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PATROCINADORPRINCIPAL:

TELEVISÃOOFICIAL:

RÁDIO OFICIAL:

PATROCINADORES: PARCEIROS: JORNALOFICIAL:

EGEAC

27, 28, 29, 30 DE JUNHO E 1 DE JULHOCINEMA SÃO JORGE

EXPOSIÇÃO DE GAITAS-DE-FOLE24 DE JUNHO A 31 DE AGOSTOPADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS AURORA DOS CAMINHOSEXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA DE LUÍSA FERREIRA24 DE JUNHO A 15 DE JULHOCINEMA SÃO JORGE

ESPAÇO VERDE COMPANHIA CORPUS, LES MOUTONS (AS OVELHAS) 24, 25, 26, 27, 28 DE JUNHO ESPAÇO DIMAS 24 E 25 DE JUNHOCASTELEJO, CASTELO DE SÃO JORGE

30 DE JUNHO, 1 E 2 DE JULHOPADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS

DO FUNDO DO BAÚ29 E 30 DE JUNHO, 1, 2 E 3 DE JULHOPADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS

CINEMA SÃO JORGEGAITEIROS DE LISBOA02 DE JULHOMASTER MUSICIANS OF JAJOUKA LED BY BACHIR ATTAR 03 DE JULHOKEPA JUNKERA 04 DE JULHO

ORGANIZAÇÃO:

MOSTRA DE FILMES DE TIAGO PEREIRA24, 25 E 26 DE JUNHOCINEMA SÃO JORGE

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ROTAS & RITUAIS A transumância, desde os tempos mais recuados, marcou o ritmo de vida de homens e animais que, em movimentossazonais, abandonavam os seus locais habituais rumo a campos mais férteis e a condições climatéricas maisfavoráveis. Com origem na antiga prática da pastorícia estas rotas, puros actos de sobrevivência da espécie humana, esbateram fronteiras, aproximaram povos e foramdurante séculos uma das principais bases da economia de inúmeras sociedades. O movimento transumante, que existiu em quase toda aEuropa, assumiu particular expressão na Península Ibérica,encontrando-se nos dias de hoje praticamente extinto ou desenvolvendo-se em circuitos muito pequenos. Com o desenvolvimento das nossas sociedades já não se coaduna que os pastores tenham que andar diariamentevários quilómetros à procura de pastos, porém é sabido que estas rotas tiveram um importante papel na prevençãodos fogos florestais. No nosso país, da Transumância, pouco mais resta que a memória e, contudo são esses homens – possuidores de um manancial de sabedoria normalmente desprezadoque, por este mundo fora, enfrentam o isolamentoprolongado, a falta de conforto e as severas condiçõesclimatéricas – que pretendemos homenagear. É certo que não podemos activar a passagem de pastores e rebanhos pelo centro da cidade, no entanto, podemosdeixar alguns testemunhos preservados e alguns pedacinhosde uma história riquíssima a nível cultural, porque de 14 de Junho a 4 de Julho, o Rotas & Rituais celebra o Tempodos Pastores.

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Exposições

EXPOSIÇÃO DE GAITAS-DE-FOLE24 DE JUNHO A 31 DE AGOSTO, DAS 10H00 ÀS 19H00PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS SEGUNDA A DOMINGO3€/ACESSO NORMAL AO PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS. M/6 ANOS

Inaugurada em 2004, a presente exposição tem comoobjectivo divulgar o instrumento musical Gaita-de-Fole e a sua diversidade no mundo, com realce para a suaimportante ligação a Portugal. A par da História e dostestemunhos antigos que percorrem a cultura portuguesa e universal da gaita-de-fole, tanto na iconografia como nas práticas musicais regionais, a exposição dá a conhecercaracterísticas técnicas deste instrumento. Em exibição estão 13 instrumentos provenientes da Europa(Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Suécia), Ilhas Britânicas(Escócia e Irlanda), Balcãs (Bulgária), Norte de África(Tunísia) e Médio Oriente (Irão), resultado de um magníficotrabalho desenvolvido pela Associação Portuguesa Gaita-de-Foles. Na exposição é ainda possível observarferramentas de fabrico, materiais utilizados e peçasilustrativas do processo de construção de gaitas-de-foleportuguesas.PARCERIA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA O ESTUDO E DIVULGAÇÃO DA GAITA-DE-FOLES CONCEPÇÃO GERAL MIGUEL GOMES DA COSTA TEXTOS MIGUEL GOMES DA COSTA, FRANCISCO PIMENTA, JOSÉ GOMES E LUCA DALL’ARA COORDENAÇÃO ANA TAIPAS

AGRADECIMENTOS A. VERGARA, ALAN J. KEITH, ALFONSO GARCIA-OLIVA, ANDRÉ LUDE, ANDRÉ VENTURA, DAVID BOURGER, HENRIQUE OLIVEIRA, J. R. MARINA,JEAN LUC-MATTE, JOSÉ ALBERTO SARDINHA, JOSÉ E JOÃO VENTURA, JOSÉ GOMES,LUCA DALL’ARA, MÁRIO CORREIA (SONS DA TERRA), MÁRIO ESTANISLAU, MICHELINEBEMDEN, MUSEO DA GAITA DE XIXÓN (ASTÚRIAS), NAPOLEÃO RIBEIRO, OLIVER SEELER(UNIVERSE OF BAGPIPES), PEDRO RAFAEL, TRADISOM, VASCO CASAIS, VICTOR FÉLIX

A ASSOCIAÇÃO GAITA-DE-FOLES É UMA ASSOCIAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS QUE ASSUME COMO OBJECTIVOS O ESTUDO E A DIVULGAÇÃO DA GAITA-DE-FOLE EM PORTUGAL, EM ESPECIAL ATRAVÉS DE ESPECTÁCULOS MUSICAIS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO JUNTO DE CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS. A SUA ATENÇÃO INCIDE NASPRÁTICAS MUSICAIS PORTUGUESAS, POSTAS EM SAUDÁVEL COMPARAÇÃO E DIÁLOGOCOM O MUNDO DAS GAITAS-DE-FOLE QUE FORMAM PARTE DA CULTURA DE MUITOS OUTROS PAÍSES EUROPEUS E NÃO EUROPEUS.

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AURORA DOS CAMINHOS EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA DE LUÍSA FERREIRA24 DE JUNHO A 15 DE JULHO, DAS 11H00 ÀS 00H00 CINEMA SÃO JORGESEGUNDA A DOMINGOENTRADA LIVRE

Luísa Ferreira nasceu em Lisboa, em1961. Com formação em Geografia, tro-cou o curso pela fotografia. Começou afotografar profissionalmente em mea-dos dos anos 80 e interrompeu a acti-vidade diária de fotojornalista em 1998,após trabalhar sete anos no jornal diá-rio Público e dois anos na Agênciade Notícias norte americana Associa-ted Press. Continua a colaborar com aimprensa. Paralelamente, expõe indivi-dualmente com regularidade desde1989, desenvolvendo projectos pessoais

e trabalhos de encomenda. Participouigualmente em várias exposições co-lectivas no país e no estrangeiro. Estárepresentada em diversas colecçõesnacionais e estrangeiras. Actualmente éprofessora convidada no IADE, Insti-tuto de Artes Visuais, Design e Marke-ting (desde 1996) e ETIC, EscolaTécnica de Imagem e Comunicação(desde 1998) onde lecciona a cadeirade fotojornalismo. WWW.LUISAFERREIRA.COM

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OS CAMINHOS DE LUÍSA FERREIRAEntre os vários caminhos do olhar fotográfico subsiste aquele que documenta costumes ancestrais do mundo rural.O progressivo declínio da ruralidade confronta os fotógrafosdo mundo urbano e industrial do presente com a premênciada preservação da memória. Uma memória, mais longínquaou mais próxima dos antepassados de cada um de nós, quetanto pode suscitar a nostalgia da comunhão do homem com a natureza, como pode simplesmente ser parte do nosso património histórico e cultural.As antigas formas de pastorícia, hoje ameaçadas de extinção,conheceram ao longo dos séculos intensa actividade quemotivou uma iconografia artística vasta e diversificada. Asrepresentações pictóricas da pastorícia eram frequentementeassociadas a motivos bíblicos, uma vez que a simbologia cristãatribuía o título de “Bom Pastor” a Jesus Cristo e a designaçãode “Cordeiro Místico” ou “Cordeiro de Deus” (Agnus Dei) a uma ovelha. Fora do contexto religioso os temas pastorisviriam a autonomizar-se na pintura de paisagem dos séculos XVIII e XIX, exaltando as qualidades da vida rural ousublinhando o pitoresco da presença dos animais na natureza.Com a invenção da fotografia, a partir do século XIX, e por influência inicial dos temas pictóricos, realizaram-seexpedições ao mundo rural, as quais nos devolvem hoje a consciência das transformações ocorridas desde então. Em Portugal, na primeira metade do século XX, quandoainda as tradições da pastorícia pareciam imutáveis,interessavam aos fotógrafos amadores os efeitos de luz do entardecer bucólico sobre os dorsos de lã dos rebanhos, os trajes e os rostos endurecidos dos pastores, decerto umaherança da pintura naturalista que resistiu longamente àspropostas modernistas. No que respeita à fotografia de autor, em 1970 foi ainda possível ao americano GeorgeKrause (n.1937) realizar numa zona montanhosa do interiorde Portugal uma inesquecível fotografia de um rebanho de ovelhas entre rochedos, que nos lembra uma vista parcialde um presépio barroco.

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Ir ao encontro dos últimos pastores e do que resta dasantigas rotas de transumância no território português écertamente para Luísa Ferreira mais do que uma prática de reportagem ou de registo documental. É sobretudo umaforma de vivência: a fotógrafa vai também ao encontro de si própria e das suas memórias, impelida pela densidade dosmomentos de encontro, que ela torna ainda mais decisivos e significativos através do acto fotográfico. Ela guarda dessesencontros a vida agreste dos pastores dominando a paisagemna solidão dos dias. Mas rejeita encenações e efeitospictorializantes. Sem dúvida, quem alguma vez se cruzou com um rebanho levantando uma densa nuvem de pó e comos odores e sons que atravessam subitamente os caminhos,dificilmente esquecerá tal experiência. De resto, este discursofotográfico de Luísa Ferreira, não está tão longe comopoderia parecer do projecto de auto-retrato em que elaregista fragmentos do quotidiano doméstico, incluindo partes do seu corpo. Simultaneamente sedentária e nómada,a fotógrafa representa-se a partir da experiência de um olharcircundante: o corpo, a casa, a cidade, o mundo.Em “Aurora dos Caminhos”, projecto expositivo elaboradopara o cinema São Jorge em Lisboa, no âmbito do FestivalRotas e Rituais, Luísa Ferreira reúne agora um conjunto defotografias do seu arquivo pessoal, realizadas ao longo dasúltimas duas décadas por todo o país, sempre que encontroupastores e seus rebanhos. Algumas dessas imagens foramobtidas na Beira Interior, no âmbito de projectos deencomenda, nomeadamente do Centro de Estudos Ibéricos(Um eterno olhar. Eduardo Lourenço, Vergílio Ferreira e a Guarda, Guarda, 2006/2008) e da Câmara Municipal de Castelo Branco (Fronteiras, espelhos do mundo/ Os rios traços de união, Castelo Branco, 2002). Também nos subúrbios de Lisboa, a sua cidade, Luísa Ferreira descobre novos pastores urbanos ou vestígiosde costumes rurais ligados à pastorícia. Um mundo decontrastes que afinal nos confronta com as possibilidades de uma inesperada aurora. RUI OLIVEIRA

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Teatro

ESPAÇO VERDE COMPANHIA CORPUS, LES MOUTONS (AS OVELHAS) 24, 25, 26, 27, 28 DE JUNHO 16H00 E ÀS 19H00 ENTRADA LIVRE. PARA TODOS OS PÚBLICOS

Dirigida pelos seus fundadores, directores artísticos eintérpretes, Sylvie Bouchard e David Danzon, a companhia de Teatro Corpus é conhecida pelo seu humor surrealista e preciso que associa o movimento à imagem teatral. “Les Moutons” , ou seja, “As Ovelhas”, é um marco real de uma paisagem campesina num ambiente urbano, onde se encontra o realismo e a fantasia. “As Ovelhas” oferece uma abordagem divertida e sofisticada sobre a dança e o comportamento humano. O objectivo é recriar a vida da ovelha, o mais aproximadamente possível. E para recriar a vida da ovelha foi necessário reduzir a velocidade dotempo. É um estudo sério do comportamento ovino e, ao longo da intervenção, o público é livre para interactuarcom as Ovelhas, como se estivesse numa quinta.INTERPRETAÇÃO DAVID DANZON, MICHAEL CALDWELL, ANIKA JOHNSON, EMILY POIRIER, ALISHA STRANGES CRIAÇÃO E COREOGRAFIA SYLVIE BOUCHARD, DAVID DANZON

AGRADECIMENTOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AJUDA, CASA AMÉRICA LATINA, CENTRO GALEGO DE LISBOA – XUVENTUDE DA GALIZA, GALERIA DE ARTE CONTEMPORÂNEA PEDRO SERRENHO, JUNTA DE FREGUESIA DAS MERCÊS E JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA MARIA DE BELÉM

24 JUNHO, 19H00 AVENIDA DA LIBERDADE (JUNTO AO CINEMA S. JORGE)

25 JUNHO, 16H00 JARDIM DA VIEIRA PORTUENSE

25 JUNHO, 19H00 JARDIM DO CAMPO SANTANA

26 JUNHO, 16H00 JARDIM 9 DE ABRIL (ROCHA DO CONDE DE ÓBIDOS)

26 JUNHO, 19H00 JARDIM DA PARADA

27 JUNHO, 16H00 JARDIM DO PRÍNCIPE REAL

27 JUNHO, 19H00 JARDIM DA PRAÇA DA ALEGRIA

28 JUNHO, 16H00 JARDIM DAS AMOREIRAS

28 JUNHO, 19H00 JARDIM DA ESTRELA

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ESPAÇO DIMAS 24 E 25 DE JUNHO, 22H00CASTELEJO, CASTELO DE SÃO JORGE8€ / BILHETES À VENDA NA BILHETEIRA DO CASTELO DE S. JORGE. M/16 ANOS

“Conheci (não muito bem) um homem velho que era mineiro.Não de ouro, não de volfrâmio, nem de carvão, mas deágua… conheci um homem que com vinte e poucos anosperdeu a namorada… conheci uma mulher que emigrou aos vinte e nove. Três vidas, verdadeiras na sua origem,fictícias no seu desenvolvimento, são a inspiração para esteespectáculo, em que Dimas nos guia pelo labirinto da suamina até às entranhas da terra, onde nasce a fonte da felicidade e da dor.” UM ESPECTÁCULO DE GRAEME PULLEYN ENCENAÇÃO GRAEME PULLEYNINTERPRETAÇÃO GRAEME PULLEYN, CARLOS BICA E SUSANA BRANCOCOMPOSIÇÃO E DIRECÇÃO MUSICAL CARLOS BICA MÚSICA AO VIVO CARLOS BICAVOZ SUZANA BRANCO CENOGRAFIA E FIGURINOS HELEN AINSWORTH CONSULTORIAARTÍSTICA MADALENA VITORINO CONSULTORIA TÉCNICA E DESENHO DE LUZESROB VAN ERTVELDE PRODUÇÃO MÓNICA PAREDES DIRECÇÃO TÉCNICAANATOL WASCKE CONSTRUÇÃO DE FIGURINOS CAPUCHINHAS E CARMITA FÉLIXSERRALHARIA ANTÓNIO GOMES MONTEIRONICHO ASSOCIAÇÃO CULTURAL

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Cinema / documentário

MOSTRA DE FILMES DE TIAGO PEREIRA24, 25 E 26 DE JUNHO, 22H00 CINEMA SÃO JORGE SALA 3

2€ / BILHETES À VENDA NA BILHETEIRA DO CINEMA SÃO JORGE

Tiago Pereira Realizador e Visualista,desenvolveu desde cedo uma lingua-gem própria na documentação, recolha,mistura de som e imagem animada. Osseus filmes são de origem transdiscipli-nar e remetem para manifestações decultura imaterial, como as canções, ri-tuais e performances de raiz popularportuguesa. Tiago Pereira recebeu vá-rios prémios nacionais e internacionaispelos filmes Quem Canta Seus MalesEspanta (1998), Sonotigadores de Tra-

dições (2003), e 11 Burros Caem NumEstômago Vazio (2006). Desde 2004trabalha em vídeo em tempo-real comoVJ em projectos musicais, e criandomedia live acts onde desenvolve o con-ceito “virtual scratch” de áudio e vídeoem simultâneo. Estas performances vi-suais são uma oportunidade única paraconhecer o conceito de vídeo-narrativaem tempo-real e uma experiência pós--cinemática pioneira.

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A selecção de filmes apresenta algumas das explorações deTiago Pereira ao conceito de tradição e às origens da memóriacolectiva. Incidindo sobre noções de popular, etnografia, e depatrimónio imaterial o seu trabalho desafia as convençõesformais do cinema e do género documentário, procurandodeste modo, criar várias impressões sobre o materialrecolhido. O cruzamento interdisciplinar de ferramentasdigitais, frequentemente utilizadas por vjs e performersaudiovisuais, com processos artísticos característicos damúsica tradicional e electrónica, permite a Tiago Pereiradesenvolver uma linguagem visual original e estabelecer uma comunicação inovadora entre o passado e o presente.

24 DE JUNHO, 22H00 SALA 3

B-FACHADA TRADIÇÃO ORAL CONTEMPORÂNEA2008 (DV, 52’)

23H00 SALA 2

MANDRAGORA OFFICINARUM2009 (VÍDEO PERFORMANCE EM TEMPO-REAL, 40’)

25 DE JUNHO, 22H00 SALA 3

PRÓ MEMÓRIA – OS SONOTIGADORES2008 (DV, 25’)

FOKLORE 1 2008 (DV, 11’)

MANDA ADIANTE 2007 (DV, 25’)

PRÓ MEMÓRIA – DISPAREM À VONTADE 2005 (DV, 15’)

META 2005 (DV, 25’)

PRÓ MEMÓRIA – POVOADORES DO TEMPO 2004 (DV, 18’)

FOKLORE 2 – REGADINHO 2008 (DV, 5’)

26 DE JUNHO, 22H00 SALA 3

PRÓ MEMÓRIA – ARTE DA MEMORIA 2004 (DV, 15’)

FOKLORE 3 – CALIZIO 2009 (DV, 11’) |

11 BURROS CAEM NO ESTÔMAGO VAZIO 2006 (DV, 26’)

ARRITMIA 2007 (DV, 44’)

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Ciclo de documentários ficção

27, 28, 29, 30 DE JUNHO E 1 DE JULHO, 22H00CINEMA SÃO JORGE SALA 3

2€ / BILHETES À VENDA NA BILHETEIRA DO CINEMA SÃO JORGE

27 DE JUNHOAINDA HÁ PASTORESJORGE PELICANO,PORTUGAL 2006, 72’

Um vale isolado e esquecido nas mon-tanhas, esconde os últimos pastoresgenuínos da Serra da estrela. Hermínio,27 anos, é o mais novo do vale. Atéquando?

28 DE JUNHOBANDITI A ORGOSOLOVITTORIO DE SETA, ITÁLIA 1961, 98’

Um pastor da Sardenha é injustamenteacusado de roubo e assassínio. Segui-mos a sua longa fuga através de re-giões inacessíveis e áridas, em direcçãoàs pastagens isoladas da Barbagia, àmedida que perde todas as ovelhas doseu rebanho. Uma noite, desesperado,entra no redil de outro pastor e, sobameaça de arma, rouba-lhe todas asovelhas, transformando-se assim numverdadeiro bandido.

29 DE JUNHOLA VOIE PEULE: ENTRETRADITION ETMODERNITÉ SYLVAIN VESCO,FRANÇA 2006, 52’

No Mali, o povo Fula (Peule) confronta-se com a questão do seu destino.Numa sociedade em plena transforma-ção, poderão as tradições e o modo devida destes pastores semi-nómadascontinuar a existir face à inevitável mo-dernização do país?

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30 DE JUNHODEAR MARA, LETTERS FROM A TRIP THROUGH PATAGÓNIA CARLOS ECHEVERRÍA, ARGENTINA 2001, 91’

Um grupo de tosquiadores de ovelhas de uma aldeia das pampas argentinas atra-vessa todos os anos a Patagónia, trabalhando de quinta em quinta.Numa viagem narrada por uma voz anónima que vai lendo cartas dirigidas à suaamada Mara, ouvimos as histórias destes viajantes, que vivem afastados de casae da família.

01 DE JULHOSHEPHERD’S JOURNEY INTO THE THIRD MILLENNIUMERICH LANGJAHR, SUIÇA 2001, 124’

Histórias de pastores modernos, na Suiça, que deslocam rebanhos entre as esta-ções à procura de pastagens mais verdes. No limiar do terceiro milénio estes pas-tores personificam um estilo de vida distinto, pois não vindo de um contextoagrícola, escolheram esta vida como uma necessidade de liberdade de fazer algosignificativo.

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Conferências

RURAL VERSUS URBANO TIAGO PEREIRA30 DE JUNHO, 18H30 PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOSENTRADA LIVRE, LIMITADA À LOTAÇÃO DA SALA

A dicotomia entre contemporâneo e rural muitas vezesrevelada nas obras de Tiago Pereira, reúne dinâmicas quepermitem analisar e reflectir sobre processos de construçãode identidade nas comunidades que nos rodeiam. Asrecolhas etnográficas são objectos fundamentais porquerevelam o grau de impermanência da sua cultura. Em termosde memorização, o seu trabalho mostra como é necessáriodocumentar porque a população está a modificar-se, pelocontacto de culturas ou porque a tradição se vai perdendo.No entanto, é preciso ver a tradição como um fenómenodinâmico e sofisticado, e a transformação de hábitos e valores como um aspecto saudável da sociedadecontemporânea. Esta conferência irá reflectir sobre novas correntes de pensamento criativo, os impactos que as linguagens visuais têm vindo a produzir na aquisiçãode conhecimento, e nos processos de representaçãoenvolvidos na construção de identidade colectiva, num país com um interior cada vez mais desertificado e um litoral acentuadamente sobrepopulado.

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O PROJECTO ROTA DA LÃ – TRANSLANA UM NOVO DESAFIO PARA O MUSEU DE LANIFÍCIOS DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR (COVILHÃ)ELISA CALADO PINHEIRO01 DE JULHO, 18H30PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS ENTRADA LIVRE, LIMITADA À LOTAÇÃO DA SALA

O Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior temliderado o projecto transfronteiriço Rota da Lã – TRANSLANA,desenvolvido no âmbito do INTERREG III A. Este projecto,envolvendo diversos parceiros, abarcou, por Portugal, o território da Beira Interior e, por Espanha, a Comarca Tajo-Salor-Almonte (Cáceres) e teve por finalidade contribuirpara a salvaguarda do património agro-pastoril e industrialbem como para o desenvolvimento sustentado das regiõesnele envolvidas. Através dele foi definida uma rede deitinerários culturais, tendo por base a realização de umaintervenção de reconhecimento e valorização turística dasevidências de campo inventariadas na área de estudo, noâmbito das vias da transumância e do património industrialassociado aos lanifícios. Através de uma abordagem pluridisciplinar e do recurso ao sistema de georreferenciação GIS, este projecto permitiua identificação e caracterização do traçado da Rota da Lã , bem como a inventariação de 133 vias pecuáriastransumantes e transterminantes (35 da Extremaduraespanhola e 98 da Beira Interior) e de 331 unidades fabris de interesse histórico-patrimonial, tendo sido definidas e caracterizadas 25 rotas turísticas (1 transfronteiriça, 8 com 3 itinerários distintos em território nacional e 16 na Extremadura espanhola). ELISA CALADO PINHEIRO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE LETRAS E DIRECTORA DO MUSEU DE LANIFÍCIOS DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

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TRANSUMÂNCIA – DA TRADIÇÃO À MODERNIDADEFERNANDO FARIA PAULINHO 02 DE JULHO, 18H30 PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOSENTRADA LIVRE, LIMITADA À LOTAÇÃO DA SALA

O pastoreio e a consequente prática da transumância,constituiu durante vários séculos uma das principais bases da economia de inúmeras sociedades, tendo-se desenvolvidoparticularmente em toda a bacia mediterrânea, em África, e em algumas regiões do continente asiático. Na PenínsulaIbérica, esta forma de pastoreio, em que pastores e rebanhosseguiam esse modo de vida cíclico, desempenhouigualmente um papel vital na economia das populações,tendo mantido a sua importância na Península até aos finais do século passado.Compreender a transumância na actualidade, implicacompreender a viagem – numa acepção antropológica – bem como as dinâmicas culturais a ela associadas, tendoigualmente presente a viagem – no sentido metafórico – datradição à modernidade.FERNANDO FARIA PAULINO ANTROPÓLOGO E DOCENTE DO INSTITUTO SUPERIOR DA MAIA

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Oficinas Musicais

OFICINAS MUSICAISDO FUNDO DO BAÚ29 DE JUNHO A 3 DE JULHOPADRÃO DOS DESCOBRIMENTOSENTRADA LIVRE, SUJEITA A MARCAÇÃO (21 303 19 50). M/6 ANOS LOTAÇÃO: 30 CRIANÇAS POR OFICINA / DURAÇÃO: 60 MINUTOS

Do Fundo do Baú surgem antiguidades, coisas fora de moda, tesouros de um passado longínquo guardados por mãos anónimas e, entretanto, esquecidos.Do Fundo do Baú renascem sons que ecoam das Gaitas-de-fole de ontem e de hoje, de sempre. Partir à descoberta destes instrumentos musicais antigos, masactuais, é a proposta desta oficina musical: um momentopleno de interactividade onde os mais jovens são envolvidospor sonoridades enigmáticas e surpreendentes, que tambémfalam português.

MATERIAIS UTILIZADOS CARTAZES DIDÁCTICOS, GAITAS-DE-FOLE E INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO TRADICIONAL

29 DE JUNHO, 14H30 6 AOS 10 ANOS

30 DE JUNHO, 10H30 6 AOS 10 ANOS

01 DE JULHO, 10H30 6 AOS 10 ANOS

02 DE JULHO, 14H30 6 AOS 10 ANOS

03 DE JULHO, 14H30 10 AOS 14 ANOS

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Page 19: rotas-ok-3.qxd:Layout 1 09/06/24 0:19 Page 1partes do seu corpo. Simultaneamente sedentária e nómada, a fotógrafa representa-se a partir da experiência de um olhar circundante:

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Concertos

02, 03 E 4 DE JULHO, 22H00CINEMA SÃO JORGE SALA 1

10€/BILHETES À VENDA NA TICKET LINE E BILHETEIRA DO CINEMA SÃO JORGEM/6 ANOS

GAITEIROS DE LISBOA PORTUGAL02 DE JULHO, 22H00Após década e meia de existência os Gaiteiros de Lisboa apresentam o seu quintoálbum, combinando originais sobre poemas existentes, reinterpretações de temastradicionais e recolhas etnográficas geograficamente dispersas. Consideradoscomo um dos mais originais projectos de reinvenção da música tradicional portu-guesa, as características distintivas dos Gaiteiros continuam a ser uma constantebusca de novas sonoridades, a inovação dentro da tradição e a criatividade apli-cadas à construção de instrumentos concebidos pelo próprio Grupo.

MASTER MUSICIANS OF JAJOUKA LED BY BACHIR ATTAR MARROCOS03 DE JULHO, 22H00Mutas vezes referidos como o clã musical mais antigo do mundo, os Master Mu-sicians of Jajouka, actualmente liderados por Bachir Attar, acabam de editar oseu mais recente álbum “Jajouka Live Vol. 1”, gravado ao vivo no Centro Culturalde Belém. Passando de geração em geração dentro da família Attar, os segredosde Jajouka e o misticismo da sua música de transe permanecem inigualáveis.WWW.JAJOUKA.COM

KEPA JUNKERA PAÍS BASCO04 DE JULHO, 22H00Existe uma cidade música onde estão representados todos os povos do mundo,como se fosse uma casa comum. O arquitecto e pedreiro de tudo isto chama-seKepa. JOSÉ SARAMAGO

© NELSON GOMES © CHERIE NUTTINA

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Page 20: rotas-ok-3.qxd:Layout 1 09/06/24 0:19 Page 1partes do seu corpo. Simultaneamente sedentária e nómada, a fotógrafa representa-se a partir da experiência de um olhar circundante:

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