Revista Rumos n.º 1 pp.85-112

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Momento de LeituraA Freira do SubterrneoMartinha Vale 10. ADe autor desconhecido, A Freira do Subterrneo foi traduzida para portugus por Camilo Castelo Branco, de quem so notrias fortes influncias literrias. Remonta de um acontecimento real vivido em Cracvia, uma cidade polaca. Brbara Ubrik, uma carmelita que fora enclausurada num convento por ordem do seu pai devido a contratempos amorosos, descoberta numa cela subterrnea volvidos vinte anos de recluso e martrios. Durante esse tempo a queda dos princpios religiosos e sobretudo morais reflectida na falta de individualidade, na obedincia absoluta, no sadomasoquismo, no encarceramento da liberdade, um aglomerado de imagens que espelham o fanatismo adjacente desvalorizao dos direitos humanos, que pode ser o percurso mais vivel para o aproveitamento mal intencionado deste exaltamento desmedido da f. A narrativa colore as diversas penitncias desde a autoflagelao at prpria crucificao levando a um estado de inconscincia cruelmente perpetrado pelo capelo do convento que tornava as novias vtimas de violao. E nem mesmo Brbara, apesar de se recusar s torturas lhe conseguiu escapar, o que a conduziu loucura. Entretanto, Zolpki, o homem por quem sacrificara a sua vida, havia casado e tido uma filha que agora se encontrava na mesma situao que a freira outrora, pois este no consentia o seu casamento com Vladimir, um jovem de origem modesta. Passadas duas dcadas, o capelo, gravemente doente e temeroso pelo juzo final, remete uma carta a Zolpki revelando o paradeiro da carmelita, que este julgava morta. Na sua condio de juiz, dirigiu-se imediatamente ao convento, libertando-a e internando-a no hospital onde posteriormente acabaria os seus dias. Assim, consciencializou-se de que se posicionara no lugar do pai da novia, com uma austeridade cega incapaz de permitir que erros sequenciais sejam corrigidos e exterminados, assentindo a escolha da filha. Esta uma vertiginosa queda ao fosso da atrocidade da espcie humana, grandemente intensificada pela veracidade do acontecimento e a forma como pormenorizadamente patenteada apelando sensatez e rasgando horizontes da real conscincia sobre o autodomnio e o nvel de omniscincia de cada um sobre o prprio ser. Ttulo: A Freira do Subterrneo. Autor: Desconhecido (Traduo de Camilo Castelos Branco). Editora: Moderna Editorial.

A Rapariga do Gueto

Cludia Gomes 7. C

O livro A Rapariga do Gueto um dos muitos dirios sobre a fuga ao Gueto de Varsvia. um relato inspirador da luta para manter um mnimo de normalidade em circunstncias aterradoras. Janina Bauman era um ano mais velha do que Anne Frank quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, mas ao contrrio do livro Dirio de Anne Frank, esta uma histria de sobrevivncia. Quando um decreto de Hitler obrigou Janina e a sua famlia a ir para o Gueto de Varsvia, Janina, uma rapariga inteligente e cheia de vida, viu-se de repente confinada a um espao fechado, partilhado com outras famlias judias. No incio, nem o recolher obrigatrio nem a crueldade do ocupante alemo fizeram esmorecer a sua paixo por livros, por rapazes e por histrias de amor. Mas em breve viriam os raides, e Janina, a me e a irm foram foradas a esconder-se nas runas do gueto, para evitar terem de juntar-se aos milhares de outros que eram arrebanhados diariamente e enviados para os campos de concentrao. Seguiram-se dois anos em que viveram recolhidas por quem ousava ajud-las, sob o terror constante de serem tradas. Os seis cadernos em que a jovem foi relatando o seu quotidiano permitem-nos acompanhar passo a passo a sua histria. Uma histria de luta desesperada pela sobrevivncia e de grande coragem. Para mim este livro foi muito importante, pois como a autora, aprendi novas realidades que at ter lido este livro no conhecia. Ttulo: A Rapariga do Gueto. Autor: Janina Bauman. Editora: Pedra da Lua.

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Momento de LeituraO Rapaz do Pijama s RiscasAna Lusa Senra 9. BNestes ltimos tempos, tenho lido vrios livros, mas um dos que pretendo destacar O Rapaz do Pijama s Riscas, do irlands John Boyne, visto tratar de um dos temas abordados na disciplina de Histria no 9 ano, a 2 Guerra Mundial. Este livro demonstra, atravs de uma linguagem acessvel, o que o torna de leitura fcil, a realidade da 2 Grande Guerra vista por Bruno, uma inocente criana alem de nove anos. O pai de Bruno general no exrcito nazi, facto pelo qual toda a famlia teve que se mudar de uma confortvel manso no centro de Berlim, para uma casa horrvel nas proximidades de um campo de concentrao. Bruno n o comp r e ende nada do que se est a passar e questionas e muitas vezes acerca daquelas pessoas que esto do outro lado da vedao, pois nada sabe acerca do Holocausto. Certo dia, Bruno conhece um rapaz da sua idade, Shmuel, que vive no outro lado e que, estran h a mente, a n d a todo o dia de pijamas s riscas, assim como todos os que ali viv e m . Bruno e Shmuel acabam p o r travar uma profunda e verdadeira amizade, no obstante o facto de cada um viver em lados diferentes da vedao. Os acontecimentos vo-se desenrolando rapidamente e, involuntariamente, Bruno vai caindo nas armadilhas destinadas aos judeus, comandadas pelo seu prprio pai. Uma histria que acaba de forma trgica, mas que, ao mesmo tempo, nos ensina muito, principalmente no que toca a valores como a amizade. Aconselho vivamente a leitura deste livro, no s pelo contexto histrico, mas tambm pela lio de vida que transmite ao leitor. Ttulo: O Rapaz do Pijama s Riscas. Autor: John Boyne. Editora: Edies Asa.

Filhos de Montep

Daniel Costa 6. A

O livro de que eu vou falar foi um presente da escola que comecei a ler e achei muito interessante. Fala sobre um rapaz de treze anos que vive numa terra distante de Portugal chamada Montep. Ablio tem uma famlia composta por 6 elementos: ele, a sua irm Rosa, o seu irmo Antnio, Farrusco que o seu co e os seus pais. Ao longo do livro Ablio vai aperceber-se que a vida no fcil e vai ver isso ao longo da sua vida com vrias coisas que acontecero e que nunca imaginvamos. Ablio ama secretamente uma rapariga chamada Ana Teresa. Esta acabou por ser o seu primeiro amor. Ablio tentar perceber se o sentimento mutuo... Se quiseres saber mais, basta ler o livro. Na famlia existe um pequeno problema com o seu pai que o facto de ser alcolico. Ver coisas do seu pai de que no se orgulhar e dele lies tirar. Aconselho-vos a ler este livro porque acho que uma histria interessante e que quem est desse lado gostar.

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Ttulo: Filhos de Montep. Autor: Annio Mota. Editora: Gailivro

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MusicboxDont Wanna DieMy Federation, Eye Industries, 2008Bruno Figueiredo 11. AOs My Federation foram a minha descoberta mais recente. Esta banda de Brighton, Reino Unido, marcou j a sua presena musical no Reino Unido e mais recentemente no mundo com o seu single What Gods are These introduzido na banda sonora do jogo FIFA 2009 onde os descobri. So uma banda de Indie rock e lanaram em 2008 o seu ltimo CD com o nome de um dos seus singles, Dont Wanna Die. Na sua mistura de msica rock, electrnica e psicadlica cria-se um som espectacular que os amantes do rock no vo querer perder. Para vocs, que no gostam de perder uma novidade, esta banda algo a no perder e o som mesmo espectacular e muito fixe. Aconselho as Msicas Dont Wanna Die, Open My Eyes, What Gods are These e Honey Bee. Se quiserem ouvir algumas faixas e conhecer melhor a banda podem ir aos sites: http://www.myspace.com/myfederation http://www.ilike.com/artist/My+Federation/songs

Broken Social SceneBroken Social Scene, Art and Craft, 2005A Anttese como princpio. Incio de viagem. esquerda um beco urbano que inunda o espao com o seu cheiro a humidade suja, a corpos doentes, a cores moribundas. Piscar de olhos, direita uma loja de doces. A inundao matizase de gua na boca, de memrias de uma qualquer cozinha de av, de calor adocicado, de pertena. Novo piscar. direita, o mar... azul, calmo... sujo. Naufrgio antigo, de um porto africano, gaivotas necrfagas, mais lixo, mais cheiro a morte. Interldio. esquerda uma montanha de cujos picos cheios de neve, espraia-se encosta abaixo uma nvoa fria, pura, lmpida. Novo piscar, direita um concerto punk em incios de encore, dois ou trs acordes velocidade da luz, uma voz rouca, doente... esquerda um pr-do-sol anunciado, numa tarde calma de frias no seu ocaso. assim este lbum. A Anttese como prncipio. Os Broken Social Scene so uma banda da cena Indie canadiana de onde nos ltimos anos vieram a lume projectos to interessantes como os The Arcade Fire e os Death from Above 1979. Esta longa durao homnima de 2005 conta novamente com a belssima voz de Emily Haines, que empresta a harmonia a um albm feito de extremos.

Carlos Novais Professor

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MusicboxAre You Ready for the BlackoutX-Wife, Nortesul, 2008.Este o mais recente lbum da banda portuense X-Wife. O seu indierock electrnico surge agora com ainda mais fora, no querendo dizer que o anterior Side Effects no tivesse j demonstrado a energia das suas msicas. A melodia da guitarra e a fantasia dos sintetizadores, vocalizaes com um certo punk, sempre cheias de garra, aliados a linhas de baixo vigorosas e ritmos de bateria bastante consistentes, fazem com que o rock destes jovens seja algo de mesmo fixe, algo danvel, j que ningum fica indiferente a tanta energia. Tendo j reconhecimento no estrangeiro, os X-Wife provaram que o que nacional bom, ou neste caso, muito bom. Misturas de sonoridades de Bloc Party, Wolfmother, Kaiser Chiefs e Daft Punk ajudam a entender o som desta banda. Eles andam a. Se tiverem oportunidade vale mesmo a pena v-los. Canes frenticas e algumas doses de loucura esperam-vos. Enchem e animam por todo o lado onde passam. Com o grande potencial que demonstraram, acredito que sejam mais um dos orgulhos nacionais no estrangeiro. Recomendo!

Jos Roberto Gomes 9. C

Ten

Pearl Jam, Epic Records, 1991.

Celso Simes Antigo Aluno

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Incio da dcada de 90, um novo som explodia em Seatle, o Grunge. Este estilo musical muitas vezes classificado como uma ramificao do hardcore, heavy metal e rock alternativo obtendo um resultado to agressivo e gritante quanto as suas letras. Cabelos compridos e despenteados, camisas de flanela amarradas cintura, t-shirts de outras bandas e cales largos compunham o visual grunge. Como uma das maiores bandas de grunge surgiram os Pearl Jam, tambm eles originrios de Seattle. Encantaram a Amrica em 1991 com o seu primeiro lbum, o Ten, lbum este que marcava pela sonoridade muito bem conseguida e pela genialidade das letras que estava presente em todas as msicas, que eram geralmente relacionadas com angstia e sarcasmo, entrando em temas como a alienao social, apatia, confinamento e desejo pela liberdade. Tendo em conta o panorama grunge da poca, os Pearl Jam eram um pouco diferentes de outras bandas do mesmo estilo, como por exemplo Nirvana, Alice in Chains ou at mesmo Soundgarden. Adoptando um som no to frentico, os Pearl Jam apostavam muito mais na mensagem inerente a cada msica, factor este determinante no sucesso que a banda tem vindo a alcanar nos quase j 20 anos de carreira, provavelmente muito por culpa do seu vocalista Eddie Vedder que o principal autor da maioria das letras da banda. Grande exemplo de uma letra do lbum Ten, que tem como pano de fundo os podres na nossa sociedade, a faixa Jeremy. Esta msica fala de uma histria verdica de um jovem de 16 anos que nos EUA se suicidou com um tiro na cabea em frente a toda a sua turma e da sua professora, mas o objectivo da msica no fica apenas por denunciar este macabro acontecimento; vai muito mais alm disso. A msica quer passar a ideia de que se te sentes excludo, posto de parte e no te sentes amado, a melhor vingana viver, e provar a ti mesmo que s capaz de ultrapassar tudo e todos. Se ainda no ouviram Pearl Jam no sei do que esto espera... Se por outro lado j ouviram, posso dizer-vos que compreendo perfeitamente o que esto a sentir difcil parar no ?

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FILMSTARCapites de AbrilMaria de Medeiros, Alia Film, 2000.Mariana Lopes 6. AEm Portugal, na noite de 24 para 25 de Abril, uma cano desencadeia um Golpe de Estado Militar que ir mudar a face do pas e o destino dos Territrios dominados em frica. Ao som do poeta Zeca Afonso, com a msica: Grndola Vila Morena as tropas revoltosas tomam os quartis. A Revoluo Portuguesa distingue-se pelo carcter aventuroso, tanto como pacfico e lrico.

H momentos em que a nica soluo desobedecer!O filme, comea com cenas de mortos em frica e com uma despedida de um casal em que o noivo ia para o Quartel de Santarm. Algum tempo depois, o senhor Salgueiro Maia foi prender o seu comandante desse quartel e perguntou aos soldados Quem quer marchar para Lisboa? E quase todos quiseram ir. Alguns minutos depois, a PIDE estava a interrogar um estudante. Na rdio passaram a cano Grndola Vila Morena que era um sinal de que a revoluo estava em marcha. Todos os veculos estavam na estrada, quando houve uma avaria a caminho de Lisboa. Nesse momento, foi lido o 1. comunicado. No Terreiro Do Pao estava o Ministro da Defesa a falar com um militar que estava a seu lado. Entretanto, na priso estavam a torturar o estudante. De manh, chegaram os militares a Lisboa, ao Terreiro do Pao. Depois de controlarem a a situao, os militares foram para o Quartel do Carmo para prenderem Marcelo Caetano. Na PIDE foram disparadas metralhadoras que mataram quatro pessoas, enquanto Salgueiro Maia contava at trs no Carmo. Quando o General Spnola entrou no Quartel do Carmo seguido de Salgueiro Maia j Marcelo Caetano se havia rendido e saiu escoltado num carro blindado. Depois, foi anunciado na rdio que a Ditadura havia cado. Quando isto aconteceu, houve muitos festejos pelas ruas. Marcelo Caetano foi mandado para a Madeira para mais tarde ir para o Brasil. Neste filme, o que mais gostei de ver foi a populao bastante animada a apoiar os soldados que iam nuns tanques de guerra mas ao mesmo tempo no queriam derramar uma gota de sangue. Chamou-me mais a ateno a coragem de Salgueiro Maia e dos soldados ao enfrentarem o seu prprio comandante e lhe dizerem que estava preso. Tambm gostei da vontade e do empenho de algumas pessoas que se manifestaram dizendo bem alto expresses como viva a liberdade, abaixo Salazar, entre outras. Gostei de ver a florista a pr o cravo na ponta da espingarda do soldado. No gostei da atitude dos ministros quando no queriam sair do Quartel do Carmo porque no se queriam render. No final, tudo ficou bem e restaurou-se a Democracia em Portugal.

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LIBERDADE

E no esquecer que a partir do momento que temos a liberdade para tomar uma deciso ou fazer uma escolha, a responsabilidade de tal acto passa a ser nossa Diana Ferreira8. BA palavra liberdade assume vrias designaes por todo mundo, Freiheit (em alemo), Sloboda (em croata), Vapaus (em finlands), Libert (em francs), Freedom (em ingls) ou Frihet (em sueco), mas regras nem leis). Lutar pela liberdade no se resume apenas a questes de regime poltico (como ocorreu em Portugal com a luta pelo regime democrtico em vez de um estado ditatorial) surgem tambm quando falamos por exemplo pelo direito de igualdade. Refiro-me por exemplo ao papel da mulher ao longo dos tempos. Existem pases do Mdio Oriente onde a mulher nem sequer tem alguma implicao no destino do pas e em muitos dos casos nem sequer controlam a sua prpria vida. Meninas proibidas de ir escola e condenadas ao analfabetismo. Mulheres impedidas de trabalhar e de andar pelas ruas sozinhas. Mulheres com os dedos decepados por pintar as unhas. Casadas, solteiras, velhas ou moas que sejam suspeitas de transgresses so espancadas ou executadas. So alguns dos inmeros exemplos da falta de liberdade vivida por essas mulheres. Mas no preciso viajar para to longe para encontrarmos situaes que nos revelam que a liberdade feminina ainda est muito longe da desejada. Na Europa a Mulher ainda encontra situaes onde a sua liberdade no se compara do Homem. Em aspectos to simples (supostamente) como a distribuio dos postos de trabalho ainda no existe igualdade. No querendo transformar este artigo numa reivindicao feminista, afirmo que a raa Humana ainda est muito longe da liberdade plena. Libertamo-nos dos regimes ditatoriais (nos pases onde ocorreu essa mudana) para, a seguir, nos prendermos no mundo do capitalismo, consumismo e corrupo. Em vez de utilizarmos a liberdade conquistada para construir um mundo justo e correcto optamos pelo egosmo, e pela sede de poder excessivo. A liberdade d-nos a hiptese de tomar as nossas prprias decises mas, se essas decises no gerarem mais liberdade, todas as lutas travadas anteriormente se iro perder. Por isso cabe s geraes futuras gerar mais liberdade e fazer com que os esforos anteriores no sejam esquecidos. E no esquecer que a partir do momento que temos a liberdade para tomar uma deciso ou fazer uma escolha, a responsabilidade de tal acto passa a ser nossa. Em liberdade somos colocados diante de ns mesmos para fazermos as nossas escolhas. No final desta reflexo consegui alterar a minha definio de liberdade. Esta no se resume apenas a poder sair com os meus amigos quando quero, poder tirar a carta de conduo aos dezoito anos ou sair de casa dos meus pais aos vinte, mas sim a autonomia para poder expressar as minhas ideias e poder com essas ideias gerar aces que construam mais liberdade.

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no fundo significa para todos o mesmo. Simboliza a independncia, o direito de se agir e pensar de acordo com a sua vontade, mas sem nunca esquecer que com a liberdade no surgem apenas os direitos mas tambm os deveres de modo a impedir que liberdade conduza a uma anarquia (corresponde a uma desordem sem

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O Povo Unido, Jamais Ser Vencido35 anos de LiberdadePatrcia Fortuna 8. BNeste perodo comemormos mais uma vez o dia 25 de Abril, dia esse que desde 1974 considerado um feriado nacional. Antes de 25 de Abril de 1974 o nosso pas vivia mergulhado na tristeza e no medo!!! Durante 40 anos Portugal foi governado por Salazar e a seguir por Marcelo Caetano.... Portugal vivia em ditadura no tendo democracia: o povo no tinha liberdade de expresso, no podia dar a sua opinio e muito menos criticar o governo. Todos aqueles que o contrariassem eram presos e torturados por uma Polcia Poltica (PIDE), por quem o povo era vigiado. As pessoas no tinham liberdade para fazer fosse o que fosse... sem que dependessem daqueles que mandavam em tudo e em todos. Podemos chamar a isto viver? Como se pode viver praticamente dependente dos outros, fazendo o que o governo quer, manda e decide?... Em 25 de Abril de 1974, Portugal passou a ter a sua Liberdade: acabou a ditadura; comeou a democracia, gracas Revoluo dos Cravos, um Golpe de Estado Militar que, sem resistncia das foras leais a esse governo, o derrubou... Juntamente com os soldados que nos libertaram da ditadura, o povo saiu rua para comemorar. Os soldados colocaram cravos nos canos das suas espingardas, o que simbolizava a mudana pacfica do regime. Foram tambm distribudos cravos pelo povo que gritava:O POVO, UNIDO, JAMAIS SER VENCIDO. Portugal passou ento a ser livre e, por esse motivo, o 25 de Abril foi declarado DIA DA LIBERDADE. Comemora-se ento o 25 de Abril como uma passagem para a LIBERDADE do POVO!!!

POEMA(S) No tnhamos liberdade Vivamos tristes e com medo Portugal venceu verdade Com meu povo sofrido Portugal no tinha ainda nascido Gritam os soldados Grita o nosso povo Portugueses hoje recordados Pois aprendemos a viver de novo Sentiste a derrota Salazar Portugal venceu Connosco tiveste azar Pois a esperana connosco sempre viveu Comeou a democracia Acabou a ditadura Em Portugal a alegria crescia A esperana era nossa e a derrota tua A liberdade chegou Portugal ento cantou Governo derrotado Portugal para sempre amado Pela liberdade lutmos Por Portugal lgrimas derrammos Porque a ti Portugal amamos Com cravos de 25 de Abril Por cima da ditadura passmos

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TeatroO CavaleiroNo dia 26 de Janeiro fomos ver O cavaleiro retirado da obra O cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner. A pea comeou com uma data muito importante, o Natal. Nessa noite o cavaleiro, ao fim da ceia, disse aos seus parentes e criados que ia partir para a Palestina, a Terra Santa, mas que passados dois anos iria voltar e estaria em casa antes da ceia de Natal. Na primavera o cavaleiro deixou a sua casa e dirigiu-se Palestina. Visitou um por um os lugares santos, mas principalmente a gruta onde o Menino Jesus tinha nascido. Ali rezou toda a noite. Rezou no lugar onde a Virgem, So Jos, o burro, os pastores, os Reis Magos e os Anjos tinham adorado a criana acabada de nascer. Rezou pela paz no mudo, pelo fim da misria e pediu a Deus que o fizesse um homem de boa vontade. Visitou vrias cidades como Veneza onde ouviu vrias histrias sobre a cidade e observou a sua beleza. Visitou tambm Florena que era uma cidade encantadora e cheia de alegria. Mas quando regressava para casa ficou doente e foi bater porta de um convento onde habitavam frades. Os frades acolheram-no em sua casa e trataram dele. Ficou l durante trs meses e depois partiu. Finalmente tinha chegado o dia 24 de Dezembro, o dia mais curto do ano. Era uma caminhada longa e o tempo estava frio. A floresta perto de sua casa estava cheia de neve e o rio congelou. Os moradores perguntavam se ele queria ficar em sua casa mas ele dizia sempre o mesmo: - No posso, prometi que estaria hoje em minha casa. Os amigos avisaram que a neve era tanta que ele no conseguiria caminhar, mas no deu ouvidos.

Raquel Oliveira 7. CAndou tanto que pensava que j estava perdido e nesse momento, ao longe, viu uma luz, uma grande luz e pensava que era uma fogueira. Aproximou-se e quando olhou reparou que no era uma fogueira mas sim a maior rvore da floresta enfeitada com luzes. A percebeu que era a sua rvore de Natal e mesmo ao lado estava a sua casa. Esta histria, levada de boca em boca, correu os pases do Norte. por isso que na noite de Natal se iluminam os pinheiros. Gostei muito do teatro!!!

Reflexo sobre o SilncioSilncio. Quando ouvimos esta palavra associamola logo a calma, a serenidade, a solido, por vezes a tristeza, outras vezes ao pensamento. Este silncio, muito importante na vida das pessoas... muito importante para a sociedade. Com o silncio, uma pessoa reflecte, uma pessoa toma atitudes difceis, uma pessoa relaxa, uma pessoa apenas. no faz nada. Hoje em dia, com todo o trnsito, com todo o stress, com a correria de todos os dias, com todos o confrontos no trabalho, ter uns minutos de silncio mais precioso do que qualquer tesouro. Uma pessoa necessita deste silncio maravilhoso, deste momento de paz, no meio desta guerra terrestre. Se me perguntam se o silncio importante?... Eu respondo com toda a certeza que sim. O silncio deve ser um dos nicos bens que

no nos podem tirar. Mas tambm no refiro estar sempre em silncio, pois isso solido. Isso estar sozinho no mundo, o que deve ser uma das piores coisas que uma pessoa pode passar. Ningum deve estar sozinho neste mundo egosta.

Diana Simes 8. A

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Porque que a gua do Mar Salgada?Fsica & QumicaAdriano Gomes 11. A

Porque que a gua do mar salgada? Cerca de 70% da superfcie terrestre constituda por gua, mas apenas uma pequena parcela (aproximadamente 22%) gua doce. Nos primeiros tempos da sua formao, a Terra era formada por uma massa em fuso. medida que foi arrefecendo, os elementos mais densos ficaram no centro e os menos densos migraram para a superfcie, sendo que alguns gases (oxignio, hidrognio, metano e vapor de gua) escaparam para formar uma atmosfera. Quando a terra ficou mais solidificada houve uma precipitao acentuada na superfcie terrestre que deu origem aos oceanos.

Mas a gua que precipitou no era salgada Ento porque que a gua do mar salgada? A origem da salinidade na gua do mar deve-se, em grande parte, eroso das rochas terrestres, dissoluo de sais das rochas do fundo dos oceanos, de vulcanismo e da poluio. Estes processos devero ter comeado h cerca de 3800 milhes de anos, devido existncia de rochas com esta idade desintegradas no incio das grandes chuvas. A gua das chuvas contribui em certa parte neste processo. Ao embaterem nas rochas, retirar-lhes-o alguns sais que, juntamente com os sais j existentes na superfcie terrestre, sero arrastados para os rios. Depois, o

rio transportar esses sais para o mar. Aliado a este processo, tambm s rochas do fundo dos oceanos so retirados sais. Os fenmenos de vulcanismos libertam para a atmosfera substncias volteis (tais como dixido de carbono, cloro e sulfato) onde uma parte das quais acaba por ser transportada com a precipitao directamente para o oceano ou indirectamente atravs dos rios. O vulcanismo submarino arrasta a partir do manto alguns para o mar. As fontes termais, devido s grandes temperaturas, dissolvem muitos sais da crosta ocenica. Depois destes processos, certa poro da gua do mar que tinha sais dissolvidos, evapora, e como os sais so

slidos no evaporam, ficando no mar. A gua evaporada e precipitar outra vez, repetindo o ciclo. Com o passar dos anos, a salinidade do mar aproximou-se de um equilbrio. Foi um longo processo, alterando-se com os ciclos de glaciao e com o movimento dos continentes. Estima-se que por ano os oceanos recebem cerca de 2,5 milhes de toneladas de sal (como o sal de cozinha que utilizamos). O equilbrio atingido devido a algumas espcies de seres vivos que utilizam o sal para construir os seus esqueletos ou conchas e para outros processos. A salinidade mdia de 3,5%, sendo maior nos lagos e menor em zonas costeiras, polares, e perto de esturios de grandes rios.

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POR TERRAS DO TIO SAMDetermination Makes Everything Achievable!*Rosie Mendes Antiga AlunaOl a todos! O meu nome Rosie e tenho 17 anos. Em 2006 surgiu uma oportunidade que iria mudar a minha vida por completo - uma oportunidade que iria Abrir as Portas ao meu Futuro! Permitam-me dizer que no foi uma deciso fcil. Eu sabia que nunca iria perder a minha famlia ou amigos porque eles iriam estar sempre comigo independentemente daquilo que pudesse acontecer. No foi fcil porque era um novo pas, uma nova lngua, uma nova experincia. Mudei-me para os Estados Unidos procura de novas oportunidades que me permitissem alcanar o sucesso. Hoje vivo na Virgnia, mais concretamente na cidade de Woodbridge a 40 minutos de Washington. Apesar de ser um pas completamente diferente no foi muito difcil habituar-me a este novo lifestyle. A lngua talvez tenha sido a minha maior dificuldade; foi um pouco difcil comunicar nos primeiros meses e um pouco frustrante porque pensei que nunca iria conseguir ultrapassar este obstculo. O meu vocabulrio pode no ser to sofisticado como gostava que fosse, e o meu Ingls talvez no seja perfeito, mas estou constantemente a trabalhar para que seja sempre melhor. Sei que a minha determinao me vai levar longe! Devo dizer que no foi difcil arranjar uma grande variedade de amigos e que a escola no poderia andar melhor. Todos os dias me levanto s 5h30; o autocarro chega s 6h30 e por volta das 7h00 estou j na escola. A escola comea s 7h30 e cada aula demora 90 minutos com um intervalo de 5 minutos entre cada uma. Tudo funciona de uma maneira diferente; os alunos que mudam de sala, enquanto os professores ficam nas salas respectivas. Cada aluno tem apenas 7 disciplinas que so intercaladas (dia sim/dia no) e durante os 4 anos de escola secundria os alunos devem formarse com um mnimo de 22 matrias ou ento

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- COMO ME SINTO NESTE NOVO PAS? Penso que estou contente. Sei e tenho a noo que tive uma oportunidade que muitos outros gostariam de ter e no a tm. - O QUE GOSTO MAIS/MENOS? MAIS - Gosto de sair e de no ter que esperar horas e horas numa linha do supermercado, cinema MENOS - Definitivamente a comida, existe fast food por todo o lado, o que no ajuda nada a manter um corpo danone ;) - O QUE MAIS ESTRANHEI? A comida, os gelados de Portugal so uma delcia, j para no falar dos bolos - O QUE MAIS ME CUSTOU DEIXAR EM PORTUGAL? Sem duvida alguma, as pessoas com quem convivi. - HBITOS/TRADIES/COSTUMES DOS ESTADOS UNIDOS: Uma das tradies que mais gosto deste pas o Hallowe'en que se realiza no dia 31 de Outubro. Neste dia mascaramo-nos, pegamos numa fronha e vamos de porta em porta pedir candys. YUMMY!!

7524, que correspondem a um Diploma Avanado. A escola acaba s 14h00 e estou de volta a casa por volta das 14h45. Durante a semana dedico-me 100% escola e durante os fins-de-semana trabalho num centro comercial com o fim de juntar dinheiro para poder pagar a Universidade. Este ano sou uma snior (finalista) e em Agosto ser o meu primeiro dia no Estado de New York. Fui aceite na Universidade de Rochester que se situa a 400 quilmetros de Nova Iorque - EUA, e no poderia estar mais contente. A pouco e pouco tudo parece estar a realizar-se, e medida que cada dia passa sinto-me cada vez mais perto de alcanar os meus sonhos. Hoje sei que, apesar de me ter custado imenso deixar alguma famlia, amigos, o So Caetano e o La Salle, sei que fiz a escolha certa. Este um pas cheio de oportunidades, que tambm (como qualquer outro pas) exige muito trabalho para se poder ser algum na vida. Espero concretizar todos os meus sonhos e dar muito orgulho a todos aqueles que acreditaram em mim. Espero que todos consigam realizar os seus sonhos e que nunca, nem por um instante, desistam daquilo que mais querem!

ANOS

Resource Bank em Woodbridge - Virgnia

Retail Center de Woodbridge - Virgnia

Campus da Universidade de Rochester

* A Determinao torna tudo alcanavel!

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DESTINO -------- BLGICAPrograma ERASMUS: uma histria em poucas palavrasBem-vindo ao programa ERASMUS: oferecemos-te a possibilidade de fazeres um perodo lectivo noutro pas da Europa e aproveitas para conhecer e desfrutar de novos horizontes para a tua vida! Com um slogan parecido com este, foi assim que me convenci a ir estudar durante um ano para a Blgica. Eu estudo Engenharia Biomdica na U. Minho (engenharia da sade, para facilitar!) e no meu terceiro ano da universidade comecei a pensar em possveis destinos para poder fazer um ano de estudos num outro pas europeu. Algumas hipteses comearam a surgir devido aos protocolos que o meu curso tinha e s no incio do ano passado, devido minha especializao em Engenharia Clnica, decidi qual seria o destino: Leuven, na Blgica. Leuven uma pequena cidade, quase to pequena como Barcelos, que est a 30 km a oeste de Bruxelas, bem no corao da Europa. Para alm de ser a cidade universitria mais conhecida da Blgica , tambm, onde est o segundo maior hospital da Europa o local onde eu sonhava trabalhar! Acertaramse os pormenores e as burocracias e no dia 15 de Setembro parti com destino a esse sonho. A minha primeira noite no foi a mais famosa por causa de uns atrasos de malas e autocarros, tive que passar algumas horas a dormir na maior estao de comboios da Blgica, no meio de viajantes e mendigos. At custava fechar os olhos com medo que me levassem

Miguel Pinheiro Antigo Alunoas malas as horas passavam devagar e s quando finalmente cheguei a Leuven me senti descansado. Bom, esta cidade que ento me acolhia havia de ser a minha casa durante todo um ano lectivo e no foi nada difcil de aprender a gostar dela. uma cidade encantadora, muito bem cuidada e muito acolhedora. J c recebi namorada, amigos e famlia e todos sem excepo gostaram do que viveram c! Dizem os belgas que, quando aqui no est sol, est a chover! Este ano no foi

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75tanto assim tivemos chuva mas no muita. Ao contrrio de Portugal, quando aqui chove tambm est muito frio, o que no ajuda nada. Alm disso, este ano houve uma quantidade excepcional de neve, como eu e muitos belgas nunca tnhamos visto. Houve um dia em Janeiro que tive que sair de manh cedo de casa e estavam -13 C na rua At os olhos doam de tanto frio! Agora est mais ameno e h dias em que se est melhor aqui que em Portugal! A pergunta que surge muitas vezes Por que razo preferiste estudar fora se estavas to bem c? Pois, viver longe de casa durante um longo perodo de tempo ensina-nos mesmo a aproveitar a vida! Aprende-se a ter que fazer tudo pelas prprias mos, sem poder contar com a famlia a um brao de distncia para nos ajudar. H alturas em que difcil estar longe das pessoas de quem se gosta, mas tambm so ptimas as oportunidades que se vivem aqui e, com algum equilbrio, c me vou safando! Eu vim trabalhar para o grupo de investigao de higiene hospitalar. Fui recebido como um trabalhador e no como um estudante que um pau de dois bicos! Do-me ptimas condies, muito melhores que qualquer co-

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lega meu em Portugal, para aprender o que de melhor se faz nesta rea por toda a Europa, mas tenho que ser muito responsvel e ter conscincia de todas as minhas decises. Foi, sem dvida, um grande passo para adquirir mais responsabilidade e maturidade. Estou a adorar o trabalho que fao c e h-de sempre ser uma referncia importante na restante carreira que pretendo seguir! A distncia vai ficando um pouco mais curta a cada dia que passa os primeiros meses custou bastante no ter c ningum, mas assim que as visitas de Portugal comearam a chegar ficou mais fcil suportar. Namorar distncia, por exemplo, no fcil. Exige bastante dedicao, confiana e cumplicidade. Felizmente, est tudo a correr bem e a distncia no estragou nada do que tnhamos; posso at dizer que nos ensinou a sabermos gerir e aproveitar melhor o tempo que passamos juntos. Acompanhar o

meu grupo cristo tambm era um desafio, mas graas ao Blog que temos, ao Skype e Messenger fomos mantendo bastante contacto e fui estando a par de tudo o que se ia passando! Eu ia contando as minhas histrias e enviando fotografias para os aliciar a c virem. Como membro de um grupo cristo e como Lassalista, eu trazia um esprito de servio e de aventura comigo. No fcil mudar de pas com pouco mais que uma mala na mo, mas um corao aberto e uma mo disponvel para ajudar faz com que se conquistem alguns amigos e foi assim que melhor me comecei a integrar nesta nova cultura. Eu no vinha c s para aprender, vinha para viver e at para ensinar; pois, esse esprito de partilha ajudoume nalguns momentos mais longos e consegui encontrar conforto longe de casa! Muitas vezes pensei que nunca

trocaria esta experincia por nada! Mantenho esse conceito e aconselho todos a partirem nesta aventura no so tudo rosas, mas ganha-se mais para a vida do que muitos anos em casa a viver debaixo da asa dos pais! Ao fim de oito meses desta experincia, sinto-me uma pessoa mais atenta ao mundo e s pessoas que me rodeiam, porque c aprendi muito do que a vida tem para oferecer!

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- 2009Sara Martins 9. Cberto que nesse dia fazia anos. Preparmo-nos para o pequeno-almoo e dirigmo-nos para a cantina. Nestas refeies fazamos umas pequenas oraes antes e depois arrumvamos e limpvamos a cantina para que tudo ficasse impecvel. Aproveitmos o resto da manh para tratarmos dos pormenores para a nossa Festa de Finalistas. Depois de tudo concludo e das tarefas cumpridas fomos almoar. De tarde cantmos, cantmos, cantmos, cantmos E depois de tanto cantar Chegou o momento da orao. Era o ltimo ano, e ainda que com poucas lgrimas e at palavras, jamais se poder esquecer o que se sentiu e disse. Lanchmos e despedimo-nos. Dois dias apenas que por muito valeram. E aqui que tudo reside, aqui onde est a beleza deste nosso grupo. No fomos a um parque de diverses, no fomos a outro pas nem ao Sul. Ficmo-nos por CASA, pois aqui CRESCEMOS, aqui SOMOS FELIZES!

Acantonamento de TurmaPasso a passo, degrau a degrau chegmos ao final da etapa... Crescemos O La Salle foi a nossa casa... E foi nesta mesma casa que mais uma vez a direco de turma da to espectacular professora Diana Ferreira, fez um acantonamento de turma. Parmos, olhmos para trs e revivemos, voltmos a sentir saudade, est tudo a acabar, parece mentira! Como seria depois, depois deste ano? E as memrias? Cada tesoumanh nas piscinas de Maximinos e outra com deliciosos ingredientes para fazermos um almoo partilhado no Colgio S. Caetano. Depois da cansativa manh e do irresistvel almoo partilhado, j de baterias carregadas, fomos para a parte do programa verdadeiramente motivante, o Voluntariado na Critas. Inicialmente foram-nos apresentadas as instalaes, objectivos e projectos actuais da associao. Foi neste momento que, por combinao prvia, recordmos algum muito acarinhado pela nossa turma, o professor Paulo Cabeleira, docente do Colgio La Salle no passado ano lectivo. Depois fomos distribudos para diferentes reas, desde dobrar e dispor devidamente a roupa, a organizar o armazm... No armazm havia Iogurtes, Cadeiras de Rodas... A roupa e os brinquedos, que iriam para uma outra area, a entram dobradas e dispostas por idades e estaes para que nos dias de levantamento estivesse tudo suficientemente organizado. Nesta mesma instituio havia balnerios, lavandaria e salas onde se instalavam os cursos profissionais. Porm, foi quando servimos os jantares aos apoiados, jantar esse que foi feito por ns, tal como as sobremesas, que pudemos ver um sorriso e ouvir um obrigado, mas tambm um olhar inquietador e postura de indiferena. Porm isso s tornou mais interessante servir cada um deles. Depois deste enriquecedor programa da tarde, voltmos ao Colgio La Salle, onde tommos banho, organizmos os nossos espaos de dormida e fomos jantar na cantina do Colgio. Estvamos at ento acompanhados pelas fantsticas professoras Diana Ferreira, Paula Lopes e Carla Barbosa, no entanto para nos acompanhar na noite tivemos a presena do professor Carlos Novais. Vimos um filme, petiscamos e depois camarote! Fomos dormir. Obviamente agora s posso falar do que se passou veridicamente na sala das raparigas. Bom o que certo que depois de conversar e brincar um pouco, o nosso corpo forou-nos a parar, estvamos exaustas! 8h00 e todos j abramos os olhos perturbados pela luz que entrava por entre as persianas. Comprmos um bolo e cantmos os Parabns ao Ro-

ro da turma? E certamente no merecido, reconhecemos, mas necessitado, concretizou-se o 2.

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Acantonamento de Turma. Tudo ficou devidamente preparado para o dia 2 de Abril. Pedimos ao Irmo Csar Martn para que pudssemos utilizar as instalaes do Colgio, falmos com alguns professores sobre a possibilidade de nos acompanharem nesta actividade e recebemos uma resposta positiva da professora Carla Barbosa, Paula Lopes e do professor Carlos Novais. No dia 2 de Abril l estvamos todos, ansiosos, divertidos e verdadeiros criadores de expectativas perante o programa previsto. Cheios de mochilas, guardmos tudo nas respectivas salas, entrmos nos carros e carrinha acompanhados de duas distintas mochilas, uma com material necessrio para passarmos uma bela

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Um Pouco de Cincia...Glaciao na Serra do GersPaula Lopes ProfessoraEm Portugal Continental a Serra do Gers representa a segunda maior elevao, com cerca de 1534 metros de altitude. Esta regio pertence ao Distrito de Braga (Concelhos de Terras de Bouro e Vieira do Minho) e Distrito de Vila Real (Concelho de Montalegre). Desde o sculo XIX, vrias foram as aluses feitas possvel ocorrncia de processos glacirios na serra do Gers. A hiptese foi levantada por Ricardo Jorge (1888) e mais tarde, discutida por Choffat (1894). Desde ento, vrios investigadores que defendiam a existncia de uma cobertura de gelo nesta serra, desenvolveram esforos para encontrar provas que validassem esta hiptese, mas s com Giro, em 1958, foram detectados os primeiros vestgios da glaciao. Na actualidade, a datao de superfcies rochosas com evidncias de glaciao nesta serra, atravs de istopos cosmognicos de 21Ne, permitiu distinguir vrias fases glacirias numa rea onde, at ao momento, apenas se considerava uma nica, atribuda ao Wrm. Os dados obtidos so, de um modo geral, consistentes com o modelo geomorfolgico existente, e melhoram o conhecimento da cronologia dos episdios glacirios e da dinmica glaciria do Norte de Portugal. A serra do Gers, caracterizada por uma monotonia litolgica apresenta uma geomorfologia laboriosa. As suas paisagens so tpicas de uma morfologia grantica, modelada pelos mais diversos fenmenos, nomeadamente o crionival, o periglaciar, o fluvial e a meteorizao. Na zona mais alta da serra, as geoformas denunciam a presena passada de Glaciares. A paisagem da serra do Gers contm geoformas que testemunham a evoluo da mesma. As geoformas que melhor testemunham processos glacirios na serra do Gers so os circos glacirios, as moreias e os blocos errticos a grande escala e, os polimentos e as estrias a escala menor. Os circos glaciares provam que aquele local correspondeu a uma zona de acumulao de nevados durante o perodo de glaciao; as moreias so um amontoado de blocos que correspondem frente e aos lados da lngua glaciria e os blocos errticos so blocos cuja localizao s se explica pelo transporte por gelo. As estrias e polimentos, embora pouco preservados, revelam-se muito importantes, na confirmao de processos glacirios, pois embora a pequena escala, s se justificam por uma dinmica glaciar intensa. Os vales glacirios em U, pouco evidentes nesta serra, correspondem s condutas das lnguas glacirias. A falta do seu registo dever-se- a uma evoluo fluvial posterior glaciar. As rochas aborregadas correspondem a rochas polidas e moldadas pela passagem da lngua glaciar, sendo estas tambm pouco caractersticas na zona em estudo. A cartografia de todas estas formas, contrastantes com a morfologia grantica predominante na serra e, o estudo de depsitos glacirios, nomeadamente os tills, permitiu inferir os limites da extenso da glaciao na serra do Gers. Assim, concluiu-se que os pontos de maior altitude funcionaram como acumuladores de neves, que se transformaram em calotes glacirias; seguidamente as calotes glacirias transformaram-se em lnguas glacirias que deslizaram para zonas de menor altitude, aproveitando as redes de drenagem pr-existentes; e por fim as lnguas recuaram, mantendo-se apenas preservadas neves nos circos glaciares. Para o estudo desta dinmica, as moreias foram imprescindveis, bem como os depsitos que as constituem. Apesar de resumida, a dinmica da glaciao na serra do Gers parece ter sido deveras simples; estudos anteriores tm concludo que o Gers no foi apenas modelado por um fenmeno glaciar mas por vrios e durante um perodo de tempo superior ao que se julgava anteriormente. Assim, as idades da Glaciao do Gers podero rondar os 300 000 e os 16 000 anos BP. A confirmao de processos glacirios na modelao da paisagem da serra do Gers veio contribuir para a descida do limite de altitude inferior de neves perenes ao nvel peninsular, sendo este facto muito importante para os estudos da glaciao internacional. da glaciao interna

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PRO-LINUX

E se de repente no houvesse mais vrus informticos no mundo?Gil Afonso ProfessorE se de repente no houvesse mais vrus no mundo? Era um sonho, no era? E se pelo menos os vrus, trojans, adwares, spywares, no existissem? Pois bem, em Linux no existem. Pelo menos no conheo ningum que tenha visto um. Esta apenas uma vantagem de utilizar Linux em vez do tradicional Windows(c) , no esquecendo o smbolo (c) para prevenir que alguma comisso de direitos de autor nos venha aplicar coimas por utilizarmos estes programas que fazem muito menos e custam muito mais. Claro que a questo de fundo e sempre ser: Porqu Linux se j tenho Windows(c)?. Pois bem, esta questo poderia ser facilmente respondida usando outras questes como: Porqu pagar se posso ter grtis?; Porqu vrus, antivrus; anti-isto, anti-aquilo, se isso for do passado?; Porqu ter solues informticas em escolas ou empresas que no se podem adequar realidade de cada instituio?; Porqu ter de comprar computadores de ltima gerao que custam milhares s porque o Windows(c) assim o exige se posso fazer tudo e ainda mais rapidamente no meu velhinho? - no fundo a dvida persiste e inevitvel, Porqu estar preso se posso ser livre?. Este artigo, poderia muito bem ser nica e e xc l u sivament e acerca das vantagens da utilizao do chamado software livre (OpenSource), mas por certo que no chegaria toda a revista para tal tarefa. Na verdade, penso que o principal entrave para a massificao deste sistema est unicamente relacionada com a fobia que temos mudana, no entanto, nos tempos que correm, no podemos ignorar as potencialidades e benefcios de tal mudana. Como refere Linus Torvalds, criador do kernel do sistema operacional GNU/Linux e fundador da Free Software Fundation, numa entrevista concedida revista Computerworld, Se fazes as coisas de uma forma diferente da utilizada no Windows(c), mesmo que seja melhor pior, no importa. O melhor pior se diferente. Por ltim o v o u apenas deixar cair por terra alguns mitos urbanos, do gnero, O Linux um extraterrestre disfarado de pinguim que fala numa linguagem no perceptvel pelos humanos - de facto, a verdade que todos os programas com que estamos habituados a trabalhar no Windows (c), tm correspondncia em Linux, o que quer dizer que podemos trabalhar com o Word(c), Powerpoint(c), Excel(c), Windows Movie Maker(c), navegar na net, ver filmes, ouvir msica, jogar, ver fotos, consultar e-mail, fazer chamadas, utilizar o Messenger, o Moodle, tudo isso e muito mais, com a nica diferena de no pagarmos por isso. Para saber mais podem consultar: http://www.gnu.org - o Sistema Operativo GNU - Gnus not Unix http://www.fsf.org Free Software Foundation, Fundao para o Software Livre http:// www.noepatents.org protesto contra as patentes de software na Europa http://www. gnupress.org - documentao livre http://www.kernel. org - casa do kernel Linux http://www.gnome. org - The Gnome Foundation http://www.kde.org - ambiente grfico http://www.essr.net - Escola Secundria de Soares dos Reis http:// www.essr.net/essr_gnu - a nossa experincia com GNU/Linux http:// www.ansol.org - Associao Nacional para o Software Livre.

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PGINA DA MATEMTICANuno Fernandes Professor

CONTAS DE FADASNo Pas das Fadas o tempo conta-se de uma forma muito especial: um ano so 4 meses, um ms so 6 semanas e uma semana so 8 dias. A Fada Flor tem um ano e meio, duas semanas e sete dias de idade. A Fada gua tem um ano, trs meses e meia semana de idade. Qual das duas nasceu primeiro e quantos dias tm de diferena?

PITGORASPitgoras foi um filsofo e matemtico grego que viveu aproximadamente entre 569 a.C. e 475 a.C. e nasceu em Samos. Apesar da sua importncia, pouco se sabe da sua aparncia fsica e da sua infncia. Ao longo da sua vida contactou com filsofos importantes que o influenciaram nas suas ideias matemticas. Fundou uma escola religiosa filosfica em Crotona denominada em sua homenagem de pitagrica, e teve muitos seguidores. Os pitagricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos nmeros - para eles o nmero era considerado como essncia das coisas. Deve-se tambm a Pitgoras a descoberta das propores em que uma corda deve ser dividida para a obteno das notas musicais. Contudo a sua maior descoberta foi o famoso Teorema de Ptgoras que afirma: Num tringulo rectngulo, a soma dos quadrados dos catetos igual ao quadrado da hipotenusa.

O SMBOLOO smbolo da escola pitagrica era a estrela de cinco pontas inscrita num pentgono. Este pentgono e a estrela nele inscrita, composta por diagonais, tm propriedades que os pitagricos pensavam serem msticas. Repara que: As diagonais que formam a estrela intersectam-se de tal maneira que formam outro pentgono, mais pequeno, na direco inversa. A interseco de duas diagonais divide uma diagonal em duas partes diferentes. A razo entre a totalidade da diagonal e o segmento maior exactamente igual razo entre o segmento maior e o segmento menor. Experimenta ampliar a estrela pitagrica e desenhar as diagonais dentro do pentgono mais pequeno. O que acontece?

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- 2009Lara Barbosa 11. A

DISCURSOSVitor S 11. ACaros colegas, Cada vez nos importamos mais connosco e no paramos a olhar os outros. A cada dia que passa somos uns seres mais activos nesta sociedade consumista, tornamo-nos cada vez mais consumistas em massa porque s olhamos para ns prprios e para os nossos caprichos. Ns, como seres humanos inseridos numa determinada sociedade, desempenhamos demasiado bem o papel de egostas em que s interessa e s valorizamos o eu e no paramos a olhar o outro, mas simplesmente s nos interessam os bens materiais e todas as coisas que procuramos adquirir de uma forma vazia, simplesmente para nos alimentar o ego. O anteriormente referido uma perfeita face da moeda que demonstra uma sociedade consumista, mas como bem sabemos a moeda tem duas faces e podemos dizer que a outra face da moeda bem mais triste porque no mundo em que vivemos h gente que no tem possibilidade de ser consumista porque no tem quaisquer posses para isso. , de facto, revoltante ver o nosso comportamento sobre as coisas materiais sabendo que h pessoas que nunca o vo poder fazer. Ns, como pessoas consumistas, ou neste caso egostas devamos parar um pouco e fazer um esforo para perceber que vivemos dependentes uns dos outros e devamos pensar em moderar as nossas atitudes para que as coisas a nvel global se pudessem alterar um pouco. Uma grande evoluo parte de ns e comea com a atitude de cada um, por isso devemos estar atentos s tristes realidades que esto nossa volta para sermos teis a quem precisa. Por isso, para que haja uma modificao das coisas, o que bem preciso, temos que partir de ns prprios e no temos que estar espera que o outro tome a iniciativa. Assim termino o meu discurso, dizendo que devemos fazer um esforo por modificar as realidades mais difceis que nos envolvem, caso contrrio no h mudana.Vivemos numa sociedade onde, para grande parte das pessoas, o consumo de drogas visto como um meio, atravs do qual, o seu mundo se transforma em algo calmo e sem problemas. Mas, a verdade que isto no passa de uma ideia ilusria. Pessoas que vem a sua vida desabar sobre si mesmos, vem nas drogas uma luzinha ao fundo do tnel escuro e cheio de obstculos que a sua vida. O que estas no percebem, ou no querem perceber, que estes actos contribuem em demasia para aumentar a escurido desse mesmo tnel. Ser que vale a pena trocar tudo por meros momentos de iluso? Porqu desperdiar tempo de vida e proveito desta, quando ao rejeitarmos tudo isso beneficiamo-nos a ns mesmos? So questes como estas que devem ser colocadas perante todos ns. No entanto, muitas vezes, teimamos em no procurar respostas a todas estas questes que, ao no serem logicamente reflectidas, deitam por terra todo o sentido da vida, do mundo, das relaes inter-pessoais, etc. O consumo de drogas , sem dvida, impacto evidente na sociedade actual. Mas ser que esta luta contra esse impacto? Ou promove ainda mais o consumo excessivo de droga? Vrias notcias nos chegam, acerca de aces de ajuda a toxicodependentes, ou campanhas de luta contra o consumo de droga. Todas estas aces mostram o lado bom da sociedade. Lado esse em que a sociedade demonstra solidariedade perante os outros. No entanto, na maior parte das vezes, a sociedade no seu todo contribui activamente para despertar no indivduo o desejo de consumir determinadas substncias. Os meios responsveis essencialmente por essa influncia, so os meios de comunicao. Neste caso, no a publicidade em si, mas a publicidade que feita indirectamente atravs de sries televisivas, entre outras. A mensagem que se pretende transmitir quando, numa srie ou telenovela, determinadas personagens se apresentam como consumidores de drogas, a de que devemos rejeitar todo o tipo de aces de consumo dessas substncias. Mas ser que o pblico que assiste a estas sries percebe mesmo a mensagem correctamente? Ou

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75o facto de assistirem a tudo isto desperta ainda mais o desejo de experimentar? necessrio perceber que, em determinadas fases da vida humana, o homem apresenta-se como algum demasiado influencivel. Factores como a necessidade de integrao em determinados grupos sociais, ou simplesmente pensamentos de um modo de contributo para bemestar a todos os nveis, levam o pensamento humano a uma distoro da realidade. Visto que todos estamos expostos a este tipo de influncias, necessrio percebermos todos os malefcios das aces anteriormente referidas. Consequncias como a destruio da nossa prpria vida e da de todos os que nos rodeiam, so suficientes para nos alertar acerca desta problemtica. nestes malefcios que o ser humano deve pensar. A vida caracteriza-se por um conjunto de escolhas, feitas individualmente, que contribuem ou no para completar a razo da existncia do homem. Para qu quebrar tudo isto? Do exposto, conclumos que no so s aces que devem ser mudadas mas, acima de tudo, mentalidades que necessitam ser renovadas.

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Elsa Silva

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Onde est o Natal?Segundo a religio crist pouco falta para o nascimento do Salvador*. Ela dar luz um filho e pr-lhe- o nome de Jesus: porque ele salvar o povo dos seus pecados. (Mt 1, 21) Alegrai-vos, nasceu o Salvador! No poderia deixar de abordar a poca natalcia que mais uma vez a vem e que a maior parte das pessoas esquece no s o seu significado mas tambm a sua importncia. Quem melhor do que vs para despertar a escassez da verdadeira alegria e magia do Natal? Quem melhor do que vs para relembrar que graas a Jesus Cristo alguns pecados deste povo santificado acabaram por murchar e outros ergueram-se pela mo e mente engenhosa do to criativo Homem? Quem melhor do que vs para dizer a toda a Terra que veio ao mundo o Messias e que a partir daqui a nossa e toda uma vida mudaram? Quem melhor do que vs para dizer que Natal no so prendas mas paz, alegria e amor? Paz para mim, paz para ti meu irmo! Natal simplesmente fraternidade e no consumismo... Natal simplesmente reparar no outro e no egosmo... Natal simplesmente o tempo de nos redimirmos dos nossos pecados e com o auxlio de Cristo progredir ou pelo menos reencontrar-mo-nos... Natal simplesmente Jesus Salvador! Quereis mais justificaes para to importante poca? Sois gente difcil de saciar!

Nesta nossa actualidade efmera o que no faltam so pecados e pecadores, no entanto se pensarmos e reflectirmos acerca do Natal e da sua verdadeira importncia para a humanidade, depararmo-nos com factos e factores bastante interessantes. Onde est o Natal? uma questo pertinente num mundo onde se festeja esta poca de um modo engenhoso, mas repito onde est o Natal? Sinceramente j no vejo um verdadeiro Natal h muitos anos e porqu? Actualmente vemos que nesta poca natalcia o mais importante no o convvio nem a fraternidade entre uns e outros, o importante est na compra das lembranas, o que que vamos pedir ao Pai Natal, a decorao, comida etc... E Jesus? Onde que ele fica nesta linda histria de 24 e 25 de Dezembro? Sinceramente somente debaixo do dito pinheirinho. Os valores e fundamentos que a igreja conseguia comunicar para um povo h anos e dcadas atrs no so os mesmos dos dias de hoje; tambm j ela perdeu a fora e intensidade que possua, podendo certas vezes interferir na forma de viver de um povo e seus ideais. Hoje em dia no; cada um por si e nem Deus sabe! A nossa sociedade deixou de ser uma sociedade religiosa e tradicional passando a ser uma sociedade de consumo e manipulao excessiva. Ser com presentes e mesa farta que o verdadeiro esprito natalcio floresce? No me parece e vs bem o sabeis! Quando somos pequenos incutem-nos a ideia de que o Pai Natal existe e que temos que falar com Jesus, crescemos

e um choque de ideais que vai por terra, ou seja o que fazamos antigamente simplesmente foi-se esquecendo aos poucos num sistema onde o ter poder e o crer desaparece rapidamente! Cristo salvou a humanidade de muitos pecados, mas alguns deles sobreviveram por intermdio do Homem. Portanto Cristo ainda hoje tinha muitos males por apagar deste mundo, pois o Homem contribui fortemente apenas para a sua elevao deixando o resto acabar-se facilmente. Orao, igreja, famlia, ajuda, convvio, amizade so palavras demasiado puras para vs? At eu tento procurar um Natal que j foi mais que esquecido e perdido num Plo Norte congelado e sem renas. E cada dia que passa mais me conveno que tudo est a perder o seu verdadeiro valor, no s o Natal mas toda uma srie de pocas que contribuam para um povo mais unido e no to dividido e egosta em si mesmo. Por isso a minha mensagem passa por darmos o devido valor a estas pocas, pois so alturas que no so para enfeitarem um calendrio anual, mas sim que nos fazem reflectir no que somos e a quem devemos louvar por aqui estar. No Natal curioso que toda a gente pede isto, pede aquilo... E dar? Dar no sentido de darmos a ns prprios um pouco de esprito e virtude. No se verifica - ainda mal! No deixeis escapar uma alegria to especial e importante como o nascimento de Jesus! Festejai o Natal como verdadeiros humanos.(*Artigo escrito em Dezembro de 2008)

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PoemasEclipse do CoraoQuando a lua encobriu o Sol As suas brumas a morte encorajaram Quebrou o leme cego pelo farol O corao, as lgrimas naufragaram O gelo sombrio fez o corpo tremer A loucura da mente infernal Cristalizou o sangue a escorrer Rasgou a alma o sopro do mal. Ento, o cosmos despe o meu vu Asas de fogo despertam o sentir Renasce das trevas o Anjo divino A luz do seu olhar ilumina o cu As estrelas brilham o seu sorrir O seu beijo rouba o meu destino.

Teu alegre sorrir, teu doce cantoTeu alegre sorrir, teu doce canto Que numa bela manh se mostrou De amizade bela, amor eterno Invadiu meu nfimo, me alegrou E quanto de tudo gostaria Simples canto, alegre melodia De um mundo misterioso brotou Que tocando no teu rosto ecoou Ser a sombra dos teus passos? Ser a luz da tua presena? Sem ti, perdida, no meu mundo estou Sem ti nada igual Oh se tudo fosse normal Se pudssemos mudar o mundo tu e eu.

Meus sentimentos em tuas palavrasMeus sentimentos em tuas palavras Tuas palavras podiam somente Com aquele frio olhar ardente Tudo me dizer quando me olhavas. Habituada a tudo o que me davas Deixei cair uma lgrima tristemente Surgindo um sorriso descontente De quem te amou e agora abandonavas Meu mundo desabou e se ergueu No merecias o meu desespero S merecias o meu derrogar Em ti s encontrei sofrimento meu Em ti s encontrei desprezo mero Mas meu corao sofrido ir depurar.

Martinha Vale 10. A

Alegre vida, sozinha e tristeAlegre vida, sozinha e triste Conforto amargo, de uma vida s. Sofro e choro daqueles que no viste, Rasgo o corao molhado com d. Toda a riqueza que j no existe Foi nevoeiro que ainda persiste Daqueles que feudais ainda so E onde persiste a desunio. E assim no mundo existe fome e guerra Naqueles em quem o sofrimento chora Do infortnio que veio da terra. Oh! Ser que os abandonou a sorte Pois em mgoas dizem que est na hora? Se assim , pois ser melhor a morte?!

Sandra Gomes 10. A

Eliana Carvalho 10. A

E uma voz fez levar ao esplendor E grande dor se cobriu com um manto E um enorme grito avassalador Exaltou para o mundo seu espanto

Pedro Alexandre 10. A

Se abriu um corao a um grande amorSe abriu um corao a um grande amor E a mgoa exaltou o doce canto E um perfeito sentimento de ardor Mergulhou entre um belo e terno encanto.

Mas em mim triste e breve sentimento Somente penetrou meu forte olhar E em teus braos perdi meu pensamento A dor na escurido fez voar E uma paixo na luz me deu alento E minha alma aprendeu a respirar

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Adriana Figueiredo 10. A

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ANOSEurico, O Sonhador

Entrou o meu luar timidamenteEntrou o meu luar timidamente Encostou-se parede do teu quarto Desenhando nela um busto de gente Que olhava teu corpo intensamente. Aproximaste-te dela de mansinho Desenhaste-lhe uns lbios quentes Uns braos fortes, um olhar azul Com muita ternura, muito carinho! No silncio da noite, fez-se gente Falaram de amor, de aventuras de beijos Colaram-se devagarinho para sempre E o luar que l no alto tudo via Este milagre calmamente assistia Ah! Foi-se apagando devagarinho.

Convoco as letras para uma reunioConvoco as letras para uma reunio Fazer um texto com elas desejo Criar com elas saudade, um beijo Teu rosto pintado com elas ou no. Teus olhos, janelas iluminadas Teus lbios vermelhos e a tua boca Sorrisos pendurados, ares de louca Os teus cabelos, ondas encantadas Olho-te assim em cada momento To bela, to presente, to amada Quem te criou, bendita Natureza! Letras, cores em luz pintada no tempo Sem ti em mim sou tudo, sendo nada Viver contemplar a tua beleza.

Nuvens de silncio, na noite viNuvens de silncio, na noite vi De dios e de iras carregadas De noites mal dormidas, mal passadas Sarem desses teus olhos, de ti. Na madrugada triste eu as li Nos meus olhos, lgrimas derramadas Dessas nuvens de silncios caladas Neste deserto rido as senti. Amor, essas estrelas cintilantes Cobriam minha noite de alegria To fugazes, to belas, to distantes Nesses momentos belos eu sentia Que todos esses belos diamantes Se enterrariam na terra, to fria.

Teu olhar de menina, lua cheiaTeu olhar de menina, lua cheia Plido sentir da noite escura De gritos, violncia, sofrimentos Que o egosmo humana, c, semeia. Tua cor sofrida amarelada Est no grito da criana esfomeada Est no choro da mulher malfadada Nas vidas inocentes encarceradas. No desvendes da noite o manto escuro Oh deixa-me descansar sossegado Deixa o sofrimento morrer de sofrer Temos esperana, vem, mundo puro Traz tua fora, deixa de estar calado Traz contigo um novo amanhecer.

Teu olhar sereno em mim semeaste Iluses contidas brancas sementes Tantos sorrisos, clidos, contentes, Novo reino, meu ser edificaste.

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- 2009

Reencontro de SonhosInimaginvel o que h muito tempo andara a acontecer naquela ngreme, mas acolhedora aldeia Uma aldeia em que quase todos eram humildes, mas felizes Onde o Sol nascia todas as manhs com o chilrear dos passarinhos Contudo, faltava o sonho aos habitantes daquela aldeia, para completar a sua felicidade. Foi ento que tudo comeou: todas as noites, que antes eram escuras e frias, agora se haviam tornado mgicas Como que uma varinha de condo invadisse o luar, e o seu toque fizesse com que a magia se soltasse percorrendo o ar quente at chegar s estrelas, fazendo-as sonhar, e estas transmitissem ao cosmos um infinito sentimento de bem-estar Ningum compreendia o sucedido, at que um dia, uma das estrelas decidiu contar ao mundo o porqu de toda aquela magia: -Esta noite, contarei aos humanos o nosso segredo! Revelou Abi ao cosmos. -Assegura-te ento, de que eles sonharo cada vez mais, para que as noites se tornem cada vez mais belas respondeu o cosmos, com a sua voz grossa mas doce, que ecoou nos ouvidos dos humanos. Nessa noite, algo ainda mais especial aconteceu do que o habitual. Quando a lua surgiu, e a magia se comeou a sentir, um rosto perfeito foi nitidamente visto no cu e a estrela comeou a falar Terra: - Hoje, vou contarvos uma histria comeou Abi. Os humanos interrogavam-se de onde viria aquela voz, mas a curiosidade e o interesse que a voz havia despertado neles era tanta, que todos permaneciam sentados, ao luar, sem qualquer rudo, ouvindo a voz que vinha do cu. - H muito, muito tempo, viveu na Terra a criana mais sonhadora que alguma vez conheci Zo, era uma menina encantadora Os seus cabelos compridos percorriam as suas costas levemente, enquanto seus olhos expressavam os sentimentos mais belosA sua pele branca transparecia uma felicidade imponente vinda do seu interior, e todas as crianas queriam ser como ela Zo era uma simples sonhadora Para ela, no havia impossveis, e a vida era um conto de fadas No entanto, Zo, que vivia como todas as crianas da altura, nem sempre

Adriana Figueiredo 10. Adesenhado no Cu Comeou ento a sonhar: sonhava que algum dia seria capaz de tocar aquele rosto e tentava mil e uma maneiras diferentes de o fazer O rosto parecia incentiv-lo, como se lhe dissesse para sonhar cada vez mais alto, pois um dia conseguiria E uma paixo surgiu entre o rapaz e o rosto desenhado no cu E era tanta a leveza do seu amor que ele deslizou como que voando, sem ningum o ver, at ao cu E, quando parecia estar perto, erguia a mo para lhe tocar, mas nada fsico conseguia alcanar voou sempre, sem desanimar, esperando a hora em que tocaria aquele rosto e teria felicidade eterna. At que atingiu uma altura em que o ser humano j no capaz de sobreviver Ento, tal como aconteceu a Zo, e como acontecer a todos os humanos, tambm este rapaz deixou de existir deixou o mundo calmamente, com um sorriso no rosto, e um brilho no olhar, como se soubesse o que o esperava Ento, finalmente, alcanou aquele rosto E agora, eram dois os rostos sonhadores que se desenhavam no Cu

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aparecia na escola Por vezes, quando precisava de se afastar das realidades dos humanos, vinha ter comigo, aqui para o cu, onde enchia o corpo e a mente de sonhos, e logo voltava para a Terra, de novo sonhadora Um dia, como acontece com todos os humanos, Zo cresceu, e a certa altura, deixou de existir Os seus sonhos eram agora transmitidos no Cu Ultimamente, o Cu achou por bem partilhlos com os humanos, para que aprendessem que sonhar o primeiro passo para alcanar a felicidade Alm disso, o cu estava a ficar sem espao para guardar os sonhos de Zo Agora que j sabem o porqu de toda esta magia vos invadir, a minha tarefa para convosco est cumprida, e despeome com desejos de bons sonhos para todos, e no se esqueam: Sonhar o primeiro passo para ser feliz! Um rapaz que se encontrava ento sentado numa pedra, num lugar maravilhoso e encantador, ouvindo a gua pura e cristalina da fonte cair nas pedras e fazer um som relaxante, observava o luar Aps deixar de ouvir a voz da estrela, erguia a mo tentando tocar o rosto

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ANOS

Professores NovosCarla Barbosa ProfessoraNo dia 13 de Maro de 2009, os professores novos do Colgio La Salle e do Colgio S. Caetano rumaram mais uma vez em direco a Valladolid. Todo o dia de formao foi assegurado pela sabedoria do Ir. Pedro Gil Larraaga, professor da Universidade de Deusto, do distrito de Bilbao, especialista em histria educativa lassalista. Apresentou uma panormica educativa da Histria Lassalista bem como as quatro primeiras caractersticas da herana lassalista. Terminou com uma terceira interveno sobre o retrato interior do professor das escolas de La Salle onde, segundo o Ir. Pedro, a f, o compromisso e a vida interior so factores essenciais na sua formao. Segundo este, o nosso trabalho levou-nos nossa vida e de seguida ou simultaneamente, a nossa vida se converte em inspirao para o nosso trabalho. Este encontro de formao teve, como final, o testemunho apresentado pelo Ir. Ed Siderewicz, das escolas San Miguel nos Estados Unidos, durante o qual tivemos a honra de conhecer todo o trabalho e empenho realizados naquela zona. Despedimo-nos da casa das Arcas Reales com a Celebrao da Quaresma e aguardando pelo ltimo encontro deste ano que se realizaria desta vez em Bujedo. Assim, neste deslumbrante lugar, nos dias 22 e 23 de Maio, os professores tiveram mais uma oportunidade de enriquecerem a sua formao lassalista, desta vez com a presena de Pablo M. Araujo, professor da escola de Mangua em Palncia. Ofereceu-nos momentos muito dinmicos e divertidos, tudo em torno do tema da resoluo de conflitos e do professor enquanto mediador. O segundo dia foi da responsabilidade da Equipa de Misso que falou sobre educao para a justia nas escolas lassalistas. O ltimo momento alto desta formao pertenceu a alguns professores presentes em Bujedo que testemunharam da sua experincia, desde actividades ligadas a grupos cristos, misses realizadas em frica e na ndia ou participao no CIL (Centro Internacional Lassalista). Foi um momento muito interessante e que sem dvida deixou nos presentes uma pontinha de vontade de tornar suas estas experincias de vida.

Passeio das Famlias 2009

E ao Segundo Acto, repetiu-se a cena, mas com pequenas variantes. No dia 10 de Junho realizou-se mais um Passeio das Famlias, organizado pela Associao de Pais do Colgio e que tinha como local o santurio da Senhora das Neves, em Dem, Caminha. No entanto, a insistente chuva que se fez sentir nesse dia, motivou uma atempada mudana de planos: o convvio far-se-a em terras barcelenses, no prprio Colgio. A manh foi animada com jogos de loto na Ludoteca e de vlei no Ginsio, ficando para o final da manh a Eucaristia, celebrada pelo Pe. Vilas Boas, proco de Santa Eugnia. Nesta, referiu-se ao significado de contratempos como o verificado no dia, sendo que para tudo, Deus tem um propsito que cabe a cada um descobrir. Por volta das 13:00 decorreu o almoo na cantina do Colgio, onde os inmeros petiscos que cada famlia confeccionou, foram muito apreciados por todos. De tarde, prolongou-se o convvio com alguns jogos e Karaoke que animou a pequenada e alguns adultos de vozes mais afinadas.

Caminhada/ Pedalada Solidria

Apesar da chuva que se anunciava, a vontade solidria que animava todos os presentes, tornou possvel a realizao de mais uma Caminha/Pedalada Solidria, organizada pela Sopro. Numa verso necessriamente mais curta, os participantes puderam caminhar alguns quilmetros por terras de Barcelinhos e Carvalhal, tendo sua espera, no final instalado no Colgio La Salle, um merecido almoo. A todos os que participaram e contribuiram para ajudar a Sopro, fica a priomessa de que para o ano certamente, h mais!

#1

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2008

- 2009

Educao VisualAna

Costa 9. A

Armrio Antropomrfico - Salvador Dali

Marco Cabo 9. B

Ces Ladrando Lua - Juan Mir

Composio VII - Wassily Kandinsky

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Jos Falco 9. A

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ANOS

Roberto Barbosa 9. C

Vivendo numa Pintura de Jimmy Warren - Jimmy Warren

Rita Grenha 9. C

Retrato de uma Dama (Mona Lisa) - Leonardo Da Vinci

#1

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2008

- 2009Carlos Ribeiro 9. B

Retrato do Filho do Homem - Ren Magritte Retrato de Pablo Picasso - Salvador Dali

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Roberto Gomes 9. C

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ANOS

Angustia - Salvador Dali

Elsa Lameira 9. B

Ctia Arajo 9. A

Mulher ao Espellho - Pablo Picasso

#1

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2008

- 2009

PASSATEMPOSFcil

SUDOKUMdio Difcil

Encontra 10 Diferenas

DIFERENAS

Polaroid...Uma ferramenta Multiusos

MAGALHES,

112

Rafael Ferreira, 5. B