mes-de-santo entrevistadas, o modo como vm promovendo essa revoluo no pensamento afrodescendente. PEL, O ATLETA DO SCULO. So Paulo, Abril Multimdia, 2000. 220p. ilust. Fartamente ilustrado, com poucos textos, um documento fotogrfico da trajetria em campo do atleta maior do futebol (a alma e a religio do povo brasileiro). Mais de 200 imagens que

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testemunham a histria que ficar para a posteridade, numa homenagem aos 60 anos do Rei do Futebol Mundial. Best seller. PINDORAMA REVISITADA: cultura e sociedade em tempos de virada, de Nicolau Sevcenko. So Paulo, Fund. Peirpolis, 2001. 120p. Historiador com apurado senso de pesquisa, chama a ateno pelo texto primoroso desse seu livro, onde, em quatro ensaios reescreve, com brilhantismo, aspectos da historia do Brasil, como a paisagem, o barroco, o colonialismo e a escravido. PISA NA FUL MAS NO MALTRATA O CARCAR: vida e obra de Joo do Vale, o poeta do povo, de Mrio Paschoal. Rio de Janeiro, Lumiar, 2000. 295 p. ilust. Clebre autor da msica Carcar (Pega! Mata! E come!) grito de guerra no incio da ditadura militar que incendiava o pas em 1964, contava do carcar, pssaro malvado que sobrevive seca do Nordeste representava o poder, o capitalismo. O livro contm mais de 40 fotos, cpias de contratos, partituras musicais, discografia, musicografia (mais de 200 ttulos) e depoimentos de gente diversa do meio artstico e intelectual. PLANTANDO AX: uma proposta pedaggica, de Ana Maria Bianchi Reis. So Paulo, Cortez, 2000. 258p. ilust. Projeto educacional que trabalha em Salvador, Bahia, com meninos e meninas que vivem em situao de extrema pobreza nas ruas da cidade. Tem a fora de "rito de passagem", revivido em meio s contradies sociais deste fim de sculo, tendo como fundamentos a cultura, a tica, a esttica, buscando, pela educao, promover a igualdade. POLTICA E PRECONCEITO A HISTRIA E A LUTA DO PREFEITO QUE ENFRENTOU OS PODEROSOS, de Celso Pitta. So Paulo, Martin Claret, 2002. 176p. ISBN 85-72325-43-3 Ex-prefeito e primeiro governante negro da cidade de So Paulo apresenta a verso dos fatos que marcaram seu governo, entre 1997 e 2000: a opo do economista pela poltica, as inmeras denncias de corrupo, o rompimento com seu ex-padrinho poltico Paulo Maluf, a influncia poltica dos vereadores no governo, etc., inclusive dando nome aos bois. PRETO E BRANCO - A IMPORTNCIA DA COR DA PELE, de Marco Frenette, Rio de Janeiro, Publisher Brasil, 2001. 120p. Anlise do racismo brasileiro com menes a Gilberto Freyre e um texto escrito por um operrio negro brasileiro. OS PRNCIPES DO DESTINO, de Reginaldo Prandi. So Paulo, Cosac & Naify, 2001. 108p. ilust. ISBN 85-75030-59-0 Renomado socilogo e professor da Universidade de So Paulo, o autor vem resgatando, com seu primoroso trabalho, o lugar da mitologia afro-brasileira no imaginrio e no espao social do pas. Em linguagem simples e repleto de ilustraes, ele conta como foi o surgimento do mundo e dos primeiros prncipes justamente aqueles incumbidos de passar s geraes seguintes as histrias do comeo do universo. RACCONTO DEL BRASILE, de Bruno Pedro Giovannetti. Rio de Janeiro, Lemos, 2001. 115p. Contos sobre temas como ambientalismo e escravido. RACISMO E ANTI-RACISMO NA EDUCAO, org. de Eliane Cavalleiro. So Paulo, Selo Negro, 2001. 216p. Com artigos de educadores e militantes da causa do negro, analisa a presena do preconceito e das discriminaes raciais no ambiente educacional. TIRANDO A MSCARA: ENSAIO SOBRE O RACISMO NO BRASIL, de Antonio Srgio A. Guimares. So Paulo, Paz e Terra, 2000. 436p. ISBN 85-21903-69-3 Tirando a mscara, como a lembrar que as igualdades formais podem muito bem esconder e perpetuar a desigualdade mais inqua, por meio da ausncia contnua de lutas pela implantao dos direitos humanos, depois de passados 112 anos da emancipao formal dos negros brasileiros, quando o pas ainda no foi capaz de garantir a igualdade de oportunidades e de tratamento para os negros.

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A TRAMA DOS TAMBORES: A MSICA AFRO-BRASILEIRA DE SALVADOR, de Goli Guerreiro. So Paulo, Ed. 34, 2000. 320p. ilust. Explicao para a fora da msica produzida na Bahia, tornando-a independente do que se produz no eixo Rio-So Paulo. Inclui discografia e bibliografia. A TRAVESSIA DA CALUNGA GRANDE: trs sculos sobre o negro no Brasil (1637-1899), de Carlos Eugnio Marcondes de Moura. So Paulo, Ed. da USP, 2001. (Coleo Uspiana Brasil 500 Anos). 694p. ilust. Sem dvida, o mais completo catlogo de fontes iconogrficas que registram imagens dos africanos e seus descendentes no Brasil, segundo a avaliao de "experts" no assunto. Contribuio inestimvel para pesquisadores interessados em traar a histria da construo da figura do negro no imaginrio nacional, seja pela riqueza do material coletado ou pela qualidade das imagens. Com 800 registros divididos por sculos, permite avaliar isoladamente cada perodo ou acompanhar as mudanas ocorridas na maneira de representar o negro ao longo dos quase 300 anos aqui mapeados. A UTOPIA FRAGMENTADA; as novas esquerdas no Brasil e no mundo na dcada de 1970, de Maria Paula Nascimento Arajo. Rio de Janeiro, Ed. da FGV, 2000. 264p. Historiadora pesquisou grupos independentes, organizaes dissidentes e movimentos sociais vinculados a "minorias polticas" (mulheres, homossexuais, negros, etc.) com o objetivo de resgatar a experincia poltica da chamada "esquerda alternativa" durante os anos 70. A VIDA DOS ESCRAVOS NO RIO DE JANEIRO, de Mary C. Karasch; traduo de Pedro Maia Soares. So Paulo, Companhia das Letras, 2000. 634p. Um dos mais importantes livros sobre a histria da escravido no Brasil. Com ampla pesquisa documental indita, a autora prova o contrrio do que muitos historiadores ao assunto afirmaram - que os escravos NO tinham condies razoveis para viver e nem alforriar-se. Estudo revelador sobre a escravido no sculo 19. XANG, de Ildsio Tavares. So Paulo, Pallas, 2000. (Coleo Orixs) 152p. Advogado e doutor em Letras, que j recebeu vrios prmios literrios, o autor nasceu em uma fazenda de cacau no interior da Bahia. Com introduo do compositor e cantor Gilberto Gil, ele apresenta uma face da cultura afro-brasileira. Z KETI: o samba sem senhor, por Nei Lopes. Rio de Janeiro, Relume Dumar, 2000. (Srie Perfis do Rio). 144p. O autor cresceu ouvindo musicas brasileiras em reunies que se estendiam pela madrugada na casa de seu av. Mais tarde, se revelou compositor de famosas composies e tambm revelou grandes talentos da Musica Popular Brasileira, como Maria Bethnia e Paulinho da Viola. ZUMBI DOS PALMARES: A HISTRIA DO BRASIL QUE NO FOI CONTADA, de Eduardo Fonseca Junior. Rio de janeiro, Yorubana do Brasil, 2000. 461p. ilust. ISBN 85-87930-01-X Trata da odissia do sumo-sacerdote da nao Geg-Nag, Zumbi dos Palmares, a qual o autor pesquisou perfazendo a rota frica-Brasil.