Sofistas e Filósofos
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FILOSOFIA – 11º ano
Sofistas e filósofos
Rua Professor Veiga Simão | 3700 - 355 Fajões | Telefone: 256 850 450 | Fax: 256 850 452 | www.agrupamento-fajoes.pt | E-mail: [email protected]
Governo da República Portuguesa
Surgimento do Movimento Sofístico (Grécia Sec. V a.C.)
• Resposta às necessidades de ampliar e renovar as estruturas sociopolíticas e culturais da época
• Proporcionar aos jovens uma nova educação, capaz de os tornar competentes nas práticas públicas.
• Sofistas nova educação
Domínio da linguagem e do discurso
São professores, itinerantes no sentido político O seu ensino dirige-se aos jovens que querem aceder
a posições políticas importantes – arte de viver e de governar São técnicos de retórica, de oratória e de eloquência
Sofistas
• Praticavam o método antilógico ou a antilogia
“Dava-se ao aluno a tarefa de defender uma tese ou uma causa, fazendo-o desenvolver toda uma argumentação a seu favor. Depois pediam ao mesmo aluno que relativamente à mesma tese ou causa, desenvolvesse uma argumentação inversa, isto é, de ataque, que a deitasse por terra. “
Fomentar o espírito crítico e a capacidade de argumentar
• ENSINO SOFÍSTICO
Argumentação e retórica
Capacidade de usar a palavra e de fazer discursos persuasivos e convincentes
Que os fizesse atingir os objetivos perseguidos
Distinção
Sofistas Filósofo
“Filósofos malditos” Bem, Verdade
Êxito, eficácia Persuadir sim, mas
com vista à verdade e
Imorais e oportunistas para praticar o bem
Filósofos
Platão
Platão RETÓRICA, MANIPULAÇÃO DO OUTRO
Não orienta a um conhecimento do ser, cuja verdade quer fazer partilhar
Tem como finalidade cativar e seduzir o auditório que procura conquistar
Aproveita-se da ignorância e da fraqueza das pessoas
Algo eticamente reprovável
SERES HUMANOS
Dom da linguagem
Capacidade de raciocinar e argumentar
Permite gerir os conflitos coletivos através da razão
Democracia
Retórica, liberdade política, justiça e participação dos indivíduos
Dois usos da palavra e do pensamento
• Sofística
Objetivos práticos
Discurso: mais forma do que conteúdo
Os mestres da oratória procuram convencer
O discurso é instrumento de manipulação
Desenvolveu a retórica
O seu relativismo gnosiológico exigia a “prova”
Privilegiou a opinião
Formação de especialistas
O discurso: meio para a verdade e aperfeiçoamento dos humanos
Os filósofos procuram libertar e esclarecer
A linguagem e a eloquência são instrumentos e não fins
Subordina os instrumentos à verdade e ao saber
Uso da linguagem descomprometida dos interesses mundanos
Desenvolveu a dialética
Procura a salvação através do conhecimento
Visa o esclarecimento e a compreensão
Privilegia a sabedoria (Sofia) Formação integral dos seres humanos
Proposta de Platão
Responsabilidade do saber perante a cidade
A retórica foi descoberta pelos gregos como forma democrática de resolver os problemas da cidade. O cidadão participava diretamente no governo, pelo que sentia necessidade de intervir, expressando as suas opiniões e derrotando os pontos fracos do adversário.
Os cidadãos sentiam necessidade de preparar os jovens para o ingresso na vida pública, o que explica o êxito da retórica enquanto arte de argumentar, e dos sofistas, encarregados de fazer dos jovens bons cidadãos e bons políticos.
A retórica, enquanto forma de convencer por argumentos o adversário, transformou-se numa estratégia para impor opiniões aos interlocutores. Isto leva a que seja desprezada pelos filósofos, como, por exemplo, Parménides e Platão, que rejeitavam a opinião e se empenhavam na verdade absoluta.
Com a decadência política e social dos gregos e sua anexação ao Império Romano, a retórica transita da Grécia para Itália, onde é cultivada como oratória, isto é, como arte de bem orar ou discursar. Os bons discursos são aqueles que se notabilizam pela sua organização formal e pelos recursos estilísticos a que os oradores lançam mão.
Esta orientação de retórica, seguida aliás nos tempos medievais, renascimento e modernidade, confere-lhe um sentido negativo com que ainda hoje em alguns meios é conotada: retórico é o discurso que prima pela beleza da forma em detrimento da riqueza de conteúdo.
O reducionismo cientista a que se vê confinada a razão provoca, no século XX, uma onda reativa que, encabeçada por
Perelman, propõe um novo conceito de razão, um novo conceito de lógica e um novo conceito do que pode ser racionalmente tratado. É o advento da argumentação ou nova retórica, inspirada e alimentada a partir da reabilitação da velha retórica dos gregos.