Revista Divulga Escritor Ed. 09

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DIVULGA Escritor - 9 ª Edição - Acesse: http://www.divulgaescritor.com

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Revista Divulga EscritorRevista Literária da Lusofonia

Ano I INº 08ago/set 2014

Publicação:Bimestral

Editora Responsável: Shirley M. CavalcanteDRT: 2664

Projeto gráficoe Diagramação EstampaPB

Para Anunciar:[email protected] – 83 – 9121-4094

Para ler edições anterioresacesse www.divulgaescritor.com

Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor.

ISSN 2358-0119

EntrevistaAgripa Vasconcelos – Escritor das “Gerais”..........................................................04

BrasilEntrevista escritor Daniel Barros.... .......................................................................13Entrevista escritor Diego Demetrius Fontenele......................................................17Entrevista escritora Douglas Silva...........................................................................22Entrevista escritora Glauce Leite............................................................................25Entrevista escritor José Anchieta............................................................................30Entrevista escritora Merari Tavares........................................................................34Entrevista escritora Raquel Mara Lopes Correia....................................................40

PortugalEntrevista escritora Adnilo Lotus de Carmin..........................................................56Entrevista escritora Daniela Rosário.......................................................................61Entrevista escritor João Bernardino........................................................................65

ColunasA Vida em Partes – Francisco Mellão Laraya.........................................................11Mercado Literário – Leo Vieira...............................................................................16Entre Ideias&Atos – Patrícia Dantas.......................................................................21Vício de Viagens – Adriana Gomes de Farias..........................................................38Panorama Cultural – Ana Stoppa............................................................................42Poeta Poveiros – Amy Dine....................................................................................60Solar de Poetas – José Sepúlveda............................................................................63

Participação especial Escritor Júnior Pereira.............................................................................................25Escritora Lígia Beltrão............................................................................................33Escritora Conceição Lima.......................................................................................55Escritor Mário de Méroe........................................................................................68

Escritores Top NacionaisEscritora Angela Aguiar..........................................................................................44Escritora Cristina de Azevedo.................................................................................45Escritor Diego de Lima...........................................................................................46Escritora Emília Lima.............................................................................................47Escritora Eva Zooks................................................................................................48Escritor Flávio Galindo...........................................................................................49Escritora Janette Alvim Soares...............................................................................50Escritor Salatiel Diniz.............................................................................................51Escritora Tatiana Amaral.........................................................................................52Escritora Valentine Cirano......................................................................................53Cobertura da Bienal Internacional do Livro de São Paulo......................................54

Momentos de poesiaEduardo Garcia.......................................................................................................72Helena Santos.........................................................................................................73José Lopes da Nave.................................................................................................74Cobertura de fotos da Bienal Internacional do Livro de São Paulo

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editora

Edição especial de número 9Uma Edição em que comemoramos um ano da Revista Divulga Escritor.Uma Edição, em que comemoramos o sucesso na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.Uma Edição, em que contamos com a participação de aproximadamente 35 escritores contribuindo para a sua publicação.Quero agradecer imensamente a toda equipe administrativa Divulga Escritor, que auxiliam voluntariamente com o desenvolvimento literário da Lusofonia.Divulga Escritor se torna uma referência em divulgação, não só para escritores, mas, para profissionais literários, novos mercados se abrem, quanto mais fortalecemos a literatura, mais pessoas querem se tornar assessores literários, mais pessoas querem divulgar escritores.Estamos todos juntos, rumo a um mesmo objetivo, Ajudar!Não, apenas, ajudar a divulgar escritores, ajudar acima de tudo a realizar sonhos!Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos:

Obrigada, Jose Sepulveda, apoio em Portugal.Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal.Obrigada, Francisco Mellão Laraya, apoio Brasil.Obrigada, Mirian Menezes de Oliveira, apoio Brasil.Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal.Obrigada, Patrícia Dantas, apoio Brasil.Obrigada, João Paulo Bernardino, apoio Portugal.Obrigada, Ana Priscila Nascimento, apoio Brasil.Obrigada, Leandro Santos, apoio Brasil.Obrigada, Ilka Cristina, apoio BrasilObrigada, Junior Pereira, apoio Brasil.

Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas.Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo!Emocionada, estou, para dizer a cada um de vocês, MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI.

Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para todo o mundo.

Boa Leitura!

Shirley M. Cavalcante

www.divulgaescritor.com

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AGRIPA VASCONCELOS nasceu em Matozinhos, então município de Santa Luzia, Minas Gerais, em 12 de abril de 1896 e faleceu em Belo Horizonte em 20 de janeiro de 1969. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1920, tendo defendido tese, aprovada com distinção, para obter o título de Doutor. Toda sua vida foi dedicada à Medicina, tendo trabalhado em diversas cidades mineiras e em Recife, onde foi médico chefe do Banco do Brasil até aposentar-se. Fazia de sua profissão um apostolado. Com seus diagnósticos sempre precisos, como clínico geral, obstetra e cirurgião, ia sempre ajudando, curando e fazendo amigos. Foi também um dos maiores escritores e poetas de Minas; pertencia à Academia Mineira de Letras, ao Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e ao Instituto Histórico de Ouro Preto, tendo deixado uma grande obra literária.

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Em 1930 Agripa publicou “De Que Morreu Alei-jadinho”, o primeiro diagnóstico retrospecti-

vo feito no Brasil sobre o assun-to. Trabalhava incessantemente, mas por onde passava ia sempre recolhendo, em seus poucos mo-

vas de cada ciclo de sua evolu-ção histórico-econômica. Havia pouca coisa aqui e ali e foi então que, depois de muita pesquisa e dedicação, surgiu da pena ma-gistral de Agripa a SAGAS DO PAÍS DAS GERAIS. Essa grande obra, que é composta de sete ro-mances históricos, colocou-o en-tre os maiores escritores do seu tempo, pois só a SAGAS bastaria para consagrá-lo. Os seis primei-ros volumes foram publicados em 1966 (pela Editora Itatiaia/MG) e o sétimo em 2003 (pelo SESC/MG), completando assim a coleção:

FOME EM CANAÃ A história da ascensão e deca-dência das grandes propriedades rurais, contadas, com sabor de verdadeiro romance nessa his-tória do Ciclo do Latifúndio nas Gerais.

GONGO SÔCOO Ciclo do ouro nas Gerais, re-criado com requintada rique-za de detalhes através da figura contraditoriamente mesquinha e generosa do Barão de Catas Altas. No seu apogeu ninguém possuiu tanta riqueza quanto ele. Riqueza tão grande que suas mansões faziam sombra até às côrtes da Europa, tão formidável que despertou a curiosidade do próprio Imperador D. Pedro I, que por duas vezes foi hóspede do nababo.

mentos de descanso, dados para suas obras, e como um compu-tador, ia armazenando tudo em sua fantástica memória.

Minas Gerais estava mesmo reclamando um escritor que nar-rasse os episódios de sua vida através de figuras representati-

Agripa Vasconcelos – Médico e Escritor

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SINHÁ BRABAA personalidade quase legendá-ria de D. Joaquina do Pompéu, de quem Agripa Vasconcelos era descendente, retratada num li-vro que partindo do tempo das Bandeiras, descreve o Ciclo da Agropecuária nas Gerais. Este romance não revela apenas a vida da valorosa mineira, mas também o que foi a sua fazenda em movimento, com as terras, os currais, as lagoas, as serras. O Pompéu foi o primeiro núcleo organizado da civilização agrá-ria das Gerais, de onde corriam a pé escravos--correios para Vila Rica e São Sebastião do Rio de Janeiro e par-tiam gemendo, tropas e tropas carregadas de gê-neros para matar as fomes da Côr-te. D. Joaquina e o Pompéu foram grandes demais para o seu tem-po e esplendor. CHICO REIDramático retrato do Ciclo da Escravidão nas Gerais, através da história de um rei que foi feito escravo, alforriou-se e revolucio-nou a antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto. CHICO REI mostra o que foi verdadeiramente a escravi-dão nas Gerais – um sistema de exploração do trabalho humano em que nunca a generosidade de alguns senhores foi maior que a crueldade da maioria deles.

A VIDA EM FLOR DE D. BEJAA estranha figura dessa cortesã que foi diretamente responsá-vel pela integração em Minas de parte considerável de seu terri-tório (queiram ou não os seus inimigos de hoje) revivida num romance que fixa o Ciclo do Po-voamento das Gerais. Beja foi mulher que viveu na confusão do povoamento primitivo de Fa-rinha Podre e que teve a possibi-lidade de fazer uma vida cercada de conforto.

Esse livro foi transformado em novela pela TV MANCHETE com o nome de D. BEIJA, com sucesso não só em todo o Brasil como em vários países do mun-do: Portugal, Espanha, Grécia, Rússia, Cuba, na América Cen-tral e do Sul.

CHICA QUE MANDAA célebre mulata Chica da Sil-va, que viveu no auge do Ciclo do Diamante nas Gerais, revi-vida juntamente com sua época de fausto e grandeza. Também este livro transformado em no-

vela pela TV MANCHETE em comemoração ao centenário de nascimento de Agripa Vascon-celos, acontecido em 1996, com uma enorme audiência em todo o Brasil.

OURO VERDE E GADO NEGRO: relata o ciclo do café (o ouro ver-de) e da escravidão (o gado ne-gro) em Minas. Conta com deta-lhes a fase do café e da abolição do cativeiro nas Gerais. Ao final de cada um dos volumes das Sa-

gas existe um interessante elu-cidário de ex-pressões regio-nais, verbetes e topônimos, do tempo revivido nesses roman-ces. Dois de seus livros foram premiados pela Academia Bra-sileira de Letras: Suor de Sangue (livro de poe-

mas) recebeu o Prêmio Olavo Bilac e As Diabruras da Coma-dre Raposa (dedicado aos netos) teve aval da crítica especializada ao receber uma das maiores pre-miações da época concedida pela ABL, o Prêmio Monteiro Loba-to. Outros dois foram transfor-mados em novelas pela extinta Rede Manchete de Televisão, na década de 90, alcançando altos índices de audiência: D. Beija (com Maitê Proença como pro-tagonista) e Xica da Silva (com a estreante, Tais Araujo, no papel principal).

“Eu não invento, apenas romanceio a história. É história e não estória.”

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Versos do escritor Agripa Vasconcelos

Chuva do Mar (No baixo e no médio rio Doce, chamam as chuvas temporárias, chuvas do mar - talvez por serem trazidas pelos ventos do Atlântico.)

Quando Raquel casou, naquela tarde mansa,Vi desfeito de vez meu sonho de criança...Um desespero atroz meu ser avassalou !Mas alguém que conhece os mistérios do mundoNum sussurro me disse um conselho profundo:- Isso é chuva do mar. Vai passar. E passou.

Quando, ainda mocinho, eu sentí, doido de ira,Que, parecendo certo, era tudo mentiraO amor que me jurara a pérfida Margot.Quis morrer - mas alguém que conhece esta vidaMe falou, sem calor, mas em frase sentida:- Isso é chuva do mar. Vai passar. E passou.

Quando Ofélia seguiu seu destino sombrio,Senti, como ainda sinto, o coração vazio!...Faz tanto tempo já que nem sei mais quem sou !Mas quem viu em meu pranto uma simples garoaQuis em vão me dizer uma palavra boa:- Isso é chuva do mar. Vai passar. Não passou.

Alguns dos HAIKAISde Agripa VasconcelosQUEIXAVida! A mim que tanto te amo,Tuas mãos não me acarinham...E meus pés sangram na estrada.

TERNURAMorrer, sim. Mas com um sorriso,Sentindo nos meus cabelosA ternura de tuas mãos.

SAMARITANASamaritana, só agora,Depois da água que me desteVi que a sêde era mais suave.

IGUALDADEMeus irmãos, ricos e pobresAs sepulturas da terraNão têm mais de sete palmos.

SAUDADEEu, se contasse os minutosPela saudade, um só diaTeria quase mil anos!

AO ALEIJADINHOFoi-te tão dura a desgraçaQue, de tuas mãos chagadas,Brotaram lírios... de pedra.

LUAR DA MADRUGADANo orvalho da madrugada,A rosa branca da luaDespetalou-se em luar.

DE PROFUNDIS (para seu filho Leonato Agripa)Meu filho, que tu não venhasSobre os meus passos na vida!Quero ver teus pés sem sangue !...

SEMENTEIRA NAS PEDRASSemear, semeei - minhas palavras boas,Prevendo o bem da messe promissora.Nem luas más, sem secas, nem garoasPoderiam frustrar minha lavoura !Semeando, humilde, entoei obscuras loas,Não à mão que alçava ao sol que aloura.Mas a Deus, mas às águas, que as lagoasConservam contra a estiagem sorvedoura.

Mas bem cedo senti que meu trabalhoValia ainda bem menos do que valho...Foi simplesmente vã minha canseira !

Pois quem semeia em corações humanosSemeia em pedras e, sem mais enganos,Pode julgar perdida a sementeira...

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NOVELAS BASEADAS NOS ROMANCES DE AGRIPA VASCONCELOS

Visitem o Facebook e o site do escritor Agripa Vasconcelos:www.facebook.com/escritoragripavasconcelos

www.agripavasconcelos.blogspot.com.br

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A VIDA EM PARTES

Por Francisco Mellão Laraya advogado, músico e escritor [email protected]

O adoecer do dia é o princípio da noite que vem, e céu tinge-se de cores que não são suas, que só ve-mos no nascer dele, e toda a força da explosão do ser vivencia-se no amanhecer e no entardecer!

A beleza do momento não nos leva a tristeza do que já foi, mas a um encantamento e uma reflexão do que será! A noite brota então!

A noite que para mim é hora de descanso e ins-piração, para muitos, momento de encantamento, onde a vida não deixa de existir, mas muda de forma.

E ela se prepara para um dia que virá então! E desta forma vivemos, entre dias e noites, entre trabalho, suor e inspiração, entre lógica e criatividade, entre o ser e o não ser, como um dia se falou então.

Nossa vida assiste ao contar das horas que nos pa-rece imutável, apesar de algumas nos serem mais curtas que outras, mas isto é matéria de outra divagação.

Muitas vezes me pergunto: Até que ponto a certeza do nascer e do morrer, nos parece com a beleza do ama-nhecer e do entardecer?

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista Escritor Daniel Barros

Daniel Barros, 45 anos, alagoano de Maceió. Foi colaborador em O jornal e Gazeta de Alagoas, na década de 1990. É engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Alagoas no ano 1992. Em Brasília, desde o fim dos anos 1990, onde pós-graduou-se em Segurança Pública e iniciou sua carreira literária publicando: O sorriso da cachorra, romance, editora Thesaurus, Brasília 2011; Enterro sem defunto, romance, LER editora, Brasília 2013. Participa das coletâneas: Contos eróticos, editora APED, Rio de Janeiro, 2013; e de Enquanto a noite durar, contos sobrenaturais, editora APED, Rio de Janeiro 2013. É membro da Associação Nacional de Escritores-ANE.

“Leiam! Sobretudo meus livros... (risos). Brincadeiras à parte, devemos ler e estimular a leitura. Não só as crianças devem ser incentivadas, mas todos! Jovens, adultos... Nunca é tarde para se tornar um ávido leitor.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Daniel, é um prazer tê--lo conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos em que mo-mento pensou em escrever o seu romance “O Sorriso da Cachor-ra”?Daniel Barros - O desejo de ex-pressão é inerente à espécie hu-mana, potencializado quando se refere ao sentimento. É preciso pôr para fora para não se sufocar. Como dizia Paulo Leminski no poema “Pergunte ao Pó”: “... o que a gente sente / e não diz / cresce dentro”. Comecei a escrever jus-tamente por essa necessidade de expor sentimentos e ideias. E criar uma história divertida e prazero-sa. Entretanto, sem esquecer o es-pírito de denúncia que temos, nós, os escritores nordestinos.

Como foi a construção do enre-do e dos personagens?Daniel Barros - Normalmente co-meço pelo fim. Penso no desfecho final e desenvolvo em cima des-sa ideia. Os personagens surgem naturalmente, mas, à medida que escrevo, eles vão tomando formas e vidas próprias. Às vezes, um personagem que a principio seria um coadjuvante, cresce e se torna grande. Aconteceu em ENTER-RO SEM DEFUNTO. Catarina

era para ser apenas a namorada de Alcides, mas de repente cresceu ao ponto de ser, talvez, a personagem mais forte do livro. Não quero di-zer com isso que eles tenham von-tade própria, não! Quem manda é o autor, mas tem personagens que nos conquista.

Ao terminar de escrever “O Sor-riso da Cachorra” você já tinha planos para escrever o “Enterro sem defunto”?Daniel Barros - Sim. Tinha a in-tenção de escrever sobre tema mais polêmico, mais forte. Abor-dar aspectos estruturais da socie-dade, no que se refere à segurança pública. E escrever um romance policial mais próximo da reali-dade. Diferente do estilo clássico,

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em que o mistério vai sendo des-vendado à medida que surgem as provas, como os livros de Arthur Conan Doyle, Agatha Christie e Edgar Allan Poe. Enterro sem de-funto tende mais para o romance noir, personagens mais humani-zados, bebem, fumam, brigam e se envolvem em casos sexuais. E surgem tramas paralelas. Tanto que no meu romance o enredo se dá em dois tempos, numa estética não-linear, intercalando capítulos entre o presente, em que o per-sonagem é policial, e seu passado como fotógrafo.

Que temas você aborda em sua obra “Enterro do defunto”?Daniel Barros - Os temas são va-riados, desde as oligarquias políti-cas de Alagoas, a polêmica ilha de CUBA e seu povo, sexo, sensuali-dade, paixão, amizade, luta contra a corrupção e ao trafico de droga e até sobre a estrutura organizacio-nal da polícia judiciária no Brasil. Tema bem atual, como bem po-demos acompanhar no noticiário, como a CRISE na Polícia Federal, que é fruto de uma estrutura arcai-ca e corroída pela corrupção. Mas como escreveu o jornalista Marcos Linhares em uma resenha sobre meu livro: “... obra com seu toque de fino humor, retrato refinado e cru da realidade, recheado com dose de sonho, medo, dor, paixão, sexo, enfim, de vida. A vida espa-lhada pelas páginas das obras bem ornadas com o barro das palavras desse Daniel alagoano”.

Como foi a escolha do título?Daniel Barros - O sorriso da ca-chorra foi inspirado na obra de Ariano Suassuna, O auto da com-

padecida. Lá, a esposa do padeiro compra o padre para fazer o tes-tamento da cachorra. Já Enterro sem defunto surge do mistério e da trama que envolve o final do livro, que não posso revelar, pois acabaria o enigma (risos). Busco escolher títulos espirituosos e que despertem o interesse do leitor pela história, bem como o porquê do título.

Soube que você gosta de escrever contos. De forma geral, qual a mensagem que você quer trans-mitir ao leitor através de seus textos literários?Daniel Barros - Uma vez pergun-tado por uma repórter, Ernest He-mingway respondeu: “Se quisesse transmitir mensagens, enviaria telegramas.” Mas longe de mim, o velho mau humor do célebre au-tor de Por quem os sinos dobram? Sou apenas um contador de histó-rias, e pela minha origem coloco nelas a realidade dura do nosso país. Como dizia Lêdo Ivo: “... nós, romancistas do Nordeste, denun-ciadores incômodos e incorrigí-veis da pobreza e da injustiça, dos pesadelos e das calamidades, sem-pre nos distinguimos de nossos confrades do Centro e do Sul pelo nosso ar de estrangeiros, de emis-sários dessa interminável Oriente que é a nossa terra natal”.

Daniel, onde podemos comprar os seus livros?Daniel Barros - Pelos site: http://www.lereditora.com.br/ca-talogos/adulto/enterro-sem-de-funto-detailhttp://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=42153640&sid=undefinedundefined.

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Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Em Brasília, em diversas livra-rias, entre elas: Livraria Leitura do Conjunto Nacional e Terraço Sho-pping, Livraria e distribuidora ho-rizonte do Saber (SCLN 714/715 Bl:A Lj: 16 ASA NORTE BRASÍ-LIA DF) e Restaurante Fausto & Manoel, CLSW 101, Bloco C, lojas 8/9/10, Sudoeste- Brasília/DF. No site da Livraria Cultura os dois li-vros podem ser encontrados facil-mente.

Quais os seus principais objeti-vos como escritor? Pensa em pu-blicar um novo livro?Daniel Barros - Simples; ser lido! Tornar-me imortal, pois enquanto nossos livros são lidos, nós vive-mos. Meu próximo livro, Mar de pedras já está nas mãos do meu revisor (João Carlos Taveira), e es-tou escrevendo outro, ainda sem título e sem pressa, pois pretendo escrever um livro mais denso, in-trospectivo... o que demanda um maior cuidado e um desgaste pes-soal muito grande. Espero conse-guir.

Quais os seus principais hobbies?Daniel Barros - Não gosto de es-porte, não jogo bola, tênis, não pratico corridas... sou um boêmio! Cuido dos meus animais, cachor-ros, galinhas, carneiros e peixes, não os ornamentais. Crio-os para comer (tilápias, tambaquis, etc.) – E a leitura, naturalmente. Pescar é algo também algo que me propor-ciona muito prazer.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário no Brasil?Daniel Barros - Sem dúvida, pre-cisamos baixar os preços dos li-

vros. O livro brasileiro ainda é um dos mais caros do mundo, mes-mo sem a cobrança de impostos. Precisamos de prêmios literários sérios, onde pelo menos os livros sejam lidos pelos jurados. Na II bienal do livro de Brasília cada ju-rado teria pouco mais de um mês para ler 50 livros, é evidente que não é possível. O que acontece en-tão para escolher?

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor. Foi muito bom conhecer melhor o Escritor Da-niel Barros. Que mensagem você deixa para os nossos leitores?Daniel Barros - Leiam! Sobretudo meus livros... (risos). Brincadeiras à parte, devemos ler e estimular a leitura. Não só as crianças devem ser incentivadas, mas todos! Jo-vens, adultos... Nunca é tarde para se tornar um ávido leitor.

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Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura

[email protected].

O personagem é o mais importante elo de identificação com o leitor. Até mais importante que a própria histó-ria.

Quantas tramas razoáveis não ficaram irre-sistíveis somente por conta dos personagens que a protagonizaram? É dessa forma que muitos enredos são programados dependendo de seus principais “agentes”.

O personagem precisa ter uma boa biografia para que ele se torne verossímil.

Vivemos em um mundo capitalista onde tudo é muito escorregadio em razão da concor-rência. Neste sentido, não podemos ter pressa para apresentar um bom trabalho. Porque o tem-po passa e uma música ou filme são esquecidos. Mas um bom livro não!

Todo enredo pede personagens e todos eles precisam ser muito bem desenvolvidos. Eles pre-cisam de biografia e características para que as crianças possam visualizá-los até antes mesmo de ver as ilustrações.

CRIANDO PERSONAGENS

Existem duas formas de apresentá-los: ou como personagens comuns ou como animais an-tropomórficos. Alguns até tentam ir além, desen-volvendo um universo complexo, com criaturas aliens ou até mesmo de objetos e veículos anima-dos, mais tudo isso vai da criatividade do autor. Mas não se esqueça que toda literatura pede um motivo.

Uma história com um personagem azul fará com que você deixe explicado o motivo para inserir um personagem assim. Livro infantil de fantasia não pode ser literatura ilógica.

Os personagens precisam ilustrar o ambien-te a ponto de até mesmo dispensar ilustrações. Os melhores enredos de histórias em quadrinhos possuem uma narração tão refinada que até mes-mo dispensa os desenhos, tornando apenas uma ferramenta adicional.

Neste sentido, o personagem bem caracte-rizado também precisa “colorir” a história. Seus personagens marcarão a história e poderão até mesmo protagonizar contos futuros.

MERCADO LITERÁRIO

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Entrevista EscritorDiego Demetrius

DIEGO DEMETRIUS FONTENELE, nascido em Brasília – DF no dia 06/07/1987 já morou em vários estados brasileiros. Bacharel em arquivologia pela Universidade de Brasília - UnB trabalha na área desde 2005com experiência em projetos de organização de acervo e tratamento documental. Publicou o livro de poesias“Despertar e outros poemas” no começo de 2014 pela Chiado Editorae já prepara o segundo livro de poesias.

“desejo tocar o coração das pessoas. Faze-las acreditar que é possível sonhar e realizar seus sonhos. Como o meu foi realizado. Demorou mas aconteceu”.

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Diego Demetrius Fonte-nele, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Di-vulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto por poesias?Diego Fontenele - O prazer é meu de poder participar desse projeto e ter a oportunidade de divulgar meu trabalho. Minha mãe me ensinou e incentivou a ler quan-do novo. Amo ler e me considero mais leitor que escritor. Foi uma surpresa pra mim quando aos 13 percebi que escrevia versos com muita facilidade e de maneira muito natural. Era um reflexo de tudo que lia e sentia que precisava me expressar. Nessa época morava no Rio Grande do Sul e estava fo-cado nos estudos de piano e parti-tura. Então a dedicação a música falou mais alto como forma de ex-pressão. Apenas por volta dos 16 e já de volta a Brasília que comecei a querer escrever continuamente e a poesia tomou o lugar da música como maneira de expressão.

Além de poesias, você escreve em outros formatos de textos literá-rios?Diego Fontenele - Sim. Já escrevi alguns contos também, não mui-tos. Geralmente quando tenho uma ideia já sei se vou escrever em forma

de poesia ou conto. Escrevi uma pe-quena fábula infantil, mas não levo muito o jeito para esse tipo de lite-ratura. Tenho também esboçado em minha mente um thriller. Todos os personagens, enredo, tudo pronto basta apenas sentar e escrever. En-tão considero que escreva apenas poesias e contos. Por enquanto.

Que temas você aborda em seus escritos?Diego Fontenele - Não costumo ter um tema específico que goste de abordar. Escrevo sobre o que me vem à mente. Pode ser sobre o trânsito, tédio, trivialidades. Po-rém no livro Despertar e outros poemas as pessoas poderão dizer que o foco é grande sobre amor, desilusão amorosa e que em me-nor número os poemas tratam

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sobre amizade, superação, vencer os próprios limites. Irei concordar em parte com elas. Algumas coisas estão claras, mas existe um pouco mais nas entrelinhas. Só lendo o livro pra saber.

Como foi a construção do seu li-vro de poesias “Despertar e ou-tros poemas”?Diego Fontenele - Um trabalho bem árduo. Aos 16 já sonhava que poderia ter um livro publicado, mas não acreditava que um dia poderia ver o sonho se tornar re-alidade. Quando resolvi no final de 2012 que havia material para publicar um livro comecei a tentar organizar as 60 poesias que já tinha escrito. Muitas não se encaixavam na estrutura que estava dando ao li-vro e como estava escrevendo cada vez mais ficava difícil dar ordem a tudo. Acabei fechando o livro com 49 poemas e um texto bônus. Não ficou do jeito que queria, mas esta-ria sendo muito perfeccionista. Os poemas que ficaram de fora da ver-são final já foram reunidos e estou finalizando um segundo livro de poesias. Mas não existe previsão de quando irei lançar este Segundo. Só espero que não demore tanto tempo como levou com Despertar e outros poemas. Onde podemos comprar o seu livro?Diego Fontenele - No Brasil o li-vro está à venda no Site da Livra-ria Cultura http://www.livraria-cultura.com.br Em Portugal nas livrarias Bertrad http://www.ber-trand.pt/ficha/despertar-e-outros--poemas?id=15705613eWook http://www.wook.pt/. Na Espanha a Puvill Libros http://www.puvill.com/book/despertar-

-e-outros-poemas/209810 Ou o livro pode ser adquirido direta-mente no site da Chiado Editora http://www.chiadoeditora.com . Quem quiser entrar em contato

comigo para obter um exemplar autografado pode fazer isso na mi-nha página no facebook. https://www.facebook.com/diegodeme-triusfontenele

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Quais os seus principais objeti-vos como escritor?Diego Fontenele - Um trecho de um dos poemas presentes no livro:“Escrevo porque acreditoQue minhas palavrasPodem fazer diferença.”E também desejo tocar o coração das pessoas. Faze-las acreditar que é possível sonhar e realizar seus sonhos. Como o meu foi realiza-do. Demorou mas aconteceu.

Quais os principais hobbies do escritor Diego Fontenele?Diego Fontenele - Ler, minha es-tante está cheia de livros. Amo ver filmes, seriados. Gosto de xadrez e de cozinhar às vezes, mas somente o básico, arroz, ovo, macarrão. Jar-dinagem também ocupa parte do meu tempo livre. Mas acho que o principal é mesmo colecionar. Te-nho uma coleção de cartões pos-tais, cartões telefônicos, latinhas, miniaturas, chaveiros. E já tive de selos e moedas.

Como você vê o mercado literá-rio brasileiro?Diego Fontenele - O fato de ter meu livro publicado por uma Edi-tora Portuguesa mostra como está o mercado no Brasil. O mercado brasileiro está fechado para novos escritores. Não existe um estímulo para os talentos novos que só pre-cisam de uma chance para mostrar o seu potencial. Tive uma grande dificuldade com as editoras que entrei em contato. Pior que rece-ber um não como resposta e não receber nenhuma resposta quan-do se envia um original. Mas não existe nenhum caminho fácil para quem está começando. Sou mui-to grato a Chiado Editora por ter

acreditado no meu trabalho e es-tar me apoiando nessa caminhada.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário no Brasil?Diego Fontenele - Diminuição dos impostos das editoras pelo Governo Brasileiro (mas essa questão tributária seria pra todos os setores da sociedade) e aumen-tar os incentivos para divulgação. Claro que existem casos isolados como concursos literários, publi-cações independentes, mas falta o apoio para a divulgação, ter o livro exposto em grandes redes de livra-rias. E incentivar mais à leitura en-tre a população. Se existir leitores ávidos sempre haverá um merca-do para os escritores.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor o Escritor Diego Fontenele, que mensagem você deixa para nossos leitores?Diego Fontenele - Um mui-to obrigado. A você Shirley pela oportunidade de participar do Divulga Escritor e aos leitores por terem lido essa entrevista. Espero que apreciem também a leitura de Despertar e outros poemas. E leiam sempre.

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Lembro que ele falou sobre o fim da linha. Era o fim da linha do trem que ele es-perara um dia, aflito, sem condições de levar uma bagagem para um lugar tão

distante. Levava muito mais uma esperança des-gastada na alma. “O sofrimento não dá alento, meu filho! – dissera um dia Valete, sua mãe, num daqueles momentos em que a vida se torna mais afoita e sai quebrando a leveza de uma estada tranquila dentro da casa que jamais o ameaçaria, nem que lhe passasse um furacão sobre sua cabe-ça tórrida de anseios.

“Um dia, quem sabe, desbravarei o mundo: não só esse mundo que se apresenta de sobres-salto para mim.” – pensara, como um devaneio entre lençóis. Era seu um sonho melancólico e apressado dentro de um corpo que vislumbrava o despertar de algo que ainda não conhecia.

E quem podia apresentá-lo ao mundo, àquele universo terno de promessas que gravara na alma com toda a certeza de que um dia chegaria lá? Existia mais alguém esperando por ele? Um dia sim, seus pés tocariam firme o lugar a que fora destinado. Ele saberia a hora certa, o momento exato, embora não soubesse ao certo que estaria por lá. Seus pés poderiam pisar em um mar de medos, disso ele sabia, mas não se preocupava mais, não mais necessitava tolher seus medos. Estava eufórico, no limite de si.

“Vítor, Vítor, meu rapaz, que andas fazen-do da tua vida?” Eis a hora marcada conforme acordado. E assim transcorreu Vitor, envolto nes-sa necessidade aflita de sua existência. Desejava correr, voar mais alto, estrangular-se de tanto gritar, queria a devolução da sua liberdade, rápi-do, não podia perder seu tempo precioso, o que ainda lhe restava sobreviver.

Então que se fizesse assim, como viera até ele. Sutil, rápido, transformador para uma pes-soa. Ele fora escolhido para sair mais cedo de algum lugar, da sua cápsula inesgotável que não se rompera em todo o tempo em que estivera na ausência conturbada de si. Mas agora tudo estava rompido, tudo tomava outros rumos: esfacelou--se algo como o vidro cruzando o chão numa queda brusca.

“Olha lá, é o trem, Vitor!” – dissera a si mes-mo. Não se conteve, seus músculos queriam pu-lar, a garganta ganhou um engasgo rolando as palavras, o sangue flutuava rápido; nos olhos, uma neblina fosca tomou conta; no peito, uma angústia secreta, sem medos, sem despedidas, sem dores, cheia de artifícios, mirando a gama de possibilidades que agora estava em suas mãos, eram suas, pertenciam a um só ser no mundo. E ninguém que ousasse ultrapassá-lo, não tinha mais nenhum espaço a sua volta que não tives-se preenchido pela sua estranheza de vislumbrar uma totalidade: Vitor.

O que poderia deixar para trás? Nada, abso-lutamente. Agora, são outros embalos que o con-quistara, tão demoradamente quanto se consome algo dentro do próprio corpo; agora sim, ele es-taria por completo todos os dias em sua frente, sem esperas, sem demoras, sem a nostalgia da incompletude. “Por que demorara tanto para en-contrar-se?” foi o que conseguiu balbuciar quase compreendendo tudo.

A HORA DO TREM

Por Patrícia Dantas Licenciada em História e Pós Graduação em Turismo de Base Local (UFPB), blogueira, poetisa, colunista de alguns portais e revistas

eletrônicas - [email protected]

ENTRE IDEIAS & ATOS

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Entrevista Escritor Douglas Silva

Douglas Silva é Escritor, Poeta e Psicólogo formado pela Faculdade de Jaguariúna. Nascido em 1983 na cidade de Mogi Mirim (interior de São Paulo), atualmente reside em Mogi Guaçu, cidade vizinha. Possui várias publicações em Antologias nacionais e internacionais e é autor do Livro de Poesia “Vozes da Alma” e do Romance “Destinos”. Recebeu alguns prêmios literários entre eles ganhou o Prêmio Luso-Brasileiro de Poesia melhores Poetas de 2013, além de compor o quadro acadêmico das Academias de Letras e Artes: Membro Acadêmico Correspondente ARTPOP – Academia de Artes de Cabo Frio – Rio de Janeiro. 2011Membro Acadêmico Correspondente da ALAV – Academia de letras y Artes de Valparaíso- Chile. 2011Membro Acadêmico HONORÁRIO Correspondente ARAMLERJ Academia real de artes, música e letras do Estado Rio de Janeiro – ARAMLERJ- 2013. Membro dos POETAS DEL MUNDO (entidade com sede no Chile).

Boa Leitura a todos!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Douglas, é um prazer contarmos com a sua participa-ção no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto por poesia?Douglas Silva - Shirley, obriga-do pelo convite. É um prazer para mim participar do projeto. Meu gosto pela poesia começou em mi-nha adolescência devido à paixão pela literatura que foi motivada pelo contato com diversas obras literárias de diversos autores como Machado de Assis e Fernando Pes-soa. Este contato me motivou a tentar transmitir meus sentimen-tos em forma de poesia, bem como desenvolver em mim o desejo de imprimir a minha própria per-sonalidade em cada composição, sempre levando em consideração o momento atual de minha vida.

Que temas você aborda em seus textos poéticos?Douglas Silva - Procuro abordar em meus textos minhas experiên-cias pessoais. Também tento sinte-tizar alguns dos sentimentos que fazem parte de minha vida como o amor, saudade, alegria, frustra-ções e por fim toda a natureza que me cerca. Pois acredito que o con-tato com estes sentimentos permi-te expressar em forma de poesia toda minha experiência pessoal como ser humano.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos

textos poéticos apresentados em seu livro “Vozes da Alma”?Douglas Silva - Meu livro “Vozes da Alma” por ser minha primeira publicação é a obra mais significa-tiva para mim, mas não posso dei-xar de lembrar todas as publicações que também fazem parte do meu sonho. Procuro no livro transmitir a essência dos meus sentimentos que são traduzidos em poesia, pois acredito que conduzir a palavra é um “dom” que permite aliar sen-timentos e sensibilidades do meu próprio eu. Espero que cada linha traçada possa fazer os leitores en-contrarem, ao lerem meus versos, algo positivo que some para refle-xão de suas próprias vidas.

Em que momento pensou em es-crever o seu romance “Destinos”?Douglas Silva - O livro Destinos nasceu no último ano de minha faculdade de psicologia. Possuía

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em mim o desejo de escrever um romance e aproveitei todo o am-biente de um estágio técnico rea-lizado em um hospital para definir o enredo que compõem o livro.

Conte-nos um pouco sobre “Des-tinos” que foi lançado agora no mês de agosto, na Bienal Inter-nacional do Livro de São Paulo.Douglas Silva - Como disse o livro nasceu por um desejo de escrever um romance, e nele eu descrevo a história entre dois jovens que se co-nhecem desde a meninice. O enre-do tem como cenário principal um hospital onde o personagem Paulo luta pela vida após ter sofrido um acidente que acaba fortalecendo o carinho entre os dois jovens. Porém, Verônica descobre um doloroso se-gredo que mudaria completamente suas vidas, o que ela não imaginava era que, diante de uma nova decla-ração de amor, o destino voltasse a colocar em sua presença o amor que ela praticamente já não acreditava que era possível mais existir. Procu-ro nessa trama demonstrar a impor-tância de lutar pelos seus sonhos, e o destino passa ser mera coincidência que move o caminho dos persona-gens Verônica e Paulo.

Onde podemos comprar os seus livros?Douglas Silva - Todos podem ad-quirir pelo site da editora http://www.garciaedizioni.com.br/des-tinos ou diretamente comigo pelo meu blog http://www.escritor-douglassilva.webnode.com.br

Quais os principais hobbies do escritor Douglas Silva?Douglas Silva - Atualmente tenho como principais hobbies o cinema,

teatro, músicas, práticas de esportes e a própria escrita que é algo mui-to valioso para mim. Tudo isso vem me ajudando a superar as frustra-ções do dia a dia, além de me pro-porcionar novas experiências que às vezes manifesto em meus textos.

Como você vê o mercado literá-rio brasileiro?Douglas Silva - O mercado lite-rário no país está a cada ano cres-cendo, mas devemos nos atentar quais produções realmente podem ser consideradas como sendo lite-ratura. Hoje em dia com populari-zação da internet a grande maioria das pessoas se arrisca em escrever alguma coisa, mas isso não está garantindo a qualidade do que é apresentado ao leitor, e as editoras me parecem não se preocuparem muito com esse detalhe. Com isso autores brasileiros vêm perdendo espaço para autores estrangeiros mesmo diante de uma crescente produção literária no país.

Quais as ações de melhorias que você citaria para o mercado lite-rário no Brasil?Douglas Silva - Acredito que é importante as editoras não ape-nas se preocuparem com a im-pressão da obra, mas em cons-truir políticas que favoreça a diminuição dos custos para que os leitores de todas as classes sociais possam ter condições de adquirir uma publicação. Tam-bém é importante melhorar a valorização do autor que hoje sofre com os altos custos para conseguir publicar suas obras.Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor o Escritor Dou-glas Silva, que mensagem você deixa para nossos leitores?Douglas Silva - Quero agradecer ao Divulga Escritor pela oportuni-dade de ter apresentado um pou-quinho do meu trabalho. E dizer aos meus leitores que sonhos são feitos para serem realizados. En-tão, jamais desistam de seus so-nhos por mais difícil que pareça. Pois tudo que é difícil para alcan-çar se torna para sempre quando realizado. Para quem deseja publi-car um livro, primeiramente tem que amar este mundo, pois somen-te quando amamos o que fazemos é possível superar as dificuldades que estarão diante de nós. For-te abraço a todos e mais uma vez muito obrigado pela oportunida-de de compartilhar um pouco de minhas ideias com vocês.

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VIVER É MUITO MAIS QUE APENAS RESPIRAR

Participação Especial

Por Palestrante Júnior Pereira

Estamos nessa terra para vi-vermos, e viver é muito mais que apenas respirar ou sentir o palpi-tar do coração, viver é desfrutar de cada momento sabendo que são importantes e que são os mesmos que determinam o futuro.

O problema é, que a maioria das pessoas não dão a mínima para isso, e acabam levando a vida sem pensar nas consequências, precisamos está cientes que tudo que plantarmos co-lheremos. É justamente por isso que existe a necessidade de tomarmos as atitudes certas hoje, pois o nosso amanhã depende disso.

São diversas as circunstâncias que tentam nos impedir de cres-cer, evoluir e exercer a capacida-de que temos, porém se estiver-mos certos do que queremos para nossas vidas, não deixaremos que nada nos impeça de alcançarmos o necessário.

Na verdade o que mais preci-samos é descobrir o sentido de es-tarmos aqui e uma grande maioria acaba morrendo sem descobrir essa verdade. Só descobriremos o porque estamos aqui, quando fi-zermos uma viagem para dentro de nós mesmos, é lá que estão es-condidos todos os segredos.

Dentro de cada ser humano,

está escondido toda capacidade de realizar, vencer e ser feliz, quando descobrimos o quanto somos ca-pazes, descobrimos também que não estamos aqui para sofrer e sim para ser felizes e completos, usar a capacidade que possuímos é a fer-ramenta perfeita para o sucesso.

Deus nos criou para usufruir do melhor, porém cada um de nós precisa buscar usar sua capaci-dade, quando estamos dispostos á correr atrás do que queremos, não existe nada que nos impeça de chegar ao alvo.

Por isso, não deixe que a sua vida seja inútil, por o contrário, seja útil, projete, sonhe, realize,

Escritor/palestrante Júnior Pereira

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não dê ouvidos a pessoas negati-vas, abrace o positivo, acredite que tudo é possível. Nunca aceite que a sua vida esteja abaixo da media, muito menos se contente ou aceite que é normal viver sem propósitos e sem vitórias, isso é um engano! Você está nessa terra para viver de verdade, os anos que lhe restam podem ser os melhores anos da sua vida, só depende de você.

Viva, foi para isso que você veio ao mundo, pense nisso!

Por Júnior Pereira, Palestrante e Escritor

Agende palestra com Palestrante Júnior PereiraCom mais de 10 anos de experiência, o Palestrante, Psicanalista e es-

critor Júnior Pereira, já viajou por mais de oito estados brasileiros e dois países estrangeiros ministrando palestras de auto ajuda e motivação. O mesmo ministra em média dez palestras por mês, onde tem ajudado pes-soas a si encontrarem na vida, suas palestras são ministradas em diversos lugares como: Escolas, empresas, projetos, igrejas, grupos e eventos no geral.

Júnior Pereira também eu Autor dos livros, “25 Passos para o suces-so, paz interior e felicidade” e Segredos para uma vida abundante.

Para contratar palestra, acesse o site: www.autoajudaemotivacao.com.br

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Entrevista Escritora Glauce Leite

Glauce Aparecida de Carvalho Leite, Joseense formada em Letras pela Univap e Pós-Graduada em Gramática pela Unitau.Trabalha como Orientadora Pedagógica e Professora de Língua Portuguesa e Leitura desde 2000 para alunos do Ensino Fundamental e Médio nas Redes Estadual e Municipal em São José dos Campos. Escreveu “Princesinhas do Século XXI”, lançado em Maio/2013. Possui um “fanpage” que já atingiu mais de mil leitores, www.facebook.com.escrevisobrevoce, lá você encontra poesia, reflexões e leituras que se referem ao comportamento humano.

Boa Leitura a todos

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Glauce Leite é um pra-zer contarmos com a sua partici-pação no projeto Divulga Escri-tor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita?Glauce Leite - O mundo da escri-ta me encanta desde os 19 anos, quando enviei a um jornal de mi-nha cidade um texto em forma de carta ao leitor. Desde então sem-pre escrevi sobre o comportamen-to humano e mais tarde interessei--me pela poesia e textos literários.

Que temas você aborda em seus textos literários?Glauce Leite - Sinto bastante afi-nidade com o mundo feminino. Também gosto de provocar o lei-tor quando o comportamento hu-mano se exalta.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos contos publicados em seu livro “Princesinhas do século XXI”?Glauce Leite - A mensagem de que a mulher é o ser mais comple-xo e interessantíssimo do planeta.Em que momento se sentiu pre-parada para publicar sua primei-ra obra literária?Glauce Leite - Acredito que sen-tir-me preparada para tal ato foi

um sinal de que sentia-me bastan-te segura como mulher.

Onde podemos comprar o seu livro?Glauce Leite - Atualmente mante-nho uma fanpage - www.facebook.com/escrevisobrevoce é só entrar em contato.

Quais os seus principais objeti-vos como escritora?Glauce Leite - Provocar alguma reação no maior número de pes-soas possível

De que forma você divulga o seu trabalho literário?Glauce Leite - Atualmente tenho meu livro “Princesinhas do Século XXI” e mantenho minha fanpage com mais de 1600 seguidores.

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Como você vê o mercado literá-rio brasileiro?Glauce Leite - É um mercado fa-dado à transformações e não po-demos deixar de acompanha-las.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário no Brasil?Glauce Leite - Com certeza o in-vestimento na Educação, com

incentivo financeiro à profissão de professor e ao estimulo à leitura na escola e em casa.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor a Escritora Glau-ce Leite, que mensagem você deixa para nossos leitores?Glauce Leite - Leia por prazerLeia para fazerLeia para ser...

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Entrevista Escritor José Anchieta

José de Anchieta Antunes de Souza, nasceu em Olinda, em 24 de janeiro de 1938. Desde jovem desfrutou do prazer de escrever, sem ter o cuidado de guardar seus textos, deixados perdidos pelos caminhos da vida. As letras escritas à mão ou em máquina datilográfica, desceram a ribanceira do esquecimento, do não retorno... Com 59 anos aposentou-se e estabeleceu residência em Gravatá – PE, onde vive até hoje, com a esposa, a escritora uruguaia-brasileira Dea G. Coirolo e um dos netos. Aqui retomou a arte de escrever. Faz parte da Academia de Letras, Artes e Ofícios Municipais de Pernambuco em Bezerros. Tem dois livros em preparação: um de crônicas da vida e o outro sob um bebê, desde sua gestação até os três anos de idade, que conta “segredos ao pé do ouvido do seu avô” e discorre irônica e humoristicamente sobre o deslumbramento das descobertas que proporciona o crescimento. Vem fazendo uma coleção de crônicas humorísticas com um personagem chamado Libório, onde muitas de suas experiências de vida dão um toque às histórias. Aqui apresentamos uns poemas escritos depois de seus setenta anos de idade quando resolveu acrescentar poesia a sua escritura. Publicou na Antologia poesia do Brasil, volume 18, do XXI Congresso Brasileiro de Poesia em Setembro de 2013. Tem publicações on-line, sendo colunista do blog de Lenilson de Caruaru e como tradutor oficial da Academia de Letras (ALAOMPE) da língua portuguesa para a espanhola.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

“A mensagem da cultura, do humor, uma imagem filosófica, um conto com conteúdo, a mensagem da paz, a outra da revolta com os descasos dos governantes.”

Boa Leitura!

Escritor Anchieta Antunes é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor. Conte-nos o que o moti-vou a ter gosto pela escrita?Anchieta Antunes - A leitura: sem ela não podemos divagar, viajar, cavalgar e relatar. A escri-ta é o tônus do cérebro, o sangue da criação que corre nas veias da imaginação. A águia de meu pen-samento e criatividade, sempre está na ponta de um lápis com a ponta feita, e pronto para marcar as linhas de um discurso ainda não escrito. Para mim, escrever é tão bom quanto ler, sempre será o meu alento de vida.

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SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor, em seu livro de crônicas que es-tar escrevendo sobre a vida?Anchieta Antunes - A mensa-gem da cultura, do humor, uma imagem filosófica, um conto com conteúdo, a mensagem da paz, a outra da revolta com os descasos dos governantes. Qualquer men-sagem bem elaborada vale a pena ser lida e discutidas em tertúlias ao tilintar das chávenas de porce-lana cultural.

Estou curiosa para saber um pouco mais sobre o segundo livro que estas a escrever, sou-be que tem um bebê como per-sonagem principal, conte-nos um pouco sobre esta obra lite-rária. Anchieta Antunes - Minha neta “Letícia Victória de Moura Gar-cia” tinha acabado de se estabe-lecer confortavelmente no útero da mãe, quando ela, a mãe, nos compareceu para contar a novi-dade. Imediatamente comecei a escrever como se um bebê con-tasse segredos de sua formação intra-uterina, nascimento e cres-cimento, no ouvido do avô. A personagem falando em primei-ra pessoa. O bebê dita o livro, e só para de falar no meu ouvido de avô quando completa quatro anos. É a visão humorística que a menina tem do mundo dos adultos e suas regras, enquanto ela cresce desde o óvulo a uma pessoinha de quatro anos. Escre-vemos nosso melhor livro, eu e ela, em alguns momentos ríamos adoidados com os eventos rela-tados. Foi o meu maior deleite de escrita.

Você tem alguma previsão para publicação dos livros?Anchieta Antunes - Previsão? Será que sei o que significa este pa-lavrão associado ao intrincado ter-mo “grana?” Binômio cruel, mal-vado e sem data certa! Publicarei quando Deus, e ou algum patroci-nador deletério resolver me ajudar a divulgar “minha obra de arte”.

De que forma você divulga o seu trabalho literário? Anchieta Antunes - De maneira singela e, até infantil! Uso e-mail, face book, publico no blog de le-nilson.com.br/anchieta/antunes/ como colunista. No blog da ALA-OMPE (Academia de Letras, Artes e Ofícios Municipais de Pernam-buco), alaompe.wordpress.com/; no log de Poesias de Luis Eduardo Garcia Aguiar; charrua-oriental.blogspot.com.br/; no meu blog - anchietaantunes.blogspot.com.br / imprimo e entrego pessoalmente aos amigos, parentes e envio para minha amiga Shirley Cavalcante, que distribui para um montão de gente, através do Divulga Escritor.

Quais os principais hobbies do escritor Anchieta AntunesAnchieta Antunes - O escritor Anchieta Antunes não tem hob-bie, tem manias: de escrever, de ler, de dormir, de freqüentar a Academia para saber das novida-des, e num futuro próximo quero aprender a fazer “origame”. Gosto de trabalhar com as mãos porque tenho muita facilidade e destreza com elas. Veremos!!!

Como você vê o mercado literá-rio brasileiro?Anchieta Antunes - Não vejo! Te-

nho pesadelos! Não tenho muitas informações a respeito, mas leio revistas e criticas literárias nelas, e em outras publicações periódicas. Não percebo nenhum movimen-to auspicioso de âmbito nacional em busca da divulgação maci-ça de cultura, de poesias, contos e mesmo romances, a não os de escritores estrangeiros que rece-bem milhões de dólares com seus livros vendidos na Brasil. E nós não merecemos ser divulgados, estimulados, vendidos, mesmo a preços irrisórios, valores simbóli-cos, com o único intuito de fazer nascer a escrita tupiniquim? Não merecemos ser escritores, mesmo que medíocres?

Quais as ações de melhorias que você citaria para o mercado lite-rário no Brasil?Anchieta Antunes - Melhoras? Vejamos! Diminuir a carga tri-butária em pelo menos 50%. Os Editores cobram caro porque têm que repassar para o erário público uma parte do lucro que percebe em sua atividade comercial. Isto significa mais ou menos o seguin-te: “o povo trabalha para o gover-no, e não o governo para o povo”, o que no frigir dos ovos, está ha-vendo, como sempre houve, “uma injusta inversão de valores”.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradece-mos sua participação no proje-to Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor An-chieta Antunes, que mensagem você deixa para nossos leitores?Anchieta Antunes - Ah! Que res-ponsabilidade a minha! Só imagi-no a pessoa que está lendo esta en-

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trevista, e espera que, como num passe de mágica, ou com o uso de uma “varinha de condão’ , eu, ou alguém iluminado possa resolver os problemas de comunicação, de aquisição, de empréstimos ou ou-tros quaisquer meios, para conse-guir ler os melhores livros, os mais procurados, os “Best- seller” , sem ter que se desdobrar para satisfazer um gosto singular, para conseguir ler o que gosta, para desfrutar do prazer de uma boa leitura. Como fazer? Eu uso os meios de compra modernos tais como: compra “on line” . Todas as grandes livrarias atendem via internet, o que todo mundo já sabe. Expedientes tais como intercambio de livros en-tre amigos e parentes. Bibliotecas Públicas, Bibliotecas das Acade-mias, que têm o maior prazer em ceder para leitura os exemplares à sua disposição. A Academia à qual pertenço – ALAOMPE – tem mais de mil exemplares para em-préstimo. Apenas como conselho: “LEIAM CUMPULSIVAMENTE”

como muita gente faz, inclusive eu. Agradeço a atenção e me des-culpe pela prolixidade das respos-tas, e isto acontece porque “ADO-RO ESCREVER”.

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Participação Especial

Escritora Lígia Beltrão

Ele a olhava deitada, qua-se adormecida. Admira-va aquela mulher. Uma gota de suor escorria do

seu pescoço e descia entre seus seios, lavando a cavidade do um-bigo e perdia-se no seu ventre nu. Seu rosto iluminado parecia sonhar com anjos. Revia a cena vivida há poucos minutos. O má-gico instante de uma entrega sem pudores, ou medos, o mágico ins-tante do gozo, que não foi só dos corpos, mas das almas. Foi subli-me! Dava-se conta agora, de que nunca fora realmente feliz. Nun-ca, até que encontrou com ela.

Sentia o perfume dos seus ca-belos negros, jogados sobre o tra-vesseiro displicentemente. Sentia o perfume de fêmea que ela exa-lava por todos os poros. Era uma mulher única. Olhou ao redor, as roupas misturadas e jogadas pelo chão, resquícios de uma guerra

travada onde não havia vencido ou vencedor, mas dois seres que se encontraram e se completaram na magia do instante. Havia dentro dele um ruído interior que extra-polava a alma. A imagem dela fa-zia-o devanear. Era um privilegia-do. Encontrara seu prêmio maior na vida. E lá estava ela diante dele com toda a beleza da sua idade, exposta. Era uma linda mulher, não havia como negar.

Noite gloriosa. Noite de de-sejos aflorados, de cheiro e sabor de sexo, de palavras descobertas, pronunciadas no supremo êxtase do sentir. Peitos pulsantes, mãos trêmulas... E a ansiedade louca que sentia? Achava que não con-seguiria. Vivia só há tanto tempo que nem lembrava mais como se fazia direito. Ela encorajava-o. Chamou-o de Apolo. Fazia-o sentir-se um homem completo. Indefinível. A existência daquele

amor se lavra em inscrições irre-tocáveis. Junta as fagulhas e mer-gulha na própria essência. É um homem renascido no existir.

De repente, se pergunta se foi um amante de tempos não viven-tes, ou, de um tempo reinventa-do de modo a melhor vivê-lo? O corpo se sente vivo, palpitante de espírito. Bendita seja aquela mu-lher, oráculo do seu maior amor. Encosta-se ao corpo dela que se aconchega a ele recebendo-o com o seu ar leve de quem vende feli-cidade. É a mais bela realidade de um casal de sessenta anos, que, fi-nalmente se encontrou e se entre-gou na busca da sua outra metade, quando já não se acredita muito em encontrá-la. Benditos sejam os deuses que os uniram mesmo no ocaso dos seus dias. Bendito seja o amor, reconstrutor de sonhos e de vidas. Renasceram. Nunca é tarde quando o amor acontece.

NUNCA É TARDE, QUANDO O AMOR ACONTECE...

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Entrevista Escritora Merari Tavares

Merari Tavares nasceu em São Paulo, em 7 de agosto de 1990.Musicista, Graduada em Letras, licenciada em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, pela FAAT – Faculdades Atibaia e, Produção Editorial - UNIL - Universidade do Livro.Publicou 4 livros solos: Rháuwey – Uma Escola do Barulho; Florência – A Borboleta que virou Bailarina; Minha Namorada Virtual e 30 Minutos Com Um Estranho.Recebeu diversos Prêmios Nacionais e Internacionais. No ano de 2012/2013 esteve na Feria del Libro, de Buenos Aires, e também, na Casa de Jorge Amado, lançando e divulgando seu trabalho como escritora. “Hoje, o hábito da leitura faz parte da vida da maioria dos brasileiros. A tecnologia está a cada dia mais avançada, e sendo assim, as notícias são instantâneas. Querendo ou não, o brasileiro está lendo a maioria do tempo, uma vez que estão conectados quase 24h. Prova disso foi o resultado da Bienal de São Paulo de 2014 que surpreendeu a muitos.” Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritora Merari é um prazer contarmos com a sua participa-ção no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita?Merari Tavares - Prezada Shirley, a honra é toda minha. Sinto-me mui honrada pelo convite. Desde já, quero agradecê-los pela rica oportunidade. Minha paixão pela leitura nasceu quando era ainda menina. Em casa, meus pais sem-pre leram muito. Meu pai vivia lendo jornal. Minha mãe — pro-fessora —, sempre me incentivou a ler; trazia novos livros que me encantavam e, frequentemente,

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lia e contava histo-rinhas para mim. Sendo assim, o gosto pela leitu-ra se perpetuou. Contudo, o an-seio em se tornar escritora nasceu por volta dos doze anos. Na escola, eu me destaca-va nas redações. Era a matéria em que mais gostava. Sempre fui apaixo-nada por escrever. Enquanto muitos quebravam a cabe-ça para compreen-der e corresponder ao tema solicitado, isso era “fichinha” para mim, ao con-trário do que ocor-ria na área de exa-tas! (risos).

Como foi a construção do seu li-vro “Rháuwey – Uma Escola do Barulho”?Merari Tavares - O Rháuwey, por ser um livro infantil não foi um projeto de longa duração. E, ape-sar de ser o meu primeiro livro publicado, não foi o meu primeiro livro a ser escrito. Aliás, por incrí-vel que pareça, o meu primeiro li-vro escrito ainda está engavetado e, creio que muito em breve será lançado. A ideia inicial era escre-ver para os adolescentes, mas, na época, conheci uma escritora e ela me convidou para participar de algumas antologias infantis; arris-quei, meus textos foram selecio-nados, e depois, acabei pegando o gosto por esse tipo de escrita e

o Rháuwey nasceu, relatando a história de quatro garotos que in-gressam na 5ª série. Esse quarte-to apronta mil e uma pegadinhas com os professores. É uma histó-ria que muitas crianças, principal-mente as levadas, se identificarão com a história. Que temas você aborda em seu li-vro “Florência – A Borboleta que virou Bailarina”?Merari Tavares - No livro Florên-cia – A Borboleta que virou Bai-larina, o enredo ocorre na floresta do Vale Dourado. Tudo acontece quando Florência escapa da mon-tanha russa e cai dentro da bolsa de Poly Dawson, uma professora de Balé. E assim, ela se apaixona pelo som que soa internamente no teatro. A partir daí, resolve or-ganizar uma grande festa e apre-sentação musical na floresta. este livro, abordo temas como: amiza-de, união, persistência, e arte da música em si; desde a organização de uma orquestra, afinação dos instrumentos e das vozes, o ensaio da partitura e a persistência para a concretização de um grande so-nho, que no caso de Florência era se tornar Bailarina. Em agosto de 2014, você lançou na Bienal Internacional do livro de São Paulo, dois títulos, pode-rias nos contar um pouco sobre as obras:Merari Tavares - Minha Namo-rada Virtual – é um livro baseado na vida real, que narra a história de dois jovens que se conhecem pela internet e enfrentam alguns obstáculos, inclusive, a distância, que somente o verdadeiro amor é capaz de superar!!!

Nesta obra, relato o romance vir-tual que, por vezes, pode gerar uma compulsão em busca da fe-licidade. Mas é possível ser feliz sem conhecer? Sabemos que a dor faz parte de quem vive conscien-temente, então, por que somos tentados? Seria uma tentação, ou, uma saída para conhecer alguém?30 Minutos Com Um Estranho – narra a história de Karry, uma jovem com tudo de bom na vida: família, namorado, amigos e, de repente, por um deslize, impulsi-vamente se envolve com um cara que mal conhece; recebe um con-vite e, embriagada, acaba se en-tregando e engravidando, e claro, perdendo o grande amor de sua vida — o seu namorado. Será que Peter, o namorado de Karry, real-mente a esquecerá para sempre, depois desse grande erro, ou ain-da, haverá uma reconciliação?Como tomar uma decisão sem ao menos saber ao certo a real iden-tidade de uma pessoa que entrou em sua vida por mero acaso? Onde podemos comprar os seus livros?Merari Tavares - Meus livros po-derão ser adquiridos diretamen-te comigo (autografados) atra-vés do e-mail: [email protected] e através dos seguintes sites: Cantinho do Leitor: http://www.cantinhodoleitor.com.br/minha--namorada-virtual.html - http://w w w.cant inhodole itor.com.br/30-minutos-com-um-estra-nho.html - Garcia edizioni: http://www.garciaedizioni.com.br/minha-na-morada-virtual - http://www.gar-ciaedizioni.com.br/30-minutos--com-um-estranho

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Quais os seus principais objeti-vos como escritora?Merari Tavares - Como escritora, meus principais objetivos são pro-porcionar ao leitor, viajar e conhe-cer o outro lado do mundo, através das palavras. Amo escrever para o público infanto-juvenil. Nas histó-rias infantis, procuro criar cenas comuns com a do leitor, fazendo com que ele se identifique com a história narrada; ainda assim, dou uma mesclada com o mundo das fábulas e personagens encantados. Já nos romances juvenis, mesclo o romantismo e criatividade com as cenas comuns do nosso cotidia-no. Sempre, proporcionando ao leitor uma leitura suave, fazendo com que ele se identifique com a situação, e ao final, que ele tenha ainda, um momento de reflexão. As histórias escritas por mim, ge-ralmente são um misto de real X imaginário. De que forma você divulga o seu trabalho literário?Merari Tavares - Através dos Blogs e Fan Pages: http://escri-torameraritavares.blogspot.com - http://minhanamoradavirtual.blogspot.com- https://www.fa-cebook.com/minhanamorada-virtual - https://www.facebook.com/30minutoscomumestranhohttps://www.facebook.com/pages/Merari-Tavares/187786397951251?fref=ts Como você vê o mercado literá-rio brasileiro?Merari Tavares - Hoje, o hábito da leitura faz parte da vida da maioria dos brasileiros. A tecnologia está a cada dia mais avançada, e sendo assim, as notícias são instantâneas.

Querendo ou não, o brasileiro está lendo a maioria do tempo, uma vez que estão conectados quase 24h. Prova disso foi o resultado da Bienal de São Paulo de 2014 que surpreendeu a muitos. O mercado literário brasileiro aos poucos está evoluindo. A tecnologia a cada dia se renova e, nos dias atuais, a fon-te de pesquisa é imensurável. As-sim sendo, muitos autores não se restringem apenas a uma Editora, pois o mercado é farto, diferen-te de alguns anos atrás, que tudo era mais restrito. Atualmente, te-mos observado que as Editoras e o mercado literário brasileiro estão abrindo as portas e apostando em novos autores. Um exemplo mes-mo disso é a Garcia edizioni, uma editora que abre as portas e abraça os novos escritores, não restrin-gindo o gênero a ser publicado. Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário no Brasil?Merari Tavares - Conforme já ci-tado na questão anterior, as mu-danças são contínuas e o mercado literário está aos poucos, cami-nhando com essa evolução, abrin-do portas e valorizando os autores nacionais. Tenho observado mui-tos autores e livros saírem das ga-vetas, autores brasileiros que estão se destacando, pelo simples fato, das Editoras nacionais apostarem em seus trabalhos. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor a Escritora Mera-ri Tavares, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Merari Tavares - Mais uma vez, sou muito agradecida por essa rica oportunidade concedida pelo Di-vulga Escritor. Eu gostaria apenas de agradecer a todos os meus lei-tores; leitores estes que estão espa-lhados por todo canto. Vocês não têm ideia de quanto é gratificante quando recebo algum recadinho de vocês, dizendo que leram, gos-taram e se identificaram com a história. Leiam mesmo, e bastan-te, pois são nos livros onde en-contramos consolo quando mais ninguém nos ouve. Livro é a fonte de conhecimento, além de enri-quecer o nosso vocabulário, nos permite viajar e conhecer o outro lado do mundo. E para quem ain-da não conhecia a mim e minhas obras, acesse: http://escritorame-raritavares.blogspot.com. Estarei esperando vocês!!!

Participe do projeto Divulga Escritor

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VENEZA – A CIDADE SOBRE AS ÁGUAS

VÍCIO DE VIAGEM

A apenas 2h50m de Milão e a 1h25m de Verona, a famosa cida-de sobre as águas, é um dos des-tinos mais almejado pelos casais apaixonados, e foi nossa preferida sem sombra de dúvida.

Apesar de a cidade ser meio sujinha, e alguns canais terem cheiro de esgoto, é uma cidade extremamente preparada para re-ceber o turista. Nos restaurantes é comum cardápios em várias lín-guas, e atendentes que entendiam ou se esforçavam para falar por-tuguês. E todo mundo fala inglês. Muitas lojas e muitos ambulantes. Lá você vê muito chinês em lojas, e africanos com falsificações na rua. Quem não gosta nada dessa inva-são são os venezianos. Os chineses falsificam até as famosas mascaras de Veneza, ao invés de usar por-celana, usam gesso ou plásticos e vendem bem mais barato!

Ficamos imaginando a vida de quem mora lá, fazer tudo a pé ou de barco, e quando a água sobe? E quando chove? E pra construir, comprar mercadoria?? Claro que pelo acesso a ilha não ser fácil, tudo lá é mais caro até para os mo-radores. O ônibus lá é um barco chamado vaporeto, você compra o bilhete e ele te leva às paradas por toda a ilha ou para as ilhas vizi-nhas de Murano e Burano ou para o cemitério (que também é um ponto turístico lá). É o transporte mais barato, uns 3 euros. Um bi-lhete serve para um dia todo.

Três ou quatro dias são o sufi-

ciente para conhecer e curtir Veneza. Ficamos em um hotel bem centrali-zado próximo a Piazza San Marco, onde ficam os principais pontos tu-rísticos. Era pequeno e sem eleva-dor, e por um momento achamos ter escolhido mal, mas soubemos que pelo aproveitamento de espaços a maioria dos hotéis é assim.

Chegamos a Veneza de trem (na parte terrestre da ilha) e pega-mos um barco para atravessar para a parte central da ilha. Como já era fim de tarde fomos direto procurar o hotel, e nos perdemos com mala e tudo pelas ruelas, até que por sorte vi a placa com o nome do hotel, porque a entrada dele era só uma porta de vidro e se confundia com a porta das lojinhas. Nossa noite começou com uma voltinha pela Piazza San Marco, que fica com uma iluminação um

tanto romântica dos restaurantes a sua volta.

As ruas estavam movimenta-das e foi difícil escolher um lugar mais tranqüilo para jantar. O res-taurante Trattoria ai Leoncini foi uma boa opção, o carpaccio de en-trada e o bacalhau, acompanhados de um bom vinho da casa foram excelentes.

Depois do jantar caminhamos até a Ponte Rialto, que a noite, ilu-minada é linda e de cima dela a visão dos bares e restaurantes em volta do grande canal também im-pressiona.

A Ponte di Rialto é de uma be-leza extrema, e, assim como a Pon-te Vecchio em Florença, funciona não somente como um meio para cruzar o Grande Canal, mas tam-bém como uma espécie de shop-ping center, pois é repleta de lojas. Esta ponte, que é um dos princi-pais pontos turísticos de Veneza.

No dia seguinte nos perde-mos propositalmente pelas ruelas da cidade com um mapa na mão, para nos situarmos melhor, tira-mos fotos, admiramos as gôndo-las nos canais e fomos ao Museu de História Natural. Veneza tem 4 museus, 3 praças, 6 palácios, mais de 15 igrejas, 5 pontes e outros lo-cais como bibliotecas e o cemité-rio. De tarde passamos no cemité-rio San Michele a 20 min. de barco de Veneza. O lugar é tão bonito e organizado, com flores, jardins e uma igreja que nem parece o que realmente é. Ao voltarmos fizemos

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VENEZA – A CIDADE SOBRE AS ÁGUASAdriana Gomes de Farias - Mais detalhes e sugestões você encontra no

blog viciodeviagens.blogspot.com.br no instagram @viciodeviagens

o passeio de gôndola que custa 80 euros, mas cuidado, os gondoleiros são espertos, prefira pagar o preço normal pelo passeio completo, ge-ralmente os descontos oferecidos terminam em passeios “meia-bo-ca” e não vale o estresse. A gôndo-la originalmente era um barco de transporte de caixões funerários até o cemitério, por isso são pretas. Só depois caíram no gosto das pes-soas e viraram atração turística. À noite fomos a um barzinho muito legal chamado Bacarro Jazz, com um chopp de caneca gigante e uma pizza deliciosa.

No segundo dia fomos logo cedo para a ilha de Murano. Ado-rei o passeio, pois pela visão de dentro do vaporeto deu pra ter uma noção do tamanho das ilhas. O cristal aventurine foi inventado

nesta ilha e, durante algum tempo, Murano chegou a ser o maior pro-dutor de cristal da Europa.

As fábricas de vidro se insta-laram lá pelo risco de incêndio em Veneza, já que a maioria das cons-truções era de madeira.

Eu achei Murano mais organi-zada e mais limpa que Veneza, to-das as lojinhas vendem artesanato de vidros e cristais coloridos, e em algumas, você pode ver os artesãos trabalhando e moldando os vidros.

De tarde voltamos para a Pia-zza San Marco. Os pontos turís-ticos de lá são: a Basílica de São Marco, a Campanile (torre que abriga os sinos da basílica), o Pala-zzo Ducale e a Torre do Relógio. A praça é o centro turístico da cida-de e é o local mais lotado de turis-tas. Entramos apenas na Basílica de San Marco, que é enorme por dentro, linda e a vista do terraço externo é a mais bonita que tive de Veneza, ainda mais com o dia ensolarado que fazia. Na Basílica ficam guardados os restos mor-tais de São Marcos, o Evangelista. Apesar da fila enorme na porta, anda bem rápido e a entrada é grátis. Para subir ao Museu de São Marcos na parte superior e ir ao terraço custa EUR 4,00 a entrada.

A Torre dell´Orologio foi construída no final do sec. XV. Uma lenda conta que após os in-ventores terminarem a obra tive-ram seus olhos arrancados para que não reproduzissem jamais o projeto. O relógio marca o tempo

pelos signos do zodíaco e pelas fa-ses da lua. No alto está a figura do leão alado de San Marco, símbolo da cidade. O sino toca de hora em hora e se escuta de todo lugar na ilha. Pensa que maravilha: nosso hotel pertinho do Orologio. A pri-meira noite foi a mais difícil!!!

Não visitamos nem a Campani-le (torre que abriga os sinos da basí-lica), nem o Palazzo Ducale. Dizem que a vista de cima da torre é a mais ampla e a mais bonita da cidade e custa 8 euros para subir. Já o Palazzo é enorme por dentro repleto de pin-turas e a visita custa 14 euros.

No terceiro dia já saímos de Veneza para buscar o carro na lo-cadora que ficava no bairro cha-mado Mestre, na parte de Veneza que fica no continente. E assim continuar nossa viagem...

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Entrevista Escritora Raquel Mara Lopes Correia

Raquel Mara Lopes Correia, natural do Rio de Janeiro, Autora dos livros “Entrelaçando Vozes sobre o Discurso Pedagógico” (2001), “Um Sapinho Muito Curioso” (2011), “Quem Ama, Nunca Desiste!” (2012), com participação premiada na 1ª Antologia de Poesias do Prêmio SFX (2013); além de diversos títulos em livros Artesanais. Colaboradora de Organizações não governamentais e universitárias em diferentes projetos educativos. Professora, graduada em Pedagogia, com Especialização em Educação Brasileira, Psicopedagogia, Libras e Educação Especial. Mestrado em em Educação. Conta, canta e encanta o público com suas histórias.

“Atualmente o mercado literário possui muitas opções para quem gosta de ler. Outras tantas para quem deseja presentear. Mas, as prateleiras das livrarias ainda estão muito cheias. A literatura, principalmente a nacional ainda carece de mais incentivo e reconhecimento.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritora Raquel, é um prazer contarmos com a sua participa-ção no projeto Divulga Escritor, o que a motivou a trabalhar para o público infantil?Raquel Correia - Shirley, é uma alegria enorme poder participar do Projeto Divulga Escritor.Desde meu tempo de criança já me identificava com a leitura de diferentes gêneros literários. Re-cordo-me, com muita alegria, de obras que li, durante minha infân-cia, como: “Vivi Pimenta e o Ca-lhambeque Triste”, “Memórias de um Cabo de Vassoura”, “Justino, o

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Retirante”, “O Caso da Borboleta Atíria”, “O Escaravelho do Diabo”, entre tantas outras leituras. Tem-pos depois, ao realizar o Curso de Formação de Professores, além de apreciar as histórias infantis, tam-bém arriscava em escrever textos e desenvolver ilustrações. Desde aqueles momentos a motivação já era presente em mim.

Seu livro “Entrelaçando Vozes sobre o Discurso Pedagógico” apresenta algum estudo relacio-nado ao público infantil, conte--nos um pouco sobre a constru-ção desta obra.Raquel Correia - “Entrelaçando Vozes sobre o Discurso Pedagógi-co” foi a publicação de um estudo que fiz sobre as abordagens dadas ao discurso e sua influência na prá-tica educativa. Esta obra enfatiza a necessidade de reflexão sobre a prática de educadores. É um tra-balho de cunho acadêmico. Está mais voltado ao público adulto que frequenta cursos de formação de professores. Possui uma linha mais didática, permitindo aos lei-tores a compreensão de discursos que entrelaçam vertentes educati-vas diferentes, como a curricular, ideológica e o próprio discurso re-alizado nos espaços escolares.O título foi escolhido, justamen-te, por entrelaçar vozes de autores que falam sobre o assunto, entre eles Bernstein, Foucault, Forquin, Orlandi e Freire.

Que temas você aborda em seu livro “Um Sapinho Muito Curio-so”?Raquel Correia - “Um Sapinho Muito Curioso” foi minha primei-ra publicação infantil.

Esta Literatura apresenta a histó-ria de Pula-Pulão, um sapinho muito esperto e questionador que, um dia, resolve perguntar a sua mãe como é que ele nasceu. O livro apresenta a temática da metamorfose dos anfíbios. Pode ser trabalhado em projetos edu-cativos, como leitura complemen-tar aos estudos do conhecimento científico, da Lingua Portuguesa, do meio ambiente, entre tantas outras propostas pedagógicas. Além disso, também aborda, nas entrelinhas, a importância do relacionamento familiar, princi-palmente, diante os momentos de curiosidade e questionamento infantil. Considero uma obra que diverte público com as ações do sapinho curioso. Uma história que ensina, orienta e educa. Escrevi e ilustrei a história.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do seu livro “Quem Ama, Nunca

Desiste!”?Raquel Correia - Esta obra, para mim, é sensacional! Visto que apresenta uma história de AMOR INCONDICIONAL e de supe-ração, abordando uma temática que, além de antiga, vem sendo discutida nos espaços educativos recentemente: A INCLUSÃO.“Quem Ama, Nunca Desiste!” re-trata a vida de uma família que re-cebe a missão de amar uma crian-ça autista, tentando aprender a lidar com os enigmas que esta sín-drome possui. O livro considera limites, desafios e possibilidades de ações que podem ser utilizadas com crianças autistas em casa, na escola e nos espaços sociais. Um conhecimento que toda a socie-dade precisa ter para incluir in-divíduos com necessidsades edu-cativas especiais. Aceitar, cuidar e trabalhar com crianças que pos-suem tais necessidades é um de-safio que estará sempre presente. Acredito que este livro possibilita ao leitor conhecimentos para que os primeiros passos sejam dados em direção ao acolhimento e in-clusão.

Onde podemos comprar os seus livros?Raquel Correia - Com exceção da obra “Entrelaçando Vozes so-bre o discurso pedagógico” - que estou intentando em reeditar, os livros “Um Sapinho Muito Curio-so” e “Quem Ama, Nunca Desis-te!” podem ser solicitados atra-vés do e-mail: [email protected]. Poderão ser adqui-ridos na Livraria da Cooperativa Cultural Universitária – Centro de Convivência Djalma Marinho no Campus da UFRN (site:www.coo-

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Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

perativacultural.com.br), na Super Banca (Shopping Via Direta em Natal-RN) e, também, solicitados pelo site da Livraria Saraiva(www.livrariasaraiva.com.br).

Que tipos de palestras você apre-senta?Raquel Correia - As palestras voltam-se às temáticas educacio-nais. Temas que envolvem a tare-fa do professor. “A arte de Contar histórias”, por exemplo, é um dos mais solicitados. Entretanto, pro-curo saber qual a necessidade da instituição, adequando o assunto ao interesse do grupo para o qual a palestra será proferida.

Quem desejar contrata-la como deve fazer?Raquel Correia - Os interessa-dos devem entrar em contato pelo

email: [email protected]. No endereço: http://ra-quelcorreiaescritora.blogspot.com/ é possível conhecer um pou-co das atividades que desenvol-vo. Ali disponho textos, histórias, poesias e fotos que retratam um pouco do trabalho que venho re-alizando.

Como você vê o mercado lite-rário brasileiro na área em que você atua?Raquel Correia - Atualmente o mercado literário possui muitas opções para quem gosta de ler. Outras tantas para quem deseja presentear. Mas, as prateleiras das livrarias ainda estão muito cheias. A literatura, principalmente a na-cional, carece de mais incentivo e reconhecimento.

Que ações você indicaria para melhoria do mercado literário no Brasil?Raquel Correia - A realização de Feiras regionais e locais com a presença dos autores. Vejo que há uma relevante diferença quando os leitores conhecem, presencial-mente, o autor, pois, a leitura da obra se torna mais significativa. Ler a obra por ler é interessante, instigante e desafiador. Mas, ler a obra sabendo quem a escreveu, ou melhor, tendo o contato direto com o criador daquele texto, co-nhecendo sua caminhada e ouvin-do sua voz, muda, completamente, o sentimento do leitor, que passa a ler com outros olhos, os olhos de quem conheceu o autor.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor a Escritora Ra-quel Mara Lopes Correia, que mensagem você deixa para nos-sos leitores?Raquel Correia - A leitura das palavras faz diferença para com-preender o contexto em que se vive. A leitura do mundo e da vida são enriquecidas com o esclareci-mento das letras. Um bom leitor precisa fazer a diferença, lendo o mundo e a vida com os olhos do coração e do conhecimento.

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PALAVRAS

Por Ana Stoppa - Advogada, Pós Graduada em Direito e Processo do Trabalho, PUC/SP, Escritora,

Ambientalista, Ativista Cultural. [email protected]

PANORAMA CULTURAL

Palavras expressam vida, aroma, cores, sons, energia, musicalidade,movimento, paz, amor, felicidade, esperança, luz e harmonia, quando utilizadas com sabedoria.

No entanto, como ganham vida nas mãos ou na voz de quem as escrevem ou as proferem, se mal utilizadas transmitem triste-za, destruição, vazios, contendas, mesquinhez, escuridão e inutili-dades de todos os gêneros.

Por isso pensar nunca é de-mais, até porque na reflexão reside a capacidade de se aprimorar o es-pírito, de se compreender o senti-do da vida, das palavras transmis-soras de bons sentimentos dentre eles o amor ao próximo, um dos dez mandamentos de Deus.

Corações perversos não fa-zem versos e não raras vezes o correto se revela no reverso, por isso julgamentos ou posturas im-pensadas caminham para a vala da segregação.

Por falar em versos, versando sobre a vida, esta de breve nos as-susta. Corre apressada feito o rio para o mar.

Mar, berço de sonhos, morada

das sereias, santuário líquido cria-do por Deus, que por nos amar desmedidamente dentre tantos tesouro nos ofertou esta imensi-dão azul.

Como azuis são as palavras lívidas, serenas, amorosas, frater-nais, construtivas, incentivadoras, esperançosas e solidárias, todas abrigadas no infinito dicionário do amor fraternal, obra única para o encontro da paz interior, lembran-do que querendo ou não os seres humanos revelam nas atitudes co-tidianas o nível de paz e equilíbrio que carregam no coração.

Universos isolados geralmen-te são escuros, úmidos, tristes, inóspitos, incapazes de abrir a mí-nima fenda para a entrada do sol ou permitir a prática da razão.

No emaranhado de palavras onde as letras abraçam ou guer-reiam, se amam ou ou se odeiam a razão se mostra o fiel da balan-ça, basta que se reflita para que estas se manifestem de pronto para socorrer os incautos despe-jadores de letras tristes, destruti-vas, amargas.

Por isso a importância de se agir com a razão alidada à sabedo-

ria e a consciência da brevidade do tempo; dp papel de cada um visando colaborar para a cons-trução de um mundo melhor através de atitudes positivas, de posturas éticas, da prática da dia-lética.

Manifestações negativas ou julgamentos em relação ao próxi-mo, rosários de palavras negati-vas proferidas de graça, revelam em síntese que os atores habi-tuados a estas posturas carecem de urgentes ajustes nos quesitos aprendizado e simplicidade.

As palavras ácidas, antes de atingirem o semelhante corroem quem as proferem, ao passo que aquelas tecidas com a brandura das almas cientes do aprendi-zado, são capazes de proporcio-nar alegria para quem as recebe e uma indescritível paz interior para os que as compartilham.

Alento, encanto, acalanto, canto de paz, doce melodia que o coração inebria transmutando a dor em infinita alegria, senti-mentos capazes de pacificar o mundo, como o aprendizado nos faz compreender o sentido da pa-lavra amor.

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Angela Aguiar:Nasceu em 1985.É

casada e mãe de 3 filhos. Mineira natural da cidade de Guapé-Mg, mora em Heliodora-Mg a 9 anos. Quando leu o seu primei-ro romance, que foi de Stephenie Meyer ‘’A Saga Crepúsculo’’, se apaixo-nou por esse mundo li-terário e não parou mais de ler, principalmente ro-mances. Considera-se uma viciada em livros, sempre adorou escrever de brin-cadeira, nas horas vagas, e foi assim que uma grande a amiga a incentivou a es-crever esse primeiro livro. Ela diz que foi um desa-fio maravilhoso, e espera realmente que os leitores gostem, assim como ela amou por escrevê-lo. Sobre o livro, diz: Acho que não se trata de um conto de fadas, procurei deixar como é a realidade, os senti-mentos e situações. É como eu espero que ter con-seguido transmitir, pois na vida nada é fácil, mas vale a pena cada minuto vivido. Todos merecemos ‘Uma Chance a Mais’.

Uma Chance a Mais:Até onde você é capaz de chegar por um

amor verdadeiro? Elena encontrou com sua alma gêmea em seu primeiro dia de faculdade, mas não da forma tradicional. Era amor, ela soube no mesmo instante em que olhou dentro de seus olhos. Felipe soube que Elena era sua

destinada desde o primeiro instante em que

Escritora Top Nacional Angela Aguiara viu, antes do seu pri-meiro dia de faculdade. Um amor irresistível, calmo, sereno, mas que arrebatou os dois sem que percebessem. Nada poderia jamais os sepa-rar certo? Talvez... Anos se passam e as lembran-ças, a dor a perseguem. Elena acredita que não existe esperança. Ela acredita que não merece ser feliz, que sua alma se foi. Ela pensa que um juramento feito em um momento de desespero, há anos atrás, não po-derá cumprir. E é nestes momentos mais difíceis que ela descobre em seus amigos, uma esperança. E de repente um anjo aparece em sua vida, ou melhor, ela cai em seus braços, deixando-a per-

turbada mexendo com seus sentimentos e a vida dela começa a mudar totalmente. Apesar de não aceitar a presença do decidido Igor Lins, ele está disposto a provar a ela que a vida continua, e a cada dia é único. Como se deixar ser feliz? Como se reencontrar? Como se deixar amar? Elena vai descobrir ou esse será seu destino? Ame, se apai-xone, se emocione e dê boas risadas mais acima de tudo descubra que não importa a dificulda-de... há sempre ¬— ‘’Uma Chance a Mais’’— de ser feliz!!!

Adquira o seu exemplar:[email protected] http://solloeditorial.wix.com/solloeditora

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Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014 45

Escritora Top Nacional Cristina de Azevedo

A autora Cristina de Azevedo é estreante na literatura. Ela é de Foz do Iguaçu, estuda Teologia e lançou seu romance, Nacqua – O Reino Escondido, na Bienal do Livro de São Paulo. Os leitores re-ceberam a nova autora de braços abertos e fizeram do lançamento um momento único!

O livro conta a história de La-rissa, uma jovem que sofreu com a morte de seus pais adotivos e com um casamento frustrado. O que ela mais queria era paz. No entan-to, nem em seu pior pesadelo ima-ginou que teria sua vida roubada. Diante de tais circunstâncias, teve que aprender a viver novamente, e descobre que uma lenda antiga é na verdade, real. As cataratas

Cristina de Azevedo, a promessa da literatura nacional

Por Paola PatricioAssessora Literária

do Iguaçu escondem um grande mistério, tudo que ela mais ama corre perigo, o futuro está em suas mãos. Porém, em Nacqua, o ama-nhã pode não existir.

O pano de fundo para seu pri-meiro romance teve como inspira-ção sua terra natal e a beleza das Cataratas do Iguaçu. Logo a famo-sa queda d´água se transformou em um romance cheio de magia e mistério pelas mãos de Cristina e nascia “Nacqua”.

No entanto, “Nacqua” não é o primogénito de Cristina: “ Borbo-leta – Rompendo o Casulo” e “Re-nascendo em Sangue” foram an-teriormente publicados de forma independente pela Amazon, no formato de e-books, e estão dis-poníveis na plataforma para quem quiser conhecer o começo de seu trabalho.

Mesmo querendo curtir ao máximo o momento presente com seus livros lançados, já tem o ou-tro pé nos próximos projetos: um livro para 2015 e outros engati-lhados. Além disso, viaja com o Mochila Literária pelo Brasil todo, com o intuito de difundir e expan-dir a literatura Brasileira.

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SENTEL YORK : A BATALHA PELO AMANHECER | 15X21 | 178 PÁGINAS

O ano é o 90 da Era Apocalíptica, e uma rebelião se inicia em Sentel York, a úl-tima cidade remanes-cente na face da terra.

Liderados por Eric, um ex-Major da extinta Força Especial da Salvação, os rebel-des tentam fazer frente aos denominados “ge-nerais”, fiéis servidores

do Imperador Bu que, com a morte de seus gran-des rivais, o Imperador Chacal e o Imperador M, se auto-proclamou o senhor de Sentel York.

Em meio a esse confronto eminente, uma

Escritor Top Nacional Diego de Lima menina pode ser a chave para a salvação da hu-manidade, a pequena Safira, que estava sobre a proteção dos rebeldes, mas acaba sendo seques-trada por Cássius, um “ex-general” renegado, que perdeu a mulher que amava e pretende usar a menina como moeda de troca para obter sua vingança.

Escolha seu lado, pois a batalha começou e todos terão que lutar!

DIEGO DE LIMA

Filho de uma potiguar e um parabaibano que migraram para o Rio de Janeiro na década de oitenta, Diego se considera o “encontro” de três culturas: a nordestina, passada através de seus pais e com a qual ele sempre se identificou muito, amante das danças, costumes e comidas nordes-tinas que é. A cultura da favela, onde viveu até os dez anos de idade, e onde pode conhecer a dura realidade de uma vida de privações. E a cultura do “asfalto” (como é conhecida pelos moradores da favela) da Zona Sul do Rio de Janeiro onde passou a viver a partir dos onze anos, devido ao emprego do pai, porteiro de um condomínio de luxo em Ipanema, um dos metros quadrado mais caro de todo o Brasil.

Links: www.diegodelima.com.brwww.facebook.com/sentel.yorkwww.sentelyork.blogspot.com

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Escritora Top Nacional Emília Lima

Emília Lima:

A maior pai-xão dessa escri-tora sempre foi os livros. Desde pequena adora-va ler e foi muito incentivada pe-los avós mater-nos Marlotinho e Zelinha, que só lhe davam de presente livros. Dona de uma extensa bibliote-ca, ela às vezes se esquece do

mundo quando está lendo e para todo lugar que vai sempre carrega muitos livros com ela. “É meu refúgio. Preciso disso para me retirar do mundo em alguns momentos do dia”, diz a mesma. Ela tem dois filhos e mora na Bahia. Seu primeiro li-vro é Alina e diz que pretende seguir a carreira de escritora pelo resto de sua vida. “Escrever Ali-na foi uma mudança na minha vida. E quero que essa mudança permaneça para sempre.”

Alina:Alina é uma

obra de ficção, ambientada na Bahia no final do Séc. XVI e conta a história da família Cirilo, provenien-te de Portugal com o intuito de ajudar na coloni-zação do Brasil--colônia.

O livro conta a história da vida da família Cirilo e principalmente de Alina Cirilo, personagem principal do livro e do amor dela por Pedro Gar-cia, um grande amor, mas um amor proibido.

Alina é uma personagem de personalidade forte e muito determinada. Alguns acontecimen-tos mudam drasticamente o rumo da sua vida e mesmo assim ela consegue levar tudo adiante, com toda a coragem que uma moça de sua idade e de sua posição social pode ter.

Este livro fala sobre amor, família e as renún-cias que às vezes temos que fazer em benefício das pessoas que mais amamos. E, também, de que quando um amor é verdadeiro, ele acontece, mesmo que achemos que o tempo desse amor já passou.

Adquira o seu exemplar:[email protected] http://solloeditorial.wix.com/solloeditora

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Eva Zooks é de Goiânia, for-mada em Letras e Mestre em Lite-ratura Brasileira Contemporânea. Depois de Cami-nho das Águas, romance que deu o ponta pé inicial na sua carreira como escritora,

Eva lançou Cicatrizes, na Bienal do Livro de São Paulo.

Apostando na literatura hot, o livro Cicatri-zes conta a história de Cassie, perdida em um mar de ilusão. Faz o leitor ultrapassar os limites e mergulhar em uma história com muito amor. No entanto, a dor e o medo também estão presentes em sua narrativa. Cassie, uma mulher com pro-blemas emocionais mostra ao leitor que as cica-trizes nem sempre são externas e que, às vezes, algumas atitudes são consequências das marcas que se tem. Hawk, uma homem bem sucedido, porém de frieza aparente, também carrega as suas dores. Mas, juntos mostram o significado da palavra superação.

O lançamento do livro foi um sucesso de pú-blico e de vendas. Cicatrizes está sendo o queridi-nho dos leitores amantes da literatura hot. Com uma história envolvente, Eva vem conquistando leitores por saber dosar amor e sensualidade em sua história. O livro está disponível também na

Escritora Top Nacional Eva Zooks

Eva Zooks aposta na literatura hot e faz sucesso na literatura nacional

Por Paola PatricioAssessora Literária

versão e-book, pelo site da Amazon.com.A autora, em uma escrita intensa, com cenas

picantes e com a pitada certa de humor, conse-guiu escrever um livro atraente, com temas e conflitos para mexer com a emoção do leitor.

Eva também participa de projetos literários voltado para a divulgação da literatura nacional, como por exemplo, o Mochila Literária. A escri-tora viaja capitais do Brasil, juntamente com ou-tros escritores, mostrando ao público leitor o que a literatura nacional tem de melhor.

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Escritor Top Nacional Flávio Galindo

Flávio Galindo:

Flávio Galin-do, da cidade de Osasco, grande São Paulo, desco-briu sua vocação pela escrita logo cedo. Apesar de ter menos de 3 décadas de vida, o

autor começou lançando dois de três volumes da trilogia O Guerreiro das Estrelas, de ficção, mas foi o tempo e a vida que o mostrou a paixão pelo gênero de romance. Ainda em finalização dessa trilogia, Flávio agora foca nos romances e isso ficou bem claro, pois é com a Sollo que ele co-meçará a seguir o caminho para o amor. Sempre voltado para a fé, ele escreve muito sobre a fé que devemos ter em nós mesmos para alcançar os nossos objetivos. São leituras envolventes e com boas tramas. Não esqueçam desse nome!

Cair para Voar:O tempo sempre foi um paradigma. Ele pas-

sa e pronto. Tomamos nossas decisões. Mas e se por um segundo sequer, ele pudesse voltar?

Foi com essa questão que Rodrigo se viu pa-rado de frente ao abismo. A vida lhe proporcio-nara riquezas, mas sua maior ele perdera.

Então o tempo lhe deu uma escolha. A esco-lha de fazer diferente.

O que você faria se pudesse reviver sua maior história de amor? O que você faria para mudar? Largaria todas as suas decisões passadas?

Conheça a história de Rodrigo e Jéssica, um amor que nem mesmo o tempo pode contra.

Adquira o seu exemplar:[email protected] http://solloeditorial.wix.com/solloeditora

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Escritora Top Nacional Janette Alvim Soares

Os segredos de uma ex-hippie revelados nos mínimos de-talhes. Uma história emocionante e envolvente que tranforma-rá completamente o seu modo de olhar o mundo à sua volta.

Esse livro narra a trajetória de vida de uma jovem que fu-giu de casa no final da década de 70 para ser hippie, em busca de respostas para seus questionamentos interiores, peculiares de uma adolescente que não se enquadra nas futilidades e su-perficialidades que o mundo em si apresenta.

Passou pelo mundo das drogas, viajou por todo o Brasil e fronteiras, passou pela experiência de ser mãe duas vezes na década de 80, e por desilusões amorosas marcantes.

Em meados dos anos 90 se descobriu portadora do vírus HIV, e no ano de 2004 conseguiu encontrar aquilo que sem-pre procurou ao longo de sua existência, passando a viver uma vida definitivamente e radicalmente transformada.

Pássaros ainda cantam em minha janela

Janette Alvim Soares é natural do Estado de Minas Gerais, passou grande parte de sua infância em uma pequena fazenda. Se formou em Magistério no Colégio de Frei-ras de sua cidade natal, Ponte Nova.

Órfã de pai aos três anos, sen-tia o peso de que algo lhe faltava, e de certa forma, esse fato influen-ciou muito sua vida.

Após toda sua trajetória de vida como hippie, em busca de suas realizações emocionais e pessoais, vive em uma pequena cidade lito-rânea do estado do Espírito Santo, onde encontra grande prazer em continuar cuidando de seu jardim, admirando o mar e a natureza que a cerca.

Vive só, depois de várias expe-riências amorosas, mas continua acreditando no amor...

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Escritor Top Nacional Salatiel Diniz

Sobre o Autor:Salatiel Soares Diniz

nasceu em Paulista – PE, aos 21 de novembro de 1968. Filho de Severino Soares Diniz e Severina Leonor Diniz. Foi aluno do Ginásio Pernambucano. Graduou-se em Psicologia no ano de 1994 pela Facul-dade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO. Fez especialização em Arteterapia (2001) pela Clínica Pomar – RJ. Psicólogo Perito de Trânsito. Pós Graduação em Gestão da Educação e Cria-tividade, pelo Centro Integrado de Tecnologia e Pesquisa (CINTEP). Lecionou as disciplinas de Telemarketing e Operador de Caixa na Microlins – Carpina; na Faculdade Joaquim Nabuco – Recife lecionou as disciplinas de Avaliação de Desempe-nho, Ética e Meio Ambiente, Psicologia Organiza-cional e Clima Organizacional nos cursos técni-cos de Administração e Recursos Humanos. Pelo INNAM proferiu palestras motivacionais nas ci-dades de Maragogi - AL, Maceió-AL, João Pessoa – PB, Campina Grande – PB e Natal – RN. Mem-bro da Renovare Consultoria. Colunista do Por-tal da Educação (www.portaleducacao.com.br). Professor nas disciplinas de Ética e Empreendedo-rismo, Rotinas de Pessoal, Legislação Trabalhista, Marketing Pessoal e Profissional, Psicólogo nas Olimpíadas do Conhecimento (com alunos dos cursos de cabeleireiro e gastronomia) no SENAC--PB. Autor dos livros: Gestão de Atendimento ao Cliente (Editora Viena, 2014) e Gestão de Pesso-as (Editora Viena, 2013); Vivendo e aprendendo, com o mestre Jesus (Clube de Autores, 2012). Co-autor nos livros Capital Intelectual (Ed. Ser Mais, 2013) e Seleta Cultural Brasil-Portugal 2014 (Ed. LP-Books, 2014).

Contatos: http://www.salatieldiniz.com.br/http://www.facebook.com/salatieldinizpa-

lestrante - [email protected]

O livro Gestão de Atendimento ao Cliente - Como valorizar o relacionamento interpesso-al entre os clientes internos e externos apresenta os conceitos com um aspecto prático e com uma linguagem clara, fácil e didática. Tem o intuito de orientar as empresas a prestarem um serviço de melhor qualidade no atendimento as pesso-as, no que se refere à excelência profissional e ao relacionamento interpessoal, fazendo a estraté-gia de gerenciar o atendimento um diferencial competitivo. Entre os assuntos abordados estão: gestão de marketing e o comportamento do con-sumidor; a teoria da hierarquia das necessidades; o processo de vendas e o pós-venda; a comuni-cação e os seus mecanismos; comunicação in-terna e inovação; marketing de relacionamento e fidelização; como recepcionar o cliente e saber quais são suas necessidades; dedicação na hora do atendimento; atitude para se posicionar em frente ao cliente; gestão de pessoas e o compor-tamento organizacional; passos importantes para o planejamento estratégico; desmitificando o có-digo de defesa do consumidor; a importância do Procon na vida do consumidor; relacionamen-to interpessoal; potencializando a qualidade de Vida no trabalho.

Objetivando, assim, apresentar aos leitores (estudantes, professores e profissionais que dese-jam melhorar a qualidade no atendimento pres-tado) um material que lhes auxilie no estudo e na forma correta de tratar os clientes.

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Escritora Top Nacional Tatiana Amaral

A autora é baiana, ca-sada e formada em Admi-nistração com habilitação em Marketing. Trabalhou por um tempo na área, mas nunca se sentiu realizada. Começou a escrever quan-do conheceu as fanfics e, já na sua primeira publicação, decidiu que era isso que queria fazer pelo resto da vida. Hoje vive apenas da escrita e dedica seu tempo

aos livros que ainda serão lançados.O público é fiel desde que começou a escre-

ver fanfics, sendo assim, Tatiana tomou coragem e começou a escrever seu primeiro livro. O re-sultado foi um reconhecimento imenso por parte dos leitores. O sucesso que a autora faz é devido a simpatia e atenção com que trata a todos.

Tatiana Amaral já possui uma lista de livros publicados e um público leitor fiel ao seu traba-lho. Ela é autora dos livros Segredo, Traições – Porque a vida não é um conto de fadas, Casei e agora? – As desventuras do meu casamento, e a consagrada trilogia Função CEO, que já está no segundo volume.

Mas o sucesso está chegando, e sem ser aos poucos, com a trilogia Função CEO. Leitoras de todo país estão loucas para saber o desfecho dessa história de amor cheia de cenas quentes! O segundo livro mal foi lançado e já é um sucesso de público. O lançamento oficial foi feito na Bie-nal do Livro de São Paulo, onde a autora esgotou Por Paola Patricio

Assessora Literária

Tatiana Amaral é o mais novo sucesso da literatura hot nacional

todo o estoque de Função CEO – A descoberta do amor. E as leitoras já estão ansiosas para o úl-timo livro da trilogia.

Além do sucesso de vendas dos livros físicos, os livros digitais também estão em alta! Tatiana tem se tornado um fenômeno da literatura na-cional.

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Escritora Top Nacional Valentine Cirano

Valentine Cirano é carioca, mas mora em São José dos Cam-pos. Se aventurou por cinco anos nos Estados Unidos e formou-se professora de inglês pela Brigham Young University e pela Nomen Global. É escritora e gosta de tran-sitar por diversos gêneros. Prova disso é que ela lançou livros infan-tis, de aventura e seu último lança-mento, Átina Black e o Império de Cronos, para o público jovem.

O lançamento do livro Átina Black e o Império de Cronos, da autora Valentine Cirano, rendeu

Valentine Cirano é o mais novo destaque da literatura jovem

bons frutos. No primeiro final de semana da Bienal do Livro de São Paulo, a escritora lançou seu novo livro teen e fez sucesso com os jovens. Entre autógrafos, fotos e bate papos os livros se esgotaram, fazendo do lançamento um suces-so! Sucesso este que fez com que a autora retornasse a bienal no últi-mo final de semana para mais uma sessão de autógrafos.

O livro, recheado de aventuras com os deuses do Olimpo, está nas livrarias desde o dia 10 de junho e vem conquistando os jovens leito-res. Valentine Cirano usou e abu-sou de sua imaginação, criando uma aventura de tirar o fôlego.

Átina Black e o Império de Cronos conta a história de deuses gregos, trazendo muita aventu-ra em suas páginas. Hades nunca aceitou seu irmão Zeus como o deus dos céus e da terra. Sua inve-ja e ódio o levariam à uma terrível e implacável vingança. O Olimpo corria grande perigo. Os deuses ameaçavam destruir toda a Terra e a humanidade com cataclismos. Havia uma única esperança: Átina Blake, a filha de Zeus. O segredo da jovem semideusa Átina Blake ficou guardado por muitos anos até que ela estivesse pronta para

encarar seu destino como a pro-tetora do Monte Olimpo. Somente ela poderia resgatar os poderes do pai e trazer paz novamente entre os céus e a Terra. Juntamente com seus amigos semideuses da esco-la Thomas Greek, Átina embarca em uma emocionante aventura no submundo de Hades, lutando con-tra monstros e titãs para recuperar os poderes de Zeus e restituir-lhe a soberania do Monte Olimpo.

A escritora tem se destaca-do no meio literário por não ter medo de transitar pelos gêneros. “Escrevo todos os gêneros pois gosto de diversificar para atingir todos os gostos literários.”, diz a autora. Além de escritora, Valenti-ne é professora de inglês formada pela Brigham Young University e pela Nomen Global, ambas locali-zadas nos Estados Unidos.

Por Paola PatricioAssessora Literária

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Participação Especial

Escritora Conceição Lima

Não acredito que já lá vão três anos!!!

Nasceu como fio de nascente; tornou-se um rio. de bom caudal!!

O sonho, de outrora, virou certeza e agora, é consubstanciar, amadurecer, rechear, esse sonho já longínquo que não quero perder de vista…Pretendo em cada semana, que o meu sonho seja o sonhos dos outros: espalhar, mais e mais longe, a poesia dos nossos Poetas!

A HORA DA POESIA, não se contabiliza pe-los sessenta minutos da sua duração.É MAIS: é um balão colorido que nos ajuda a flutuar, a des-pregar do chão e agarrar as estrelas…

Divulgar a Poesia dos Poetas de Língua Por-tuguesa é missão e gozo; é cumplicidade , solida-riedade e companheirismo..

É ELA, que me sustém neste cinzentismo ab-surdo; é a Poesia que me impregna os dias para aguentar a anemia dos Ideais: é a Poesia que me devolve a força, para, com os Poetas, lutar contra o entorpecimento da sociedade: é a Poesia que

ilumina a sombra de quem luta por Princípios e Valores…

Sou a felizarda que anda de “mão dada”, “de braço dado”, de “cabeça no ombro”, com os Poe-tas…

Estar ligada aos Poetas, à boa Poesia, é dar resposta ao apelo da Vida e da Esperança|

Os meus agradecimentos sinceros à boa e grande equipa que me acompanha:

RÁDIO VIZELA , 97.2, que , semanalmente, me deixa ser Radialista e me leva mais longe na divulgação; ao Bruno, um amigo, meu suporte, em estúdio:

SOLAR DOS POETAS na pessoa do meu amigo , José Sepúlveda, que acarinha, divulga e engrandece o programa:

OUVINTES, fiéis companheiros das noites de 4ª feira (21 horas)

POETAS , cuja matéria prima, é o meu chão, o meu colchão, o meu balão!

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Escritora Adnilo Lotus de Car-mim é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Di-vulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita?Adnilo Lotus - É um prazer ser entrevistada e participar no pro-jeto Divulga Escritor. Penso que desde sempre fui motivada pela escrita pois desde que me conheço que escrevo. Lembro-me de inven-tar sílabas e palavras, lembro-me de criar músicas ainda sem saber escrever. Eu ouvia os outros canta-rem e depois inventava as minhas próprias músicas inclusive com refrões. Os meus pais e amigos ficavam perplexos. Quando en-trei para a escola primária, não ia aborrecida, pelo contrário ia feliz porque sabia que iria aprender a

Entrevista Escritora Adnilo Lotus de Carmin

Adnilo Lotus de Carmim é natural de Santa Cruz do Bispo. Passou parte da vida em França e vive na Maia. É licenciada pela Universidade do Porto em Línguas e Literaturas Modernas e Mestre em Linguística. Foi premiada diversas vezes pela Société des Poètes et Artistes de France, na categoria de poesia – Section Jeunes, Prémio Henry François Guitard – Poesia Jeunes – Poesia livre – Contos e Novelas.Em 2008 foi premiada pela Papiro Editora na categoria de romance com a obra “Os Lírios da Vida”. É autora de prefácios de várias obras literárias, nomeadamente de:- As Cores do meu Silêncio do autor Carlos Bondoso;- À luz da escrita do autor João Dizentte;- DUPLOS ANTOLOGIA dos autores Mirian Cerqueira Leitee Maurício Gervazoni.É autora dos romances:- Lírios da Vida (2008)- mar desfeito (2009)

“A mensagem que pretendo transmitir é que devemos estar atentos aos gestos e às atitudes dos outros. Um simples olhar pode influenciar o nosso comportamento. Os olhos são autênticos espelhos e, por isso, muito nos podem revelar. Não devemos julgar as pessoas à toa.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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escrever para pôr por escrito as músicas e as letras que inventava. Tive uma ótima professora primá-ria que percebeu desde logo que eu era uma pessoa muito dedica-da e um dia chamou os meus pais para irem falar com ela. Quando cheguei a casa, os meus pais es-tavam muito emocionados pois a professora tinha-os informa-do que eu escrevia de uma forma fora do comum. Portanto, aos sete anos eu comecei a redigir o que antes fazia oralmente. Penso que escrevo desde sempre e o que me motivou foi com certeza o facto de eu sentir necessidade de o fazer. O meu contacto com a música e com a dança iniciou-se muito cedo. O meu pai era convidado para can-tar fado em festas e eu comovia--me ao aouví-lo cantar. Na minha casa sempre existiram livros e, aos dez anos, já tinha devorado a pe-quena biblioteca do meu pai. Nos intervalos da escola, enquanto os meus colegas se divertiam a brin-car no recreio, eu lia. Tudo me ser-via para ler. Lembro-me de nessa altura já ser muito crítica nas mi-nhas leituras. Aos doze anos tinha cadernos cheios de poemas e um romance escrito. Tenho pena que com as várias mudanças de casa eu lhes tenha perdido o rasto. Tudo isto para explicar que o que me motivou a escrever foi o facto de eu ver na criatividade uma for-ma de estar na vida. Sem escrever eu sentia-me vazia. Inconsciente-mente, eu fazia-o sem que fosse obrigada a isso. Quer eu estivesse na escola, numa festa, num jantar, de repente, era assaltada por uma ideia e registava-a num pequeno caderno, ou se este não estivesse à mão, decorava-a e ao chegar a casa

colocava-a por es-crito. Não se tratava de um escape mas sim de algo que me definia. E esta sen-sação de definição sempre me acom-panhou. Nada sou quando não escre-vo. Se não escrevo, é porque uma parte de mim não vive e eu preciso de escre-ver para me sentir viva e equilibrada. Quando era ado-lescente enviei os meus poemas para um concurso lite-rário, da Société des Poètes et Artistes de France e fiquei muito surpreendida quando fui premia-da. Posteriormente ganhei mais alguns prémios nessa área.

Como foi a cons-trução do seu ro-mance Lírios da Vida?Adnilo Lotus - Foi uma constru-ção morosa. Demorei cinco anos a desenvolver o livro. Durante dois anos, vesti a pele de Olavo, a personagem principal. Acordava e deitava-me a pensar nele. Nas suas características físicas e psi-cológicas. Na família pela qual ele nutria uma grande admiração e também um sentimento de culpa por entender que nem sempre foi honesto. Demorei tanto tempo a terminar o livro porque algumas vezes suspendia a escrita. Quando acabei a obra, em 2008, submeti--a ao concurso literário da editora

Papiro, tendo ganhado o prémio na categoria de romance.

Ao escrever Lírios da Vida, você já pensava em escrever “mar desfeito”?Adnilo Lotus - Não. De todo. A publicação dos Lírios da Vida foi em 2008, mas, o livro foi escrito uns anos antes. O mar desfeito foi escrito entre 2005 e 2008.

Como foi a escolha do Título “ Mar Desfeito”?Adnilo Lotus - A escolha do título deve-se ao facto de a narrativa se

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passar junto ao mar. A persona-gem principal nasceu e vive à beira mar e o seu confidente foi sempre o mar. Era no mar que Marta encon-trava o auxílio de que necessitava. Quando tudo sai fora do controlo de Marta, até o seu fiel e terno ami-go parece virar-lhe costas e perder a beleza de outrora. Parece desfeito, à semelhança da sua vida que não passa de um eterno e imenso mar desfeito. Por todas estas razões eu escolhi este título.

Escritora Adnilo, você estará lançando agora, pela Editora Modocromia, o seu livro “Cellos Transparentes”, qual a ligação desta obra com a música?Adnilo Lotus - A música é uma constante no livro. O facto de uma das personagens ser música faz com que toda a narrativa seja permeada pelas propriedades do violoncelo e feita através de uma prosa embriegada de poesia. A po-esia é uma constante. Aliás, eu de-fendo que um bom livro deve ter uma forte componente poética. A poesia deve andar de braço dado com a prosa e ambas são capazes de transmitir as sensações e as me-lodias mais belas ao ponto de o lei-tor ficar extasiado.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de “Cellos Transparentes”?Adnilo Lotus - A mensagem que pretendo transmitir é que deve-mos estar atentos aos gestos e às atitudes dos outros. Um simples olhar pode influenciar o nosso comportamento. Os olhos são au-tênticos espelhos e, por isso, muito nos podem revelar. Não devemos julgar as pessoas à toa. Há sem-

pre um lado bom e um lado mau e, por vezes, o lado mau pode so-brepor-se ao bom. A vida é a soma de todos os equílibrios e quando estamos recorrentemente a ser infelizes e maltratados isso pode ter repercussões muito negativas e, direi mesmo, nefastas. Tudo na vida é uma questão de equílibrio. O passado tem uma grande influ-ência sobre o presente e o futuro e, se esse passado for trágico, pode trazer conseguências muito nega-tivas. Tentemos viver com o mí-nimo de qualidade de vida. Deste modo, conseguiremos ter mais su-cesso no presente e no futuro.

A quem você indica a leitura des-ta obra?Adnilo Lotus - Esta obra é bas-tante abrangente e a sua leitura é adequada para jovens e adultos. A trama e o conteúdo não são ade-quados a crianças, mas de resto, recomendo o livro a quem gostar de uma leitura densa e rica, com uma marcada carga emocional.

Já temos uma data prevista para o lançamento?Adnilo Lotus - O lançamento será no dia 26 de setembro, no Forum Mira, no Porto, uma galeria que divulga não somente escritores mas igualmente artistas como fo-tógrafos, pintores, cineastas ou seja a cultura em geral.

Onde podemos comprar os seus livros?Adnilo Lotus - Os meus livros “Lírios da Vida” e “mar desfeito” podem ser comprados na Fnac e o livro Cellos Transparentes pode ser aquirido na livraria Bertrand, na Livraria Barata, ou na editora

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Modocromia, http://editoramo-docromia.blogspot.pt

Como você vê o mercado literá-rio em Portugal?Adnilo Lotus - O mercado nacio-nal, dada a dimensão do país, é reduzido. A divulgação de obras literárias raramente consegue atingir uma escala satisfatória que só é conseguida por um pequeno grupo de pessoas. Penso que os apoios à literatura são escassos e isso impede a consagração de autores e o nascimento de novos escritores. Claro está que estou a falar de obras literárias.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor a Escritora Adni-lo Lotus Carmin, que mensagem você deixa para nossos leitores?Adnilo Lotus - A escrita é uma arte que nos enche a alma. Pode-mos criar personagens, dar-lhes vida, moldá-las e tudo isso se pas-sa no nosso imaginário. Aos leito-res recomendo que leiam o mais que puderem, pois a leitura, para além de ser um ato lúdico, é ins-trutiva e ajuda-nos a conhecer coi-sas, lugares e emoções. O facto de a língua portuguesa estar espalha-da por todo o mundo é favorável à divulgação de autores lusófonos. Finalizando, incito os leitores a não desistirem dos seus sonhos.

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É com imenso prazer que comunico que no passado dia 13 deste mês de Setembro trouxe-mos a publico a primeira antologia do Grupo Poetas Póveiros e amigos da Póvoa ,do Face-book.Uma vez mais contámos com a presença de inúmeros amigos e tivemos a participação de excelentes diseurs.Como vem sendo hábito tivemos casa cheia!

Deixo-vos com o preambulo da mesma,escrito por Manuel Joaquim Craveiro um dos poetas fundadores do grupo.

PREÂMBULO

A complexidade pela diversidade que é atribuída a esta obra de temática livre, alar-gada aos aderentes dos “Poetas Poveiros” des-de Aveiro a Miranda do Douro, bem como a alguns, poucos, poetas algarvios que excep-cionalmente dela fazem parte, e bem, são o corolário para os mais conhecidos e a oportu-nidade de iniciação e estímulo aos que ora lhes foi dada oportunidade.

A “viagem” poética, expressa estados de alma e uma multiplicidade de sentidos possí-veis, onde a consciência deambula e descobre detalhes do que nos rodeia. São poemas livres, como livres são os seus autores. A “viagem” só tem para oferecer conhecimento e conquistar o coração dos leitores.

A chegada ao universo da publicação de po-esia não pode assustar, pois são registos simples

Amy Dine

POETA POVEIROS E AMIGOS DA POVOA

com mensagens profundas, embora, como dizia José Régio “Quase todas as poesias precisam ser “depuradas”. Não, não é jactância.

É o tipo de leitura da qual não se sai ileso, porque o próprio poeta, ao transformar o vivido em matéria explícita da poesia acaba por se enre-dar nos poemas, como se através deles se fizesse representar para apresentar uma imagem.

Mário Quintana, definia assim a poesia:Os poemas são pássaros que chegamnão se sabe de onde e pousamno livro que lês.Quando fechas o livro, eles alçam vôocomo de um alçapão.Eles não têm pousonem porto;alimentam-se um instante em cadapar de mãos e partem.E olhas, então, essas tuas mãos vazias,no maravilhado espanto de saberesque o alimento deles já estava em ti... Com esta definição encantadora e que retra-

ta fielmente a poesia, saúdo os autores que fazem parte desta antologia, pela coragem e empenho na sua feitura e divulgação, contribuindo para dar mais vida à cultura, por vezes tão maltratada e secundarizada no nosso País.

Póvoa de Varzim, 13 de Agosto de 2014Manuel Joaquim Craveiro

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Escritora Daniela Rosário é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor, conte-nos o que a motivou a escrever para o público infan-til?Daniela Rosário - Adoro traba-lhar com crianças e poder escre-ver para elas, transmitir-lhes uma mensagem e sobretudo contar--lhes a história é uma experiência simplesmente fantástica. Saio das apresentações do meu livro in-fantil, de coração cheio. Cheio de mimos, abraços, sorrisos e de fra-ses como “cheiras tão bem”, “és tão bonita”. Risos.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de sua obra infantil “A borboleta Zulmira”?Daniela Rosário - “A borboleta Zulmira” conta a história de uma borboleta que enfrenta vários con-flitos interiores próprios do cresci-mento. Esta é uma lição sobre igual-dade e aceitação das diferenças.

Em que momento pensou em es-crever o seu livro “O verdadeiro amor nunca morre”?Daniela Rosário - O livro “O ver-dadeiro amor nunca morre” esta-va começado há muitos anos. O lançamento do meu livro infantil,

Entrevista Escritora Daniela Rosário

Daniela Rodrigues do Rosário é licenciada em Comunicação Social, com especialização em Comunicação Empresarial (2009), pela Escola Superior de Tecnologia de Abrantes do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e possui uma Pós-Graduação em Ciências Documentais (2012), pela Escola Superior de Gestão de Tomar, do mesmo instituto. Na Pós-Graduação realizou o projeto de investigação intitulado “Comboio foguete (1953-66): da construção da narrativa à exposição”. É atualmente mestranda de 2ºano em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural, também no IPT. Lançou-se na aventura da escrita com a obra infantil “A borboleta Zulmira” (2013) da Editora Fonte da Palavra, seguindo-se o lançamento de “O verdadeiro amor nunca morre”, publicado pela Chiado Editora, no mês de junho de 2014. Exerce, atualmente, funções no Gabinete de Comunicação e Imagem do Museu Nacional Ferroviário.

Boa Leitura a todos

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

deu-me forças e motivação para o terminar. Foi publicado no pas-sado mês de junho, tendo sido a apresentação no fantástico audi-tório da Casa-Museu dos Patudos, na vila de Alpiarça.

Como foi a construção desta obra literária? Daniela Rosário - Foi um pro-cesso longo, onde as personagens ganharam vida e moldaram toda a história. O verdadeiro amor nun-ca morre conta a história de Maria Eduarda, uma professora, talen-tosa e de uma beleza estonteante. Vive uma vida pacata em Alcácer do Sal até que um dia reencontra Tiago Rebelo que vem trabalhar na livraria Book´style, que abre na cidade. Se por um lado Maria Eduarda tem um casamento feliz, a chegada daquele homem vai dar uma volta à sua vida ….pois têm um passado forte que os une. Um livro cheio de histórias que se tocam por aquilo que nos move todos os dias….o amor.

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Quais os seus principais objeti-vos como escritora?Daniela Rosário - Escrever, es-crever e escrever e não desiludir os meus leitores. Mas sobretudo, manter-me fiel aos meus princi-pios e ideiais.

Onde podemos comprar os seus livros? Daniela Rosário - Os meus livros estão à venda em Portugal Conti-nental, Madeira e Açores, sempre através da Chiado Editora ou das lojas Bertrand, Fnac, El Corte In-glés e no Brasil, nas Livrarias Cul-tura e Saraiva.

Quais os principais hobbies da escritora Daniela Rosário? Daniela Rosário - Sem dúvida es-crever, ler e viajar.

Como você vê o mercado literá-rio em Portugal? Daniela Rosário - O mercado li-terário em Portugal é renhido.

É difícil entrar, mas sobretudo mantermo-nos lá. Os nossos lei-tores são os melhores aliados, sem sombra de dúvida. A Chiado Edi-tora, também tem dado um apoio fantástico na promoção de “O ver-dadeiro amor nunca morre”. Sou--lhes muito grata por terem acre-ditado neste projeto.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário Português?Daniela Rosário - Sem dúvida o mercado português deve apostar cada vez mais nos seus autores, incentivando a compra de Litera-tura Portuguesa. Naturalmente, sempre com o apoio dos órgaos de Comunicação Social.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor a Escritora Da-niela Rosário, que mensagem

você deixa para nossos leitores?Daniela Rosário - Continuem a acompanhar os meus livros e as minhas histórias e eu continuarei certamente a trabalhar para Vós. Muito obrigada por todo o cari-nho e mensagens que tenho rece-bido ao longo dos últimos tempos na minha página oficial de Fa-cebook - https://www.facebook.com/pages/Daniela-Ros%C3% A1rio/247667612079447.

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Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014 63

No dia 20 de setembro findo, tive o privilégio de assistir à festa da Poesia, que teve lugar na pe-quena Vila do Gerês, um dos mais lindos recan-tos deste Portugal “à beira-mar plantado”, como dizia o pai dos poetas, Luís de Camões.

Tratou-se do XIV Encontro Nacional de Po-esia. O convite partira meses antes do amigo e criador do evento Dr. Barroso da Ponte, profes-sor, escritor, poeta e jornalista que, em boa hora, há catorze anos tomou a iniciativa de organizar o primeiro Encontro na cidade berço da nacio-nalidade, Guimarães. Foi aí que decorreu ainda o segundo Encontro, tendo então passado para a linda e emblemática Vila do Gerês, onde o Muni-cípio de Terras do Bouro o acarinha e lhe presta grande apoio.

Movido pela curiosidade e com a ânsia de ali encontrar uma mão-cheia de poetas que conhecia apenas através do ciberespaço, trouxas na mão, lá fui serra acima ao encontro de muitos amigos.

A Vila do Gerês, um dos lugares mais belos de Portugal, é um berço de poetas e escritores e fonte de inspiração para muitas das suas produ-ções literárias e um verdadeiro ninho de surpre-sas em cada recanto.

Mas vamos ao Encontro. Logo de manhã, pouco passava das dez horas, os poetas foram--se concentrando no Centro de Animação Ter-mal da Vila do Gerês. Já com algumas dezenas de poetas reunidos, eis que chega um autocarro re-pleto de poetas oriundo da cidade do Porto para marcar presença muito forte no decorrer de toda a atividade.

A manhã passou num ápice, com a interven-ção dos poetas presentes que puderam apresentar uma pequena mostra poética da sua criação. Mui-

Por José Sepúlveda

SOLAR DE POETAS

XIV ENCONTRO NACIONAL DE POETAS NO GERÊS

to participado e interessante este programa, onde poetas mais experientes se cruzavam com trova-dores que iniciavam assim o seu trajeto poético.

Do certame, idealizado e promovido pelo Barroso da Fonte, conta agora na sua organiza-ção com a participação do Município de Terras do Bouro e o Jornal Poetas e Trovadores, cuja propriedade e direção é do mesmo Barroso da Fonte e da Calidum-Clube de Autores Minhoto/Galaicos e dele faz parte um concurso de quadras populares cujo júri foi constituído por poetas que vieram participar no mesmo.

Depois de um alegre convívio no decorrer do almoço, feito separadamente em grupos de ami-gos, os poetas e amigos da poesia reuniram-se de novo junto Auditório para visitar a emblemática barragem de Vilarinho das Furnas e o preciosís-simo Museu da Geira, no Campo do Gerês. Obra de valor inigualável, o Museu relata a história lo-cal, salientando a sua evolução sobretudo a par-tir da romanização do território, trajeto habitual por onde se movimentavam as hostes romanas, e para os peregrinos que se dirigiam para Santiago de Compostela, na Galiza, através de diversos per-cursos – os conhecidos Caminhos de Santiago.

E por ali passamos uma belíssima tarde cul-tural e de convívio que culminou com um lan-che-ajantarado oferecido gentilmente pelos anfi-triões, o Município de Terras do Bouro.

Esta feliz iniciativa, que deve ser não só in-centivada como divulgada profusamente, irá, certamente, tornar-se uma referência em anos futuros.

Parabéns aos promotores por esta prestimo-sa iniciativa, prova concludente de que… a poe-sia vive!

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Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014 65

Escritor João Bernardino é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o moti-vou a ter gosto por literatura?

João Bernardino - A honra é toda minha e agradeço a conside-ração pela oportunidade que me dão. Faz este ano 40 anos que vi o meu 1º texto ser publicado num jornal nacional, pelo que quase di-rei ter nascido com uma caneta e bloco de notas. Meus pais nunca tiveram hábitos de leitura e muito menos de escrita pelo que acredito ser natural esta minha faculdade de escrever. Depois, ao longo dos anos, sempre me interessei pela li-teratura, até porque Portugal tem uma riqueza enorme e incompa-rável quer de escritores (Camões, Fernando Pessoa, Eça Queiroz, José Sarmago) quer de obras mun-

Entrevista Escritor João Bernardino

JOÃO PAULO ÉVORA BERNARDINO, de 47 anos, nacionalidade portuguesa, trabalha em empresa de Consultoria de Gestão como Director Comercial. Actualmente tenho 2 livros a publicar em 2014: “A VOZ DA EMOÇÃO” e “SEGUNDA OPORTUNIDADE” (romances); “O AMOR EM PEDAÇOS” (poesia). Anteriormente fui Vice-Presidente e mais tarde Presidente da Assembleia Geral da Associação Carpe Diem, em Alcobaça; Fui Director Adjunto da Revista Carpe Diem, além de Coordenador do Departamento Filosófico-Doutrinal e representante do Conselho permanente e Consultivo de Informação e Redacção da revista Carpe Diem.PRÉMIOS Alcançados:- 1º Prémio Literário no Concurso José Fontana-Vida e Obra, em 1990, em Lisboa;- Menção Honrosa no Prémio Literário Carpe Diem, em 1990 e 1991, em Alcobaça;- 1º Prémio X Quinzena Cultural Bancária em Poesia Lírica pelo Sindicato dos Bancários, em 1994;- 1º Prémio XI Quinzena Cultural Bancária em Poesia Lírica pelo Sindicato dos Bancários, em 1995;- 1º Prémio Romance no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar , em 1996, no Porto;- 1º Prémio no II Concurso Literário da Editora Papel D’Arroz – “Eu tenho um Sonho” , em 2014, Lisboa.

“Acaba por ser uma metáfora aos artistas e essencialmente aos escritores que, com uma simples ajuda, podem também passar do anonimato para o estrelato apenas porque se apostam neles.”

Boa Leitura a todos

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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dialmente consagradas e isso sem-pre me deu muita vontade de fazer algo mais pela nossa literatura.

Você já atuou, entre outras instituições, na direção da AJEP – Associação Nacional de Jovens Escritores de Portugal. Em sua opinião, quais os principais de-safios encontrados pelo escritor no mercado literário em Portu-gal?

João Bernardino - Os de-safios são imensos, como creio acontecer actualmente no Brasil. Há cada vez mais escritores que estão a florescer e a aproveitar as imensas antologias promovidas por variadas editoras independen-tes para mostrarem os seus traba-lhos. Porém, quando pretendem editar os seus originais, as editoras recusam por não serem obras que lhes permitam rentabilizar rapi-damente o investimento. Então, a troco de um valor momentário considerável, acabam por publicar em editoras que publicam e divul-gam as suas obras. E com a enor-me crise que abala Portugal, raros são os escritores que colocam à luz do dia os seus projectos, gorando--se, desta forma, a possibilidade de refrescar a nossa literatura e mostramos até além-fronteiras a qualidade da nossa literatura.

Quais ações de melhorias que você citaria para o desen-volvimento do mercado literário português?

João Bernardino - Uma for-te aposta em novos escritores que despontam pelo país e que não en-ganam pela sua qualidade. São ex-celentes escritores, com óptimos textos e que, claramente, vende-

riam no mercado nacional. Outra melhoria era a redução do preço dos livros (pelo menos 25%) para que houvesse uma maior leitura e, consequentemente, oportunidade das pessoas escreverem melhor. A leitura é fundamental para bem se escrever. Deveria haver mais con-cursos literários para estimular os jovens a escrever mais e melhor e, por último, haver um valor subs-tancialmente maior no Orçamen-to do Estado para a Cultura em Portugal que, nesta fase, “desba-rata” toda a cultura, em especial a das novas gerações.

Vamos conversar agora um pouco sobre os seus livros. Con-te-nos, como foi a construção do enredo e personagens do seu ro-mance , com publicação prevista para 2014, “A Voz da Emoção”?

João Bernardino - É um li-vro a ser publicado em 2014 como prémio de ter vencido um concur-so literário promovido por uma editora portuguesa. O enredo dos meus personagens são criados no momento em que pego no papel e na caneta e começam a ganhar forma. Nunca determino como e quando acaba. No caso deste ro-mance tem a ver com uma moça com grande vocação para a mú-sica e que, por imperativos da sua vida (morte do marido e fra-cas possibilidades de singrar em Portugal) se vê forçada a emigrar para França onde, por mera casu-alidade, conhece um produtor de música que, ao longo da história, a torna na maior cantora mundial de todos os tempos. Acaba por ser uma metáfora aos artistas e essen-cialmente aos escritores que, com uma simples ajuda, podem tam-

bém passar do anonimato para o estrelato apenas porque se apos-tam neles.

“A Voz da Emoção” tem al-guma ligação com o seu outro romance, a ser publicado, “Se-gunda Oportunidade”?

João Bernardino - Não têm qualquer ligação porque conside-ro (não sei se bem ou mal) que um escritor, apesar de dever manter um estilo próprio, deve ser versá-til e mostrar que é capaz de algo diferente. Além disso, “Segunda Oportunidade” é a minha gran-de aposta editorial e à qual, talvez por isso, não desprezando os meus demais trabalhos anteriores, dedi-quei uma maior atenção a todos os níveis para poder ser um óp-timo romance, capaz de rivalizar com os dos escritores de renome. Vamos ver se assim acontecerá aquando do seu lançamento ou num futuro próximo.

Conte-nos um pouco sobre “Segunda Oportunidade”?

João Bernardino - É uma his-tória admirável de um amor car-regado de encruzilhadas entre as personagens principais mas tão forte que o próprio destino não consegue derrubar. Afinal, quan-tas pessoas passam uma vida in-teira à procura de um verdadeiro amor? E quantas realmente o en-contram? Porém, tudo na vida tem um preço. Também para Maria, a personagem principal, quando, apesar de casada com um marido libertino e desejar sobreviver com os filhos num casamento infeliz, conhece um homem que lhe mos-trará o outro lado da vida, cheio de amor. Mas teria assim tantas

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certezas para dar o passo defini-tivo da sua vida? Seria ele verda-deiramente o homem da sua vida? Amava-o para que pudesse mudar de vida ou para fugir da sua mal-fadada sorte?

Qual a principal mensagem que você quer transmitir ao lei-tor através de seus textos literá-rios?

João Bernardino - Que o amor sai sempre vencedor e que, se sonharmos sempre em grande, também conseguiremos a nos-sa recompensa em igual escala. É claro que teremos sempre de tra-balhar muito, nos dedicarmos de corpo e alma mas, quando prosse-guimos os nossos objectivos com optimismo e determinação, alcan-çamos até o Céu. E que, se colocar-mos muito amor no que fazemos, não só na escrita mas sobretudo na vida, os nossos dias serão, com certeza, mais felizes e tornar-nos--ão umas pessoas melhores.

Quais os principais hobbies do escritor João Bernardino?

João Bernardino - Escrever e apresentar rúbricas para rádios, para sites internacionais, nomea-damente no Brasil, onde começo felizmente a ser descoberto e, gra-ças a Deus, bem aceite e respeita-do, quer pelos meus trabalhos de literatura portuguesa mas também pela poesia que escrevo sobre o amor, não me deixa muito tempo livre. Mas é de uma forma muito feliz que, apesar de não considerar isso um hobby mas uma enorme paixão, o que mais me realiza fora da escrita é poder brincar com a minha filha, andarmos de bicicle-ta, irmos à natação, pintarmos e

dançarmos. É a minha felicidade. Além disso, pratico andebol para manter a elegância (risos) e a sani-dade mental o mais apurada pos-sível.

Pensas em publicar, novos livros, além dos romances que estão no prelo?

João Bernardino - Com a pu-blicação dos dois romances sei que vou adquirir a velocidade certa para escrever com mais intensida-de. Estou optimista com os futu-ros resultados destes dois livros e tenho um outro romance já ter-minado sobre o Terceiro Segredo de Fátima (tema religioso mun-dialmente conhecido) e outro que tem já 50 páginas escritas. Além disso, através da minha página de Facebook (João Paulo Bernardino – Escritor , que convido a visitar e a curtir) tenho-me lançado no mundo da poesia com resultados surpreendentes e elogiantes e que, com mais de 350 poemas já escri-tos, tenciono publicar em breve com o título “AMOR AOS PEDA-ÇOS”. E quem sabe se do Brasil não surje um convite generoso para publicar alguma obra.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradece-mos sua participação no proje-to Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor João Bernardino, que mensagem você deixa para nossos leitores?

João Bernardino - A mensa-gem para quem começa agora é que antes leiam muito porque o trabalho que vos espera não vai ser fácil. É preciso muito esforço e dedicação e que nunca desani-mem. Isso é o pior para o inician-

te. Acreditem nas vossas capaci-dades e não se menosprezem. E como dizia o escritor Nobel da Literatura José Saramago, “não te-nham pressa e não percam tempo”. Aos que já andam neste mundo há mais tempo como eu, ajudem os mais novos a escrever ainda mais e com maior paixão pois o vosso momento também chegará. Não acontece apenas aos outros. Um dia alcançarão o sucesso merecido, como a personagem do meu livro “A Voz da Emoção”. Acreditem! Mas, sobretudo, nunca deixem de escrever. Nunca! Obrigado pela consideração e pela entrevista. Foi um prazer enorme participar no Divulgar Escritor. Bem-haja. E nunca deixem de escrever!

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68 Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

SUMÁRIOI - Linhas Gerais sobre o Sis-

tema FeudalII - A Experiência Brasileira

I) Linhas Gerais sobre o Siste-ma Feudal.

A organização estatal atuan-te na Idade Média, é conhecida como feudalismo. Nesse sistema, o senhorio (suserano) cedia ter-ras e empregos em caráter vitalí-cio, para exploração econômica. Como contraprestação, o vassalo (feudatário) deveria prestar servi-ços, na corte ou nas forças arma-das, obrigando-se, também, a for-necer homens, alimentos e armas ao rei, em caso de guerra.

O senhor feudal dispunha de extensa gama de poderes de governo: administrava a justiça, cunhava moeda, instituía tributos, efetuava casamentos, declarava direitos e deveres de seus vassa-los, mantinha o policiamento do

Participação Especial

Escritor Mário de Méroe

feudo e homens de guerra, para defender seus domínios. Seu úni-co dever era o de fidelidade ao rei, a quem deveria fornecer homens armados para eventuais (muito frequentes) lutas, bem como ali-mentos, animais e armas.

O feudatário poderia suben-feudar seus domínios, criando assim, uma espécie de hierarquia, nas classes da nobreza.

A esse respeito, o ilustre prof. Baroni Santos, em sua magnífica obra Tratado de Heráldica, 1º vo-lume, pág. 228, discorrendo sobre o título nobiliárquico de visconde (vicecomitis), cita um exemplo:

“Os condes de Paris subenfeu-daram uma parte de seu condado a outros senhores, que usaram o título de viscondes”.

Muitos senhores feudais riva-lizavam-se com o rei, em extensão de domínios, exércitos e riqueza pessoal. Daí a frequência das lutas de conquista, da qual poderiam

resultar novo rei, novos susera-nos, e muitos outros vassalos, nem sempre sob as mesmas regras.

II) A Experiência BrasileiraNo início de sua colonização,

levada a efeito por Portugal, o Bra-sil, então denominado “Terra de Santa Cruz”, teve sua única experi-ência de governo constituído sob regime feudal.

Com a divisão territorial da extensa costa brasileira, promo-vida por Dom João III, constitu-íram-se 12 circunscrições admi-nistrativas, cujas áreas traçadas, paralelamente, em forma de gran-des lotes lineares de terra, com faixas de terra de 30 e 100 léguas, eram limitadas ao Oeste pelo Tra-tado de Tordesilhas, e a leste, pelo oceano Atlântico.

Nesse sistema de coloniza-ção utilizado pelos portugueses, iniciado por volta de 1534, o ter-ritório era doado pelo rei a um fidalgo, de sua confiança, cuja

Capitanias HereditáriasUma abordagem jurídico-dinástica da experiência feudal no Brasil

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Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014 69

administração deveria seguir a orientação legislativa da metró-pole. As relações entre o donatá-rio e a Coroa constavam de um documento oficial, denominado foral, no qual o rei delegava algu-mas atribuições administrativas, como: cobrar impostos, fundar aldeias e vilas, exercer a justiça e distribuir parte das terras sob sua jurisdição, criando as sesmarias. As capitanias, por seu caráter he-reditário, não poderiam ser subdi-vididas nem alienadas pelo dona-tário, e seu objetivo originário era povoar a terra recém descoberta, e explorá-la, com os recursos pró-prios dos donatários.

De fato, porém, criaram-se verdadeiros feudos, sob governo quase absoluto do “capitão”, no-meado pelo rei de Portugal. A ati-vidade administrativa limitava-se a simples exploração econômica, desenfreada, sem nenhuma preo-cupação com a preservação do pa-trimônio ambiental e das riquezas naturais.

A legislação adotada era, em tese, a vigente em Lisboa, livre-mente interpretada e aplicada pelo senhorio. O título de soberania do donatário era Capitão, com auto-ridade máxima, civil, administra-tiva e militar. O capitão era, de fato e de direito, o dominus da capita-nia.

Na nomenclatura nobiliár-quica, esse título, em razão da extensão dos poderes e funções inerentes, tem semelhanças com o “rás” etíope, e, também, com as atribuições do duque, no sen-tido originário (dux, comandan-te, chefe, senhor de um ducado). A propriedade do feudo deveria transmitir-se aos descendentes do

donatário, nos moldes da sucessão nobiliárquica de então (primo-genitura varonil); na ausência de herdeiro, os direitos sobre a capi-tania seriam revertidos à Coroa Portuguesa, que nomearia novo donatário, a seu critério.

Citaremos apenas alguns dos donatários, como precursores des-sa fase da civilização brasileira:

Um dos primeiros investidos nessa função foi Martin Afonso de Sousa, que tornou-se famoso como capitão-mor da Índia Por-tuguesa de então. Estabeleceu suas colônias na ilha de Guaymbé e em São Vicente.

Outro capitão foi Vasco Fer-nando Coutinho, fidalgo portu-guês, que trouxe consigo muitos colonos e explorou plantações de cana-de-açúcar.

Cita-se, também, a capitania de Porto Seguro, doada a Pero Tourinho. Este donatário des-frutava de bom conceito entre os índios, pela lisura no trato. Seus sucessores, entretanto, tornaram--se despóticos, sendo odiados pelo maus tratos e perseguições que in-fligiam nativos, os quais abando-naram a capitania, fugindo para o interior do país.

A capitania de Ilhéus foi do-ada a Jorge de Figueiredo Correa. A capitania da Bahia de Todos-os--Santos (que abrangia o corres-pondente aos Estados da Bahia e de Pernambuco atuais) foi outor-gada a Francisco Pereira Couti-nho, que recebeu precioso auxílio do lendário Caramuru (Diogo Al-vares Correia), em sua adminis-tração.

Apesar de ditas hereditárias, as capitanias eram propriedade da Coroa. Os donatários recebiam do

rei poderes para administrá-las e esses poderes eram transmitidos via hereditária, continuando a propriedade da terra um privilé-gio do Estado.

Alguns donatários não to-maram posse de suas terras, pos-sivelmente por se tratar de em-presa arriscada e que demandava grandes investimentos de recursos próprios.

Esse sistema de governo teve curta duração (1534 a 1548), e foi abolido – pela manifesta ineficiên-cia, com a centralização dos pode-res de governo na metrópole.

Em 1548, iniciou-se nova fase administrativa, com a criação dos Governos Gerais. O governador--geral era o representante da coroa portuguesa no Brasil, possuindo assessores denominados: prove-dor-mor, que organizava o siste-ma tributário; o ouvidor-mor, que administrava a justiça; o capitão--mor da costa, que respondia pela defesa militar.

O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, fidalgo e mi-litar português, que tomou posse em 1549. Nessa data, fundou a cidade de Salvador, criando a pri-meira povoação brasileira com fo-ros de cidade.

A partir de 1720, os governa-

dores gerais passaram a ser deno-minados vice-reis, e esse sistema vigorou até 1808, quando a família real portuguesa estabeleceu-se no Brasil.

Em 1815, o príncipe regente D. João, futuro rei D. João VI ele-vou o Brasil à categoria de reino, formando a coligação dos Reinos Unidos de Portugal, Brasil e Al-garves, sob sua coroa.

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70 Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

Seguiu-se a independência política, em 1822, sendo mantido o regime monárquico, com a ins-tituição do primeiro império, ten-do como monarca Dom Pedro I (1798-1834); a outorga da primei-ra constituição em 1824, a abdica-ção em 1831 a favor de seu filho, à época, com 5 anos de idade.

Durante a menoridade do segundo Imperador, o Brasil foi governado por regência até 1840, quando, por necessidades de Esta-do, foi declarada a maioridade de D. Pedro, para assumir o trono.

Dom Pedro II (1825-1891) foi coroado em 1840. Governou o país por quase meio século, desenvolveu o comércio, e aboliu a escravatura; foi um soberano magnânimo e em-preendedor, sendo considerado o monarca mais culto de sua época.

Com a implantação do regime republicano em 15 de novembro de 1889, D. Pedro II foi deposto, sem renúncia, partindo em exílio dinástico para a Europa, tendo fa-lecido em 1891.

A chefia da Casa Imperial pas-sou, iuri sangüinis, à princesa Isa-bel (1846-1921), sua filha primo-gênita, casada com o Conde D’Eu. A princesa Imperial já exercera a regência do Império em 1888, quando assinou o ato de aboli-ção da escravatura, denominado “Lei Áurea”. Com seu falecimento, seguiu-se a linha dinástica sem in-terrupções, até a atualidade.

Em 1993, houve um plebisci-to, com opção de restauração mo-nárquica, que obteve mais de 10% dos votos válidos.

Este artigo foi veiculado pelo Jornal Brasileiro de Cultura - http://jbcultura.com.br/mmeroe/capitan.htm

Sobre o autor Mário de Méroe é advogado em São Paulo-SP, membro catedrático

da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas, e Doutor Honoris Causa em Ciências Sociais.

No seara do Direito Nobiliário, são de sua lavra as obras: “Tradições Nobiliárias Internacionais e sua Integração ao Direito Civil Brasileiro”, “Estudos de Direito Nobiliário”, pela Editora Centauro – São Paulo-SP, e “A Perpetuação das Qualidades Soberanas em Dinastias ex-Reinantes”, e-book.

No campo histórico-eclesiástico elaborou o estudo “La Teocrazia Bi-zantina in Italia: “Studio sugli attributi di sovranità della Real Casa di Margiana e Arachosia, dinastia teocratica di dirito Storico in esilio”, vei-culado na Itália.

É autor da trilogia composta pelos romances: “O Refúgio – A saga de pessoas especiais que cruzaram o caminho de Jesus”, agosto/2010 e “O Estigma – Desvendando o segredo da lança que profanou o corpo de Jesus”, junho/2012, e “O Outro – A saga do salteador que foi crucificado ao lado esquerdo de Jesus”, 2013, publicada pela Paco Editorial-SP, vei-culados também em formato digital (e-books).

Colunista no site Divulga Escritor, com artigos quinzenais, no ende-reço: http://www.divulgaescritor.com/products/mario-de-meroe/

Site do autor: www.mariodemeroe.org

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72 Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

Momentos de poesiawww.divulgaescritor.com

Eduardo Garcia

REENCONTROA saudade tem idade.Visitei a minha gente,de maneira contente,fui a minha cidade.Carinho e amor à vontadepara os meus fui brindar;Montevidéu, eu pude andar,pelas tuas ruas e praças,taciturno você abraçae me incita a voltar.

LITERÁRIOSPessoa, Drummond,Castro Alves, Bandeira,Bilac, Quintana,Cardozo, Carlos Pena.

João Cabral, Vinicius,Dos Anjos, Andrade,Cecília, Coralina,Veríssimo, Guimarães.

Benedetti, Borges,Bécquer, Galeano,Neruda, Barreto,Victor Hugo, Machado.

Saramago, Dante,Camões, Cervantes,Martí, Gilvan,Vargas Llosa, García Marquez.

Homero, Shakespeare,Mota, Solano,Sabino, Clarice, Antônio Maria, Graciliano.

Ascenso Ferreira, Millôr,Molière, Maria Eugênia,García Lorca, Miró,Violeta Parra, Jorge Amado.

Gregório de Matos, Azevedo,Waldemar Lopes, Celina, Lins, Oswald, Varela,Jimenez Juan Ramón...

MORADA (Paulista PE)Paulista, teu regaçoque não havia notado,de caminho andado,ficou em mim um pedaço.Praias e sol, sargaço,areia, chão pisado.

ACLAMAÇÃO AO RECIFERecife, tu me dás razõespara desta cidade gostar...

Tua música, tua gente, teus ritmos, tua mistura,teu folclore, teu carnaval de rua, teu sol, teu mar.Recife, tu me dás razõespara desta cidade gostar...

Beberibe, Capibaribe,Bacia do Pina, Beira-Mar,Recife Antigo, Boa Vista,Agamenon, Caxangá.Teus coqueiros, teu clima,tuas frutas, frutos do mar,

Casa Forte, Imbiribeira,Espinheiro, Cruz Cabugá.Recife, tu me dás razõespara desta cidade gostar...

Teus folguedos juninos,coco, ciranda, baião,maracatu, caboclinhos, xaxado, frevo, xote, bumba meu boi,Alceu Valença, Chico Science,Gilberto Freyre, forró, Gonzagão.Recife, tu me dás razõesque me despertam admiração...

Apipucos, Aurora,Graças, do Sol, Fundão,Água Fria, Guararapes,Dantas Barreto, do Brum,Campo Grande, Rosarinho,Estelita, Malakoff.Recife, tu me dás razõesque despertam admiração...

Encruzilhada, Entroncamento,Chora Menino, Derby, Bom Jesus,Maciel Pinheiro, tuas pontes,Pracinha do Diário, teus fortes,Treze de Maio, Museu Brennand.Recife, tu me dás razõespara desta cidade gostar!

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Momentos de poesia

FAROL Não sei nadarTenho pavor ao marE ninguém me consegue arrastarMas pelo meu amorNo mar entrei, sem me amedrontarO mar, chamou-me destravadaE à terra me fez voltarNuma onda, enroladaSã, inteira, só um pouco despenteadaQuis tratar-me com delicadezaPois sabia que estava apaixonadaE que não tinha encontrado a pessoa amada, Apesar do risco a que me sujeitaraTriste conclui: amar, não é ser amadoÉ abrir as mãos e largarAbrir os braços e apertar, se for o casoMas o meu amorSe se sentir a naufragarSaberá como e onde me encontrarHá em mim um FarolDe luz constante e intensaAlimentada pelo AmorEssa luz, jamais cessaráE quem entra no meu coraçãoNunca mais se sente perdidoE esteja ele onde estiverSe o destino a mim o devolverSentirá que à chegada estarei à sua es-peraE que no meu coloEncontrará sempre, o seu Porto de Abrigo

VÃO-SE AS FÉRIAS, FICAM AS SAUDADES Afinal para que servem as férias?Brinquei, brinquei e até abusei. Fiquei toda empenada, mas não pareiNão sou feita de porcelanaAinda assim, há sempre algo que se parteMas faço umas colagens, com arteNada me impediu de correr, saltar, tropeçar, cair e me esborrachar

Helena Santos

Idade? Só podem estar a brincar! Com 50 anos, sou uma criança.Ah, referem-se ao politicamente correto? Bem, política não sou e correta, tem dias.Só devia caminhar? Mas nem pen-sarAté já tentei voar. Um dia destes consigo e vocês verão onde vou poi-sar!Então as férias não são para extra-vasar?Banhos de sol, lua e mar, tive até fartarPassear, descobrir e aprenderTambém fizeram parte da minha lista de quereresAs surpresas agradáveis não falta-ramAmigos do coração, me visitaramE não pude evitar, rir e chorar de emoçãoÉ que sou fraca…do coração!!!Mas foi uma diversão. Venham mais e mais vezesSou um ser inacabado.Quando feliz, adoro infernizar a vida aos amigosSejam reais ou virtuaisMas eles percebem que é a minha maneira tortaDe lhes dizer ou mostrarQue estou, sou…sempre…é só cha-mar.E no ser, também se inclui o des-trambelhadaNão resisto às “palhaçadas”Em casa só recebo amigosE eles sabem os riscos que corremMas nunca querem perder os mo-mentos de loucuraPorque a amizadeÉ uma mistura de ervas aromáticas, pura!

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José Lopes da Nave

Momentos de poesiawww.divulgaescritor.com

CINTILO DE LUARQuando a noite chegar,a terra adormecerá,o luar será o único brilho que nos olha.Tenho a melancolia,de estares junto a mim,fica comigo no sonho desta noite.Se o céu estrelado escurecera montanha desmoronar,não chorarei uma lágrima,enquanto estiveres comigo.Fica, até ao amanhecernada recearás.Abriga a parte do teu arrebolguarda-o para mim,para te ver em paisagem edílica,de pele trigueira de sol,com o perfume do jasmimdo teu corpoe a lua suspensaentre o meu sonho de bruma,a esconder a escuridão,enquanto te contemplo,num tempo de relógio suspenso.Quero ver-te claramente,aproximando-te,como doce Primavera,encaminhando o carinho para mim.A mais doce canção,quero ouvi-la,da tua bocana liberdade de um beijo.

AO LUARSentados ao luar, abraçados, contemplando o mar no nosso amor refugiados, sonhando quimeras, futuras.

Luz das almas reflectia-se na calmaria das águas, serenas, lânguidas, de promessa de ânsia,

mágoas distanciando em beijos ardentes meditando pela noite anelando que seria já.

Sombra não era, apenas o desejo de estarmos, sermos almas afeiçoadas de amor numa só.

O sol atrasar-se-ia.

O luar, em voo, era nosso, Apenas nosso.

ALVORECERO mar de cor amarela violácea da auroramatizado ainda de neblinadesperta para a vidanuma sinfonia de cor,espraiando-se,beijando sequiosamente a areia.

As gaivotas ensaiam o voo sobre a tranquilidade do mare, no cais, os barcos esperam os pescadoresque preparam a faina diária.

A montanha, ao longe,resplandece sob os auspícios do sol,espreguiçando-se, ainda.As palmeiras abraçam-se com a brisa matinala magnólia acorda o seu colorido róseoas searas ondulam harmoniosamentenuma dança sensualo vale verdejante canta a vidaenquanto o rio se encaminha preguiçosamente.

O orvalho dá o último beijo à planície.

O sol acorda e aquece uma nova vida.

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Momentos de poesia

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