Revista164

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PRODUÇÃO em série ANO 17 N O 164 JANEIRO 2011 Petrobras dá início ao processo de construção de oito plataformas – todas réplicas de um só projeto – que vão operar no pré-sal da Bacia de Santos a partir de 2014 Técnicos trabalham na montagem da plataforma P-50 no Estaleiro Mauá-Jurong, em Niterói (RJ): encomendas da Petrobras estão revitalizando a indústria naval do país

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Petrobras dá início ao processo de construção de oito plataformas – todas réplicas de um só projeto – que vão operar no pré-sal da Bacia de Santos a partir de 2014

Técnicos trabalham na montagem da plataforma P-50 no Estaleiro Mauá-Jurong, em

Niterói (RJ): encomendas da Petrobras estão revitalizando

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ENTREVISTA EDUCAÇÃO

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QUALIFICAÇÃO

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Com o mesmo vigor com que encara altas ondas mundo afora, o surfista Rico de Souza assume o papel de “embaixador” do surfe brasileiro, organizando o mais importante campeonato do esporte no país, com patrocínio da Petrobras.

Começa em março, no polo naval de Rio Grande (RS), a construção dos cascos de oito plataformas que vão operar no pré-sal da Bacia de Santos a partir de 2014. Feitas com base em um só projeto, as plataformas vão produzir, juntas, 1,2 milhão de barris por dia.

A Petrobras fecha parceria com ANP, universidades e escolas técnicas para a formação de mão de obra qualificada destinada a atuar no pré-sal: é o Programa Petrobras de Recursos Humanos, que concede bolsas do ensino técnico à pós-graduação.

Compartilhar o conhecimento é o principal objetivo do Projeto Mentor, já em curso nas áreas de Exploração e Produção (E&P) e Abastecimento.

Um jogo de perguntas e respostas vem mobilizando os empregados da Transpetro em busca de atualização profissional: é o Desafio PQGN.

Todas as regiões do país tiveram projetos aprovados pelo Programa Petrobras Cultural 2010.

E mais...

6 Petrorama

7 Mural do Leitor

8 Força de Trabalho

26 Gente

32 Fique por Dentro

36 Máquina do Tempo

Gerente Executivo de Comunicação Institucional Wilson Santarosa • Gerente de Relacionamento Gilberto Puig • Gerente de Relacionamento com o Público Interno Luiz Otávio Dornellas • Comitê Editorial Ana Luísa Feijó Abreu (Financeiro), Cláudia Del Souza (E & P), Abílio Mendes Soares Filho (Transpetro), Maurício Lopes Ferreira (RH), Elizete Vazquez (Serviços Compartilhados), Débora Luiza Coutinho do Nascimento (Abastecimento), Giana Grazziotin (SMES), Marcelo Siqueira Campos (Petrobras Distribuidora), José Carlos Cidade (Internacional), Georgia Valverde Leão (Jurídico), Wanderley Bezerra (Gás e Energia), Carmen Vilar Prudente (Engenharia) • Editor Responsável Alexandre Medeiros (Ofício de Letras), Mtb 16.757 • Editor de Fotografia Geraldo Falcão • Editoras Nádia Ferreira e Patrícia Alves • Editora assistente Claudia Lima • Produtor Executivo Albano Auri • Diagramação e Infografia Azul Publicidade • Colaboradores Celia Abend, Fernanda Pedrosa, Francisco Luiz Noel, Julia Viegas, Luciana Conti e Márcia Leoni • Copidesque Bella Stal

Revista Petrobras 164 • ano 17 • Janeiro de 2011Av. República do Chile, 65, sala 1.202 • Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20035-900E-mail: [email protected]

Bruno Veiga

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carioca Rico de Souza, 58 anos, é um dos sím ­bolos do surfe nacional. Campeão brasileiro por seis vezes e ganhador de diversos prêmios in ter na­

cionais, especialmente na categoria longboard, trans formou seu nome em marca e aproveitou o status de lenda mun­dial para liderar a batalha pela revitalização do es porte no Brasil, recebendo o título de “embaixador do surfe”. Criador da primeira escola para o esporte no país, Rico é responsável pela promoção do Circuito Petrobras de Long­board Classic, realizado com o apoio da empresa des de 2002. A 10a edição do campeonato será realizada nos dias 29 e 30 de abril e 1o de maio, em Salvador, e 18, 19 e 20 de novembro, no Rio de Janeiro, e terá a par ticipação de cerca de 100 atletas.

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De que forma estar associado a uma empresa como a Petrobras, que tem forte preocupação ambiental, ajuda a manter essa saudável re la­ção entre o surfista e a natureza?Sem sombra de dúvida, o surfe é um dos es por­ tes que mais interagem com a natureza. A re­ la ção do surfista com o mar é direta e essencial. Costumo dizer que somos sentinelas do mar. Aprendemos a preservar a natureza cuidando da praia, que é a nossa casa. Por isso, acredito que, ao investir nessa atividade, a Petrobras aju ­da a manter uma relação saudável entre o es ­porte e a população, com preservação am bien ­tal e desenvolvimento sustentável.

Além da questão ambiental, o esporte tam ­bém de sempenha papel fun da mental na for ­mação dos atletas. De que ma neiras o surfe po de ser uti lizado em programas de res pon sa­ bilidade social?O surfe é uma ótima ferramenta de inclusão social. É um esporte que tem uma grande re la­ ção com o meio ambiente e que traz educação, hábitos saudáveis e novas culturas, sendo um óti mo exemplo na formação de atletas e das pes­ soas em geral. E pode ser utilizado de diversas for mas. As escolas de surfe, por exemplo, ajudam a fo mentar a base do esporte. Em 1982, formei a pri meira escola de surfe do Brasil, no Arpoador (RJ), e hoje já existem mais de 300 escolas no país. Por meio delas, podemos educar as pes soas e formar bons atletas de comunidades carentes. São escolas que atuam não só na formação de atle­ tas, mas também na construção da cidadania.

Além de Phil Rajzman, algum outro atleta conhecido frequentou a Escola de Surf? O carioca André Luiz, o Deka, morador da co ­munidade do Terreirão, no Recreio dos Ban dei­ rantes, foi iniciado no surfe por mim há 17 anos, por meio do projeto social que desenvolvo na Escola de Surf Rico. Inicialmente, meu ob je ti­vo era trazer pra ele uma oportunidade de vida me lhor através do esporte, mas, aos poucos, ele mos trou talento e dedicação, ganhando tí tu los importantes, como o Campeonato Bra si lei ro de Longboard Profissional de 2010 e o Cam peonato Sul­Americano de Longboard Profissional de 2009. O Deka foi o maior troféu que eu já con­ quis tei em toda a minha vida. O esporte tem o po der de transformar meros cidadãos em gran ­des campeões.

Quais são os planos e sonhos do sur fista Rico para 2011?Um deles é criar uma organização que apoie todas as escolas de surfe no Brasil. Dessa for ma, teríamos a mesma metodologia em todas essas es colas e alcançaríamos resultados sur preen den ­tes na formação de atletas de regiões carentes e de novos campeões. Outro sonho é criar um Museu do Surfe do Rio de Janeiro, juntamente com um espaço social que valorize a cultura de praia, que é tão forte na vida do carioca. Tenho um acervo de 150 pranchas, camisetas de todos os eventos da Petrobras, fotografias e pôsteres que narram a história do surfe bra­ sileiro e que tem sido exibido em ex posições itinerantes.

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“A relação do surfista com o mar é direta e essencial. Costumo dizer que somos sentinelas do mar”

6Rico de Souza,

surfista

Como empresário bem­sucedido do surfe, acha que o Brasil dá valor ao esporte? Sim. Nós, brasileiros, temos consciência do quan­ to é importante a formação de ídolos no esporte. Gustavo Kuerten e Ayrton Senna, por exemplo, desempenharam papéis importantes no passado. Hoje, a natação e o vôlei têm papel destacado de vido ao alto desempenho dos atletas. Acho, inclusive, que estamos preparados para realizar eventos de grande porte como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Nossos maiores desafios são as carências no setor de infraestrutura, em especial nas áreas de transportes e de serviços.

A prática do surfe está crescendo no Brasil? Acho que está indo em boas direções. Tanto a Abrasp (Associação Brasileira de Surfistas Pro fis ­sionais) quanto a CBS (Confederação Bra si lei ­ra de Surf), que cuida do surfe amador, estão desenvolvendo bons trabalhos e aprendendo a administrar cada vez melhor o esporte. Pre ci ­samos centrar esforços para aumentar a cota de patrocínios, vital para o esporte.

Quando será a próxima edição do Petrobras Longboard Classic? A primeira etapa ocorrerá em Salvador entre os dias 29 de abril e 1o de maio. Já a última etapa será realizada entre os dias 18 e 20 de novembro na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro. Serão aproximadamente 100 participantes das cate go ­rias Profissional Mas culina, Profissional Fe mi ­nina e Super Le gends, categoria dedicada so ­men te aos pioneiros do esporte no Brasil, para fortalecer e resgatar a história do surfe brasileiro. Atletas de nível inter na cional, como Phil Rajzman, Danilo Rodrigo “Mullinha”, Carlos Bahia, Eduar ­do Bagé, Roger Barros, Marcelo Freitas e André Luiz “Deka”, iniciaram suas carreiras neste cir cui­ to. O ano de 2007 ficou marcado como histórico no circuito mundial de longboard, pois entre os dez melho res surfistas do mundo, seis eram atletas bra si leiros, incluindo Phil Rajzman, que foi cam­ peão mundial e teve sua carreira iniciada na Es ­cola de Surf Rico (pioneira no Brasil), junto com a cria ção do Circuito Petrobras Longboard Cla s sic.

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Rico se prepara para entrar no tubo na praia

de Lance's Left, no arquipélago de Mentawai,

paraíso do surfe na Indonésia, em 2005

Qual a importância de patrocínios como o da Petrobras no Campeonato Brasileiro de Surf?Eles são fundamentais para o desenvolvimento do surfe no Brasil. A Petrobras é hoje a maior patrocinadora do surfe brasileiro, financiando três modalidades: Longboard, Surfe Feminino e Surfe Profissional. Esse tipo de suporte faz com que nossos atletas tenham melhores condições de treinamento e mais visibilidade na mídia.

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O ‘embaixador’ do surfe brasileiro

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BATE-BOLA ESTRELAS DA CASA

Em busca de oportunidadesA engenheira de produção Lucia­

na Mattar acompanha um dos Feeds (Front End Engineering and Design) do projeto de construção da planta de liquefação de gás natural embarcada (GNLE). Projeto inédito no mundo, a unidade flutuante operará nos blocos do polo pré­sal da Bacia de Santos.

OrigemSão Fidélis, RJ.

Mentor“Meus pais, que foram sempre muito dedicados, incentivadores, e me ensi­naram o valor do trabalho e a impor­tância da ética”.

Principais projetos Formada em Engenharia de Produ­ção pela Universidade Federal Flumi­nense (UFF), com especialização em Engenharia Econômica e Financeira, Gestão de Projetos e mestrado em En genharia de Produção, entrou pa­ra a Petro bras em 2004, como enge­nheira júnior. Após o curso de formação, foi selecio­ nada pela Área Internacional, em 2005, para trabalhar na recém­cria­da Gerência de Suporte Técnico à Área de Desenvolvimento de Negó­cios de Gás e Energia Internacional, a Inter­TEC/GE, sendo a primeira in­ tegrante da equipe.

Entre os projetos de maior destaque es tão o Mariscal Sucre, junto com a PDVSA, a estatal venezuelana de pe­tróleo, para avaliar a oportunida­de de construção de uma unidade de pro ces samento e liquefação de gás natural na Venezuela; o projeto de construção de um terminal de rega­seificação no Uru guai; e o Grupo de Trabalho de análise de oportunida­des de E&P e GNL no Sudeste da Ásia e na Oceania. Coordenou, em 2008, pela Inter­TEC/EPD/IP (antiga Inter­TEC­GE),

o FEL1 (Front End Loading) do pro ­jeto de instalação de uma unidade de processamento e liquefação para os campos de gás do Peru.

No final de 2009, foi convidada pela Gerência de Projetos e Ativos de GNL, do G&E, a participar do acom pa­ nhamento de um dos três Feeds para construção de uma unidade de lique­ fação de gás natural embarcada, des­tinada a viabilizar o transporte do gás que será produzido no pré­sal. Essa unidade será instalada perto das uni­ dades flu tuan tes de produção, esto­cagem e es coa mento (FPSOs) de óleo e gás e re ce be rá até 14 milhões de me­ tros cúbicos de gás associado por dia.

Tempo de empresaSete anos.

Onde está hojeConsultora da Inter­TEC/EPD/IP ce ­dida à Diretoria de G&E, está lotada em Paris, no escritório da Technip, empresa contratada para desenvol­vimento dos Feeds relativos à uni­dade de liquefação.

Conselho pessoal“Acredite sempre que é capaz e faça sempre o que é correto e o que gosta­ria que fizessem por você, mesmo que, num primeiro momento, isto lhe pa­reça pessoalmente desvantajoso”.

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Luciana estuda alternativas de transporte, processamento e liquefação de gás natural

MURAL DO LEITOR

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A árvore da vidaNo terreno da Estação de Bombeamento de Atibaia, em

São Paulo, uma bela árvore chama a atenção na paisagem árida. O cuidado com a planta de espécie desconhecida está garantido no contrato de compra do terreno, assinado pela família que era proprietária antes de a estação ser construída pela Implementação de Empreendimentos de Terminais da Engenharia. A pre ser vação é uma homenagem ao floricultor

japonês Hiroshi Ono, falecido há cinco anos. Sua paixão pela árvore foi respeitada pela mulher e pelos filhos, que cumpriram a vontade de Hi roshi ao garantir a sobrevivência da planta mesmo depois de se desfazerem da propriedade. O projeto original de obras foi alterado, já que a estrada de acesso passaria sobre as raízes da árvore – hoje protegidas por uma contenção de terra, bem ao lado da Estação.

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A Revista Petrobras está em permanente processo de aperfeiçoamento para ser, cada vez mais, uma publicação imprescin-dível à força de trabalho. Para isso contamos com a sua colaboração. Sugestões, críticas, elogios – tudo será recebido com carinho por nossa equipe. Para participar é fácil: por carta, Av. República do Chile, 65, sala 1.202, Rio de Janeiro – RJ – 20035-900; por fax, (21) 2220-8761; ou por e-mail: [email protected]

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Esquadra no mar

No caminho sem volta de bus-car petróleo em regiões cada vez mais profundas do mar, a Petrobras acaba de dar um passo de gigante para o desenvolvimento das reser-vas do pré-sal. De uma só tacada, na maior encomenda do gênero já fei-ta na história da indústria petrolífe-ra mun dial, assinou os contratos para a construção de oito navios-pla ta -forma baseados em um mes mo pro- jeto, que vão operar, a partir de 2014, nos blocos explo ra tórios BMS-09 e BMS-11, na Bacia de Santos.

A construção dos oito cascos das plataformas começa em mar-ço, no Estaleiro Rio Grande, com conteúdo nacional mínimo de 70%. Do polo naval do município gaúcho de Rio Grande vão partir em série as plataformas que darão sustenta-ção à produção em larga escala do pré-sal: a primeira será a P-66, em 2014, e a última, a P-73, em 2017. Cada uma vai acrescentar 150.000 barris diários à produção da com-panhia, totalizando 1,2 milhão de bar ris quando a encomenda for con- cluída. Os detalhes dessa odisseia nos mares estão em nossa matéria de capa, que começa na página 10.

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“Meu marido gostava muito de árvore, porque para ele significava vida. Quando comprou o terreno, há mais ou me- nos 20 anos, ela já existia. É uma planta nativa e não sa be -mos qual é a espécie. O terreno fica a 45 minutos de onde a gente morava. A intenção dele era construir uma casa e depois morar lá, mas o sonho acabou não sendo realizado. Para ele, a árvore tinha um grande sentido, fazia parte da casa. Meu marido gostava tanto que me pediu para cuidar da árvore mesmo se a gente vendesse o sítio”.

Sakae Tanio Ono, viúva de Hiroshi Ono

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azer algo como não era fei­to antes”. Esta definição do dicionário é a melhor para

a palavra Inovar – nome do progra­ma de incentivo à participação da força de trabalho da Transpetro na criação de soluções para os problemas do dia a dia. Ideias que melhorem o ambiente de trabalho, reduzam riscos, aperfeiçoem processos de qualidade ou gerem economia são cadastradas pelos autores num sistema informatiza­do, acessível aos cerca de 9.000 traba­lhadores da empresa. Além de serem reconhecidas, as melhores pro pos­tas recebem garantia de implantação e concorrem a prêmios em dinheiro.

Os resultados são animadores. En­ tre janeiro e dezembro de 2010, 290 participantes cadastraram 321 pro­jetos. “Inovar não é necessariamente

inventar. Às vezes, é usar uma ideia existente em outra aplicação, inovar o processo. O mais importante é dis­ se minar a cultura da inovação na com panhia através da nossa força de trabalho”, define Sergio Machado, presidente da Transpetro. Para ele, é fundamental valorizar o co nhe ci men­ to e a habilidade de cada um, que po­dem ser potencializados no trabalho em equipe.

“A gente quer que todas as pessoas se sintam valorizadas: o marítimo, o engenheiro, o auxiliar de escritório, a auxiliar de limpeza. Todos podem ter uma ideia boa para melhorar algum processo da companhia”, completa Isaías Quaresma Masetti, gerente­ge ­ral de Desenvolvimento e Inovação Tec nológica da Transpetro (Gedit), res ponsável pela gestão do programa.

O Inovar foi criado em 2004 com o apoio da presidência, estimulou o desenvolvimento do programa. De lá para cá, o programa foi aperfeiçoado: cadastro informatizado, clareza nos critérios de premiação e divulgação ativa foram mudanças cruciais que per­mitiram atingir a meta anual de parti­cipação de 2% da força de trabalho antes mesmo do término de 2010.

Até o momento, o Programa Ino­var premiou 24 ideias de 40 traba­lhadores, e também vem estimulan­do o registro de patentes. Depois de analisadas previamente por um co ­mitê multissetorial, as ideias cadas­tradas são submetidas à avaliação de téc nicos da companhia para verifica­ção da viabilidade ou não da sua im­ plan tação. As propostas, aprovadas pelas avaliações técnicas e das poten­ciais áreas beneficiadas, fi cam dispo­níveis para consulta e são candidatas aos prêmios.

Os profissionais recebem a premia­ ção do presidente da empresa, Sergio Machado, numa cerimônia transmi ­tida por videoconferência e com am­pla divulgação. Foi o caso de Leandro Soares da Veiga, engenheiro de Auto­mação da Gerência Técnica e Opera­ cional da Diretoria de Gás Natural (DGN), premiado pelo projeto do “Filtro Coalescedor para Pilotos das PCVs”. A inovação foi utilizar um filtro de outro equipamento para a filtragem de óleo lubrificante mistu­

rado ao gás. Depois de quatro meses de experiência, o resultado foi a reten­ ção eficiente das impurezas, que pro­ vocavam o mau funcionamento dos pilotos das válvulas de controle de pres são (PCVs) e falhas nos pontos de entrega de gás natural.

“O importante não é apenas o prê mio, mas o reconhecimento do tra­ balho”, afirma Leandro. A inovação deverá ser adotada inicialmente em 40 pontos de entrega, com investimen­to de R$ 160 mil e economia anual de R$ 400 mil, e depois poderá ser esten­dida aos demais 103 pontos, au men­tado a confiabilidade da malha.

No Centro Nacional de Reparo de Dutos da Petrobras (Creduto), em Gua rulhos (SP), o prêmio foi para uma solução criada pela equipe for­mada por Francisco Ferreira dos San­tos, Samuel Martins da Silva, Daniel José dos Santos, Thiago Soares dos Santos e Benedito Romão: o “Telefé­ rico para Transporte de Equipamen­ tos e Materiais”.

O teleférico foi criado para ser utilizado em locais de difícil acesso, co mo rampas inclinadas, vales e cur­sos d’água, e para áreas remotas, co mo florestas. O trabalho foi premia­do por diminuir a possibilidade de

aci den tes e agilizar os serviços, já que reduz o número de pessoas en­volvidas. A ideia foi inscrita no pro­grama pelo ge rente Mucio Eduardo Amaran te Costa Pinto. “A equipe é de pessoas com muita experiência, que já passa ram por várias dificul­dades em campo”, afirma, ressaltando os resultados tão importantes de uma solução sim ples e com grande poten­cial de ex pan são. A ideia será adotada inicialmente em 18 locais no Brasil.

Sempre procurando atrair profis­sionais, os gestores promovem o Ino­var Itinerante. São visitas aos termi­

nais distantes, quando é explicada a definição que a palavra inovação tem para a Transpetro, e a força de traba­lho é incentivada a pensar em solu­ções para suas dificuldades operacio­nais. A análise mensal dos resultados, discri minada por regiões, direciona as ações de incentivo da companhia. Os participantes receberão reconhe­cimento na sua ficha profissional.

Com foco na abrangência do Pro­grama Inovar, a proposta é ampliar cada vez mais a interação com a força de trabalho, transformando a ino­vação em desafio pessoal.

IDEIAScompartilhadasTRANSPETRO INOVA COM UM PROGRAMA DE ESTíMULO à CRIAÇÃO E à ADOÇÃO DE SOLUÇõESSUGERIDAS POR SUA FORÇA DE TRABALHO. AS MELHORES PROPOSTAS CONCORREM A PRêMIOS

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As cerimônias de premiação do Inovar são transmitidas por videoconferência

Equipe do Creduto, de Garulhos (SP), que criou o teleférico, tendo à direita o gerente Mucio: experiência premiada

O dispositivo para instalar braçadeiras foi outra ideia inovadora dos técnicos do Creduto

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UM Só PROJETO, UM Só DESTINO:

produzirOITO PLATAFORMAS, CONSTRUíDAS A PARTIR DA MESMA CONCEPÇÃO PARA OPERAR NO PRé-SAL DA BACIA DE SANTOS, PODERÃO ELEVAR A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DA PETROBRAS EM 1,2 MILHÃO DE BARRIS POR DIA

O polo gaúcho de Rio Grande, onde foi construída a P-53 (na foto de 2008, em fase final de montagem), é hoje uma referência para a indústria naval do país

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primeira, em 2014, será a P­66, seguida, em quatro anos, de mais sete pratica­

mente iguais, até a P­73 – uma por semestre, agregando a cada entrega a capacidade de 150.000 barris diá­rios à produção da Petrobras. A cons­trução das primeiras oito plataformas para as operações em larga escala no pré­sal da Bacia de Santos entrou em con tagem regressiva, na maior enco­menda simultânea do gênero na his­tória mundial do petróleo. Com o início da fabricação a partir de mar­ço, os novos sistemas de produção estarão todos em operação em 2017 nos campos dos blo cos exploratórios BMS­09 e BMS­11 do pré­sal da Ba­cia de Santos, in cluindo os campos de Lula, Cer nam bi, Guará e Carioca, acrescentando 1,2 milhão de barris

por dia à capacidade da companhia, correspondentes a mais da metade do volume produzido hoje no país.

A arrancada para a fabricação das unidades – navios­plataformas do ti ­po FPSO, que produzem, armazenam e transferem óleo e gás – foi dada em novembro passado. No dia 11, a Pe­ trobras e as afiliadas brasileiras da in­ glesa BG Group, da portuguesa Galp Energia e da espanhola Repsol assi­naram com a brasileira Engevix En ­genharia os contratos de constru ção dos oito cascos, no valor de US$ 3,46 bilhões. Na sequência desse primei­ ro passo, a companhia já prepara a aqui si ção dos módulos e equipamen­tos que farão parte dos FPSOs, tra­tados como série por serem réplicas de um só projeto, que, além do pe­tróleo, terão capacidade para proces­

sar seis milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Nova geraçãoOs FPSOs formam a primeira le va

da nova geração de plataformas da Pe­trobras, concebidas de acordo com cri­térios técnico­operacionais que prio ­rizam a simplificação de projetos e a padronização de equipamentos. A fa­ bricação seriada proporcionará mais rapidez aos trabalhos de construção, gerando ganhos de escala e conse quen­ te redução dos custos. A emprei tada dos oito FPSOs tem importância estra­tégica para o cumprimento das metas fixadas para o Polo Pré­Sal da Bacia de Santos pelo Plano de Ne gó cios da companhia. As plataformas, que serão ancoradas em lâminas d’á gua de até 2.100 metros, foram projetadas es pe­

cificamente para processar óleo mais leve que o da Bacia de Campos.

A opção pelo tipo FPSO vai permi­ tir à Petrobras iniciar no menor tem po possível as operações em escala comer­ cial nas reservas gigantes do pré­sal da Bacia de Santos. Na escolha, foi de­terminante a flexibilidade operacional desses sistemas de produção, graças à possibilidade de armazenar o petró­leo, depois transferido para navios­tan ques, que farão o transporte até o con tinen te. “Vamos antecipar a pro­dução sem ter que esperar a instalação de in fra es trutura de escoamento de óleo, ne ces sitando apenas da insta­lação de infra estrutura para o gás”, explica o coordenador de Desenvol­vimento de Projeto do E&P Pré­Sal, Leonardo Vieira Ferreira. “Outro tipo

de plataforma requisita­

ria oleoduto até o continen te ou uni­dade de estocagem interligada.”

Para a padronização dos equipa­mentos, a decisão de fabricar cascos novos projetados especialmente para a plataforma foi indispensável, como alternativa à conversão de petroleiros, feita pela Petrobras na fabricação de outros FPSOs. “A construção seriada de oito unidades viabilizou a utiliza­ ção de cascos novos, pois é a repeti­ção do projeto que vai gerar o grande ga nho de escala”, destaca o gerente­ge ral de Instalações e Processos de Pro­ dução do E&P, Ibsen Flores Lima. Para garantir a repetibilidade, a con ­versão exigiria que a Petrobras vascu­lhasse o mercado mundial atrás de oito

cas cos com o mesmo arranjo estrutu­ral para encaixar em todos eles os módulos da plataforma, que tam­bém terão fabricação em série.

Outra vantagem da produção se ­riada são os ganhos na manutenção. “Com diversas plataformas usando equipamentos iguais, vamos reduzir custos com sobressalentes, armaze­namento de peças e treinamento de pessoas”, adianta Ibsen. A empreita­ da das oito replicantes é, por isso, um exemplo que a Petrobras pretende se­ guir em sua estratégia para as opera­ ções no pré­sal. “Sempre que houver demanda para várias unidades e as ca racterísticas dos reservatórios per ­mitirem, poderá ser considerada a

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Altura do casco:

(em construção naval,

chama-se “pontal”)

31,5 metros

54 metros Largura do casco:

(em construção naval,

chama-se “boca”)

Peso leve do casco:

46.000 toneladas sem os módulos

71.000 toneladas com os módulos

Capacidade de armazenamento:

1,67 milhão de barris

Calado máximo do casco:

23,2 metros

de vida útil

25 anos Capacidade diária de produção (gás e petróleo):

150.000 bpd de óleo

6 milhões de metros cúbicos de gás

Acomodações:

110 pessoas +

50 temporárias

Comprimento total do casco:

306 metros

Um projeto, oito plataformas em série

O navio-plataforma Cidade de São Vicente, que já opera no Campo de Lula, em breve terá a companhia de novas unidades do tipo FPSO na Bacia de Santos

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construção seriada, que traz ganhos pa ra a Petrobras, para as empresas con tratadas e os trabalhadores”, afir­ma o gerente­geral de Instalações e Pro­cessos de Produção.

Fábrica de plataformasCom costado duplo, por medida

de segurança ambiental, e conteúdo nacional previsto de no mínimo 70%, os oito cascos serão construídos no Estaleiro Rio Grande (ERG), no polo naval desse município gaúcho. Os car­ regamentos de aço aportam no local desde o início de fevereiro para que as obras comecem em março, a fim de que os dois primeiros cascos sejam en tregues em 2013. Seis FPSOs serão ancorados nos campos de Lula e Cer­ nambi, no bloco BM­S­11 da Bacia de Santos, operado pela Petro bras, que participa com 65% no con sórcio for­

mado com BG (25%) e Galp (10%). As outras duas unidades vão produzir em Guará e Carioca, no blo co BM­S­9, onde a companhia também é ope ra­ dora, com 45% na parce ria com a BG (30%) e a Repsol (25%).

Na maior encomenda de platafor­mas da história, o desafio lançado pela Petrobras é acompanhado com aten­ção por outras grandes empresas do mercado global de óleo e gás, a co ­meçar pelas parceiras nos consórcios. Tendo como conceito básico a repe ­tibilidade dos processos e equi pa men ­tos, a Engenharia projetou um com­ple xo sistema de linha de monta gem que envolverá oito empresas con tra­tadas, sob o comando da recém­criada Gerência de Implementação de Em­preendimentos de Plataformas pa ra o Pré­Sal (Iepsa). A empreitada pe r mi ti ­rá a construção seriada dos FPSOs

“com diversas plataformas usando equipamentos iguais, vamos reduzir custos com sobressalentes, armazenamento de peças e treinamento de pessoas.”ibsen Flores lima, gerente-ge ral de instalações e processos de pro dução do e&p

e renderá os esperados di vi den dos em es cala, produtividade e tempo, este um quesito vital para a largada da pro ­du ção comercial nas novas reservas.

O fato de o número previsto de con tratadas ser o mesmo de platafor­ mas não significa que cada empresa vai construir um FPSO, explica o ge­ rente da Iepsa, Márcio Ferreira Alen­car. “A estratégia é que cada empresa irá repetir o seu trabalho oito vezes”, destaca, ilustrando com a construção de todos os cascos, que ocorrerá ex­clu sivamente no ERG. Das outras fu­tu ras contratadas, quatro fornecerão os módulos das plataformas e três, incluída uma das moduleiras, farão a montagem dos sistemas modulares nos cascos e a integração en tre eles, além do quinto conjunto de módulos. No caso dos moduleiros, a ca da fabri­cante caberá construir oito conjuntos Os oito cascos das novas plataformas serão construídos no Estaleiro Rio Grande

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com os Fpsos do pré-sal, a petrobras atinge novo

patamar na evolução de suas plataformas. o início da pro-

dução na Bacia de campos, em 1977, deu partida a essa

escalada, com sucessivos ganhos em eficiência, custo e

tempo de fabricação. o acervo tecnológico que dá reco-

nhecimento internacional à companhia pelas operações

em águas ultraprofundas foi construído em pouco mais de

quatro décadas. em 1968, foi preciso importar uma pla-

taforma fixa, tipo jaqueta, para ativar o primeiro campo

offshore do país, guaricema, em sergipe, a apenas 15

metros de profundidade d´água.

simples, leves e fixas, outras pequenas plataformas

compradas fora, no mar do norte, ampliaram a incipiente

produção no mar. À medida que as operações avança-

vam para profundidades maiores, os modelos fixos deram

lugar aos semissubmersíveis e aos Fpsos. cada vez mais

complexas e pesadas, as unidades foram subindo de pre -

ço e passaram a demandar mais tempo de fabricação, a

ponto de se tornarem antieconômicas para certos cam-

pos, pois o retorno comercial não compensava os custos.

o marco do início da fabricação das grandes semis-

submersíveis da petrobras foi a p-18, que produz 100.000

barris diários desde 1993 no campo de marlim, na Bacia

de campos. construída em cingapura, seu projeto foi ad-

quirido da empresa sueca gVa e adaptado pelo centro

de pesquisas e desenvolvimento leopoldo américo mi-

guez de mello (cenpes). a aquisição incluiu a transferência

de tecnologia, vital para a companhia acumular conheci-

mento sobre a fabricação de potentes e modernos siste-

mas de produção marítima.

outro divisor de águas foi, para os campos de Barra-

cuda e caratinga, a fabricação da p-43 e da p-48. Fpsos

idênticos, com capacidade diária de 150.000 barris, foram

entregues em 2003 e 2004, para que a petrobras chegas-

se à marca de um milhão de barris por dia. na p-48, pela

primeira vez foi convertido um casco no país, abrindo

nova fronteira para a indústria naval nacional. o domínio

da conversão de petroleiros permitiu a construção da p-50,

que, em 2006, virou símbolo da conquista da autossufici-

ência brasileira em petróleo.

“em todo esse processo de construção de platafor-

mas, pudemos aprender, sofisticamos um pouco e agora

entramos num caminho de retorno à simplificação, bus-

cando uma disciplina de controle de alterações de um

projeto para outro”, salienta, na engenharia, o gerente da

iepsa, márcio Ferreira alencar.

Tecnologia em evolução permanenteo domínio sobre a conversão de

petroleiros permitiu a construção da p-50,

que, em 2006, virou símbolo da conquista

da autossuficiência brasileira em petróleo

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idênticos, aprimorando ca da vez mais seu processo de produção.

“Queremos fazer uma fábrica de FPSOs, que vai entregar plataformas de seis em seis meses”, sintetiza Már ­cio Ferreira Alencar. A missão da Iepsa é uma das maiores já encaradas pela En genharia. Da contratação da enco­menda dos FPSOs à entrega nos pra­zos, pas sando pelo planejamento e controle do trabalho das contrata­das, a Iepsa adotou três princípios básicos da in dústria moderna: gestão integrada, vi são de fábrica e foco no produto final. “Não é só fazer a mes­ma coisa oito vezes, mas repetir cada vez melhor”, destaca o gerente. Além dos desafios técnicos da construção das pla ta for mas, duas ca racterísticas do modelo seriado de fabricação exi­

gem atenção especial da Iepsa: a in­terface simultânea com várias con­tratadas, a que se junta a atenção aos parceiros BG, Galp e Repsol, e a dispersão geo grá fi ca do processo de construção dos FPSOs. Do estaleiro em Rio Grande, cada cas co será des­pachado para ou tro local da costa bra­sileira, onde serão fei tas a mon ta gem e a integração dos módu los, que tam ­bém chegarão de outros luga res, re­metidos por seus fabricantes.

Impacto na economiaA fabricação dos cascos vai abrir

5.000 postos de trabalho no ERG e garantir outros 15.000 empregos de forma indireta. Na fase de montagem e integração dos módulos das plata­formas, mais 4.500 mil trabalhado­

res serão empregados pelas contra­tadas e 11.000 vagas serão abertas indiretamente. Para o mercado de trabalho em setores como metalur­gia, fabri ca ção de equipamentos, for­necimen to de materiais e prestação de serviços de apoio, a “fábrica de FP­SOs” tem a vantagem de assegurar a manutenção da mão de obra contra­tada. “Quando os trabalhadores de uma especialida de estiverem acaban­do o trabalho em um casco, já será ho­ ra de começar outro. Vamos conseguir manter a mo bilização de todas as ca­tegorias e fun ções durante anos”, ob­ser va Márcio Ferreira Alencar.

Nos estudos para a aquisição dos equipamentos das plataformas, co mo guindastes, turbogeradores, com pres ­sores, permutadores de calor, sistema

muitas das inovações tecnológicas adota-

das no projeto das primeiras plataformas para o

pré-sal foram testadas e aprovadas pela uni-

dade de operações de e&p do rio de Janeiro

(uo-rio), nos últimos 10 anos, na Bacia de cam-

pos. especializada na produção em águas ul-

traprofundas, a unidade responde por mais de

um milhão de barris diários – metade da oferta

nacional da petrobras –, produzidos nos gran-

des campos de roncador, albacora leste, mar-

lim leste e sul, Frade, Barracuda e caratinga,

situados entre 95 e 128 quilômetros da costa

dos municípios fluminenses de macaé e cam-

pos dos goytacazes.

Eficiência operacionala uo-rio, criada em novembro de 2000, res-

ponde por 15 plataformas – 12 de produção e

três de armazenamento e escoamento –, anco-

radas em lâminas d'água que variam de 800

metros, em Barracuda, a 1.800 metros, em ron-

cador. cinco grandes sistemas de produção são

destaque, cada um com capacidade para pro-

duzir 180.000 barris por dia – p-50, em albacora

leste, p-51, em marlim sul, p-52 e p-54, em

roncador, e p-53, em marlim leste. mais três

estão a caminho – p-56 (100.000 barris diários),

com operação prevista para este ano em marlim

sul, p-55 e p-62 (180.000 barris cada), para 2012

e 2013, em roncador.

a exemplo das oito plataformas encomenda-

das para o pré-sal, os novos sistemas de produ-

ção da uo-rio atendem aos critérios de simpli-

ficação e padronização adotados pela petrobras

desde meados da década passada. a p-56, se-

missubmersível, tem o mesmo projeto da p-51

e, por isso, tempo de fabricação 25% menor. na

p-55, do mesmo tipo, as medidas de simplifi-

cação resultaram na diminuição de 4.000 tone-

ladas de aço, 360 equipamentos e 2.000 vál-

vulas. economia semelhante – respectivamente,

3.700 toneladas mais leve, 200 equipamentos e

3.700 válvulas a menos – foi adotada na p-62,

do tipo Fpso.

na época da criação da uo-rio, nenhuma

de suas plataformas existia. as primeiras foram

p-38, p-40, p-43 e p-48, construídas enquanto

a unidade estudava o desenvolvimento de seus

campos, que cobrem 2.744 quilômetros quadra-

dos. uma a uma, a entrada das plataformas em

operação alimentou uma escalada de conquis-

tas em águas ultraprofundas. a uo-rio nasceu

com o desafio de inovar para produzir, em perí-

odo curto, um milhão de barris diários de petró-

leo. o patamar foi atingido em maio de 2009, com

altos índices de eficiência operacional.

Mar de inovações na UO-Rio

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de tocha e remoção de gás carbônico, a Petrobras incentiva ao máximo a in­ dústria instalada no Brasil. “O tama­ nho da encomenda nos dá poder de bar ganha para forçar o conteúdo na ­cional”, salienta o gerente da Iepsa, acrescentando que o custo total dos oi to FPSOs supera US$ 10 bilhões. For necedores internacionais dos gran ­des equipamentos começam a bus­car e a certificar subfornecedores bra­sileiros. Fabricantes estrangeiros de por te vêm adquirindo áreas no país e se associando a empresas brasi­leiras para disputar os contratos de cons trução dos módulos, montagem e integração.

O propósito da Petrobras é susten­tar um resultado de nacionalização que vá além da entrega das oito pri ­

meiras plataformas do pré­sal. “Que­ remos estimular uma nacionalização crescente, mas realista, com preços competitivos no mer cado interna­cio nal, para que so brevi va à nossa en­ comenda e se ja pe re nizada”, afirma Márcio Fer rei ra Alencar. A base ins­ talada dessa indústria, ele pre vê, po­derá, depois, produzir pa ra petro­leiras de outros paí ses, além de forne­cer para outros projetos da Petrobras. Os for nece do res es trangeiros de pe ­ças e componentes também vêm se mo vi mentando em busca de par ceiros no Bra ­sil, co mo forma de garantir o fluxo de su primen to à “fá brica de FPSOs”.

uo

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Campos dosGoytacazes

São ToméLagoa Feia

Quissamã

Carapebus

Estação deCabiúnas

Macaé BARRACUDA

Bacia de Campos

MARLIM LESTE

RONCADOR

ALBACORA LESTE

CARATINGA

MARLIM SUL

P-43P-38

PRA-1

P-54

P-62 (2013)

P-52

P-55 (2012)

P-50

FPSO BRASIL

FPSO CIDADE DE MACAé

FPSO FRADE

P-53

FPSOCIDAD E DE NITERÓI

P-40

P-51

P-56 (2011)

FPSO MLS

P-48

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NA ERA DO PRé-SAL, A PETROBRAS ESTABELECE PARCERIA COM A ANP, UNIVERSIDADES E ESCOLAS TéCNICAS A FIM DE ESTIMULAR A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA A INDúSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS

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mercado brasileiro de ener­gia passa por uma verdadeira revolução, impulsionada pe la

descoberta da camada pré­sal. Esse crescimento, cada vez mais ace lerado, exige também maior o ferta de mão de obra especializada. Por outro lado, há uma grande quantidade de jovens em busca de emprego e dispostos a aprender. Com foco nesse cenário, a área de Recursos Hu manos da Petro­bras lançou em 2010, em parceria com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombus tíveis (ANP), o Programa Petrobras de Formação de Recursos Humanos.

“É um projeto importantíssimo para a cadeia de valor do segmento onde a companhia atua, bem como para as instituições de ensino que con­templam cursos relevantes para a in­dústria de energia”, diz o gerente exe­cutivo de Recursos Humanos, Diego Hernandes. “O Brasil cresce a taxas elevadas, e os investimentos da Petro­bras previstos em seu Plano de Negó­cios, com a exigência de con teúdo na­cional mínimo, impulsionam a econo­mia brasileira e a geração de emprego e renda. O Programa Petro bras de Formação de Re cursos Huma nos se junta ao esforço do país para forma­

ção de mão de obra qualificada a fim de sustentar o ritmo do crescimento da indústria nacional.”

O programa possibilita a ca pa ci ­tação de estudantes na área de pe tró ­leo, gás e biocombustíveis em to do o território nacional por meio de bol­sas­auxílio. São contemplados des de estudantes do ensino técnico de ní vel médio até doutorandos. O pro grama também proporciona às instituições parceiras a aqui sição de equi pamentos e programas de computador, assina­tura de periódicos, melhorias na in­fraestrutura e participação em even­tos científicos e acadêmicos.

OEm janeiro de 2010, foram assi­

nados convênios com duas ins ti tui­ções de ensino técnico de nível médio – o Instituto Federal Fluminense (IFF) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) – e uma de nível su­ perior – a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em outu­bro, outros 30 con vênios foram fir­mados com 18 universidades e três escolas técnicas. So mados todos os contratos assinados até agora, serão repassados, no período de 2010 a 2016, cerca de R$ 77 milhões.

Segundo Maria Oliveira, gerente de Desenvolvimento de Recursos Hu­

manos da Universidade Petrobras, a previsão é conceder bolsas de estu­do a 841 alunos do ensino su perior e a 6.184 do nível técnico. “Já fo­ram disponibilizadas 1.605 bol sas e 5.277 novas bolsas já estão previstas para serem concedidas até 2016”, relata a gerente.

“Estimamos que grande parte dos contemplados vá atuar no setor de petróleo e gás ou desenvolver uma carreira acadêmica voltada para áreas de conhecimento importantes para a Petrobras”, explica o coordenador do programa, Rodrigo Horta. “A Pe­ trobras obterá o seu retorno na me­

dida em que houver disponibilidade de profissionais qualificados para aten­der a cadeia produtiva do setor”.

Os princípios para a escolha dos alu nos contemplados são de inteira responsabilidade das entidades con ve­ nia das. Muitas delas utilizam critérios socioeconômicos. As instituições de ensino devem obedecer ao Pla no de Tra balho que faz parte do convênio a ser seguido. E o pa ga men to mensal dos benefícios depende de autorização ex pressa da Petrobras e da ANP, bem como a compra de má quinas, equipa­mentos e me lho rias em infraestrutura. Além disso, a cada seis me ses as insti­

A preparação de novos profissionais

é fundamental para a superação

dos desafios no desenvolvimento

das reservas do pré-sal

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Na onda da inovação

para o professor e coordenador do programa de recursos Hu-

manos para o setor de petróleo, gás natural e Biocombustíveis na

universidade tecnológica Federal do paraná (utFpr), Flávio neves

Junior, a iniciativa da petrobras tem uma importância estratégica.

“cria-se um ambiente social e de apoio na universidade, onde as

energias estão voltadas para o setor no qual a empresa atua”, explica.

para o professor, esse esforço da petrobras favorece o conhecimento

mais aprofundado da companhia, que dissemina na comunidade o in-

teresse pelo setor.

“em muitos casos, as universidades já têm grande interação com a

empresa por causa de projetos de pesquisa e desenvolvimento. o en-

volvimento dos bolsistas nesses projetos permite uma formação con-

sistente e continuada, integrada com a pesquisa e o desenvolvimento

cada vez mais sólido”. e conclui: “surge um ciclo virtuoso de formação,

pesquisa e desenvolvimento, com forte vínculo empresarial e com te-

mas atuais e estratégicos. este ciclo permite que o meio universitário

participe dessa onda de inovação”.

Nesses pou-

cos meses como

bolsista do progra-

ma, a principal mu-

dança que percebi no

meu trabalho foi a garantia de viabili-

zação do projeto que estou desenvol-

vendo. Agora posso ter certeza de que

terei recursos para desenvolver ple-

namente minha proposta de pesquisa.

Também vale destacar o prestígio de

estar vinculado à Petrobras, uma vez

que reconheço que carrego o nome

desta empresa em meu trabalho.”

Flávio Henrique Rodrigues,

engenheiro ambiental,

mestrando em Geociências e Meio

Ambiente na Universidade Estadual

Paulista (Unesp)

Minha experiên-

cia está sendo exce-

lente. Como pre ten-

do seguir a carreira

no setor de pe tróleo

e gás, ser bolsista do

programa é de enorme relevância pa-

ra meu currículo. É muito importante

a viabilização dessas bolsas por parte

da Petrobras, já que serve como incen-

tivo para os alunos e para as universi-

dades, dando condições para a forma-

ção de mão de obra de qualidade.”

Felipe Ferreira Gorla,

aluno do curso de graduação em

Geologia do Petróleo da Unesp

É uma oportuni-

dade para poucos, e

por isso me orgulho

e me dedico para

de senvolver um bom

projeto na área em

que tenho interesse.

Trabalhar em um projeto na área do

petróleo é uma experiência desafiado-

ra por ser um assunto pouco estuda-

do nas matérias de graduação.”

Letícia Cornachini Bronzoni,

aluna do curso de graduação em

Geologia do Petróleo da Unesp

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tuições deverão pres tar con tas dos re­cursos utilizados.

Um desafio citado por Rodrigo Horta é o fa to de as instituições se­rem obri gadas a se ajus tar ao pa ­drão de exigência e de trans parência da Petrobras.

“So mos muito rigorosos com a pres tação de contas e as aprovações na utilização dos recursos”, afirma.

Participação EspecialOs recursos para o programa de­

senvolvido pelo RH por meio da Uni­versidade Petrobras têm origem na Participação Especial, como obri ga­ção contratual da cláusula “Inves ti ­mento em Pesquisa e Desenvolvimen­to (P&D)” existente nos contratos de concessão estabelecidos entre a ANP e os concessionários (Resolução ANP no 33/55). A cláusula determina que as empresas que têm um contrato de concessão invistam em P&D até 1% da receita bruta da produção dos cam­pos onde é devida a Participação Es­pecial. Pelo menos metade desse valor deve ser referente a despesas reali­zadas em projetos ou progra mas em universidades e institutos de pesqui­sa e desenvolvimento previamente credenciados pela ANP.

O programa tem ligação direta com outras duas iniciativas da área de Serviços da companhia que utilizam recursos da Participação Especial: as chamadas Redes Temáticas, sob res ­ponsabilidade do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Améri­co Miguez de Mello (Cenpes), e o Pro­gra ma de Mobilização da Indústria Na cional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), ação do governo federal iniciada em 2003, sob responsabilida­de da Engenharia.

Modelo de relacionamentoMaria Oliveira explica como é o

processo de estrutu ração dos convê­nios: “Há uma equi pe multidisciplinar responsável por exe cutar desde a ne­gociação inicial com as entidades, para a elaboração de um plano de trabalho, até a análise da pres tação de contas do uso dos recursos”. É feito contato di­reto com a cúpu la acadêmico­admi­nistrativa da insti tuição de ensino, com a qual são dis cutidas as necessi­dades das áreas de Negócio e traçados os Planos de Tra balho. Estes definem as quantidades e os tipos de bolsas de estudo que serão destinadas à institui­ção, além de pre ver como serão utili­zados os recursos.

Ferramenta contra a evasão escolar

o auxílio financeiro proporcio -

nado pelas bolsas de estudo tem

como objetivo reduzir a taxa de

evasão escolar, estimular as car-

reiras técnicas e de engenharia e

permitir que estudantes tenham

sua atenção voltada para uma das

cadeias produtivas com maior po-

tencial de geração de emprego no

país. este é um dos pontos mais

importantes do programa petro-

bras de Formação de recursos

Humanos. “Vamos conseguir al-

cançar escolas e universidades

em regiões carentes do Brasil, on-

de a maioria dos estudantes tem

dificuldades financeiras para con-

cluir seus cursos”, salienta die-

go Hernandes.

o perío do de concessão das

bolsas varia conforme o nível es-

colar, e os bolsistas não podem

ter vínculos empregatícios nem

estar receben do qualquer ou-

tro tipo de bolsa. no doutorado,

por exemplo, po de chegar a 36

meses.

o programa também traz gran-

des benefícios para as instituições

de ensino. “os investimentos em

infraestrutura viabilizam que as

escolas e universidades tenham

os recursos físicos necessários.

estes recursos são vitais para o

aumento da qualidade da forma-

ção profissional”, destaca o ge-

rente executivo.

Valores das bolsas

nível técnico r$ 350,00

graduação r$ 450,00

mestrado r$ 1.248,60

doutorado i r$ 1.840,50

doutorado ii r$ 2.278,20

coordenação r$ 1.254,00

pesquisador visitante até r$ 5.200,00

O modelo de relacionamento do Programa Petrobras de Formação de Recursos Humanos foi concebido pre­vendo a atuação de agentes inter nos e externos à companhia. As áreas de Negócio definem os temas de interesse da empresa. Ao RH cabe a gestão do programa e a busca pelas melhores instituições do país que tenham cursos sobre esses temas. O Cen pes fica res­ponsável pela administração da rubri­ca de investimentos em pesquisa e de­

senvolvimento. Os institutos federais de educação e as uni ver si dades são os executores do pro gra ma. As insti­tuições de ciência e tecnologia par­ceiras da Petrobras, a cadeia de for ­necedores da companhia e o setor de petróleo, gás, energia e biocombus ­tíveis são os receptores dos trabalha­dores formados e qualificados.

Alunos do programa participaram de um encontro promovido pela ANP em 2010

Bolsistas reunidos no IV Congresso Brasileiro de Oceanografia

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uma época em que as pes ­soas são multifuncionais e diferentes gerações convi­

vem no ambiente de trabalho, com­partilhar experiências, valores, cultu­ra e, principalmente, conhecimento torna­se um desafio para todas as áreas da Petrobras. E foi com o ob­jetivo de acelerar o compartilha ­mento do conhecimento Petrobras, ou seja, competências técnicas, cul­tura, valores, experiências e rede de relacionamento entre as “gerações Pe trobras” que a área de Recursos Humanos (RH) iniciou, no final de

setembro passado, a implantação do Projeto Mentor, que, além de contri­ buir para a retenção do conhecimen to, oferece a oportunidade de desenvol­ vimento pessoal e profissional.

A iniciativa é essencial e priori­tária porque, durante um período de dez anos, foram realizadas ape­nas admissões pontuais na compa ­nhia. Com isso, formou­se um “va le” no perfil dos empregados em relação à distribuição por tempo de compa­nhia e que praticamente os separa em dois grupos: cerca de 50% com até dez anos e 47% com mais de 20 anos

de serviço. O projeto consis te no com­partilhamento do conhecimento de forma estruturada entre os emprega­dos mais experientes, referências em suas áreas de atuação, denominados mentores, e os profissionais que tra­balham na companhia há menos tem­po, os mentorados.

Até o momento foram identifica­dos 48 mentores das áreas de Explo ra­ ção e Produção (E&P) e Abas te ci men­ to, com a formação de duas tur mas de capacitação, tornando­os aptos a ini ­ciar o processo de mentoria. Men tor e mentorado são indicados de a cordo

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com as atividades desempenhadas, o grau de experiência e a maturidade pro fissional necessária para o proces­ so de mentoria.

A área de Recursos Humanos acom panhará o an da men to do proje­to, fazendo os ajustes ne cessários em conjunto com as áreas para garantir o alinhamento aos ob je tivos estratégicos de RH: “promover o conhecimento necessário às es tra té gias da empresa” e “ter em prega dos iden tificados com os va lo res Pe tro bras”. “O comparti­lhamento do co nhe ci men to permite uma tro ca ri quís sima, mesclando as ideias e ques tiona men tos dos que es­tão chegando com a experiência de quem trouxe a Petrobras para o pata­mar em que es tamos. A integração deve ocorrer em to da a companhia, mas o foco do pro jeto é para as áreas com co nhecimen tos críticos”, afirma o gerente de Re cursos Gerenciais, Re­ginaldo Lutaif, que de finirá o alinha­mento corpora tivo em conjunto com os RHs de ca da área.

Reginaldo comenta os primeiros eventos de capacitação dos mento­res. “Eles demonstraram com pro me ­timento com a iniciativa. Vamos agora repassar as lições apren di das pa ra as próximas turmas e acom pa nhar o processo de men toria”, ressalta, acres­centando que o RH Corpora tivo já es ­trutura outras ações visando à Ges­tão do Conhecimento.

Há 26 anos na Petrobras, o enge­ nheiro de petróleo Hélio Chagas Lei ­tão, 49 anos, da UO­RNCE, come­mora a oportunidade de fazer um planejamento de longo prazo e com a garantia de mais tempo para ser dedi­cado à transferência do conhecimento. “É muito importante o comprometi­mento ge ren cial que está sendo dado ao projeto, pois só assim a realização pode rá o correr conforme o planejado. Outra vantagem é a discussão adicio­nal que haverá sobre missão, valores e redes de relacionamento”, comenta. Ele pre tende transmitir a experiência que ad quiriu na execução de inúmeros Estudos de Reservatórios com Simula­ção Numérica, sobretudo dicas e su­gestões para contornar a etapa mais de morada do processo, que é o ajuste de histórico.

Outro que celebra o projeto é o engenheiro de petróleo Luis Améri­co Silva de Lima, 36 anos, também da UO­RNCE. “O projeto re pre sen­ta uma ferramenta vital para a con­tinuidade da excelência técnica que a Petrobras apresenta no cenário mundial”, enfatiza. Lima diz que pe­ rio dicamente já procurava os profis ­sionais mais experientes em busca de uma opinião técnica sobre as ativi­da des que desempenha. Para ele, o mais valioso é conhecer quem são os melho res na sua área de atuação. “Quando tenho dúvida, recebo um nor te para encontrar a solução. As dicas contribuem para dar mais ve­locidade e qualidade às atividades do meu dia a dia”, conclui.

Na área de Abastecimento, o pro­ jeto também vem sendo muito bem recebido. “É grande a satisfação de podermos participar desse Pro jeto Mentor. É bom saber que o nosso tra­balho e a experiência profissional são reconhecidos e serão apro veitados para a formação das futuras ge rações dentro do Sistema Petrobras”, diz Mau­ricio Hoansan Tan, engenheiro de pro cessamento da Gerência de Oti­mização de Processos da Refinaria de Ca puava (Recap).

“é grande a satisfação de podermos participar desse pro jeto mentor.

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PROJETO MENTOR PROMOVE A TROCA DE ExPERIêNCIAS ENTRE EMPREGADOS NA COMPANHIA, VISANDO O COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTOPROJETO MENTOR PROMOVE A TROCA DE ExPERIêNCIAS ENTRE EMPREGADOS NA COMPANHIA, VISANDO AO COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO

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à qualidadeDESAFIO PQGN MOBILIzA EQUIPES DA TRANSPETRO EM TODO O PAíS NUM JOGO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS QUE TEM O OBJETIVO DE AFERIR O CONHECIMENTO DOS EMPREGADOS

U“por meio da tecnologia, pessoas de diferentes localidades podem exercitar, em conjunto, o conhecimento adquirido. é uma brincadeira interessante, útil e ligada à qualificação na área de gás natural.”marcelo rennó, diretor de gás natural da transpetro

Francisco Lemos, da Malha Nordeste Meridional (à esquerda), recebe o troféu PQGN de Marcelo Rennó

Fotos: diVulgaÇÃo transpetro

ma forma divertida de aferir o conhecimento e de estimu­lar os empregados próprios da

Transpetro a se dedicarem aos cursos do Programa de Qualificação Profis­sional em Transporte de Gás Natural (PQGN). Assim pode ser definido o Desafio PQGN, um jogo de pergun ­tas com respostas de múltipla esco­lha, disputado via videoconferên cia por equipes representantes das ma lhas de todo o Brasil – Nordeste Seten­

trional (NES), Norte (NO), Nordeste Meridional (NEM), Espírito San to (ES) e Sudeste­Sul (SES). Responsá­vel pela equipe ven cedora, Francisco Lemos, gerente da Malha NEM, re­vela o segredo da conquista do tro ­féu PQGN, com 87% da pontuação: “A estratégia foi o es tudo. Os empre­ gados se prepararam, se dedicaram e se esforçaram”.

O Desafio PQGN foi idealizado por Marcelo Rennó, diretor de Gás

Natural da Transpetro, e operacio­ nalizado pela engenheira Lu­

ciane Gon çalves Thomaz. De acordo com Rosangela Mo­raes Cezar, coordenadora do PQGN, o jogo tem duas etapas, cada uma delas com três perguntas com respostas de múltipla es co lha, elabora­ das pe los ins tru tores do pro­

grama. As per guntas sobre os temas tra tados no treinamento

são feitas por meio de video ­

con ferência. “Cada malha esco lhe dois re pre sentantes para respon der às questões, mas ou tros colegas que fi­zeram treinamento também podem par ti cipar, torcendo e contribuindo com informações. As respostas são dadas por meio do Sametime, ferra­menta de comunicação instantânea do Sis tema Petrobras.”

Presente durante toda a ativida­de, Marcelo Rennó destaca a mobi­lidade do formato escolhido para a realização do jogo: “Por meio da tec­

nologia, pessoas de diferentes locali­dades podem exercitar, em conjunto, o conhecimento adquirido. É uma brin cadeira interessante, útil e ligada à qualificação na área de Gás Natural. Com alegria, vamos garan tir a quali­ dade do nosso trabalho”.

O gerente da malha vencedora res salta a constante preocupação da Petrobras e da Transpetro com o trei­ namento dos empregados: “Não há nada pior do que ocorrer um aciden­te, com perdas materiais e pessoais, e depois se descobrir que a causa foi o despreparo do pessoal”. O Programa de Qualificação Profissional em Trans­ porte de Gás Natural foi iniciado em 2010, com o objetivo de capacitar e qualificar a mão de obra para a área, que vem crescendo muito, e garantir a confiabilidade máxima dos proces­ sos e instalações, utilizando tec no ­logia de forma apropriada para dis­seminar e massificar o conhecimento em grande escala e curto espaço de tempo. “Cerca de 65% da força de trabalho de nossa equipe é formada por novos empregados, que entraram na companhia a partir de 2007”, in ­forma a coordenadora do programa.

Todos os instrutores do PQGN são empregados da Transpetro e da Petrobras com experiência operacio­ nal. “O mais valioso foi que o PQGN trouxe as aulas teóricas para o local de trabalho, com a Internet, e as aulas práticas para o nosso próprio campo operacional”, elogia Francisco Lemos.

Para Vicente Campitelli, gerente de Logística de Gás Natural da Trans­ petro, o esforço para a qualificação da força de trabalho tem trazido bons resultados. “O objetivo do primeiro módulo do PQGN é nivelar e apro­fundar os conhecimentos técnicos nas atividades de gás natural, incluindo a manutenção, a integridade e a se­gurança. A meta original, que era a formação de 240 empregados no ni ­velamento até agosto de 2010, foi su­ perada, e 301 pessoas concluíram todas as 23 disciplinas do primeiro módulo”, comemora.

Integrantes da equipe vencedora, da Malha Nordeste Meridional, posam com o troféu

Com 87% de acerto na pontuação geral, equipe da Malha NEM festeja o 1o lugar

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GENTE

Cintia Guido nasceu em São Paulo, longe do mar, mas quando se mudou da capital para Santos, a fim de assumir o cargo de técnica de Administração e Controle na Gerência de Recursos Hu-manos da Refinaria Presidente Bernar-des – Cubatão (RPBC), descobriu sua vocação aquática e começou a praticar canoa havaiana. O esporte a conquistou de imediato, e sua dedicação lhe ga-rantiu lugar na primeira equipe feminina da modalidade formada na região. Os

treinos eram um prazer e levaram Cin-tia a conhecer paisagens belíssimas e entrar em contato com a natureza. “Du-rante os treinos, íamos beirando o litoral e pa ran do em várias praias para des-cansar. Eram momentos em que ficáva-mos em silêncio, refletindo e contem-plando a na tureza”, conta. A equipe se desfez por indisponibilidade de algumas atletas, mas Cintia não abandonou o es-porte e buscou novos parceiros para a atividade. “Quando remamos, tra ba lha -

mos em equipe. Cada um tem uma fun- ção, que influencia diretamente o de-sempenho do grupo. Já existe o interes-se de empresas em proporcionar essa ativida de a seus funcionários, justamen-te por ela despertar o espírito de traba-lho em equipe, a liderança e a superação de de safios”, explica, lembrando que, além de tudo, o esporte favorece novos laços de amizade.

Haja fôlego!Voluntário pela ética

Trabalho em equipe no mar

Um casamento de 22 anos, dois fi lhos e muita reflexão sobre a arte da convivên-cia são as credenciais que Getulio Manoel, técnico químico da Refinaria Ga briel Pas-sos (Regap), apresenta às vés pe ras do lançamento do livro Cinco questões para o

casamento, previsto pa ra março. “Quan-do alguém me diz que vai casar, per gunto sempre se já se fez as cinco perguntas fundamentais para tomar tal de cisão. Resolvi escrever este livro para propor uma reflexão sobre estas questões. Quis to-car nos tó picos que vão fazer o casa-mento dar errado, e não escrever um li-vro de receitas para fazer o ca sa men to ser duradouro”, alerta, sem revelar quais

são as cinco perguntas. Se Getulio sabe ou não as respostas, cabe aos seus lei- tores decidir. Mas é fa to que ele sabe compartilhar a vida, se ja com a esposa ou com os amigos e co legas de empresa. O livro, uma produção independente, é um exemplo da união de esforços. A obra, sua primeira experiên cia editorial, é ilus-trada por Thiago Geraldo da Silva, no es -tilo mangá, e revisa do por Márcio César Pereira dos Santos, ambos técnicos da Regap. Getulio, que antes só publicara poemas em edições coletivas, já faz pla -nos para novos livros, além de dar con-tinuidade ao seu viés mu sical: ele é sa-xofonista, compositor e arranjador.

Os segredos do casamento

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Casado há 22 anos, Getulio escreveu um livro sobre os desafios da vida a dois

Apaixonado por política, Rodrigo Marcovich Rossoni, téc-nico de manutenção da P-34, encontrou em 2008, na ONG Transparência Capixaba, uma razão para dedicar parte de seu tempo à defesa da ética na gestão pública. “Como me identifiquei com o trabalho da Transparência Capixaba, que achei sério e realmente voltado para o fortalecimento da de-mocracia e para o interesse público, resolvi ser um voluntário e contribuir financeiramente para sua manutenção”, conta. Empolgado, sugeriu que a ONG criasse um núcleo jovem, e ganhou como missão coordenar o grupo que desenvolve ações para combater a corrupção e promover a ética. Uma delas foi premiada, em dezembro de 2010, pela Controlado-ria Geral da União, enchendo Rodrigo e seus colegas de or-gulho. “Ficamos em terceiro lugar na categoria curta-metra-gem, com um vídeo de um minuto que trata da importância do controle social após o voto. Estive em Brasília para receber o prêmio, durante a cerimônia que marcou o Dia Mundial de Combate à Corrupção”, conta. O vídeo “O matuto antenado”

tem argumento e roteiro de Rodrigo e foi realizado na filosofia de voluntariado que mantém a ONG. “Consegui que uma produtora fizesse o vídeo e que dois atores do grupo humo-

rístico Comédia 027 dessem vida à conversa de um matuto consciente do poder da cidadania com um homem da cida-de”, diz ele. O esforço valeu o prêmio, que foi doado à Trans-parência Capixaba. Conheça o trabalho do grupo em www.transparenciacapixaba.org.br/jovem.

Rodrigo exibe o prêmio conquistado em 2010 por seu vídeo “O matuto antenado”

Cintia (segunda da esquerda para a direita) destaca o trabalho em equipe...

... e a determinação como segredos do esporte

Bruno Cabral Goes, técnico de manutenção da P-12, mostrou ter uma vontade de ferro ao se preparar para as provas do Ironman

em 2009. Ele venceu vários obstáculos, como uma bursite e es coriações e luxações decorrentes de um grave acidente de bicicleta, para estar entre os 1.649 competidores da prova realizada em maio, em Florianópolis, na qual os atletas ti-nham que cumprir um circuito de 3,8 quilômetros de nata-ção, 180 de ciclismo e 42 de corrida. A preparação co -

meçou em 2004, quando Bruno leu uma matéria sobre a competição mundial de triatlon, no Havaí. “Fiquei impressionado com as distâncias da prova e fascinado pela possibilidade de me deslocar 226 quilôme-tros em uma única competição”, lembra Bruno. Lo go em seguida, começou a treinar e, com a supervisão de um técnico, fez um pla-nejamento de longo prazo para participar de seu primeiro Ironman Brasil, em 2009, e do internacional, em 2010. Em 2009, terminou as provas com o tempo de 9 horas, 31 minutos e 13 segundos. Mas no ano passado, treinando pouco para um triatleta, desistiu de participar da prova internacional e voltou a Florianópolis, cumprindo o circuito brasileiro em 9 horas e 40 minutos. Novamente dedicado aos trei-nos, que não são interrompidos nem mesmo nos dias de embarque

na P-12, Bruno já faz planos para este ano. Ele se prepara para cor-rer em novembro o Ironman Cozumel, no México, e tentar uma clas-sificação para participar, em outubro de 2012, do Ironman interna-

cional, no Havaí. “Nesse intervalo, que-ro fazer ainda um Meio Ironman, em Caioba, e, em maio de 2012, o Ironman Brasil”, explica Bruno.

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Bruno esbanja energia nas provas de corrida e ciclismo (foto ao lado) e vem intensificando os treinos para competir no Havaí

Haja fôlego!Bruno Cabral Goes, técnico de manutenção da P-12, mostrou ter

uma vontade de ferro ao se preparar para as provas do Ironman em 2009. Ele venceu vários obstáculos, como uma bursite e

escoriações e luxações decorrentes de um grave acidente de bicicleta, para estar entre osrealizada em maio, em Florianópolis, na qual os atletas ti-nham que cumprir um circuito deção, 180 de ciclismo e 42 de corrida. A preparação co

meçou em 2004, quando Bruno leu uma matéria sobre amundial de triatlon, no Havaí. “Fiquei impressionado com as distâncias da prova e fascinado pela possibilidade de me deslocar 226 quilôme-tros em uma única competição”, lembra Bruno. Locomeçou a treinar e, com a supervisão de um técnico, fez um pla-nejamento de longo prazo paraBrasil, em 2009, e do internacional, em 2010. Em 2009, terminou as provas com o tempo de 9 horas, 31 minutos e 13 segundos. Mas no ano passado, treinando pouco para um triatleta, desistiu de participar da prova internacional e voltou a Florianópolis, cumprindo o circuito brasileiro em 9 horas e 40 minutos. Novamente dedicado aos trei-nos, que não são interrompidos nem mesmo nos dias de embarque

na P-12, Bruno já faz planos para este ano. Ele se prepara para cor-rer em novembro o Ironman Cozumel, no México, e tentar uma clas-sificação para participar, em outubro de 2012, do Ironman interna-

Bruno esbanja energia nas provas de corrida e ciclismo (foto ao lado) e vem intensificando os treinos para competir no Havaí

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regional e étnicaSEGUNDA FASE DA SELEÇÃO PúBLICA DO PROGRAMA PETROBRAS CULTURAL (PPC) 2010 CONTEMPLA 149 PROJETOS DE 18 ESTADOS DO PAíS

anorama da riqueza da cul­tura brasileira, os resultados da edição 2010 do Programa

Petrobras Cultural têm uma caracte­ rística que está presente em todas as edi ções: a diversidade regional e ét­nica. “Essa é, inclusive, uma das ra­zões de ser do PPC, que selecio­nou este ano vários projetos voltados para culturas indígenas e comuni­dades qui lombolas remanescentes”, destaca Eliane Costa, gerente de Pa­trocínio Cultural, da Comunicação Institucional.

Outra característica do PPC é a desconcentração regional. Para des­centralizar a distribuição e democra­tizar o acesso à verba do patrocínio da Petrobras, são realizadas seleções públicas, abertas à sociedade, anun­ciadas nacionalmente, com inscrições pelo site da companhia.

“Na distribuição entre as regiões, 77% dos resultados estavam concen­ trados na Região Sudeste em 2003. Depois de sete edições, temos 58% do resultado no Sudeste e o restante distribuído entre as demais regiões: 6% na Região Norte, 18% no Nordes­te, 5% no Centro­Oeste e 13% na Região Sul, graças aos bons projetos enviados por essas regiões, que estão cada vez mais bem representadas”, comemora Eliane.

O resultado da segunda fase do PPC, anunciado em dezembro, abran­ geu 16 áreas, dentro das três linhas de

atuação do programa. Foram destina­ dos R$ 52,9 milhões para patrocínio.

Na edição 2010, três áreas tive­ram cronogramas diferenciados (fes ­tivais de música, festivais de cinema e difusão de longa­metragem em sa­las de cinema), tendo suas seleções públicas concluídas no início do ano.

Dos 3.446 projetos inscritos, 2.037 são do Rio de Janeiro e de São Pau­lo, e 1.678 dos demais estados.

Nesta sétima edição, foram con­templados 149 projetos nos segmen­tos de artes cênicas, audiovisual, mú sica, educação para as artes, li ­te ra t u ra, cultura digital e preserva­ção e memória.

Entre os projetos selecionados, 34 são do Rio de Janeiro, 46 de São Pau ­lo, 12 de Minas Gerais, 11 da Bahia, 11 do Rio Grande do Sul, oito de Pernam­ buco, cinco do Ceará, qua tro de San ­ta Catarina, quatro do Dis trito Federal, quatro da Paraíba, dois do Paraná e dois do Ma to Grosso. Amapá, Pará, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul tive­ram um projeto selecionado cada.

Os incentivos incluíram desde ini­ ciativas de pesquisa artística até pro­ jetos de distribuição de bens culturais. O patrocínio contemplou projetos de apoio a museus, arquivos e bibliote­cas; educação para as artes; manuten­ ção de grupos e companhias de tea­ tro, dança, circo e trupes circenses; produ ção de filmes de longa e curta­

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metra gem em 35 milímetros e digitais; cultura digital; literatura; apoio à ma­nutenção de websites culturais; grava ­ção de CDs, turnês de shows e concer­tos e gravação e circulação de mú sica com disponibilização na Internet.

Maior patrocinadora de cultura A Petrobras já destinou R$ 311

milhões às seleções públicas do PPC desde a primeira edição, em 2003. Cerca de 1.300 projetos receberam patrocínio por meio do progra ma, que teve mais de 26.000 projetos ins ­critos nas sete edições, avaliados por 356 especialistas integrantes das co­missões de seleção.

A comissão de seleção do PPC, que este ano contou com 98 especia­ listas, é formada por grupos de pro­fissionais que atuam diretamente nos setores da cultura contemplados pelo programa, incluindo diretores, pes­quisadores, jornalistas, críticos, cu ­ra dores, acadêmicos e editores, entre outros. Essas comissões são renova­das a cada ano, e sua composição bus­ ca incluir a maior diversidade pos sí­vel de perfis para o julgamento dos projetos, selecionados por seus mé­ritos qualitativos.

A política de patrocínios da Pe­trobras está estruturada em progra­mas contínuos, que definem as es ­tra tégias e as prioridades de atuação da empresa nas áreas cultural, social

e ambiental. O Programa Petrobras Cul tural lança a cada ano novas se­ leções públicas de projetos para di ver­ sas áreas, com divulgação nacional.

Desde a década de 1980, quando deu início às ações de patrocínio cul­ tural, a Petrobras já investiu na cultu­ ra brasileira R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 500 milhões correspondem a re­cursos próprios da companhia, sem incentivo fiscal.

Pérolas do PPC 2010 Na área de Música, tiveram desta­que o projeto de gravação do CD Villa­Lobos, Vozes do Brasil – obra coral profana, do Rio de Janeiro, par te da composição para coro a ca ­pela, muito pouco divulgada, gra va­ da por um dos melhores conjun tos corais do país, o Calíope, sob a di­ reção do maestro Julio Moretzsohn.

O projeto Samba de Nicinha, Raí­zes de Santo Amaro, de gravação para disponibilização gratuita pe la Inter net, utiliza o audiovisual pa ra difu são da memória do sam ba­chu la ou samba de roda, estilo mu si cal tra­ di cio nal do Recônca vo Baia no, re co­ nhecido como Patrimônio Ima terial do Brasil pelo Iphan e Pa tri mônio Ima terial Mundial pe la Unesco.

Na parte de turnês de shows e con­ certos de música brasileira, desta­

que para Rotas Musicais – Móveis Co loniais de Acaju, de Brasília, uma das principais bandas alternativas do país.

Também do Distrito Federal, Arri­go Barnabé através do Brasil, sele­cionado pela importância da obra de um dos nomes mais expressivos da música experimental brasileira, o compositor e cantor Arrigo Barna­ bé, paraense radicado em São Pau­lo, que fará apresentações do seu repertório de vanguarda em sete ci­ dades de quatro regiões brasileiras.

Criador de uma obra original e pou­ co difundida, o compositor baiano Elomar Figueira Mello propõe um trabalho de temática popular em for mato de ópera antiga. A série de concertos “Galope Estradeiro 2009 – II Galope Estradeiro” fo­caliza o ce nário regional baiano em uma tur nê pelo interior dos es­tados da Ba hia, do Ceará e de Mi­nas Gerais.

Na categoria de Artes Cênicas, Ma­ nutenção de Grupos e Companhias de Teatro, Dança e Circo, o Grupo

Bagaceira de Teatro, de Fortaleza, com o projeto de intercâmbio de qua tro grupos teatrais do interior cearense, seguido de montagem do espetáculo, e o projeto De Ilusão a Círculos Que Não Se Fecham – um processo de consolidação, de Reci­fe, de formação de jovens educado­ res e artistas circenses da Escola Per­ nambucana de Circo.

O projeto Antonio Nóbrega Cia. de Dança, de São Paulo, dá conti­nuidade à pesquisa do músico, ator e dançarino pernambucano Antô­nio Nóbrega, com a produção de um novo espetáculo de dança, ha­bilitando jovens bailarinos a uma linguagem de dança organizada a partir de matrizes corporais oriun­das do vasto imaginário brasileiro, presente em inúmeras manifestações populares.

Na categoria de Websites, destaque para o Centro Multimídia Fora do Eixo, de Mato Grosso, de in ter câm­ bio de tecnologias aplicadas à ca­deia produtiva da cultura, formado por coletivos autônomos articula­dos em rede de alcance nacional, utilizando novas ferramentas ba­seadas em softwares livres.

De Porto Alegre, a digitalização e or ganização do Acervo da vida e

da obra de Teixeirinha – cantor gaúcho com 72 discos gravados, compositor de mais de 1.200 le­tras, ra dia lis ta, cineasta de 12 lon­gas­metragens – formando um banco de dados que será disponibilizado na sede da Fun dação Vitor Mateus Teixeira – Tei xei rinha e no websi­te da instituição.

Organização e disponibilização do Arquivo documental da arquiteta Lina Bo Bardi, de São Paulo, par­te de um programa mais amplo de rees truturação da Casa de Vidro – Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi, que abriga as coleções e os arquivos da arquiteta, fundamen­tais para a história da arquitetura moderna e dos museus no Brasil.

Na categoria Documentário, o lon­ ga­metragem digital de Daniela Broi ­t man, Marcelo Yuka no caminho das setas, de São Paulo, mostra a transformação na vida do ex­bate­ rista e fundador da banda O Rappa, vítima da violência no Rio de Janei­ ro, e sua luta pela justiça social.

Eliane Costa destaca a desconcentração

regional como uma das bases do Programa

Petrobras Cultural

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Saiba mais

para ver a lista completa dos

projetos selecionados, acesse

www.hotsitespetrobras.com.br/ppc

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FIQUE POR DENTRO

BOA LEITURA

O Guia Criativo do Via­

jante Inde pendente (Edi -tora Trilhos e Mon ta nhas), organizado por Zizo As -nis, é como um caderno de dicas do seu melhor amigo. Dois livros – Europa e Améri­

ca do Sul – reúnem preciosas infor -mações para pessoas que gostam de desbravar a cidade que escolheu para passar as férias. Os livros não tra zem informações detalhadas so- bre museus e obras de arte, mas ofe- re cem muitas dicas para ajudar o leitor a es co lher um roteiro e conhe- cer as ci da des. Con texto histórico, da- tas fes ti vas, co mi das típicas, com pras, hos pe da gem, transporte público, mu- seus e baladas fazem parte da co -letânea de informações.

Maria Augusta Seixas, Comunicação Empresarial do Jurídico

vencedor do Prêmio Pu- lit zer, o livro O Petróleo ­

Uma História Mundial de

Con quis tas, Poder e Di nhei­

ro (Edi to ra Paz e Terra) tra -ça a abran gente história do

combustível mais importante do mun -do. Colo can do-o no centro das de- ci sões fundamentais do século XX, o es pe cia lista Daniel Yergin, referên cia inter na cional no assunto, mostra de que maneira o petróleo influenciou guer ras, provocou transformações tec- no lógicas e gerou as maiores rique -zas do planeta. Nesta edição revista, am pliada e ilustrada, povoada de no- mes como Churchill, Hitler, Stalin e Sad dam Hussein, o leitor brasileiro po- derá en contrar também um epílogo com infor mações essenciais sobre o contexto brasileiro e o pré-sal.

Anderson Paulo da Silveira, SMS da Regional Sudeste dos

Serviços Compartilhados

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Petrobras é a terceira entre as maiores empresas de energia do mundo

Com um valor de mercado es ti -mado em US$ 228,9 bilhões (em de -zembro de 2010), a Petrobras avan çou mais uma posição e passou do quarto para o ter ceiro lugar no ranking PFC Energy 50, di vulgado em 24 de ja nei- ro. A companhia ficou à frente da Shell e da Chevron, quar ta e quinta colo ca- das, e atrás apenas da líder Exxon Mo- bil e da PetroChina, que ficou com o segundo posto. A con sul to ria PFC Ener gy destacou a constante as cen -são da Petrobras, que passou de 27o

lugar na primeira edição do ranking, em 1999, para a terceira colocação em pou co mais de uma década. Se -gundo a consultoria, o valor de mer ca -do da companhia, que era de US$ 13,5 bilhões em 1999, cresceu a uma ta- xa composta de 27% ao ano. A PFC Ener gy atua junto a empresas e go -vernos em todo o mundo há mais de 20 anos. Ela publica anualmente o ranking das 50 maiores companhias de energia com ações em Bolsa e tem como prin cipal critério o desempenho no mer cado de capitais.

Projetos de biocombustíveis são destaque na Campus Party 2011

Realizada em janeiro, em São Paulo, a Campus Party 2011 abriu espaço pa ra que a Petrobras mostrasse aos par ti ci -pantes alguns de seus principais pro -jetos no segmento de energias reno vá -veis. No dia 18 de janeiro, ao falar so bre a relação entre energia e sustenta bi li -dade, o gerente de Gestão Tecnológica da subsidiária Petrobras Bio com bus tí vel, Norberto Noschang, citou projetos co - mo o desenvolvimento da produção de biodiesel a partir de microalgas e o eta - nol de segunda geração, produzido com o bagaço da cana-de-açúcar. A com pa -nhia também apresentou ou tras inicia- ti vas, como o desenvolvimento de pes -qui sas com o objetivo de au men tar o aproveitamento das olea gino sas para a produção de biodiesel e os desafios para viabilizar a produção de biocom-bustível para aviação. Criada na Es pa - nha em 1997, a Campus Party se trans-

formou no maior evento mundial que integra tecnologia, conteúdo digital e en -tretenimento em rede. Os participantes se mudam com seus computadores, ma las e barracas para uma arena, onde se conectam a uma rede superveloz e convivem em oficinas, palestras, com -petições e atividades de lazer. Em sua quarta edição no Brasil, a Cam pus Par ty se consolidou como ponto de encontro físico das redes sociais da Internet, pro -porcionando aos visitantes a troca livre de conteúdos.

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O ranking está disponível no site www.pfcenergy.com/pfc50.aspx

Apresentação da Petrobras: biodiesele etanol atraíram o interesse do público

ENERGÉTICAS

Serra do MarA Petrobras firmou parceria, em 11 de janeiro, com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo pa- ra colaboração na gestão de áreas no Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). A empresa vai investir R$ 25,7 milhões, e, entre outras ações, a parceria prevê a criação do Plano de Manejo do Parque. A duração do convênio é de 1.800 dias.

Sejam bem-vindos!O embaixador britânico no Brasil, Alan Charlton, e a cônsul-geral no Rio de Janeiro, Paula Walsh, foram rece- bidos pelo presidente da Petro bras, José Sergio Gabrielli de Azeve do, em visita à sede da empresa, no dia 17 de janeiro. No encontro, o em bai xa- dor des tacou o sucesso das par-ce rias exis tentes entre empresas br a si leiras e britânicas e convidou a Pe trobras a participar de eventos pa ra fomentar as relações comer-ciais entre os dois países.

Obras na RefapA Petrobras assinou, em 12 de janei- ro, contrato para a construção da no va Unidade de Hidrotratamento de Die sel (HDT II) e da nova Unidade de Geração de Hidrogênio (UGH II), na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS). A HDT II terá capa-cidade para tratar 6.000 metros cú-bicos por dia de diesel com bai xo teor de enxofre (10 ppm). Há ex -pectativa de geração de 3.000 pos -tos de trabalho no pico das obras.

Futebol e cidadania no clube mais antigo do país

Utilizar o futebol como ferramenta para minimizar os problemas de ex -clusão social de crianças e adoles-centes de baixa renda da cidade de Rio Grande (RS) é o foco do projeto Escola de Formação Sport Club Rio Grande – Formando Atletas e Cida-dãos. Desenvolvido pela Fundação So- ciocultural e Esportiva do Rio Grande (Funserg), o projeto recebeu em 20 de janeiro o apoio da Petrobras, por meio do qual o número de beneficiados será ampliado de 200 para 480, com escolinha de futebol em diferentes ca-tegorias, organizadas em turno inver-so ao da escola. Também estão pre-vistas obras de melhoria na sede do Sport Club Rio Grande (reconhecido como o clube de futebol mais antigo do Brasil), confecção de novos uni-formes e programas de formação de

atletas. Além do foco no fu tebol, o pro- jeto prevê o resgate e a difusão das po- tencialidades da região sul do esta-do gaúcho, divulgando o turismo, a cul tura e a história do clube, bem co -mo sua cidade de origem.

Batizada em homenagem a uma das cidades da costa fluminense na área de abrangência da Petrobras na Bacia de Campos, a Unidade de Manutenção e Segurança (UMS) Cidade de Arraial do Cabo foi lançada oficialmente ao mar em 11 de janeiro, na Baía de Guanaba-ra. Considerada um “estaleiro móvel”, ela é uma plataforma de serviço e será

utilizada para a revitalização das unida-des marítimas da Bacia de Campos. A UMS possui um sistema de posiciona-mento dinâmico que permite mobilida-de simultânea com a unidade à qual estiver atracada, podendo, dessa for-ma, ligar-se a qualquer tipo de plata-forma, fixa ou flutuante. A unidade de serviço, que iniciará suas atividades pe- la plataforma Cherne 1, tem oficinas me- cânicas e elétricas, áreas de pintura e cal deiraria, além de alojamento para 350 profissionais. A nova UMS dá continui-dade ao esforço iniciado pela companhia em 2006, quando foi lançada a plata-forma de serviço Cidade de Armação dos Búzios, para ampliar a estrutura de apoio logístico às unidades de produ-ção offshore.

Lançada a plataforma de serviço Cidade de Arraial do Cabo

A nova UMS prestará serviços na Baciade Campos, a começar por Cherne 1

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ENERGÉTICAS

Combustíveis em alta Em dezembro úl -timo, a Petrobras bateu recordes históricos de venda de gasolina e querosene de aviação (QAv). O volume de gasolina comer- cia lizado foi de 1.966.000 me tros cúbicos, superando em 50.000 me- tros cúbicos o recorde an terior, de março de 2010. Já as ven das de QAv em dezembro tota li zaram 585.450 metros cúbicos, com um aumento de 4,9% em relação ao re corde an -terior, re gistrado em julho de 2010.

Fórum MundialO presidente José Sergio Gabrielli de Azevedo e o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Al mir Bar- bassa, representaram a Petro bras no Fórum Econômico Mundial, rea- li zado de 26 a 30 de janeiro em Da- vos, na Suíça. O evento reuniu líde- res empresariais e governamentais, acadêmicos e representantes da so ciedade civil de todo o mundo.

SOS GuanabaraFoi realizado em 17 de janeiro, no Rio, o seminário SOS Guanabara, com patrocínio da Petro bras, para de bater projetos e ações de des po- luição da Baía de Guanabara, no Rio. O gerente de Articulação e Con tin- gência da Região Sudeste da Pe tro- bras, Ronaldo Torres, falou sobre o Programa de Revitalização, Ur ba ni- zação e Recuperação Ambiental do Canal do Fundão e seu entorno.

FIQUE POR DENTRO

P-57 contribui para recorde de produção de petróleo no país

A entrada em operação da platafor-ma P-57, no Campo de Jubarte, na por-ção capixaba da Bacia de Campos, aliada ao Teste de Longa Duração (TLD) de Guará, na Bacia de Santos, e à liga-ção de novos poços nos campos de Cachalote/Baleia-Franca e Barracuda/Caratinga, ambos na Bacia de Campos, foi determinante pa ra mais um recorde de produção da Petrobras. Em dezem-bro passado, a produção média de pe-tróleo da companhia no país atingiu o volume de 2.121.584 barris por dia, ul-trapassando em 89.000 barris o recorde anterior, de 2.032.260 barris por dia, alcança do em abril de 2010. Esse volu-

me ficou 6,8% acima da pro dução de dezembro de 2009. A produção total – petróleo e gás – da Petrobras no Brasil, em barris de óleo equivalente por dia (boed), chegou a 2.491.087 barris em dezembro, regis trando, além de recorde mensal, um au mento de 7,9% sobre o volume pro duzido em dezembro de 2009. A produção de gás natural dos campos na cionais em dezembro apre -sentou um aumento de 15% em relação ao mesmo mês de 2009, chegando a 58,746 milhões de metros cúbicos. A produção de petró leo em 2010 também foi recorde anual, registrando a média de 2.004.172 barris diários.

Petrobras celebra em Tiradentes marco de 500 filmes patrocinados

A Mostra de Cinema de Tiradentes (MG), que conta com patrocínio da Pe-trobras desde 2001, foi o palco da cele- bração de um marco da cultura brasilei-ra: na abertura, em 21 de janeiro, um des file de criações do estilista Ronal-do Fraga homenageou os mais de 500 longas-me tra gens patrocinados pela em- presa. Foram 26 modelos inspirados no macacão dos frentistas de postos de ga-

solina, que serviram de suporte para a projeção de cenas de alguns dos filmes patrocinados pela Petrobras, como “Ci-dade de Deus”, “Carandiru”, “Cazuza”, “O ho mem que copiava” e “Carlota Joa-quina”. A geren te de Patrocínios da Co-municação Institucional, Eliane Cos ta, compareceu ao evento. “A Petrobras está pre sente não só na produção de ci- ne ma; trabalha também difusão, circula- ção, formação e reflexão. Dentro da pro- du ção, temos mais de 500 longas, que é um número muito expressivo. Além dis-so, o momento em que a Petrobras es-tabeleceu essa parceria com o cinema foi muito importante, pois marcou a reto-mada da produção nacional”, contou Eliane. A parceria começou em 1994, com “Carlota Joaquina”.

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O Festival de Tiradentes celebrou o apoio da Petrobras ao cinema nacional

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Premiada três vezes por sua excelência em tecnologia offsho-

re, a Petrobras é uma das líderes mundiais em exploração e pro-

dução em águas profundas e ultraprofundas. No início dos anos

1990, época em que se operava em lâmina d’água de 384 metros,

a companhia se destacou como a maior produtora em águas

profundas do mundo, com 65% da área de seus blocos explora-

tórios offshore em lâmina d’água de mais de 400 metros.

A conquista levou ao primeiro OTC Distinguished Achieve-

ment Award for Organizations (prêmio de distinção a empresas)

–, o mais importante da indústria mundial do petróleo, con ce d ido

pela organização internacional Offshore Technology Conference

(OTC), em 1992, pelo pioneirismo da companhia na implementa-

ção de novas tecnologias de produção em águas profundas no

Campo de Marlim, na Bacia de Campos, e por sua notável con-

tribuição para o avanço da indústria de petróleo offshore mundial

(foto menor).

O segundo OTC Distinguished Achievement Award for Orga-

nizations foi dado à Petrobras em 2001, pela excelência no do-

mínio da tecnologia de exploração e produção de petróleo em

águas profundas no Campo de Roncador, na Bacia de Campos,

que levou à quebra do recorde mundial de produção em águas

profundas, chegando a 1.877 metros de profundidade.

Em 2007, o engenheiro Marcos Assayag, na época geren-

te-geral de Engenharia Básica do Centro de Pesquisas da Petro-

bras (Cenpes), recebeu o reconhecimento máximo individual da

instituição, o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for

Individuals, pela importância do trabalho que realizou durante 13

anos como coordenador do Procap – principal celeiro das inova-

ções tecnológicas em águas profundas do mundo (foto maior).

Evento internacional mais importante do setor de óleo e gás, a

Conferência de Tecnologia Offshore é realizada na cidade de Hous-

ton (Texas, EUA) desde 1968. Anualmente, durante quatro dias

do mês de maio, a OTC apresenta as mais novas tecnologias do

mundo em exploração e produção de petróleo em alto-mar. Na

edição de 2010, a OTC recebeu 70.000 pessoas do mundo inteiro.

Este ano, a conferência será realizada de 2 a 5 de maio.

Oscar da indústria do petróleo

MÁQUINA DO TEMPO

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