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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTALUSINA TERMELTRICA (UTE) ESCOLHA - EMPREENDEDOR: ENERGTICA CAPIXABA
USINA TERMELTRICA (UTE) CACIMBAES - EMPREENDEDOR: ESPRITO SANTO GERADORA DE ENERGIA
RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
INTRODUOcomo proposta encontrar o convvio harmonioso e equilibrado meio ambiente. A contribuio do licenciamento ambiental tem comunidade, natureza, patrimnio cultural e histrico, bem impacto da atividade sobre os diversos meios ambientais
cuidar para o exerccio de um direito constitucional no
entre a ao econmica do homem e o meio ambiente. A meta
como o meio ambiente do trabalho.
destaca o licenciamento ambiental.
6.938/81 relacionou os instrumentos da PNMA, entre os quais se
para a sociedade. Para garantir esse objetivo o art. 9 da Lei
comprometa o outro. Afinal, ambos so igualmente essenciais
so definidas as reas de Influncia Direta (AID) e as reas de dados, so determinadas as atividades tcnicas do EIA/RIMA. A partir disso, inicia-se o diagnstico ambiental da rea de
as suas atividades e os tipos de interveno no local. A partir da,
informaes sobre o empreendimento - detalhamento de todas
O estudo de impacto ambiental tem incio com o conjunto de
Santo so regulamentadas pelo Sistema de Licenciamento e N 1.777, de 09 de janeiro de 2007, adequou a legislao
As atribuies referentes legislao ambiental no Esprito
Influncia Indireta (AII) afetadas pela empresa. De posse desses
Controle de Atividades Poluidoras do Estado, o Silcap. O Decreto
ambiental realidade dos empreendimentos de nosso Estado.
uma completa descrio e anlise dos recursos socioeconmicos
influncia do empreendimento. Neste trabalho de campo feita
e ambientais, de modo a caracterizar a situao da rea antes da dos aspectos como: ar, solo, gua - meio fsico; animais (fauna) e
EIA/RIMA Impacto Ambiental) so dois documentos distintos, porm O EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental / Relatrio de interrelacionados. Ambos so exigidos pelo rgo ambiental
implantao do empreendimento. No diagnstico so consideraplantas (flora) - meio bitico; sociedade e economia - socioeco-
equilibrado, segundo seu artigo 225:
fundamental o direito ao meio ambiente ecologicamente
A Constituio Federal Brasileira assegura como direito
defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. licenciamento ambiental
vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de
do, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de
Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibra-
tcnica para que, assim, haja maior entendimento da sociedade. O EIA/RIMA deve ser elaborado por uma equipe formada por
Entretanto, ele possui uma linguagem mais acessvel e menos
to analisado. O RIMA um resumo do contedo do EIA.
demonstrada a viabilidade ambiental ou no do empreendimen-
operao de um empreendimento. Neste estudo deve ser
consequncias para o ambiente com a instalao e/ou a
apresentados todos os levantamentos tcnicos e a avaliao das
de Licena Prvia (LP) de um empreendimento. No EIA so
durante o processo de licenciamento ambiental para a emisso
programas de acompanhamento e monitoramento. Por fim,
medidas dever ser efetuada por meio da execuo dos
diretas ou indiretas do empreendimento. A execuo destas
repor os bens socioambientais perdidos em decorrncia de aes
negativo e medida compensatria so aes que procuram
impacto positivo; medida mitigadora - quando o impacto
medidas de controle: medida potencializadora quando o
Tendo como base a classificao do impacto, so definidas as
naquele local, para a identificao dos impactos naquela rea.
Concludo o diagnstico, feita a projeo do empreendimento,
nmica; bem como o patrimnio histrico arqueologia.
preventivamente sobre a proteo do bem comum do povo: o
Nacional de Meio Ambiente (PNMA). Seu objetivo agir
O licenciamento ambiental um dos instrumentos da Poltica
socilogos, gelogos, entre outros, pois deve considerar o
vrios profissionais engenheiros das variadas reas, bilogos,
final do estudo: o EIA/RIMA.
sem a instalao do empreendimento e apresentada a concluso
elaborado um cenrio futuro comparativo da localidade com e
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
CARACTERIZAOPor que instalar as Usinas Cacimbaes?regio norte do estado do Esprito Santo. Gerar emprego e renda de forma direta e indireta na Furnas: Furnas Centrais Eltricas S.A. uma subsidiria da Centrais Eltricas Brasileiras S.A. - Eletrobrs, vinculada ao
Termeltricas (UTEs) Escolha e
Ministrio de Minas e Energia. Sediada no Rio de Janeiro, a
O cenrio eltrico do Esprito SantoPara atender a carga do Esprito Santo existem, atualmente, trs linhas de 345 kV, uma de 230 kV e dois circuitos em 138 kV que interligam o Estado aos sistemas de Furnas e Cemig, alm de um
empresa opera com doze usinas hidroeltricas e duas termoeltricas com capacidade instalada de 10.050 MW, 49 subestaes e com mais de 19.000 km de linhas de transmisso, atendendo 51% das residncias brasileiras.
A Usina Termeltrica (UTE) Escolha, do empreendedor
Energtica Capixaba e a Usina Termeltrica (UTE) Cacimbaes, do objetivo aumentar a quantidade, a qualidade e a confiabilidade Esprito Santo, eliminando ou pelo menos reduzindo os reas com carncia de energia. do fornecimento de eletricidade na regio Norte do estado do empreendedor Esprito Santo Geradora de Energia tm como
parque gerador local. Duas das linhas de transmisso em 345 kV Janeiro, passam pelas UTEs Maca Merchant e Norte tm origem na SE Adrianpolis (Furnas), no estado do Rio de
Cemig: Companhia Energtica de Minas Gerais (Cemig)
responsvel por aproximadamente 12% do mercado nacional de distribuio de energia eltrica. O parque gerador da Empresa formado por mais de 64 usinas hidreltricas, trmicas e elicas. SE: Subestao Eltrica.
problemas de regulao de tenso e de frequncia, comuns em
Fluminense, pela SE Campos e chegam a SE Vitria (Furnas), no norte da regio da Grande Vitria. A terceira linha em 345 kV, tambm de Furnas, liga as SEs Vitria (Furnas) e Ouro Preto 2 (Cemig).
Por meio da implantao destes empreendimentos ser possvel: Reforar a capacidade de gerao do sistema eltrico
regional e nacional;
transmisso de energia, em particular da quantidade e
Aumentar a estabilidade eltrica do sistema de
confiabilidade do fornecimento ao estado do Esprito Santo; dor industrial, visando evitar prejuzos em virtude de interrupes resultantes dos distrbios de tenso do sistema eltrico; (prestadoras de servios) de mdio e pequeno porte no municpio de Linhares-ES; brasileira de gerao de energia eltrica, mediante a utilizao de gs natural; Contribuir com a diversificao das fontes da matriz Permitir implantao de outras indstrias e empresas Garantir suprimento de energia classe de consumi-
Pontos de suprimentos de energia estado do Esprito Santo.
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CARACTERIZAOA EDP Escelsa (Esprito Santo Centrais Eltricas S. A.) a principal empresa responsvel pelo fornecimento de energia eltrica ao subtransmisso da Escelsa ligado aos principais centros de e Cemig. mercado consumidor do estado do Esprito Santo. O sistema de carga da EDP Escelsa e aos vrios pontos de conexo com Furnas Cacimbas - Catu (Gascac), este ltimo em fase final de construo.
Projeto Gasene: o projeto do Gasoduto de Interligao Sudeste da rede bsica de Transporte de Gs Natural do Brasil. A
Nordeste Gasene tem como objetivo consolidar a implantao Expanso da Logstica de Transporte de Gs do Brasil significar
Vale destacar que apenas 20% da demanda energtica so suprimidas por fontes de gerao no estado Esprito Santo ficando dependente de 80% da energia proveniente de outros Gerais. Diante disso, todos os investimentos em projetos aumento da confiabilidade no fornecimento de energia, atendendo as necessidades do Estado.
entre outros, a implantao de uma rede bsica de transporte de gs natural permitindo a otimizao da produo e movimentaparticipao natural da matriz energtica brasileira. o do gs no pas (cerca de 4.500 km de gasodutos), elevando a O gs natural que ser utilizado nas usinas termeltricas Escolha e Cacimbaes ser obtido a partir do gasoduto Cacimbas-Vitria, Gs de Cacimbas (Petrobras), instalada no Municpio de Linhares-ES. sendo esses processados pela UTGC Unidade de Tratamento de
estados, destaque para os estados do Rio de Janeiro e de Minas voltados gerao de energia contribuiro, certamente, para o
Energia termeltrica: o gs natural na matriz eltrica brasileiraSegundo a Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel), o Brasil possui o total de 2.184 usinas de gerao de energia eltrica em operao, gerando 106.714.507 kW de potncia. As usinas
Confira na tabela abaixo os empreendimentos de gerao em operao no estado do Esprito Santo.
termeltricas passaram a ganhar fora no pas, principalmente, gasodutos e da maior facilidade em se adquirir o gs natural, combustvel principal desse tipo de unidade geradora.
em virtude da evoluo tecnolgica, do crescimento da malha de
Alm do fornecimento de gs natural em abundncia, outros aspectos foram considerados na tomada de decises para a de energia, dentre os quais se destacam: escolha das Usinas Termeltricas (UTEs) como fonte de gerao
Gs natural: 20 milhes de metros cbicos/dia em 2010Investimentos no combustvel alternativo tornam-se estratgico para o Esprito Santo, uma vez que a produo capixaba passou de 1,3 milhes para 18 milhes de metros cbicos, em 2008, e atingir a marca de 20 milhes de metros cbicos por dia, em
com as hidreltricas);
Volumes de investimentos menores (em comparao Pequeno prazo de construo (gerao de receita
Tipo de fontes de gerao: percentual de importncia
mais rpida, diminuindo o custo referente aos juros do capital investido); Construo da usina prxima aos centros de carga; mentos para a regio; Gerao de empregos no local e estmulo a investi-
Demanda energtica ES: 20% gerada no Estado, 80% so provenientes de outros estados.
2010. Um dos projetos de maior relevncia no Esprito Santo, no que tange a construo de novos gasodutos, o Projeto Gasene, o qual constitudo de trs gasodutos: Gasoduto Cabinas Vitria (Gascav), Gasoduto Cacimbas- Vitria e Gasoduto
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CARACTERIZAOPequenas reas ocupadas; (reduo dos riscos de falha do sistema eltrico, com aumento de confiabilidade); O empreendimento no est sujeito aos fenmenos Possibilidade de operao apenas no horrio de ponta As usinas termeltricas produzem energia atravs da queima de combustveis, ou seja, quando ocorre na turbina a transformao da energia qumica em energia mecnica, necessria para girar o eixo do gerador, convertendo-se em energia eltrica.
climticos como secas (garantia de energia firme, salvo em casos de problemas de fornecimento de gs).
O combustvel utilizado pelas UTEs Escolha e Cacimbaes ser o gs natural, extrado nos campos de explorao de gs da Petrobras no Esprito Santo e processado na Unidade de de Linhares (ES).(Fases I, II e III) e os gasodutos que ligam os campos Unidade de Tratamento de Gs Cacimbas UTGC produtores at a UTGC.
Tratamento de Gs de Cacimbas UTGC localizada no municpio
Localizao do empreendimentoA implantao das Usinas Termeltricas Escolha e Cacimbaes ser realizada no municpio de Linhares-ES, na localidade de Cacimbas, distrito de Povoao, localizada em uma rea com Gs de Cacimbas UTGC (Petrobras).
Algumas dvidas sobre o gs natural Propriedades fsico qumicasEstado fsico: gasoso. Cor: incolor. Odor: artificial ou inodoro.
Alm dos empreendimentos implantados voltados ao fornecimento de gs natural, tambm foi considerado o sistema de transmisso de energia que ser utilizado pelas Usinas Termeltricas para o despacho de energia produzida. Inicialmente, o projeto prev a utilizao da Linha de em conexo futura SE Linhares 2 em 230 KV. Distribuio (LD) 138kV Linhares Cacimbas, podendo ser utilizada
distncia aproximada de 1,3 Km da Unidade de Tratamento de
Como empreendimentos associados implantao das Usinas Termeltricas UTE Escolha e UTE Cacimbaes, citam-se os empreendimentos da Petrobras, implantados para distribuio e processamento de gs natural, dentre os quais se destacam: a e os gasodutos que ligam os campos produtores at a UTGC, assim como o gasoduto Cacimbas Vitria. Unidade de Tratamento de Gs Cacimbas UTGC (Fases I, II e III)
Informaes toxicolgicasvias areas superiores, tosse espasmdica, dor de cabea, nusea, tonteira e confuso mental. irritante. Contato com a pele (efeitos locais): levemente Inalao (efeitos locais): pode provocar irritao das
Distribuio da Regio de Linhares
Sistema de Transmisso e
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CARACTERIZAOcongesto das conjuntivas.
Contato com os olhos (efeitos locais): irritao comInalao (toxicidade crnica): no h efeito acumulati-
25%, ou seja, calcula-se que o total anual de horas operacionais seja somente 25% do total de horas do ano, equivalente a aproximadamente 2.200 horas/ano.
UTE CacimbaesA UTE Cacimbaes, do empreendedor Esprito Santo Geradora de composta de 15 unidades motogeradoras utilizando gs natural. A potncia bruta gerada por este conjunto dever ser da ordem cas locais (principalmente temperatura ambiente). O tipo de construo previsto modular, contando com um centro de de 126,6 MW, dependendo do valor final das condies atmosfri-
produzir irritao crnica de traquia e brnquios. Em altas concentraes atua como asfixiante simples por reduzir a concentrao do oxignio.
vo residual. Porm, pela presena de compostos de enxofre, pode
Ciclo combinado: as termeltricas de ciclo combinado geram energia a partir da queima do combustvel e tambm aproveitam o calor dos gases para a produo de vapor, que movimentam a turbina a vapor, tambm gerando energia eltrica. Comparando as termeltricas de ciclo combinado com as de ciclo aberto (simples), a eficincia trmica aumenta em aproximadamente 15%.
Energia, consistir de uma usina termoeltrica em ciclo simples,
Informaes ecolgicas dissipa facilmente. Mobilidade: sendo um gs de baixo peso molecular se Compartimento alvo do produto: ar. passvel de causar danos vida aqutica. causar danos ao solo. Efeitos sobre organismos aquticos: no considerado Efeitos sobre organismos do solo: no passvel de
controle moderno e automatizado que permitir a otimizao da eltrica.
operao de acordo com as necessidades de despacho de energia
Configurao 1:1:1 single-shaft: ser composta de uma turbina a gs M501G, fornecida pela MHI (Mitsubishi Heavy Industry), uma caldeira de recuperao de trs nveis de presso e uma turbina a
Ciclo simples: em ciclo simples, a queima do gs natural fornece a energia mecnica para o gerador de energia eltrica, sendo sua eficincia trmica de aproximadamente 40%.
vapor, todos acoplados em um eixo nico e a um mesmo gerador pass, ou seja, uma configurao que no permite a operao da turbina a gs em ciclo aberto.
sncrono, sem embreagem de acoplamento e sem chamin de by-
A UTE Cacimbaes, a ser instalada em rea anexa UTE Escolha, 20V34SG), utilizando gs natural como combustvel.
ser composta de 14 unidades motogeradoras (Wartsila Modelo -
UTE EscolhaA UTE Escolha, do empreendedor Energtica Capixaba, consistir 1:1:1, composta por uma turbina a gs, uma caldeira de recuperade uma usina termoeltrica em ciclo combinado na configurao o de calor (com queima suplementar), uma turbina a vapor e um nico gerador, sendo que as turbinas e o gerador esto
montados todos em um nico eixo. A potncia bruta gerada por este conjunto dever ser da ordem de 400 MW, dependendo do valor final das condies atmosfricas locais (principalmente temperatura ambiente). O projeto prev um fator de servio deesquemtico Motor Desenho
Layout do projeto das duas usinas
20V34SG (WARTSILA).
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CARACTERIZAOO tipo de construo previsto para usina modular, contando com um centro de controle moderno e automatizado que permitir a otimizao da operao de acordo com as necessidade uma planta geral da termeltrica contendo as caractersticas de construo que sero aplicadas a usina UTE Cacimbaes. A UTE Cacimbaes ser capaz de gerar, nas condies ambientais locais, aproximadamente 127 MW bruto nos terminais do gerador a partir da queima de gs natural. O projeto, assim passaram a prevalecer os critrios ambientais, dentre os quais se destacam: uso e ocupao do solo, ausncia de vegetao com relevncia ambiental, ausncia de reas de APPs reas de Preservao Permanentes, distncia de Unidades de Conservao, rea despovoada, etc. Com base nos critrios ambientais adotados na escolha da rea, foi adquirido um terreno de 100.000m distante, aproximadamente, 1,5 km da
des de despacho de energia eltrica. Abaixo apresenta o desenho
como da UTE Escolha, prev que o total anual de horas operacioaproximadamente 2.200 horas/ano.
nais seja somente de 25% do total de horas do ano, equivalente a
O gs ao ser entregue UTE Cacimbaes passar pelo seguinte processo: filtragem do gs, estao de medio, estao de compresso em caso de baixa presso ou estao de reduo as unidades reguladoras.
UTGC Unidade de Tratamento de Gs de Cacimbas.
caso o gs esteja em alta presso, Posteriormente seguir para
Cronograma fsico implantao UTE Escolha e UTE Cacimbaes As obras de construo das UTEs esto previstas para se 2013. iniciarem em agosto de 2010. O incio da operao janeiro de
Alternativas locacionaisPlanta Geral UTE WARTSILA
Os critrios utilizados para tomada de decises quanto regio no estado do Esprito Santo em implantar as UTEs Escolha e Cacimbaes, foram baseados na oferta de gs natural. Avaliando os municpios do Estado quanto estrutura e oferta de gs de apresentar disponibilidade de gs natural, em funo dos de Gs de Cacimbas e o Gasoduto Cacimbas Vitria), est norte do Estado do Esprito Santo. natural, identificou-se Linhares (ES) como o municpio que, alm empreendimentos da Petrobras (UTGC Unidade de Tratamento localizado em uma das portas de entrada de energia da regio
A figura abaixo apresenta unidades de UTE Wartsila (empresa de origem finlandesa, lder global no fornecimento de motores de prestao de servios para navios e usinas termelricas).
Aps a escolha da regio de implantao de empreendimento no estado do Esprito Santo, passou-se a ser analisado as reas de implantao das UTEs. O primeiro critrio adotado pelasUTE - WARTSILA Principais vias de acesso a ser utilizada por veculos que acessaro o empreendimento durante as fases de instalao e operao das Usinas Termeltricas Escolha e Cacimbaes.
empresas na escolha do local foi a proximidade do gasoduto Cacimbas Vitria, uma vez que o mesmo ser o ramal fornecedor de gs natural das usinas. Definido essa sistemtica,
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MAIS INFORMAES oportuno ressaltar que de acordo com Plano Diretor Municipal PDM do municpio de Linhares ES a rea de entorno da regio onde sero implantadas as usinas termeltricas UTE Escolha e UTE Cacimbaes, est em uma ZOC (Zona de Unidade de Tratamento de Gs de Cacimbas UTGC (Petrobras), Unidade de Tratamento de Gs Natural de Cacimbas - UTGC, para a qual foram construdos os trechos de estradas de acessos at o trevo em Linhares, onde se acessa via para Pontal do necessrios. O acesso ao empreendimento ser feito pela BR-101No caso das UTEs, a exceo da terraplanagem e das obras de fundao, as demais estruturas e equipamentos relacionados diretamente gerao de energia, sero trazidos diretamente de
rea Rural de Uso Controlado dever ser:
Ocupao Controlada). De Acordo com Lei 2454/2005 Art. 80 na
calado ou asfaltado.
para o UTGC. Todo o acesso de BR-101 at o empreendimento
Ipiranga e/ou Povoao. Em trevo indicativo, acessar a estrada
Vitria. A partir da, o transporte ser terrestre, rodovirio, por ambiental especfico.
at o Pas, desembarcando em portos localizados na Grande
transporte das estruturas e equipamentos ser feito por navio
e Sumitomo - Japo, em relao UTE Escolha. Assim, o
seus fabricantes, Wartsila - Finlndia, no caso da UTE Cacimbaes
as restries ambientais;
Garantido o uso agropecurio e de lazer, respeitadas
Transporte de pessoal - fase de implantaoempresas responsveis pelas obras civis e montagem industrial A movimentao de pessoal se far por meio de nibus das
meio de caminhes, necessariamente dotados de licenciamento
a implantao da infra-estrutura bsica necessria ao desenvolvimento destas atividades; 2 (dois) hectares;
Incentivado o turismo ecolgico e o agro turismo, com
Proibido o parcelamento do solo em glebas inferiores a
previstas. Alguns profissionais e prestadores de servio utilizaro te de trabalhadores, com pico de 1.000 pessoas, estimam-se 25 veculos bsicos e/ou caminhonetes. Considerando o contingen-
Aterro e bota foraser feito por empresas contratadas, por meio de caminhes O transporte do material para aterro e o do material de bota fora
parcelamento e de uso e ocupao do solo em cada gleba ou no conjunto de glebas; Permitida a implantao de campos de extrao de
Exigido o licenciamento ambiental para projetos de
nibus para fazer o transporte da fora de trabalho da obra. Para licenas necessrias para sua finalidade, bem como dos itens de segurana e sade ocupacional. tanto, sero contratadas empresas locais dotadas de todas as
basculantes com capacidade de transporte de 27 toneladas e/ou de um volume de 150.000 m, sendo, 120.000 m de areia e
volume de 30 m. Para o aterro, est sendo estimada a utilizao
petrleo, refinarias, termoeltricas e similares.
30.000 m de argila. Todo material ser de material de bota fora, praticamente no se ter material com volume expressivo, visto que se ter apenas o material de limpeza do terreno, o qual ser composto de pastagem e solo superficial.
Com base nas informaes a implantao das Usinas
Transporte de pessoal - fase de operaotrabalhando em dois turnos de 12 horas por 24 horas de folga, o Para a operao do empreendimento, quando se ter 50 pessoas
energia a partir de gs natural.
Produo de Petrleo, bem como a gerao de energia de
empreendimento voltados a cadeia Produtiva de Explorao &
encontro as diretrizes previstas para o desenvolvimento de
Termeltricas nesta regio do municpio de Linhares vem de
Acesso ao EmpreendimentoPara implantao deste empreendimento no haver necessidaimplantada toda a infraestrutura em funo das Fases I, II e III da de de construo de estradas de acesso, visto que j se encontra
pessoal do segundo turno e retorno cidade de Linhares com o pessoal que ter finalizado o turno s 19h. Linhares.
segundo turno.Outra viagem s 19h de retorno Unidade com o
para Linhares logo aps com o pessoal que estar deixando o
nibus, que conduzir o pessoal que entrar s 07h, retornando
que significa 25 trabalhadores em cada turno, ser necessrio um
Abastecimento de guade gua para abastecimento do canteiro de obras. Na instalao das UTEs estima-se uma demanda de 6,5 m/hora
Movimentao de material - fase de implantao
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MAIS INFORMAESConsumos estimados de gua demandados na UTE Escolha.
Efluentes oleosos - canteiros de obrasOs efluentes lquidos oleosos gerados nos processos de limpeza,
Efluentes industriais UTE EscolhaAs guas oleosas do recebimento e do manuseio de lubrificantes
Consumos estimados de gua demandados na UTE Cacimbaes.
Formao Rio Doce.
profundos , cuja captao ser feita em aquferos confinados da
O abastecimento de gua ser proveniente de poos tubulares
des das frentes de trabalho ou do canteiro central. O abastecicaminho comboio provido de Kit Ambiental.
postos revendedores de combustveis localizados nas proximida-
acidentais, o abastecimento dos veculos ser realizado em
tipo de efluente. Como forma de reduzir a gerao de efluentes
encaminhados para empresa licenciada para tratamento desse
acumulados em tambores metlicos. Aps cheios, sero
utilizados nos processos das obras civis e montagens sero
bem como na manuteno de mquinas e equipamentos
processo de tratamento (ETE) os efluentes sero descartados em distncia do site das UTEs Escolha e Cacimbaes. A quantidade gerada de efluentes na UTE Escolha ser em torno de 68 canal de drenagem localizados a aproximadamente 2,75 Km de
sistema de neutralizao. Para a fase de operao aps o
final de resduos oleosos. O efluente tratado ser direcionado ao
empresas licenciadas e especializadas em re-refino e/ou destino
(bombonas e tambores lacrados) para posterior envio a
armazenado, retirado e segregado em recipientes apropriados
Separador de gua e leo (SAO). O leo retido no SAO ser
dos equipamentos sero coletadas e bombeadas at um
mento das mquinas ocorrer nas frentes de servios, atravs de
Efluentes lquidosAs diretrizes e os procedimento a serem aplicados sobre a gesto dos efluentes gerados - tanto na fase instalao, como na de operao das UTEs, visam cumprir as normas ambientais de efluentes. federal, estadual e municipal vigentes, no tocante ao tratamento
Efluentes domsticos unidades administrativasO sistema de tratamento de efluentes domstico atender a demanda prevista para as duas usinas, UTE Escolha e UTE Cacimbaes, uma vez que as fontes geradoras dos referidos
gerados sero tratados e lanados no canal de drenagem, localizados na sada da lagoa Zacarias.
m/hora (industrial e domstico) . Vale destacar que os efluentes
Efluentes industriais UTE CacimbaesTodos os efluentes gerados na UTE Cacimbaes recebero o
resduos sero compartilhadas para ambos empreendimentos. efluentes de origem industrial nas reas de servio (refeitrios, etc.) e passaro por caixas de passagem e caixas coletoras de salas de controle, prdio administrativo, prdios de manuteno, Os efluentes sanitrios sero coletados em rede distinta dos
Efluentes sanitrios - canteiro de obrasOs efluentes gerados nas dependncias administrativas do sptica. canteiro de obras sero destinados atravs de sistema de fossa
lanamento estabelecido pela Resoluo Conama 357/05.
tratamento biolgico (aerbio) de forma a alcanar o padro de
esgoto domstico. Nesta, a mistura final ser submetida a
gordura, at finalmente alimentar a estao de tratamento de
destacar que os efluentes gerados sero tratados e lanados no canal de drenagem, localizados na sada da lagoa Zacarias.
efluente na UTE Cacimbaes ser em torno de 5 m/hora. Vale
demanda das duas usinas termeltricas. A quantidade gerada de
gua e leo (SAO), o qual ser dimensionado para atender a
mento a implantao de uma nica ETE e sistema Separador de
Escolha, uma vez que se encontra prevista para o empreendi-
mesmo tratamento adotado para os efluentes gerados na UTE
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MAIS INFORMAOESResduos SlidosResduos Slidos Fase de ImplantaoO gerenciamento dos resduos gerados na obra e no setor administrativo de responsabilidade da empresa contratada para execuo da obra, que garantir a rastreabilidade dos resduos gerados no canteiro de obras. A mesma ser responshumana, bem como o atendimento a legislao vigente no Pas a minimizao dos impactos ambientais e riscos sade
UTE Cacimbaes
e aos requisitos da Poltica Ambiental da Energtica Capixaba.
530 empregos diretos.
1.590 empregos indiretos.
Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos (PGRS): o plano visa estabelecer procedimentos para segregao de resduos, sistemtica de acondicionamento de resduos, rea para armazenamento temporrio de resduos (Galpo de
Carga horria - fase de InstalaoCarga horria semanal: 44 horas; 07h s 17 de segunda a sexta-feira, 1 hora almoo.
Armazenamento Temporrio) e o levantamento de empresas especializadas para prestar servios de coleta, transporte e disposio final de resduos industriais.
vel em contratar empresa especializada e licenciada em servios atualizado todos os registros gerados durante todo o processo.
de coleta, transporte e disposio final de resduos, alm manter Ressalta-se que a responsabilidade legal quanto gesto dos
resduos ser da Energtica Capixaba.
gerenciar:
diferentes dos resduos que as unidades esto acostumadas a
Os resduos gerados na operao do empreendimento no sero
Carga horria - Fase de OperaoAs UTEs funcionaro em regime de despacho, quando
com validade no perodo de execuo das obras.
atendendo a legislao ambiental e outros requisitos aplicveis,
gerados, a fim de minimizar os impactos ambientais negativos,
estabelecer as diretrizes para o manejo e disposio dos resduos
vas, dos canteiros de obras do empreendimento, e objetiva
gerados nas instalaes administrativas e atividades construti-
aplica-se aos processos de segregao e disposio dos resduos
O Gerenciamento dos Resduos Slidos do Canteiro de Obras
Graxas;
leos isolantes;
leo lubrificante usado;
houver necessidade por parte do Operador Nacional do Sistema de um ano.
(ONS). Estima-se que as UTEs funcionaro 25% do tempo ao longo Independente de estar operando, ou no, necessria a presena de equipe mnima na planta ao longo de 24 horas. Os funcionrios trabalharo em turnos de 6 horas dirias.
oleosos e substncias qumicas; substncias qumicas.
Trapos, estopas e panos contaminados com resduos
Tambores, bombonas e recipientes com leos e
Resduos Slidos Fase de OperaoCacimbaes dever atender ao Plano de Gerenciamento de O gerenciamento dos resduos slidos das UTEs Escolha e
Gerao de Emprego e RendaUTE Escolha2.250 empregos indiretos. 750 empregos diretos.
reutilizao e reciclagem, uma disposio adequada e buscando
Resduos Slidos ( PGRS), visando reduo na gerao, maior
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
REA DE INFLUENCIAAs reas de Influncia do EmpreendimentoA rea de influncia aquela que de alguma forma sofrer ou exercer influncia sobre o definidas duas reas de influncia: empreendimento, seja nos aspectos fsico-biticos ou socioeconmicos. Neste sentido, so
^
rea de Influncia direta (AID): a rea sujeita aos impactos diretos da implantao e econmicas, fsicas e biolgicas do local onde se pretende inserir o empreendimento;
operao do empreendimento. Sua delimitao d-se em razo das caractersticas sociais,
rea de Influncia Indireta (AII): aquela real ou potencialmente sujeita aos impactos
indiretos da implantao e operao do empreendimento, abrangendo ecossistemas e/ou sistemas socioeconmicos que podem ser impactados por alteraes ocorridas na AID. A definio das reas de influncia foi realizada com base na anlise ordenada das
principais intervenes oriundas da instalao e operao das duas UTEs relacionada
percepo da influncia nos diversos elementos socioambientais (meios fsico, bitico e
socioeconmico). Em relao s intervenes do empreendimento, foram consideradas as aes relacionadas s fases de planejamento, instalao e operao para a definio dos critrios para delimitao das reas de influncia.
Meio FsicoAID e AII Emisses Atmosfricas As reas de influncia direta (AID) e indireta (AII), com relao qualidade do ar da regio de qualidade do ar. Para tanto, adotada a metodologia que leva em conta somente as mdias anuais dos cenrios simulados. Neste caso, definida a rea de influncia do empreendimento como sendo a rea interior aos nveis de poluentes que alcanarem o valor de 1% dos valores estabelecidos pelo padro primrio anual, exceto o HCT (Hidrocarbonetos Totais) que foi adotado o valor de 5% do valor do ponto de mxima concentrao. das UTE Cacimbaes e UTE Escolha, tm como base os estudos realizados pelo prognstico
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
REA DE INFLUENCIArea de Influncia Rudos e vibraesConsiderando os nveis de rudo atuais da regio do entorno do empreendimento (36,9 db (A) menor valor medido no diagnstico ambiental) e considerando tambm a estimativa do acrscimo dos nveis de rudo proveniente das atividades das Influncia Direta (AID) delimitada por um crculo de raio de 1.000 metros, centrado sobre a rea do empreendimento. Espera-se que a partir desta distncia no haja alterao dos fases de instalao e operao do empreendimento, a rea de
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AID e AII Recursos HdricosA rea de Influncia Direta dos recursos hdricos levou em considerao o canal receptor do efluente da Estao de Tratamento de Esgoto (ETE) do empreendimento. Para tanto, foi considerado o trecho do provvel ponto de lanamento at o final do primeiro brao do canal, uma vez que os volumes de gua, aproximado pelos canais confluentes, bastante significativo. Em razo disso, dificultando a identificao da trecho jusante dessa confluncia
nveis atuais de rudo provenientes das atividades do empreendimento. No se justifica a delimitao de rea de Influncia emisso de rudos estaro limitados AID. Indireta (AII) para rudo, uma vez que os impactos causados pela
origem das eventuais cargas poluidoras quando analisamos o
Como rea de Influncia Indireta (AII) foi considerada toda a
bacia hidrogrfica do rio Ipiranga, incluindo a lagoa Zacarias, A definio da AII levou em considerao os limites de bacia campo e entrevista com moradores.
rea de influncia - SolosAs reas de influncia direta e indireta para o estudo de solos tomou por base a rea onde sero realizadas as obras do empreendimento, incluindo o traado previsto para construo da adutora que encaminhar os efluentes at o canal receptor dos efluentes gerados no processo. As reas de influncia direta e indireta foram consideradas coincidentes por se tratar de um fator ambiental sujeito a impactos localizados.
dB: Decibis unidade de medida da intensidade do som.
que atualmente drena para a regio de nascente do rio Ipiranga. disponibilizados no Geobases complementada por inspeo de
Geobases: o sistema integrado de bases Georreferenciadas do de planos de informaes de mltiplo uso devidamente preparado para operaes em Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG), formando uma base comum a todas as instituies convenentes. A base de dados abrange todo o
Estado do Esprito Santo (Geobases) constitui-se de um conjunto
estado do Esprito Santo e conta com banco de dados associado cartografia digital. Esta, integrando espao, tempo, imagem e texto, permite a construo de outros sistemas de informaes.
Representao espacial da AID delimitada para rudos e vibraes.
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
REA DE INFLUENCIAAID e AII Fauna continentalPara delimitar a rea de Influncia Direta - AID foram consideradas as regies diretamente atingidas pelas aes previstas tanto na fase de instalao como na de operao do empreendimento. Para a fauna continental dever ser considerada como rea de influncia direta a rea limites, tanto na fase de instalao como na de operao do empreendimento. J a rea de diretamente afetada do empreendimento acrescida de uma faixa de 500m, a partir de suas linhas Influncia Indireta (AII) afetada pelo desenvolvimento dos processos de instalao e operao do empreendimento UTE Escolha, no que se refere fauna continental, deve-se ser considerar um permetro de 4.000 m a partir do trmino da AID.
^
AID e AII FloraAs reas de Influncia direta (AID) e indireta (AII), no que tange a flora podero ser definidas e delimitadas, considerando-se os impactos provenientes da sua instalao e operao, no que tange a supresso de vegetao, a ser realizada durante as atividades de limpeza do terreno,
terraplanagem e drenagem. Sendo assim, foi considerada para AID a rea da implantao das das UTEs.
usinas (Site), enquanto a AII foi delimitada em um raio de 1,0 Km a partir da rea de implantao
rea de Influncia SocioeconmicaFoi determinada como rea de influencia direta a localidade de Povoao por apresentar proximidade de agrupamentos humanos s vias de acesso ao site do empreendimento. Enquanto a rea de Influencia Indireta (AII), foi determinada pelo limites do municpio de Linhares, em demandas diretas para o governo local com efeitos na populao residente. funo dos impactos afetarem toda a infraestrutura fsica e social desse municpio, criando novas
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
RECURSOS HDRICOSIpiranga, a lagoa Zacarias e duas outras pequenas lagoas, a Na rea de influncia do empreendimento encontram-se o rio alagada de sua nascente, atravs de lenol fretico e, eventualIpiranga. As lagoas se comunicam com o rio Ipiranga pela regio
Belmonte ou Belos Montes e a dos Tocos.
mente, por escoamento superficial formado em pocas de
cheias extremas na regio. Seu leito encontra-se impactado pelo crescimento de macrfitas, o que diminuiu significativamente seu espelho d'gua.
Rio IpirangaO rio Ipiranga tem a nascente original em uma rea alagadia h aproximadamente 4 km ao norte da rea do empreendimento. (ha cerca de 5 km de sua foz), parte dos efluentes da lagoa do Suruaca e margeia Pontal do Ipiranga, sendo o manancial de abastecimento para o sistema de abastecimento de gua daquela localidade. Com cerca de 36 km de extenso, o rio recebe em sua parte final
Cordes arenosos: crista alongada e relativamente baixa situada no ps-praia e constituda de areia grossa, seixos e conchas.
Margem norte da lagoa Zacarias.
Macrfitas: plantas aquticas que habitam desde brejos at ambientes totalmente submersos (isto , debaixo d'gua).
Margem sul da lagoa Zacarias.
A lagoa Zacarias contribui para a regio de nascentes do rio Ipiranga atravs de um canal de drenagem aberto paraMargem oeste da lagoa Belmonte ou Belos Montes.
escoamento das guas excedentes da lagoa (na sua margem norte).
rea alagadia de nascente do rio Ipiranga.
Rio Ipiranga nas proximidades de Pontal do Ipiranga.
Lagoa ZacariasA lagoa Zacarias a maior lagoa da regio e, atualmente, contribui com suas guas para a regio alagadia onde se localiza a nascente original do rio Ipiranga. Essa lagoa tambmCanal efluente da lagoa Zacarias.
dos Tocos
Lagoas Belos Montes ou Belmonte e a
apresenta impacto pelo crescimento de macrfitas com reduo do espelho d'gua.
As lagoas Belos Montes ou Belmonte e a dos Tocos foram no sentido sul-norte, e se localizam paralelamente ao rio
formadas entre dois cordes arenosos, com sua maior dimenso
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
RECURSOS HDRICOSDurante o perodo de estiagem suas guas ocupam o leito encaixado do canal, mas no perodo de cheias ele extravasa e acaba se espalhando pela regio alagadia de seu entorno, permanecendo assim boa parte do tempo. De acordo com o estudo realizado na rea pode-se concluir que a regio farta em gua destaque para as lagoas naturais e o rio Ipiranga. As lagoas foram formadas em depresses existentes entre os cordes litorneos e a qualidade de suas guas est fortemente relacionada ao tipo de ambiente de Oxignio Dissolvido (OD) mais elevados que as localizadas nas reas de aporte de matria orgnica nas ltimas.
drenado. As lagoas formadas em reas de solos arenosos apresentam teores Gleissolos/Organossolos (solos ricos em matria orgnica), devido ao maior
Oxignio Dissolvido (OD): as concentraes de Oxignio Dissolvido (OD) em guas naturais e esgotos dependem de fatores fsicos, qumicos e bioqumicos. As anlises de OD so teis para se verificar os nveis de
poluio das guas e para controle dos processos de tratamento de esgotos. A colorao da gua da rea, tanto das lagoas quanto dos rios Transbordo e vegetao do canal da lagoa Zacarias.
predominantemente escurecida devido ao aporte de matria orgnica
advinda de reas pantanosas ou de macrficas que crescem em seus leitos. Caracterstica comum a todos os corpos d'gua naturais visitados o forte crescimento de macrfitas em seus leitos, que vm diminuindo significantemente os espelhos d'gua das lagoas e do rio Ipiranga. Vale destacar que apesar de o rio Doce estar localizado fora da rea de
influncia do empreendimento, esporadicamente suas guas podem ter
comunicao com a regio de estudo durante eventos de cheias extremas.
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
GEOLOGIATerra e da sua vida passada. As geologia fsica ou dinmica e Cincia que estuda a histria da qual predomina praticamente um nico tipo litolgico, ou seja, um tipo Pleistocnico a poca do perodo Fanerozico. Est compreendida Quaternrio da era Cenozica do on entre 1 milho e 806 mil e 11 mil e
Depsitos de cordes litorneosOs Depsitos de Cordes Litorneos encontram-se de forma predominante na rea de influncia do empreendimento. O termo cordo litorneo caracteriza a feio morfolgica positiva, alongada, que se encontra intercalam-se depresses igualmente alongadas e paralelas que se sucedem, produzindo uma superfcie nitidamente ondulada.
maiores divises da geologia so a geologia histrica. A geologia fsica investiga as causas e processos das arranjo e estrutura interna das os fenmenos e biolgicos do passado. modificaes geolgicas, da forma, rochas. A geologia histrica estuda
de rocha. Tal rea insere-se na parte emersa do delta do rio Doce, que mente 100 km de extenso no ocupa uma faixa de aproximadasentido norte-sul, desde a Vila de Itanas ao Norte, at a regio de Barra do Riacho ao sul.
500 anos atrs, aproximadamente. episdios mais recentes de
Durante o pleistoceno ocorreram os glaciaes, ou de idades de gelo.
moldada sobre as areias da baixada litornea (Plancie Costeira). A eles
Muitas reas de zonas temperadas cobertas por geleiras durante do mundo foram alternadamente
Unidades estratigrficas: correspondem caracterizao hierarquizada de unidades geolgicas com base qumicas e/ou cronolgicas.
A anlise da geologia contribui para avaliar o potencial impacto que um guas subterrneas no local de sua empreendimento poder causar nas instalao. O estudo contribui ainda
perodos frios e descoberta durante os perodos interglaciais mais quentes em que as geleiras recuaram.
em caractersticas litolgicas, fsico-
mineral.
de minerao ou de pesquisa
uma rea onde j existem processos
empreendimento, a ser instalado, e
conflito que poder existir entre o
para avaliar o impacto ambiental e o
areias, associados a ambientes
depsitos de pntanos, mangues e
representados, essencialmente, por
como sedimentos de praias e rios)
quaternrios (tambm conhecidos
apresenta apenas sedimentos
Na regio do delta do rio Doce
Perodo Holoceno: na escala de
tempo geolgico, o Holoceno ou Holocnico a poca do perodo Quaternrio da era Cenozica do on Fanerozico que se iniciou h cerca de 11.500 anos e se estende at o presente. O holoceno comea no fim da ltima era glacial principal, ou pequenas mudanas do clima. idade do gelo. Desde ento, houve
em azul) e a base de um cordo (setas em amarelo). Linhas em vermelho indicam os limites morfolgicos entre as feies.
Cordes litorneos na rea de estudo mostrando a superfcie ondulada entre o topo (seta
aproximadamente 20 km no sentido norte-sul, observa-se na mesma uma nica unidade estratigrfica na Perodo Pleistoceno: na escala de tempo geolgico, o Pleistoceno ou
questo possua uma extenso de
centro-norte. Embora a rea em
Linhares, em sua poro litornea
se localizada no municpio de
da Termeltrica Cacimbas encontra-
A regio proposta para implantao
tar do Esprito Santo.
tos de cobertura da bacia sedimen-
relacionando-se assim aos sedimen-
perodos Pleistoceno e Holoceno,
idade de deposio compreende os
flvio-marinhos (mar e rios), cuja
lacustres (lagos), marinhos (mar) e
arenosos correspondem s pores mais claras da imagem, enquanto as reas mais midas correspondem s pores de colorao mais escura (marrom).
Termeltrica Cacimbas sobre os cordes litorneos. Os setores mais elevados dos cordes
Imagem area da regio do empreendimento mostrando a rea de instalao de
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
GEOLOGIAOs cordes litorneos existentes na rea de estudo so depsitos arenosos, resultantes do retrabalhamento, pelo mar, da carga sedimentar carreada principalmente pelo rio Doce.
As areias finas de origem elica, ausentes nas outras partes da regio litornea, aparecem recobrindo os empreendimento, atingindo seu mximo cordes litorneos na regio situada mais ao norte doTrecho de cordo arenosos com acumulao de gua e composio totalmente arenosa dos sedimentos.
desenvolvimento na regio de Itanas, onde cerca de anos, chegando a formar dunas.
15m de areia elica fina acumularam-se nos ltimos 40
Os sedimentos arenosos nesta regio do delta ocorrem sob diversos tipos de cobertura vegetal, tanto daquela representado por pastagens, como nos locais onde se encontra preservada a vegetao de restinga.
Trecho de reas midas com contribuio de sedimentao mais fina sobre os cordes litorneos.
rea de pastagem sobre sedimentao arenosa. O descampado referente faixa de servido de um gasoduto.
Trecho com vegetao de restinga sobre rea com sedimentao arenosa dos cordes litorneos.
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
GEOMORFOLOGIAEstudo das formas de relevo atuais e investigao da sua origem e evoluo. regio em questo. aos modelados de acumulao fluvio-marinha atuantes na limites morfolgicos (linhas em azul). A susceptibilidade a alagamentos ou encharcamentos de setores
ruptura de declive em relao plancie marinha recente, sendo o tectnica.
reas planas com leve inclinao para o mar, apresentando
acumulao marinha em forma de terraos. Esses condizem a
setor do relevo litorneo onde predominam os processos de
e Praias. Tal unidade se assenta morfologicamente sobre um
na Unidade Geomorfolgica de Complexos Delticos, Estuarinos
A rea escolhida para a instalao do empreendimento se insere
Cordes arenosos: crista alongada e relativamente baixa situada no ps-praia e constituda de areia grossa, seixos e conchas.
trajeto de estradas, oleodutos e gasodutos, que cortam a regio. Cristas: A linha de crista equivale a uma cumeada elevada
empregadas nas instalaes antrpicas, como por exemplo, no
arenosos. As cristas inerentes aos cordes so amplamente
conformao das cristas e das cavas referente aos cordes
apresentada pelo modelado local, em especfico, no que se refere
da rea de estudo funo direta das diferenas topogrficas
esculpida devido variao do nvel marinho ou por movimenta-
(feio topogrfica referente a linha ou faixa que une pontos mais elevados (cume) do terreno e que separa bacias ou subbacias de drenagem. A linha de crista um caso especial de cumeada.
Perspectiva da rea da sucesso de cordes arenosos paralelos presentes na rea de estudo (polgono em vermelho). Trechos da unidade de Complexos Delticos, Estuarinos e Praiais na rea da Termeltrica Cacimbas condizentes ao modelado extremamente plano que domina a regio. Instalaes antrpicas (setas em vermelho) localizados sobre
as cristas dos cordes arenosos prximos rea do empreendimento.
Na unidade geomorfolgica prevista para a implantao do
empreendimento predomina um relevo extremamente plano, onde no se constata quaisquer elevaes marcantes em relao ao modelado local, caracterizando-se em uma rea de forte morfodinmicos, destacando a nvel local a presena de homogeneidade dos aspectos morfolgicos, morfomtricos e Cordes arenosos recorrentes na rea escolhida para o empreenTrechos inerentes aos Complexos Delticos, Estuarinos e Praiais cortados por drenagens plvio-fluviais.
costa. Tais cordes possuem sua origem e evoluo associada
extensos cordes arenosos dispostos paralelamente linha de
vermelho) entre as cristas (setas em amarelo) e seus respectivos
topogrfico e a presena de umidade nas cavas (setas em
dimento e em seu entorno imediato. Nota-se o desnvel
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
GEOMORFOLOGIAA rea mais rebaixada das cavas dos cordes arenosos apresenta em toda sua extenso uma caracterstica bem definida para empoamento ou alagamento. Esse fato se deve tanto proximidade do nvel de base local e geral (nvel do mar), no permitindo o escoamento das guas para nveis topogrficos mais baixos, quanto presena de um lenol fretico muito prximo superfcie do terreno, dificultando a drenagem das guas pluviais. Em relao aos processos erosivos de origem fluvial ou pluvial, a unidade geomorfolgica de ocorrncia. Complexos Delticos, Estuarinos e Praiais apresentam suscetibilidade praticamente nula quanto
No que condizem os processos erosivos de origem elica, cabe registrar que as aes antrpicas (humana) recentes na rea de estudo, representadas pela retirada da cobertura vegetal de gramneas para implantao de gasodutos e extrao mineral (argilas e areias), disponibilizaram uma extensa e larga faixa de areias inconsolidadas que ficaram expostas s aes dos ventos.
acmulo de gua nas cavas correspondendo mais baixos dos cordes litorneos. aos setores topograficamente Areias expostas ao dos ventos na rea prevista para implantao da Termeltrica.
Trechos do modelado local apresentando
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
HIDROGEOLOGIAas mais antigas at as mais recentes. Estas ltimas, classificadas no Tercirio e Quaternrio, de A gua subterrnea pode ocorrer em rochas de todas as idades, em maior ou menor volume, desde Nesta formao inconsolidada percebe-se a presena de um aqufero praticamente junto superfcie do terreno, notadamente em sua poro mais baixa. Nestes locais o nvel de gua
modo geral, so aquferos melhores do que as primeiras, pois so fruto da reduo da porosidade e permeabilidade porque passaram as rochas mais antigas, uma vez que j foram comprimidas e cimentadas.
bastante prximo superfcie, tanto que nos pontos onde se realiza uma pequena escavao
comum a formao de pequenas lagoas, caracterizando a existncia de um aqufero subaflorante.
Com relao aos aquferos confinados em rochas sedimentares, estes se constituem, de modo
geral, em melhores sistemas de aquferos, principalmente em funo da reduzida cimentao e de. Para se enquadrar como aqufero confinado, estas rochas sedimentares devem apresentar camadas de base e topo impermeveis, confinando a gua no interior do mesmo.
compactao a que foram submetidas, permitindo a rocha uma maior porosidade e permeabilida-
Considerados em conjunto, os arenitos, dentre as diversas rochas sedimentares, so os melhores aquferos, desde que se apresentem pouco cimentados. Alm de sua extensa distribuio, geralmente apresentam boas caractersticas de armazenamento e transmissibilidade.
A totalidade da rea de influncia direta das termeltricas encontram-se sobre os sedimentos arenosos quaternrios da Formao Linhares, apresentando aqufero raso representado pelo lenol fretico como principal aqufero subterrneo.Lenol fretico subaflorante nas partes mais baixas (cavas) dos cordes litorneos prximos a rea de implantao da termeltrica.
Aqufero quaternrio - o lenol fretico na rea de estudoOs depsitos quaternrios arenosos da Formao Linhares, presente em toda a rea de influncia dados, sendo comum que o mesmo aflore ao longo das cavas, que representam as partes mais baixas dos cordes litorneos. direta do empreendimento, correspondem a um aqufero raso formado por sedimentos inconsoli-
Este aqufero abastecido essencialmente pelas guas pluviais que incidem diretamente sobre a rea de sua ocorrncia, e, neste sentido, a rea de recarga deste aqufero representada pelos prprios sedimentos arenosos inconsolidados da Formao Linhares.
No decorrer do perodo chuvoso os poucos cursos dgua existentes na regio contribuem para a canais de drenagem abertos artificialmente na Plancie Costeira tambm correspondem a
recarga destes aquferos ao transbordarem para as reas adjacentes s suas calhas principais. Os exutrios para as guas de subsuperfcie deste aqufero, captando grande parte das mesmas.
Tais depsitos quaternrios se estendem para fora da AID, tanto em direo ao norte como para de reposio de volume. Quanto ao volume armazenado, o mesmo depende diretamente da espessura do pacote sedimentar e de perodo chuvoso.
sul e oeste, e, de modo geral, representam bons aquferos, considerando-se o aspecto de facilidade
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
HIDROGEOLOGIAlocalizadas a oeste e a norte da rea de estudo. Cabe, contudo, registrar que estes canais ocorrem nas reas mais pantanosas da Plancie Costeira, Poos do tipo cacimba foram observados no entorno da rea de instalao do empreendimento, todos realizando captao de gua no lenol fretico para abastecimento domestico, cujas profundidades oscilam tambm em torno de 1,5 metros.
Tambm neste perodo chuvoso, quando se acumula uma grande quantidade de gua na
superfcie do solo, percebe-se pouco escoamento superficial, sugerindo uma elevada taxa de uma importante rea de recarga para este aqufero, atravs da infiltrao vertical das guas
acumulao e criao de uma espessa zona saturada. Esta zona saturada corresponde ainda a superficiais para as formaes inferiores. Os principais exutrios deste aqufero na rea de estudo correspondem s lagoas costeiras, a exemplo das lagoas Zacarias e do Doutor, localizadas a oeste e sul do empreendimento, respectivamente. A gua acumulada na forma de lenol, prxima a superfcie, representa uma superfcie no estacionria, movendo-se periodicamente para cima e para baixo, elevando-se quando a zona de saturao recebe mais gua de infiltrao vertical e descarga de gua subterrnea. desce nos perodos de estiagem, quando a gua armazenada previamente flui para os pontos de
Poos identificados em reas prximas ao empreendimento:
De modo geral, este sistema de aqufero utilizado principalmente para abastecimento de
pequenas residncias rurais e dessedentao de animais, atravs da abertura de valas prximas a pequenos cursos dgua, nas quais a gua aflora, formando piscinas, conforme apresentado anteriormente. Em algumas propriedades podem ser utilizadas bombas para captao direta desta gua, sendo a mesma utilizada para diversos fins.
Poo raso de captao de gua na Fazenda Dalla Bernadino, prxima ao empreendimento.
Poo raso tipo cacimba na Fazenda Ilha de Santa Luzia, localizada prxima ao empreendimento.
Poo raso de captao de gua em pequena propriedade vizinha ao empreendimento.Bombas instaladas em poos rasos, tipo cacimbas, em residncias rurais da regio de Degredo, na poro norte da rea de estudo. Estes poos encontram-se localizados nas cavas dos cordes litorneos.
empreendimento para coleta de gua para caracterizao de sua qualidade.
Poo provisrio instalado na rea do
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
HIDROGEOLOGIAAqufero Grupo BarreirasOs sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras distribuem-se em setores do relevo localizados a oeste da rea prevista para implantao da Termeltrica Cacimbas. Esta unidade corresponde a um pacote sedimentar composto principalmente por uma sequncia de arenitos e argilitos. Esses materiais essencialmente arenosos de idade Quaternria. Este sistema de aqufero permite tanto a presena de aquferos livres como confinados, dependendo da profundidade e do local a ser perfurado, muito embora a grande maioria dos poos perfurados o qualifica como um aqufero aberto, uma vez que no apresenta regionalmente, nas entanto, as rochas formadoras deste aqufero se caracterizam pela grande heterogeneidade dos sedimentos, ora mais arenosos, ora mais argilosos, fazendo com que ocorra uma variao muito grande do potencial aqufero de cada regio considerada. Em diversas reas de ocorrncia dos sedimentos do Grupo Barreiras observam-se a captao de relacionadas Samarco Minerao na poro sul do Estado em Anchieta, a Vale na regio do municpios de So Mateus, Jaguar e Linhares, na regio Norte do Estado.
Complexo Industrial de Tubaro, em Vitria e a Petrobras em diversas atividades produtivas nos
encontram-se sotopostos na rea de estudo por sedimentos da Formao Linhares, composta por
Considerando-se que o manancial de abastecimento de gua para as termeltricas ser a partir de guas subterrneas, a empresa Capixaba Energtica contratou a realizao de estudos hidrogeofoi o de verificar a existncia de pontos mais favorveis para a perfurao de poos tubulares fraturadas na rocha em profundidade. lgicos visando ao melhor conhecimento da capacidade hdrica subterrnea. O objetivo do estudo profundos, utilizando o mtodo do eletro-resistividade como ferramenta identificadora das zonas
profundidades exploradas, camadas impermeveis que o limite e lhe d condies artesianas. No
Neste sentido, cabe ressaltar que a metodologia do estudo geofsico, ora empregada, tem como objetivo verificar a locao de pontos mais favorveis para a perfurao de poos tubulares poos. profundos. A quantidade e a qualidade da gua so determinadas mediante a perfurao dos
guas neste aqufero por meio de poos tubulares profundos, cuja utilizao se destina tanto para o uso domstico em unidades industriais como para uso exclusivamente domstico em unidades condominiais ou rurais. A exemplo de empresas que se utilizam das guas subterrneas do aqufero Barreiras podem ser
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
SOLOSA implantao de atividades humanas em uma rea rural tem como resultado a modificao do uso do solo na rea onde esta implantada e outros distrbios que podem impactar fsica e/ou quimicamente este elemento ambiental. Por outro lado, o respeito s caractersticas do solo regional, com a minimizao dos impactos. A principal limitao de uso dos Gleissolos a presena de lenol fretico muito prximo superfcie, o que promove dificuldades na mecanizao. Entretanto, esses solos so muito utilizados no Brasil no plantio de arroz e pastagens, aps a execuo de trabalhos de drenagem. Na rea estudada e no seu entorno, os Gleissolos so utilizados predominantemente por
habilitam a modificao de seu uso a ser sustentvel, ajudando na promoo do desenvolvimento
A rea em estudo encontra-se inserida em apenas um domnio morfoestrutural, representado pelos Depsitos Sedimentares, conforme descrito no item Geomorfologia.Na rea de estudo, principais caractersticas dos solos da rea esto descritas a seguir. foram identificados dois tipos principais de solo, Gleissolo Hplico e Neossolo Quartzarnico. As
pastagens, onde os trabalhos de drenagem foram efetivos no rebaixamento do lenol fretico, ou compem reas encobertas por vegetao de brejo herbceo nas reas mais baixas da paisagem, onde h maior acmulo de gua no ambiente.
Quanto aptido agrcola, as reas com Gleissolos foram classificadas como do subgrupo 2abcNp o.m. Aptido regular para agricultura nos trs nveis de manejo considerados, boa aptido para pastagem natural e aptido regular para pastagem plantada com restries impostas pela deficincia de oxignio na zona radicular e dificuldades de mecanizao. Deve-se observar,
Gleissolo hplicoSolos com ocorrncia na rea a oeste do site do empreendimento, estes solos so classificados Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - Embrapa (Embrapa).
entretanto, que grande parte das reas ocupadas por estes solos esto em reas de preservao
permanente, sendo, desta forma, impedidos de utilizao de acordo com a legislao vigente. Tm ainda uma forte vocao preservacionista tanto pela posio prxima aos corpos d'gua quanto pela fauna a ele normalmente associada.
como Glei Hmico e Glei Pouco Hmico pela classificao de solos utilizada anteriormente pela
Neossolo quartzarnicoTratam-se de solos pouco evoludos. So essencialmente quartzosos, tendo nas fraes areia grossa e areia fina 95% ou mais de quartzo, calcednia e opala e, praticamente, ausncia de cordes litorneos caractersticos da regio. Foram formados pela sedimentao de areias minerais primrios alterveis. So encontrados na maior parte da rea, sendo os solos tpicos dos marinhas junto a antigas linhas de costa, cujo ambiente, ao receber o aporte de sedimentos
continentais, os retrabalhou e os depositou, atravs da ao das ondas e correntes. Os Neossolos Quartzarnicos esto atualmente encobertos predominantemente por vegetao de restinga erea encoberta por Gleissolo Hplico nas proximidades do
pastagens. Trata-se de um solo muito arenoso, com srias restries para uso agropecurio, que nutrientes e baixa reteno de gua.
canal efluenteda lagoas Zacarias.
pode ser conferido pela baixa qualidade da pastagem implantada sobre ele, com baixos teores de
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
SOLOSNo que condiz os processos erosivos de origem elica, cabe registrar que as aes antrpicas recentes na rea de estudo, representadas pela retirada da cobertura vegetal de gramneas para implantao de gasodutos e extrao mineral (argilas e areias), disponibilizaram uma extensa e larga faixa de areias inconsolidadas que ficaram expostas s aes dos ventos.
Aspecto de rea de Neossolo Quartzarnico no site do emprrendimento.
Quanto aptido agrcola, as reas com este solo foram classificadas como do subgrupo
3(a)(b)(c)psN f. a. restrita para agricultura nos seus trs nveis de manejo, de aptido regular para pastagens plantadas e silvicultura e boa aptido para pastagem natural, com restries ligadas baixa fertilidade e deficincia de gua (ambos devido textura arenosa do solo).
Setores do modelado em areias expostas ao dos ventos na rea prevista para implantao da Termeltrica.
Vale destacar que, o papel da cobertura vegetal na fixao dos materiais arenosos considerado essencial do ponto de vista da manuteno dos equilbrios morfolgicos e morfodinmicos inerentes ao relevo local, pois esta contribui fortemente com a proteo dos depsitos arenosos frente ao dos ventos.
Propenso ao desenvolvimento de processos erosivosEm relao aos processos erosivos de origem fluvial ou pluvial, a unidade geomorfolgica de empreendimento, apresenta suscetibilidade praticamente nula quanto ocorrncia destes Complexos Delticos, Estuarinos e Praiais, descrita na geomorfologia e onde se encontra a rea do fenmenos geomorfodinmicos. Concorre diretamente para esta condio o fato do nvel de base damento da drenagem em associao ao desencadeamento de processos erosivos correlatos. No caso especifico dos cordes litorneos, tem-se ainda a contribuio do modelado que apresenta
reas com Instabilidade de TaludesDo ponto de vista geotcnico, faz-se necessrio enfatizar que a totalidade da rea prevista para
geral (nvel do mar) se encontrar muito prximo da rea em estudo, o que impossibilita o aprofun-
implantao do empreendimento se caracteriza pela presena de um relevo plano, com pequenas
ondulaes apenas entre as cavas e cristas dos cordes litorneos, no ocorrendo na presente rea de estudo a presena de depsitos de tlus, vales encaixados, vertentes excessivamente ngremes ou grutas e cavernas de origem calcria ou de qualquer gnese. Diante disso, a suscetibilidade a ruptibilidade, instabilidade ou rompimentos de taludes foi considerada nula para a unidade estudo bem como seu entorno imediato. morfolgica de Complexos Delticos, Estuarinos e Praiais na qual se insere a presente rea de
aspectos morfolgicos e morfomtricos bastante suaves entre as cristas e as cavas, o que reduz a
possibilidade de arraste de partculas da crista para a cava. Ressalta-se ainda que grande parte das guas pluviais que incide na crista chega at as cavas atravs da infiltrao pelo perfil arenoso dos solos, reduzindo a possibilidade de desagregao e arraste dos sedimentos arenosos.
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
EMISSOES ATMOSFRICASA concentrao dos diferentes poluentes no ar, em uma determinada regio, definida pelas caractersticas das fontes emissoras, pelo relevo, pela ocupao do solo, pela altura da (velocidade e direo do vento, precipitao pluviomtrica, temperatura e umidade relativa do ar entre outros). camada limite atmosfrica e pelas condies meteorolgicas Para a caracterizao da qualidade do ar na regio onde ser simulaes de disperso das emisses industriais da regio de documentos pesquisados no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos (Iema). morte por asfixia. A exposio crnica pode causar prejuzos ao sistema nervoso central, cardiovascular, pulmonar e outros. Tambm pode afetar fetos causando peso reduzido no nasciimplantada as UTE Cacimbaes e UTE Escolha foram realizadas (PM10, NOX, CO e HCT), cujos dados utilizados foram retirados
~
mento e desenvolvimento ps-natal retardado. As concentra-
es de 1% de CO no meio ambiente no prejudicam as plantas. Hidrocarbonetos Totais (HCT): Muitos HCs no tm efeitos sobre a sade, a no ser em concentraes altssimas que nunca que so perigosos por serem irritantes, por agirem sobre a ocorrem nas poluies atmosfricas. Entretanto, existem HCs medula ssea provocando anemia e leucopenia, isto , diminuindo o nmero de glbulos vermelhos e brancos, e, sobretudo, por te controlados. provocarem cncer. Em razo disso, os nveis so constantemen-
A Resoluo do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) do ar. As concentraes de poluentes atmosfricos, quando
N 003, de 28 junho de 1990 estabelece os padres de qualidade ultrapassadas, podem afetar a sade, a segurana e o bem estar como aos materiais e ao meio ambiente em geral.
Material Particulado (PM10): as PM10 so as que causam
maiores prejuzos sade, uma vez que no so retidas pelas na garganta, reduzindo a resistncia s infeces e ainda
defesas do organismo. Essas podem causar irritao nos olhos e provocando doenas crnicas. Alm disso, atingem as partes sistema respiratrio substncias txicas e cancergenas. No meio ambiente o PM10 provoca a alterao da visibilidade; alterao no balano de nutrientes de lagos, rios e do solo; danificao da vegetao e alterao na diversidade do e danificaes de rochas e outros materiais). xidos de Nitrognio (NOX,): o NO2 altamente txico ao
da populao, bem como ocasionar danos flora e fauna, bem
mais profundas dos pulmes, transportando para o interior do
Os principais objetivos do monitoramento da qualidade do ar, em uma dada regio so:
durante os perodos de condies meteorolgicas adversas, quando os nveis de poluentes na atmosfera estiverem representando risco sade pblica;
fornecer dados para ativar as aes de controle
ecossistema. Alm disso, pode causar danos estticos (manchas
As simulaes de disperso no apontam para caractersticas
comprometedoras da qualidade do ar da regio circunvizinha ao futuro empreendimento, ou seja, das UTEs Cacimbaes e Escolha. Observa-se ainda que o NOx o nico poluente cujo valor de concentrao est acima de 50% do limite estabelecido pela Resoluo Conama 03/1990, com relao mdia de 1 hora, ateno por parte do rgo ambiental.
dos para proteger a sade e o bem estar das pessoas; sobre a fauna, flora e o meio ambiente em geral; obter informaes que possam indicar os impactos acompanhar as tendncias e mudanas na qualidade
avaliar a qualidade do ar luz dos limites estabeleci-
homem, pois aumenta sua susceptibilidade aos problemas
respiratrios em geral. Alm disso, irritante s mucosas e pode, nos pulmes, ser transformado em nitrosaminas (algumas das quais so carcinognicas). No meio ambiente pode levar a formao da chuva cida e consequentemente danos
havendo deste modo a necessidade de ser acompanhado com
vegetao e agricultura. Alm disso, contribui para formao do oznio na troposfera; para o aquecimento global; formao de compostos quimiotxicos e alterao da visibilidade.
do ar devidas alteraes nas emisses dos poluentes, e assim auxiliar no planejamento de aes de controle;
geral os nveis presentes da contaminao do ar.
informar populao, rgos pblicos e sociedade em
Monxido de Carbono (CO): Combina-se rapidamente com a
hemoglobina ocupando o lugar do oxignio, podendo levar a
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
RUDOa anlise dos principais aspectos relacionados avaliao de zonas habitadas, tais como vilas e vilarejos. Os principais rudo e de vibraes so: A rea do empreendimento possui caractersticas que facilitam Foi realizada uma campanha de campo com o objetivo de diag-nosticar os nveis atuais de rudo na regio limtrofe (fronteiro) da rea do empreendimento. A campanha teve como objetivo caracterizar os nveis de rudo nos perodos diurno e noturno. Foram selecionados oito pontos de medio de rudo, todos localizados prximos regio limtrofe do empreendimento.
rudo. Pode ser considerado que a referida rea est distante de aspectos atuais que caracterizam a rea quanto aos nveis de
Vale destacar que a rea do empreendimento est classificada, de acordo com o Plano Diretor Urbano (PDU) do municpio de Linhares, como uma rea de uso da indstria de leo e gs, podendo ser classificada como rea predominante industrial.
localizada 1,3 km de distncia do empreendimento,
Unidade de Tratamento de Gs de Cacimbas - UTGC, Rodovia Linhares - Cacimbas, onde trafegam veculos,
principalmente, pesados (nibus, carretas, caminhes, etc).
Existe pouca interferncia do uso e ocupao do solo nos nveis te compe toda paisagem local.
de rudo local. A rea composta por pastagem, que basicamen-
* Interferncia do trnsito de veculos na rodovia ES-010. ** Presena de animais (aves e gado).
Os resultados das medies dos nveis de rudo apresentaram-se todos bem abaixo dos nveis de critrio de avaliao para reas predominantemente industriais 70 dB e 60 dB, para perodos diurno e noturno, respectivamente.
Pastagem rea do futuro empreendimento.
Estrada ES-010 e ao fundo a UTGC.
Nvel de Critrio de Avaliao (NCA) para ambientes externos em dB(A) NBR 10.151
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RUDONveis de rudo na fase de instalao da UTE Cacimbaes e UTE Escolha ser citadas como sendo as mais ruidosas: Terraplanagem; Obras civis e montagem industrial; Perfurao de poos. Nveis de rudo Na fase de instalao do empreendimento as seguintes etapas podem
Nveis de rudo na fase de operaoDe acordo com a norma ABNT NBR-10.151, os nveis mximos de rudo na regio de 60 dB (noturno) e de 70 dB (diurno) considerando que o local esteja classificado como rea predominantemente industrial. limtrofe do empreendimento (Nvel de Critrio de Avaliao - NCA) devero ser
Nveis de rudo na fase de operao - UTE Escolha
esperados para as
diversas atividades que etapas:
compe cada uma destas
Os equipamentos considerados mais ruidosos na fase de operao do
empreendimento so: caldeira, turbogerador a gs, turbogerador a vapor e equipamentos rotativos, tais como bombas e ventiladores das torres de resfriamento. Os equipamentos sero projetados e construdos contemplando minimizao do nvel de rudo na rea adjacente. O isolamento acstico ser aplicado, caso necessrio, objetivando obter nveis de rudo aceitveis e compatveis com as normas aplicveis.
Nveis de rudo na fase de operao - UTE Cacimbaes
A principal fonte de rudo de uma UTE ciclo simples so os conjuntos
motogeradores. Na UTE Cacimbas sero instaladas ?? unidades motogeradoras, totalizando uma potncia instalada de ?? KW. Espera-se que na casa de mquinas, onde estaro instalados os conjuntos motogeradores, o nvel de empreendedor. A casa de mquinas ter tratamento acstico, onde os provido de silenciador. rudo esteja entre 110 dB e 120 dB, de acordo com os dados informados peloNveis de rudo Fase de da fonte de rudo.
Instalao 5 metros de distncia
equipamentos tambm sero enclausurados e o sistema de exausto estar
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FLORAFormao Herbcea inundada - brejosA formao herbcea inundvel tem sua ocorrncia nas depresses dos intercordes arenosos, onde ocorrem inundaes sazonais que provavelmente alteram sua composio florstica. No trecho de influncia direta foram observadas algumas reas alagadas, ocupando trechos desta rea.
PastagensOcupa quase a totalidade da rea de influncia direta do empreendimento. Nestas reas, a vegetao natural sofreu corte raso para implantao de criao pecuria, prejudicando no apenas a vegetao, mas causando danos ao solo atravs do pisoteio do gado. Esta formao predominantemente herbcea com raros original.
indivduos arbreos e arbustivos, sendo alguns deles remanescentes da vegetao
Entre as espcies caractersticas desta formao, principalmente nas reas mais Na rea de Influncia Direta do empreendimento podem ser dois tipos reconhecidos apenas vegetacionais: Inundada e as Pastagens. Outras espcies tambm so frequentemente encontradas nesta formao na rea de estudo, sendo Tibouchina henricquiana, Sauvagesia erecta, Abildgardia spp., Blechnum serrulatum, Drosera sp., Xyris jupicai, Utricularia sp., Cuphea sessilifolia e Ludwigia octovalvis.
encharcadas, esto indivduos de Cyperaceae, com destaque para Eleocharis spp.
Nesta formao as espcies herbceas mais comuns so as gramneas, como Brachiaria spp e Melinis minutiflora, mas tambm podem ser encontrados alguns indivduos arbustivos e arbreos comuns em outros estgios de regenerao, sendo
os arbustivos genipapinho (Tocoyena bullata), aroeira da praia (Schinus terebinthifolius), espeto (Tabernaemontana laeta) e pitanga Eugenia uniflora. Entre as espcies arbreas podem ser citadas milho torrado folha larga (Couepia schottii), angelim de morcego (Andira ntidaI), boleira (Joannesia princeps) e imbiru (Eriotheca macrophylla).
Formao Herbcea
Aspecto geral dos trechos de formao Herbcea Inundada na rea de influncia direta.
Aspecto da vegetao de pastagem com indivduos arbustivos e arbreos isolados.
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FLORALevantamento florsticoNa rea de influncia direta foi identificado um total de 56 espcies pertencentes a 34 famlias, onde foram tambm consideradas as espcies nativas e exticas riqueza de espcies foram Fabaceae (5), Myrtaceae e O hbito herbceo foi o mais representativo em termos de riqueza de espcies nas duas formaes estudadas, apresentando 32% das espcies, seguida das arbreas (31%) e arbustivas (14%). O pasto apresentou 90% das espcies arbreas listadas. O grupo das lianas, epfitas e parasitas tiveram ocorrnmaior predominncia foi o das herbceas, com apenas desta formao como predominantemente herbcea. cia restrita ao pasto. Na Herbcea Inundada o grupo com um espcie arbrea. Este resultado refora a classificao
invasoras. As famlias mais representativas em termos de Cyperaceae (4), Bromeliaceae, Euphorbiaceae, Poaceae e Verbenaceae (3) e Anacardiaceae, Arecaceae, Cactaceae, Malpighiaceae e Melastomataceae. As demais famlias esto representadas por apenas uma espcies e representaram 39,29% do levantamento.
Famlias mais representativas em riqueza de espcies na rea de influncia direta.
Porcentagem do nmero de espcie por hbito e por fitofisionomias na rea de influncia direta.
A flora da regio de interesse para implantao das UTEs Nmero de espcies por fitofisionomia na rea influncia A presena das famlias Fabaceae, Myrtaceae e direta. (PA=Pasto; HIN=Herbcea Inundada). est bastante comprometida e antropizada, especialmente, devido prtica da pecuria na regio.
riqueza de espcies bastante comum para as restingas do Esprito Santo.
Bromeliaceae como as mais importantes em relao a
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FAUNAPeixes (ictiofauna)governada pela sazonalidade anual ou bianual do perodo de A ecologia dos peixes de gua doce em regies tropicais observar tanto os moradores da regio pescando nestas reas, quanto espcies de aves limcolas (que vive no limo, lodo ou lama) se alimentando dos peixes que ali ficam aprisionados. A ictiofauna de guas interiores (gua doce) do estado do consumo dessas espcies feito pelos moradores locais, ocorrendo de maneira espordica.
dos rios, de acordo com suas necessidades biolgicas. Estudos sobre comunidades de peixes tm como proposta evidenciar dados importantes para uma futura comparao sobre
movendo-se descendentemente ou ascendentemente no curso
chuva, sendo que muitas espcies respondem a este estmulo
regio do delta do rio Doce, com suas lagoas e vrzeas litorneas sofreram grandes alteraes ambientais, principalmente nos ltimos 50 anos.
se refere estrutura das comunidades e histria natural. A
Esprito Santo ainda foi pouco estudada, especialmente no que
trus nattereri) so exticos ictiofauna capixaba atuando, em muitas vezes, como predadores de alevinos e competidores diretos por recursos com espcies nativas.
guaeripinnus), tilpia (Cyphocharax Gilbert) e piranha (Pygocen-
tilpia (Oreochromis niloticus niloticus), bagre-africano (Clarias
spilopleura), tucunar (Cichla ocellaris), tucunar (Cichla sp.),
As espcies piranha (Pygocentrus nattereri), piranha (Serrasalmus
provveis modificaes que possam ocorrer no sistema devido aos crescentes impactos ocasionados pela destruio da vegetao ou outros gerados pelo homem.
Um total de 61 espcies distribudas em 25 famlias foi compilado e podem possivelmente ocorrer nos corpos hdricos localizados na rea de influncia indireta do empreendimento, principalmente na Lagoa do Zacarias e em seus contribuintes. importante esclarecer que apesar de no existirem corpos d'gua volumosos na rea de estudo, durante o perodo das chuvas h um fenmeno de alagamento formando canais e poas temporrias onde muito comum observar aves, em um primeiro momento garas e socs e mais tardiamente caracars e urubus, alimentando-se de peixes aprisionados nestas poas. Todas as espcies identificadas na rea de estudo so comuns em todo territrio capixaba, podendo ser encontradas na maioria dos cursos d'gua, represas e lagos. Nenhuma dasTrara (Hoplias malabaricus).
Apesar da rea, onde dever ser instalado o empreendimento UTE Escolha e Cacimbaes, no apresentar, aparentemente, alagao, em que o perodo das chuvas recebe um grande formando canais e poas temporrias. Com efeito, vrias corpos d'gua expressivos, esta se localiza em uma plancie de volume de gua excedente do complexo lagunar da regio, espcies de peixes passam a habitar essas poas, sendo comum
espcies registradas encontra-se na lista das espcies ameaabrasileira, so elas: piabinha (Hyphessobrycon bifasciatus),
das, sendo que cinco espcies so endmicas da Mata Atlntica piabinha, lambarizinho (Hyphessobrycon reticulatus), lambari cinolebias (Cynolebias Myers). Apesar da pesca no ser uma atividade comum nos cursos d'gua na rea de estudo, o
azul (Mimagoniates microlepis), lambari (Moenkhausia doceana),Barrigudinho (Poecilia vivipara).
Piaba, lambari (Astyanax bimaculatus).
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FAUNAAnfbios (anurofauna)Atualmente, so conhecidas para o Brasil, 825 espcies de anfbios, sendo 797 da ordem Anura (sapos, rs e Atlntica, so conhecidas 340 espcies de anfbios. pererecas), 27 da Ordem Gymnophiona e apenas 01 representante da Ordem Caudata. Somente para a Mata
Ordem Gymnophiona: caracteriza-se por no possuir patas e nem cauda; corpo vermiforme, e todos tm hbitos subterrneos ou aquticos, com distribuio tropical e meridional. Ex. cecilias, cobras cegas.
Ordem Caudata: caracteriza-se por ter dois pares de patas na fase adulta com cauda bem desenvolvida. Tem cerca de 500 espcies, com distribuio em zonas temperadas e setentrionais. Ex. salamandras.
A rea de influncia do empreendimento apresenta ambientes favorveis ocorrncia de uma diversidade de total de 81 classificaes de anfbios, sendo 17 destes com registro confirmado em campo.Sapinho (Rhinella granulosus). Sapo-amarelo (Rhinella gr. Crucifer).
anfbios, devido presena de corpos hdricos. O estudo na rea do empreendimento revelou a presena de um
Dentre as espcies encontradas, cinco so consideradas endmicas da Mata Atlntica, bioma no qual a rea do sophus branneri), perereca-de-moldura (Dendropsophus elegans), perereca-da-costa (Dendropsophus decipiens) e pererequinha (Scinax alter). Nenhuma das espcies compiladas, a partir dos dados secundrios ou observadas em campo no estudo, encontrase oficialmente nas listas de espcies ameaadas de extino para o Brasil e para o estado do Esprito Santo. empreendimento esta inserida, so elas: perereca-verde (Hypsiboas albomarginatus), perereca-amarela (Dendrop-
Pererequinha (Scinax alter).
(Dendrosophus elegans).
Perereca-de-moldura
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
FAUNARpteis (herpetofauna)Os rpteis so representados no Brasil por quatro grupos de organismos com algumas caractersticas similares, mas, entretanto, com diferenas morfolgicas to evidentes as quais tm sido questionadas atualmente sobre esquamatas ou escamados" e os crocodilianos. o verdadeiro grau de parentesco entre eles. Estes grupos so: as tartarugas; as cobras; os lagartos no grupo dos
Com base em dados secundrios foram compilados registros referente herpetofauna (rpteis) local em trs
relatrios tcnicos feitos em rea prxima ao empreendimento. Como complementao os registros compila-
dos foram checados em campo, por meio de amostragens, no perodo diurno e noturno. Foi compilado um total de 77 espcies de rpteis, distribudos em 18 famlias. Observou-se em campo um domnio para as famlias que representam os lagartos. Tal fato se d, possivelmente, pelo fato de se adaptarem com maior facilidade aos ambientes com a presena humana.
11,6% do total de espcies endmicas reconhecidas para a Mata Atlntica brasileira.
dophorus nativo), jararaca (Bothrops jararaca) so endmicas da Mata Atlntica Brasileira e isto representa
(Tropidodryas serra), camaleo (Enyalius catenatus), camaleo (Enyalius iheringii), lagarto-de-linhares (Cnemi-
Sete espcies cobra-de-duas-cabeas (Amphisbaena nigricauda), dormideira (Dipsas incerta), cobra-cip
Sapinho (Rhinella granulosus).
Sapo-amarelo (Rhinella gr. Crucifer).
cas. Ou seja, comumente sofrem presso de caa, captura ou coleta de ovos para o consumo humano como fonte de protena.
amarelo (Acanthochelys radiolata), tei (Tupinambis merianae) e jabuti (Geochelone denticulata) so cinegti-
Do total encontrado, cinco espcies jacar-do-papo-amarelo (Caiman latirostris), jibia (Boa constrictor), cgado-
Duas espcies de serpentes (Bothrops bilineatus e Lachesis muta) e uma de lagarto (Cnemdophorus nativo) encontram-se somente na lista estadual de espcies ameadas. As ameaas a essas espcies esto ligadas principalmente destruio e fragmentao de seus habitats, e ao declnio populacional acelerado pelas atividades antrpicas, ou seja, humana.
Calango-verde (Ameiva ameiva).
Calango (Thropidurus torquatus).
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RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
FAUNAAves (avifauna)Muitas espcies de aves esto diminuindo suas populaes, sendo a destruio de reas de reproduo e, particularmente, a fragmentao e o isolamento dos hbitats os fatores mais importantes na diminuio dessas espcies. reas de mata que sofreram cortes e de ninhos de aves que reas bem conservadas. Desta Para a elaborao da listagem de espcies ocorrentes na
rea de influncia do empreendimento foram compilados registros referentes avifauna em fontes secundrias. O estudo tambm foi complementado por meio de trabalhos em campo, tendo as observaes se iniciado em campo durante todo o dia. Para a realizao do
sempre ao amanhecer permanecendo os pesquisadores levantamento da avifauna, foram adotadas diferentes estratgias e metodologias para a obteno de uma listagem mais completa de aves da rea de influncia
esto em regenerao, sofrem mais presso de predao forma, por serem consideradas excelentes bioindicadoras, em estudos ambientais, as aves fornecem informaes condies do ambiente. relevantes, uma vez que so totalmente dependentes das
direta e rea de influncia indireta do empreendimento.Observao de aves no ponto de estudo.
Por meio da compilao de dados secundrios foram listadas para a regio onde devero ser instaladas as do total de espcies dado como regulares para o estado do Esprito Santo.
UTE Escolha e Cacimbaes, 343 espcies de aves distribudas em 66 famlias. Esse total equivalente a 52,4%
Durante as amostragens na rea de influncia das UTE Escolha e Cacimbaes foi possvel confirmar em campo a Mata Atlntica do Esprito Santo.
a ocorrncia de 124 espcies nas AID e AII do empreendimento, o equivalente a 19,7% do total de espcies paraGara-moura (Ardea cocoi) Caracar (Caracara plancus).
Mesmo com uma considervel riqueza, a grande maioria da avifauna observada na regio composta de aves conhecidas como sinantrpicas, ou seja, espcies que ampliam sua distribuio geogrfica na medida em que a vegetao original suprimida. Essas espcies apresentam uma alta plasticidade no que se refere aos se adaptar aos ambientes alterados. impactos causados por atividades humanas em paisagens alteradas e que apresentam elevada capacidade de
Jandaia-estrela (Aratinga aurea).
Pica-pau-ano-barrado (Picumnus cirratus)
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FAUNAUma considervel parcela de espcies compiladas a partir dos dados secundrios pode no ocorrer na rea onde ser instalado o empreendimento, isto encontram extintas para o estado do Esprito Santo graas a algumas Unidades de Conservao que no limiar de sua luta pela sobrevivncia. Como ainda guardam remanescentes de suas populaes exemplos podem ser citados ja-do-sul (Crypturellus noctivagus), mutum-de-bico-vermelho (Crax blumenbachii) e jacu-estalo (Neomorphus extino. geoffroyi) todos criticamente em perigo de
por se tratarem de espcies com hbitos florestais que necessitam de grandes reas de floresta para suprir suas necessidades biolgicas, dentre essas solitarius), mutum-de-bico-vermelho (Crax
espcies podem ser destacadas: macuco (Tinamus blumenbachii), arapap (Cochlearius cochlearius),
testa-branca (Notharchus macrorhynchos), ipecu (Thamnomanes caesius), sabi-pimenta (Carpornis melanocephala), araponga (Procnias nudicollis). Espcies com grande aptido florestal e que dificilmente sobrevivem em pequenos fragmentos rea de estudo. Um total de 42 espcies que encontram-se ameaadas de extino foram listadas para a rea de estudo. Deste montante, 14 encontram-se ameaadas nacionalmente, segundo a lista de
jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi), macuru-de-
gavio-pega-macaco (Spizaetus melanoleucus),
gavio-real (Harpia harpyja), (Spizaetus tyrannus),
listado, apenas cinco tiveram a sua ocorrncia confirmada em campo para a rea de estudo. Confira quatro destas espcies:
Do total de espcies ameaadas de extino
Gavio-do-banhado (Circus buffoni).
Sabi-da-praia (Mimus gilvus).
florestais isolados como os que so encontrados na
espcies da fauna brasileira ameaada de extino e 37 encontram-se ameaadas a nvel estadual, segundo a Lista de espcies da Fauna Ameaada de Extino do estado do Esprito Santo. Algumas das espcies listadas, a partir da compilao de dados secundrios e presentes nas listas de espcies ameaadas de extino, no podem mais serem encontradas na rea de estudo e, somente no se
Chau (Amazona rhodocorytha).
Maguari (Ciconia maguari).
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FAUNAMamferos (mastofauna)Cerca de 250 espcies de mamferos so descritas para os domnios da Mata Atlntica, destas 55 so endmicas. Diversos estudos tm sido feitos com a comunidade de mastofauna foi aplicado um conjunto de metodologia como ideais para levantamentos rpidos. de disperso. Estes fatores permitem a estes animais generaistas por causa do alto grau de tolerncia e a oferecidos pelo ambiente. viverem em reas de vegetao mais aberta. So chamadas capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos
Ao todo foram reunidos para a regio onde devero ser espcies de mamferos pertencentes a 26 famlias.
instaladas as UTE Escolha e Cacimbaes registros de 106 Em uma anlise mais profunda, percebe-se que os mamferos registrados em campo por meio de visualizaes, registros de vocalizaes e identificao de vestgios, plasticidade ambiental, ampla distribuio geogrfica,
mamferos na Mata, porm a acelerada ao humana tem ram e interagem as comunidades de mamferos em reas alteradas. Desta forma, a preocupao com os efeitos das perturbaes humanas nas comunidades naturais uma de mdio e grande porte, visto que estes necessitam de grandes reas florestadas para a manuteno de suas
ocasionado perdas de informaes sobre como se estrutu-
Onvoros: os onvoros so animais que se alimentam tanto estes animais so predadores e possuem um aparelho alimentos.
de carne (outros animais) como de vegetais. Normalmente