Revista Mosaico

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MOSAICO EDIÇÃO 1 - JUNHO/2010 UNI BH

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Trabalho Interdisciplinar de Graduação do Curso de Design Gráfico UNI-BH

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MOSAICOED

IÇÃO

1 -

JU

NH

O/2

010

UN

I BH

Page 2: Revista Mosaico

SUMÁRIO

14 - 15 Interat iv i-dade Mútua

e Reativa

6 - 7 Virtual

4 - 5 Cultura

das Mídias

18 - 19 - 20 R e m e d i a -ção, Hiper-midiação e

Imidiação

21 - 22 -23Mediação

11 - 12 - 13Complexida-

de ePensamento

Complexo

26 -2728 - 29Inhotim

8 - 9 - 10Nuvem

WEB 4.0

30 -3132 - 33 - 34

LeitorInterativo

16 - 17 Pós-Moder-

nidade

24 -25Tecnologia

Wiki

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SUMÁRIO

14 - 15 Interat iv i-dade Mútua

e Reativa

6 - 7 Virtual

4 - 5 Cultura

das Mídias

18 - 19 - 20 R e m e d i a -ção, Hiper-midiação e

Imidiação

21 - 22 -23Mediação

11 - 12 - 13Complexida-

de ePensamento

Complexo

26 -2728 - 29Inhotim

8 - 9 - 10Nuvem

WEB 4.0

30 -3132 - 33 - 34

LeitorInterativo

16 - 17 Pós-Moder-

nidade

24 -25Tecnologia

Wiki

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Estamos hoje em meio a uma grande mudança mun-dial em nossa comunicação, através das novas tecnolo-gias. Nossos costumes, nossas individualidades, lazer e todo nosso conviver está sendo alterado.

Nosso governo está cada vez mais enga-jado na inclusão des-sas novas tecnologias através de compu-tadores, redes, cada vez mais cedo em nossas escolas. O sucesso de redes so-ciais na internet até mesmo em jogos de realidade virtuais irão mudar drasticamente nossa forma de comunicar.

Conforme o artigo pulbicado por Lucia Santaella “Da cul-tura das mídias à cibercultura”, a grande preocupação é que mestres, pesquisadores consigam gerar conceitos que de uma forma mais fácil irão entender essas mudan-ças e as que estão por vir. Ela defende que todo esses meios de comunicação são somente meios, mas o que está por trás dessa comunicação são símbolos e lingua-gens. Essas sim, modificam a forma de pensar de cada um e o faz participar de algo.

Essas mudanças cada vez mais velozes são tidas com o avanço dos meios através da da evolução tecnológica, cada aparelho é substituído por outro, e assim sucessiva-mente. Portanto estes aparelhos são somente meios por onde a informação circula, o que muda são as informa-ções que são cada vez mais lidas e alteradas.

Cultura das MídiasElton Amaral

Fotos: http://www.criativopunk.com.br

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Hoje somos treinados a escolher o que quere-mos ver, ler, etc através desses meios, como por exemplo a criação da TV por assinatura e do link na internet. Santaella utiliza a expressão “cul-

tura das mídias” conforme esses equipamentos integram cada vez mais toda informação, seja por vídeo, texto, anexo, integrando totalmente as linguagens e os meios. Isso possibilita a escolha mais individualista de cada um, e até mesmo chamar você a participar da-quela informação, sendo para modificá-la ou comentá-la.

Esses efeitos nos levaram a sair daquela mensagens impostas pela comunicação em massa e nos treinaram à busca da informação. Conforme Santaella defende, hoje estamos num estado entre a cultura de massas, e a cultura digital. Diferente da cultura de massa que é imutável e imposto, a cultura digital será mutável e acessível. Estamos numa cutura das mídias onde vivemos uma convergência das mídias cada vez maior e atualizável.

Estamos caminhando a cada dia para a cultura digital mas ainda com referências na cultura de massa.

A mudança no comportamento huma-no está ligada a essa evolução tecno-lógica, pois essa tecnologia quem cria e modifica é justamente o próprio ho-mem, temos que voltar os olhos di-retamente para os artistas, pois serão

eles que irão nos mostrar a face humana das tecnologias. A preocupação maior entre o surgimento cada vez maior de informações e meios cada vez mais poderosos, é que não sabemos onde isso vai parar. Seremos aniquilados por essa quantidade de informações ou seremos salvos?

4 - 5

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VIRTUAL

Neste artigo, vamos falar sobre o Virtual, sobre as al-terações ocorridas em nossa sociedade e também sobre o estudo feito pelo estudioso que se destaca neste assun-to: Pierre Lévy, professor da Universidade de Ottawa no Canadá.

Hoje vivemos em um mundo onde se fala a todo momento no virtual, onde o surgimento da WWW “World Wide Web” nos trouxe esse termo mais comum em nossas vidas.

Mas a internet não é o pre-cursor dessas mudanças na comunicação, eventos como o surgimento da escrita e o da imprensa já foram alterações de grande valia na nossa co-municação, desde então nos-sa visão de mundo, nossa for-ma de pensar e até mesmo de agir foram alteradas ao longo dos anos e isso ainda continua mudando a cada momento com todas essas novas tecno-logias.

Ao falar do Virtual Pierre Lévy defende que ele não é o con-trário do real, mas sim um tudo aquilo que tem potencia-lidade de se concretizar.

Elton Amaral

Foto: http://integrasul.blogspot.com/

6 - 7

Este fenômeno de virtualização afeta todo nosso meio, seja cultural e economicamente e até mesmo nossa inteligência. Hoje nem mesmo precisamos mais do dinheiro físico, nosso dinheiro é cada vez mais virtual, ou seja, ele existe mas não como objeto. Vemos cada vez negociações feitas diretamente pela internet, através de cartões etc.

Outro fator de grande valia para exemplificar essa grande mudança na sociedade é a mudança no turismo: através de nossa economia mais estável, hoje é mais fácil conhecermos outros países, outras culturas, voltamos a ser nômades. O

turismo se tornou uma das áreas de nossa sociedade com maior crescimento.

Hoje temos acesso a várias informações, contato com cultu-ras que antes muitas vezes até mesmo desconhecidas, bus-camos conhecer cada vez mais algo diferente e muitas vezes somos direcionados como por exemplo da internet por um hipertexto que ligam informações relacionadas em meio a rede. Isto é chamado por Pierre de “inteligência coletiva”, onde hoje somos mais interativos entre nós mesmos. Há uma constante troca de conhecimento, somos mais ativos, quere-mos participar de tudo, questionar e opinar.

Cabe a nós procuramos entender o lado bom dessa virtuali-zação, pois em meio a essas grandes mudanças há sempre algo ruim que neste momento não precisamos comentar, ser ativo e participar cada vez mais dessas mudanças com certe-za irá aumentar nossa inteligência cada vez mais.

Foto: http://integrasul.blogspot.com/

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Este fenômeno de virtualização afeta todo nosso meio, seja cultural e economicamente e até mesmo nossa inteligência. Hoje nem mesmo precisamos mais do dinheiro físico, nosso dinheiro é cada vez mais virtual, ou seja, ele existe mas não como objeto. Vemos cada vez negociações feitas diretamente pela internet, através de cartões etc.

Outro fator de grande valia para exemplificar essa grande mudança na sociedade é a mudança no turismo: através de nossa economia mais estável, hoje é mais fácil conhecermos outros países, outras culturas, voltamos a ser nômades. O

turismo se tornou uma das áreas de nossa sociedade com maior crescimento.

Hoje temos acesso a várias informações, contato com cultu-ras que antes muitas vezes até mesmo desconhecidas, bus-camos conhecer cada vez mais algo diferente e muitas vezes somos direcionados como por exemplo da internet por um hipertexto que ligam informações relacionadas em meio a rede. Isto é chamado por Pierre de “inteligência coletiva”, onde hoje somos mais interativos entre nós mesmos. Há uma constante troca de conhecimento, somos mais ativos, quere-mos participar de tudo, questionar e opinar.

Cabe a nós procuramos entender o lado bom dessa virtuali-zação, pois em meio a essas grandes mudanças há sempre algo ruim que neste momento não precisamos comentar, ser ativo e participar cada vez mais dessas mudanças com certe-za irá aumentar nossa inteligência cada vez mais.

Foto: http://integrasul.blogspot.com/

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Nuvem =

Hoje chamada de NUVEM espaço de armaze-namento e processamento de dados, não dependendo de nenhuma máquina espe-cífica para existir, irá mudar totalmente nosso cotidiano e a economia. Qualquer ob-jeto será conectado a inter-net.

A internet hoje já transfor-ma a cada momento nossa vida contemporânea, fica também cada vez mais com-plicado especificar o que é internet.Os computadores são reco-nhecidos através do endere-ço IP ( internet protocol ), este endereço juntamente com outros endereços re-vela tudo o que acessamos, hora, local e até mesmo nosso perfil que a cada mo-mento é mais entregue di-retamente em vários sites. Há ai um lado ruim se tra-tando da privacidade, mas também nunca estivemos interligados e integrados como agora.

Elton Amaral/Ètore Moreira

Foto: http://carreiradeti.com.br

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O que tudo indica den-tro de 10 anos teremos vá-rios objetos já interligados a rede, como aspiradores de pó, torneiras, lâmpa-das, e cada objeto com seu endereço IP. Como sa-bemos a internet evoluiu muito e em um curto es-paço de tempo. Podemos até prever futuramente a interligação do nosso corpo humano a rede, isso seria interessante se o médico poderia ter controle do pa-ciente, podendo saber ida-de, o que estava fazendo antes de sofrer algo, etc.Essas informações não são meramente ficção pois es-tudos e projetos feitos até o momento podem garan-tir que podemos chegar nesse ponto sim.

Hoje a chamada “Com-putação em Nuvem” veio para ficar, um nome meio estranho mas podemos ir nos acostumando porque cada vez mais vamos es-cutar esse assunto.

O que a Nuvem faz é ar-mazenar diversos dados, ou seja, serão processa-das sem mesmo estarmos conectados em nosso PC.

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Uma crescente quan-tidade de informações di-gitais feitas por pessoas e empresas está sendo processada nessa nuvem. Quem já posta suas fotos no flickr ou salva textos no Google docs já está utili-zando esse serviço da nu-vem. Esses dados podem ser acessados de qualquer lugar, saímos do nosso PC privado.

A paternidade da expressão “computação em nuvem” é incerta. Mas a idéia, ainda que em formato rudimen-tar, remonta a 1961. Foi esboçada pelo especialista em inteligência artificial John McCarthy, então pro-fessor do Instituto de Tec-nologia de Massachuset-ts (MIT). Numa palestra, ele descreveu um modelo de computação oferecido como um serviço seme-lhante ao de distribuição de energia. Algumas cen-trais, como usinas, forne-ceriam o processamento e armazenamento de dados para as residências e as empresas. É isso que está ocorrendo atualmente gra-ças ao surgimento de equi-pamentos e tecnologias

WEB 4.0

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(como a banda larga) ain-da desconhecidos nos anos 60.(Carlos Rydlewski, Revis-ta Veja, Edição 2125)

A Computação em Nuvem se encontra em grandes Data Centers espalhados pelo mundo, empresas como Google, Microsoft e entre outras já possuem imensos Data Centers e com projetos de expansão a cada ano.Na área da economia ela será de grande valia, pois empresas não precisaram gastar fortunas com a cons-trução de estruturas tecno-lógicas.

Há projetos desenvolvidos hoje em teste nos Estados Unidos e Europa que inter-ligam a fonte de energia de uma casa ou escritório a um

chip, que pode ser acessa-do em qualquer lugar, pos-sibilitando o desligamento da energia.Em Nova Songdo cidade projetada na Coreia do Sul onde quase tudo será interligado através de chips é a maior experiência feita pelo homem sobre a Com-putação em Nuvem.

A Nuvem como toda revo-lução tecnológica desperta um certo desconforto, na grande par-te sobre a privacidade e segurança. Mas o que tudo indica esse é um rumo da sociedade que certamente não irá parar.

Foto: http://carreiradeti.com.br

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A Complexidade é algo que é tecido em conjunto, um fato da vida, corres-ponde à junção, entrela-çamento, multiplicidade e a interação contínua dos sistemas e fenômenos que compõem o mundo natural. É necessário, portanto, entendê-los para conviver com eles.

Podemos entender a complexidade como sendo um sistema de pensamento aberto, abrangente e flexível “o pensamento complexo”. Esse pensamento tem o conceito de desordem, intera-ção e configura uma nova visão do mundo, o que aceita e procu-ra compreender as mudanças con-tínuas do real e não pretende negar a multiplicidade, a aleatoriedade e a incer-teza, e sim conviver com elas, já o pensamento fechado “o pensamento linear” já este pensamento tem o conceito de ordem, organização, configura uma visão do mundo, onde existe um modelo, A só pode ser igual a A e tudo o que não se ajustar a essa dinâmica fica excluído, então tornam-se excludentes mantendo um pensamento de que são únicos verdadeiros, isto é, não respeitam a diversidade.

Complexidade ePensamento Complexo

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Daniela Ângela

Foto: http://www.istockphoto.com

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Essa concepção é responsável pelo imediatismo, que dificulta e muitas vezes impede a compreensão dos fenômenos complexos. É neces-sário reagrupar os conhecimentos para buscar a percepção do univer-so reconhecendo outros significados para unidade e diversidade.

Então reforçamos a ideia de dialo-gismo. Dialogismo é o ato de entre-laçar as coisas que estão separadas, que pretende provocar discursão, debate e diálogo. Dialogar é orga-nizar. Valorizar todos os elementos dessa relação de forma igualitária. Introduz o conceito do operador dialógico, aquele que junta as coi-sas, considerando real/imaginário, a razão/ciência, o operador recursi-vo, aonde se diz que a causa produz e efeito que produz a causa.

Hoje a realidade é outra, o avan-ço está sendo notado em todas as áreas, e vem mostrar que no sen-

DESORDEM - INTERAÇÃO

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tido de ter interações, tudo está liga-do com tudo, e que as coisas não são proporcionais, não são lineares, toda ação corresponde a uma reação, todo feedback resulta em novas ações, uma pequena causa, pode gerar um grande efeito, assim como uma grande causa, pode gerar um pequeno efeito, o que é exatamente denominado como a me-táfora da borboleta (efeito borboleta).

Concluiu-se, assim, que um mundo es-tritamente determinista seria apenas ordem, seria um mundo sem inovação, sem criação, pois um mundo totalmen-te organizado ou totalmente desorga-nizado são pobres, o primeiro é inca-paz de evoluir e o segundo é incapaz de nascer, a agitação, o encontro ao acaso, são necessários à organização do universo e que é desintegrando-se que o mundo se organiza esta é uma ideia tipicamente complexa por unir duas noções, ordem (organização) e desordem (interação).

ORDEM - ORGANIZAÇÃO

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Após muita pesquisa e muito debate gerado pos estudiosos das novas tecnologias da comuni-cação, aos poucos vêem compreendendo a intera-ção mútua e a interação reativa. Modelos como emissor-receptor, linear, mecanicista desigual e hierárquico separavam para o público-alvo ape-nas uma parte do siste-ma, a “passividade”.

Na relação homem-má-quina, por exemplo, não se pode dizer que seja completamente interati-va, já que muitas vezes tais máquinas simples-mente limitam nossas reações e ações. Muitos dos aparelhos que temos hoje em dia que são co-mercializados como in-terativos são na verdade apenas reativos.

Um simples videogame, por exemplo, necessitam de nossas ações e rea-ções para dar continui-dade as suas ações, mas sempre dentro de parâ-metros já pré-estabele-cidos por suas variáveis. Isto significa que nas tecnologias reativas não a liberdade para ações li-vres, mas sim a escolha

Interatividade Mútua e Reativa:

Filipe Alexandre

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de uma alternativa den-tre várias já pré-estabE-lecidas.Por conta disso, mui-tas dúvidas ainda estão postas, principalmente pela novidade do tema e pela rapidez em que tudo acontece, avanços tec-nológicos cada vez mais expressos acabam dei-xando todos mais con-

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fundidos do que enten-didos.

Portanto, a questão da interatividade deveria migrar para a possibilida-de autônoma e criativa, e não para coletiva. Assim chegaria a passos largos em um novo estágio no qual emissor e receptor seriam substituídos por agentes “intercomunica-dores”.Já os processos de in-teração mútua se dão através de negociações. Baseasse aonde se inter-relacionam dois ou mais agentes em processos de negociação. O caminho de previsão do resulta-dos dessas negociações é praticamente imprová-vel e imprevisível. Cada agente é como um ca-maleão, e a própria re-lação está em constante redefinição.

Foto: http://www.denker.com.br

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Iniciado na década de 60, o período pós-moderno, mes-mo período em que a cultura e a modernidade passavam por crises e já caiam em de-sencanto. Em conseqüência disso, o conceito de pós-modernidade ganha força e conceitos, como sendo um anúncio do fim da moderni-dade ou uma superação do que um dia havia sido visto como moderno.

Segundo Habermas, a ado-ção da termologia “pós-mo-dernidade” tem significado de que deixamos de lado a cultura contemporânea ou que o projeto da modernida-de ficou inacabado. De uma maneira de que o termo “pós-modernidade” deixa a impressão de que a moder-nidade chegou ao seu fim, mas será isso mesmo?

Racionalização, ciência e in-telectualidade foram fatores principais da modernidade, mas é notável a presença de tais fatores ainda no pós-modernismo. Provavelmente isso se dá pelo fato de ainda estarmos passando por um período de transição no qua-

lo pós-moderno não tenha alcançado seu ápice.

O mundo de hoje tem diver-sos benefícios que vieram pelas mãos da modernida-de, a hipervalorização dos conhecimentos e da ciên-cia unidas ao brilhantismo

Pós-modernidade:Filipe Alexandre

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de alguns gênios, fizeram o ser humano dar grandes passos, mas como todas as grandiosidades tiveram e ainda temos alguns contras nestes percursos. A nature-za é a que mais sofre com todo esse poder que o ser humano conquistou.

Com o mundo mais avança-do no caminho da ciência, tecnologias nascem a todo momento e isso remete ao consumismo, que vira um dos alvos do pós-modernis-mo.

Segundo Baudrillard, tudo que é novo é espetacular e chama a atenção da socie-dade. Partindo disso o de-senvolvimento informacional e tecnológico cresce e chega a sociedade pós-moderna oferecendo cada vez mais exclusividade, inovação es-timulando o consumo em massa.

A pós-modernidade não é algo totalmente independe da modernidade, seria mais como um complemento de algo inacabado .

Foto: http://www.denker.com.br

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A Remediação é a repre-sentação de um meio antigo através de uma lógica pela qual as novas mídias se re-amoldam, é uma tese desen-volvida por Bolter e Grusin (1999) que tem sido utiliza-da, para tentarmos entender a complexidade da mediação tecnológica.

A idéia da divulgação de in-formação por diversos meios das mídias de negociação, que apresenta diferentes meios de visualização da mesma in-formação. McLuhan expressa em sua tese que uma mídia sempre vai ser ela mesma, mesmo incorporada de outra forma, a informação sempre será a mesma apresentada em mídia diferente.Essa noção pretende nos mostrar como acontece a operação de transferência de conteúdos para outros supor-tes, operação de “translação-tradução-conversão” (Allègre, 2000, p.63) para as novas mídias.

A remediação (remediation) tem a concepção de que qual-

Remediação, Hipermidiação e Imidiação

Meu querido diário, hoje...

quer meio é sempre repre-sentado ou incorporado por outro meio, essa é a principal característica das novas mí-dias digitais elas apresentam duas lógicas da nossa cultu-ra, que quer simultaneamen-te multiplicar as suas mídias, é opacidade e quer dizer que as informações do mundo chegam até nós através da mídia, onde o meio se des-taca mais que a mensagem e apaga qualquer traço de me-diação (hipermidiação) traba-lha com os sentidos. Nessa modalidade de experiência, a mensagem “aparece” mais.

Existem dois tipos de reme-diação: a primeira é a trans-parente objetiva e direta,na qual um meio é representado por outro sem aparente de-clarada, você só vê aquilo que

Fabiana de Araújo

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A Remediação é a repre-sentação de um meio antigo através de uma lógica pela qual as novas mídias se re-amoldam, é uma tese desen-volvida por Bolter e Grusin (1999) que tem sido utiliza-da, para tentarmos entender a complexidade da mediação tecnológica.

A idéia da divulgação de in-formação por diversos meios das mídias de negociação, que apresenta diferentes meios de visualização da mesma in-formação. McLuhan expressa em sua tese que uma mídia sempre vai ser ela mesma, mesmo incorporada de outra forma, a informação sempre será a mesma apresentada em mídia diferente.Essa noção pretende nos mostrar como acontece a operação de transferência de conteúdos para outros supor-tes, operação de “translação-tradução-conversão” (Allègre, 2000, p.63) para as novas mídias.

A remediação (remediation) tem a concepção de que qual-

Remediação, Hipermidiação e Imidiação

Meu querido diário, hoje...

quer meio é sempre repre-sentado ou incorporado por outro meio, essa é a principal característica das novas mí-dias digitais elas apresentam duas lógicas da nossa cultu-ra, que quer simultaneamen-te multiplicar as suas mídias, é opacidade e quer dizer que as informações do mundo chegam até nós através da mídia, onde o meio se des-taca mais que a mensagem e apaga qualquer traço de me-diação (hipermidiação) traba-lha com os sentidos. Nessa modalidade de experiência, a mensagem “aparece” mais.

Existem dois tipos de reme-diação: a primeira é a trans-parente objetiva e direta,na qual um meio é representado por outro sem aparente de-clarada, você só vê aquilo que

Fabiana de Araújo

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foi exposto ironia ou crítica, como se o conteúdo do meio anterior pudesse ser simples-mente “transplantado” para o meio novo, onde o estilo de representação visual tem como objetivo fazer o obser-vador esquecer a presença do meio (imidiação) e acreditar que se encontra na presença do que está sendo represen-tado, essa é a apresentação transparente do real, e a se-gunda é o opaco que tem a intenção de enfatizar a dife-rença entre o meio antigo e o novo é a apresentação visí-vel do tipo de mídia pela qual esta sendo exposto o objeto.

Ex. Revista, Filme, Fotografia etc.

Se o criador quer apresentar a mídia mais moderna deve

ter a consciência que ele pode alterar a interpretação da in-formação.

Nestes casos, o novo meio se apresenta como uma melho-ria em relação ao meio ante-rior, a representação visual pretende destacar o meio, em resumo o meio se ressalta so-bre a mensagem.

Fotos: http://blogdasgarotas.files.wordpress.com

Foto: http://www.techfresh.net

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No Renascimento, a inter-pretação das mídias eram em telas, apresentações gráficas objetivas e subjei-vas de outra interpretação.

As novas mídias digitais oscilam entre a imidia-ção e a hipermidiação, en-tre a transparência (ser esquecido,apagado) e a opacidade (aparecer,ganhar ênfase). Esta oscilação é a chave para entender como um meio re-amolda os meios antigos e os transfor-mam em uma experiência mais autêntica e imediata.

As novas mídias têm a mes-ma capacidade de informa-ção das mídias antigas ten-do a preocupação de serem tão reais e objetivas quanto às atuais.

A nova mídia tecnológica nos permite ir mais além, com essa modernidadae po-demos ver que a informação é a mesma, o que muda é a forma como se é usada, a rapidez e a facilidade.Todos esses meios ativos

(velhos e novos, analógicos e digitais) respeitam, reco-nhecem e apropriam-se uns aos outros, diferentes mí-dias adotam diferentes es-tratégias, que são testadas por criadores e designers em cada meio.

Essa nova remediação tem a responsabilidade de trans-mitir a informação tanto para o criador quanto para o observador. Os sentidos epistemológicos e pscicólo-gicos são diferentes na visu-alização e interpretação. O epistemológico é aquilo que você vê e imediatamente in-terpreta sabendo do sentido da existência da mídia, o ps-cicológico é o que você pre-cisa de interpretação para entender e precisa sentir e traduzir o pensamento do medium.

Bolter diz que esses proces-sos resultam em novos tipos de convergência, que por sua vez influenciam a forma que os meios produzem as mensagens.

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Falar de mediação é falar de comu-nicação. As informações são permutadas através da comunicação, por meio de vários tipos de suportes. A comunicação se baseia em linguagens de diferentes formas, mas com o mesmo sentido para ocorrer o mesmo processo da informação no meio tecnológico.

A mediação pode ser comparada a uma negociação. Podemos dizer que para comunicar com um indivíduo é feita a transmissão de informação e a recepção. A mediação está no nosso dia-a-dia em todo momento, em diferentes formas de poder econômico, mas sempre com a mesma idéia transmitida, tanto sonora ou escrita e assim por diante.

Jesús Martin Barbero mostra que media-ção anda de mãos dadas com a cultura na comunicação do cotidiano.”A mediação integra cultura e comunicação na proces-sualidade do cotidiano. A cultura vivida em sua dinamicidade comunicativa.

A interdependência dinâmica entre cul-tura e comunicação quer desfazer os vícios da sociologia, da semiologia e da abordagem informacional, oferecendo o conceito da mediação como o ponto ful-

Fabiana de Araújo

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MEDIAÇÃO

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cral de um sentido processando na comunicação.”

A comunicação vem cada dia cres-cendo e ampliando. Para ocorrer uma mediação, é necessário um “signo” para que possa acontecer a comunicação. Para Santaella, o sig-no pode ser como “ as linguagens que abrem as portas de acesso, ao que chamamos de realidade.

No cerne de quaisquer mediações culturais, tecnológicas e midiáticas, está a linguagem, pois justamente a linguagem, camada processual mediadora que revela, vela, desvela para nós o mundo”.

Para fazer comunicação, é preciso de uma linguagem para incorporar a mediação e compreensão do cria-dor para o observador.Sendo assim, a mediação se dá através da linguagem em forma de comunicação, pois tem a capacida-de de produzir informações codifi-cadas. A troca simbolica denomina-se cultura. Para Barbero, a cultura media a cosntrução do sentido em um dado contexto social.

Com a ultramodernidade, a internet é o meio mais prático para trazer cultu-ra e comunicação, antes era apenas o negociador e agora também é o re-negociador de informa-ções.

Foto: http://apologo.blogs.sapo.pt

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Sustentabilidade,faça sua parte!

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Com o advento da world wide web (www) e da tecno-logia wiki (uma das principais expressões da chamada web 2.0), modifica-se o que se tinha anteriormente, onde o texto era definido pelo “au-tor” e o “leitor” apenas es-colhia um dos caminhos, e hoje se torna uma ferramen-ta onde o leitor pode alterar, modificar da forma que julgar mais conveniente.

TECNOLOGIAWIKI

No chamado “sistema sim-ples de informação”, que é um sistema muito fechado,a comunicação é entendida como uma transferencia de informação, separando au-tor e leitor, onde o leitor tem apenas a função de fornecer um feedback.

Já no “sistema complexo de informação”, a comunica-ção deixa de ser apenas a transmissão de mensagem de uma pessoa para a outra e passa a ocorrer por canais diversos e produz, ao mes-mo tempo, variados tipos de

informação, e é entendida como um evento provo-

cado por um processo de sincronização en-tre diversos atores.A palavra chave nesse tipo de sistema é INTERAÇÃO.

A tecnologia wiki veio para revolucio-nar, porque é possi-vel ler o texto criado por alguém e editar,

corrigindo ou acres-centando dados, o que

poderia ser um proble-

Étore Moreira

Page 25: Revista Mosaico

ma, pois alguma pes-soa com má intenção poderia colocar in-formações erradas, dados desatualizados ou apagar os que ja haviam sido feitos.

Mas, muito pelo con-trário, ela já é um sucesso, e é experi-mentada por várias áreas como: facul-dades, empresas e pesquisadores, sendo a WIKIPÉDIA a expe-riência mais vitoriosa em um primeiro mo-mento.

Fundada em 2001, a wikipédia é utilizada por muitos estudantes como fonte de pesquisa, sendo pos-sivel até eles mesmos criarem ou modificarem algum artigo. E a fiscalização dos trabalhos é feita pelos próprios usuários, eles que se encarregam de mantê-la atualizada e/ou apagar informações equivocadas ou erradas.

Em 2005, a wikipédia foi comparada à Enciclopédia Britanica, em uma pesquisa feita pela revista científica Nature, o que impressiona é que ela tinha apenas 4 anos na época, contra os 237 anos da Enciclopédia Britânica, e como sabemos, as enciclopédias evoluem com o passar do tempo, imaginem en-tão como estará a reputação da wiki daqui há uns 15 ou 20 anos!

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Fotos: http://pt.wikipedia.org

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INHOTIM

Foto: Elton Amaral

Page 27: Revista Mosaico

[email protected]

Foi sob a justificativa de identificar os novos paradig-mas na arte contemporânea que os estudantes do curso de Design Gráfico do UniBH visitaram o Centro de Arte Con-temporânea de Inhotim.A arte, enquanto expressão sensível do mundo, respon-de de maneira critica aos paradigmas que nos são dados. Diante da condição contemporânea em que tempo e espa-ço se desdobram em uma multiplicidade de interpretações e sentidos, alguns questionamentos adquirem uma singela precisão quando submetidos à sutileza da experiência ar-tística.Corpo, simulacro, multisensorialidade, deslocamentos se-mânticos, ativismo político, inserções em circuitos, pro-cedimentos e processos, estabelecem um contraponto ao secular repertório da Arte Retiniana, tal qual definida por Marcel Duchamp. Diante de tal diversidade de suportes e temas orientamos a nossa visita como um exercício de aproximação critica as linguagens que a produção artística do nosso tempo se propõe.O ensaio fotográfico que se segue e a seleção de obras do acervo de Inhotim são tentativas de revelar esta sintonia fina entre o olhar e a interpretação sensível do objeto.

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Ana Paula AssisProf. de História da Arte e Estética

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Fotos - Elton Amaral

Cildo Meireles, Inmensa, 1982 - 2002

Edgard de Souza, Sem título, 2000

Hélio Oiticica, Penetrável Magic Square, 1977

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INHOTIM

Rua B, 20, Brumadinho, MG, Brasil 35460-000 +55 31 3227 0001 Horário: Quarta a Sexta 9:30 às 16:30,

Sábados, Domingos e feriados de 9:30 às 17:30

Doug Aitken, Sonic Pavilion, 2009

Matthew Barney, De Lama Lâmina, 2004

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INHOTIM

Rua B, 20, Brumadinho, MG, Brasil 35460-000 +55 31 3227 0001 Horário: Quarta a Sexta 9:30 às 16:30,

Sábados, Domingos e feriados de 9:30 às 17:30

Doug Aitken, Sonic Pavilion, 2009

Matthew Barney, De Lama Lâmina, 2004

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Como processo interativo en-tre um leitor e um texto, a leitu-ra pode ser tratada em termos de competência comunicativa. Um lei-tor que tenha competência comu-nicativa é aquele que poderá en-tender um texto da maneira como o escritor queria que fosse enten-dido, porém, leituras diferentes podem ocorrer e são determina-das por compreensões diferentes do tema em questão. Se disser-mos que existem leituras erradas, podemos também ser acusados de acreditar que só há uma leitura correta, o que não é verdadeiro, já que existem várias interpretações possíveis para um mesmo texto. É fato que as dificuldades da leitu-ra de uma língua estrangeira vão além das dificuldades da leitura em língua materna. Podemos con-siderar o processo de leitura em língua estrangeira, assim como a leitura em qualquer língua, como um processo ativo e, mais do que isso, como um processo interativo. Bons leitores são bons decodifica-dores e bons intérpretes de textos, sendo que a capacidade que têm para decodificar se torna mais au-tomática, mas não menos impor-tante, à medida que a habilidade de leitura se desenvolve, também enfatiza o aspecto interativo deste processo. Jamet (2000)

Promovendo trabalhos de produ-ção de leitura podemos contribuir para formação de um sujeito lei-

tor, capacitado de identificar num texto as suas leituras plurais ou como cita Roland Barthes (1992), “fazer do leitor não mais um con-sumidor, mas um produtor de tex-tos, à medida que preenche as lacunas existentes na obra lida, mergulhando na ambigüidade dos textos, em busca dos significados mais profundos”.

O processo de recepção textual, portanto, implica a participação ativa e criativa daquele que lê, sem com isso sufocar-se a auto-nomia da obra. Diferentes tipos de textos e de leitores interagem de modos imensamente variados.

É essencial, por parte do leitor, ter uma posição ativa diante do tex-to para que seja possível “entrar” nele. É preciso que o leitor mobili-ze seu conhecimento prévio e suas experiências. A leitura baseia-se na percepção e na interpretação dos elementos lingüísticos do tex-to, e como já sabemos, é um pro-cesso interativo entre o leitor e um texto.

A interpretação é algo pessoal, cada sujeito possui sua manei-ra e seu jeito de interpretar. Tais interpretações variam de acordo com as circunstancias em que nos encontramos. A leitura é um ato interpretativo que exige muitos componentes e um olhar especial de cada leitor para cada gênero discursivo, nas situações intera-tivas. Os significados dos textos

O LEITOR INTERATIVODaniela - Elton - Étore - Fabiana - Filipe

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estão baseados em sistemas inte-racionais em que tantos os esque-mas do leitor, quanto os do escri-tor estão se relacionando, ou seja, interagindo um com o outro.

Cada leitor vai ler o texto (inter-mediá-lo), atribuir significado a ele de acordo com seus conheci-mentos prévios, assim não pode-mos afirmar que todos que lerem o mesmo texto farão a mesma in-terpretação, ficando claro, então, que é o leitor que age sobre o tex-to e não o contrário, pois o leitor não extrai e sim atribui.

Exemplo disso é a leitura na esco-la que é formada de acordo com os movimentos, olhar ou ponto de vista dos leitores. Assim consti-tuindo o sentido em um processo de retomada modificação entre os leitores ou articuladores das inter-pretações. Com isso conclui que se o professor cria a possibilidade de um diálogo na sala de aula, cria assim um lugar de descobertas e de leituras possíveis. Sendo assim é extremamente necessário um estudo sobre as práticas de leitu-ra em sala de aula, por que assim não teremos duvidas se as ativi-dades propostas na escola vão

contribuir para a formação de um sujeito leitor. Durante tais processos, percebe-se as diferenças de linguagem. Fato que reflete em perda e fra-gilidade do sentido, que também é refletida em nossa comunicação, quando falamos sobre um lugar e sob um ponto de vista determina-do. O sujeito sempre possui uma visão especial sobre o objeto seja um ponto de vista singular ou sub-jetivo. O ponto de vista é emitido conforme de acordo com a situa-ção a qual se encontra.

Segundo Santaella, vale ressaltar que a evolução dos perfis desses leitores – potenciais alunos nas mais variadas modalidades de educação on e offline, está dire-tamente relacionada à ampliação da linguagem e mídias envolvi-das no processo comunicacional, como também à velocidade que este mesmo processo acontece. A descrição dos perfis de leitores e suas principais transformações ao longo dos tempos resume-se em:

Perfil contemplativo, meditati-vo: é o leitor da era do livro e da imagem expositiva, da era pré-in-dustrial. Esse tipo de leitor nasce no Renascimento e reina absoluto até meados do século XIX. Para ele, objetos e signos são duráveis como os livros, as pinturas, as partituras.Perfil movente, fragmentado: é o leitor do mundo em movimen-

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Foto: http://denkercomunicacao.blogspot.com

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to, dinâmico, filho da revolução industrial. Nasce com os grandes centros urbanos, com a explosão do jornal e com a possibilidade reprodutiva da fotografia e do ci-nema. Perdura na era industrial e mantém-se ativo com o advento da revolução eletrônica e no apo-geu da televisão. Para este leitor os signos estão em movimento.Perfil imersivo, virtual: é o leitor integrado à era digital, ao século XXI. Emerge nos novos espaços da virtualidade. É mais livre, pois con-sidera a multimídia sua linguagem e a hipermídia sua estrutura. Os signos de todos os signos, estão disponíveis a um clique do mouse.

Os perfis apresentados não são excludentes, pois o leitor de per-fil contemplativo – ao ler um li-vro, pode, efetivamente, assumir o perfil imersivo ao conectar-se à internet e vice-versa; porém, cada perfil prevaleceu, progressivamen-te, em determinadas épocas.O desenho de aprendizagem – de-sign instrucional, da nova e atual

geração de cursos a distância me-diados pelas TICs deverá consi-derar seu público-alvo, amparado pelos perfis descritos e as caracte-rísticas atuais do ciberespaço que tem como linguagem principal a hipermídia e a não-linearidade da navegação, presente na cultura da convergência.

Fora e além do livro, há uma multi-plicidade de modalidades de leito-res. Há o leitor da imagem, dese-nho, pintura, gravura, fotografia. Há o leitor do jornal, revistas. Há o leitor de gráficos, mapas, sistemas de notações. Há o leitor da cidade, leitor da miríade de signos, símbo-los e sinais em que se converteu a cidade moderna, a floresta de sig-nos de que já falava Baudelaire. Há o leitor espectador, do cinema, televisão e vídeo. A essa multipli-cidade, mais recentemente veio se somar o leitor das imagens eva-nescentes da computação gráfica, o leitor da escritura que, do papel, saltou para a superfície das telas eletrônicas, enfim, o leitor das ar-

Foto: http://www.criativopunk.com.br

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quiteturas líquidas da hipermídia, navegando no ciberespaço. (SAN-TAELLA, 2009).

A presença dos elementos tecnoló-gicos na sociedade, especialmente a Internet, vem transformando o modo das pessoas se comunica-rem, se relacionarem e construí-rem conhecimentos. Diante deste cenário de transformações sociais, culturais e cognitivas, teremos formas diferenciadas de leituras: a leitura textual e a hipertextual, que pretende contribuir para uma maior compreensão da implicação da cultura da informação dos leito-res contemporâneos.

A leitura linear caracteriza-se pelo controle que sempre visou a estru-turar uma ordem. Enquanto que a leitura não linear, é dinâmica, sem limites apresenta um novo ritmo. O ato de clicar significa, portanto apropriar-se de espaço reconfigu-rá-lo, criando pequenas narrati-vas fora de toda grande história. A leitura hipertextual, por meio de links, permite ao leitor uma leitura não linear, na qual ele se engaja em um processo de interconexões que podem levá-lo tanto para o in-terior do próprio espaço de leitura, quanto para outros textos em ou-tros lugares do ciberespaço (Lévy, 1999).

Lévy (1999), acrescenta ainda, que o desenvolvimento desse novo suporte, possibilita a leitura em uma tela com múltiplas janelas de trabalho, que permitem manipular com a ajuda de um mouse, com-plexas informações e estabelecer conexões associativas (hipertextu-ais) com bancos de dados ou entre

documentos escrito por autores diferentes.

O hipertexto é a possibilidade que tem o leitor de efetivar múltiplos começos e entradas no texto, e de percorrer múltiplos enredos pos-síveis, sem chegar jamais a fina-lizar a leitura com uma paráfrase que defina resumidamente o que o texto diz, ele solicita um leitor que deve interagir com o texto e não pode ter a preocupação de concluir sua leitura.

O leitor de hiperficções difere, por-tanto, do leitor do livro impresso na medida em que é constante-mente solicitado a “colaborar” com o autor, ao autorizar certas estru-turas narrativas e a excluir outras, tudo a partir de uma matriz de combinações pré-estabelecidas no espaço geométrico hipertextual. Vale dizer que, o autor continua tendo certo controle da sua produ-ção, mas não se trata do mesmo tipo de controle que o autor de um livro impresso tem sobre o seu lei-tor a realizar escolhas constantes. O leitor interativo, em outras pala-vras, “joga” com as possibilidades oferecidas e assemelha-se, pelo menos parcialmente, a um joga-dor de jogos eletrônicos.

Para Santaella (SANTAELLA, 2009), o ciberespaço proporciona experiências múltiplas ao usuário/leitor, receptor de uma hipermídia: o desenvolvimento de habilidades de leitura muito diferentes das que são colocadas em prática na leitu-ra de um texto impresso - como o livro; que, por sua vez, se diferen-ciam das habilidades empregadas pelo receptor de cinema, televisão,

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dem consultar por eles mesmos, os documentos que são os objetos ou materiais de pesquisa (Char-tier, 2000), deixando de lado certa suposição de que o conhecimento deve ser adquirido segundo uma ordem previamente determinada.

Concluímos que o leitor interativo é aquele que se adapta a qual-quer perfil de leitor, interage com os livros e as imagens, se adapta à leitura em movimento, dinâmica e emerge nos novos espaços da virtualidade, utiliza a mistura de diferentes tipos de linguagens (hi-permídia) com a forma de ler sem uma seqüência predeterminada, hipertextual (não-linearidade) tem a liberdade para ir aonde quiser, encontrar seu rumo ou se perder (Navegabilidade) e tem um papel ativo na fruição da hipermídia (In-teratividade).

ou ainda daquelas que são utiliza-das na leitura multimídia – a partir de suportes similares ao CD-Rom.

A Comunicação à distância livre e imediata que as redes autorizam pode portar uma ou outra dessas virtualidades. Ela pode conduzir à perda de qualquer referência co-mum, ao retraimento das identi-dades, e à exarcebação de parti-cularismo. Ela pode inversamente, impor a hegemonia de um mode-lo cultural único e o nivelamento multilante das diversidades, uma construção coletiva do conheci-mento pela troca dos saberes, de competências e de conhecimento.

Os estudos sobre as práticas con-temporâneas de leitura têm apre-sentado preocupações cada vez mais freqüentes com a necessida-de de discussão das novas catego-rias de leitura. Chartier (2000), em seu artigo. A morte do leitor discu-te o impacto do advento do texto eletrônico na sociedade atual. Se-gundo ele, o hipertexto, permite desenvolver uma lógica que não é mais linear e dedutiva. Este tipo de texto contém vínculos – links – para outros documentos, permi-tindo ao leitor que se desloque de um lugar para outro, permitindo que o movimento seja feito.

Os livros eletrônicos organizam de maneira nova a relação entre a demonstração e as fontes, a orga-nização da argumentação, os cri-térios da prova, ou a relação com os leitores. Desta forma, o leitor pode desenvolver sua argumenta-ção, segundo uma lógica que não é mais necessariamente linear e dedutiva, mas aberta, fragmen-tada e relacional. Os leitores po-

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MOSAICO

Editorial:

O que é?

Mosaico é uma revista acadêmica criada com intuito de colocar a disposição do aluno matérias e artigos relacionados aos novos paradigmas da comunicação, mostrando suas mudanças na so-ciedade e no mundo.

Por o nome Mosaico?

O mosaico é conhecido desde a Antiguidade, onde foi mais utili-zado no Renascimento. Conforme a união de pedaçõs formando uma imagem por completa, nosso conteico em relação a revista é a união de idéias novas, para um senso comum, neste caso os Novos Paradigmas da Comunicação.

Revista:Formato: 12x18cmCores: 4x4 CMYKAcabamentos: verniz localizado, folhas naturais de árvore.

Componentes do Grupo:

Daniela ÂngelaElton AmaralÉtore MoreiraFabiana de AraujoFilipe Alexandre Silva

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TIG - Revista Acadêmica - 1 Período - Noite