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Crítica da Forma &
Crítica da Redação
Brian Kibuuka
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Crítica da Forma
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Terminologia
• Crítica da Forma' é o nome em português da
Formgeschichte alemã (“história da forma”), ou
da “Gattungsforschung” (“pesquisa de gênero”).
• Crítica da forma é uma tentativa de analisar os
materiais orais (ou os materiais transmitidos
oralmente) para identificar suas formas literárias
e reconstruí-los em suas versões mais
primitivas.
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Background da Crítica da Forma
F.C. Baur propôs um modelo de reconstrução da
história da igreja.
• O professor alemão adotou a filosofia de Hegel
e aplicou à história da igreja.
• Hegel: história é um conflito de ideias: tese
versus antítese => síntese
• Baur aplicou o mesmo método à história da
igreja.
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História da Igreja de Baur
Igreja Judaica
• Pedro
• Judeus
• Jesus como
taumaturgo e messias
• Ênfase na lei
• Salvação nacional
Igreja Gentílica
• Paulo
• Gentios helenistas
• Jesus como Deus de
uma nova religião de
mistério
• Ênfase nos
sacramentos
• Salvação individual
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Background da Crítica da Forma
David Friedrich Strauss:
• Aproximação mítica dos evangelhos
• Escreveu Leben Jesu em 1835.
• Evangelhos são peças de propaganda que
ensinam verdades religiosas, mas os eventos
que eles narram nnão aconteceram.
• Crítica da forma, especialmente Bultmann,
também entende os evangelhos como
míticos.
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Background da Crítica da Forma
Bernard Weiss & H.J. Holzmann:
• Teoria documentária dos evangelhos
• Popularizou a teoria dos dois documentos, proposta anteriormente por Eichhorn
• Marcos & Q são fontes de Lucas e Mateus
• Crítica das Formas vê Marcos & Q como fontes subjacentes aos Evangelhos, mas tenta ir até antes das mesmas, tenta reconstituir as fontes orais primitivas
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Background da Crítica da Forma
Antigos argumentos liberais:
• Removem os milagres, estabelecendo retratos de Jesus como: – Um pregador moral
– Um líder revolucionário
– Um profeta escatológico
– Um charlatão
• Com as partes selecionadas e rejeitadas, diferentes retratos de Jesus são propostos
• Bultmann e outros esperavam que a crítica da forma auxiliasse no projeto de estabelecer um retrato de Jesus mais próximo daquele proposto pelos primeiros cristãos
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Background da Crítica da Forma
Wilhelm Wrede & Julius Wellhausen:
• Ceticismo
• Consideram Marcos & Q construções
teológicas
• A opção metodológica de Wrede e
Wellhausen é dissolver os panoramas com
maior amplitude e se concentrar nos ditos de
Jesus
• É isso exatamente o que a Crítica da Forma
proporá
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Crítica da Forma – Antigo
Testamento
Hermann Gunkel:
• Distinguiu pequenas unidades em Gênesis e Salmos e percebeu evidências de circulação oral nelas
• Unidades em Gênesis eram lendas que explanavam sobre a origem de nomes, lugares santos etc.
• Unidades dos Salmos eram materiais cúlticos usados em ocasiões específicas
• Gunkel reconstruiu configurações contextuais
• Bultmann tentou fazer a mesma coisa nos Evangelhos Sinóticos
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Crítica das Formas no Novo
Testamento
Rudolf Bultmann:
• Depois da Primeira Guerra Mundial, aplicou os
métodos de Gunkel a partes isoladas de Marcos
& Q, como sugerido por Wrede & Wellhausen.
• Bultmann argumentou que seu método poderia
distinguir materiais mais primitivos dos mais
recentes, gentílicos ou judaicos
• Os métodos foram sendo refinados desde as
pesquisas de Bultmann até a prática mais ávida
dos mesmos no “Jesus Seminar”.
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Métodos da Crítica da Forma
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O que é uma forma?
• Formas físicas:
– Forma concreta
– Forma de gelo
• Formas de linguagem:
– Uma introdução polida
– Um sermão
• Formas legais ou financeiras:
– Cheques, escrituras, testamentos etc.
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O que é uma forma?
• Formas literárias:
– Um soneto • 14 linhas, iâmbo, pentâmetro
• Lírica
• Rima
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Premissas da Crítica da Forma • Período oral
• Material dos Evangelhos circulou em unidades independentes.
• Unidades podem ser classificadas como:
– Ditos
– Narrativas de ditos
– Narrativas de milagres
• Igreja Antiga preservou e inovou
• Materiais tem pouco valor histórico
• Versão original de cada unidade pode ser recuperada e a história pode ser traçada usando as leis da transmissão da tradição
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Procedimentos da Crítica da Forma
• Isolar a estórias e ditos do seu contexto
• Usar as leis da tradição para recuperar o seu estado primitivo – As narrativas primitivas tem particularidades
– Desenvolvimentos são reconhecíveis por evidências
• Para cada original, decida a respeito da sua fonte: – Igreja primitiva
– Jesus
– Judaísmo
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Aplicação da Crítica da Forma
Formas básicas são identificadas:
• Estórias de milagres
– Estrutura:
• Descrição do problema
• Solução do problema
• Efeito
– Exemplos:
• Marcos 1:23-27: endemoninhado na sinagoga
• Marcos 4:35-41: Jesus acalma a tempestade
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Aplicação da Crítica da Forma
• Narrativas de ditos:
– Uma narrativa com um dito é central
– A narrativa é dirigida para que o dito cause impacto
– Características gerais: • Ênfases no dito de Jesus
• Uma breve narrativa é suficiente para fazer o dito compreensível
• Estória contém algum interesse biográfico
• Estória gira em torno de algum dito ou ação de Jesus
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Aplicação da Crítica da Forma
• Narrativa de ditos:
– Bultmann vê dois diferentes tipos:
• Judaísmo: similar à literatura rabínica:
– Alguém faz uma pergunta ao Rabbi
– O Rabbi responde com uma parábola ou com outra
questão
– Marcos 3:2-6: homem com a mão ressequida é curado
– Marcos 2:23-28: colheita de grãos no sábado
• Gentilismo: como nas anedotas sobre filósofos
gregos
– Fórmula estereotipada: “Quando perguntado sobre…"
– Lucas 17:20-21
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Aplicação da Crítica da Forma
• Ditos:
– Originalmente não tem nenhuma narrativa
– Algumas são agrupadas em “sermões”
– Bultman encontra 5 diferentes tipos de ditos:
• Provérbios
• Ditos profético ou apocalípticos
• Mandamentos
• Ditos “Eu”
• Parábolas
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Crítica da Redação
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O que é Crítica da Redação?
• Redação
– Atividade de um redator
• Redator
– Sinônimo de “editor”
• Crítica da Redação
– Estudo da atividade dos redatores
– Encontrado em textos bíblicos
– Especialmente os Evangelhos Sinóticos
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História da Crítica da Redação
• Problema sinótico e Crítica das Fontes
• Realidade histórica dos Evangelhos
• Crítica das Formas
• Crítica da Redação – Bornkamm sobre Mateus (1948ff)
– Conzelmann sobre Lucas (1954)
– Marxsen sobre Marcos (1956)
– Mais tarde: • Estudo de Q e João
• Círculos evangélicos
![Page 24: Slidescriticadaformaeredacao](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022052910/559b76691a28ab844f8b47d9/html5/thumbnails/24.jpg)
Métodos da Crítica da Redação
• Selecionar um Evangelho ou um documento
(seja Q, M, L, Proto-Marcos) para o estudo
• Comparar diferenças e paralelos nos
Evangelhos
• Descobrir que diferenças são obras do redator
do Evangelho
• Deduzir qual seria a motivação teológica do
redator
• Reconstruir o Sitz im Leben do redator
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Alguns resultados da Crítica da
Redação • Em círculos liberais
– Pouco se sabe sobre Jesus
– Sabe-se muito sobre as seitas e movimentos cristãos pelos documentos
• Em círculos conservadores
– Algumas narrativas não são históricas – mas são conclusões comedidas
– Para Gundry, Mateus é um tipo de midrash – um recontar imaginativo de evetos sob um ponto de vista teológico