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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPEUNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS CAMPO MOURÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
A LEITURA EM LÍNGUA INGLESA COM FOCO NO GÊNERO TEXTUAL CARTA BÍBLICA: UMA PRÁTICA SOCIAL POSSÍVEL
EMA TEREZINHA STRESSER DE OLIVEIRA
Artigo Final apresentado à Universidade Estadual do Paraná – UEPR- Campus Campo Mourão e à Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, como requisito para conclusão da participação no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, sob orientação da professora Dra Maria Izabel Rodrigues Tognato.
CAMPO MOURÃO
2012
A leitura em Língua Inglesa com foco no gênero textual carta bíblica: uma prática social possível
Autora: Ema Terezinha Stresser de Oliveira1
Orientadora:Profª. Dra. Maria Izabel Rodrigues Tognato2
Resumo:Este artigo tem como objetivo apresentar uma prática de leitura fundamentada na perspectiva do InteracionismoSociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 1999/2009; 2006; 2008; 2009) em relação à compreensão textual, no ensino de gêneros e nas capacidades de linguagem (SCHNEUWLY E DOLZ, 2004; MACHADO E CRISTOVÃO, 2006; CRISTOVÃO, 2007, 2008, 2009), considerando-se a linguagem como um aspecto central ao desenvolvimento humano no sentido de poder contribuir para a formação social do aluno ao trabalhar a relação entre os conhecimentos científicos e cotidianos (VIGOTSKY, 1987/1998; BAKHTIN, 2003). Tal proposta foi realizada no segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual General Carneiro de Roncador, nas aulas de Língua Inglesa, o que possibilitou aos alunos o contato com textos de alguns gêneros, tais como: carta bíblica, biografia, música e carta de amor, sendo que o foco maior era no gênero carta biblíca. Assim, foram trabalhados os textos da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, na versão antiga e moderna, a biografia de São Paulo, as músicas Where’sthe Love (Black EyedPeas) e Monte Castelo (Renato Russo), além da Carta de James Joyce à sua amada Nora. Com isso, acreditamos que a leitura de textos por meio destes gêneros, com foco na temática do amor, pode colaborar tanto para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem de língua inglesa quanto para o resgate de valores humanos. Os resultados deste trabalho apontam para a possibilidade de se trabalhar com gêneros que possam contribuir para o desenvolvimento humano e social do aluno, pois um trabalho dessa natureza pode oferecer condições para os alunos refletirem sobre o comportamento humano e seus valores.
Palavras-chave. InteracionismoSociodiscursivo; Gêneros textuais; Carta bíblica.
Abstract: This article aims to present a reading practice based on the Sociodiscursive Interactionism (SDI) perspective (BRONCKART, 1999/2009; 2006; 2008; 2009) with relation to the reading comprehension, the genre based approach and the language capacities (SCHNEUWLY E DOLZ, 2004; MACHADO E
1 Especialização em Literatura Brasileira. Graduada em Letras. Atuando como docente na Educação Básica do Estado do Paraná, no Colégio Estadual General Carneiro – EFMP. Professora PDE
2 Professora Orientadora –UEPR – Campus de Campo Mourão – PR.
CRISTOVÃO, 2006; CRISTOVÃO, 2007, 2008, 2009), considering the language as a central aspect for the human development in order to to contribute to the social formation of the student when working the relationship between the scientific and everyday knowledge (VIGOTSKY, 1987/1998; BAKHTIN, 2003). Such purpose was developed in a second year of a highschool in ColégioEstadual General Carneiro Roncador, in English language classes, what enable the students to access texts from some genres, such as: biblical letter, biography, music and love letter, focusing on biblical letter genre. Thus, we workes with the texts from the First Letter by Saint Paul to the Corinthians, in an old and one modern versions, the biography of Saint Paul, the songs Where's the Love (Black Eyed Peas) and Monte Castelo (Renato Russo), beyond James Joyce’s Letter to his beloved Nora. This way, we believe that the reading of texts through such genres, with focus on love theme, can contribute to the development of English language teaching and learning process and the rescue of basic human values as well. The results of this study show the possibility of working with genres that can contribute to the student’s human and social development because a work of this nature can offer conditions so that students can reflect about human behavior and its values.
Key-words:SociodiscursiveInteractionism ; Textual Genres; Biblical letter.
1.Introdução
A experiência de trabalho em escola pública numa região do interior do
Paraná tem nos apontado uma realidade em que os estudantes das escolas públicas
são provenientes das classes assalariadas das áreas urbana e rural com etnias e
culturas variadas. É possível perceber a falta de acesso ao conhecimento
sistematizado, que deve ser aprendido na escola, o que potencializa as dificuldades
dos alunos em relação à compreensão de textos, principalmente, no que se refere à
leitura em Língua Inglesa. Além disso, percebemos uma dificuldade em lidar com o
conhecimento no processo de ensino quando valores básicos humanos não são
respeitados na convivência escolar. Um aspecto importante a ser considerado no
que diz respeito às mudanças em relação ao comportamento humano é o fato de
que a atualidade centra seus propósitos na individualidade, na excelência e no
consumo. Tais propósitos podem influenciar e desvirtuar o desenvolvimento social
do indivíduo.
Pensando nessas questões, sentimos a falta de um trabalho mais específico e
sistematizado em relação ao trabalho com textos de um modo que possa contribuir
para uma mudança desse quadro. Por isso, sugerimos um trabalho com cartas
bíblicas como instrumento para o uso da linguagem como prática social no contexto
de sala de aula na aprendizagem de Língua Inglesa no sentido de reforçar a
importância de trabalharmos e resgatarmos valores básicos humanos. Por essas
razões, pensamos em uma proposta de trabalho com foco na compreensão de
textos que possam contribuir não somente para a aprendizagem da Língua Inglesa,
mas também para o desenvolvimento humano e social do aprendiz.
Para isto, fundamentamos nossa proposta na perspectiva das Diretrizes
Curriculares para o ensino de Línguas Estrangeiras Modernas do Estado do Paraná
(doravante DCE) (2008), em relação a um ensino de línguas com base em gêneros
textuais, ancorando nossa sugestão de material didático nos pressupostos teórico-
metodológicos do InteracionismoSociodiscursivo (ISD) (BRONCKART,
1999/2003/2007/2009; 2006; 2008; 2009) em relação à compreensão textual,
considerando-se as capacidades de linguagem (SCHNEUWLY & DOLZ &, 2004;
MACHADO & CRISTOVÃO, 2006; CRISTOVÃO, 2007, 2008, 2009). Assim,
selecionamos alguns gêneros textuais, dentre eles, o gênero carta bíblica para
oferecer possibilidades de reflexão e discussão sobre valores humanos, além de
propiciar uma oportunidade de aprendizagem da língua estrangeira a ser estudada.
-Este artigo está dividido nas seguintes partes: a introdução, apresentada
nesta seção; os pressupostos teóricos que fundamentam este trabalho, justificando
o embasamento teórico-metodológico da proposta de material didático; os
procedimentos metodológicos utilizados no desenvolvimento deste trabalho; e, as
considerações finais, como conclusão deste trabalho.
A seguir, trataremos dos pressupostos teóricos que fundamentam nossos
estudos.
1. Pressupostos teóricos
1.1 A perspectiva interacionista sociodiscursiva e o ensino de gêneros em
Língua Inglesa
Em função da problemática apontada na justificativa desta proposta em
relação à compreensão de textos em Língua Inglesa, fundamentamos nosso
trabalho na perspectiva interacionista sociodiscursiva no que se refere à concepção
de linguagem no sentido de poder contribuir para a formação social do aluno ao
trabalhar a relação entre os conhecimentos científicos e cotidianos (VIGOTSKY,
1987/1998; BAKHTIN, 2003), bem como as relações entre diferentes gêneros
textuais sobre uma mesma temática.
Assim, tomando o desenvolvimento como um processo de apropriação das
experiências acumuladas pela humanidade ao longo da história (SCHNEUWLY E
DOLZ, 2004), nossa de trabalho com a leitura em Língua Inglesa tem como foco
central o gênero textual carta bíblica, por poder contribuir para uma discussão e uma
reflexão sobre os valores humanos. Além deste gênero, considerado central,
utilizamos também alguns gêneros considerados periféricos a fim de desenvolver a
compreensão da questão da intertextualidade como elemento fundamental no
trabalho com gêneros textuais, sejam escritos ou orais.
Para tanto, apoiamo-nos na proposta das DCEs (2008), em um ensino de
línguas com base em gêneros textuais e nas capacidades de linguagem em relação
à compreensão textual (SCHNEUWLY & DOLZ &, 2004; MACHADO & CRISTOVÃO,
2006; CRISTOVÃO, 2007, 2008, 2009). Nesta perspectiva, fundamentamos nosso
trabalho nos pressupostos teórico-metodológicos do InteracionismoSociodiscursivo
(ISD) (BRONCKART, 1999/2003/2007/2009; 2006; 2008; 2009).
Em relação ao papel da linguagem, considerando-se o discurso como prática
social, conteúdo estruturante proposto pelo documento das DCEs, tomamos por
base os pressupostos das DCEs (2008, p.29) ao sugerirem que o ensino de língua
estrangeira contemple “a diversidade lingüística e cultural” para que o aluno “se
engaje discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em
relação ao mundo em que vive”. Com isso, “espera-se que o aluno compreenda que
os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social”.
Por essas razões, tomamos por base os pressupostos teórico-metodológicos do
InteracionismoSociodiscursivo (ISD), considerado um quadro teórico-metodológico
apresentado por Bronckart (1999/2003/2007/2009; 2006; 2008) e colaboradores de
Genebra e outras localidades há pouco mais de vinte anos, que se origina do
interacionismo social. Assim, como ressalta Tognato (2008, p.3), o ISD não é
considerado por Bronckart “nem uma corrente especificamente lingüística, nem uma
corrente psicológica ou sociológica, e sim como uma corrente da Ciência do
Humano”. Pois, trata-se de uma concepção de desenvolvimento humano que
considera importância das trocas recíprocas entre o indivíduo e seu meio, mediadas
pelo outro como um produto desta convivência e não como fatores isolados. Em
outras palavras, o conhecimento é construído socialmente pelas das relações
humanas. Portanto, nessa perspectiva, o ser humano é um ser que transforma e é
transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura, ou seja, um
sujeito que se constitui sócio-historicamente. Este raciocínio nos conduz ao
movimento da proposta dialética da educação. Tais considerações estão
diretamente relacionadas ao que as Diretrizes Curriculares propõem. E, ainda, nesse
sentido, Cristovão (2007, p.9 apud TOGNATO, 2008, p.3-4) explicita que,
O ISD se apóia em uma perspectiva interacionista social de linguagem e em teorias de linguagem que dão primazia ao social (Bronckart, 1999). Seu quadro epistemológico se baseia na concepção de que ‘as condutas humanas’ são produto de um processo histórico de socialização, marcado, principalmente, pelo uso de instrumentos semióticos, como a linguagem e determinados por dimensões culturais.
Isto nos mostra a importância do processo histórico de socialização mediado
pela linguagem para a constituição das condutas humanas, o que é fundamental à
internalização do conhecimento e ao desenvolvimento humano.
No que se refere ao ensino de gêneros, é necessário, primeiramente,
analisarmos a sua conceituação, no sentido de melhor entendermos a proposta
desta perspectiva para o ensino de línguas. Por isso, trazemos alguns autores, que
apresentam algumas definições, entre eles, Marcuschi, (2002, p.22-23) ao explicar
que os gêneros textuais são “textos materializados que encontramos em nossa vida
diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por
conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica”. Trata-se de
conjuntos de textos encontrados em nossa vida diária com estilo próprio de se usar
a linguagem, tais como: “telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal,
romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio,
notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, [...]”, entre outros.
Ainda em relação à definição de gêneros, segundo Bronckart
(1999/2003/2007/2009, p.103), trata-se de uma “forma de realizar linguisticamente
objetivos específicos em situações sociais particulares”. O autor ainda acrescenta
que “a apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de
inserção prática nas atividades comunicativas humanas”. Neste sentido, as DCE
(2008, p.29) enfatizam o papel da língua como “uma construção histórica e cultural
em constante transformação”, sendo, portanto, “heterogênea e ideológica”. Com
isso, acreditamos que o ensino de línguas com base em gêneros pode realmente
contribuir para a aprendizagem de uma língua estrangeira, com foco na inserção do
indivìduo na construção histórica e cultural da sociadade na qual está inserido como
um agente ativo e transformador, ou seja, como um ator transformador da própria
realidade.
Enfim, Bronckart (1999/2003/2007/2009, p.103) apresenta uma concepção
sustentada por Schneuwly (1994b), corroborada pelas Diretrizes, ao afirmar que “os
gêneros são meios sócio-historicamente construídos para realizar os objetivos de
uma ação de linguagem” e que são, portanto, “instrumentos, ou mega-instrumentos
mediadores da atividade dos seres humanos no mundo.”
Assim, entendemos o papel da língua mais amplamente, conforme a proposta
das DCE (2008, p.30) ao reafirmar que “a língua é um espaço de construções
discursivas, de produção de sentidos, indissociáveis dos contextos em que ela
adquire sua materialidade”. Isto nos faz pensar na importância do contexto de
produção, elemento fundamental na perspectiva interacionista sociodiscursiva para a
compreensão de textos. Nesta mesma perspectiva, ao tratar do ensino de línguas
com base em gêneros, Schneuwly e Dolz (2004, p.74) enfatizam que os gêneros
podem ser considerados como “instrumentos que fundam a possibilidade de
comunicação”, pois os gêneros podem contribuir significativamente para a
organização das atividades comunicativas em nossa vida diária (BRONCKART,
1999/2099).
Além disso, segundo Marcuschi (2002, p.19), trata-se de uma perspectiva que
pode contribuir para que os alunos produzam ou analisem os diversos eventos
lingüísticos, sejam escritos ou orais, bem como identificarem as características
constitutivas de cada gênero textual. Cristovão (2007, p.12) corrobora com esta
perspectiva ao ressaltar que “o estudo de gêneros de texto na escola como
instrumento para o processo de ensino-aprendizagem pode criar condições para a
construção de conhecimentos lingüístico-discursivos necessários para as práticas de
linguagem” (DOLZ E SCHNEUWLY, 1996).
Com isso, fundamentados em estudiosos da área, constatamos que os
gêneros constituem o nosso entorno social com o papel de apontar os anseios e
necessidades de comunidades discursivas ou de diferentes grupos sociais, o que
nos leva a entender a importância de o aluno conhecer e aprender a identificar tais
gêneros, bem como os elementos que os constituem. Pois, ao entender a
constituição dos gêneros, o aluno pode compreender melhor a realidade social em
que vive para transformá-la. Ainda em relação a esta questão, Cristovão (2007, p.3
apud TOGNATO, 2008, p.7-8) esclarece que
“O domínio dos gêneros” se constitui como instrumento que possibilita aos agentes produtores e leitores uma melhor relação com os textos, pois, ao compreender como utilizar um texto pertencente a um determinado gênero, pressupõe-se que esses agentes poderão também transferir conhecimentos e agir com a linguagem de forma mais eficaz, mesmo diante de textos pertencentes a gêneros até então desconhecidos.
Além disso, Dolz, Pasquier e Bronckart (1993), bem como Dolz&Schneuwly
(1998), postulam um ensino de gêneros no ensino de línguas, voltado ao
desenvolvimento das capacidades de linguagem. Em relação a tais capacidades,
Cristovão (2007, p.12) explica que, na visão do ISD, trata-se de um “conjunto de
operações que permitem a realização de uma determinada ação de linguagem, um
instrumento para mobilizar os conhecimentos que temos e operacionalizar a
aprendizagem”. Essas capacidades, conforme Dolz, Pasquier e Bronckart (1993) e
Dolz&Schneuwly (1998), podem ser classificadas em três tipos: capacidades de
ação, capacidades discursivas e capacidades linguístico-discursivas. Segundo os
autores, essas capacidades são indissociáveis. No entanto, a sua divisão justifica-se
no sentido de facilitar sua compreensão.
As capacidades de ação são referentes ao contexto em que a situação se realiza,
possibilitando ao sujeito adaptar sua produção de linguagem ao contexto de
produção. Em outras palavras, como Cristovão (2009, p. 321) esclarece, trata-se das
“representações do ambiente físico, do estatuto social dos participantes e do lugar
social onde se passa a interação”. Ou seja, para identificarmos a situação de
comunicação em que o texto foi produzido, conforme explica Abreu-Tardelli (2007,
p.4), é necessário levarmos em conta os seguintes aspectos: “quem produziu, para
quem, com que objetivo, onde o texto foi produzido, onde e do que trata”.
As capacidades discursivas dizem respeito à organização textual e à forma como
o conteúdo do texto é organizado e sua progressão textual, bem como o uso de
conectivos ou operadores argumentativos que contribuem para o raciocínio lógico na
progressão ou organização textual, ou seja, a infra-estrutura geral de um texto, o
que possibilita ao sujeito escolher os tipos de discurso e sequências textuais, além
da elaboração de conteúdos.
As capacidades linguístico-discursivas são referentes ao processo de
textualização, em que o sujeito realiza operações, tais como (CRISTOVÃO, 2007,
p.13): “as operações de textualização (conexão, coesão nominal e verbal), os
mecanismos enunciativos de gerenciamento de vozes e modalização, a construção
de enunciados, oração e período, e, por fim, a escolha de itens lexicais”, além de
referências pronominais.
Essas capacidades de linguagem são referenciadas, de certa forma, na proposta
das Diretrizes Curriculares (2008, p.37), ao discutir a proposta do ensino de gêneros,
ressaltando que:
O trabalho em aula deve partir de um texto de linguagem num contexto em uso, sob a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas lingüísticas. Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, de modo que se tornem capazes de comunicar-se em diferentes formas discursivas materializadas em diferentes tipos de texto. Por sua vez, os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de elementos lingüístico-discursivos, tais como: unidades lingüísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero, e composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos pertencentes a um gênero (Bakhtin, 1992).
Com isso, vale lembrar que os gêneros textuais são uma das sugestões de
conteúdos específicos para o ensino médio, apontadas nas Diretrizes Curriculares.
Além disso, conforme Abreu-Tardelli (2007, p.74-75) discute,
Ensinar gêneros de textos para nossos alunos significa instrumentalizá-los com as ferramentas de que precisam para agir no mundo em que vivem. Muito se fala hoje em construção da cidadania; o ensino de gêneros é uma forma concreta de possibilitar a formação desse cidadão no contexto escolar. Daí considerarmos gênero também como uma possível unidade de ensino, pois, ao ensinar gêneros, estamos trazendo, para dentro da escola, os diferentes gêneros que encontramos no mundo ou, mais especificamente, nas diferentes esferas sociais em que circulamos.
Enfim, se pensarmos no gênero como ferramenta podemos entender que uma
das funções dos gêneros, assim como a autora acima explica seria contribuir para o
desenvolvimento das diferentes capacidades de linguagem (DOLZ & SCHNEUWLY,
1996; 1998), mobilizadas tanto na leitura como na produção de um texto.
Consideramos ainda a questão da intertextualidade pelo fato de trabalharmos
o gênero carta bíblica e o gênero música, embasando nosso trabalho na perspectiva
bakhtiniana, discutida por Ferreira ao tratar da intertextualidade e seus
desdobramentos em alguns gêneros textuais, bem como nos estudos de Almeida
(1999), que tratam desta questão. Assim, de acordo com Ferreira (p.14), com base
em Bakhtin, “intertextualidade é uma propriedade inerente a qualquer texto,
originária da característica dialógica da linguagem, podendo ser explícita ou
implícita”.
Ainda no que se refere ao aspecto da intertextualidade, baseada em Vigner
(1979), Almeida (1999, p.73), afirma que o autor já apontava a intertextualidade
como um aspecto fundamental para a compreensão de textos, considerando-a como
“condição constitutiva do texto, afirmando que os textos sempre existem em relação,
seja de conformidade ou oposição a outros textos, a outros textos produzidos
anteriormente”, ressaltando que a construção do conhecimento ocorre por meio de
uma prática do conhecimento intertextual. Um outro autor apontado em Almeida
(1999, p.75) é Fairclough (1989), que trata da intertextualidade como “um
componente sócio-histórico de suma importância para a compreensão de textos”.
É nesse sentido que propomos este trabalho com o intuito de contribuir para o
desenvolvimento e formação social do aluno no que diz respeito à aprendizagem de
língua estrangeira. Pois, acreditamos que esta perspectiva de ensino de língua
estrangeira possa contribuir mais efetivamente para o trabalho com a linguagem
como prática social, principalmente, no que diz respeito à compreensão de textos
em Língua Inglesa.
Apresentaremos, a seguir, os procedimentos metodológicos utilizados na
realização deste estudo.
2. Procedimentos metodológicos
Esta proposta foi realizada em uma turma de 2º. Ano do Ensino Médio, de
uma escola pública da região de Roncador, no Estado do Paraná, envolvendo um
total de 32 alunos participantes no início das atividades e chegando a um total de 28
participantes ao final das atividades, em função de algumas transferências para
outros municípios e troca de turno pelos alunos, pois normalmente, pela
necessidade de trabalho, eles vão para o período noturno.
Assim, em relação aos instrumentos utilizados em nossa proposta de
trabalho, considerando-se nossos objetivos à luz do InteracionismoSociodiscursivo,
primeiramente, aplicamos um questionário inicial, para avaliar e verificar as
dificuldades que os alunos encontram durante as leituras em LI e também o nível de
conhecimento linguístico deles.
Em seguida, foram elaboradas atividades de compreensão textual a partir da
leitura de diferentes gêneros. No entanto, como o foco de nossos estudos está
centralizado no gênero textual carta bíblica por razões já explicitadas anteriormente,
selecionamos como texto principal a Primeira Carta de São Paulo aos Corintios,
capítulo 13, versículos de 1 a 13. Como gêneros periféricos sugerimos a biografia de
São Paulo Apostolo, as músicas Where’sthe Love (Black EyedPeas) e Monte
Castelo (Renato Russo) e uma carta de amor do escritor James Joyce à sua amada
Nora, com os quais foram elaboradas atividades de compreensão de textos,
levando-se em conta as capacidades de linguagem (capacidades de ação,
capacidades discursiva e capacidades lingüístico-discursiva).
Assim, na primeira atividade, desenvolvemos um trabalho de reconhecimento
do gênero carta com os alunos para, em seguida, propor atividades de compreensão
de textos dos gêneros selecionados.
Como uma segunda atividade, focamos no gênero textual carta bíblica em
uma versão moderna, após reconhecer os diferentes textos do gênero carta, como
possibilidades de situação de comunicação com objetivos diferenciados.
Na sequência, aplicamos uma terceira atividade com foco no texto carta bíblica
em uma versão antiga com o objetivo de comparar os estilos de linguagem, bem como
para mostrar a atualidade do tema tratado no texto.
Para a quarta atividade, como o texto anterior era uma carta bíblica de São
Paulo, selecionamos o gênero biografia sobre a vida de São Paulo, considerado
neste momento um gênero periférico, para uma compreensão de texto.
Na quinta atividade, selecionamos uma música em inglês que tratava do tema
amor. Nesta atividade, primeiramente, realizamos uma atividade de compreensão
auditiva (listening) para, em seguida, desenvolver uma compreensão textual com o
objetivo de reforçar a importância do tema discutido nas atividades anteriores.
Após trabalhar com uma música em inglês, selecionamos uma música em
português, que tratava do mesmo tema, para uma possível associação de ideias
entre os gêneros estudados. Ou seja, o objetivo da atividade é justamente mostrar a
relação entre textos, canções e outros gêneros textuais escritos na língua
estrangeira e na língua materna.
Como uma atividade final, selecionamos um texto do gênero carta, mas da
esfera literária com o objetivo de concluir a relação entre este texto, as músicas e os
outros textos no que diz respeito ao tema tratado nas atividades desenvolvidas.
Por fim, aplicamos um questionário final com o objetivo de verificar se as
mesmas dificuldades apontadas no questionário inicial ainda se mantinham ou se
foram ao menos amenizadas.
3. Discussão das Análises dos Resultados
Para a discussão das análises dos resultamos pautamos nosso trabalho em
algumas atividades desenvolvidas junto aos alunos. Tais atividades foram: a) um
questionário inicial, para avaliar e verificar as dificuldades que os alunos encontram
durante as leituras em LI e também o nível de conhecimento linguístico deles; b) as
atividades de compreensão textual a partir da leitura de diferentes gêneros; e, c) um
questionário final, com o objetivo de verificar se as mesmas dificuldades apontadas
no questionário inicial ainda se mantinham ou se foram ao menos amenizadas.
Assim, apontamos, primeiramente, as impressões obtidas por meio dos
questionários inicial e final em relação ao processo de desenvolvimento dos alunos
no que diz respeito à compreensão textual. Quanto ao questionário inicial, os alunos
tiveram dúvidas sobre o reconhecimento de ideias específicas do texto e sua
estrutura. No entanto, a maioria dos alunos envolveu-se nesta atividade por meio de
questionamentos, demonstrando interesse pela mesma. Quanto ao questionário
final, após ter trabalhado com os textos, os alunos concluíram que tiveram uma
melhora significativa na identificação dos gêneros de texto estudados, bem como
sobre o vocabulário, as estruturas específicas de cada gênero, a compreensão e
reconhecimento das idéias essenciais desses textos. Isto nos mostra que foi
possível obter alguns avanços em termos de desenvolvimento no processo de
aprendizagem dos alunos por meio de nossa proposta.
Em relação às atividades de compreensão textual, desenvolvidas ao longo
das aulas, na primeira aula, que foi uma apresentação da proposta de trabalho e do
material a ser utilizado, foi possível perceber que havia muita empolgação por parte
dos alunos em querer aprender. Assim, na primeira atividade de compreensão de
texto com o gênero carta, trabalhando-se os gêneros carta pessoal, e-mail e um
excerto de uma carta bíblica, percebemos uma preocupação com o vocabulário para
poder entender melhor os textos. Isto nos revela um apego à importância da
tradução de algumas palavras para um entendimento maior dos textos e, portanto,
uma necessidade de um trabalho mais aprofundado sobre a compreensão de textos
em língua inglesa por meio de estratégias de leitura e de um ensino com base em
gêneros e nas capacidades de linguagem. Por isso, acreditamos que outros
trabalhos dessa natureza sejam fundamentais a um ensino e aprendizagem de
Língua Inglesa mais efetivos.
A preocupação com o vocabulário e as dificuldades ainda são percebidas ao
se desenvolver a terceira e quarta atividades pelo fato de os alunos solicitarem a
intervenção da professora, pois ainda sentiam-se inseguros para desenvolver os
exercícios em Língua Inglesa por organizarem o pensamento em língua materna.
No entanto, em relação às contribuições de nosso trabalho, ao comparar as
atividades dos primeiros e dos últimos textos trabalhados, percebemos que os
alunos mostraram-se mais envolvidos com as atividades, os textos, além de
apresentarem menores dificuldades ao estudar a Língua Inglesa de acordo com
nossa proposta.
Segundo uma aluna participante, nosso trabalho foi positivo porque muitas
perguntas de compreensão se repetiam ao longo das atividades dos diferentes
textos, o que contribuia para a aluna ser capaz de fazer as atividades, pois se sentia
preparada com isso. Por outro lado, esta aluna mostrava uma dificuldade em fazer
as respostas corretas com as devidas concordâncias, o que nos revela uma
necessidade de um trabalho mais aprofundado em relação aos aspectos
linguísticos-discursivos nas atividades de compreensão de textos. Pensando nestas
questões e possibilidades de contribuições para um maior desenvolvimento dos
alunos, deixamos todo o material com as atividades de compreensão de textos, que
havia sido encadernado, com os alunos para que pudessem estudar e aproveitar
melhor o material trabalhado.
Ainda em relação aos participantes e seu possível desenvolvimento na
participação dessas atividades, para melhor ilustrar os resultados de nosso trabalho,
podemos observar os seguintes resultados. O questionário inicial foi realizado com
32 alunos. Destes, 5 alunos disseram não ter muitas dificuldades para desenvolver a
compreensão de textos, pois conseguem entender sem ficarem presos à tradução,
20 destes alunos confirmaram dificuldades com a língua, considerando-se fracos de
compreensão, pois conseguem entender somente algumas ideias essenciais
(baseando-se em palavras transparentes e título) e o restante, 7 alunos, disseram
ter muitas dificuldades com o aprendizado da língua (2 destes alunos têm muitas
dificuldades, mas não têm interesse algum em superá-las). Porém, 5 alunos,
aqueles cuja aptidão para a língua estrangeira é facilmente notada, declararam ter
melhorado suas estratégias para compreensão em Língua Inglesa. Podemos
constatar tais resultados pelas opiniões dos seguintes alunos, expressas nos
questionários inicial e final.
QUESTIONÁRIO INICIAL QUESTIONÁRIO FINALAluno 1: … “ considero meu conhecimento em LI regular .”
Aluno 2:.... “ meu conhecimento em inglês é fraco.”
Aluno 1: ..... “ gostei da maneira como foi feito, consegui melhorar minha compreensão de textos.”
Aluno 2:.... “ melhorei bastante no inglês , agora não fico querendo só traduzir as
Aluno 3:...’ tenho muita dificuldade em entender.”
Aluno 4:... acho que tenho facilidade, me oriento pelo conhecimento que tenho a respeito do texto.”
Aluno 5:...eu já gostava bastante de inglês, agora mais ainda.”
palavras.”
Aluno 3:... “ não pretendo estudar mais inglês.”
Aluno 4:... gostei desta experiência, agora tenho mais gosto por textos e pela leitura em LI.”
Aluno 5:...” a leitura de textos em LI, do jeito que foi feito, melhora não somente o conhecimento da língua, mas também nossa opinião a respeito de outro assuntos.”
Assim, aqueles que no questionário inicial disseram ter dificuldades com a
língua, no questionário final disseram conseguir identificar pelo menos algumas
ideias essenciais e, os alunos, considerados fracos, disseram não ter grandes
pretensões em relação ao aprendizado da Língua Inglesa. Alguns consideraram que
a repetição das perguntas tornou-se algo enfadonho, no entanto, outros gostaram
porque já conheciam as perguntas e consideravam que isto pudesse facilitar a
compreensão de textos.
Em relação às limitações de nosso trabalho, concluímos que o número de
atividades elaboradas foi extenso, o que contribuiu para que as aulas se tornassem
um pouco cansativas. Entretanto, apesar deste aspecto negativo, que serve para
uma reflexão para trabalhos posteriores, foi possível percebermos índices de
desenvolvimento pela participação e envolvimento dos alunos nas atividades, o que
mostra uma contribuição para o processo de ensino e aprendizagem da Língua
Inglesa.
Por outro lado, reconhecemos que para que tenhamos resultados mais
efetivos é necessário que outros trabalhos dessa natureza sejam realizados como
desafios à aprendizagem de uma língua estrangeira. Mas, estes desafios não dizem
respeito somente aos alunos, mas também e, principalmente, aos professores, pois
isto implica em mudanças em suas práticas profissionais. Afinal, devemos trabalhar
a língua estrangeira com o objetivo de trabalhar o discurso como prática social.
Considerações finais
Como sabemos, uma proposta dessa natureza não é tão simples de ser
aplicada em um contexto de escola pública, com a realidade educacional que temos,
principalmente, em relação à carga horária destinada à disciplina de Língua Inglesa.
Além disso, como já discutimos anteriormente, ainda há limitações e lacunas a
serem superadas e preenchidas. Para isto, a nosso ver, é necessário que um
trabalho como este tenha continuidade de alguma forma. Entretanto, um trabalho
desta natureza também não é tão complexo ao ponto de não ser possível de se
trabalhar com os alunos como contribuição ao seu desenvolvimento. Por isso,
esperamos que esta proposta de trabalho por meio do ensino do gênero carta bíblica
em Língua Inglesa possa, de alguma forma, ser uma opção para o desenvolvimento
de algumas habilidades como a compreensão de textos, a identificação dos
elementos constitutivos de alguns gêneros, além de contribuir para o
desenvolvimento humano e social do aprendiz. Pois, como já discutimos neste texto,
a situação de ensino e aprendizagem de Língua Inglesa vai tornando-se cada vez
mais complexa e, por isso, o resgate de valores humanos torna-se fundamental ao
desenvolvimento do ser humano.
Além disso, acreditamos que um trabalho com textos à luz de uma
perspectiva como esta, a do InteracionismoSociodiscursivo, bem como a do ensino
com base em gêneros, o aprendiz possa identificar mais efetivamente os gêneros
textuais escritos ou orais, desenvolver suas capacidades de linguagem, facilitando,
com isso, o processo de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa. Além do mais,
ao desenvolver uma proposta desta natureza, o professor pode ter mais uma
oportunidade de desenvolver-se em sua própria situação de trabalho.
No entanto, reconhecemos que uma proposta como esta é apenas um início
para se entender os pressupostos teórico-metodológicos do ISD e o ensino de
gêneros. Por essas razões, é necessário que outros estudos sejam desenvolvidos e
aplicados como contribuições para um entendimento mais aprofundado de tais
pressupostos teóricos no ensino de leitura e produção de texto no ensino de línguas.
Acreditamos que se faz necessário um trabalho voltado para os docentes para que
possam dispor de matéria de apoio para aprofundamento teórico-metodológico dos
aportes que fundamentam uma proposta como esta para o ensino de línguas.
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